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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL
MARIÂNGELA PEREIRA DE PINHO
PROJETO ESCOLA NO PARQUE
VISITAS MONITORADAS PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL FORMAL E NÃO-FORMAL NA COMUNIDADE DE LUIS
EDUARDO MAGALHÃES – BA.
Brasília - DF 2008
MARIÂNGELA PEREIRA DE PINHO
PROJETO ESCOLA NO PARQUE
VISITAS MONITORADAS PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL FORMAL E NÃO-FORMAL NA COMUNIDADE DE LUIS
EDUARDO MAGALHÃES – BA.
Trabalho de conclusão de curso
apresentado ao Serviço Nacional de
Aprendizagem Comercial – DF, como
requisito parcial para a obtenção do título
de especialista em Educação Ambiental.
ORIENTADOR: Prof. MSc Maria Luiza Marcico Publio de Castro.
Brasília
2008
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Coordenadoria de Biblioteca SENAC, Brasília, DF, Brasil)
P654p Pinho, Mariângela Pereira de Projeto escola no parque: visitas monitoradas para a educação ambiental formal e não-formal na comunidade de Luis Eduardo Magalhães-BA / Mariângela Pereira de Pinho. – Brasília, 2008. 45p.; 30cm. Orientador: Maria Luiza Marcico Publio de Castro Trabalho de conclusão de curso (Especialização em Educação Ambiental a Distância). – SENAC/DF, 2008.
1. Educação ambiental 2. Cerrado 3. Parque Fioravante Galvani I. Título CDU 574(251.3)
Dedico este trabalho aos educandos da
comunidade de Luís Eduardo
Magalhães – BA, esperança para uma
sociedade mais justa e comprometida
socioambientalmente.
“Uma sociedade sustentável é
projetada de tal maneira que seu modo
de vida, seus negócios, sua economia,
suas estruturas físicas, suas
tecnologias, não interfiram com a
inerente habilidade da natureza manter
a teia da vida”.
Fritjof Capra
AGRADECIMENTOS
Ao Instituto Lina Galvani, pela confiança e apoio financeiro para o
desenvolvimento deste trabalho.
A Márcia Andaluza Xavier, pelo carinho com que “abraçou” a proposta do
parque. Obrigada pelos ensinamentos que muito contribuíram para nortear a
construção das atividades de Educação Ambiental do Parque.
A Paula G. Bueno, pela dedicação e “braço direito” para a execução deste
projeto e nos diversos trabalhos desenvolvidos no parque.
Aos funcionários, Sr. Mauro, Leomar, Joilson e Dara, pelo cuidado com os
animais e dedicação para a manutenção de toda a estrutura do parque.
Ao meu marido Ronaldo Galvani Jr., pelo apoio para a execução deste
trabalho e compreensão pelos meus dias ausentes nas atividades de “esposa,
mãe e dona de casa”.
A minha filha Clara, seus “olhinhos de jabuticabas” expertos e questionadores
são fontes de inspirações para meu trabalho.
RESUMO
O município de Luís Eduardo Magalhães, localizado no cerrado do oeste
baiano encontra-se em rápido processo de degradação ambiental e com alto
índice de ocupação urbana de forma desordenada. Paralelamente, as ações
para tentar reverter este quadro ainda são escassas e pontuais, tanto pela
iniciativa pública como privada. A equipe do Núcleo de Educação Ambiental do
Parque Fioravante Galvani, localizado em uma área de cerrado a 12 km do
município, baseia-se nas competências voltados para o cuidado, valorização e
conservação do cerrado baiano, a fim de contribuir para uma sociedade
sustentável e mais justa. Sendo assim, para ultrapassar os muros que o isolam
o parque da comunidade em seu entorno, o Projeto Escola no Parque foi
idealizado a fim de proporcionar aos participantes momentos de reflexão
crítica, através das visitas monitoradas para a educação ambiental formal e
não-formal.
Palavras-chave: educação ambiental, cerrado baiano, Parque Fioravante
Galvani, sociedade sustentáveis, visitas monitoradas.
LISTA DE SIGLAS
NEA: Núcleo de educação ambiental
PFG: Parque Fioravante Galvani
IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IBAMA:Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
EA: Educação Ambiental
APAE: Associação de Pais e Amigos de Excepcionais
LEM: Luís Eduardo Magalhães
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Localização do município de Luis Eduardo Magalhães – BA ................18
Planta baixa do Parque Fioravante Galvani..........................................18
Placa e vista aérea do Parque Fioravante Galvani ..............................19
Chegada dos educandos no parque ....................................................21
Educandos e monitores durante a “roda dialogada”.............................21
Educandos durante trilhas interativas do parque .................................22
Educandos durante a visita ao recinto de cervos-do-pantanal .............22
Visita ao recinto do lobo-guará.............................................................23
Visita ao recinto da arara-azul-grande .................................................23
Educandos da educação infantil visitando a “Fazendinha” ..................24
No viveiro de mudas recebendo informações sobre o plantio ..............24
Momento do plantio de sementes de espécies nativas ........................25
Momento do lanche..............................................................................25
Educandos visitando as exposições de fotos no NEA do Parque ........26
Durante a atividade lúdica “Teia da Vida” ............................................26
Finalização com a construção do painel coletivo .................................27
Grupo de funcionários da Galvani Fertilizantes Ltda............................29
Grupo da Terceira Idade durante trilha interativa no parque................29
Visita dos coordenadores das redes municipal e estadual...................30
Cartaz do Projeto Escola no Parque ....................................................31
Frente e verso do folder do Parque Fioravante Galvani.......................31
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...........................................................................................10
2 OBJETIVOS......................................................................................11
2.1 Objetivos gerais..............................................................................11
2.2 Objetivos específicos .....................................................................11
3 REFERENCIAL TEÓRICO................................................................11
3.1 Aspectos históricos de Luis Eduardo Magalhães ...........................11
3.2 Histórico do Parque Fioravante Galvani .........................................12
3.3 Educação Ambiental em zoológicos e criadouros ..........................14
3.4 Trilhas interpretativas e interativas.................................................16
4 METODOLOGIA ...............................................................................18
5 RESULTADOS..................................................................................32
6 CRONOGRAMA ...............................................................................35
7 ORÇAMENTO ...................................................................................36
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................37
REFERÊNCIAS...............................................................................38
ANEXOS ..........................................................................................39
ANEXO A - Formulário realizado com educador ..............................39
ANEXO B –Termo de Compromisso ................................................40
ANEXO C - Roteiro de visita ............................................................42
ANEXO D – Ficha avaliativa para os monitores ...............................43
ANEXO E – Questionário para os visitantes ....................................45
10
1. INTRODUÇÃO
O Brasil destaca-se por sua enorme sociobiodiversidade, embora na
maioria das vezes desconhecida e pouca valorizada. Entre os biomas
brasileiros, o cerrado atualmente é reconhecido como um dos mais ricos em
biodiversidade, embora nas últimas duas décadas encontra-se em alto índice
de degradação ambiental devido ás ocupações antrópicas, principalmente as
atividades ligadas à agropecuária.
