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COLÉGIO ESTADUAL ANTONIO TUPY PINHEIRO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO2016
1
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................. 09
1. IDENTIFICAÇÃO............................................................................................................... 13
1.1. Localização................................................................................................................... 13
1.2. Aspectos Históricos...................................................................................................... 13
1.3.Dependência administrativa (mantenedora)...................................................................15
1.4. Caracterização do atendimento.....................................................................................15
1.4.1. Etapas e modalidades de ensino ofertadas e regime de funcionamento............. 15
1.4.2. Número de alunos por modalidade de ensino.....................................................15
1.4.3. Estrutura física e materiais pedagógicos.............................................................16
1.4.3.1. Relação de Recursos Audiovisuais e Tecnológicos................................18
1.4.3.2. Material Esportivo..................................................................................19
1.4.4. Espaços Pedagógicos..........................................................................................19
1.4.5. Recursos Humanos..............................................................................................20
1.4.5.1. Equipe Gestora.....................................................................................20
1.4.5.2. Equipe Pedagógica...............................................................................20
1.4.5.3. Corpo docente......................................................................................21
1.4.5.4. Quadro de Funcionários.......................................................................24
1.4.6. Instâncias Colegiadas..........................................................................................25
1.4.6.1. Conselho Escolar..................................................................................25
1.4.6.2. APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários.........................25
1.4.6.3. Grêmio Estudantil................................................................................26
1.4.6.4. Representante de turma........................................................................26
1.4.6.5. Professores Padrinhos e Madrinhas......................................................27
1.4.7. Recursos Financeiros...........................................................................................27
2. DIAGNÓSTICO...................................................................................................................29
2.1. Perfil socioeconômico...................................................................................................29
2.2. Gestão escolar................................................................................................................32
2.2.1. Autoavaliação......................................................................................................35
2.3. Ensino-aprendizagem....................................................................................................35
2.4. Atendimento Educacional Especializado ao Público da Educação Especial................37
2.5. Educação de Jovens e Adultos (EJA)..........................................................................38
2
2.6. Ensino Médio em Blocos de disciplinas.......................................................................39
2.7. Articulação entre as etapas de ensino...........................................................................40
2.8. Articulação entre diretores, pedagogos, professores e demais profissionais da
educação.....................................................................................................................41
2.9. Participação dos pais, contradições e conflitos presentes na prática docente...............41
2.10. Formação continuada..................................................................................................41
2.11. Acompanhamento e realização da Hora Atividade.....................................................42
2.12. Organização do Tempo e do Espaço Pedagógico.......................................................42
2.13. Índices de aproveitamento escolar..............................................................................43
2.14. Índices de abandono/evasão e distorção idade/série...................................................44
2.15. Relação entre profissionais da educação e discentes...................................................47
2.15.1. Indisciplina......................................................................................................48
2.15.2. Ato infracional................................................................................................48
2.16. Critérios de organização das turmas............................................................................49
3. FUNDAMENTOS................................................................................................................50
3.1. Educação.......................................................................................................................50
3.2. Homem..........................................................................................................................51
3.2.1. Infância e Adolescência......................................................................................51
3.3. Mundo...........................................................................................................................53
3.4. Sociedade......................................................................................................................54
3.5. Cidadão/Cidadania.......................................................................................................54
3.6. Formação Humana Integral...........................................................................................55
3.7. Cultura...........................................................................................................................56
3.8. Trabalho.........................................................................................................................56
3.9. Escola............................................................................................................................57
3.10. Gestão Escolar.............................................................................................................59
3.11. Currículo......................................................................................................................60
3.12. Alfabetização e Letramento........................................................................................61
3.13. Conhecimento..............................................................................................................62
3.14. Tecnologia...................................................................................................................63
3.15. Ensino Aprendizagem.................................................................................................65
3.16. Avaliação e Recuperação............................................................................................66
3
3.17. Tempo e Espaço Pedagógico......................................................................................69
3.18. Formação Continuada.................................................................................................70
3.19. Educação Inclusiva.....................................................................................................71
3.19.1. O Currículo e a Educação Inclusiva................................................................73
3.20. Diversidade..................................................................................................................73
3.21. Conselho de Classe......................................................................................................75
3.21.1. Pré Conselho...................................................................................................76
3.21.2. Pós Conselho...................................................................................................77
3.21.3. Conselho Participativo....................................................................................77
4. PLANEJAMENTO...............................................................................................................79
4.1. Calendário Escolar........................................................................................................79
4.2. Ações didático-pedagógicas.........................................................................................82
4.2.1. Organização do Trabalho Pedagógico e Prática Docente...................................83
4.2.2. Avaliação do aprendizado, recuperação de estudos...........................................86
4.2.3. Faltas e Exercícios Domiciliares.........................................................................89
4.2.4. Recuperação de Estudos.....................................................................................90
4.2.5. Processo de Classificação....................................................................................91
4.2.6. Processo de Reclassificação................................................................................93
4.2.7. Progressão Parcial...............................................................................................94
4.2.8. Aproveitamento de estudos.................................................................................94
4.2.9. Adaptação...........................................................................................................95
4.2.10. Programas..........................................................................................................95
4.2.10.1. Programa FICA..................................................................................95
4.2.10.2. Programa Mais Educação...................................................................97
4.2.11. Projetos.............................................................................................................99
4.2.11.1. Projeto Feira do Conhecimento.........................................................99
4.2.11.2. Projeto Interclasse.............................................................................99
4.2.11.3. Projeto Simulado – 3° Ano do EM..................................................100
4.2.11.4. Projeto Festa Junina.........................................................................100
4.2.12. Estágio não- obrigatório..................................................................................101
4.2.13. Atividades Complementares Curriculares em Contratuno.............................102
4.2.13.1 CELEM...........................................................................................102
4
4.2.14. Atendimento Educacional Especializado........................................................103
4.2.15. Conteúdo Obrigatório e Temas Socioeducacionais........................................104
4.2.15.1. Educação Ambiental.......................................................................105
4.2.15.2. Enfrentamento à violência...............................................................105
4.2.15.3. Prevenção ao uso indevido de drogas.............................................105
4.2.15.4. Sexualidade.....................................................................................106
4.2.15.5. História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena..................106
4.2.15.5.1. Equipe Multidisciplinar...................................................106
4.2.15.6. História do Paraná............................................................................107
4.2.15.7. Música (Lei n°11.769/08).................................................................108
4.2.15.8. Educação Fiscal, Educação Tributária (Decreto n° 11143/99-Portaria n° 41302
).........................................................................................108
4.2.15.9. Brigada Escolar – Defesa Civil na Escola........................................108
4.2.15.10. Educação para o Trânsito...............................................................109
4.2.15.11. Respeito e Valorização do Idoso...................................................110
4.2.15.12. Hinos..............................................................................................111
4.2.16. Sala de Informática..........................................................................................111
4.3. Ações referentes à flexibilização.................................................................................111
4.4. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – PPC.............................................112
4.4.1. Matrizes Curriculares........................................................................................114
4.4.1.1. Ensino Fundamental Regular – de 6° a 9° Ano...................................114
4.4.1.2. Ensino Médio por Bloco......................................................................115
4.4.1.3. Ensino Médio Anual............................................................................116
4.4.1.4. EJA – EF- Fase II.................................................................................117
4.4.1.5. EJA – EM.............................................................................................118
4.4.2. Propostas Pedagógicas Curriculares – disciplinas............................................118
4.4.2.1. Matemática..........................................................................................118
4.4.2.2.Educação Física.....................................................................................129
4.4.2.3. História..................................................................................................140
4.4.2.4. Arte.......................................................................................................147
4.4.2.5. Química.................................................................................................163
4.4.2.6. Biologia.................................................................................................179
5
4.4.2.7. Sociologia.............................................................................................190
4.4.2.8. Português..............................................................................................199
4.4.2.9.Geografia...............................................................................................220
4.4.2.10. Física...................................................................................................231
4.4.2.11. Ciências...............................................................................................239
4.4.2.12. Inglês...................................................................................................253
4.4.2.13. Filosofia..............................................................................................266
4.4.2.14. Matemática/EJA..................................................................................273
4.4.2.15. História/EJA........................................................................................284
4.4.2.16. Química/EJA.......................................................................................294
4.4.2.17. Biologia/EJA.......................................................................................300
4.4.2.18. Sociologia/EJA...................................................................................310
4.4.2.19. Português/EJA....................................................................................316
4.4.2.20. Geografia/EJA....................................................................................341
4.4.2.21. Física/EJA...........................................................................................350
4.4.2.22. Ciências/EJA.......................................................................................357
4.4.2.23. Filosofia/EJA......................................................................................370
4.4.2.24. Inglês/EJA..........................................................................................374
4.4.2.25. Arte/EJA.............................................................................................383
4.4.2.26. Educação Física/EJA..........................................................................395
4.4.2.27. Teatro/Programa Mais Educação.......................................................404
4.4.2.28. Esporte/ Programa Mais Educação.....................................................411
4.4.2.29. Orientação de Estudos/ Programa Mais Educação.............................412
4.4.2.30. Percussão/ Programa Mais Educação.................................................418
4.4.2.31. Coral/ Programa Mais Educação........................................................421
4.4.2.32. Matemática/ Apoio.............................................................................422
4.4.2.33. Português /Apoio................................................................................425
4.4.2.34. Sala de Recursos.................................................................................428
5. LEGISLAÇÃO ..................................................................................................................430
6. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL...................................................................................430
7. BIBLIOGRAFIA...............................................................................................................432
ANEXOS................................................................................................................................434
6
7
“É que a democracia, como qualquer sonho,não se faz com palavras desencarnadas,
mas com reflexão e prática.”Paulo Freire
8
APRESENTAÇÃO
A educação, numa perspectiva de democratização da escola pública, é direito de todo
cidadão, independentemente de sua condição social, econômica, étnica, de gênero e cultural. A
garantia de realização desse direito, em uma sociedade que se pretende democrática, acontece com a
participação dos sujeitos envolvidos no processo, que, discutindo coletivamente as posições, os
princípios filosóficos e as concepções de homem, sociedade e educação, elaboraram o Projeto
Político Pedagógico deste estabelecimento de ensino ao qual estão vinculados.
O Colégio Estadual Antonio Tupy Pinheiro tem a finalidade de efetivar o processo de apropriação
do conhecimento, respeitando os dispositivos constitucionais Federal e Estadual, a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional – LDBEN nº 9.394/96, o Estatuto da Criança e do Adolescente –
ECA, Lei nº 8.069/90, as Diretrizes Curriculares Nacionais para os níveis fundamental e médio de
ensino, a Lei 10639/2003 que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira e estabelece
a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-brasileiras e Africanas, Lei11.645/08
Educação das Relações Étnico Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-brasileira, Africana e
Indígena, e a Instrução nº 008/2011-SUED/SEED que contempla a Resolução 07/2010 CNE/CEB,
a Deliberação nº 03/2006 – CEE/CEB; o Parecer nº 407/2011da CEE/CEB;e a Resolução
nº2772/2011- GES/SEED que estabelece a implantação do Ensino Fundamental de 9 anos a partir
de 2012 de forma simultânea e o estabelecido no plano de metas da SEED, as orientações emanadas
da Secretaria de Estado da Educação (SEED), do Paraná.
O Projeto Político Pedagógico busca retratar a realidade escolar e, ao mesmo tempo, procura fazer
uma previsão das ações futuras, ou seja, da ação educativa que deverá permear o espaço escolar.
Definir objetivos é o mesmo que propor estratégias de construção de um sonho, que é realizável no
dia a dia da escola, uma história com traços comuns, porém retrato vivo de cada um, respostas e
incertezas que vamos redescobrindo em cada ato.
O educando não é só cidadão do futuro, é cidadão do hoje, e neste sentido, devemos oportunizar
conhecimentos para ampliar possibilidades de participação social, desenvolvimento mental, para
assim viabilizar sua capacidade plena de exercício da cidadania.
O colégio define como proposta os seguintes objetivos:
• Defender a escola como socializadora dos conhecimentos e saberes universais;
• Articular a ação educativa entre o ato político e o pedagógico;
• Promover a interação professor, aluno e conhecimento abordados em um contexto histórico-
social;
9
• Oportunizar elementos de compreensão e intervenção na prática social mediada pelo
conteúdo;
• Reconhecer a concepção dialética da história (movimento e transformação);
• Propor atividades que revelem na práxis educativa a fundamentação teórica.
• Identificar as formas mais desenvolvidas em que se expressa o saber objetivo produzido
historicamente, reconhecendo as condições de sua produção e compreender as suas principais
manifestações, bem como as tendências atuais de transformação;
• Proporcionar aos alunos não apenas a informação, mas a assimilação e a construção do
conhecimento emancipatório.
Defendemos que a Educação é um direito de todos. Para nós a Educação, é muito mais do que a
transmissão de informações ou qualificação profissional, ela tem o dever de transmitir o legado
cultural acumulado historicamente pela humanidade, uma construção de conceitos a partir de
conhecimentos promovidos e assegurados na Proposta Pedagógica Curricular da Escola. Essa é uma
tarefa verdadeiramente desafiadora, porque envolve a mobilização de professores, funcionários e
alunos na apropriação de saberes construídos em diversas áreas.
Sabe-se que uma escola, uma sala de aula, ou uma disciplina, seus professores, funcionários e
alunos não são a síntese do processo educacional, são parte integrante na pluralidade de múltiplos
tempos de socialização, de aprendizagens, de práticas e teorias que ao longo das nossas vidas se
desvelam e se concretizam.
Políticas educacionais nos convidam a olhar para o futuro, o progresso, o mercado de trabalho, as
novas tecnologias, outras formas de pensar, de construir, de interpretar e transformar a realidade, de
conviver e de ser.
O Homem enquanto indivíduo é um ser racional, pensante, perfectível, educável, evolutivo,
mutável, curioso, inteligente, dotado de significados e conceitos que vão se res significando com
aprendizagens novas.
Na escola ele tem a oportunidade de reinventar, ser capaz de fazer escolhas, o que implica em
aceitar, rejeitar ou modificar sua realidade, interagindo no meio em que vive. Também possui
capacidade intelectual, raciocínio lógico e sentimentos. É um “todo” buscando valorizar suas
diferenças sociais, econômicas e culturais, buscando uma sociedade melhor.
O Ensino pressupõe um processo contínuo, sistemático, cumulativo e significativo de mediação
entre o aluno e o conhecimento produzido e acumulado historicamente enquanto instrumento
10
cultural de apreensão crítica da realidade histórico-social. O conhecimento é ferramenta
indispensável para a emancipação do sujeito.
A prática social prevê a assimilação de conhecimentos, mudança na capacidade do individuo
interagir, proporcionando nova visão sobre o aprender, transformação social, conhecimento
incorporado e demonstrado através de ações, apropriação do saber, transformação e aplicação do
conhecimento, formando pessoas autônomas, capazes de entender-se, dirigirem-se a si mesmas, de
tomar decisões e de ser responsáveis por elas, de buscar novas perspectivas de vida e de
sustentabilidade da própria vida no planeta.
No trabalho educativo existe a necessidade de reflexões sobre aspectos da atualidade, buscando
alguns referenciais que possam orientar as diferentes formas de ensinar e de aprender. As práticas
educacionais nos espaços e tempos escolares precisam ser flexíveis para que os alunos construam e
reconstruam significados, essa organização é tarefa do coletivo da escola, contemplando anseios e
desafios, dificuldades e sucessos.
O PPP do Colégio Estadual Antonio Tupy Pinheiro tem a intenção de nortear o processo
educacional, identificando valores e conhecimentos essenciais ao desenvolvimento humano em
todas as áreas do conhecimento. A proposta do Colégio está baseada na Pedagogia Histórico Crítica,
defendendo o Materialismo Histórico Dialético.
Segundo Vazquez, “a relação sujeito-objeto, deve ser dialética por uma teoria consciente capaz de
ultrapassar o limite do objeto e construir um novo saber” (1977, p.152). O qual almeja em todos os
aspectos, traduzir posições e sintetizar uma política de ação, alicerçada no propósito de coordenar
efetivamente o processo educativo. Processo este extremamente relevante na reflexão da discussão
dos problemas e na busca de procedimentos viáveis à concretização dos objetivos a serem traçados
pela comunidade escolar.
O objetivo primordial deste projeto está voltado para a formação do educando como um todo,
crítico, responsável, participativo e transformador da sociedade, como afirma Paulo Freire, “educar,
promover e emancipar” (FREIRE, 2001).
Incentivar a pesquisa preparando-os para uma participação democrática na sociedade. “Construir o
caminho é parte fundamental do processo do conhecimento; não há um único caminho para se
chegar a uma resposta, como há várias respostas possíveis para o mesmo problema” (SAVIANI,
2003).
11
Buscamos efetivar uma ação educacional desenvolvendo uma visão sócio-educativa e cultural
valorizando a formação de atitudes para o exercício responsável da cidadania respeitando a
solidariedade e o senso crítico.
A preocupação do colégio vai além do ler, escrever e calcular. Entendemos que o educando precisa
interpretar a realidade construindo suas próprias alternativas de sucesso, para isto, o incentivo a
pesquisa se faz necessário em todos os ambientes e áreas disciplinares, nosso papel é garantir
através do conhecimento, que o sujeito possa agir consciente compreendendo a sua realidade social,
bem como as exigências que a mesma lhe impõe, para que possa reelaborar essa realidade no
sentido de cumprir e fazer cumprir seus direitos.
O Projeto Político Pedagógico pode ser um meio de efetivação da escola que queremos, aquela que
formará o cidadão consciente e participativo, buscando com que os integrantes da comunidade
escolar a superem seus limites e descubram suas potencialidades para a resolução das graves
questões da educação, mas sobre as quais pouco se reflete no cotidiano escolar.
