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PROJETO: Fortalecimento Coordenação de Resposta de Emergência, recuperação rápida Resultado 2: Identificadas as necessidades de construção da Resiliência nas províncias do Cunene, Huíla e Namibe no sul de Angola Resultado 3: Desenvolvida a estratégia de construção Resiliência a Longo prazo
Junho – Setembro 2014
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CONTEUDO
AGRADECIMENTOS ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
ABREVIAÇÕES ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1. ANALISE DO CONTEXTO ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2. CONCEITO DE RESILIÊNCIA .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3. CONSTRUÇÃO DA RESILIÊNCIA .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
4. PRESUPPOSTOS A CONSULTORIA .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
5. OBJETIVOS E RESULTADOS DA CONSULTORIA .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
6. METODOLOGIA .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
7. ESTRATÉGIA DE CONSTRUÇÃO DA RESILIÊNCIA E CONTEXTO ANGOLANO
NAS PROVÍNCIAS DE CUNENE, HUÍLA E NAMIBE .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
8. CONCLUSÕES ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
9. RECOMENDAÇÕES ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
10. BIBLIOGRAPHY ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
11. ANEXOS ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
11.1 Termos de referencia consultoria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
11.2 Plano de trabalho consultoria (primeira e segunda missão) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
11.3 Estratégia-piloto Cunene .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
11.4 Estratégia-piloto Huíla . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
11.5 Estratégia-piloto Namibe .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
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AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer ao Governo de Angola, a Comissão Nacional de Protecção Civil, o Serviço
Nacional de Protecção Civil, os Governos Provinciais de Huíla, Cunene e Namibe, bem como os
Serviços Provinciais de Protecção Civil, as ONGs e as Organizações da sociedade civil para a
grande colaboração e a assistência nas missões de campo.
Todos têm apoiado a missão de consultoria com todos os recursos disponíveis, preparando as
condições para atingir os objectivos definidos.
Ao mesmo tempo, eu gostaria de agradecer as agências das Nações Unidas em Angola pelo
apoio e disponibilidade, sem que o conselho não teria tido o mesmo resultado.
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ABREVIAÇÕES ADC Administração Comunal
ADM Administração Municipal
AMC Adaptação as Mudanças Climáticas
APCV Avaliação Participativa da Capacidade e da Vulnerabilidade
CCOR Centro de Coordenação Operativo Regional
CNPC Comissão Nacional de Proteção Civil
CPPC Comissão Provincial de Proteção Civil
DPARS Departamento Provincial de Assistência e Reinserção Social
FAO Organização das Nações Unidas para a Alimentação a Agricultura FARM Formulário de Avaliação Rápida Multissectorial
GEPE Gabinete de Planeamento
GSA Gabinete de Segurança Alimentar
IDA Instituto de Desenvolvimento Agrário
IDF Instituto de Desenvolvimento Florestal
ISV Instituto de Serviços Veterinários
MINARS Ministério da Assistência e Reinserção Social
OIM Organização Internacional das Migrações
OMS Organização Mundial da Saúde
ONG Organização Não Governamental
PMC Plano dos Mecanismos de Coordenação
PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PRP Planeamento Rural Participativo
RRD Redução de Risco de Desastres
SAP Sistema de Aviso Prévio
SNPCB Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros
SPPCB Serviço Provincial de Proteção Civil e Bombeiros
UNICEF Fundo Das Nações Unidas para Infância
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1. ANALISE DO CONTEXTO Desde os anos 80 o número de desastres aumentou dramaticamente e a incidência quase triplicando anualmente. Especificamente, as catástrofes relacionadas com o clima têm vindo a crescer exponencialmente e isso se deve, principalmente, ao forte impacto que as mudanças climáticas estão a ter sobre eventos naturais.
As alterações climáticas provocam alterações consistentes e anormais na frequência e características das estações. Como está acontecendo a nível global, há chuvas curtas e extraordinárias e longos períodos de seca. As comunidades pobres são mais vulneráveis a essa situação, porque são mais expostas e menos preparadas, não conseguindo se adaptar. Particularmente, aqueles cuja subsistência dependem do clima são os que mais sofrem o impacto das mudanças climáticas. Por conseguinte, o risco de desastres vai aumentar na área em que não há resposta das comunidades. Aqueles que vivem em áreas ciclicamente afectadas por calamidades e não se adaptam ou mudam à situação, vivem em uma condição crônica de risco e isso provoca o crescimento também no nível de pobreza.