O município de Luís Eduardo Magalhães, localizado no cerrado do oeste
baiano, também está situado neste mesmo contexto. As atividades agrícolas
realizadas na região são de forma predatória, caracterizada pela substituição
da vegetação nativa por extensas monoculturas, sendo que este modelo
também se repete na área urbana, onde grandes loteamentos são elaborados
sem a mínima preocupação e responsabilidade em manter representantes da
vegetação nativa. Portanto, é visível que a região encontra-se em rápido
processo de degradação ambiental, com alto índice de ocupação desordenada.
Por outro lado as ações para tentar reverter este quadro ainda são escassas e
pontuais, tanto pela iniciativa pública como privada.
Paralelamente, todos os dias chegam ao município novos moradores em
busca de oportunidades de negócios, principalmente oriundos dos estados do
sul e sudeste do país e sendo assim, sem vínculos afetivos com a região, com
poucos conhecimentos sobre a história, o bioma e suas potencialidades
ecológicas, bem como sobre as comunidades locais e tradicionais que ainda
existem no entorno. Pelo contrário, a maioria destes novos moradores muitas
vezes vislumbra o cerrado como apenas um grande potencial para o
agronegócio, devido as suas características de relevo, clima e recursos
hídricos.
Diante deste contexto, a equipe do Núcleo de Educação Ambiental
(NEA) do Parque Fioravante Galvani desenvolve projetos baseados nos
princípios da Educação Ambiental, a fim de contribuir para a construção de
valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas
para o cuidado, valorização e conservação do cerrado baiano, constituindo
assim uma sociedade sustentável e mais justa. Para isso, é preciso ultrapassar
os muros que o isolam o parque da comunidade em seu entorno. A partir
11
destas crenças, é que foi idealizado o Projeto Escola no Parque, que oferece
entre outras atividades, as visitas monitoradas para a educação ambiental
formal e não-formal, a fim de proporcionar aos participantes momentos de
reflexão crítica.
2. OBJETIVOS
2.1. Objetivos Gerais:
Contribuir para a formação de cidadãos sócioambientalmentes educados,
através de atitudes positivas em relação ao bioma cerrado e o desenvolvimento
da ética do cuidado para consigo e com o meio ambiente.
2.2 Objetivos Específicos:
- Atender aproximadamente 3.000 visitantes por ano;
- Produzir aproximadamente 10.000 mudas de espécies nativas do cerrado
durante as visitas monitoradas;
- Produção de materiais artísticos pelos visitantes, como ilustrações, poesias e
histórias em quadrinhos sobre a visita;
- Concurso para escolha das produções artísticas para a edição de um livro
sobre a história do Parque e sua importância sócio-ambiental para o cerrado
baiano.
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Aspectos históricos do município de Luís Eduardo Magalhães:
O município de Luís Eduardo Magalhães, localizado no extremo oeste
da Bahia, foi desmembrado do município de Barreiras em 30 de março de
2000, pela Lei Estadual (BAHIA, 2001). Nesta época, a população era de
20.169 habitantes, mas segundo o último Censo do IBGE, atualmente o
município está com aproximadamente 50.000 habitantes, o que equivale a um
crescimento de 130% em apenas 8 anos. Esta região, conhecida como Gerais
12
e que possui importantes nascentes que formam os rios que deságuam no Rio
São Francisco, é denominada como “capital do agronegócio do nordeste”
(BAHIA, 2001). Devido a isto, todos os dias, novos moradores ao município,
oriundos de outras regiões do Brasil e até do exterior, em busca de novas
oportunidades de negócios, ligados principalmente às atividades de agricultura
mecanizada e pecuária extensiva (BRASIL, 2004).
As paisagens monótonas são comuns, devido ás grandes extensões de
terras nuas após a colheita. Por outro lado, quando as monoculturas estão
estabelecidas, temos uma paisagem verde a perder de vista, mas igualmente
monótona e árida (BAHIA, 2001).
Historicamente, os processos para a modernização agrícola fundada em
grandes propriedades na região oeste da Bahia contribuíram para mudança de
um cenário de agricultura de subsistência e pecuária extensiva. Segundo
BRAGA e PIRES (2002) o cerrado, no imaginário coletivo, era visto como algo
feio, raquítico e fraco, mas que com as inovações tecnológicas da agricultura,
poderia tornar-se o grande celeiro mundial. Isto está se concretizando, pois
segundo dados de Censos Agrários do IBGE, as mesorregiões do cerrado do
oeste da Bahia apresentam os maiores índices de concentração da terra do
estado. Atualmente, a atividade econômica da região gira em torno do
agronegócio da soja, milho, algodão, café, fruticultura e pecuária, sendo
notável a concentração de renda nas mãos de poucos (BAHIA, 2001).
Desta forma, a população existente no município e nas comunidades no
entorno são na grande maioria de origens diversas, principalmente das regiões
sul e sudeste, sendo assim, não existe ainda uma identidade cultural
consolidada.
3.2. Histórico do Parque Fioravante Galvani
Com o intuito de investir em uma causa ambiental no município de Luís
Eduardo Magalhães, onde está localizada, há mais de 10 anos, uma das
unidades industriais do Grupo Galvani, um dos sócios fundadores idealizou a
implantação de um criadouro conservacionista de animais do cerrado. A partir
de 2002, com a consultoria de uma médica veterinária, doutora na área de
conservação de animais silvestres, iniciou-se todo o processo de escolha do
13
local mais apropriado, elaboração do projeto e legalização junto ao IBAMA. O
contato com a comunidade, associado à escolha do local, foi decisivo para
concluir que o investimento não seria limitado ao criadouro, mas um espaço
para a produção de mudas de espécies nativas, além de programas de
educação ambiental no município e região. Desta forma, no ano de 2004, em
uma área de aproximadamente 20 hectares de cerrado, localizado em uma
fazenda a 10 km do centro da cidade, iniciou-se a implantação do Parque
Fioravante Galvani.
Inaugurado em 11 de setembro de 2006 (Dia Nacional do Cerrado) pelo
Instituto Lina Galvani, o parque é o primeiro centro de conservação e educação
ambiental da região centro-oeste da Bahia, que tem como objetivo contribuir
para a conservação desse importante bioma brasileiro e realizar ações
educativas de valorização do cerrado. O nome é uma homenagem ao avô dos
sócios do Grupo Galvani, imigrante italiano que iniciou um pequeno negócio no
interior de São Paulo e que deu origem ao Grupo. Atualmente o parque
desenvolve atividades em 3 áreas:
- criadouro conservacionista: legalizado pelo IBAMA para a manutenção de
14 espécies típicas da fauna do cerrado, tem como objetivo a reprodução a fim
de contribuir para a conservação da diversidade genética destas espécies “ex
situ”, mas também ser parceiros com instituições de ensino para pesquisa e
programas de reintrodução. Atualmente o plantel do criadouro do parque já
conta com um casal de: cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus), lobo-
guará (Chrysocyon brachyurus), arara-azul-grande (Anodorhynchus
hyacinthinus), ararajuba (Guaruba guarouba), um bugio (Allouta guariba) e dois
veados-catingueiro (Mazama guoazoubira).
