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22/02/2014
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PRINCÍPIOS GERAIS
DE CONTROLE
Ednei Pires
CONTROLE DE DOENÇASControle objetivo prático
Busca pela eficiência Produtiva:– ↑ o potencial produtivo;
Densidade plantio;
Monoculturas;
Uniformidade genética;
Adubação, mecanização, irrigação, etc.
– ↑ os problemas fitossanitários
Controle deve ser inserido no conceito da produtividade:– Integrado aos fatores que compõe a equação da produção.
Princípios de Whetzel
Exclusão
Erradicação
Proteção
Imunização
Terapia
Princípios gerais de controle x componentes triângulo da doença
Princípios de Whetzel
Exclusão
Erradicação
Proteção
Imunização
Terapia
Regulação
Evasão
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EXCLUSÃO
Medida de controle: quarentena
- Proibição com base legislação
- Fiscalização alfandegária
- Intercepção material vegetal
Visa impedir entrada patógeno em área nãoinfestada Níveis de exercício das medidas
- Internacional
- Regional
- Propriedade
EXCLUSÃO
Internacional
* Plantas Rubiaceas (Ferrugem do cafeeiro) = falhou
* Plantas cítricas (Cancro cítrico) = falhou
AMEAÇAS:
EXCLUSÃO
Coffee berry disease
(CBD) - Colletotrichum
coffeanum
PLUM POX VIRUS - PPV
- Infecta: pessegueiro, ameixeira, nectarina, etc.
- Na América do Sul, presente no Chile e Argentina(Rosales et al., Act Hortic. 1998)
- Vetores: 20 espécies de afídeos
Medida de controle:
-Sementes e mudas sadias
-Certificação de batata semente no Brasil
EXCLUSÃOÂMBITO + RESTRITO
• Sementes e mudas sadias;
• Tratando água de irrigação,ferramentas, estacas e mourões;
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ERRADICAÇÃO
Pode ter caráter absoluto ou relativo
ABSOLUTO
- Visa impedir estabelecimento patógeno recém introduzido
-Sucesso das medidas depende:
# baixa capacidade de disseminação
# gama restrita de hospedeiros
# atuação em área limitada (viabilidade econômica)
Eliminação de um patógeno de uma
área em que foi introduzido.
RELATIVO
- Visa reduzir o inóculo do patógeno presente
hospedeiro/área
* Tratamento de sementes
* Tratamento de inverno após poda
* Eliminação:
- restos cultura
- hospedeiros silvestres
- plantas voluntárias
- plantas doentes (roguing)
ERRADICAÇÃO
Controle do mosaico do mamoeiro através da erradicaçãoDe plantas com mosaico: um exemplo de sucesso no ES
Erradica-se de uma região e evita-se em outra
Ex. Cancro cítrico
SOLARIZAÇÃO
- Temperaturas: 50 – 72°C eliminam maioria patógenos
- Organismos controlados:
Fungos:
Pithyum, Fusarium, Phytophthora, Verticillium, Sclerotium, Sclerotinia, Bipolaris, Thielaviopsis, .....
Nematóides:
Meloidogyne, Heterodera, Pratylenchus, Ditylenchus,...
Atuação sobre os patógenos
- Efeito inibitório / letal por altas temperaturas(camadas superficiais solo)
- Enfraquecimento estruturas resistência
- Estímulo à competição (saprófitas mais tolerantespatogênicos )
- Limitações de uso
. custo do tratamento
. restrição a pequenas áreas
. terreno não cultivado no período tratamento
. ocorrência condições climáticas adequadas
. tipo de relevo
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- Sistema monocultura: estímulo ao patógeno (inóculo alto)
* Objetivo: baixar inóculo patógeno (erradicação relativa)
* Mecanismo: estímulo à competição com microflora
* Estratégia:
- substituição hospedeiro principal
- eliminação restos cultura
ROTAÇÃO DE CULTURA OUTRAS FORMAS DE ERRADICAÇÃO EM ÂMBITO RESTRITO:
Elim. Plantas Ou Partes Vegetais Doentes,
Eliminar Hospedeiros Selvagens
Aração Profunda
Desinfestação Do Solo
Tratamento De Sementes
PROTEÇÃO
Visa impedir o contato direto entre patógeno e hospedeiro