12
1. IDENTIFICAÇÃO
1.1. Localização
Colégio Estadual Antônio Tupy Pinheiro – EFM e EJA
Avenida Prefeito Moacir Júlio Silvestre, 1324 – Bairro Batel
Fone/fax: 0xx42-3623-8093
Ano de abertura da escola: 1958
Endereço web (URL) – site www.grptupypinheiro.seed.pr.gov.br
E-mail- tupypinheiro@gmail.com
grptupypinheiro@seed.pr.gov.br
1.2. Aspectos Históricos
O Colégio Estadual Antônio Tupy Pinheiro – Ensino Fundamental e Médio, em Guarapuava,
Estado do Paraná, foi criado pelo Decreto nº., 7457, de 02 de abril de 1958 com nome de Grupo
Escolar Tupy Pinheiro – Ensino de 1ª a 4ª série, regido pela Lei nº. 4024/61. Funcionou até 1965
nas dependências do Ginásio Estadual Manoel Ribas, a partir de quando passou para sua sede
própria, na Avenida Moacir Júlio Silvestre, nº. 1324, com dependências adequadas ao porte da
Escola (12 salas de aula, 06 salas administrativas e pedagógicas, 01 cozinha, 04 banheiros para
alunos e 02 banheiros para professores e funcionários). O primeiro Diretor da Escola foi o
Professor Haroldo Linhares.Em 30 de dezembro de 1969 foi criado o Ginásio Estadual Noturno,
pelo Decreto-Lei nº. 1778, tendo autorização para funcionar a partir de 1970. O Colégio Estadual
Antônio Tupy Pinheiro, em 23 de dezembro de 1975, sob a vigência da Lei nº. 5692/71 e, pelo
Parecer nº.132/73 do Conselho Estadual de Educação, teve sua denominação alterada para
“Escola Antônio Tupy Pinheiro – Ensino de 1º. Grau” e pelo Decreto nº. 1385 passou a fazer
parte do Complexo Escolar Guarapuava — Ensino de 1º. E 2º. Graus, que resultou da
reorganização do Colégio Estadual Manoel Ribas, Escola Normal Professor Amarílio, Colégio
Comercial Estadual de Guarapuava, Grupo Escolar Antônio Tupy Pinheiro, Ginásio Estadual
Noturno de Guarapuava, Grupo Escolar Doutor Rubens Fleury da Rocha e Grupo Escolar do 5º.
Distrito Rodoviário e ainda, pelo mesmo Decreto passou a constituir um mesmo estabelecimento
13
com o nome de Escola Antônio Tupy Pinheiro — Ensino de 1º. Grau. Pela Resolução nº.
2.924/81 houve o reconhecimento do Curso Regular de 1º. Grau e da Escola Antônio Tupy
Pinheiro — Ensino de 1º. Grau. Em 1989 foi criado o Curso Supletivo Fase II em substituição ao
Ensino Regular Noturno, que funcionou provisoriamente por dois anos, conforme Resolução nº.
114/89, em 06 de maio de 1991, pela Resolução nº. 561/91 foi reconhecido oficialmente e, em
decorrência, o estabelecimento passa a ter a denominação de Escola Estadual Antônio Tupy
Pinheiro — Ensino de 1º. Grau Regular e Supletivo.No ano de 1998, conforme Deliberação nº.
003/98-CEE, referente nomenclatura dos Estabelecimentos de Ensino a nossa Escola passou a
denominar-se Escola Estadual Antônio Tupy Pinheiro — Ensino Fundamental. A partir de 19 de
fevereiro de 1999 foi autorizado o funcionamento do Ensino Médio — Educação de Jovens e
Adultos na Escola Estadual Antônio Tupy Pinheiro — Ensino Fundamental, pela Resolução nº.
113/99 de 11 de janeiro de 1999 e considerando a Lei nº. 9394/96, o disposto nas Deliberações
nº. 09/96 e 03/98 ambas do Conselho Estadual de Educação e o Parecer nº. 763/99 da
Coordenação de Estrutura e Funcionamento, passando o Estabelecimento a denominar-se
Colégio Estadual Antônio Tupy Pinheiro — Ensino Fundamental e Médio.
Atualmente o Colégio contempla modalidades de Ensino Fundamental, Médio e EJA,
estruturado com equipe pedagógica, direção, direção auxiliar, professores, intérpretes e
funcionários que buscam preparar-se para o enfrentamento de desafios constantes, oportunizando
a comunidade a formação na totalidade, o acesso e a permanência, conhecimentos e significados
em propostas de ensino e de aprendizagem que valorizam os sujeitos sociais, culturais, políticos,
de práticas e pensamentos, de valores e de culturas com identidades diversas.
Conta com a Associação de Pais, Mestres e Funcionários, registrada sob o nº. 31316, no
Cartório Oficial de Protestos e Registros de Títulos e Documentos de 1º. Oficio e, no Cadastro
Geral de Contribuintes sob o nº. 80.620.271/0001-89; Conselho Escolar aprovado e homologado
em 20/12/96, amparado no Parecer nº. 009/95 e no Ato Administrativo nº. 304/96; Grêmio
Estudantil atuando desde outubro de 2009, órgãos colegiados de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos administrativos e pedagógicos.
1.3. Dependência administrativa (mantenedora)
O Colégio Antonio Tupy Pinheiro é de âmbito estadual, portanto, mantido pelo Governo
do Estado do Paraná e regulamentado pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná.
14
1.4. Caracterização do atendimento
1.4.1. Etapas e modalidades de ensino ofertadas e regime de funcionamento
O Colégio atende a alunos que se encontram nos Anos finais do Ensino Fundamental e no
Ensino Médio, contando com a Modalidade de Educação de Jovens e Adultos – EJA, E.F e
Médio.
O Colégio possui um total de 16 (dezesseis) turmas no Ensino Fundamental, 02 turmas no
Ensino Médio em Blocos, 06 turmas no Ensino Médio Anual e oferece todas as disciplinas na
EJA presencial.
O Colégio dividiu os turnos da seguinte forma com horários fixos para inicio e término das aulas
diariamente:
MANHÃ 8° e 9 ° ANO E.F./ E. Médio. 07h30min. ÀS 11h55min.
TARDE 6° ao 9° ANO 13h00min. ÀS 17h25min.
NOITE EJA POR DISCIPLINA
CELEM
19h00min. ÀS 22h30min.
1.4.2. Número de alunos por modalidade de ensino
Ensino Fundamental: 439 alunos
Ensino Médio por Bloco: 38 alunos
Ensino Médio Anual: 170 alunos
Educação de Jovens e Adultos - Fundamental II: 132 alunos
Médio: 57 alunos
1.4.3. Estrutura física e materiais pedagógicos
O Colégio Estadual Antonio Tupy Pinheiro– Ensino Fundamental, Médio e EJA atende o
disposto na Deliberação 004/99 – CEE, e dispõe de recursos físicos adequados e compatíveis
com a indicação do Art. 3º da Deliberação 09/05 do Conselho Estadual de Educação, oferecendo
espaço para estudo, elaboração e preparo de material e ações didáticas.
Apesar das ótimas condições do prédio, o número de salas é insuficiente, devido ao aumento de
matrículas e além das turmas regulares, são ofertados turmas com atividade de complementação
curricular em contra turno: Mais Educação, CELEM, Sala de Recurso, Sala de Apoio, etc.
15
O Colégio possui:
• 12 (onze) salas de aula, tamanho padrão; 02 (duas) salas de aula, com medidas
diversas; as salas de aula contêm um mobiliário próprio, cortinas nas janelas, assoalho em taco
de madeira e 2 são com assoalho de lajotas. 12 delas possuem TVs pendrive;
• 02 (dois) banheiros femininos, totalizando 8 vasos sanitários e 6 pias;
• 02 (dois) banheiros masculinos, totalizando 8 vasos sanitários, 6 pias e 08
mictórios;
• 01 (um) banheiro adaptado para cadeirante;
• 03 (três) banheiros para professores e funcionários totalizando 03 pias e 03 vasos
sanitários;
• 01 (um) bebedouro com quatro pias.
• 01 (uma) biblioteca, que funciona no espaço de uma sala e do número de livros
que é de 10.796 volumes. A biblioteca é atendida por uma funcionária e uma professora
readaptada, no período diurno e duas professoras readaptadas no período noturno. - é um espaço
pedagógico democrático com um ótimo acervo bibliográfico à disposição de toda a comunidade
escolar, a biblioteca hoje, disponibiliza um acervo literário significativo, materiais audiovisuais,
livros didáticos e pedagógicos, organizados de maneira a facilitar o acesso a todos, tem
regulamento específico elaborado pela equipe pedagógica e aprovada pelo Conselho Escolar, no
qual consta sua organização e funcionamento. Entre outras ações, a biblioteca desenvolve um
plano de mobilização, sensibilização e envolvimento por meio de dramatização, atividades de
incentivo a leitura e murais incentivadores.
• uma sala para direção e direção auxiliar;
• uma sala para Equipe Pedagógica;
• uma sala de recursos, adaptada, mobiliada com computadores e impressora,
armários, mesas, cadeiras;
• duas salas para professores, uma para lanche e outra para preparação de horas
atividade com armários para guardar materiais.
• possui 02 (dois) Laboratórios de Informática, equipados com 35 computadores e
duas impressoras; ambos possuem o Sistema Operacional Linux e (Software Livre), sendo: 01
(um) do Paraná Digital – 20 (vinte) computadores com acesso à internet e 01(uma) impressora,
que é frequentado diariamente pelas turmas acompanhadas pelo(a) professor(a) da turma,
16
assessoradas pelo ADM Local e sempre com planejamento prévio e por professores; 01 (um) do
Proinfo – com 15 (dez) computadores com acessa à internet 01(uma) impressora, em pleno
funcionamento sendo utilizado pelos professores e pelo Programa Mais Educação;
• refeitório, com mesas e bancos
• cozinha contendo fogão industrial, geladeira, freezer e demais utensílios de
cozinha necessários para o funcionando da mesma seguindo as normas instituídas pela
Vigilância Sanitária;
• depósito para acondicionamento de merenda escolar, contendo estrados de
plástico e prateleiras para armazenamento de alimentação escolar;
• cantina escolar, que atende as normas da Vigilância Sanitária – SESA;
• saguão;
• ginásio de esportes coberto;
• uma mini quadra de esportes descoberta.
• 01 (um) auditório, com capacidade para 80 pessoas, que atende as necessidades
da comunidade escolar, bem como, em diversos momentos, palco de diversos eventos para a
comunidade em geral.
O Colégio possui também, materiais didáticos como: mapas, esqueletos, jogos, microscópio,
materiais de laboratório, datashow. Conjunto de termologia, Leis de Hom, Conjunto de óticas e
ondas, Conjunto de movimentação cinemática e dinâmica, Mapa de Biologia – sistema nervoso,
Mapa de Biologia – células, Microscópio biológico trilocular.
1.4.3.1. Relação de Recursos Audiovisuais e Tecnológicos
• 5 (Cinco) televisores,
• 12 TV pen drive em todas as salas,
• 2 vídeo cassetes,
• 2 DVD,
• 1 retroprojetor,
• 1 episcópio,
• 1 projetor de slides,
17
• 1 Spin light,
• 1 planetário,
• 1 filmadora,
• 1 câmera fotográfica digital Finepix,
• 3 microscópio,
• 1 tela de projeção,
• 1 kit de medidas,
• 1 kit de matemática, 1torso,
• 1 esqueleto,
• 1 microfone sem fio,
• 1 globo Mundi,
• 1 mimeógrafo,
• 4 som/CD,
• mapas diversos,
• 1 Projetor Multimídia.
1.4.3.2. Material Esportivo
02 - Redes de Tênis de Mesa
04 - Raquetes de Tênis de Mesa
10 - Bolinhas de Tênis de Mesa
01 - Bola de Handebol
08 - Bolas de Basquetebol
01 - Bola de Futsal Infantil
02 - Bolas de Futsal Adulto
03 - Bolas de Voleibol
01 - Rede de Voleibol
10 - Colchonetes para Ginástica
10 - Tabuleiros de Xadrez
10 - Jogos de Xadrez
18
02 - Jogos de Coletes, com 7 coletes cada
01 - Tatame
02 - Bombas de inflar bola
1 - Mesa de Tênis de Mesa
10 – Cones
1.4.4. Espaços Pedagógicos
Considerando que o Colégio por si só pressupõe-se como um lugar educativo, todos os espaços
podem ser compreendidos como possíveis espaços pedagógicos. Entretanto, ressaltamos as salas
de aula, equipadas com TV pendrive, utilizadas no dia a dia do colégio; uma rica e variada
videoteca com fitas e CDs que abrangem os conteúdos de todas as disciplinas; a biblioteca com
seu amplo acervo, mesas para estudos e os projetos de leitura que se encontram em fase de
elaboração; o auditório, utilizado tanto para palestras, reuniões, aulas de artes, como também
para as atividades do Mais Educação e Sala de apoio; os laboratórios de informática utilizados
pelo Mais Educação, para pesquisas e aulas diversificadas; as quadras para atividades de
Educação Física e do Mais Educação; as salas do CAES e de Recursos, ambas bem equipadas
com materiais adequados para o atendimento específico; a instalação de um laboratório de
Física, Biologia e Química se deu em um espaço físico muito pequeno, o que resultou em um
laboratório onde apenas podem ser guardados os materiais, mas são realizados experimentos.
1.4.5. Recursos Humanos
O corpo docente e profissional é formado por direção e direção auxiliar, 96 professores,
10 Agentes Educacionais I, 9 Agentes Educacionais II, 1 secretário e 6 Pedagogas. Contamos
também com 836 alunos matriculados neste momento.
1.4.5.1. Equipe gestora
DIRETORABeatriz Aparecida NevesRG 37279498
19
CPF 55900461904anjosmasmalucos@uol.com.br
DIRETORA-AUXILIARJosimarci Jacomel Kasnocha R.G. 3441999 0CPF 88171256953josimarcister@gmail.com
1.4.5.2. Equipe Pedagógica
EQUIPE PEDAGÓGICA GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO
ADELIR CORREA PACHECO STADLER PEDAGOGA SUPERVISÃO ESCOLAR
CLAUDINEIA SCHINEMANN PEDAGOGIAPSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA; MESTRADO EM EDUCAÇÃO
CELENITA DE FÁTIMA S. DE SOUZA PEDAGOGIA SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO ESCOLAR
LEILIANE LUIZA GALEAZZI PEDAGOGIA SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO ESCOLAR
MARIA DE FÁTIMA TEMBRA MARCON PEDAGOGIA
PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA
PATRÍCIA REGINA CIARAMELLO PEDAGOGIA
EDUCAÇÃO, DIVERSIDADE E CULTURA INDÍGENA; MESTRADO EM EDUCAÇÃO
1.4.5.3. Corpo docente
PROFESSORES(AS) GRADUAÇÃO/FUNÇÃO ESPECIALIZAÇÃO
ANA MARIA BLONSKI AMARO MATEMÁTICASUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO ESCOLAR
ANA PAULA FONTOURA SLOMPO PEDAGOGIA
ANA PAULA TOLEDO SILVA /INTÉRPRTE
ANGELITA KAMINSKI BONAVIGO CIÊNCIAS
ADM.ESCOLAR/BIOLOGIA EDUCACIONAL
ANDREA CRISTINA DE LIMA ROCHA HISTÓRIA/ INTÉRPRETE
HISTÓRIA: ENSINO, TEORIA E PROD. DO CONHECIM. HIST
ANDREIA CORREA BIOLOGIA
ANDREIA MARTINS PEDAGOGIA /ARTE EDUCAÇÃO ESPECIAL
CARINE NUNES ARTE/M.E – PERCUSSÃO
CELSO LUIZ FRACARO PORTUGUÊS
CECÍLIA APª KARPINSKI MATEMÁTICA SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO
20
ESCOLAR
CLAUDETE Mª GOMES DE LIMA STAVINSKI LETRAS LINGUÍSTICA APLICADA
CLEA MARA PENTEADO HISTÓRIA
DAIANE GRAND ED. FÍSICA
DENIELLI KENDRICK PEDAGOGIAEDUC.ESP.: ATENDIMENTO NEC. ESPECIAIS
DENISE CRISTINA H. CAILLOT ARTE
DOACIR DOMINGOS FILHO ARTE GESTÃO ESCOLAR
DULCE COSTA COUTO HISTÓRIA ED. ESPECIAL
DULCE AP. MARCONDES GEOGRAFIA
ELAINE C. Q. BARROS LETRAS/ INGLÊS
ELAINE LINO FIGUEIREDO LETRAS/ INGLÊS ENS. DA LING. PORTUGUESA
ELAINE LUCANTONIO FONTCLARA LETRAS LÍNGUA PORTUGUESA
ELITON EDILSON FURQUIM RECURSOS
ELIANE CRISTINA WAGNER CIÊNCIAS/MATEMÁTICA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA
ELIANE VALENTIM DE ABREU PEDAGOGIA EDUCAÇÃO ESPECIAL
ELIEL MACHADO MORAES PROFESSOR /LIBRAS
ELIZANGELA DOS SANTOS LETRAS/ PORTUGUES
ERCI KRUGUER GEOGRAFIA
EUCLIDES J. R.R.TURRA LETRAS/ INGLÊS
EUNICE APARECIDA SANTONI MATEMÁTICA ENSINO DA MATEMÁTICA
FELIPE RODRIGO CALDAS ARTE/M.E. – TEATRO
FERNANDO STORA ED. FÍSICA ED FÍSICA ESCOLAR
FLAVIA CRISTINA COLETTI GEOGRAFIAEDUCAÇÃO E GESTÃO AMBIENTAL
GIOVANA I. JACOMELGEOGRAFIA/ENS. RELIGIOSO
ADM, SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL
GILCILEIA AP. CHARNEI MATEMATICA MATEMÁTICA APLICADA
GIOCONDO FAGUNDES LETRAS
DOUTORADO EM TEORIA LITERÁRIA E LITERAT. COMPARADA
GISELE ADRIANA MENZEL MATEMÁTICA
GISELE DUCAT QUÍMICA
IOSODARA JAQUELINE DA S. PUCCI EDUCAÇÃO FÍSICA METODOLOGIA DE ENSINO
ISABEL CRISTINA MARICATO NOBUKUNI ARTE
21
JACINTA DE FTMA. SANTOS CENTENARO INGLÊS EDUCAÇÃO
JANAÍNA JASKIU HISTÓRIA PEDAGOGIA ESCOLAR
JANETE TELES DE SOUZA WIEGAND INGLÊS
PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLÍNICA
JOABERSON FABRÍCIO DOS SANTOS HISTÓRIA
JOANA D’ARC VARGAS BATISTA PORTUGUÊS
JOSIMARCI JACOMEL KASNOCHA LETRAS
INTERDISCIPLINARIDADE NA EDUCAÇÃO
JULIANE M. DE ROCCO MATEMÁTICA
JUSSARA TOSSIN MARTINS FILOSOFIA
LILIAN VICENTIN PEDAGOGIA /RECURSOSSUPERVISÃO E PSICOPEDAGOGIA
LINDACIR A. V. DA ROCHA SOCIOLOGIA
LUCIANE SCHEIBE PEDAGOGIAEDUC.ESP./PSICOP./SUPERV. E ORIENT. EDUC.
