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PRODUÇÃO DA ARGAMASSA
UNIOESTE – UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
CECE – CENTRO DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS
DEQ – DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
DISCIPLINA – PROJETOS E PROCESSOS DA INDÚSTRIA QUÍMICA
DOCENTE – CAMILO FREDDY MENDOZA MOREJON
ACADÊMICO – BRUNO HENRIQUE TAVARES BORBOREMA
Tópicos Abordados Histórico;
Definições gerais;
Classificação em relação à vários critérios;
Argamassa industrializada;
Possíveis composições da argamassa industrializada;
Processo de transformação.
Histórico Primeiras argamassas foram descobertas em Yftah´el, Galiléia,
hoje estado de Israel, com mais de 10000 anos de existência.
Eynan, Jericó, denota-se a presença de cal e gesso nas
construções e nas cabeças de estátuas modeladas.
Na mesma época, em Çatal Hüyüc, Turquia, usou-se gesso
como reboco de paredes.
Argamassas hidráulicas foram encontradas nas cisternas de
Jerusalém (mão-de-obra fenícia).
Romanos desenvolveram a formulação e o fabrico das
argamassas, selecionando os componentes ideais.
Naquela época, a argamassa era feita através de cozedores.
A maioria das argamassas romanas utilizavam unicamente a cal
como ligante (argamassa aérea).
Histórico A construção da grande Roma (popular) era frágil, não
permitindo edifícios de grande porte.
Nas obras públicas e do Império, os romanos utilizavam outra
argamassa, com material pozolânico, que combinados com a
cal, formavam compostos estáveis (silicatos de cálcio).
Construções de abóbadas e arcos abobadados.
Histórico 1812: Collet-Descotils descobre que cozinhando calcários
siliciosos e combinando com a cal, dá propriedades hidráulicas.
1826: primeira indústria de cal hidráulica artificial em
Moulineaux, França.
Cozinhava calcário e argila.
Processo muito caro para a época.
Otimização do processo: fornos sofisticados com temperatura
acima de 1000ºC.
Melhorou-se os níveis de hidraulicidade.
Endurecimento da argamassa se dava pela perda de água contida
na estrutura coloidal.
Problema: criação de vazios, o que originava fissuras.
Solução: implementação do saibro e do cimento na produção da
argamassa.
Histórico Entre 1950 e 1960: Na Europa Central e EUA, a nova indústria
de construção com maior exigência em qualidade e rapidez de
execução obrigou a substituição da mistura de canteiro de obra
pela industrializada.
1990: Surgimento da industrialização nacional da argamassa.
Definições Gerais Argamassas: são materiais de construção compostos de
aglomerantes, agregados, água e aditivos, com propriedades de
plasticidade, aderência, retenção de água, homogeneidade,
compacidade, resistência à infiltração, à tração e à compressão e
durabilidade.
Aglomerantes: tem a finalidade de aglutinar materiais,
influenciando a resistência do material resultante (cimento e cal
hidratada);
Obtenção: basicamente através de uma mistura homogênea de
um ou mais aglomerantes, agregado miúdo (areia) e água.
Pode conter aditivos químicos ou minerais.
Agregados: são materiais que combinado com os aglomerantes,
dão propriedades para a argamassa (cal virem, areia, gesso, etc.)
Trabalhabilidade e Aspectos
Reológicos das Argamassas Trabalhabilidade:
Propriedade das argamassas no estado fresco que determina a
facilidade com que elas podem ser misturadas, transportadas,
aplicadas, consolidadas e acabadas.
Resultante da conjunção de diversas outras propriedades:
Consistência: maior ou menor facilidade da argamassa
deformar-se sob ação de cargas;
Plasticidade: tendência a conservar-se deformada após a
retirada das tensões de deformação;
Retenção de água e de consistência: capacidade de manter sua
trabalhabilidade quando sujeita a solicitações que provocam
perda de água;
Coesão: forças físicas de atração existentes entre as partículas
sólidas da argamassa e as ligações químicas do aglomerante.
Trabalhabilidade:
Resultante da conjunção de diversas outras propriedades:
Exsudação: tendência de separação da água da argamassa, de
modo que a água sobe e os agregados descem.
Argamassas de consistência fluida apresentam maior
tendência à exsudação.