Durante os últimos cinco anos, o Sul de Angola foi atingido por desastres cíclicos, os quais afetaram negativamente não só as infraestruturas locais, mas também os meios de subsistência da comunidade, especialmente se relacionados com a sazonalidade. Para essas pessoas, tem sido extremamente difícil voltar a condição normal e recuperar.
Com base neste contexto, a Comissão Nacional de Protecção Civil (CNPC) destacou que a assistência humanitária (alimentos, medicamentos, água potável etc.) não é suficiente, considerando o contexto atual. A CNPC tem evidenciado que o investimento na mudança dos factores de pobreza (as grandes causas da vulnerabilidade), atuando para melhorar as condições de vida, economia e capacidade local, construindo comunidades fortes é uma decisão estratégica para ter um forte impacto no contexto e para converter o estado de dependência das comunidades pobres. Na verdade, o empoderamento das comunidades afetadas por desastres a ser capazes de preparar e enfrentar um evento negativo é crucial para reduzir o risco e superar o impacto dos desastres nas suas vidas e nos meios de subsistência.
Atualmente este tipo de abordagem global sobre a redução do risco de desastres (RRD) opera a muitos níveis e envolve, além de instituições governamentais, as comunidades afetadas por desastres.
O RRD é um processo que começa a partir de uma extensa análise das causas dos desastres e dos componentes do risco (risco, vulnerabilidade, capacidade). A inovação desta abordagem é o envolvimento e a participação das comunidades afetadas em todas as fases do processo. O objetivo é capacitá-las sobre o conhecimento de eventuais riscos aos quais são expostos e definir locais soluções em conjunto para mitigar o risco e mudar o contexto: isto significa construir resiliência e isso significa mais uma vez alcançar o desenvolvimento local.
Adaptação às alterações climáticas (AAC) e as abordagens de RRD são baseados exatamente na construção de mecanismos de resiliência que estão incluídas nas estratégias nacionais de desenvolvimento.
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2. CONCEITO DE RESILIÊNCIA Para consolidar e sustentar as medidas de RRD, é essencial concentrar a ação e a estratégia na construção de resiliência das comunidades aplicando as decisões a nível local e utilizando os recursos disponíveis que podem melhorar a capacidade da comunidade em preparar-se, prevenir e gerir os desastres, tendo também uma recuperação mais rápida para a situação normal.
A palavra resiliência vem da palavra latina resiliens, particípio passado de resilire, “ricochetear, pular de volta”, formada pelo prefixo re- (“para trás”) e a palavra salire (“pular”), portanto o significado original é “ir além de alguma coisa”.
O termo resi l iência é utilizado em diferentes âmbitos ou ciências (psicologia, filosofia, mecânica, engenharia, informática, ecologia, biologia, física, sociologia) e embora existam algumas diferenças próprias de cada área, o sentido comum é que, a resiliência indique a capacidade de resistir a um impacto de forma a se adaptar e ter menos prejuízos possíveis.
A resiliência é a capacidade dum sistema, dum individuo, duma instituição, duma comunidade ou sociedade potencialmente expostos aos perigos poder:
• Adaptar-se (resistindo ou mudando) a um ambiente que se transforma;
• Recuperar-se depois dum desastre/evento negativo;
• Ter um ambiente institucionalmente favorável para fortalecer a resiliência.
Portanto, a resiliência permite que as pessoas superem os desafios consequentes à um desastres, ao invés de dependerem da ajuda humanitária após eventos como uma inundação, seca, crise econômica ou conflito.
Quando uma comunidade não tenha sido preparada ou não criou as condições para superar o desastre, existem algumas possíveis consequências:
1. O primeiro impacto do desastre será devastador, porque a comunidade não terá capacidade de reagir sozinho e porque a ajuda externa vai chegar após a emergência, quando o risco estará terminado.
2. Vai custar sete vezes mais por cada dólar utilizado em relação a uma preparação e planeamento pré-desastres.
3. O apoio chegará principalmente de partes interessadas externas e será concentrado apenas para cobrir as necessidades imediatas e básicas. As intervenções serão direcionados para recuperar e reconverter a situação da comunidade a antes do desastre. Na maioria das vezes, as acções implementadas não serão sustentáveis, portanto, com a próxima catástrofe, este ciclo negativo vai começar de novo.
Por estas razões, é essencial investir também nas capacidades humanas, nas pessoas afetadas durante um desastre para melhorar os meios de subsistência em uma abordagem sustentável e, assim, eles possam estar preparados para enfrentar desastres. Este processo é chamado de "construção de resiliência".