- viveiro de mudas de espécies nativas: local onde são produzidos diversos
representantes da flora local, com a finalidade de apoiar e incentivar o plantio
de espécies nativas na zona urbana e na recuperação de áreas degradadas da
região. Já foram produzidas em torno de 8.000 mudas, como: ipê-rosa, aroeira-
do-cerrado, pau-santo, jacarandá-do-cerrado, cajuzinho, sucupira-preta, entre
outros.
- Núcleo de Educação Ambiental (NEA): espaço idealizado para a troca de
conhecimentos por meio de atividades educativas e lúdicas, com o objetivo de
contribuir para a construção de uma sociedade ambientalmente justa, com
14
pessoas atuantes e comprometidas. São desenvolvidos, alem do Projeto Escola no Parque, as Oficinas de Educação Ambiental - com o intuito de
fornecer subsídios aos educadores da rede municipal; Projeto Renasce o Cerrado – projeto anual em parceria com uma escola municipal a educação
ambiental que utiliza como ferramenta a arborização urbana com espécies do
cerrado; Projeto Férias no Parque – um dia nas férias dos estudantes com
idade entre 9 -11 anos com atividades lúdicas, interativas e não competitivas
que estimulam atitudes positivas para com o cerrado.
O Instituto Lina Galvani foi constituído juridicamente em 2003 e obteve o
certificado de OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público)
em fevereiro de 2004. Esta instituição cujo nome é uma homenagem feita, em
vida, à mãe dos sócios fundadores do Grupo Galvani, desenvolve projetos nas
comunidades onde o grupo atua, aliando as necessidades locais às
potencialidades, a partir do estímulo à autonomia e ao desenvolvimento sócio-
ambiental. Além do Parque, o Instituto desenvolve os seguintes projetos:
Programa SERvindo - São Paulo (SP) - promove a inclusão social através da
capacitação em serviços para bares, restaurantes e cafés; Conhecendo uma Empresa - Paulínia (SP) – auxilia jovens a descobrir suas vocações
profissionais, bem como seu espaço no mercado de trabalho.
O Instituto recebe doações anuais do Grupo Galvani, configurando-se
como principal mantenedor. Com o objetivo de ampliar suas ações e alcançar a
sustentabilidade de seus projetos, o Instituto tem como estratégia a realização
de parcerias com outras empresas e organizações.
3.3 Educação ambiental em zoológicos e criadouros
Segundo Auricchio (1998), os zoológicos atuais possuem os seguintes
objetivos: conservação de espécies ameaçadas, pesquisa, banco de
informação e divulgação, lazer e educação ambiental. No Brasil, os zoológicos
são instituições muito procuradas, pois segundo Garcia e Marandino (2007)
dados levantados pela Sociedade de Zoológicos do Brasil mostram que, no ano
de 2000, o número de pessoas que visitaram os zoológicos brasileiros foi cem
vezes maior do que aquelas que foram aos estádios de futebol assistir ao
campeonato nacional. Estes dados revelam a importância estratégica dessas
15
instituições para a prática de educação ambiental. Se partirmos do pressuposto
que uma das formas de fomentar o aprendizado é por meio de exemplos, os
quais facilitam o trabalho com conceitos e teorias, tornando a aplicação do
conhecimento mais verídica e flexível, podemos considerar que as atividades
vivenciadas em zoológicos e criadouros têm um forte potencial para a
aprendizagem (GARCIA E MARANDINO, 2007).
Mergulhão (1998), ao avaliar o público participante das atividades
educativas do Zôo de Sorocaba, verificou que vídeo e “slides” são os recursos
que menos despertavam a atenção, ou seja, as atividades contemplativas com
objetos simulados foram consideradas “chatas” ou “mais ou menos
interessantes”. A atividade de maior aceitação, por ordem de preferência,
segundo essa autora, foram as experiências concretas. Corroborando com este
dado, Garcia e Marandino (2007), afirmam que as atividades pautadas em
experiências concretas, podem estimular a curiosidade e a lembrança de
determinado conhecimento, podendo ser realizado com diferentes faixas
etárias. Paralelamente, estas atividades educativas auxiliam no processo de
ensino e aprendizagem de diferentes conteúdos (biologia, ecologia e educação
ambiental), além de poder ser utilizado com diferentes tipos de público,
especialmente os portadores de deficiências visuais (GARCIA E MARANDINO,
2003). Cabe salientar que um bom programa de monitoria e de comunicação
visual proporciona aos visitantes informações sobre a espécie observada,
sendo um forte aliado para as práticas educacionais em zoológicos e
criadouros (MERGULHÂO, 1998).
Os criadouros conservacionistas diferem de zoológicos por terem como
objetivo primordial a reprodução de espécies da fauna brasileira,
principalmente àquelas ameaçadas de extinção. Outro ponto que difere, é em
relação a visitação, pois em criadouro são visitas agendadas e monitorada,
com grupos pequenos e destinada exclusivamente para educação ambiental. A
existência de criadouros está prevista na Lei de Proteção a Fauna – Lei
n°5197/67, na Lei de Crimes Ambientais – Lei n°8605/98 e no Decreto
n°3179/99 que regulamentou essa Lei. O instrumento legal que aprova o
registro e funcionamento de criadouros conservacionistas de animais silvestres
é a Portaria n°139/93: “Estes criadouros têm por objetivo apoiar as ações do
16
IBAMA e dos demais órgãos ambientais envolvidos na conservação das
espécies, auxiliando a manutenção de animais silvestres em condições
adequadas de cativeiro e dando subsídios no desenvolvimento de estudos
sobre sua biologia e reprodução. Nesta categoria, os animais não podem ser
vendidos ou doados, apenas intercambiados com outros criadouros e
zoológicos para fins de reprodução”.
Atualmente, uma recente portaria do IBAMA alterou a categoria dos
criadouros conservacionistas para “criadouro científico de fauna silvestre para
fins de conservação”. Desta forma, vale ressaltar a importância destas
instituições para a conservação “ex situ” das espécies da fauna brasileira,
como exemplo para a manutenção do patrimônio genético e de populações
geneticamente viáveis de espécies ameaçadas de extinção, além de educar as
pessoas sobre a necessidade de preservação das espécies em seus habitats
naturais, e para isto, as atividades de educação ambiental são fundamentais,
pois para Cornell (1998), a experiência direta é tão importante na sala de aula
como ao ar livre
3.4 Trilhas interpretativas ou interativas em parques
Existem diversos tipos de trilhas com finalidades múltiplas e complexas,
como exemplo as trilhas religiosas, de aventura, educativas, etc, e, entre estes
exemplos, as trilhas interpretativas (REIGOTA, 2004).
Historicamente, um dos primeiros guarda-parques a utilizar uma trilha
para “sensibilizar” seus visitantes foi Enos Miles, que trabalhava no primeiro
parque registrado no mundo como Unidade de Conservação, o Parque
Nacional de Yellowstone1, no estado de Wyomning, EUA, fundado em 1872.