Medidas baseadas no uso de produtos químicos:
* Fungicidas protetores : controle de fungos
* Inseticidas : controle vetores de patógenos
* Viabilidade econômica
- Cultura
- Custo aplicação
- Custo produto
* Características do produto
- Alta toxidez - patógeno
- Estabilidade - clima
- Baixa toxidez -planta, homem,etc
- Desequilíbrio - natureza
PROTEÇÃO
Medida baseada na proteção física:
Mamoeiro - Taiwan Uva – Marialva - PR
IMUNIZAÇÃO
Baseadas na resistência oferecida pela planta atacada pelo
patógeno
- Fases ciclo relação hospedeiro - patógeno:
* pré-penetração
* penetração
* infecção
* extensão dos tecidos afetados
* produção de inóculo
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MÉTODOS DE IMUNIZAÇÃO
Tipos de Imunização
- Genética
- Química
- Biológica
MÉTODOS DE IMUNIZAÇÃO
Genética
* Exercida através de variedades imunes, resistentes
tolerantes
* Não onera direta/e custo da produção
* Efeito negativo produtividade e/ou valor
comercial produto
* Programas melhoramento:
- identificação de genótipos desejáveis
Imunização Genética
Uso de variedade resistente
Pimentão resistente a vírus
Mancha foliar milho
Controle Sintético
Química
* Uso de produtos químicos sistêmicos
* Ação I: acúmulo produto tóxico ao patógeno
tecido vegetal
* Ação II: fungicida/derivado induz planta
produzir substâncias tóxicas ao
patógeno (ex: compostos fenólicos e
fitoalexinas)
TERMOS USADOS EM CONTROLE QUÍMICO
• Princípio ativo (p.a.): composição química (molécula) do componente do
fungicida com atividade tóxica.
• Tolerância de resíduo (TR): quantidade, em ppm, de resíduo do fungicida
permitida no produto vegetal comercializado.
• Poder residual (PR): espaço de tempo, em dias, em que os resíduos do
fungicida são tóxicos ao patógeno.
• Período de carência (PC): espaço de tempo, em dias, entre a última
aplicação do fungicida e a colheita, para que não ocorram níveis de
resíduos acima dos tolerados para comercialização do produto vegetal.
• DL50: quantidade de produto químico, em mg/kg de peso vivo do animal,
que causa 50% de mortalidade na população. Quanto menor a DL50 ,
mais tóxico é o produto.
MÉTODOS DE IMUNIZAÇÃOQuímica
* Imunização (resistência) induzida:
(“Systemic Aquired Resistance –
SAR”)
- BION® (acibenzolar-S-methyl)
- AAS
* Ativam genes de resistência:
β-1-3-glucanases, quitinases,
proteinas PR-1, etc
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Baseando-se no princípio em que se fundamenta caracteristicamente a
sua aplicação, os fungicidas podem ser:
- Erradicantes ou de contato (tratamento de solo e sementes)
- Protetores ou residuais (formam uma camada superficial protetora
antes da deposição do inóculo. Fungicidas não-sistêmicos aplicados em
folhagens, ramos novos, flores e frutos, ferimentos dos ramos podados).
- Curativos ou terapêuticos (capacidade de translocação do local de
aplicação para outras partes da planta, implica, na ausência ou diminuição
da fitotoxicidade e na atuação fungitóxica dentro do hospedeiro).
CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGICIDAS BASEADA NO MODO DE APLICAÇÃO CARACTERÍSTICAS DE UM BOM FUNGICIDA
Fungitoxidade: deve ser tóxico em pequenas concentrações.
Especificidade: fungicidas são específicos, outros são gerais.
Deposição e distribuição: deve depositar e distribuir uniformemente na superfície da folhagem, solubilizando-se lentamente.
Aderência e cobertura: deve aderir a superfície da folhagem e cobri-la.
Tenacidade: ser resistente às intempéries.
Deve apresentar toxicidade apenas para o patógeno.
Compatibilidade: ser compatível com outros agrotóxicos
Economicidade: baixo custo ou custo que compense a sua aplicação.