Densidade de massa: relação entre a massa e o volume do
material.
Adesão inicial: união inicial da argamassa no estado fresco ao
substrato.
Retração:
Variação de volume da pasta aglomerante.
Ocorre retração na perda de água, no excesso de sua composição.
Reações químicas de hidratação do cimento e pela secagem.
Trabalhabilidade e Aspectos
Reológicos das Argamassas
Aderência:
Resistência e a extensão do contato entre a argamassa e uma
base.
Sempre deve ser especificado o material em que será aplicada.
Trabalhabilidade e Aspectos
Reológicos das Argamassas
Tipos de Argamassas Argamassa de assentamento de alvenaria:
Funções:
Unir as unidades da alvenaria e ajudar a resistir aos esforços
laterais;
Distribuir uniformemente as cargas atuantes na parede por toda a
área resistente dos blocos;
Absorver deformações naturais a qual a alvenaria estiver sujeita;
Selar as juntas.
Propriedades:
Trabalhabilidade (consistência, plasticidade e retenção de água);
Aderência;
Capacidade de absorver deformações;
Resistência mecânica.
Tipos de Argamassas Argamassa de assentamento de alvenaria:
Figura 01 –Assentamento de alvenaria (Fonte: Panorama M. C., 2010)
Tipos de Argamassas Chapisco:
Funções:
Garantir aderência entre a base e o revestimento de argamassa;
Contribuir com a estanqueidade da vedação.
Propriedade:
Aderência.
Contrapiso:
Função:
Regularizar a superfície para receber acabamento (piso).
Propriedades:
Aderência;
Resistência mecânica.
Tipos de Argamassas Contrapiso:
Figura 02 – Contrapiso (Fonte: Construção e Cia, 2009)
Tipos de Argamassas Emboço e camada única:
Funções:
Proteger a alvenaria e a estrutura contra a ação do itemperismo;
Integrar o sistema de vedação dos edifícios contribuindo com
diversas funções (estanqueidade, etc.);
Regularizar a superfície dos elementos de vedação e servir
como base para acabamentos decorativos.
Propriedades:
Trabalhabilidade (consistência, plasticidade e adesão inicial);
Aderência;
Baixa permeabilidade à água;
Capacidade de absorver deformações;
Resistência mecânica.
Tipos de Argamassas Argamassa colante (assentamento de revestimento cerâmico):
Funções:
“colar” a peça cerâmica ao substrato;
Absorver deformações naturais que o sistema de revestimento
cerâmico estiver sujeito.
Propriedades:
Trabalhabilidade (retenção de água, tempo em aberto,
deslizamento e adesão inicial);
Aderência;
Capacidade de absorver deformações – principalmente para
fachadas.
Tipos de Argamassas Emboço e camada única, Argamassa colante:
Figura 03 – Revestimentos em geral (Fonte: Weber, 2010)
Tipos de Argamassas Argamassa de rejuntamento (das juntas de assentamento das
peças cerâmicas):
Funções:
Vedar as juntas;
Permitir a substituição das peças cerâmicas;
Ajustar os defeitos de alinhamento;
Absorver pequenas deformações do sistema.
Propriedades:
Trabalhabilidade (consistência, plasticidade e adesão inicial);
Baixa retração;
Aderência;
Capacidade de absorver deformações – principalmente para
fachadas.
Tipos de Argamassas Argamassa de rejuntamento (das juntas de assentamento das
peças cerâmicas):
Figura 04 –Assentamento de pedras e cerâmicas (Fonte: Marmorex, 2007)
Tipos de Argamassas Argamassa de reparo de estruturas de concreto:
Função:
Reconstituição geométrica de elementos estruturais em
processo de recuperação.
Propriedades:
Trabalhabilidade;
Aderência ao concreto e armadura originais;
Baixa retração;
Resistência mecânica;
Baixa permeabilidade e absorção de água;
Durabilidade.
Tipos de Argamassas Argamassa de reparo de estruturas de concreto:
Figura 05 –Aplicação da argamassa de reparo de estruturas de concreto
(Fonte: Revista Téchne, 2010)
Classificação Com Relação a
Vários Critérios Quanto à natureza do aglomerante:
Argamassa aérea: Preparada com aglomerante aéreo, que
endurece por reação com o ar atmosférico.