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3. CONSTRUÇÃO DA RESILIÊNCIA Construir a resiliência significa portanto ajudar as pessoas, as comunidades, os países e as instituições globais a prevenirem-se, anteciparem-se e prepararem-se para enfrentarem e se recuperarem dos desastres, e não apenas um retorno à situação anterior ao desastre, mas tornar-se ainda melhor.
A nível local, onde o desastre tem o seu maior dano, a construção de resiliência permite criar as bases de preparação para gerir da forma melhor a situação no momento do evento, mitigando assim o impacto negativo do mesmo (ou tendo o menor prejuízo possível) e permitindo uma rápida reconversão à situação de normalidade e de estabilidade e, na maioria dos casos, chegando a ser mais forte que antes do desastre.
O conceito de resiliência é considerado como um dos instrumentos fundamentais para assegurar a sustentabilidade e a efectividade das estratégias desenvolvidas e para diminuir sobretudo a vulnerabilidade e dependência das comunidades de ajudas externas.
EXEMPLO SOBRE CONSTRUÇÃO DA RESILIÊNCIA Uma comunidade rural que vive numa área sujeita a mudanças climáticas tem como principal actividade económica o sector agropecuário. Para poder preparar-se a este novo contexto, depois de algumas reuniões comunitárias e do aconselhamento dos técnicos do Departamento da Agricultura, a comunidade decidiu implementar algumas medidas para acabar com a dependência sazonal das colheitas:
ü Implementa técnicas agrícolas simples, inovadoras, económicas e independentes das estações (agricultura de conservação, novos tipos de sementes, etc.)
ü Decide constituir a associação de camponeses e criadores de gado ü Começa a semear com cultivos diferentes e cíclico e a praticar pastagens rotativas ü Organiza um armazém de sementes (mini-stocks) e de feno para a época seca ü Adere às campanhas de saúde animal
Depois desta primeira fase, a comunidade com a liderança do soba e o apoio dos técnicos do departamento da Agricultura, consideraram que todas estas actividades podem ser consolidada e sustentáveis somente se outros sectores (água, energia, saúde, educação, ambiente, comércio etc.) contribuem e ajudam a criar a sustentabilidade. Alguns meses depois, a comunidade implementa e programa as seguintes actividades para maximizar o trabalho agropecuário.
ü Aumentar o acesso a água, através de construção e reabilitação de poços tradicionais e represas protegidas dos animais, para armazenamento hídrico no tempo chuvoso a ser utilizado em épocas mais secas.
ü Realizar campanhas de plantação de árvores e de sensibilização para respeitar e melhorar o meio ambiente
ü Aumentar o número de serviços por volta da comunidade, como escolas, postos de saúde, pontos veterinários, empreendimentos ou lojas comerciais de venda e comercialização das produções e dos animais
A sustentabilidade e desenvolvimento local devem passar através da gestão participativa dos recursos disponíveis e o fortalecimento das comunidades que devem ser autossuficientes, empoderadas da capacidade de saber resistir as adversidades adaptando-se e ultrapassando-as positivamente.
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4. PRESUPPOSTOS A CONSULTORIA Na perspectiva de definir os próximos objectivos do milénio apòs-2015 e tendo em conta que o desenvolvimento sustentável pode ser alcançado somente com a diminuição da vulnerabilidade aos desastres das comunidades locais. O Governo de Angola orientou a sua linha estratégica no fortalecimento da construção de resiliência dos mais vulneráveis, para poder alcançar um desenvolvimento sustentável, harmonioso e inclusivo.
A estratégia de construção da resiliência portanto, chega a ser uma condição imprescindível para o desenvolvimento e para a redução de risco de desastres nas comunidades a nível local e nas áreas mais afectadas por eventos negativos. O empoderamento das comunidades através do fortalecimento das próprias capacidades locais na gestão de recursos locais para ultrapassar positivamente o impacto dos desastres, permite que sejam maximizados os recursos e que seja consolidado o desenvolvimento local de forma efetiva e inclusiva.
No âmbito da missão de cooperação entre o Governo de Angola (GOA) e as Nações Unidas que têm como objectivo comum alcançar o desenvolvimento sustentável integrando as abordagens Redução do Risco de Desastres aos programas implementados, o PNUD contratou uma Consultora Internacional com a finalidade de apoiar os governos provinciais e as agencias das Nações Unidas a definir estratégias-piloto de construção de resiliência para mitigar o impacto negativo que os desastres têm ciclicamente nas comunidades vulneráveis em Angola, em particular na Região Sul.