LUCIANO ORTIZ PEDAGOGIA EDUCAÇÃO ESPECIAL/LIBRAS
LUCINDA NEVES MATEMÁTICA PEDAGOGIA RELIGIOSA
LUIZ CARLOS VIEIRA DOS SANTOS GEOGRAFIA
LURDES JESLAINE GAWON MATEMÁTICA
MARCIA APARECIDA DE GOES PONTES GEOGRAFIA
MARCIA E. DE BRITO PORTUGUÊS/ S. APOIO
MARIA ANTONIETA GIACOMET EDUCAÇÃO FISICA
MARILEIA LISENKO PORTUGUÊS
MARINA TRAVENSOLI MATEMATICAFUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO
MARLENE PACHOLOK GODOFREDO MATEMÁTICA
FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO
MARTA LOSSO FERRAZ MATEMATICA
MOEMA SORAIA MENDES FILOSOFIAEDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
NERIELLY E. DE ROCCO BIOLOGIA/CIÊNCIAS
RAFAELLE CRISSI ARTE
REINALDO NARLOCH MATEMATICA ENSINO DE MATEMATICA
RODRIGO FIDELIS RENAUER HISTÓRIA
ROSÂNGELA AP. M. ZORZI CIÊNCIAS ED E GESTÃO AMBIENTAL
22
ROSÂNGELA M. BAHLS GEOGRAFIA
ROSELI VAZ FALLEIROS QUIMICAA CIENCIA MODERNA E SUAS APLICAÇÕES
SANDRO JOSÉ SILVERIO HISTÓRIAFUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO
SELMA APARECIDA RAMALHO ENS. RELIGIOSO
SENITA FOLQUENIM FÍSICA
SIDNEI FRANCISCO PACHECO GEOGRAFIAENSINO DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA
SILMARA APARECIDA DE ANDRADE PORTUGUÊS
SIRLEI TEREZINHA B. PAPE CIENCIAS/BIOLOGIA
SIRLEI DE FATIMA DEDA ARTE-EDUCAÇÃO
SONIA MARA HARMUCH CIÊNCIAS ECOLOGIA
TANIA MARA DA S. TEIXEIRA HISTÓRIA
THAÍS FERNANDA GAWON LETRAS/PORTUGUÊS
VALDOMIRO SEGUNDA MATEMÁTICA
ADMINISTRAÇÃO, SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO ESCOLAR
VILCINEIA FRANÇA BIOLOGIA
WEVERTON BARBNOSA LETRAS/INGLÊS
1.4.5.4. Quadro de funcionários
FUNCIONÁRIO(A) FUNÇÃO FORMAÇÃO
CLEUSA MACHADO ANDRADE
AG. EDUCACIONAL I ENS. MÉDIO COMPLETO
DULI BAÍA LOPES AG. EDUCACIONAL I ENS. MÉDIO COMPLETO
IDÁLIA MARIA SIEJKA AG. EDUCACIONAL I ENS. MÉDIO INCOMPLETO
LEONILDA FERREIRA AG. EDUCACIONAL I ENS. MÉDIO COMPLETO
MARIA ANGELA DOS SANTOS AG. EDUCACIONAL I ENS. MÉDIO COMPLETO
MARIA DE FATIMA BORGES AG. EDUCACIONAL I SUPERIOR COMPLETO
MARIA LUCI PIEKARZEWICZ DE SOUZA
AG. EDUCACIONAL I ENS. MÉDIO COMPLETO
MARIZA D. DE F. MADUREIRA AG. EDUCACIONAL I ENS. MÉDIO COMPLETO
ROBSON VASCO AG. EDUCACIONAL I ENS. SUPERIOR COMPLETO
SOFIA DE RAMOS AG. EDUCACIONAL I ENS. MÉDIO COMPLETO
ADRIANE EMILIO PINTO AG. EDUCACIONAL II ENS. SUPERIOR COMPLETO
ALCINÉIA TERESINHABATISTA GOMES
AG. EDUCACIONAL II ESPECIALIZAÇÃO
23
ANA CLAUDIA DOS SANTOS AG. EDUCACIONAL II ESPECIALIZAÇÃO
CRISTINA AP. LEUTNER AG. EDUCACIONAL II ESPECIALIAÇÃO
DOUGLAS GODOFREDO AG. EDUCACIONAL II ENS. MÉDIO COMPLETO
JOSÉ PAULO MARTINS AG. EDUCACIONAL II ESPECIALIZAÇÃO
ROSELI AP. DELGADO DO ROZARIO
AG. EDUCACIONAL II ESPECIALIZAÇÃO
SANDRO KLEIN AG. EDUCACIONAL II ESPECIALIZAÇÃO
VIVIANE BAYER AG. EDUCACIONAL II ESPECIALIZAÇÃO
1.4.6. Instâncias Colegiadas
1.4.6.1. Conselho Escolar
Contamos com o Conselho Escolar do Colégio que foi aprovado e homologado em
20.12.96, amparado no Parecer nº. 009/95 e no Ato Administrativo nº. 304/96.
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos
pertinentes ao convívio escolar, a manutenção, as reformas, a aquisição de equipamentos
necessários ao desenvolvimento da ação educativa; tem por finalidade efetivar a gestão escolar,
na forma de colegiado, promovendo a articulação entre os segmentos da comunidade escolar e os
setores da escola, constituindo-se com órgão auxiliar da Direção do Estabelecimento de Ensino.
Reúne-se para priorizar ações que facilitem a organização da escola no sentido de sugerir
melhorias pedagógicas, elaboração de projetos, tomadas de decisões e aprimoramento de
atividades recreativas, culturais, esportivas... É o apoio pedagógico-administrativo-financeiro da
escola, que pode contar com os pais, professores e funcionários que fazem parte do Conselho.
As reuniões se dão em períodos normais, marcados previamente, e às vezes em caráter
extraordinário participando e desenvolvendo práticas que qualificam o trabalho escolar.
1.4.6.2. APMF - Associação de Pais, Mestres e Funcionários
A APMF é um órgão cooperador e tem por finalidade a integração da família no processo
educacional, visando o aprimoramento da formação do educando. Foi constituída pelo corpo
docente, técnico administrativo e pelos pais de alunos matriculados neste Estabelecimento de
Ensino.
24
As atividades da Associação de Pais e Professores são regidas por estatuto próprio, devidamente
aprovado em Assembleia Geral e registrado em Cartório de Registro de Títulos e Documentos,
as quais são exercidas pela atual APMF de forma bastante participativa e satisfatória.
1.4.6.3. Grêmio Estudantil
Neste ano de 2016, o Colégio encontra-se em processo de reativação do Grêmio Escolar. Desta
forma, acreditamos que em breve teremos uma contribuição maior do Grêmio no Colégio,
participando em projetos que se unem à prática pedagógica alcançando metas e desafios na
aceitação de propostas da comunidade escolar.
O Grêmio é uma entidade autônoma representativa dos interesses dos estudantes e foi criada pela
Lei Federal n° 7.398/85, que lhe confere autonomia para se organizarem em torno de seus
interesses. O Grêmio estudantil está amparado na lei n 398, de 4 de novembro de 1985.
É uma organização sem fins lucrativos, que representa os interesses dos estudantes e que tem
fins cívicos, culturais, educacionais, desportivos e sociais. Deve ser concebido como um espaço
coletivo, social e político, de organização, de participação e de construção de novas relações de
poder dentro da escola.
De acordo com o Art. 22, do Regimento Escolar “o Grêmio Estudantil é o órgão máximo de
representação dos estudantes do estabelecimento de ensino, com o objetivo de defender os
interesses individuais e coletivos dos alunos, incentivando a cultura literária, artística e
desportiva de seus membros”.
Nessa perspectiva, espera-se possibilitar aos alunos participação das decisões escolares que
possam favorecer a sua integração e o atendimento as suas necessidades, bem como aproximar
as atividades da escola aos interesses dos mesmos na melhoria e qualidade do ensino.
A organização, o funcionamento e as atividades do Grêmio são estabelecidos em seu Estatuto,
aprovado em Assembleia Geral do corpo discente do Estabelecimento de Ensino, convocada
para este fim, obedecendo a legislação pertinente.
1.4.6.4. Representantes de Turma
Os Representantes de Turma são alunos eleitos entre seus pares, sendo uma dupla de alunos por
turma.
25
Entre suas atribuições estão: zelar e orientar colegas quanto a conservação e a higiene da sala de
aula; responsabilizar-se pelo transporte da Pasta de Sala de Aula entregando-a ao professor
responsável pela aula; transmitir informações repassadas pela Direção e Coordenação; observar o
uso dos equipamentos, livros didáticos e demais materiais pedagógicos da escola; relatar ao
professor, coordenação e/ou direção todos os problemas da turma, agindo como representante da
turma na escola.
1.4.6.5. Professores Padrinhos e Madrinhas
Os Professores Padrinhos e Madrinhas são escolhidos em reunião entre os docentes, coordenação e
direção. Para cada turma serão escolhidos dois professores.
Entre suas principais atribuições estão: orientação da turma quanto à disciplina, organização,
higiene e conservação dos ambientes escolares; incentivar o respeito mútuo e cumprimento do
Regimento Escolar; valorizar a formação de grupos de estudo e o desenvolvimento de hábitos de
estudo extraclasse; dialogar para resolver conflitos que interfiram no processo de ensino-
aprendizagem; ouvir e aconselhar a turma em suas dificuldades de aprendizagem ou relações
interpessoais; transmitir informações dadas pela direção e equipe pedagógica, entre outros.
1.4.7. Recursos Financeiros
O Colégio conta com o Programa Fundo Rotativo Pró-Escola, que é um instrumento criado por Lei,
para viabilizar com maior agilidade, o repasse de recursos aos Estabelecimentos de Ensino da Rede
Estadual, para manutenção e outras despesas relacionadas com atividade educacional.
Cada Estabelecimento de Ensino recebe recursos com base no número de alunos, número de turmas,
turnos de funcionamento, porte da Escola, área física do prédio e outros indicadores educacionais e
sociais. Os recursos recebidos podem ser aplicados em despesas com manutenção e as despesas em
investimentos, quando autorizados pela Fundepar.
Classificam-se como Manutenção às despesas realizadas com material de Consumo, tais como:
Gêneros Alimentícios para complementação da merenda escolar, material de Expediente, material
Esportivo, material de Limpeza, material Didático, material Escolar, reparos em Geral, outros,
como: remédios para atendimento de primeiros socorros, lâmpadas, gás, fita de vídeo virgem, entre
outros.
26
Contamos também com o Programa Dinheiro Direto na Escola — PDDE — 2000, são recursos
liberados pelo MEC/FNDE destinados para manter e desenvolver o Ensino Fundamental, para
custear Despesas Correntes e de Capital das escolas, os quais poderão ser usados nas seguintes
finalidades:
• Material Permanente/Equipamento — para compra de equipamento e material permanente
conforme valor específico.
• Material de Consumo, outros serviços de terceiros:
• Manutenção, conservação e pequenos reparos;
• Compra de material de consumo necessário ao funcionamento da escola, como: material de
consumo, material de limpeza, ferramentas, atendimento à saúde.
• Capacitação e aperfeiçoamento de profissionais da educação:
• Realização de cursos;
• Participação em cursos.
• Avaliação de aprendizagem e implementação de projeto pedagógico.
• Desenvolvimento de atividades educacionais diversas.
O repasse de recursos financeiros será realizado em parcela única para as escolas com mais de 99
alunos, onde as Unidades Executoras (APM’s) legalizadas, junto à Assessoria Jurídica (SEED),
receberão os recursos diretamente do MEC/FNDE — Brasília — DF; em conta corrente aberta
automaticamente.
27
2. DIAGNÓSTICO
2.1. Perfil socioeconômico
O Colégio Estadual Antônio Tupy Pinheiro — Ensino Fundamental e Médio está localizado
na Avenida Moacir Júlio Silvestre, nº. 1.324, no Bairro Batel. Além de atender alunos deste
bairro, atende alunos oriundos dos bairros: Aeroporto, São Vicente, Paz e Bem, dos Estados,
Vila Bela, Vila Carli, Jardim Pinheirinho e das Américas, entre outros localizados na periferia
da cidade, essencialmente residenciais. O transporte mais utilizado pelos alunos é o coletivo,
alguns pais de alunos possuem carro próprio e ainda outros utilizam transporte escolar
particular.
A localidade oferece algumas opções de lazer, como praças, parques, quadras de futebol.
Existem alguns Postos Médicos, hospitais, laboratórios de análises clínicas, mercados,
farmácias, outras escolas, empresas, comércio, lojas que atendem parcialmente a população.
Os alunos do Ensino Fundamental (diurno) são oriundos de famílias de baixo poder
aquisitivo, cuja grande maioria sobrevive com rendas que variam entre 01(Um) a 3(três)
salários mínimos. Conforme pesquisa realizada no colégio, somente 10% dos responsáveis
possuem vencimentos superiores a 03 (três) salários mínimos. Os responsáveis trabalham em
atividades como: domésticas, zelador(a), copeiras, diaristas, balconistas, vendedores,
motoristas, pedreiros, taxista, agricultores.
Um forte indicativo que comprova o baixo poder aquisitivo de nossos alunos é o fato de que
no ano letivo de 2011, duzentos famílias receberam o benefício da bolsa família, em 2012
duzentas e quarenta famílias foram beneficiadas. Em 2013 o número de famílias beneficiadas
subiu para 315. No ano de 2014 foram 256 famílias beneficiadas; em 2015, 239 famílias
receberam o benefício. Neste ano de 2016, 209 estão recebendo o benefício, o que
corresponde a 23,83% do total de alunos da escola.
Desde 2006, o colégio oferta a modalidade de ensino EJA, o que oportuniza à comunidade
escolar a continuidade de seus estudos. Nossos alunos são jovens, adultos e idosos que
ficaram por diferentes motivos alguns anos fora da escola. A percepção da importância que o
conhecimento representa para o exercício da cidadania e para adquirir maior valorização
profissional retomam seus estudos. O principal objetivo destes alunos é a busca por melhores
empregos, visando aumento de salários e mudança de vida.
28
A presença da comunidade no colégio é muito importante, sem ela nossa proposta de gestão
democrática não se torna viável, pois fornecem apoio à administração; a maioria dos pais
participa de reuniões e eventos escolares. A participação e o envolvimento das famílias
asseguram um aproveitamento melhor aos alunos, uma vez que o Colégio procura
desenvolver um trabalho coletivo, contínuo e sólido em busca de um ensino e aprendizagem
mais efetivos.
Verifica-se que os problemas sociais refletem no desenvolvimento dos alunos e que muitas
vezes têm suas origens na família, tais como: desemprego, alcoolismo, drogas, violência,
separação dos pais, problemas clínicos, o que trazem consequências negativas no
comportamento e ritmo de aprendizagem dos alunos.
Pensando na necessidade de proporcionar uma maior compreensão das questões sociais,
frutos das contradições da sociedade capitalista, e na tentativa de atender esta necessidade são
propostos nos Planos de Trabalho Docente a abordagem dos Temas sócio educacionais nos
conteúdos das disciplinas. Além disso, desenvolvemos projetos e proporcionamos atividades
extra curriculares.
Atendemos no Ensino Fundamental, alunos na faixa etária dos 10 aos 17 anos, adolescentes
que precisam de acompanhamento por profissionais da educação, pela família e por toda a
escola, pois muitas vezes o ambiente escolar é o único que lhe dá segurança e fornece
instrumentos intelectuais para readquirir confiança em si mesmo, para lutar com dignidade
pelos seus direitos de cidadãos.
Afinal, a escola é o espaço organizado que permite acesso às informações e ao conhecimento,
alternativas e oportunidades de crescimento pessoal, profissional e social. Não é a escola a
única fonte de aprendizagem, porém é o caminho para o desenvolvimento.