Argamassa hidráulica: Preparada com aglomerante hidráulico,
que endurece por reações que envolvem a água.
Quanto ao tipo de aglomerante:
Argamassa de cal: Preparada com cal como único aglomerante.
Encontram-se dois tipos de cal, sendo a cal virgem (deve passar
por um processo de hidratação) e a cal hidratada (comprada
pronta).
Argamassa de cimento: Preparada com cimento Portland como
único aglomerante. Possui alta resistência e boa
trabalhabilidade.
Quanto ao tipo de aglomerante:
Argamassa de cimento e cal: Preparada com proporções
adequadas de cada componente, deixando a mistura mais
completa. A cal é plastificante. O cimento é resistente e
aumenta a velocidade do endurecimento. Indicada para usos em
alvenaria.
Argamassa de gesso: mistura de gesso e areia (1:3). Primeira
camada do acabamento (a pasta de gesso é utilizada sobre a
argamassa).
Argamassa de cal e gesso: idem à mistura cimento e cal.
Propriedades do gesso bem como da cal. Acabamentos.
Classificação Com Relação a
Vários Critérios
Quanto ao número de aglomerantes:
Argamassa simples: Possui um único aglomerante.
Argamassa mista: Possui dois ou mais aglomerantes.
Quanto à consistência da argamassa:
Argamassa seca: a pasta aglomerante somente preenche os vazios
entre os agregados, deixando-os ainda em contato. Devido ao
atrito entre as partículas, tem-se uma massa “áspera”.
Argamassa plástica: uma fina camada de pasta aglomerante
“molha” a superfície dos agregados, dando uma boa adesão
entre eles com uma estrutura pseudo-sólida.
Argamassa fluída: as partículas do agregado estão imersas no
interior da pasta aglomerante, sem coesão interna e com
tendência de depositar-se por gravidade. Os grãos de areia não
oferecem resistência ao deslizamento.
Classificação Com Relação a
Vários Critérios
Classificação Com Relação a
Vários Critérios Quanto à consistência da argamassa:
Figura 06 – Variações das consistências da argamassa (Fonte: CABRAL,2009)
Quanto à plasticidade da argamassa:
Argamassa pobre ou magra: áspera.
Argamassa média ou cheia: plástica.
Argamassa rica ou gorda: muito plástica.
Quanto à densidade da argamassa (no estado fresco):
Argamassa leve: densidade menor que 1,4g/cm³. Aplicada para
isolamento térmico e acústico. Apresenta vermiculita, perlita e
argila expandida como principais agregados.
Argamassa normal: densidade entre 1,4 a 2,3g/cm³. É a
argamassa mais utilizada (convencional). Apresenta areia de rio
(quartzo) e calcário britado como principais agregados.
Argamassa pesada: densidade maior que 2,3g/cm³ com aplicação
em blindagem de radiação. Apresenta barita (sulfato de bário)
como principal agregado.
Classificação Com Relação a
Vários Critérios
Quanto à forma de preparo ou fornecimento:
Argamassa preparada na obra: a mistura do(s) aglomerantes,
agregados, adições (pó calcário, saibro, solo fino, etc.), aditivos
químicos, etc. Produz-se no canteiro de obras.
Mistura semipronta para argamassa: a mistura preparada no
canteiro de obras já é basicamente pronta. Necessitando apenas
a adição de água.
Argamassa industrializada: proveniente da dosagem controlada
em instalação própria, de aglomerante(s) de origem mineral,
agregado(s) miúdo(s) e eventualmente, adição(ões) em estado
seco e homogêneo. O usuário somente necessita adicionar a
quantidade de água requerida”.
Classificação Com Relação a
Vários Critérios
Argamassa Industrializada Mais cara que a argamassa virada no canteiro, porém, é mais
“rica” em propriedades;
Há argamassas específicas para cada tipo de utilização:
Argamassa para fachada: deve ter a propriedade de resistir ao
sol, umidade e vento (adição de polímeros, celulose e cimento).
Argamassa para revestimento de banheiros: deve ter a
propriedade de resistir a umidade, apenas (adição de
polímeros).
Vantagens do Uso da Argamassa
Industrializada Elimina em até 80% as perdas, em comparação às argamassas
feitas em obra.
Produção com controle de qualidade.