A missão foi desenvolvida no âmbito do projecto intitulado Fortalecimento da Coordenação de Resposta de Emergência e Recuperação Rápida financiado por TRAC 3 atribuído ao PNUD de Nova York, o consultor foi contratado para tratar dos resultados 2 e 3 do projeto. Resultado 2. Identificadas as necessidades de construção de resiliência nas províncias do Cunene, Huila e Namibe no Sul de Angola; e Resultado 3: Definida a estratégia de construção da resiliência a longo prazo. Quanto ao resultados 1. O reforço da coordenação para a resposta de emergência da seca e gestão da informação, esta foi concluída pelo Coordenador e Especialista em emergência, o Sr. Luis Raya de janeiro a julho de 2014. Veja Relatório Final para Resultado 1.
A consultoria foi realizada em três fases:
- Primeira fase - missão de 30 de Julho à 15 de Agosto 2014, incluindo uma deslocação de 11 dias (de 20 à 31 de Julho 2014) para as províncias de Cunene, Huíla e Namibe, para recolher as informações localmente;
- Segunda fase - missão de 25 de Agosto à 30 de Setembro 2014 para finalizar e validar com os parceiros das mesmas províncias as estratégias constituídas
- A terceira fase - participação no Seminário Nacional sobre Plano de Contingência 2015-2019 e Construção de Resiliência na Província de Malange de 7 à 8 de Outubro, no qual foram apresentadas as versões finais das estratégias-pilotos de construção de resiliência elaboradas à todos os vice-governadores provinciais da área político-social e aos comandantes provinciais da proteção civil e bombeiros.
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5. OBJETIVOS E RESULTADOS DA CONSULTORIA Conforme os Termos de Referencia em anexo, o objetivo geral da consultoria foi de auxiliar os governos provinciais na construção de uma estratégia de longo prazo resiliência em que sejam definidas atividades específicas, actores-chave e responsabilidades para ajudar o Governo de Angola a nível provincial a melhorar a sua capacidade de preparação, gestão e recuperação do impacto dos desastres em Angola.
Foram definidos também dois objectivos e alcançados dois resultados específicos relativos.
Objetivo Específico 1: Identificar as necessidades dos Governos Provinciais do Namibe, Cunene e Huíla para contribuir à construção da estratégia de resiliência, bem como as actividades e áreas específicas de apoio às instituições governamentais provinciais que envolvem parceiros da sociedade civil e das Agencias das Nações Unidas.
Resultado 1: Identificadas as necessidades da estratégia de construção da resiliência nas províncias do Cunene, Huíla e Namibe no Sul de Angola.
Objetivo Específico 2: Desenvolver uma estratégia de construção de resiliência de longo prazo em apoio do Governo angolano.
Resultado 2: Desenvolvida uma estratégia de construção da resiliência para as província de Cunene, Huíla e Namibe a longo prazo.
Foram definidas 3 estratégias-piloto de construção da resiliência 2015-2017 nas províncias de Cunene, Huíla e Namibe a ser implementadas pelos governos locais em parceria com as agencias das Nações Unidas e as organizações da sociedade civil angolana.
6. METODOLOGIA A consultoria foi realizada conforme a síntese a seguir:
FASE METODOLOGIA ACTIVIDADE PROPOSITO
PREPARAÇÃO
Encontros com autoridades nacionais (MINPLAN, MINAGRI, CNPC, SNPCB. UN agencies)
Envio cartas para província e logística
Análise dos documentos e propostas (Planos de desenvolvimento provinciais, relatórios anteriores sobre a seca, plano de contingência 2015-2019 etc.)
Constituição da equipa (parceria UNDP e SNPCB)
Programação e organização da
Organizar as condições para que se possa realizar o trabalho de diagnóstico
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viagem
Preparação do material para entrevistas e encontros sobre resiliência nas províncias de Cunene, Huíla e Namibe (etc.)
ANÁLISE DO CONTEXTO
Primeira missão com viagens nas províncias (Cunene, Huíla, Namibe)
Reuniões em plenárias
Entrevistas individuais
Guião das entrevistas
Agendas concordadas com actores locais
Uso de material informativo sobre resiliência
Apresentações em PwP sobre a missão e a resiliência
2 semanas de visitas de campo nas províncias de Cunene, Huíla e Namibe para realização de entrevistas, grupos de trabalhos, encontros e reuniões, experiencia direta.
Encontros Namibe • Delegado Provincial do
MININT • Sectores da CPPC:
Agricultura, Assistência e Reinserção Social, UTCAH, Comercio, Ambiente, GEFE, Educação, Saúde.