Nesta época ainda não se designava como trilha interpretativa. Já ao que se
refere sobre estas trilhas, segundo Reigota (2004) Freeman Tilden (PROJETO
DOCES MATAS, 2002) é considerado um dos precursores, pois para ele “a
interpretação é uma atividade educativa que aspira revelar os significados e as
relações existentes no meio ambiente, por meio de objetos originais, através de
1 Parque mais antigo do mundo, fundado devido as pressões exercidas pelo naturalista Ferdinand Hauyden, época que ecologia e meio ambiente estavam longe de ser preocupações do cotidiano.
17
experimentos de primeira mão e meios ilustrativos, em vez de, simplesmente,
comunicar informação literal”. O trabalho pedagógico realizado neste modelo
de trilhas seria buscar que estas se tornassem locais para as vivências e que
promovam o “encantamento pela natureza”, ou melhor, para a construção de
novos valores, atitudes e mudanças culturais e sociais (REIGOTA, 2004).
Kinker (2002) complementa que, um bom programa de interpretação procura
afetar não somente os valores imediatos, mas principalmente as crenças e
atitudes dos visitantes.
Corroborando com estes autores, Tabanez & Pádua (1997)
complementa que as trilhas, como meio de interpretação ambiental, visa não
somente a transmissão de conhecimentos, mas também propiciam atividades
que revelam os significados e as características do ambiente por meio do uso
dos elementos originais, por experiência direta e por meios ilustrativos, sendo
assim instrumento básico de programas de educação ao ar livre.
Segundo Pádua (1997), as trilhas interpretativas se fundamentam na
captação e tradução das informações do seu entrono, contudo, não lida apenas
com a obtenção de informações, mas com significados, buscando firmar
conhecimentos e despertar para novos, exercitar valores cognitivos, criar
perspectivas, suscitar questionamentos, despertar para novas perspectivas,
fomentando a participação da comunidade e trabalhando a percepção, a
curiosidade e a criatividade humana.
Estas trilhas são em geral estruturadas em Parques Urbanos e Unidades
de Conservação e abertas a visitação publica. Seus grupos-alvos podem
constituir de crianças aos adultos, no âmbito urbano e rural, nas escolas e
universidades, enfim, em qualquer segmento da sociedade. As trilhas
possibilitam uma grande diversidade de eixos temáticos e abordagens
ecológicas tanto com finalidades acadêmicas (no ensino fundamental, médio e
superior bem como em atividades de pesquisa e investigação científica), com
finalidades de fornecer conhecimento e esclarecimento lúdico a comunidade
em geral (PADUA, 1997). Ou seja, a interpretação nas trilhas pode incluir:
atividades dinâmicas e participativas, em que o público recebe informações
sobre, por exemplo, recursos naturais, exploração racional, conservação e
preservação, aspectos culturais, históricos, econômicos, arqueológicos, etc
(TABANEZ & PÁDUA, 1997). Assim, constituem um instrumento pedagógico
18
importante, por permitir que em áreas naturais sejam criadas verdadeiras salas
de aula ao ar livre e verdadeiros laboratórios vivos, suscitando o interesse, a
curiosidade e a descoberta e possibilitando formas diferenciadas do
aprendizado tradicional (PADUA, 1997).
4. METODOLOGIA:
4. 1 Local:
O Projeto Escola no Parque – Visitas monitoradas para EA formal e não
formal na comunidade de Luís Eduardo Magalhães, BA, será desenvolvido no
Parque Fioravante Galvani, situado em uma área de 20 hectares de cerrado, a
10 km no município (Figuras 1, 2, 3 e 4).
Figura 1 – Localização do município de Luis Eduardo Magalhães – BA.
-
19
Figura 2 – Planta baixa do Parque Fioravante Galvani.
Figuras 3 e 4 – Placa de entrada do Parque e vista aérea do local, na época em fase de
construção (abril de 2005).
4.2 Atores:
Os atores deste projeto serão:
- Equipe do Núcleo de Educação Ambiental (NEA) que atualmente é
constituído por uma médica veterinária e coordenadora geral do parque; uma
bióloga contratada e uma bióloga/pedadoga tercerizada .
- Monitores de EA do parque, tanto os membros da equipe do NEA como
monitores voluntários.
- Visitantes da educação ambiental formal: educandos das redes pública e
privada da região, englobando a educação básica (educação infantil, ensino
20
fundamental e ensino médio); educação superior; educação especial; educação
profissional; educação de jovens e adultos.
- Visitantes da educação ambiental não-formal: cidadãos que não estejam
vinculados as instituições de ensino, como grupos de amigos/famílias,
funcionários de empresas, fazendas, sindicatos e de outras entidades (Grupo
da Terceira Idade, moradores de abrigos, adultos e crianças vinculadas a
APAE, etc).
4.3. Metodologia
O Projeto “Escola no Parque” engloba as atividades de visitas
monitoradas para a EA formal e não formal, além das Oficinas de EA para
educadoras. Para este projeto, será descrito e discutido apenas sobre as
visitas monitoradas. Estas serão gratuitas, agendadas previamente e
programadas de acordo com a faixa etária, onde serão desenvolvidas
atividades para que os visitantes tenham a oportunidade de: conhecer as
dependências do parque; participar de trilhas interativas no cerrado; conhecer
as espécies do criadouro conservacionista; conhecer o viveiro de mudas;
colaborar no plantio de sementes de espécies nativas do cerrado, que serão
utilizadas na recuperação de áreas degradadas e arborização urbana;
conhecer a “Fazendinha”, local onde são produzidas parte da alimentação dos
animais; participar de atividades lúdicas nas dependências do parque. Para
que estas atividades ocorram de maneira gratificante, construtivas e agradáveis
os monitores procurarão seguir as premissas sugeridas por Cornell (1998,
pág.26), como:
- ensinar menos e compartilhar mais, pois isso torna qualquer visita mais
agradável, porque ficar apenas ouvindo é cansativo;
- ser receptivo, perceber o que os visitantes estão pedindo e humanizar as
relações;.
- concentrar a atenção dos visitantes, porque não dá para fazer nada se o
grupo não estiver atento;
- observar e sentir primeiro, falar depois, pois nem tudo precisa ser explicado. É
importante dar aos visitantes, tempo para encantar-se com detalhes;
21
- criar um ambiente leve, alegre e receptivo, onde todos se sintam bem. O
trabalho visa fazer os visitantes perceberem o que estão sentindo, pois o
sentimento influencia a maneira de compreender e pensar.
4.3.1 EA formal
4.3.1.1 Momento pré-visita:
Para as visitas destinadas a EA formal, previamente algum membro da
equipe NEA irá até a unidade escolar de origem dos educandos e realizará
uma conversa e questionário (Anexo A) com o educador e/ou coordenador. O
objetivo deste procedimento será conhecer os motivos que levaram o educador
a solicitar a visita monitorada e os objetivos pretendidos. Nesta oportunidade
será entregue um Termo de Compromisso (Anexo B), entre instituição de
ensino e o Parque. A partir destas informações, o roteiro da visita (Anexo C)
poderá ser planejado a fim de contextualizá-la com as atividades de sala de
aula.