Aumento da produtividade da mão-de-obra (liberando espaço no
canteiro de obras, já que com o uso da argamassa
industrializada, a quantidade de insumos no canteiro seria
reduzido).
O tempo em que o operário perde para levar o carrinho de areia
para ser misturado com o cimento e a água significa um
acréscimo de 30% sobre o custo de cada saco de areia.
Melhora a logística do canteiro, reduzindo o espaço de estoque.
Possíveis Composições da
Argamassa Industrializada Argamassa básica:
Areia:
Cimento;
Cal.
Argamassa “completa”:
É a argamassa básica com aditivos químicos, que tendem a
alterar positivamente as propriedades do produto.
Areia Se a areia estiver diferente às normas exigidas pela indústria, a
argamassa poderá apresentar uma rugosidade diferente da prevista.
Deve ter granulometria adequada e estar limpa.
É o insumo mais difícil de controlar, devido a:
Granulometria;
Constituição.
Umidade.
Tipos:
Areia seca:
Possui teor de inchamento próximo a zero;
Granulometria perfeita para argamassas para teto, pois há vazios
reduzidos entre os grãos;
Retração no produto industrializado é mínima;
Composição: 95% de quartzo.
Areia Tipos:
Areia fina:
Jazida de arenito (Campo Largo/PR);
Granulometria perfeita para argamassas para teto.
Areia média:
Granulometria adequada para argamassa de assentamento.
Areia grossa:
Granulometria adequada para argamassa para contrapiso.
Cimento Aglomerante hidráulico (endurece com a presença de água);
Dois tipos empregados: CP-III e CP-B. Motivos:
Ecologicamente corretos;
Alta resistência;
Durabilidade alta;
Tipos:
CP-III:
Impermeável;
Alta durabilidade;
Alta resistência à expansão;
É o mais ecológico de todos os cimentos produzidos no brasil.
Aplicações:
Argamassas de assentamento e de revestimento.
Cimento Tipos:
CP-B:
Um dos tipos de cimento mais utilizados no Brasil;
Composição de 6 a 14% de pozolana;
Rica em silicatos vítreos.
Possuem elevado teor de sílica reativa (SiO2), capaz de reagir
com o óxido de cálcio (CaO), dando origem a silicatos
amorfos de caráter cimentante.
Cor natural esbranquiçada.
Aplicações:
Argamassas de assentamento e revestimento.
Cal Função de aglomerante aéreo (endurece na presença de ar);
Propriedades:
Melhora na trabalhabilidade;
Aumento da resistência à penetração;
Aumento da capacidade de retenção de água.
Tipos:
Cal hidratada:
Resistência à compressão varia com a adição da cal hidratada.
diminui essa resistência tornando-a compatível com as
exigências estruturais comuns feitas para as alvenarias.
Maior deformabilidade (melhor absorção das acomodações
iniciais da estrutura);
É o plastificante mais recomendável na adição das argamassas.
Cal Tipos:
Cal hidratada:
Uso normalizado pela ABNT;
Diminuição do custo do metro cúbico da argamassa (permite
usar uma maior quantidade de agregados para uma mesma
quantidade de cimento);
Hidratação completa;
Alcalina (pH maior que 11,5), o que torna o meio mais
asséptico;
Cor branca, que clareia as misturas, tornando-as mais refletivas
aos raios solares, transmitindo menos calor e diminuindo a
iluminação artificial;
Deve obedecer os padrões estipulados pela NBR 7175.
Cal Tipos:
Cal virgem:
Hidratação parcial;
Muito desperdício:
Trincas e quedas do material.
Pouco utilizada.
Aditivos Químicos Apenas algumas empresas utilizam;
Caro e poucas empresas produzem no Brasil (CIMENTAL
FERMAFLEX);
Grande parte é importado (FUNCTIONAL PRODUCTS,
KERNEOS, DOW CORNING, ARINOS QUÍMICA, ROHM
AND HAAS);
Devem ser usados em quantidades inferiores a 5% em volume;
Caracterizam propriedades especiais ao produto:
Retentores de água: finalidade de impedir que a evaporação
seja rápida, colaborando para a aderência do produto:
TOPCELL 7950, ESTEARATO DE CÁLCIO, PERAMIN®
CONPAC500, PERAMIN® SMF10, GLUCONATO DE
SÓDIO, MECELLOSE.