• Bispo da Diocese de Namibe • Organizações da Sociedade
Civil: CARITAS Namibe, ADECO Namibe
Encontros Huíla • Vice-governadora provincial
pela área Político-social • Sectores da CPPC:
Agricultura, Assistência e Reinserção Social, GEFE, Água, S
• Organizações da Sociedade Civil: CARITAS, Mafiko Huila, ADRA Huíla, ADECO Huíla
• Agencias NU: FAO, UNICEF Encontros Cunene
• Vice-governador provincial pela área Político-social
• Sectores da CPPC: Agricultura, Assistência e Reinserção Social, Água, Saúde
• Organizações da Sociedade Civil: CARITAS, Mafiko, ADPP
• Agencias NU: OMS
Realizar uma análise profunda da situação, recolhendo todas as informações possíveis, utilizando o cruzamento dos dados, e ter ainda, uma imagem realística do contexto
DEFINIÇÃO DA ESTRATÉGIA DE CONSTRUÇÃO DA
Segunda missão com viagens nas províncias (Cunene,
Consolidação das actividades programadas e realizadas no âmbito da construção da resiliência para
Definir as actividades implementadas que construem a resiliência
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7. ESTRATÉGIA DE CONSTRUÇÃO DA RESILIÊNCIA E CONTEXTO ANGOLANO NAS PROVÍNCIAS DE CUNENE, HUÍLA E NAMIBE
As estratégias-piloto em anexo recolhem as principais actividades em curso ou programadas governamentais e provinciais que visam construir capacidades locais e empoderar as comunidades e as instituições na preparação e gestão dos desastres.
De realçar que a estratégia, não substituem os planos existentes, mas representam sim, um valor adjunto a estes e têm o propósito de consolidar e assegurar a sustentabilidade das actividades já planificadas ou em curso dos governos provinciais para fortalecer as capacidades das comunidades e instituições locais afectadas.
As estratégias foram organizadas tendo em conta a lógica de implementação temporal dos planos de desenvolvimento provinciais 2013-2017. Tendo sido consolidada no ano 2015, a implementação das estratégia tem uma duração de dois anos 2015-2017, prevendo um impacto a longo termo.
As províncias de Huíla, Namibe e Cunene têm muitas características similares sobretudo na visão de desenvolvimento e estes aspectos estão visíveis nos planos de desenvolvimento provincial. Além das similitudes é de ter em conta que em duas das três províncias (Huíla e Namibe) o Plano de Desenvolvimento provincial foi orientado e elaborado por parte do mesmo Governador Provincial, que por isso apresentam muito pontos similares.
Os aspectos comuns as três estratégias são representados dos pontos A e B, porque representa o primeiro uma condição imprescindível para todas as províncias porque relativas a implementação de planos nacionais, outra porque refere-se a actividades estratégicas e relativa a actores estratégicos que a nível provincial devem ser os determinadores das actividades bem como os orientadores e que por isso permitem a implementação nos níveis seguintes ou
RESILIÊNCIA Huíla, Namibe)
Matriz de estratégia construção de resiliência.
constituição das estratégias
Revisão dos estratégias-pilotos nas províncias para discussão e com os parceiros a nível nacional bem como as agencias das NU
Apresentação das estratégias-pilotos finais a nível nacional
IMPLEMENTAÇÃO, MONITORIA E AVALIAÇÃO
De 2015 a 2017 Apoio as províncias até 2017
Impacto a longo termo
Implementar as actividades planificadas com uma monitoria e avaliação constantes
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dependentes.
Um outro aspecto a considerar é que as actividades recolhidas representam principalmente aquelas que têm um impacto no âmbito social e não têm de facto envolvimento directo dos sectores relativos as obras publicas ou grandes infraestruturas.
Assim sendo, as estratégias estão organizadas nas seguintes secções:
A) CONDIÇÕES SUBJACENTES – Estas actividades principais já estão programadas em outros planos (Mecanismos de coordenação, Gestão da Informação e Plano de Contingência) e representam as condições antecedentes que permitem o sucesso e o impacto positivo de algumas das actividades contidas na estratégia para que dê de facto sustentabilidade. Somente a província do Namibe não foi abrangida na preparação dos planos de Mecanismos de Coordenação e Gestão de Informação, mas, sendo estes um modelo, podem ser utilizados como ponto de referência para definir um próprio.