Para oferecer um ensino integrado com a comunidade da qual o Colégio faz parte temos a
colaboração da comunidade escolar, entidades sociais, comércio local, instituições de ensino
como as faculdades, universidade, SESC/SENAC/SESI/SENAI, como também o
desenvolvimento de Programas ofertados pela SEED.
O Colégio oferta:
• Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano, organizados em anos escolares, divididos em
quatro bimestres (somente até este ano, no próximo será trimestral), sendo quatro turmas no
período matutino e doze turmas no período vespertino;
29
• Ensino Médio organizado em Blocos, somente 3° ano, com grade curricular
específica, sendo duas turmas no período matutino.
• Ensino Médio Anual, divididos em três trimestre, sendo seis turmas no período
matutino.
• Educação de Jovens e Adultos no período noturno.
O Colégio oferece os seguintes programas: Mais Educação, Salas de Recursos
multifuncional tipo I, Salas de Recursos Multifuncional - Surdez. O esporte (JOCOPS, JESP)
também é incentivado.
A atuação da APMF é fundamental. Em reuniões são decididos assuntos referentes às
promoções, festas, gincanas, eventos para complementar o orçamento do Colégio, como
também a previsão e o destino dos gastos em projetos específicos, e por sua vez em assuntos
que envolvam o processo ensino aprendizagem, tendo em vista que para garantir uma melhor
qualidade no ensino há necessidade de investimentos financeiros, seja na aquisição de
materiais didáticos e pedagógicos.
A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais vem acontecendo desde
o ano de 2002 (dois mil e dois) e a escola oficializou-se como inclusiva de surdos, porém já
vinha recebendo alunos surdos muito antes, que não recebiam atendimento especializado. A
partir daí outros alunos com necessidades educacionais especiais começaram a fazer parte da
nossa comunidade escolar. Alunos com transtornos globais de desenvolvimento são atendidos
em contraturno na Sala de Recursos.
Os Planos de Trabalho Docente são elaborados com atenção especial para que aos poucos
estes alunos se familiarizem com o ambiente das classes regulares, respeitando suas
dificuldades de interação com os colegas e o acompanhamento dos seus rendimentos, os quais
são vistos pelos professores com cuidados, já que seus ritmos são mais lentos. Quando
necessário há utilização de instrumentos e recursos didático pedagógicos, essencialmente
visuais, com o intuito de promover a oportunidade destes, para uma aprendizagem mais
eficiente.
Segundo a Legislação de Educação Especial do Conselho Estadual de Educação no artigo 29
do capitulo VI: “Ao professor de sala comum, a mantenedora deverá assegurar formação
continuada, para atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais”.
30
A Sala de Recursos oferece atendimento somente para alunos que apresentam laudo que
comprovem sua necessidade especial, no entanto, no dia a dia da sala de aula observamos que
vários alunos com necessidades especiais não recebem atendimento especializado por não
comprovar sua necessidade através de laudo.
Apesar de todas as falhas do sistema com respeito à inclusão, o que tem contribuído para o
desenvolvimento de alunos inclusos neste estabelecimento de ensino é a disponibilidade dos
professores e funcionários em buscar informações sobre metodologias e comportamentos que
facilitam a convivência.
No ano de 2009 entrou em vigor a Legislação de Educação Especial do Conselho Estadual de
Educação no inciso IV da primeira seção do capítulo III:
“Redução de número de alunos por turma, com critérios definidos pela mantenedora, quando
estiverem nela incluídos alunos com necessidades educacionais especiais significativas os quais
necessitam de apoios e serviços intensos e contínuos.”
Conforme o que diz a lei o número de alunos deve ser reduzido para que haja progresso no
processo de ensino aprendizagem, uma vez que o numero excessivo de educando dificulta na
concretização do ensino-aprendizagem, pois, são alunos que dependem de uma atenção maior
ou de alguém que esteja interpretando a fala dos professores (no caso dos surdos).
2.2. Gestão escolar
O Colégio prima por uma gestão genuinamente democrática, através da participação
social na formação de políticas públicas educacionais, no planejamento, na tomada de
decisões como o uso dos recursos e necessidades de investimentos, na execução das
deliberações coletivas e nos momentos de avaliação da escola.
Nesses termos, a gestão democrática tem como objetivo garantir a qualidade de ensino
educacional a cada um dos alunos matriculados, reconhecendo e respeitando a diversidade e
atendendo a cada um de acordo com suas potencialidades e necessidades, permitindo o acesso
de todos à educação, independente da idade, possibilitando inclusive ao indivíduo jovem e ao
adulto retomarem seu potencial, desenvolver suas habilidades, confirmar potências adquiridas
na educação extraescolar e na própria vida.
31
A prática pedagógica do colégio é avaliada e reorganizada utilizando-se como
instrumentos os Conselhos de Classe; também valoriza-se a parceria entre direção e as
instâncias constituídas na escola para que se cumpra efetivamente o princípio de gestão
democrática, construindo-se um ambiente de trabalho em que se promova a realização
individual e coletiva.
Entretanto, para que a gestão seja de fato democrática, é preciso que cada um cumpra
com suas funções, algumas abaixo relacionadas:
• A direção escolar é composta pelo diretor e diretor auxiliar, escolhidos
democraticamente entre os componentes da comunidade escolar, conforme legislação em
vigor. A direção tem como foco a constituição de uma gestão democrática.
A função da equipe de direção, como responsáveis pela efetivação da gestão democrática, é a
de assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos no Projeto Político Pedagógico
do estabelecimento de ensino. Para tanto, suas principais atribuições estão expressas na Seção
II, artigos 16 ao19, do Regimento Escolar.
• A equipe pedagógica é composta por professores graduados em pedagogia. Ela é
responsável pela coordenação, implantação e implementação, no estabelecimento de ensino,
das Diretrizes Curriculares definidas no Projeto Político-Pedagógico e no Regimento Escolar,
em consonância com a política educacional e orientações emanadas da Secretaria de Estado
da Educação.
As principais atribuições da equipe pedagógica estão voltadas a organização do trabalho
pedagógico de modo que a escola cumpra com sua função social na democratização do
conhecimento. Estas atribuições estão explicitadas na Seção V, artigos 32 ao 34, do
Regimento Escolar.
• A Docência na Educação Básica é exercida por profissionais graduados com
licenciatura nas diversas áreas do conhecimento. Entre algumas de suas atribuições estão:
participar na elaboração da proposta pedagógica da escola; elaborar e cumprir plano de
trabalho segundo a proposta pedagógica da escola; zelar pela aprendizagem dos alunos,
buscando metodologias e formas de avaliação diversificadas para atingir os objetivos
propostos; estabelecer e implementar estratégias de recuperação para os alunos de menor
rendimento; ministrar os dias letivos e as horas aula estabelecidas, garantindo o cumprimento
da legislação e o calendário escolar; participar integralmente dos períodos dedicados ao
32
planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; colaborar com as atividades de
articulação com as famílias e a comunidade; incumbir-se de tarefas indispensáveis para atingir
os fins educacionais da escola e do processo de ensino-aprendizagem.
As principais atribuições da equipe de docentes estão explicitadas na Seção VI, artigo 36 e 37,
do Regimento Escolar.
• A função do Agente Educacional II é exercida por profissionais que atuam nas áreas
da secretaria, biblioteca, laboratório de Informática do estabelecimento de ensino. O agente
educacional que atua na secretaria como secretário escolar é indicado pela direção do
estabelecimento de ensino e designado por Ato Oficial, conforme normas da SEED.
O serviço dos profissionais que atuam como Agentes Educacionais II são coordenados e
supervisionados pela direção. Todas as atribuições pertinentes ao cargo estão correlatas na
Seção VII, artigos 38 ao 43, do Regimento Escolar.
• O agente educacional I tem a seu encargo os serviços de conservação, manutenção,
preservação, segurança e da alimentação escolar, no âmbito escolar, sendo coordenado e
supervisionado pela direção do estabelecimento de ensino.
Todas as atribuições do cargo de Agentes Educacionais I estão descritas na Seção VIII,
artigos 44 ao 48, do Regimento Escolar.
Avançar na prática de uma gestão democrática não é tarefa fácil, já que existem muitas
fragilidades na organização deste tipo de trabalho dentro da escola. A cultura democrática
ainda está muito pouco consolidada dentro dos diversos segmentos da sociedade, porém é o
único meio de promover e melhorar a educação de nosso país. É através da gestão
democrática que estabelecemos relações flexíveis e menos autoritárias entre educadores e
comunidade escolar, visando o bem estar coletivo e um ensino que atenda as expectativas de
toda a sociedade.
2.2.1. Autoavaliação
Com o intuito de manter a qualidade de ensino ofertada, e os princípios de uma gestão
democrática, aponta-se a necessidade e a importância de realizarem-se constantemente
autoavaliações dos trabalhos realizados. Essas autoavaliações deixaram de ser realizadas ao
longo de alguns anos, entretanto, a própria equipe reconhece a necessidade de que sejam
novamente realizadas.33
Essas autoavaliações constituem-se em ricos momentos de reflexão sobre os pontos
positivos e negativos do trabalho realizado e do trabalho que ainda pode vir a se concretizar.
2.3. Ensino-aprendizagem
De acordo com a Pedagogia Histórico Crítica, que nos respalda, para um aprendizado de
qualidade, o aluno deverá estabelecer relações entre o saber adquirido, as experiências
vividas, as necessidades sociais e individuais, buscando sempre a aquisição efetiva do
conhecimento.
Gasparin (2005, p.15) ressalta que “o primeiro passo” do método caracteriza-se por uma
preparação, uma mobilização do aluno para a construção do conhecimento escolar. É uma
primeira leitura da realidade, um contato inicial com o tema a ser estudado”. Assim,
valorizamos os saberes do senso comum, trabalhando em direção do saber elaborado e
constituindo o momento de ruptura, favorecendo a análise crítica e conduzindo a aquisição de
novos conhecimentos.
Os conteúdos são apresentados aos alunos, de uma maneira que lhe chamem a atenção,
estabelecendo as relações entre si, para levar o aluno a pensar, questionar e refletir sobre o
que foi proposto.
O educador organiza sua prática pedagógica, promovendo as inter-relações dos conteúdos e
disciplinas, métodos, objetivos e avaliação, de forma que contribua para a mediação entre o
saber do senso comum e o conhecimento cientifico e cultural mais elaborado. O professor, a
princípio, anuncia aos alunos o conteúdo a ser trabalhado, promove o diálogo com eles sobre
esse tema, buscando verificar qual o domínio que já possuem e que uso fazem na prática
social diária, desafiando os alunos a mostrarem o que já sabem sobre cada um dos itens que
serão estudados.
Após esta fase, o professor faz indagações sobre o conteúdo trabalhado relacionando-o com a
prática social, com o intuito de levantar questões que irão orientar o desenvolvimento da
prática pedagógica por meio da utilização de diversos instrumentos que favoreçam a aquisição
do conhecimento. Como afirma Gasparin (2005, p. 35) “a problematização é um desafio, ou
seja, é a criação de uma necessidade para o educando, através de sua ação, busque o
conhecimento”. Sendo o momento de evidenciar o estudo dos conteúdos propostos em função
das respostas a serem dadas às questões levantadas inicialmente.
34
Após o levantamento das questões e sua sistematização, o processo ensino-aprendizagem é
encaminhado para levar alunos a aquisição de novos conhecimentos, com o objetivo
sistematizado do conhecimento – o conteúdo. O trabalho do professor e dos alunos é
desenvolvido por meio de ações didático-pedagógicas, adequadas a cada tipo de conteúdo
trabalhado, que são fundamentais à efetiva construção conjunta do conhecimento nas
dimensões científica, social e histórica, se efetivando o processo dialético de construção do
conhecimento que vai do empírico ao abstrato para o concreto. Gasparin (2005, p. 53) cita que
“a Instrumentalização é o caminho através do qual o conteúdo sistematizado é posto à
disposição dos alunos para que o assimilem e o recriem e, ao incorporá-lo, transformem-no
em instrumento de construção pessoal e profissional”.
Espera-se que o aluno, por sua vez, demonstre a aquisição do conhecimento por meio da
linguagem escrita e/ ou oral, expressando sua nova maneira de ver a prática social, ou seja,
sua nova posição frente ao conteúdo trabalhado. Sobre isso Gasparin (2005, p. 128) destaca
que “a Catarse é a síntese do cotidiano e do científico, do teórico e do prático a que o
educando chegou, marcando sua nova posição em relação ao conteúdo e à forma de sua
construção social e sua reconstrução na escola”. Dessa forma, o educando faz um resumo do
conteúdo assimilado, demonstrando a aprendizagem do novo conceito adquirido.
Na prática social final do conteúdo, tanto o professor, como os alunos se modificam
intelectual e qualitativamente em relação ao conteúdo, passando de um estágio de menor
compreensão científica, social e histórica a uma fase de maior clareza e compreensão dessas
mesmas concepções dentro da totalidade. A Prática Social Final é a nova maneira de
compreender a realidade e de posicionar-se nela, não apenas em relação ao fenômeno, mas à
essência do real, do concreto. É a manifestação da nova postura prática, da nova atitude, da
nova visão do conteúdo no cotidiano. É, ao mesmo tempo, o momento da ação consciente, na
perspectiva da transformação social, retornando à Prática Social Inicial, agora modificada
pela aprendizagem (GASPARIN, 2005, p. 147).
Neste processo, tanto professor como alunos, adquirem uma nova forma de agir, com intenção
e desejo de colocar em prática os conhecimentos assimilados, utilizando em seu dia-a-dia
como forma de buscar a transformação da sociedade em que vive.
2.4. Atendimento Educacional Especializado ao público da Educação Especial
35
A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais é uma realidade em nossa
escola, significando não mais somente perceber as limitações e sim as possibilidades de
superação dos alunos. É inegável que a sociedade enfrente enormes dificuldades para lidar
com o “diferente”, com tudo aquilo que se afasta dos padrões estabelecidos como normais,
identificados como desviantes do processo social.
Neste sentido faz-se necessário o apoio das escolas na perspectiva de encontrar estratégias de
compreensão e inclusão, essa interação vai além do conhecimento, pois prevê novas formas
de intervenções pedagógicas e didáticas que são fundamentais para entender e atender aos
limites de cada um, uma relação que se constrói no cotidiano escolar.
Algumas dificuldades ainda são presentes, atendimento por profissionais qualificados,
pareceres diagnósticos, orientações estratégicas para professores e equipe pedagógica e
funcionários. Porém, o Colégio conta com o apoio de intérpretes de libras além da Sala de
Recursos Multifuncional para Surdos.
Assim, entendemos que uma escola inclusiva tem por objetivo transformar a educação em
igualdade de oportunidades para todas as pessoas e promover acesso, permanência e o sucesso
dos alunos, inclusive, aqueles com necessidades educativas especiais, pois, a escola inclusiva
não é feita somente de boas intenções, é feita de ações concretas, que possibilitem a todos os
alunos o aprendizado. A construção da escola inclusiva é um projeto coletivo, que passa por
uma reformulação do espaço escolar como um todo, desde espaço físico, dinâmica de sala de
aula, passando por currículo, formas e critérios de avaliação. É o que chamamos de Inclusão
com compromisso, que implica investimento com o processo educacional por parte de todos
que nele estão envolvidos.
O colégio conta também com uma Sala de Recursos Multifuncional com
equipamentos, materiais pedagógico e professores especializados para atenderem a alunos
com DI, TDAH, Dislexia, entre outros.
A Educação Inclusiva no Colégio Estadual Antonio Tupy Pinheiro busca atender as
determinações legais contidas na Constituição Federal de 1988; Lei nº 9394/96 LDB; Parecer
CNE/CEB nº 17/2001; Resolução CNE/CEB nº 02/01; Parecer CNE/CEB nº 17/2001,
Resolução CNE/CEB nº 02/01).
2.5. Educação de Jovens e Adultos (EJA)
36
A EJA neste estabelecimento de ensino oferece a oportunidade de continuidade nos estudos,
para jovens e adultos que não concluíram o Ensino Fundamental ou Médio, através do estudo
por disciplinas sob a organização somente, coletiva, devido determinação da SEED, a
organização individual é ofertada somente nos CEEBJAS. A proposta da Educação de Jovens
e Adultos é presencial, que contempla a carga horária estabelecida na legislação vigente.
A produção do conhecimento é desenvolvida com proposta pedagógica adequada e específica,
através do fazer pensar, da capacidade de ouvir, refletir e argumentar. São realizados
registros, em forma de esquemas, anotações, fotografias, ilustrações, textos individuais e
coletivos, permitindo a sistematização e socialização dos conteúdos, construção de conceitos,
elaboração e sistematização de conhecimentos fundamentais e vivências culturais. O processo
de escolarização nessa fase, é estabelecido planos de estudos e planos de aulas elaborados
coletivamente pelos educadores num contexto real e viável ao aproveitamento do educando.
A organização das disciplinas ofertadas na forma coletiva é programada pela escola e
oferecida aos educandos por meio de um cronograma que estipula o período, dias e horários
das aulas, com previsão de início e término de cada disciplina.
Um jovem, adulto, adolescente ou idoso que procura a EJA está, na verdade, tentando resgatar
sua dignidade e tem a expectativa de mudar sua vida através de um emprego melhor,
promoção profissional e realização pessoal, porém ainda existem muitas dificuldades para
alcançar estes objetivos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN n.
9394/96), em seu artigo 37, prescreve que ‘’a Educação de Jovens e Adultos será destinada
àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental e Médio
na idade própria’’. É característica dessa Modalidade de Ensino a diversidade do perfil dos
educandos, com relação à idade, ao nível de escolarização em que se encontram, à situação
socioeconômica e cultural, às ocupações e a motivação pela qual procuram a escola.