Aditivos Químicos Caracterizam propriedades especiais ao produto:
Incorporador de ar: AGNIQUE® SLS2490CC, AERANTE 50.
Diminuição do tamanho da partícula: proporciona uma melhor
interação entre os componentes: ALUMINA ATIVA,
PERAMIN® CONPAC500.
Acelerador de cura: secagem rápida: CARBONATO DE
LÍTIO, FORMIATO DE CÁLCIO, ALUMINA ATIVA.
Retardador de cura: prolonga o tempo de uso: ÁCIDO
CÍTRICO, ÁCIDO TARTÁRICO, CIRATO DE SÓDIO.
Aumento da aderência: VAEPOL DM4, STARLOSE L,
FORMIATO DE CÁLCIO, VAEPOL DM1, VAEPOL AS-7,
VAEPOL DM2.
Aumento da flexibilidade: VAEPOL DM4, VAEPOL DM1,
VAEPOL AS-7, VAEPOL DM2.
Aditivos Químicos Caracterizam propriedades especiais ao produto:
Hidrofugantes: BIOCIDA EM PÓ, ROCIMA™ 363.
Aumento da resistência: CARBONATO DE LÍTIO, VAEPOL
AS-7.
Impermeabilizante: SHP50, ESTEARATO DE ZINCO.
Plastificante: não deixa sobrar água, o que, em caso contrário
poderá ocasionar fissuras: PERAMIN® SMF10.
Outros Constituintes Dependendo da região onde a argamassa será produzida, a
constituição da mesma poderá ter compostos a mais, garantindo
a plasticidade:
Saibro;
Barro;
Argila;
Caulim;
Genericamente:
Processo de Transformação
Aplicando o modelo generalizado para a produção da
argamassa para revestimento:
Processo de Transformação
Aplicando o modelo generalizado para a produção da
argamassa para revestimento:
Processo de Transformação
Fluxograma em blocos do processo de transformação:
Processo de Transformação
Recepção e Armazenamento da
Matéria-Prima
Recepção e Armazenamento da
Matéria-Prima Areia seca transportada até a
indústria (no ponto de
recebimento) através de
caminhões;
Transporte para o silo por
meio de transportador por
canecas.
Figura 07 – Transportador por canecas (Fonte:
Transporte de Granéis, 2008)
Figura 08 – Desenho esquemático de um transportador
por canecas de uma coluna (Fonte: Transporte de
Granéis, 2008)
Recepção e Armazenamento da
Matéria-Prima
Figura 10 – Silo retangular (Fonte: Astra, 2006)
Forma construtiva: quadrada,
retangular ou redonda.
Cone inferior: projetado para
o total escoamento da areia
seca.
Figura 09 – Desenho esquemático de um silo
para o armazenamento de areia com até 300 ton.
(Fonte: Sementsilo, 2009)
Recepção dos Insumos (Cimento,
Cal Hidratada) e Embalagens
Recepção dos Insumos (Cimento,
Cal Hidratada) e Embalagens O Cimento, a cal hidratada e
as embalagens chegam à
indústria através do
transporte de caminhões;
O Cimento e a cal hidratada
são armazenados em silos,
sendo transportados através
de transportadores por
caneca;
Nos silos:
Proteção das itempéries.
Embalagens analisadas
segundo a NBRarmazenadas
em um depósito.
Figura 11 – Silo para armazenamento do cimento
e cal hidratada (Fonte: Simentsilo, 2009)
Recepção e Armazenamento dos
Insumos (Aditivos Químicos)
Transporte dos aditivos
químicos até a indústria
através de caminhões;
Nem sempre os aditivos são
da mesma empresa, o que
pode acarretar em lotes com
entrega em períodos
distintos;
Cada aditivo passa pela
“sua” respectiva balança
(pesagem manual) e é
armazenado. Cada um em
um silo.
Recepção e Armazenamento dos
Insumos (Aditivos Químicos)
Figura 12 – Balança utilizada para a pesagem dos
aditivos químicos (Fonte C&F Balanças, 2004)
Preparação da Matéria-Prima Peneiramento, moagem, secagem e análises da areia seca:
Peneira vibratória inclinada:
Função: classificar e separar a areia fina e média da seca;
A areia é lançada sobre a caixa de entrada, que por sua vez
transporta o material para a superfície de peneiramento onde
encontra-se uma tela (chapa perfurada), tendo-se então a
classificação.