B) ACTIVIDADES ESTRATÉGICAS – Divididas novamente em nível Provincial, Municipal e Comunitário, representam as actividades que devem ter um impacto no âmbito provincial, portanto nos actores (os sectores) que definem as actividades e as estratégias e devem orientar, assegurar e supervisionar a integração e implementação da estratégia de construção da resiliência a todos os outros níveis.
C) ACTIVIDADES OPERACIONAIS - Divididas por integração de sectores, representam as actividades mais práticas e directas para construção da resiliência. Nesta, está evidente a integração dos sectores e a implementação a nível municipal das mesmas actividades.
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8. CONCLUSÕES
1. As estratégias-piloto foram preparadas durante o período de finalização do Plano de Nacional Contingência 2015-2019 e existem varias condições e aspectos ligados a realização e a implementação do mesmo plano que irão permitir que algumas das actividades identificadas nas estratégias possam de facto obter o impacto desejado e consolidar a capacidade local criando resiliência. Fundamental é por exemplo efetivar os planos de consolidação dos mecanismos de coordenação e da gestão de informação, que irão ter impacto em outros sectores e representarão uma base de trabalho útil por outras províncias1.
2. As estratégias evidenciam que os sectores mais envolvidos na criação de capacidades locais são os sectores da agricultura e pecuária, a primeira fonte de economia das comunidades rurais nestas províncias, de acordo com a cultura local. As pessoas estão engajadas na agricultura de subsistência e na transumância em busca de campos mais férteis para os animais. Infelizmente, esses sectores também estão relacionados com as alterações climáticas. A dependência do clima também associada com a migração torna-se incontrolável e expõe as pessoas a uma alta vulnerabilidade e um risco considerável de desastre humanitário. Nos últimos anos, a diversificação económica de Angola (não só de petróleo e gás), levou a investir no sector agropecuário tentando dar-lhe mais sustentabilidade. Para isso, os sectores da agricultura e da pecuária foram apoiados e integrados por outras áreas relevantes, tais como água e eletricidade, saúde e nutrição, educação e meio ambiente, que podem contribuir para melhorar as condições de vida das comunidades rurais..
3. Considerando também a mudança contextual e o crescimento económico de Angola, um dos objectivos das actividades definidas pelos Governos Provinciais é essencialmente aquele de quebrar a dependência física e económica em relação ao clima que as famílias e comunidades rurais têm nos seus meios de subsistência. Isso requer um grande investimento, não somente do ponto de vista financeiro ou infraestrutural (construção de pontos de água, represas, sistemas de irrigação etc.), mas também do ponto de vista da sensibilização comunitária e sobretudo na coordenação e inclusão sectorial.
4. A construção da resiliência não é representada da criação de um ponto de água numa área onde a comunidade tem dificuldade de acesso a água ou está a sofrer pela seca. A
1 De Janeiro até Julho 2014 um consultor das Nações Unidas, Luis Raya, ocupou-‐se de elaborar nas províncias de Huambo, Huíla e Cunene, os
Planos de Ação dos Mecanismos de Coordenação e os Planos da Gestão de Informação.
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resiliência é representada pelo facto dos sectores que administram uma determinada área cooperarem para integrar o acesso ou gestão de água com outros e permitir que seja quebrada assim a dependência da comunidade em ter ajudas ou iniciativas externas.
5. Um exemplo pratico de resiliência é visível no município de Virei (Namibe) onde a Administração Municipal envolveu a comunidade, principalmente nómades e criadores de gado, em pequenos projectos de reabilitação e construção de poços e promoveu pequenos sistemas de irrigação agrícolas simples, utilizando a água dos poços ou aproveitando a água das chuvas com represas integrando sazonalmente sementes resistentes a seca e incentivando a aprendizagem dos conhecimentos básicos de plantação para as populações que como economia e meio de subsistência têm a criação de gado. Partindo desta iniciativa, foram incrementadas por volta das lavras, onde as pessoas começaram a se concentrar por períodos mais longos devido aos cultivos, as campanhas de vacinação para crianças e mulheres e as campanhas de vacinação para animais. Todas estas iniciativas (e todos os sectores que trabalharam em coordenação), conseguiram congregar maiormente a população, diminuir as migrações e aumentar a adesão comunitária nas iniciativas do município, bem como melhorar a vida e os meios de subsistência das populações. Continuando para estas indicações e incentivando outras iniciativas e actividades (lavras comunitárias, campanhas de higiene e saneamento básico, programas de alfabetização etc.), o município de Virei irà com certeza aumentar a própria capacidade local e diminuir a necessidade ou o tamanho de ajudas externas em momentos de crise. De facto os exemplos são vários para construção de resiliência local, por isso devem ser adaptados depois duma profunda analise do contexto, com o envolvimento das pessoas presentes na área. Além do município de Virei, na província interessadas existem varias comunidades de referencia que estão implementando com o apoio das administrações municipais iniciativas locais de construção da resiliências (ex. Gambos (Huíla), Cuvelai (Cunene)), porque em frente da continua e cíclica exposição ao risco tiveram que encontrar soluções alternativas e locais que diminuíssem a vulnerabilidade mais na raiz.