Agrofit - Sistema de Agrotóxicos FitossanitáriosAgrofit - Sistema de Agrotóxicos Fitossanitários
IMUNIZAÇÃO
Biológica
* Inoculação prévia do hospedeiro com:
- Microrganismos antagônicos
fungo/bactéria
- Vírus ( preimunização)
estirpe fraca x estirpe forte
(limão galego)
IMUNIZAÇÃO COM ESTIRPE FRACADE VÍRUS
TRISTEZA DOS CITROS(Citrus tristeza virus - CTV)
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A- B. subtillis /B- Benomyl / C- Controle
PODRIDÃO DE FRUTOS DE PÊSSEGO
- Agente: Monilinia fucticola
- Controle: Bacillus subtillis
- Aplicação: pós-colheita
A B C
TERAPIAVisa curar ou recuperar planta doente;
Uma vez a planta já doente, é o último princípio que se
pode lançar mão;
Formas:
- Eliminar o patógeno
- Favorecer reação do hospedeiro
TERAPIA
Eliminação patógeno
- Produtos químicos sistêmicos:
.* oídios (fungicidas)
.* fitoplasmas (antibióticos)
- Tratamento térmico:
.* Gemas: raquitismo cana
.* Sementes hortaliças
.* Vírus
• Cirurgia de lesões em troncos:.*Gomose;.*Rubelose;.*Seca da Mangueira;
MEDIDAS DE CONTROLE BASEADAS NA REGULAÇÃO
- Prevenção doença pela alteração fatores
ambiente
Exercida através:
- Escolha de área geográfica
- Local e época de plantio
- Profundidade de semeadura
- Variedades precoces- Adequação das condições de solo
- Controle de temperatura e umidade
- Equilíbrio da nutrição mineral
- Emprego de práticas culturais
Pimentão e tomate x Podridão estilar
REGULAÇÃO
Condição favorável:Deficiência cálcio/ Excesso N
Controle: calagem / aplicação foliar Ca e adubação e irrigação equilibrada
Patógenos: Penicillium Botrytis,
Rhizopus
FRUTOS X PODRIDÕES
REGULAÇÃO
Condição favorável:
Temp. alta
Controle: refrigeração
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EVASÃO
- Prevenção da doença pela fuga em relação ao
patógeno ou ao ambiente favorável ao patógeno
Exercida através:
- Escolha área plantio (local dentro de uma mesma
área)
- Emprego determinadas práticas culturais
• ÁREAS GEOGRÁFICAS
.* MAMÃO SEM MOSAICO - NO PARÁ
.* SERINGUEIRA SEM Microciclus ulei - SUL DA BAHIA
.* FRUTAS DE ALTA QUALIDADE NO NORDESTE
.* SEMENTES DE ALTA QUALIDADE
• ÉPOCA DE PLANTIO
.* TOMATEIRO x VÍRUS DE VIRA-CABEÇA (OUT. A FEV. -CAMPINAS)
• PROFUNDIDADE DE PLANTIO
EVASÃO
InfecçãoInfecção
ColonizaçãoColonização
ReproduçãoReprodução
DisseminaçãoDisseminação
SobrevivênciaSobrevivência
CicloCiclo
SecundárioSecundário
HopedeiroHopedeiro doentedoente
Ciclo PrimárioCiclo Primário
Ciclo das relações patógenoCiclo das relações patógeno--hospedeirohospedeiro
Erradicação
Exclusão
Proteção
Terapia
Imunização
Principais doenças da cultura da manga
• Antracnose
• Colletotrichum gloeosporioides
Principais Doenças
Cultura da Manga: Propagação, Fisiologia do Crescimento e
Reprodução
Antracnose
Colletotrichum gloeosporioides
Importância
- afeta ramos novos, folhas, inflorescências e frutos
- morte total ou parcial da planta
- pós-colheita a principal doença
controle
- controle químico
+ suscetíveis: Haden, Kent, Bourbon e Palmer
- suscetíveis: Tommy Atkins e Van Dyke
Principais Doenças
Cultura da Manga: Propagação, Fisiologia do Crescimento e
Reprodução
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OídioOidium mangiferae
Importância
- folhas, flores e frutos novos
- abortamento, queda de frutos e folhas
- ambiente seco (20 – 65% UR)
controle
- químico - antes florescimento até frutificação
+ resistentes:
- Keitt, Bourbon e Tommy Atkison
Principais Doenças Principais Doenças
Seca da mangueira
Ceratocystis fimbriata
Importância
- a mais destrutiva de SP
- seca de ramos ® tronco ¬ raízes
- pode matar a planta
- associada a coleobrocas
controle
- poda 40 cm abaixo do tecido morto
- monitorar o inseto
- aplicação inseticida pasta ou pincelado
- plantio de mudas sadias
Principais Doenças
Mancha angularXanthomonas campestris pv. mangiferaeindicae
Importância- folhas: manchas angulares
- inflorescências: lesões negras e profundas
- ramos: murcha e seca da porção terminal
- frutos: lesões circulares
controle
- mudas sadias
- desinfecção do material de propagação
- químico: cúpricos a cada 15 dias períodos chuvosos
Mal formação floral e vegetativaFusarium moniliforme f.sp. subglutinans
Importância- erradicação de pomares de Tommy Atkins
- redução da panícula - embonecamento
- panículas murcham - massas negras
- produção de brotos vegetativos
controle
- mudas sadias
- eliminação de brotos e inflorescências malformadas, com posterior queima
tolerantes
- Haden e Palmer
Principais Doenças
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