Processo contínuo ou batelada (devido à disponibilidade dos
fornecedores da matéria-prima).
Preparação da Matéria-Prima
(Peneiramento)
Preparação da Matéria-Prima
(Peneiramento)
Figura 13 – Peneira vibratória Inclinada
(Fonte: Price Maq, 2010)
Figura 14 – PVI (Fonte: Price Maq, 2010)
Preparação da Matéria-Prima Peneiramento, moagem, secagem e análises da areia seca:
Moinho de bolas:
Função: triturar a areia seca, de modo a diminuir a
granulometria;
Funcionamento:
Rotação horizontal propulsionado por um motor.
Bolas de aço;
Princípio de funcionamento: a força centrífuga causada pela
rotação do tambor eleva as bolas de aço até certa altura, e
então o impacto da queda mói a areia seca.
Preparação da Matéria-Prima
(Moagem)
Preparação da Matéria-Prima
(Moagem)
Figura 15 - Moinho de bolas (Fonte: Henan Liming Heavy Industry
Science e Technology (Break Day), 2010)
Preparação da Matéria-Prima Peneiramento, moagem, secagem e análises da areia seca:
Preparação da Matéria-Prima
(Secagem) Secador Rotativo:
Função: diminuir o teor de umidade da areia seca.
Para os processos mais complexos, deve-se ter ausência de
umidade na areia seca.
Princípio de funcionamento:
Tambor que gira na horizontal;
Várias pás que provocam um determinado passo de avanço
durante a rotação;
A rotação provoca o levantamento do material, na qual facilita
a troca térmica entre os gases quentes e a areia seca;
O fluxo dos gases quentes é em contra-corrente, em relação ao
fluxo da areia seca;
Após a secagem, a areia seca passa pelo bocal de descarga, na
qual será pesada, e posteriormente armazenada.
Preparação da Matéria-Prima
(Secagem)
Figura 16 – Desenho esquemático de um secador
rotativo (Fonte: Almix, 2007)Figura 17 – Secador rotativo (Fonte: Engenharia
Térmica, 2008)
Preparação da Matéria-Prima Peneiramento, moagem, secagem e análises da areia seca:
Preparação da Matéria-Prima e
Insumos (Análise Qualitativa) Feita no laboratório;
Quantidade de material analisado: aproximadamente 1,5kg;
Cada composto apresenta uma norma da ABNT que indica a
quais compostos devem estar contidos na amostra.
Areia seca: NBR 7211:1983
Cimento: NBR: 5735:1991
Cal hidratada: NBR 7175:1992
Algumas análises:
Resíduo orgânico;
pH;
Umidade;
Granulometria.
Os materiais analisados são descartados (resíduo sólido).
Preparação da Matéria-Prima e
Insumos (Análise Qualitativa) Peneiramento, moagem, secagem e análises da areia seca:
Preparação da Matéria-Prima e
Insumos (Análise Qualitativa) Balança:
Funções: contabilizar a quantidade que vai para o processo de
transformação. Contabilizar a quantidade perdida, através de
resíduos.
Balança individual.
Os materiais são transportados para silos individuais.
Transformação Dosagem, pré-misturação e misturação:
Transformação (Dosagem) Dosagem:
Função: Transportar do silo ao pré-misturador uma quantia
determinada do material.
Para 1m³ de argamassa, utiliza-se 100kg de cal hidratada.
Proporções (areia:cimento:cal):
3:1:1;
4:2:1.
Para os aditivos químicos, o total da mistura não deve exceder
5% em volume.
Transformação Dosagem, pré-misturação e misturação:
Transformação (Pré-Misturador) Pré-misturador:
Função: homogeneidade
das misturas;
Dois pré-misturadores:
Areia e aditivos químicos;
Cimento e cal hidratada.
Da análise do controle de
qualidade, percebeu-se que
a qualidade da argamassa é
melhor quando há pré
misturadores.