6. Uma outra actividades a ser destacada por exemplo evidencia-se na província do Cunene, uma das províncias em Angola mais afectadas por catástrofes naturais nos últimos anos, mas que aprendeu a geri-los de forma a ser um ponto de referencia no sector. O SPPCB da província do Cunene está a participar num projeto-piloto para a instalação de Sistemas de Aviso Prévio através a montagem de pequenas bases hidro-meteorológicas. Uma das particularidades é que o projecto tem um forte envolvimento comunitário, já será indicado um membro da comunidade (ponto focal) situada próxima das instalações que com um sms irá informar o SPPCB acerca do nível alcançado pelas águas da chuva,
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monitorando o clima. O projecto está localizado na Bacia do Cuvelai, é financiado pela USAID através da World Learning que com o apoio da ONG Development Workshop entrou em contacto com o SPPCB da província do Cunene. O projecto apoiou na instalação básica do Centro de Coordenação Operacional da Região dos desastres, fornecendo os instrumentos técnicos e tecnológico e fortalecendo a capacidade dos membros do SPPCB no uso dos mesmos2. Foram realizadas pesquisas, criados mapas e base de dados para monitoria dos sistemas hidro-meteorológicos, através do sistema GIS.
7. Foi criada uma parceria com a o Governo da Namíbia para instalar as mesmas bases hidro-meteorológicas namibianas no território Angolano, para ter uma ação coordenada e uniforme. Na mesma área, o UNDP está a desenvolver um projecto sobre as mudanças climáticas com o apoio e parceria do Ministério do Ambiente e este projecto do Centro de Coordenação Operacional da regional será integrado em outras iniciativas e poderá ajudar outras províncias a utilizar as capacidades locais para diminuir a vulnerabilidade das comunidades.
8. O fortalecimento da capacidade institucional no âmbito de desenvolver projectos que permitem construir a resiliência das comunidades é fundamental para ter uma visão a longo termo.
9. As atividades estão principalmente relacionadas com os sectores sociais e econômicos e querem ter um impacto sobre o contexto com o objetivo de muda-lo. Ao mesmo tempo, a avaliação de campo mostrou que a contribuição de outros sectores para o desenvolvimento local, como o sector da construção (por exemplo. A construção de estradas que ligam cada município, os mercados locais, escolas, hospitais de pequeno porte) poderia igualmente ter um impacto positivo sobre os sectores sociais e económicos criando desenvolvimento.
9. RECOMENDAÇÕES As estratégias-piloto foram apresentadas oficialmente em Malanje dia 7 e 8 de Outubro 2014 durante o Encontro Nacional sobre Plano de Contingência e Construção da Resiliência, promovido pelo Ministério do Interior por meio da Comissão Nacional de Proteção Civil em parceria com o UNDP, onde participaram todos os Vice-governadores da área político-social das 18 províncias de Angola, todos os Comandantes Provinciais do SPPCB e os Segundo-Comandantes da Proteção Civil das mesmas províncias.
2 O Centro de Coordenação Operacional Regional está previsto na Lei de base da proteção Civil nº 28/03, de 7 de Novembro, mas o escritório no
Cunene pode ser considerado o primeiro exemplo presente em Angola.
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Embora a palavra resiliência seja já nomeada e utilizada em documentos nacionais e internacionais (ex. Discursos do Presidente da República de Angola José Eduardo Dos Santos e do Vice-presidente Manuel Vicente, o Plano Hyogo (2005-2015), a Estratégia da SADC sobre a Agricultura Resiliente etc.), continua a ser de facto muito recente e a sua interpretação, entendimento e aplicação pode ser confusa e varia.
Considerando estes elementos, realça-se a importância de realizar as seguintes recomendações por parte do Governo Angola com o apoio das Agencias das Nações Unidas:
1. Reforçar a capacidade dos técnicos da CNPC e do SNPCB sobre o conceito da resiliência e a sua aplicação nos diferentes sectores.