Nesta perspectiva, a Educação de Jovens e Adultos (EJA), como modalidade
educacional neste estabelecimento de ensino, busca ter compromisso com a formação humana
e com o acesso à cultura geral, de modo que os educandos através da formação ofertada,
aprimorem sua consciência crítica e adotem atitudes éticas com compromisso político
buscando o desenvolvimento da sua cidadania e autonomia intelectual e que se afirmem como
sujeitos ativos, participativos, críticos, criativos e democráticos.
37
Compreender o perfil do educando da Educação de Jovens e Adultos (EJA) requer conhecer a
sua história, cultura e costumes, entendendo-o como um sujeito com diferentes experiências
de vida e que em algum momento afastou-se da escola devido a fatores sociais, econômicos,
políticos e/ou culturais. Entre esses fatores, destacam-se: o ingresso prematuro no mundo do
trabalho, a evasão ou a repetência escolar.
Desta forma, EJA, deverá contemplar ações pedagógicas específicas que levem em
consideração o perfil do educando jovem, adulto e idoso que não obteve escolarização ou não
deu continuidade aos seus estudos por fatores, muitas vezes, alheios à sua vontade.
Assim faremos um grande esforço para garantir o retorno e a permanência desses educandos
na escolarização formal, como preconiza as diretrizes da oferta da Educação de Jovens e
Adultos no Estado do Paraná, por meio de políticas públicas específicas, permanentes e
contínuas, enquanto houver demanda de atendimento neste estabelecimento de ensino.
2.6. Ensino Médio em Blocos de Disciplinas
O Colégio fez a opção, durante alguns anos, pela proposta de Ensino Médio na forma de
organização em blocos de disciplinas, pois, acreditava que desta forma favoreceria a inclusão
dos alunos nesta modalidade de Ensino.
Os blocos de disciplinas são ofertados concomitantemente e independentes, ou seja, o aluno
pode fazer matrícula em qualquer uma das séries do Ensino Médio pelo bloco 1 ou 2, havendo
assim maior flexibilidade. Além de ser assegurada às 800 horas de aulas ou os 200 dias
letivos, esta forma de organização com um número menor de disciplinas por blocos cria a
perspectiva de uma melhor qualidade do ensino, tendo em vista que o aluno pode se dedicar
mais aos estudos com menos disciplinas a cada semestre, com aulas mais concentradas.
Neste contexto, o professor pode atuar com menos turmas e com mais aulas nas turmas, tendo
a possibilidade de desenvolver seu trabalho pedagógico com metodologias diferenciadas e
processos avaliativos mais eficientes e democráticos, com isso, criar um maior vínculo com
os alunos, devido o maior contato com os mesmos, resultando não somente em quantidade
maior de matrículas, como também numa melhor qualidade do ensino, atendendo os objetivos
das políticas educacionais atuais que é a oferta de uma educação emancipadora.
38
Entretanto, a proposta não se efetivou da forma esperada e, a partir deste ano de 2015, está
havendo a cessação do Ensino Médio em Bloco e a implantação de forma gradativa do Ensino
Médio Anual.
2.7. Articulação entre as etapas de ensino
O Colégio tem como uma de suas preocupações a articulação entre as etapas de
ensino, de modo que a mudança entre essas etapas se dê de forma mais tranquila para os
discentes.
Desta forma, com os alunos que chegam dos Anos Iniciais do E.F. para os 6° anos tem-se
todo um esforço de adaptação, respaldada em conversa com os professores que receberão
estes alunos, além de orientações pedagógicas para discentes e suas respectivas famílias.
A passagem do E.F. para o E.M. tem-se apresentado recentemente como uma dificuldade a
ser enfrentada, visto que os estudantes não entendem a grandeza de tal mudança e apresentam
constantemente comportamentos imaturos. Desta forma, nosso maior índice de reprovações
tem se dado nos 1° Anos do E.M.
Frente a tal situação, a articulação entre essas etapas de ensino tem sido constantemente
debatida, com o objetivo de levantarem-se alternativas para a melhora de tal situação.
2.8. Articulação entre diretores, pedagogos, professores e demais profissionais da educação
A articulação entre todos os envolvidos pela educação no Colégio se dá com base no diálogo
e no respeito. Apesar de cada um executar suas tarefas específicas, todos procuramos trocar
ideias, entre outras ações pedagógicas coletivas, visando o pleno aprendizado de nossos
discentes.
Direção e equipe pedagógica procuram sempre afinar suas ações, de modo a respaldarem da
melhor forma possível as atividades planejadas e desenvolvidas pelos docentes. Da mesma
forma agimos com os demais profissionais da educação atuantes no Colégio.39
Entendemos que somente desta forma, juntos, olhando para cada um como seres humanos,
sociais, relevantes para o processo ensino-aprendizagem e para uma educação melhor, é que
podemos fazer diferença e atuarmos realmente como uma gestão democrática.
2.9. Participação dos pais, contradições e conflitos presentes na prática docente
No Colégio, a participação dos pais na vida escolar de seus filhos é constante, os pais
normalmente estão presentes em reuniões, atendem prontamente às convocações, ainda
conversam com professores nas horas-atividade e participam nas eleições para escolha de
diretores e membros da APMF e Conselho Escolar, como também nas promoções realizadas
pelo Colégio.
Além do acompanhamento constante, todo trimestre é realizado um Conselho Participativo,
onde os pais tem chance de escutarem os alunos e os professores, assim como de se
manifestarem, apontando pontos positivos e negativos.
2.10. Formação Continuada
O Colégio esforça-se em ofertar um ensino de qualidade, incentiva a formação contínua para
os seus professores e funcionários, através de grupos de estudos, reuniões pedagógicas, cursos
e capacitações oferecidos pela SEED, pela comunidade escolar e parcerias, desde que a
direção e a equipe sejam consultados da possibilidade de liberação de tais profissionais.
A formação continuada dos professores visa estimular uma perspectiva crítico reflexivo, que
possibilite a busca de um investimento pessoal, livre e criativo e uma identidade profissional.
Também se faz possível através de Estudos Descentralizados, Grupos de Estudo aos Sábados,
durante as Horas Atividade e Reuniões Pedagógicas e Estudos Individualizados. Estas
formações não se fazem somente por acumulações teóricas adquiridas em curso, mas também
por interações pessoais e troca de experiências partilhadas entre os próprios docentes.
2.11. Acompanhamento e realização da Hora Atividade
De acordo com a RESOLUÇÃO N. 4106/2004 art. 24 inciso I, a Hora Atividade, tempo
reservado ao professor em exercício de docência, para estudos, planejamento, avaliação e
40
outras atividades de caráter pedagógico, será cumprida, integralmente no mesmo local e turno
de exercício das aulas e de acordo com a Instrução Normativa expedida pela SUED.
O objetivo das horas atividades para o corpo docente do nosso Colégio é usufruir de um
espaço e tempo para estudo, reflexão e troca de experiências, visando formação pessoal e
formação profissional, realizando leituras e estudos de textos relacionados, participar em
sessões de vídeos educativos e pedagógicos, programas da TV Paulo Freire, preparam aulas,
corrigem atividades produzidas pelos alunos, confeccionam materiais didáticos, encontram-se
com outros colegas para troca de experiências, atividades e ideias, planejam atividades
curriculares e extracurriculares, atendem os pais com informações quanto à vida escolar dos
educandos.
2.12. Organização do Tempo e do Espaço Pedagógico
Os espaços pedagógico da escola, apesar de bem organizados e equipados ainda são
insuficientes para todas as atividades realizadas no Colégio. As turmas de Apoio realizam
suas atividades no auditório, nas duas aulas antes de iniciarem as atividades do Mais
Educação. Os professores do Mais Educação constantemente dividem espaços com outras
aulas, seja na quadra, nas salas de informática ou no auditório.
As turmas de Sala de Recursos Multifuncionais têm seus espaços próprios, sendo
possível realizar atividades tanto nos períodos da manhã quanto da tarde.
O demais espaços pedagógico são todos bem aproveitados, a biblioteca fica aberta em
todos os períodos, permitindo o acesso dos alunos ao acervo bibliográfico.
De modo geral, o colégio possui uma boa organização do tempo e espaço pedagógico.
2.13. Índices de aproveitamento escolar
Uma das maiores preocupações atuais do Colégio diz respeito aos índices de aproveitamento
escolar, pois detectamos que apesar de termos uma ótima estrutura, de conseguirmos efetivar
uma gestão democrática e de aplicarmos muito bem nossos recursos financeiros, em termos
de aprendizagem nossos índices continuam muito baixos. Desta forma, temos estudado com
cautela todos os índices abaixo apresentados com o intuito de detectarmos nossas falhas e
conseguirmos sanar tal situação.
41
A cada dois anos os os alunos são submetidos a uma aferição da Prova Brasil e SAEB.
Avaliações externas são indicadores que nortearão futuras intervenções à educação do país e
constituem-se como análise do desempenho de seus alunos. O colégio vem desenvolvendo
seu trabalho com intuito de progredir na melhoria do desempenho escolar de seus alunos. Para
isso, exige-se o comprometimento de todos os envolvidos: professores, pais, alunos direção,
equipe pedagógica, equipe administrativa e instâncias colegiadas para a progressão dos alunos
nestas avaliações e nos rendimentos internos da escola.
COLÉGIO ANTONIO TUPY PINHEIRO
ANO
IDEBOBSERVADO
2005 3.42007 4.12009 3.82011 3.92013 3.82015
METASPROJETADAS
2007 3.52009 3.62011 3.92013 4.32015 4.72017 4.92019 5.22021 5.5
Na Educação de Jovens e Adultos, prioriza-se a articulação dessa modalidade de ensino com
o desenvolvimento sócio cultural dos alunos. Essa modalidade recebe os alunos que por
ventura deixaram de concluir seus estudos em correspondência idade série desde que possuam
idade mínima para o ingresso no Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Quanto ao índice de qualidade da educação, o colégio apresentou uma boa evolução por
alguns anos e depois deu uma caída, entretanto estamos analisando esses dados e os motivos
que levaram à baixa dos índices, planejando e desenvolvendo ações de acordo com as metas
propostas para a Educação Básica. Até a presente data estamos trabalhando com os índices de
2013, pois os de 2015 ainda não estão disponíveis.
2.14. Índices de abandono/evasão e distorção idade/série
42
Uma de nossas preocupações diz respeito aos índices de reprovação e de abandono. Como
atendemos a alunos de diversos bairros, muitas vezes não conseguimos ter a proximidade
necessária para acompanhar os motivos que levam ao abandono. Observamos que alunos do
Ensino Médio tem desistido dos estudos em prol de trabalharem e, até mesmo, por
desinteresse com os estudos.
A distorção idade série também é m agravante, pois pode levar tanto ao desinteresse do aluno
que se encontra fora de sua faixa etária, quanto pode ser um empecilho para os demais
alunos, que ficam vulneráveis a assuntos e comportamentos para além de sua faixa etária.
Apesar disse, o colégio procura garantir aprendizado de qualidade para todos seus alunos.
Nossos índices de aprovação, reprovação, transferência e desistência têm mostrado melhoras
significativas, como mostra a tabela a seguir:
43
44
ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO MÉDIO
ANO 6° 7° 8° 9° 1/11/2
2/12/2
3/13/2
MATRÍCULAS
2011 121 108 122 93 135/126
87/78
52/50
2012 142 124 97 105 138/119
87/91
69/66
2013 90 148 112 94 138/120
84/89
80/78
2014 104 107 128 94 110/82
98/79
76/66
2015 116 103 111 101 98 44 622016 114 113 62 49 107 63 21/17
DESISTENTES
2011 2 0 6 5 4/9
5/1
1/4
2012 2 11 7 7 5/11
2/4
0/6
2013 2 10 5 12 5/10
2/8
3/6
2014 7 5 10 4 6/9
8/10
4/1
2015 4 3 8 7 13 2/2
1/4
TRANSFERIDOS
2011 11 13 9 8 5/7
4/5
3/2
2012 7 7 8 7 8/7
4/4
1/1
2013 3 9 9 3 11/7
6/6
4/4
2014 3 7 12 5 20/5
9/3
5/4
2015 6 10 16 14 6 2/0
3/0
REPROVADOS
2011 20 34 23 8 32/26
8/8
5/5
2012 5 19 5 13 28/13
3/2
4/0
2013 4 31 16 9 26/19
11/15
8/3
2014 16 23 35 14 37/18
19/10
3/6
2015 19 18 20 8 24 0/3
0/0
C / EO GN RC EL SU SI ON STES
2011 101 74 99 85 94/84
70/64
43/39
2012 137 105 92 92 97/90
78/81
64/59
2013 86 117 96 85 96/84
65/60
65/65
2014 88 84 93 80 47/50
62/56
64/55
2015 90 83 79 82 61 21/18
30/28
A distorção entre idade/série referente o ano de 2015, apresenta a seguinte situação:
Ensino Fundamental – Alunos Fora IdadeANO/TURMA TURNO Nº ALUNOS FORA IDADE
6° A TARDE 6
6º B TARDE 8
6º C TARDE 10
6º D TARDE 14
6º ANO 38
7º A TARDE 4
7º B TARDE 5
7º C TARDE 18
7º D TARDE 8
7º ANO 35
8º A MANHÃ 20
8º B MANHÃ 6
8º C TARDE 29
8° D TARDE 18
8º ANO 73
9º A MANHÃ 5
9° B MANHÃ 5
9º C TARDE 4
9° D TARDE 7
9º ANO 21
1° A MANHÃ 12
1° B MANHÃ 10
1° C MANHÃ 11
1° ANO 33
2°A MANHÃ 7
2°B MANHÃ 7
2° ANO 14
3°A MANHÃ 6
3°B MANHÃ 6
3° ANO 12
TOTAL GERAL 226
45
A Secretaria de Estado da Educação possui um plano de metas que visa à promoção de ações
a fim de reduzir a distorção idade série, no Colégio, esse levantamento é realizado anualmente
e os dados são repassados à toda equipe e aos órgãos colegiados com o intuito de sanarem
tais distorções.
2.15. Relação entre profissionais da Educação e discentes
O Colégio Estadual Tupy Pinheiro elabora suas ações visando o desenvolvimento pleno do
aluno, conforme os resultados obtidos pelas avaliações externas e internas. Serão
constantemente analisados os dados referentes à evasão, repetência, distorção idade/série, bem
como os resultados do ENEM e demais avaliações.
Quanto aos alunos aprovados em Conselho de Classe, serão chamados juntamente com seus
respectivos responsáveis para firmarem um compromisso maior com a educação (tarefas,
trabalhos e estudos). No que diz respeito à evasão, o trabalho será em parceria com as
famílias, fazendo reuniões periódicas e com o Conselho Tutelar.
Os alunos repetentes serão cautelosamente avaliados para buscar subsídios a um novo
direcionamento no ensino visando a apropriação desses conhecimentos, fortalecendo ações
efetivas que vislumbrem o aprendizado.
Para os alunos entrantes do 6° ano, haverá reuniões e palestras para as famílias sobre as
mudanças que ocorrem com esse aluno nessa faixa etária, são mudanças significativas de
ordem biológica, estão ainda na infância mas já começam a conviver com adolescentes e estão
na puberdade, fase em que os hormônios estão agindo no corpo desse aluno de forma a
procurar novas descobertas. Juntamente com tantas mudanças biológicas está a mudança
escolar visto que saem de uma escola onde o regime é totalmente diferente daquela que ora
pertencem. Toda essa gama de mudanças necessita de cuidados e por isso de maiores
esclarecimentos aos pais e também professores e funcionários, por isso, aos alunos dos 6°
anos, o plano de trabalho é focado para a aprendizagem e as dificuldades naturais inerentes a
esta etapa da vida.
Devido aos alunos com dificuldades, visando melhorar o índice de aprendizagem o Colégio
oferece atividades complementares em contra turno e para casos especiais, aulas na sala de
recursos.
Outro aspecto importante diz respeito à indisciplina, pois a mesma acaba por atrapalhar a
aprendizagem do aluno. O colégio tem por objetivo combater tal situação.46
2.15.1. Indisciplina
Entendendo indisciplina como falta de respeito às regras, negação às normas e mal
comportamento que compromete a convivência social e tendo em vista que a situação de
indisciplina interfere de forma negativa na aprendizagem, o Colégio toma uma série de
atitudes que visam combater tal situação. Entre elas, podemos elencar:
• Professor procura resolver em sala, através de diálogo e registro do ocorrido;
• Intervenção Pedagógica em sala de aula;
• Intervenção Pedagógica individual, registrada em caderno/ata próprio de
turma;
• Advertência por escrito enviada para ciência dos responsáveis;
• Convocação dos responsáveis com a finalidade de uma sanar a indisciplina via
relação família/escola;
2.15.2. Ato infracional
Ato infracional é entendido como o ato condenável, de desrespeito às leis, à ordem pública,
aos direitos dos cidadãos ou ao patrimônio, cometido por crianças ou adolescentes. Só há ato
infracional se àquela conduta corresponder a uma hipótese legal que determine sanções ao seu
autor. No caso de ato infracional cometido por criança (até 12 anos), aplicam-se as medidas
de proteção. Nesse caso, o órgão responsável pelo atendimento é o Conselho Tutelar. Já o ato
infracional cometido por adolescente deve ser apurado pela Delegacia da Criança e do
Adolescente a quem cabe encaminhar o caso ao Promotor de Justiça que poderá aplicar uma
das medidas sócio-educativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente da Criança e
do Adolescente, Lei 8.069/90 (doravante ECA) (Revista Jurídica Consulex, n° 193, p. 40, 31
de Janeiro/2005).