Figura 18 – Misturador de eixo duplo
(Fonte: Concrete Mixers, 2010)
Figura 19 – Eixo duplo (Fonte: Concrete Mixers, 2010)
Transformação Dosagem, pré-misturação e misturação:
Transformação (Misturador) Misturador de eixo duplo:
Funções:
Homogeneização;
Padronização do traço;
Figura 21 – Misturador em ação (Fonte: BHS, 2010)
Figura 20 – Misturador de eixo duplo
(Fonte: BHS, 2010)
Acabamento Controle de qualidade, ensacadeira e depósito:
Acabamento (Controle de
Qualidade) Feitas em laboratório, de acordo com a NBR 13749/1996
(argamassa para revestimento):
Resistência à compressão;
Densidade de massa aparente no estado endurecido;
Resistência à tração na flexão;
Coeficiente de capilaridade;
Densidade de massa aparente no estado fresco;
Retenção de água;
Resistência potencial de aderência à tração.
Acabamento (Controle de
Qualidade)
Figura 22 – Controle de qualidade da argamassa
Acabamento Controle de qualidade, ensacadeira e depósito:
Acabamento (Ensacadeira) As embalagens que estavam armazenadas no depósito
(recebimento dos insumos) são transportadas até a ensacadeira.
Função: envolver e proteger o produto da variação de
temperatura, umidade e no transporte (batidas).
Funcionamento:
durante o enchimento do produto, o corte de fluxo é feito
mecanicamente, através do sensor indutivo.
O temporizador elétrico defasa o corte do solta saco, evitando a
queda do produto no chão.
Automaticamente o tombador retira o saco do bico, lançando-o
na esteira.
Acabamento (Ensacadeira)
Figura 24 – Ensacadeira ES 5000 (Fonte: Sat
Paraná, 2009)
Figura 23 – Ensacadeira ER 5000 (Fonte: Sat
Paraná, 2009)
Acabamento Controle de qualidade, ensacadeira e depósito:
Acabamento (Depósito) Após embalado, o produto segue para o depósito
através do transporte por esteira.
Função: proteção contra itempéries.
O produto fica armazenado no depósito até algum cliente
desejar o produto, na qual será transportado até o remetente
através de transporte rodoviário (expedição).
Expedição
Processo de Transformação Fluxograma de equipamentos para a argamassa para revestimento:
Processo de Transformação Fluxograma de blocos para a argamassa para reboco:
Processo de Transformação Fluxograma de equipamentos para a argamassa para reboco:
Referências Bibliográficas [01] http://www.fazfacil.com.br/reforma_construcao/paredes_emboco.html
[02] http://www.fazfacil.com.br/reforma_construcao/paredes_reboco.html
[03] http://www.piniweb.com.br/construcao/noticias/revestimento-decorativo-monocamada-79501-1.asp
[04] http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/12/artigo56461-1.asp
[05] http://www.granitorre.com.br/pisos_altaresist.htm
[06] http://www.cimento.org/index.php?option=com_content&view=article&id=98&Itemid=157
[07] http://www.cimento.org/index.php?option=com_content&view=article&id=99&Itemid=152
[08] PAIVA, S. C.; GOMES, E. A. O.; OLIVEIRA, R. A.; Controle de qualidade da cal para argamassas -metodologias
alternativas; UNICAP
[09] http://www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/cal-virgem-ou-hidratada/
[10] http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/146/imprime139046.asp
[11] CABRAL, E.; Apostila Sobre Argamassa; Universidade Federal do Ceará; Fortaleza – CE, 2009.
[12] SACRAMENTO, R. C. F.; Apostila Sobre Transportadores Contínuos Para Granéis Sólidos, Universidade
Federal da Bahia, Escola Politécnica, Salvador – BA, 2008.
[13] http://www.cementsilo.net/cement-silos.asp
[14] http://pt.break-day.com/ball_mill.htm
[15] https://docs.google.com/viewer?url=http://www.engenhariatermica.eng.br/catalogos/Secador_Rotativo.pdf
[16] http://www.concretemixers.biz/twin-shaft-mixer.htm
[17] https://docs.google.com/viewer?url=http://www.bhs-sonthofen.de/misc/dowe-du-e.pdf
[18] http://www.satparana.com.br/ensac-es-5000.html
[19] https://docs.google.com/viewer?url=http://www.apfac.pt/congresso2005/comunicacoes/Paper%252051.pdf
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