2. Realizar seminários ou encontros a todos os níveis e em todos os sectores (nacional, provincial e municipal) para divulgar e ref let ir sobre o termo e conceito de resiliência a sua real adaptação ao contexto local para efetivar a implementação de acções a nível de base com o objectivo de reforçar as comunidades a ser mais forte e autónomas em desenvolver actividades económicas sustentáveis que permitam também que sejam preparadas ao impacto dos desastres.
3. Suportar as estratégias-piloto de construção da resiliência com um acompanhamento e apoio técnico constante e especifico em temas e actividades focais para implementação correta e cumprimento dos prazos.
4. Incentivar e facilitar a integração entre as inst i tuições governamentais para assegurar uma implementação coordenada das estratégias e a realização de ações para a construção da resiliência institucional e comunitária.
5. Assegurar e apoiar a implementação e expansão em outras províncias dos Planos dos Mecanismos de Coordenação e da Gestão de Informação seguindo o modelo elaborado nas províncias de Huíla, Huambo e Cunene.
6. Incentivar a recolha de evidencias e o estudo de casos, bem como a criação duma documentação especifica sobre boas praticas de construção de resiliência e divulgação dos sucessos.
7. Fortalecer a capacidade do Centro de Coordenação Operacional dos desastres do Cunene para apoiar outras províncias.
O compromisso da Organização das Nações Unidas para apoiar a implementação desta estratégia para a construção de resiliência é fundamental. O governo central tem sido muito aberto em receber o apoio de agências das Nações Unidas e, especialmente, do PNUD, com o qual existe uma relação muito forte e colaboração institucional profunda.
A determinação do governo central para a redução do risco de desastres e a construção de resiliência é um sinal claro na visão nacional de desenvolvimento e deve ser alcançado através da integração de todos os sectores e atores do país, especialmente os grupos mais vulneráveis.
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10. BIBLIOGRAPHY
• Governo de Angola, Plano Nacional de Desenvolvimento de Angola 2013-2017
• Governo Provincial da Huíla, Plano Provincial de Desenvolvimento da Huíla, 2013-2017
• Governo Provincial de Namibe, Plano Provincial de Desenvolvimento de Namibe, 2013-
2017
• Comissão Nacional de Proteção Civil, PLANO NACIONAL DE PREPARAÇÃO
CONTINGÊNCIA RESPOSTA E RECUPERAÇÃO DE CALAMIDADES E DESASTRES,
2015-2019
• Luis Raya, Emergency Coordination Specialist, UNDP Consultant, FINAL MISSION
REPORT, Strengthening Emergency Response Coordination and Early Recovery, July
2014
• Luis Raya, Emergency Coordination Specialist, UNDP Consultant, PLANO DE ACÇÃO,
COORDENAÇÃO DA RESPOSTA INTEGRADA AOS EFEITOS DA SECA – HUAMBO,
Julho 2014 - Dezembro 2015
• UN Consultant Team, Final Report, Drought Mission, Revisão dos Mecanismos de
Coordenação na Cunene, Huíla e Namibe, March 2014
• UN Angola Strategy, A Framework for Building Resilience in Southern Africa, April 2014
• Hyogo Framework for Action, BUILDING THE RESILIENCE OF NATIONS AND
COMMUNITIES TO DISASTERS 2005-2015
• European Union, CARE Nederland, Groupe URD and Wageningen University, Reaching
Resilience, Handbook Resilience 2.0 for aid practitioners and policymakers, in Disaster
Risk Reduction, Climate Change Adaptation and Poverty Reduction,
www.reachingresilience.org
• FAO, WFP, EU, USAID - FSIN, Food Security Information Network, Resilience
Measurement Technical Working Group, Resilience Measurement Principles, TOWARD
AN AGENDA FOR MEASUREMENT DESIGN, January 2014
• FAO, Report, BUILDING RESILIENCE IN SOUTHERN AFRICA, SECOND TECHNICAL
WORKSHOP, Johannesburg, South Africa from 2nd to 4th of June, 201
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11. ANEXOS
11.1 Termos de referencia consultoria
11.2 Plano de trabalho consultoria (primeira e segunda missão)
11.3 Estratégia-piloto Cunene
11.4 Estratégia-piloto Huíla
11.5 Estratégia-piloto Nami
Stage CHRONOGRAME
July August September October
30/06-06
07-11
14- 18
21-25
28 - 01/08
04-08
11-15
18-22
25-29
01-05
08-12
15-19
22-26
29/09-03
06- 09
1. Desk Study
2. Field Visits
3. Report ing
4. Present Final draft
5. Preparation Second mission
6. Second f ield visit - strategies’ val idation
7. Conclusion and presentation
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