Quando um aluno comete algum ato infracional dentro do Colégio, o primeiro procedimento é
uma advertência e as devidas orientações verbais, seguida de registro em ata. A depender da
situação a família é convocada e, em casos mais graves, a Patrulha Escolar é acionada.
2.16. Critérios de organização das turmas
47
O número de alunos por sala de aula segue as instruções enviadas pela Secretaria de Estado da
Educação, embora os educadores constatem que o número atual de alunos por sala de aula
tem dificultado o atendimento individualizado principalmente por entender que os educandos
apresentam ritmos e tempos diferenciados de aprendizagem.
Quanto à organização, nos 6° anos se dá conforme as matricula forem sendo realizadas, a
única alteração se dá quando há mais de um aluno com distorção de idade/série, pois procura-
se distribuí-los em diferentes turmas. As demais turmas, quando não há nenhuma ocorrência,
são organizadas da mesma forma no ano seguinte, entretanto, quando há qualquer observação
por parte de professores ou equipe pedagógica referente a algun(s) aluno(s), as turmas são
reorganizadas.
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3. FUNDAMENTOS
“Realidade pode ser mudada só porque e só na medida que nós mesmos a produzimos, e na medida que saibamos que é produzida por nós” (KOSIK, 1976).
Este Colégio toma como base em suas ações a concepção teórico crítica, ou seja, a Pedagogia
Histórico Crítica que, no momento presente, necessita de maiores estudos para uma melhor
compreensão sobre a mesma. Na medida em que todo corpo docente busca o conhecimento
por meio de estudos, a relação teoria e prática se torna mais sustentável. Percebe-se que houve
avanço nesse sentido, apesar das dificuldades encontradas. A organização do saber escolar
passa por momentos de estudos e teorização. Quanto mais o docente se aprofunda nesta
compreensão, mais claro se torna a passagem do senso comum ao conhecimento
científico. Quanto mais compreendido e articulado for a mediação da escola em relação a
transmissão do conhecimento, mais o aluno terá condições de compreender as relações sociais
existentes, com possibilidade de acesso à cultura e a apropriação de novos saberes. Articulada
a esta teoria temos uma forma de compreender a sociedade que temos e a pretendida.
3.1. Educação
A educação no contexto atual necessita ser compreendida a partir dos impactos e demandas
econômicas, políticas, sociais, culturais e tecnológicas uma vez que a educação é um processo
e possui na sua especificidade humana formar cidadãos por meio de ideias, teorias, valores,
os quais serão decisivos na vida de cada educando.
Dizer que a educação é um fenômeno próprio dos seres humanos significa afirmar que ela é
também, uma exigência do e para o processo de trabalho, pois:
Para sobreviver o homem necessita extrair da natureza ativa e intencionalmente os meios de sua subsistência. Ao fazer isso inicia o processo de transformação da natureza, criando um mundo humano ( o mundo da cultura) (SAVIANI, 1991, p. 19).
Ao se pensar em educação e, de forma particular, em educação pública de qualidade, se
vislumbra uma vasta gama de determinantes que influenciam direta e indiretamente na
educação escolar. A escola, instituição que tem como premissa a construção de conhecimento
por parte de seus educandos, a assimilação e ressignificação dos conhecimentos
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historicamente acumulados e sistematizados, não o faz de uma forma mecânica e sem
interferências, ao contrário, a escola é um espaço de conflito, de contradição, do que se teve,
se tem e se almeja ter de educação, de escola, de homem, de sociedade, de mundo...
3.2. Homem
O homem atual é um ser que trabalha, produz, compra, vende, entre outras tantas atividades.
Seres individualistas e consumistas que, apesar de não terem as mesmas oportunidades, se
avaliam um ao outro muito mais pelo ter do que pelo ser, julgando-se forma superficial.
Entretanto, o homem é um ser social e histórico inserido em determinada sociedade e com
determinada cultura e está permanentemente em processo de autoconhecimento e
crescimento, transformando-se e transformando a sociedade em que está inserido. O que se
espera, desta forma, é que o homem seja um cidadão autônomo, consciente, crítico e
transformador, sendo sujeito de sua história e da sociedade que vive, buscando o bem comum.
Neste contexto, o homem necessita estar preparado para superar as desigualdades, para lutar
garantindo que os direitos humanos sejam respeitados e desta forma, a sociedade se torne
mais justa, mais solidária, mais humana, efetivando-se como construtor de sua própria
história.
3.2.1. Infância e Adolescência
A noção de infância tal como conhecemos hoje é um conceito relativamente novo. Segundo
Gagnebin (1997), podemos localizar no século XVIII o início da ideia de infância como uma
idade profundamente singular a ser respeitada em suas diferenças. Assim, percebemos que a
noção de infância e sua conceituação não são um fato natural, que sempre existiu; são, na
verdade, produto da evolução da história das sociedades. O olhar sobre a criança e sua
valorização na sociedade não ocorreram sempre da mesma maneira, mas, sim, de acordo com
a organização de cada sociedade e as estruturas econômicas e sociais em vigor. Kramer (1984
) mostra que a ideia de infância aparece com a sociedade capitalista urbano-industrial, quando
muda o papel social desempenhado pela criança na comunidade.
Se, na sociedade feudal, a criança exercia um papel produtivo direto (“de adulto”) assim que
ultrapassava o período de alta mortalidade, na sociedade burguesa, ela passa a ser alguém que
50
precisa ser cuidada, escolarizada e preparada para uma atuação futura. Esse conceito de
infância é, pois, determinado historicamente pela modificação das formas de organização da
sociedade (idem, p.19).
O conceito de infância utilizado hoje pela pedagogia vem na esteira dessa evolução,
possuindo ainda marcas que nos remetem a sua formulação original. Essas marcas são
visíveis, principalmente, no que diz respeito à ideia de uma natureza infantil, que define a
criança como um ser abstrato e universal, desvinculado de suas reais condições de existência.
Dessa forma, a infância é pensada como um tempo à parte da vida do homem, época da vida
que ele guarda sua inocência original. A educação aparece como a possibilidade de
transformar esse ser, moldando-o de acordo com os princípios da sociedade da qual virá a
participar.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a adolescência é um período da vida, que começa
aos 10 e vai até os 19 anos e, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente começa,
começa aos 12 e vai até os 18 anos. Fase onde acontecem diversas mudanças físicas,
psicológicas e comportamentais. Adolescência, uma etapa maravilhosa da vida, que muitos
insistem em chamar de “aborrescência”.
A adolescência é um período de transição e é neste período que a maturidade biológica e
sexual é atingida, se define a identidade sexual e, potencialmente, é onde se define o espaço
social de homem ou mulher. No período da puberdade, que corresponde ao componente
orgânico da adolescência, o indivíduo volta suas atenções para as mudanças do corpo e
concentra suas energias no processo psíquico de perda do corpo infantil e de aceitação de
novas formas. A ansiedade gerada pela puberdade é decorrente, além de outros aspectos, do
medo de fisicamente não conseguir atingir o padrão socialmente aceito e ser então
desprezado.
A palavra “adolescência” tem uma dupla origem etimológica e caracteriza muito bem as
peculiaridades desta etapa da vida. Ela vem do latim ad (a, para) e olescer, (crescer),
significando a condição ou processo de crescimento, em resumo o indivíduo apto a crescer.
Adolescência também deriva de adolescer, origem da palavra adoecer.
Adolescente do latim adolescere, significa adoecer, enfermar. Temos assim, nessa dupla
origem etimológica, um elemento para pensar esta etapa da vida: aptidão para crescer (não
apenas no sentido físico, mas também psíquico) e para adoecer (em termos de
51
sofrimento emocional, com as transformações biológicas e mentais que operam nesta faixa da
vida).
Não existe o adolescente padrão, mas seres humanos concretos, que buscam caminhos de
crescimento e equilíbrio. É necessário buscar uma interlocução autêntica com esses jovens,
compreender sua “cultura” e ter empatia por sua forma específica de lidar com a realidade.
3.3. Mundo
A concepção de mundo determina o grupo a que se pertence. O grupo é a reunião de “... todos
os elementos sociais que partilham de um mesmo modo de pensar e agir, segundo Gramsci
(1984, p 12)”. A concepção de mundo quando não crítica e coerente é ocasional e
desagregada.
O ponto de partida, para a concepção de mundo pela escola " é o desenvolvimento da
consciência de que somos produtos do processo histórico até hoje desenvolvido, fazendo o
inventário da infinidade de traços recebidos " Gramsci (1984, p 12). A escola precisa buscar
consciência de nossa historicidade, da fase em que se encontra desenvolvimento e a
consciência de que está em contradição com outras concepções de mundo.
A necessidade humana de vivenciar valores que assegurem o crescimento pessoal e a
integração com o social vão delinear a concepção de mundo proposta por esta instituição. De
acordo com Paulo Freire ( 1987, p. 87 ) “Nosso papel não é falar ao povo sobre a nossa visão
de mundo, ou tentar impô-la a ele, mas dialogar com ele sobre a sua e a nossa”. É primordial
que a escola analise e reflita sobre as diversidades e a integração das mesmas. Entendemos,
nessa perspectiva, que a escola precisa ser espaço estratégico, onde se possa desenvolver o
compromisso com a construção da cidadania.
3.4. Sociedade
A sociedade atual apresenta desigualdades, problemas sócio econômicos, riqueza e pobreza
em grandes proporções, diversidade sócio cultural, avanços tecnológicos e científicos, que
estão presentes na formação e na forma de vida do homem nela inserido. Estes determinantes
andam lado a lado de forma contraditória e conflitante.
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Apesar de haver hoje uma universalização tecnológica e dos meios de comunicação, percebe-
se uma sociedade mais individualista e solitária, que pouco se preocupa com o outro. Desta
forma, ao se pensar em uma concepção de sociedade, busca-se uma sociedade justa,
igualitária, com cidadãos solidários, críticos e autônomos, conscientes de seus direitos e
deveres.
Vislumbra-se um homem que seja sujeito de sua própria história, como diz Santoro:
...é aquele que na sua convivência coletiva compreende suas condições existenciais, transcende-as e reorganiza-as superando a condição de objeto, caminhando na direção de sua emancipação participante da história coletiva.
Para tanto, se faz necessário que a escola busque a formação de alunos críticos, autônomos,
preparando-os para o exercício da cidadania, que compreendam que as relações sociais não se
dão de forma natural, mas sim, que são construídas historicamente e que, portanto, cada um
pode ser sujeito da história.
3.5. Cidadão/Cidadania
Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: ter
direitos civis. É também participar no destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos
políticos. Os direitos civis e políticos não asseguram a democracia sem os direitos sociais,
aqueles que garantem a participação do indivíduo na riqueza coletiva: o direito à educação, ao
trabalho justo, à saúde, a uma velhice tranquila.
Ser cidadão é assumir-se protagonista do processo histórico, lutar pelos seus direitos e dos
outros. Só pode haver processo educacional pleno se os sujeitos desse processo se entendem
como cidadãos.
Cidadania é a expressão concreta do exercício da democracia. Exercer a cidadania plena é ter
direitos civis, políticos e sociais. Expressa a igualdade dos indivíduos perante a lei,
pertencendo a uma sociedade organizada. É a qualidade do cidadão de poder exercer o
conjunto de direitos e liberdades políticas, socioeconômicas de seu país, estando sujeito a
deveres que lhe são impostos. Relaciona-se, portanto, com a participação consciente
e responsável do indivíduo na sociedade, zelando para que seus direitos não sejam violados.
Educar para a cidadania é nunca se permitir ser objeto, mas sim, construtor do seu próprio ser,
de sua própria identidade, do seu próprio mundo.
53
3.6. Formação Humana Integral
Como lugar privilegiado de Educação, o Colégio se propõe a formar seres humanos críticos e
capazes de trilhar seu próprio caminho. Essa proposta possibilita ao educando a aquisição de
conhecimentos e habilidades essenciais para o exercício da cidadania e inserção no mercado
de trabalho.
Para que isso aconteça é necessário que a escola seja coerente com os Princípios Éticos da
Autonomia, da Responsabilidade, da Solidariedade e do Respeito ao Bem Comum; os
Princípios Estéticos da Sensibilidade, da Criatividade, e da diversidade de Manifestações
Artísticas e Culturais; e os Princípios Políticos dos Direitos e Deveres de Cidadania, do
exercício da Criticidade e do respeito à Ordem Democrática.
De acordo com Freire (1980, p.20) “a educação deve preparar, ao mesmo tempo, para o juízo
critico das alternativas propostas pela elite, e dar a possibilidade de escolher o próprio
caminho”. Ao falarmos da preparação do ser humano, estamos tratando de uma preparação
capaz de formar um ser critico e consciente do seu papel no mundo. Todavia, não é isso que
está acontecendo na educação, já que a mesma está mais preocupada em aumentar as
estatísticas do que proporcionar uma educação de qualidade a todos, sendo encarada, por
muitos, como uma forma de preparação para o trabalho. Com isso a educação se torna
mecanicista e vazia.
Segundo Tonet (2007) é função da educação propiciar ao individuo conhecimentos,
habilidades e valores necessários para a formação do gênero humano. É evidente que a
formação integral, sem o questionamento das raízes da desigualdade social, não tem como
atender as necessidades humanas. É preciso que haja uma prática direcionada para a realidade
do educando, para que esse possa ter acesso e permanecer mais tempo na escola para que
tenha um desenvolvimento adequado.
O mais importante na Formação Humana é a integralidade do ser e pensar de cada individuo
no mundo. Essa formação prepara o ser humano para produzir as condições de reprodução da
sua vida e das formas sociais da sua organização. Assim, ele poderá construir o seu modo de
vida livremente, tendo autonomia para organizar os modos de existência e sendo responsável
pelas suas ações, tornando-se um ser humano ético.
3.7. Cultura
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A cultura ao ser definida se refere à literatura, cinema, arte, etc, porém seu sentido é
bem mais abrangente, pois cultura pode ser considerada como tudo que o homem, através da
sua racionalidade, mais precisamente da inteligência, consegue executar. Dessa forma, todos
os povos e sociedades possuem sua cultura por mais tradicional e arcaica que seja, pois todos
os conhecimentos adquiridos são passados das gerações passadas para as futuras.
Os elementos culturais são: artes, ciências, costumes, sistemas, leis, religião, crenças,
esportes, mitos, valores morais e éticos, comportamento, preferências, invenções e todas as
maneiras de ser (sentir, pensar e agir).
A cultura é uma das principais características humanas, pois somente o homem tem a
capacidade de desenvolver culturas, distinguindo-se, dessa forma, de outros seres.
3.8. Trabalho
Entendemos o trabalho como ação intencional, o homem em suas relações sociais, dentro da
sociedade capitalista, na produção de bens. Porém, é preciso compreender que o trabalho não
acontece de forma tranquila, estando sobrecarregado pelas relações de poder. No trabalho
educativo o fazer e o pensar entrelaçam-se dialeticamente e é nesta dimensão que esta posto a
formação do homem. Ao considerarmos o trabalho uma práxis humana, é importante o
entendimento de que o processo educativo é um trabalho não material, uma atividade
intencional que envolve, formas de organização necessária para a formação do ser humano.
O conhecimento como construção histórica é matéria-prima (objeto de estudo) do professor e
do aluno, que indagando sobre o mesmo irá produzir novos conhecimentos, dando-lhes
condições de entender o viver, propondo modificações para a sociedade em que vive,
permitindo “ao cidadão produtor chegar ao domínio intelectual do técnico e das formas de
organização social sendo, portanto, capaz de criar soluções originais para problemas novos
que exigem criatividade, a partir do domínio do conhecimento” (KUENZER, 1985, p, 33 e 35
).
3.9. Escola
A escola, termo usado para designar qualquer estabelecimento de ensino, é um espaço de
construção do conhecimento e de valores para o convívio social. Um contexto socializador,
55
gerador de atitudes relativas ao conhecimento aos professores, aos alunos, às disciplinas, às
tarefas e a sociedade.
Para Romanelli (1985), o processo educativo distingue-se em dois aspectos independentes: o
gesto criador – que resulta no fato do homem estar no mundo e com ele relacionar-se,
transformando-o e transformando-se. E o gesto comunicador que o homem executa
transmitindo a outrem os resultados de sua experiência. Neste sentido a educação é a
mediadora entre o gesto criador e comunicador para dar sua continuidade.
Na medida que se transforma, pelo desafio, aceita o que lhe vem do meio para o qual se volta
sua ação, o homem se educa e na medida que comunica seus resultados, ajuda a outros
homens se educarem. Portanto, as Instituições educativas nasceram da necessidade de as
gerações mais velhas transmitirem às mais novas os resultados de sua experiência e também
com o objetivo de preservar e recriar esses produtos, pois o homem é um ser situado, a
educação lhe proporciona o seu desenvolvimento como pessoa, a história o dimensiona no
espaço e num tempo determinado.
A escola, responsável principal do processo educativo, serve para transmitir à maioria da
população os conteúdos culturalmente elaborados. A socialização do saber, que se dá pela
Escola é que constitui sua especificidade. É pela Escola que se realiza a transformação social.
Para Grinspun (1992), existem diferentes formas de se analisar a Escola, e o objeto de sua
análise é determinado pelas ideias que a sustentam. A Escola é o elemento de superestrutura
ideológica da sociedade de classes e manipulada pela classe dominante, com vistas à
consolidação e à divulgação de sua ideologia e, assim, à reprodução das condições sociais de
produção, que é a própria divisão de classes (GRINSPUN, 1992 : 123).