4.3.1.2. Momento da visita:
O grupo de visitantes, com até 30 pessoas (número máximo), serão
recebido por monitores do NEA do Parque (Figura 5). Será formado um círculo,
denominado de “roda-dialogada” para um momento inicial da acolhida,
interação entre os monitores e os visitantes, como também para o diagnóstico
das primeiras impressões do grupo sobre o Parque, o bioma cerrado e a
interação homem-natureza (Figura 6).
Figura 5 – Chegada dos educandos no parque.
22
Figura 6 – Educandos e monitores durante a “roda dialogada”.
Após este primeiro contato, o grupo será dividido em dois grupos. O
grupo 1 irá percorrer a trilha interativa, denominada de Trilha Murici, onde
serão estimulados a sentir através do toque a textura das folhas, frutos e
troncos; cheirar as folhas, flores e frutos; ouvir os sons característicos (vento,
pássaros) (Figura 7). Serão mencionados os nomes e as propriedades
medicinais e/ou comestíveis de algumas espécies vegetais nativas,
principalmente as identificadas com placas (nomes comum e científico).
Figura 7 – Educandos durante trilhas interativas do parque.
Paralelamente o Grupo 2 visitará os recintos dos animais (Figuras 8, 9 e 10),
onde serão ressaltados os objetivos de um criadouro conservacionista.
23
Também serão apresentadas as características e importância ecológica destas
espécies, principalmente ao que se refere na disseminação das sementes.
Figura 8 – Educandos durante a visita ao recinto de cervos-do-pantanal (Blastocerus
dichotomus).
Figura 9 – Visita ao recinto do lobo-guará (Chrysocyon brachyurus).
24
Figura 10 – Visita ao recinto da arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus).
Na seqüência, os visitantes conhecerão a “Fazendinha” (Figuras 11),
local onde é produzido parte da alimentação dos animais. Quando oportuno,
serão convidados a comer frutos colhidos diretamente das árvores.
Figura 11 – Educandos da educação infantil visitando a “Fazendinha”.
Em seguida, percorrerão uma trilha interativa, denominada de “Trilha Catolé”,
até o viveiro de mudas, enquanto o Grupo 1 visitará os recintos dos animais, a
“Fazendinha”, a Trilha Catolé, até que por último os dois grupos se encontrarão
no viveiro de mudas, onde haverá um segundo momento de interação entre os
visitantes e monitores para a troca de informações sobre o plantio das
sementes (Figura 12). Neste momento, os educandos serão informados sobre
25
compostagem, diferenças entre adubação orgânica e química, características
da espécie que será semeada, origem das sementes, como armazenar, como
semear, cuidados com as mudas, destinação das mudas e importância das
espécies nativas para projetos de arborização urbana e para recuperação de
áreas degradadas. Em seguida será realizado o plantio (Figura 13).
Figura 12 – No viveiro de mudas recebendo informações sobre o plantio.
Figura 13 – Momento do plantio de sementes de espécies nativas.
Finalmente os visitantes retornam ao NEA onde após lavarem as mãos serão
encaminhados para um lanche (Figura 14). Cabe salientar que será
recomendado aos visitantes que levem lanches saudáveis (frutas, sucos
naturais, lanches e bolos integrais). Neste momento, os monitores aproveitarão
26
para informá-los sobre os diferentes lixos produzidos durante o lanche e seus
respectivos coletores para separação e destinação a reciclagem. Após o lanche
os educandos visitarão as exposições de fotos dos animais do parque e/ou
fotos da “Expedição Cerrado Baiano” (fotos de 12 comunidades tradicionais
remanescentes da região (Figura 15).
Figura 14 – Momento do lanche.
Figura 15 – Educandos visitando as exposições de fotos no NEA do Parque.
27
Após o lanche será realizado uma atividade lúdica, como “Teia da Vida”
ou “Que animal sou eu?”, atividades adaptadas de Cornell (1998) (Figura16),
dependendo da idade dos educandos. Na finalização das atividades, quando
possível, os visitantes produzirão um painel coletivo sobre as impressões do
parque (Figura 17), formarão um círculo e socializarão o que aprenderam.
Figura 16 – Durante a atividade lúdica “Teia da Vida”.
Figura 17 – Finalização com a construção do painel coletivo.
28
Cabe salientar que, os roteiros das visitas poderão sofrer variações,
devido aos eventos inesperados, tais como, atraso da condução, chuva, turma
muito ou pouco participativa, o que torna cada visita um momento único.
Como forma de avaliação da visita, os monitores deverão preencher uma ficha
avaliativa desta (ANEXO D).
4.3.1.3 Momento pós-visita
Algum tempo (1 a 3 meses) após a visita monitorada, um membro da
equipe do NEA irá retornar à unidade escolar e realizará uma avaliação com os
educandos. Esta tem por objetivo avaliar a eficiência da metodologia utilizada
durante a visita e diagnosticar como o educador utilizou-a no desenvolvimento
de suas atividades em sala de aula.
4.3.2 EA não-formal
A metodologia utilizada para a visitação destinada ao público não formal
será diferenciada em relação ao da EA formal, uma vez que não será realizada
uma avaliação prévia (Momento pré-visita).
Segue abaixo a descrição:
O grupo visitante com até 30 pessoas (número máximo) será recebido
por monitores no NEA do Parque. Será formado um círculo para um momento
inicial de acolhida onde ocorrerá a interação entre os monitores e os visitantes
para o diagnóstico das percepções ambientais do grupo, a fim de orientar as
intervenções a serem feitas durante a visita.
A interação será realizada através de um bate papo informal com a
apresentação dos monitores e dos visitantes. Durante esta apresentação os
visitantes serão estimulados a apresentarem suas expectativas com relação à
visita e os conhecimentos sobre o cerrado e sua ocupação, denominado de
diagnóstico.
Após a acolhida será apresentado dois vídeos institucionais, um sobre o Grupo Galvani
e outro sobre o Instituto Lina Galvani. Ao final será apresentado um histórico do Parque
e aberto às perguntas. O grupo então será convidado a visitar o Parque. Inicialmente é
apresentado o Núcleo de EA com sua parte administrativa, auditório e biblioteca. A
29
seguir os visitantes serão conduzidos ao Complexo de Apoio do Parque: ambulatório
veterinário, sala de internação, sala de nutrição, área de quarentena, refeitório, vestiário
dos funcionários e depósitos, onde serão informados sobre área total, número de
funcionários, suas ocupações e funcionamento do parque. Neste momento também será
mencionado sobre a preocupação com a manutenção da vegetação nativa ao se construir
os edifícios (Figura 18). Durante a visita aos recintos dos animais será citado sobre as
características destes e a importância ecológica na disseminação de sementes. Na
“Fazendinha” os visitantes serão orientados quanto aos tipos de alimentos cultivados e
seus destinos. Em seguida os visitantes percorrerão a trilha interativa (Trilha Catolé),
onde serão estimulados a sentir através do toque a textura das folhas, frutos e troncos;
cheirar as folhas, flores e frutos; ouvir os sons característicos (vento, pássaros) e
compartilhar seus conhecimentos sobre os nomes e propriedades medicinais e/ou
comestíveis das espécies (Figura 19). No Viveiro de Mudas serão conduzidos através
dos vários canteiros, ao mesmo tempo em que acontecerão as explanações sobre os
projetos desenvolvidos com a produção de mudas. Para finalizar esta parte da visita,
será realizado um convite para semearem algumas espécies do cerrado. Ao retornarem
ao NEA, a visita será finalizada com um debate informal sobre o que a visita
acrescentou e/ou mudou nos sentimentos e percepções. Antes do término, os visitantes
assinarão o livro de visitação do parque e preencherão um questionário (ANEXO E).