Para Romanelli (1985): “...a Escola tem sido mais usada para fazer comunicados do que para
fazer comunicação e formar o espírito ilustrado e não o espírito crítico e criador. Cedo ela se
transformou numa instituição ritualista, onde o cumprimento de certas formalidades legais
tem valor em si mesmo (...)”. Na fase Colonial este tipo de ação escolar é também o
instrumento do qual vai servir a sociedade nascente para impor e preservar a cultura
transplantada, serviu para reforçar as desigualdades, neste sentido a escola ajudou a manter
privilégios e oportunizou a camada dominante a ilustrar-se.
O papel da Escola e a posição do individuo dentro dela e na sociedade foram ampliando-se
pouco a pouco pela complexidade de vida, aceleração técnico científica e as próprias
56
transformações econômicas e sociais. Para Gadotti (1980, p.61) , a Educação ministrada na
Escola é obra transformadora, criadora, ora, para criar é necessário mudar, perturbar,
modificar a ordem existente. Fazer progredir alguém significa modificá-lo. Por isso a
educação é um ato de desobediência e de desordem. Desordem em relação a uma ordem dada,
uma pré-ordem. Uma educação autêntica reordena. É por essa razão que ela perturba,
incomoda. É nessa dialética ordem- desordem que se opera o ato educativo, o crescimento
espiritual do homem. Precisamos de certa incoerência para crescer.
Educar-se é colocar-se em questão, reafirmar-se constantemente em relação ao humano, em
vista do mais humano para o homem. É, portanto nesta dialética de idas e vindas que o
processo educativo se constrói dentro da escola. Afinal, Qual é o Papel Social da Escola? O
que é uma escola? São seus muros? Suas salas? Seus professores e alunos? Os funcionários?
Nada disso é uma escola. Tudo isso junto talvez forme uma escola. Tudo isso e muito mais:
livros, cadernos, conhecimento, ignorância, curiosidade, parcerias; pensemos a escola e cada
escola, como um local onde se corporificam relações de ensino e processos de aprendizagem.
É preciso encarar a escola como uma construção sócio-técnica , heterogênea, que reúne seres
humanos – professores, alunos, pais, administradores – e não humanos – mesas, cadeiras,
quadros de giz, mimeógrafos e, com sorte, telefone, televisão, vídeos, computadores e
Internet. É este ser heterogêneo que produz conhecimento, que produz a possibilidade de
novos conhecimentos que superam limites e criam, a cada dia, uma nova escola, um novo
ensinar e um novo aprender. Não é cada professor individualmente quem produz novas
estratégias de ensino, mas é também o professor, em rede, inserido no espaço sócio-técnico da
escola, em interação com seus pares, com seus alunos, com máquinas e livros, com os
regulamentos, utilizando cada um dos recursos que o ambiente lhe oferece. Quem precisa de
formação não é o educador individualmente mas a escola, o ser heterogêneo e complexo
descrito acima.
É a escola como um todo o ser que tem a função formativa. A escola precisa formar-se para
ser capaz de formar seus alunos. A escola é responsável pela promoção do desenvolvimento
do cidadão, no sentido pleno da palavra. Então, cabe a ela definir-se pelo tipo de cidadão que
deseja formar, de acordo com a sua visão de sociedade. Cabe-lhe também a incumbência de
definir as mudanças que julga necessário fazer nessa sociedade, através das mãos do cidadão
que irá formar.
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3.10. Gestão Escolar
Gestão Participativa Democrática, Organização Colegiada do trabalho escolar, uma gestão de
modo que todos participem das decisões e da construção da prática pedagógica, no sentido de
que a escola cumpra sua função social e especificidade, descentralizando o processo e
construindo a cidadania. A direção atual do Colégio Antônio Tupy Pinheiro, desde o início de
sua gestão, teve como prioridade a valorização do profissional e do ser humano. Existe uma
preocupação constante com a aprendizagem dos alunos e a sua formação integral, através da
aplicação de uma avaliação democrática onde se respeita o nível de desenvolvimento do aluno
como também a utilização de metodologias adequadas aos conteúdos trabalhados.
Quanto à prática pedagógica são organizadas reuniões pedagógicas previstas em calendário
para reflexões, análise das práticas, estudos, capacitações, avaliações, procurando sempre
vincular o projeto-político-pedagógico à melhoria da escola, e esta, por sua vez, à mudança
educativa.
Procuramos também traçar o perfil do aluno através de pesquisas que caracterizem nossa
comunidade escolar procurando encaminhar nossas metodologias para o interesse dos alunos,
principalmente os da Educação de Jovens e Adultos, que procuram a escola em busca de
ajuda, principalmente ao que se refere ao mercado de trabalho.
De modo geral, percebemos que esta forma de trabalho tem mostrado aos poucos resultados
satisfatórios em relação à formação integral do nosso aluno como cidadão consciente de suas
responsabilidades e direitos. Os nossos alunos estão cada vez mais participativos e
comprometidos com sua escola bem como toda a comunidade escolar. Isso vem ajudando na
formação do aluno cidadão e facilitando a gestão democrática que tanto priorizamos. Bem
sabemos que este é um trabalho a longo prazo, mas qualquer resultado positivo mesmo
pequeno consideramos um avanço.
3.11. Currículo
Com tantas determinantes que influenciam diretamente na ação escolar, fica evidente que a
educação não é uma coisa estanque com começo, meio e fim, ao contrário, o processo
educativo se dá permanentemente em seus momentos formais e informais, de convício dentro
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e fora da escola. Sendo assim, o currículo também deve ser entendido, como uma ferramenta
conceitual que supõe uma resposta às perguntas: o que ensinar, como e por quê? Uma vez que
as concepções curriculares variam em função dos diferentes valores educativos.
Pode-se perceber o currículo como centro do processo educativo, sendo a expressão das
diferentes relações que se dá na escola, entendido como uma estratégia na qual se detalham os
conteúdos de ensino, sua organização e suas inter-relações.
Cabe destacar, que serão contempladas no currículo e nos Planos de Trabalhos dos
professores as legislações e os temas que discutem no âmbito escolar os avanços e temas
Sócio-Educacionais, como:
- Lei 39/03 – História e Cultura Afro Brasileira
- Prevenção ao Uso Indevido de Drogas
- Lei 9799/95 – Educação Ambiental
- Educação Fiscal
- Enfrentamento a Violência contra a Criança e o Adolescente
- Gênero e Diversidade Sexual
- Lei 97/06 – História do Paraná
Entende-se que a educação é um processo amplo, contínuo, permanente e acontece em
todas as fases da vida humana. A escola como espaço privilegiado, deve primar pela ação
educativa equilibrada entre a formação do homem cidadão e a aquisição do conhecimento,
garantindo a apropriação de conteúdos escolares que tenham relevância para a vida dos
alunos. A educação é uma prática humana, deste modo, determinada pela sociedade, e deve
nela intervir contribuindo para sua transformação.
A escola deve ser democrática, para isso ela deve ser pensada na sua qualidade formal,
caracterizada essencialmente na formação do sujeito capaz de fazer sua própria história. O
homem, um ser inacabado busca, através da Educação, realizar mais plenamente sua
pessoalidade e a escola. Segundo Paro (2000, p. 58), objetiva formar cidadãos críticos e
autônomos.
Para alcançar esse propósito é necessário valorizar a comunidade escolar com suas
diferentes culturas, a sabedoria de seus alunos e seus valores, afinal eles não são seres vazios,
têm suas experiências de vida e seu conhecimento de mundo. E somente levando tudo isso em
59
consideração, a escola conseguirá envolver seu aluno a ponto de fazê-lo interessar-se pelos
estudos, afinal ninguém se interessa em aprender aquilo que não lhe faz sentido.
3.12. Alfabetização e Letramento
A alfabetização é a aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico de escrita e
das técnicas para seu uso. É a aquisição de uma tecnologia – a aprendizagem de um processo
de representação: codificação de sons em letras ou grafemas e decodificação de letras ou
grafemas em sons; a aprendizagem do uso adequado de instrumentos e equipamentos: lápis,
caneta, borracha, régua...; a aprendizagem da manipulação de suportes ou espaços de escrita:
papel sob diferentes formas e tamanhos, caderno, livro, jornal...; a aprendizagem das
convenções para o uso correto do suporte: a direção da escrita de cima para baixo, da
esquerda para direita.
Letramento é o desenvolvimento de competências para o uso da tecnologia da leitura e da
escrita nas práticas sociais que as envolvem. Ou seja, não basta apropriar-se da tecnologia –
saber ler e escrever apenas como um processo de codificação e decodificação, é necessário
também saber usar a tecnologia – apropriar-se das habilidades que possibilitam ler e escrever
de forma adequada e eficiente, nas diversas situações em que precisamos ou queremos ler ou
escrever: ler e escrever diferentes gêneros e tipos de textos, em diferentes suportes, para
diferentes objetivos,em interação com diferentes interlocutores, para diferentes funções: para
informar ou informar-se, para interagir, para imergir no imaginário, no estético, para ampliar
conhecimento, para seduzir ou induzir, para divertir-se, para orientar-se, para apoio à
memória, para orientar-se, para apoio à memória, catarse...
3.13. Conhecimento
Sendo o conhecimento um processo humano, histórico, incessante, de busca de compreensão,
de organização, de transformação do mundo vivido e sempre provisório, tem origem na
prática do homem e nos processos de transformação da natureza. E, também, uma ação
humana atrelada ao desejo de saber. Só o homem, por ser pensante, pode ser sujeito: somente
ele pode desejar a mudança, porque só a ele lhe falta a plenitude.
O que possibilita a construção do conhecimento, nesse momento de aventura em busca do
60
novo, é sem dúvida o reconhecimento de que somos seres falantes. E nesse movimento que se
instaura o desejo de aprender. Nesse processo serão envolvidos simultaneamente um sujeito
que conhece, um objeto a ser conhecido, um modo particular de abordagem do sujeito em
relação ao objeto e uma transformação, tanto do sujeito, quanto do objeto. É necessário, aqui,
entender o objeto como realidade socialmente construída e compartilhada.
A teoria dialética do conhecimento, por nós entendida, pressupõe a construção recíproca,
entre o sujeito e o objeto, já que é pela práxis do homem sobre o mundo, que tanto o homem
quanto o mundo se modificam e se movimentam.
Baseados na teoria dialética do conhecimento, nossa ação educativa deverá levar
em conta que: a prática social é a fonte do conhecimento; a teoria deve estar a serviço de e
para uma ação transformadora; a prática social é o critério de verdade e o fim último do
processo de conhecimento.
Respeitar a caminhada de cada sujeito de um determinado grupo é
uma aprendizagem necessária e fundamental, sendo necessário eliminar as barreiras que se
criam entre as pessoas para o estabelecimento de uma relação dialógica.
3.14. Tecnologia
“Estamos caminhando para uma nova fase de convergência e integração das mídias: Tudo começa a integrar-se com tudo, a falar com tudo e com todos. Tudo pode ser divulgado em alguma mídia. Todos podem ser produtores e consumidores de informação.” João Manuel Moran1
1José Manuel Moran é professor de novas tecnologias na USP. Diretor Acadêmico da Faculdade Sumaré-SP. Texto publicado no boletim 23 sobre Mídias Digitais do Programa Salto para o Futuro. TV Escola - SEED, novembro, 2007. Disponível em: http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2007/md/index.htm
61
Pode-se afirmar que em torno do verdadeiro propósito e natureza da tecnologia criou-se uma
“redoma falaciosa”. Segundo o autor Noble (1984) "esta é vista na sociedade como um
processo autônomo; algo constituído e visto à margem de tudo como se tivesse vida própria;
independente das intenções sociais, poder e privilégio. Examinamos a tecnologia como se
fosse algo que mudasse constantemente, e que constantemente, provocasse alterações
profundas na vida das escolas. Decerto que isso parcialmente é verdade. No entanto , se nos
debruçarmos sobre o que tem vindo mudar podemos incorrer no erro de não questionar quais
as relações que permanecem inalteradas. Dentre estas, as mais importantes são as
desigualdades econômicas e culturais que dominam a nossa sociedade".
Segundo Cristina Gomes Machado (2002), o processo educativo há de se revelar capaz de
sistematizar a tendência à inovação solicitando o papel criador do homem. É preciso
implementar no Sistema Educacional, uma pedagogia mediante a qual não apenas se reforme
o ensinamento, mas que também se facilite a aprendizagem. A tecnologia tem um impacto
significativo não só na produção de bens e serviços , mas também no conjunto das relações
sociais e nos padrões culturais vigentes. A LDB - Lei de Diretrizes da Educação 9394/96 ao
propor a formação tecnológica como eixo do currículo assume , segundo KUERGER (2000),
a concepção que aponta como síntese , entre o conhecimento geral e o específico,
determinando novas formas de selecionar, organizar e tratar metodologicamente os conteúdos.
A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada e alternativa no
contexto educacional, pois a mesma pode contribuir para o aumento das desigualdades, ou
para a inserção social se vista como uma forma de estabelecer mediações entre o aluno e o
conhecimento de todas as áreas.
A digitalização, mais especificamente, a internet permite uma gama de possibilidades de
acesso aos mais diversos meios de informação, conhecimento e lazer. Através das tecnologias
digitais podemos registrar, editar, combinar, manipular toda e qualquer informação, em
qualquer lugar e a qualquer tempo, isto multiplica as possibilidades de escolha e interação. Os
espaços virtuais permitem uma maior mobilidade o que nos permite a libertação dos espaços e
tempos rígidos e determinados. O físico é reproduzido em espaços virtuais, e praticamente
tudo pode ser realizado como na vida real.
A internet se tornou tão prática que é possível em nosso ambiente de trabalho ou
residência pagar contas via Internet, fazer compras numa loja virtual, bem como a oferta
62
quase imensurável de materiais de pesquisa, sites de lazer como jogos on-line, e-book (livros
virtuais), sites de relacionamento e outros serviços que possibilitam a integração e interação
entre as pessoas. Tudo isso impacta profundamente a educação escolar e as formas de ensinar
e aprender que estamos habituados.
No entanto deve-se tomar cuidado para que esse mundo virtual escravize e aprisione o
indivíduo, pois assim como oferece uma ampla diversificação de saberes e entretenimento,
também pode ser uma grande armadilha quando mal explorada, e quando o internauta não tem
noção do que procura passando a acessar diversos sites desnecessários e com informações
muitas vezes nada confiáveis.
O professor é um pesquisador – junto com os alunos – e articulador de aprendizagens
ativas, um conselheiro de pessoas diferentes, um avaliador dos resultados. O papel dele é mais
nobre, menos repetitivo e mais criativo do que na escola convencional.
Os professores podem ajudar os alunos incentivando-os a saber perguntar, a enfocar
questões importantes, a ter critérios na escolha de sites, de avaliação de páginas, a comparar
textos com visões diferentes.
3.15. Ensino-aprendizagem
O caráter eminentemente pedagógico da Educação no contexto escolar fundamenta-se numa
perspectiva de considerar que a criança está inserida em determinado contexto social e,
portanto, deve ser respeitada em sua história de vida, classe social, cultura e etnia.
Neste contexto, a escola é vista como espaço para a construção coletiva de novos
conhecimentos sobre o mundo, na qual a sua proposta pedagógica permite a permanente
articulação dos conteúdos escolares com as vivências e as indagações da criança e do
adolescente sobre a realidade em que vivem.
Podemos considerar os processos interativos, a cooperação, o trabalho em grupo, a arte, a
imaginação, a brincadeira, a mediação do professor e a construção do conhecimento em rede
como eixos do trabalho pedagógico voltado para o desenvolvimento da criança e do
adolescente visando à constituição do sujeito solidário, criativo, autônomo, crítico e com
estruturas afetivo-cognitivas necessárias para operar sua realidade social e pessoal.
63
O processo de desenvolvimento, na perspectiva histórico-cultural, é compreendido como o
processo por meio do qual o sujeito internaliza os modos culturalmente construídos de pensar
e agir no mundo. Este processo se dá nas relações com o outro, indo do social para o
individual. O caminho do objeto do conhecimento até o sujeito e deste até o objeto passa
através de uma outra pessoa. Essa estrutura humana complexa é o produto de um processo de
desenvolvimento profundamente enraizado nas ligações entre história individual e história
social (VYGOTSKY, 1991, p.37).
Além dos aspectos abordados, importante lembrar que nos processos de aprendizagem e
desenvolvimento humano, os ambientes pedagógicos são espaços que possibilitam ampliar
suas experiências e se desenvolver nas diferentes dimensões humanas: afetiva, motora,
cognitiva, social, imaginativa, lúdica, estética, criativa, expressiva e linguística.
As abordagens dos conteúdos não se limitam a fatos e conceitos, mas também aos
procedimentos, atitudes, valores e normas que são entendidos como conteúdos
imprescindíveis no mesmo nível que os fatos e conceitos. Isto [...] pressupõe aceitar até as
suas últimas consequências o princípio de que tudo o que pode ser aprendido pelas crianças
pode e deve ser ensinado pelos professores (COLL, 2000, p.15).
A. Conteúdos relacionados a fatos, conceitos e princípios – correspondem ao compromisso
científico da escola: transmitir o conhecimento socialmente produzido.
B. Conteúdos relacionados a procedimentos – que são os objetivos, resultados e meios para
alcançá-los, articulados por ações, passos ou procedimentos a serem implementados e
aprendidos.
C. Conteúdos relacionados a atitudes, normas e valores – correspondem ao compromisso
filosófico da escola: promover aspectos que nos completam como seres humanos, que dão
uma dimensão maior, que dão razão e sentido para o conhecimento científico.
3.16. Avaliação e Recuperação
A complexidade de elementos presentes no processo de avaliação da aprendizagem indica
que não existe uma única concepção de avaliação. Na verdade, existem diferentes formas
possíveis de abordar o ato de avaliar. De acordo com Libâneo (1999), a avaliação é uma
análise qualitativa sobre dados considerados importantes do processo de ensino e
aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu trabalho.