Figura 18 – Grupo de funcionários da Galvani Fertilizantes Ltda. - Unidade de LEM/BA.
30
Figura 19 – Grupo da Terceira Idade durante trilha interativa no parque.
4. 4 Divulgação
Algumas estratégias serão utilizadas para a divulgação do projeto, como:
- Convite aos coordenadores, diretores e educadores das escolas públicas e
privadas: no início do ano letivo escolar este público será convidado para visitar
o parque, com o objetivo de apresentar seus projetos e objetivos. A visita será
realizada de forma semelhante ao que serão realizadas para os educandos
(Figura 20);
- Cartazes sobre o Projeto Escola no Parque e folder explicativo sobre o parque
e suas atividades (Figuras 21 e 22);
- Mídia falada: entrevista com algum membro da equipe do NEA na rádio local
com o objetivo de divulgar o projeto.
31
Figura 20 – Visita dos coordenadores das redes municipal e estadual.
Figura 21 – Cartaz do Projeto Escola no Parque.
32
Figura 22 – Frente e verso do folder do Parque Fioravante Galvani.
33
5. RESULTADOS
5.1 Resultados pré-eliminares
5.1.1 Número de visitantes
O Parque foi inaugurado em setembro de 2006 e desde então foram
realizadas visitas monitoradas para educação formal.
A partir de 2007 que iniciaram as visitas monitoradas para educação
não-formal e desde então, estas foram introduzidas ao Projeto Escola no
Parque, conforme Tabela 1.
Tabela 1 – Resultado de número de visitantes na educação formal e não formal
dos anos de 2006 (a partir de setembro) e 2007:
Ano
Número de visitantes da
educação ambiental formal
Número de visitantes da
educação ambiental não
formal
2006 600 -
2007 1600 300
5.1.2 Avaliações pós-visita:
Alguns meses (1 a 9 meses) após a visita monitorada da educação
ambiental formal, um dos membros do NEA do parque aplica uma avaliação
aos educandos. Estas foram através de desenhos para educação infantil e na
forma de questionário investigativo para o ensino médio, conforme
representado na tabela e gráficos abaixo:
34
Tabela 2 – Resultado de questionário investigativo aplicado em um grupo
paraticipante da visita monitorada para educação ambiental formal:
Escola n. de alunos
Ivo Hering ‐ 40 ano 11 1) Qual o nome da local visitado por vc no dia 01/06/07? E qual a razão deste nome Lina Galvani 2 Parque da Galvani 6 Parque da Galvani/ por causa das plantas 1 Parque Fioravante Galvani/ homenagem 2
2) Quais as atiidades q vc realizou durante a visita? Conhecemos as árvores, o cervo e plantamos 2 Conhecemos o cervo‐do‐pantanal 1 Conhecer o nome das árvores 1 Conversamos e vimos muitas plantas 2 Passear e brincar 1 Visitamos o viveiro, a fazendinha, os recintos, as trilhas, 4
3) Qual atividade vc mais gostou? Conhecer as plantas 3 Passear 2 O bate papo 1 O cervo‐do‐pantanal 5
4) O q vc aprendeu durante a visita? Como nascem novas árvores (quebra de dormência no estomago de animais) 2 Cuidar do meio ambiente 3 Não maltratar os animais 2 Não matar os animais e preservar a natureza 3
5) O q a visita mudou em vc? Cuidar da natureza 1 Cuidar das plantas 2 Cuidar dos animais 2 Matar os animais 2 Não jogar o lixo no chão 1 Não maltratar os animais 1 Não prender mais os pássaros 2 Os animais são muito importante 1
6) O q vc ensinou aos seus amigos e/ou familiares depois da visita? Cuidar do meio ambiente 1 Cuidar dos animais 2 Não matar as plantas 1 O Parque é lindo e divertido 2 Sobre o cervo‐do‐pantanal 1 Tem muitos animais e plantas 3
35
Gráficos 1,2 3 – Representação gráfica do questionário investigativo realizado
em um grupo de visitantes da educação ambiental formal.
Qual o nome do loc al vis tado por você? E qual a razão des te nome?
02468
L ina Galvani P arque da Galvani P arque da Galvani/por causa das
plantas
P arque F ioravanteG alvani/
homenagem
Qual atividade que você mais gos tou?
0123456
C onhecer as plantas P assear O bate papo O cervo‐do‐pantanal
O que a vis ita mudou em você?
00,51
1,52
2,5
C uidar da na...
C uidar das p...
C uidar dos ...
Matar os ani...
Não jogar o l...
Não maltrata...
Não prende...
Os anim
ais ...
36
5.2 Resultados esperados
Para o ano de 2008 os resultados esperados são:
- número de visitantes: 3.000 visitantes;
- produção de 10.000 mudas durante as visitas monitoradas;
- maior envolvimento do poder público para garantir a qualidade do transporte
(pontualidade e comprometimento) dos visitantes;
- parceria com empresas privadas para o fornecimento de lanche saudável;
- publicação de um livreto sobre a história do parque com material produzido
pelos educandos participantes das visitas monitoradas.
6. CRONOGRAMA
O Projeto Escola no Parque – visitas monitoradas para EA formal e não-formal
será realizado durante o ano letivo de cada ano.
Mês Evento
Janeiro - Elaboração das atividades desenvolvidas durante a visita pela equipe do NEA do parque. - Divulgação por meio de folders, cartazes e mídia.
Fevereiro - Convite aos educadores, coordenadores e diretores para visitação ao parque durante a realização da Semana Pedagógica, evento promovido pela Secretaria de Educação do Município.
Março, Abril
e Maio. - Visitas monitoradas do Projeto Escola no Parque.
Junho
- Visitas monitoradas do projeto Escola no Parque;
- Visita as escolas para avaliações com educandos que
participaram do projeto no primeiro semestre.
Julho - Compilação dos dados coletados nas avaliações;
- Elaboração das atividades para o segundo semestre.
37
Agosto - Visitas monitoradas do Projeto Escola no Parque.
Setembro - Visitas monitoradas do projeto Escola no Parque.
Outubro - Visitas monitoradas do projeto Escola no Parque.
Novembro - Visita as escolas para avaliações com educandos que
participaram do projeto no segundo semestre.
Dezembro - Compilação dos dados coletados nas avaliações;
- Divulgação dos resultados na mídia.
7. ORÇAMENTO
Orçamento previsto por visita monitorada.
Item
Valor (R$)
Fonte
Recursos humanos
(equipe do NEA + funcionária da limpeza)
300,00 Instituto Lina
Galvani
Transporte
130,00
Prefeitura de
LEM
Escola
privadas
Material didático
10,00
Instituto Lina
Galvani
Total 440,00
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
38
Ao depararmos com atual crise ambiental, é visível que os atuais
modelos econômico, de sociedade e de estilo de vida, não se enquadram na
proposta do tão comentado “desenvolvimento sustentável”. A sociedade atual e
moderna, massacrada pela mídia, pelo modelo capitalista, pelos valores
voltados para o consumo descartável, não conhece os conceitos tão
mencionados e discutidos deste desenvolvimento sustentável, mas apenas a
busca incessante pelo crescimento econômico e aumento do PIB, tão
divulgados pela mídia. Sendo assim, nos deparamos com uma sociedade com
valores éticos invertidos, onde o “ter” é mais importante que “ser”. Por outro
lado, também é impossível pretender que seres humanos explorados,
injustiçados e desprovidos de seus direitos de cidadãos consigam compreender
que não devam explorar outros seres vivos, como animais e plantas,
considerados inferiores pelos humanos. Desta forma, acredito que, o caminho
para o verdadeiro conceito do desenvolvimento socioambientalmente
sustentável, seja construído através da educação ambiental, pois através dela
é que novos modelos poderão ser propostos nas diversas camadas da
sociedade. Portanto, a educação ambiental constitui-se num desafio, pois não
basta se tornar mais consciente dos problemas ambientais, sem se tornar
também um cidadão mais ativo, crítico e participativo.
39
REFERÊNCIAS
AURICCHIO, André. L. R. Potencial da Educação Ambiental nos Zoológicos Brasileiros. Publicação avulsa do Instituto Pau Brasil de História Natural. São Paulo n.1,p. 1-46, 1999. BAHIA (Estado). Secretaria de Planejamento, Ciência e Tecnologia. Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional. Luis Eduardo Magalhães: Perfil Municipal. Salvador, 2001. BRAGA, Maria Lúcia & PIRES, Mauro Oliveira. In: DUARTE, Laura Maria Goulart, Suzi Huf Theodoro (orgs.). Dilemas do cerrado: entre o ecologicamente correto e o socialmente (in) justo. Rio de de Janeiro: Garamond, 2002. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Programa Nacional de Conservação e Uso Sustentável do Bioma Cerrado: Programa Cerrado Sustentável. Brasília: 2004. 67 p. CORNELL, Joseph. Vivências com a natureza. Guia de atividades para pais e educadores. São Paulo: Aquariana, 1998. GARCIA, Viviane A.R., MARANDINO, Martha. Objetos que ensinam. In: X REUNIÓN DE LA RED DE POPULARIZACIÓN DE LA CIENCIA Y LA TECNOLOGÍA EN AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE (RED POP - UNESCO) Y IV TALLER “CIENCIA, COMUNICACIÓN Y SOCIEDAD”. 10. , San José, Costa Rica, 2007. KINKER, Sandra. Ecoturismo de conservação da natureza em parques nacionais. Campinas: Papirus, 2002. MERGULHÃO, Maria. C. Educando para a conservação da natureza. São Paulo: EDUC, 1998. PADUA, Suzana. Cerrado Casa Nossa: um projeto de educação ambiental do jardim botânico de Brasí lia. Brasília. UNICEF. 35pp. 1997. REIGOTA, Marcos. Meio ambiente e representação social. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2004. TABANEZ, Maria. F.; PADUA, Suzana (orgs.) Educação Ambiental: caminhos trilhados no Brasil. Instituto de Pesquisas Ecológicas - IPÊ. Brasília. 283 pp. 1997.
40
ANEXOS Anexo A – Formulário realizado com educador no momento pré-visita.
FORMULÁRIO - VISITA MONITORADA Instituição: ___________________________________________________ Telefone: ______________________ E-mail: _______________________
Série(s):____________________________________________________________
____Telefones:
_____________________________________________________________
E-
mail:______________________________________________________________
Agendamento:
Data __________Horário previsto de chegada: _______ Horário de saída: ____
Série: ______________ Idade: ____________ Nº de visitantes: ___________
Acompanhantes: 1) _______________________________________________
2) _______________________________________________
O lanche será feito durante a visita? ___________
Qual o objetivo da visita?
( )sensibilização _____________________________________________
( )motivação ________________________________________________
( )complementação de conteúdo da sala de aula
______________________
()culminância de atividade e/ou projeto ____________________________
Como os estudantes foram ou serão preparados para a visita ao PFG?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
__________
Quais os temas a serem contemplados pelos monitores do Parque
durante a visita?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________
41
Quais serão as atividades desenvolvidas na sala de aula após a visita
monitorada?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________
Anexo B – Termo de Compromisso assinado entre responsável pela
instituição de ensino e coordenação do Parque Fioravante Galvani.
TERMO DE COMPROMISSO
Pelo presente instrumento particular de Termo de Compromisso, firmado entre as partes a saber: de um lado o Parque Fioravante Galvani projeto realizado pelo Instituo Lina Galvani, localizado na BR 020 Km 538, cidade de Luis Eduardo Magalhães, estado da Bahia, doravante denominado PFG, Com sede à rua:______________________________________________ nº______Bairro: ____________ Cep:____________________________________Cidade: _______________________________UF:_____ Telefone:__________________Fax:______________E-mail:_____________________________________ Neste ato representado (a) por:____________________________________________________________ Portador do RG n°______________________________________________________________________ E-mail: ______________________________________________________________________________ doravante denominado (a) ENTIDADE/ESCOLA, resolvem, de comum acordo, na melhor forma de direito, o que se segue:
CLÁUSULA PRIMEIRA - OBJETO
1-1 Constitui objeto do presente termo, a realização, pelo Núcleo de Educação Ambiental do Parque Fioravante Galvani a visitação monitorada ao Parque Fioravante Galvani com duração de aproximadamente duas horas que ocorre em datas e horários pré-estabelecidos entre as partes interessadas, sendo destinado a crianças, jovens e adultos das instituições de ensino interessadas em participar do programa de visitas monitoradas do PFG.
CLAÚSULA SEGUNDA – INSCRIÇÃO 2-1 As visitas são inteiramente gratuitas; 2-2 A inscrição só terá validade com: o termo de compromisso preenchido, assinado,
carimbado pela escola /entidade social, Todos os campos do termo de compromisso devem ser preenchidos no momento da inscrição em conjunto com a pessoa responsável pelo agendamento das visitas ao PFG;
42
2-3 Cronograma de agendamento das visitas:
Visit
a Data Hor. Série Nºde alunos Nome completo dos professores responsáveis
1
2-4 Estar ciente na inscrição que os participantes deverão levar água e lanche saudável (quando
necessário) acomodados na mochila, estarem de tênis, roupas confortáveis e portando boné em dia ensolarado, bem como seguir todas as orientações/determinações de prevenção de eventuais riscos, previamente comunicados pelo PFG;
2-5 A visita monitorada desenvolve diversos temas, histórico do parque, visita ao recinto do cervo
do pantanal, a fazendinha, viveiro de mudas de espécies nativas do cerrado, trilha interativa com identificação de espécies do cerrado, jogos de integração com a Natureza, como a “Teia da vida” ou “Quem é o animal?”; que serão desenvolvidos de acordo com o tempo disponível e o interesse da escola/entidade.
2-7 Fica a encargo da escola/entidade social a escolha de outros temas para serem desenvolvidos
durante a visita monitorada; 2-9 Os alunos e professores devem portar crachá com nome legível ou outra forma de identificação
e trazerem protetor solar e repelente, sempre que o dia estiver ensolarado; CLÁUSULA TERCEIRA: ATRIBUIÇÕES DA ENTIDADE/ ESCOLA
3-1 Fica estipulado o número máximo de 30 (trinta) participantes para cada visita, não podendo, em
hipótese alguma, ultrapassar o número máximo;
3-3 A entidade/escola compromete-se a comparecer no horário determinado, pois se o atraso for
superior a 30 (trinta) minutos, os conteúdos da visita serão reduzidos; 3-4 A entidade/escola compromete-se a apresentar os participantes da visitação ao PFG, nos
horários combinados, não devendo retirá-los antes do tempo previsto; 3-5 O encargo com transporte dos participantes será de responsabilidade da
ENTIDADE/ESCOLA; 3-6 Caso haja algum imprevisto que impeça a escola/entidade de participar da visitação já
agendada, a escola/entidade compromete-se a comunicar ao Núcleo de Educação Ambiental do PFG, por telefone, se possível com o máximo de antecedência possível;
3-7 A entidade social/escola que não cumprir o estabelecido terá cancelado, automaticamente, o
cadastro no PFG no decorrer do ano, impossibilitando futura participação;
3-8 Os participantes deverão estar acompanhados e também monitorados por no mínimo 2 funcionários/responsáveis da ENTIDADE/ESCOLA, sendo que estes responsáveis deverão repassar todas as orientações/determinações feitas previamente pelo PFG aos participantes e, por estes, serão responsáveis, durante a visita realizada.
CLÁUSULA QUARTA: ATRIBUIÇÕES DO PFG 4-1 O PFG compromete-se, pelo presente Termo, a realizar em data a ser acordada com a
entidade/escola, visitas que por motivos técnicos e ou operacionais não tenham sido realizados.
43
4-2 O PFG, compromete-se pelo presente termo, que terá sempre dois monitores no período de realização das visitações.
4-3 O PFG, compromete-se pelo presente termo a contatar por telefone a ENTIDADE/ESCOLA para
agendar e/ou avaliar a viabilidade da visitação em dias de chuva.
E por assim estarem as partes justas e acordadas, assinam o presente instrumento declarando estar cientes das responsabilidades atribuídas para a realização deste Programa. LEM, ___/____/ 2007 ________________________________________ ______________________________________
Diretor(a) da Entidade Social/Escola Parque Fioravante Galvani - Coordenação
Assinatura e carimbo
Anexo C – Roteiro de visita utilizado pela equipe do NEA do parque.
ROTEIRO DE VISITA MONITORADA
1) Público: Estudantes da 3ª série do ensino fundamental do Centro
Educacional Espaço Livre.
2) Espaço disponível: Núcleo de Ed. Amb. do Parque Fioravante Galvani.
3) Data: 28/03/2008
4) Horário: 8:00 até 10:00
5) Roteiro:
8:00 até 8:30 - Acolhida: Boas vindas, bate papo sobre o lugar
onde elas estão, música das frutas: primeiro nós ouvimos a música,
cantamos e identificamos as que conhecemos e as que não
conhecemos que eram justamente algumas do cerrado. A partir da
comparação entre as espécies cultivadas e as nativas iniciamos
nosso bate papo sobre a ocupação, fauna e flora do cerrado bem
como da função do parque.
44
8:30 até 9:00 – Dividimos a turma em dois grupos e visitamos o
recinto do Cervo do Pantanal e a Trilha, durante a trilha estimulamos
os alunos a interagirem com a vegetação estimulando-os a
observarem as características da vegetação. Depois trocamos os
grupos.
9:00 até 9:30 – Plantio de sementes..
9:30 até 9:45 – Lanche
9:45 até 10:00 - Finalização com um bate papo
6) Considerações:
Anexo D – Ficha de avaliação realizada pelos monitores ao final da visita
monitorada.
FICHA DE AVALIAÇÃO DE VISITA MONITORADA
1) Instituição de Ensino: Turma: Período: Data da visita: Número de alunos: Acompanhantes responsáveis: ______________________________________ _________________________________________________________________ 2) Grau de envolvimento dos educandos:
Atividades Plenamente satisfatório Satisfatório Insatisfatório
Geral Acolhida Histórico do parque Diagnóstico Visita a exposição de fotos Visita ao Cervo Visita a Arara Azul Visita ao Lobo Guará Visita a Fazendinha
Trilha catolé Visita ao viveiro Plantio de semente Atividade lúdica Trilha murici Lanche Desenhos Finalização
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3) Que tipo de lanche os visitantes trouxeram:
Alimento Nº de pessoas Salgadinhos Refrigerantes/Sucos artificiais Biscoitos industrializados Biscoitos e bolos caseiros Sanduíches Frutas Sucos naturais
O grupo separou o lixo orgânico, reciclável e não reciclável? ( ) sim ( ) não Obs.: _____________________________________________________________ 3) Característica dos visitantes: ( ) bem preparados ( ) interessados ( ) dispersos ( ) desinteressados ( ) indisciplinados 4) Grau de envolvimento dos acompanhantes: ( ) plenamente satisfatório ( ) satisfatório ( ) insatisfatório 5) Característica dos acompanhantes: ( ) participativos ( ) colaboração somente quanto a disciplina ( ) apenas um professor interessado ( ) ambos desinteressados
6) Questões e sugestões levantadas pelos visitantes: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 7) Observações gerais: _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ _________________________________________________________________ 8) Quem preencheu este relatório? _________________________________________________________________
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Anexo E – Questionário apresentado após as visitas monitoradas não formal.
QUESTIONÁRIO PARA VISITANTES
1) Você já tinha ouvido falar do Instituto Lina Galvani? Sim Não
2) Se sim, de onde? Parentes/Amigos Empresa Galvani Internet Jornais/Revista/Rádio/TV Não Lembro Outros:_________
3) Para você, o que é o Instituto Lina Galvani?
4) Você já tinha ouvido falar do Parque Fioravante Galvani? Sim Não
5) Se sim, de onde? Parentes/Amigos Empresa Galvani Internet Jornais/Revista/Rádio/TV Não Lembro Outros:_________
6) O que você achou do Parque?
Regular Bom Excelente Por quê?
7) O que você mais gostou na visita ao Parque? Viveiro de mudas Animais Fazendinha Núcleo de Educação Ambiental Trilhas Tudo
8) Você gostaria de contribuir com alguma atividade no Parque? Sim Não
9) Se sim, de que maneira? Auxiliando nas visitas monitoradas Ajudando no viveiro de mudas Ajudando na Campanha Adote uma Espécie Outros: _________________________________________________________ 10)Você tem alguma sugestão?
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