64
Concordamos com o autor, mas acrescentamos que a avaliação deve auxiliar também
o aluno, pois ela possibilita ao estudante tomar decisões sobre seus estudos, dificuldades e
progressos. A avaliação da aprendizagem, sob esta conotação, serve tanto para o aluno quanto
para o professor.
Na concepção de avaliação proposta por Luckesi (2002, p. 81):
[...] A avaliação deverá ser assumida como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar no seu processo de aprendizagem. Se é importante aprender aquilo que se ensina na escola, a função da avaliação será possibilitar ao educador condições de compreensão do estágio em que o aluno se encontra, tendo em vista poder trabalhar com ele para que saia do estágio defasado em que se encontra e possa avançar em termos dos conhecimentos necessários [...].
Acreditamos ser este o grande desafio da escola hoje: promover uma prática pedagógica que
leve os alunos a realmente aprenderem para a vida e não somente para as provas e trabalhos
escolares.
A música de Gabriel, O Pensador, “Estudo Errado”, lançada em 1995, reafirma esse nosso
desafio.
[...] Mas o ideal é que a escola me prepare pra vida Discutindo e ensinando os problemas atuais E não me dando as mesmas aulas que eles deram pros meus paisCom matérias das quais eles não lembram mais nada
E quando eu tiro dez é sempre a mesma palhaçadaManhê! Tirei um dez na provaMe dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprovaDecorei toda liçãoNão errei nenhuma questãoNão aprendi nada de bomMas tirei dez (boa filhão!)[...]
Salientamos que os objetivos da avaliação precisam estar claros não somente para os
professores, mas também para os alunos. Segundo Luckesi (2002), o valor da avaliação
encontra-se no fato de o aluno poder tomar conhecimento do porquê está sendo avaliado e
assim verificar seus avanços e dificuldades. Por isso, cabe ao professor saber primeiro quais
são as finalidades de suas práticas avaliativas para que, posteriormente, o aluno também possa
se apropriar de tais informações.
De acordo com o autor, a avaliação no seio da atividade de aprendizagem é uma necessidade,
tanto para o professor como para o aluno. A avaliação permite ao professor adquirir os
65
conhecimentos que o tornem capaz de situar, do modo mais correto e eficaz possível, a ação
de estímulo, de guia ao aluno. É papel do professor desafiá-lo a superar as dificuldades e fazer
que ele continue progredindo na construção dos conhecimentos. Ao aluno, permite verificar
em que aspectos ele deve melhorar durante seu processo de aprendizagem.
Dessa forma, a avaliação da aprendizagem possibilita a tomada de decisão e a melhoria da
qualidade de ensino, informando as ações em desenvolvimento e a necessidade de regulações
constantes.
Hoffmann (1991) destaca que as finalidades das práticas avaliativas estão profundamente
interligadas ao conceito que o docente tem de avaliação e à pratica que utiliza no cotidiano
escolar, bem como aos fins do processo de ensino e aprendizagem. A autora aponta ainda que
uma das principais finalidades do ato de avaliar é que ele contribua para a melhoria não só do
produto final, mas do processo de ensino e aprendizagem.
De acordo com Libâneo (1999) é necessário o uso de instrumentos e procedimentos de
avaliação adequados. Salientamos que esta diversidade de instrumentos de avaliação se deve
também à exigência da LDB nº 9394/96, no artigo 24, capítulo V, que obriga legalmente os
professores a utilizarem mais de um meio de aferição com seus alunos.
Luckesi (2002) enfatiza a importância dos instrumentos e critérios, pois a avaliação não
poderá ser praticada sobre dados inventados pelo professor; este por sua vez deverá ter clareza
dos objetivos de sua prática avaliativa, dos instrumentos que irá utilizar e dos critérios que
serão analisados para cada instrumento. Luckesi (1984) salienta, ainda, que o critério deve
ser utilizado como exigência de qualidade e não como forma de autoritarismo do professor
para com o aluno.
A proposta da “recuperação concomitante” mais que uma estrutura da escola, deve significar
uma postura docente para que realmente aconteça a aprendizagem dos alunos, em especial
daqueles que apresentam maiores dificuldades em determinados momentos e/ou conteúdos.
Daí a importância da recuperação dos estudos a qual deve ser no ato, partindo do erro (como
material de análise) da percepção das necessidades dos alunos para propiciar-lhes diferentes
atividades, roteiros de estudos atividades individuais, assim para melhor diagnosticar tais
dificuldades, contudo oferecendo-lhes aulas de apoio e outros meios que achar conveniente.
Neste contexto, entendemos a avaliação/recuperação buscam atender as determinações do
parecer nº 12/97 do CNE-CEB, e a Deliberação 007/99 do CEE – PR, conforme segue:
66
Art. 1º A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o professor
estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com as finalidades de
acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar
seus resultados e atribui-lhes valor.
Art. 11- A recuperação é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo,
pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que lhe possibilitem
a apreensão de conteúdos básicos.
Art. 13 – A recuperação de estudos deverá constituir um conjunto integrado ao processo de
ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos.
3.17. Tempo e Espaço Pedagógicos
Refletir a questão da temporalidade e da espacialidade na escola é inicialmente fazer uma
referência de como a unidade escolar foi edificada em um determinado tempo e espaço social
que a configura em termos organizacionais e, até mesmo, existenciais, pois o humano
estabelece a condição de tempo. Paralelamente é estar provocando uma análise sobre como os
docentes se referem a questão tempo e espaço, a distribuição do “tempo” diante dos
conteúdos propostos.
A escola se encontra em um constante exercício de interpretação das políticas sociais,
gerenciando conflitos de ordem política-social, que se caracterizam através dos tempos.
Possibilita a interpretação de normatizações de uma estrutura, que sucessivamente,
configuram seu papel na sociedade, através da comunicação de mensagens, seleção e
organização dos conteúdos e do tipo de aula a ser ministrada pois, “a escola é uma trama de
relações materiais que organizam a experiência cotidiana e pessoal do (a) aluno (a) com a
mesma força ou mais que as relações de produção podem organizar as do operário na oficina
ou as do pequeno produtor no mercado” (Fernández, Enguita, 1990). Por outro lado, não é
possível desconsiderar que essa mesma estrutura, chamada escola, além de ter um papel
configurado pela sociedade, também na distribuição de seus tempos e de seus espaços,
caracteriza os discursos que são incorporados nas relações humanas e refletidos na própria
67
sociedade, marcando por exemplo, o que é aprendizagem própria da escola e o que vem da
sociedade e que precisará ser reelaborada, através das atividades mediadas, utilizado diversas
operações psicológicas do indivíduo, posicionando-se como produtora de relações sociais.
Olhar tempo e espaço escolar como mediadores no processo de aprendizagem e problematizar
uma ressignificação, implica em rediscutir práticas e também revela os aportes teóricos pelos
quais uma organização escolar se fundamenta.Discutir tempo e espaço, é pensar em termos de
colaboração para o crescimento dos educandos, mediando não apenas o desenvolvimento
cognitivo, mas o desenvolvimento social, ético, moral, biológico, cultural, pessoal, afetivo,
viabilizando as diversas potencialidades e os diferentes estilos cognitivos de aprendizagem,
reconhecendo-os e valorizando-os.
Busca-se analisar e entender um tempo considerado necessário para a aprendizagem escolar,
um tempo ao qual os estudantes ao ingressarem na escola, também aprendem o seu
significado. Um espaço o qual irão perceber, pensar e agir, dentro de limites, gerados por
adultos, que precisam garantir uma estabilidade de ações, algumas cristalizadas por costumes
ou hábitos.
Na relação entre tempo e espaço no cotidiano escolar, há uma dualidade, na qual o tempo
ganha muito mais prestígio pois, o espaço pensado durante muitos séculos, como local de
aprendizagem efetiva, era a sala de aula.
O tempo medido é fortalecido pelos ritmos dirigidos das necessidades cotidianas, entre elas
está na história escolar, o ensino simultâneo como forma mais moderna de organização do
tempo escolar. O ensino simultâneo, centrado na ação do professor e na atenção mútua dos
alunos, precisamente a sala de aula, foi concebida como um local onde uns aprendem e outros
ensinam.
O tempo e o espaço constituem-se em elementos a serem repensados na organização de
propostas pedagógicas. O tempo se transfigurou em diversas maneiras: o tempo de ser, o
tempo de ter, o tempo de buscar, o tempo de aprender. Assim também, o espaço acompanha
essa transfiguração, pois há o espaço para estudar, para brincar, para apresentar as
habilidades, para pensar. O planejamento, a execução de propostas de trabalho pedagógico e
de modalidades de intervenção na aprendizagem, pressupõe como o tempo será aproveitado
em sala de aula e em qual espaço as atividades serão realizadas.
68
3.18. Formação Continuada
Para falarmos da concepção de formação continuada nos apoiamos em Demailly
(NOVOA,1992) que classifica esses projetos de formação continuada em 4 modelos: Forma
universitária – projetos de caráter formal, extensivo, vinculados a uma instituição formadora,
promovendo titulação específica. Por exemplo, qualificações da pós graduação ou mesmo na
graduação; Forma escolar – cursos com bases estruturadas formais definidas pelos
organizadores ou contratantes. Os programas, os temas e as normas de funcionamento são
definidos pelos que contratam e, geralmente, estão relacionados a problemas reais ou
provocados pela incorporação de inovações; Forma contratual – negociação entre diferentes
parceiros para o desenvolvimento de um determinado programa. É a forma mais comum de
oferta de cursos de formação continuada, sendo que a oferta pode partir de ambas as partes.
Forma interativa- reflexiva – as iniciativas de formação se fazem a partir da ajuda mútua
entre os professores em situação de trabalho mediados pelos formadores.
Segundo a autora, esses modelos podem ser reorganizados em apenas dois grupos: 1- Modelo
estrutural – engloba a perspectiva universitária e escolar. Fundamentado na racionalidade
técnico-científica em que o processo de formação se organiza com base numa proposta
previamente organizada, centrada na transmissão de conhecimentos e informações de caráter
instrutivo. Os projetos são oferecido por agências detentoras de potencial e legitimidade
informativa, exterior aos contextos profissionais dos professores em processo de formação e
possuem controle institucional de frequência e desempenho; 2- Modelo construtivo - engloba
o contratual e interativo- reflexivo. Parte da reflexão interativa e contextualizada, articulando
teoria e prática, formadores e formandos. Prevê avaliações e auto-avaliações do desempenho
dos envolvidos, mas essas podem ter um caráter informal. Implica uma relação em que
formadores e formando são colaboradores, predispostos aos saberes produzidos em ação. O
contexto é de cooperação em que todos são corresponsáveis pela resolução dos problemas
práticos. È comum o uso de grupos focais, oficinas, dinâmicas de debates, além, de exercícios
experimentais seguidos de discussões.
Um programa de formação continuada se desenvolve um campo complexo e a escolha do
melhor modelo ficará condicionada à conjunção de forças desse campo. Isso significa que um
bom modelo para um grupo pode não o ser para outro, dependendo das expectativas e desejos
69
dos participantes.
Para Marin (2002), a formação continuada de professores deveria transformar a escola em
espaço de troca e de reconstrução de novos conhecimentos. Deveria partir do pressuposto da
educabilidade do ser humano, numa formação que se dá num continuum, em que existe um
ponto que formaliza a dimensão inicial, mas não existe um ponto que possa finalizar a
continuidade desse processo. Assim, a formação continuada é, em si, um espaço de interação
entre as dimensões pessoais e profissionais em que aos professores é permitido apropriarem-
se dos próprios processos de formação e dar-lhes um sentido no quadro de suas histórias de
vida.
3.19. Educação Inclusiva
A educação inclusiva aponta para a transformação de uma sociedade inclusiva e é um
processo em que se amplia a participação de todos os estudantes nos estabelecimentos
de ensino regular. Trata-se de uma reestruturação da cultura, da prática e das políticas
vivenciadas nas escolas de modo que estas respondam à diversidade do alunos. É uma
abordagem humanística, democrática, que percebe o sujeito e suas singularidades, tendo como
objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos.
A Educação Inclusiva se configura na diversidade inerente à espécie humana, buscando
perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os sujeitos-alunos, em salas
de aulas comuns, em um sistema regular de ensino, de forma a promover a aprendizagem e o
desenvolvimento pessoal de todos. Prática pedagógica coletiva, multifacetada, dinâmica e
flexível requer mudanças significativas na estrutura e no funcionamento das escolas, na
formação humana dos professores e nas relações família-escola.
A inclusão perpassa pelas várias dimensões humanas, sociais e políticas, e vem gradualmente
se expandindo na sociedade contemporânea, de forma a auxiliar no desenvolvimento das
pessoas em geral de maneira e contribuir para a reestruturação de práticas e ações cada vez
mais inclusivas e sem preconceitos.
O ensino inclusivo não deve ser confundido com educação especial embora o contemple. No
Brasil, a Política Nacional de Educação Especial, na Perspectiva da Educação Inclusiva,
assegura acesso ao ensino regular a alunos com deficiência diversificada como: mental, física,
surdos, cegos, etc. com transtornos globais do desenvolvimento e a alunos com altas
70
habilidades/superdotação, desde a educação infantil até à educação superior. Nesse país, o
ensino especial foi, na sua origem, um sistema separado de educação das crianças com
deficiência, fora do ensino regular, baseado na crença de que as necessidades das crianças
com deficiência não podem ser supridas nas escolas regulares.
Na perspectiva da Educação Inclusiva, outras racionalidades estão surgindo sobre a
aprendizagem. Fazendo uso da concepção Vygostskyana principalmente, entende-se que a
participação inclusiva dos alunos facilita o aprendizado para todos. Este entendimento está
baseado no conceito da Zona de Desenvolvimento Proximal, ou seja, zona de conhecimento a
ser conquistada, por meio da mediação do outro, seja este o professor ou os próprios colegas.
Entendemos que um sistema educacional só pode ser considerado inclusivo quando abrange a
definição ampla deste conceito, nos seguintes termos:
• Reconhece que todas as crianças podem aprender;
• Reconhece e respeita diferenças nas crianças: idade, sexo, etnia, língua,
deficiência/inabilidade, classe social, estado de saúde
(i.e. HIV, TB, hemofilia, Hidrocefalia ou qualquer outra condição);
• Permite que as estruturas, sistemas e metodologias de ensino atendam as necessidades
de todas as crianças;
• Faz parte de uma estratégia mais abrangente de promover uma sociedade inclusiva;
• É um processo dinâmico que está em evolução constante;
• Não deve ser restrito ou limitado por salas de aula numerosas nem por falta de
recursos materiais.
3.19.1. O Currículo e a Educação Inclusiva
A compreensão de currículo como território político comprometido com a heterogeneidade e
as diferenças culturais que compõem a realidade da escola, tal como versam as teorias
educacionais críticas, empreende uma visão renovada e ampliada de currículo, em ligação
estreita com o conhecimento, o trabalho e a cultura, enfatizando-o como prática social, prática
cultural e prática de significação.
Conceber e praticar uma educação para todos pressupõe a prática de currículos abertos e
flexíveis comprometidos com o atendimento às necessidades educacionais de todos os alunos,
71
sejam elas especiais ou não. Inúmeros estudiosos (CARVALHO, 2001, 2004; FERREIRA;
GUIMARÃES, 2003 LANDÍVAR, 1999; GONZÁLEZ, 2001) são unânimes em afirmar que
não deve haver um currículo diferenciado ou adaptado para alguns alunos.
O conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar aos alunos idênticas
possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais,
efetivando-se a igualdade de oportunidades, sobretudo, em condições semelhantes aos
demais.
3.20. Diversidade
Do ponto de vista cultural, a diversidade pode ser entendida como a construção histórica,
cultural e social das diferenças. A construção das diferenças ultrapassa as características
biológicas, observáveis a olho nu. As diferenças são também construídas pelos sujeitos sociais
ao longo do processo histórico e cultural, nos processos de adaptação do homem e da mulher
ao meio social e no contexto das relações de poder. Sendo assim, mesmo os aspectos
tipicamente observáveis, que aprendemos a ver como diferentes desde o nosso nascimento, só
passaram a ser percebidos dessa forma, porque nós, seres humanos e sujeitos sociais, no
contexto da cultura, assim os nomeamos e identificamos.
Seria muito mais simples dizer que o substantivo diversidade significa variedade, diferença e
multiplicidade. Mas essas três qualidades não se constroem no vazio e nem se limitam a ser
nomes abstratos. Elas se constroem no contexto social e, sendo assim, a diversidade pode ser
entendida como um fenômeno que atravessa o tempo e o espaço e se torna uma questão cada
vez mais séria quanto mais complexas vão se tornando as sociedades.
A diversidade faz parte do acontecer humano. De acordo com Elvira de Souza Lima (2006,
p.17),
[...] a diversidade é norma da espécie humana: seres humanos são diversos em suas experiências culturais, são únicos em suas personalidades e são também diversos em suas formas de perceber o mundo. Seres humanos apresentam, ainda, diversidade biológica. Algumas dessas diversidades provocam impedimentos de natureza distinta no processo de desenvolvimento das pessoas (as comumente chamadas de “portadoras de necessidades especiais”). Como toda forma de diversidade é hoje recebida na escola, há a demanda óbvia, por um currículo que atenda a essa universalidade.
O ser humano se constitui por meio de um processo complexo: somos ao mesmo tempo
semelhantes (enquanto gênero humano) e muito diferentes (enquanto forma de realização do
72
humano ao longo da história e da cultura). Podemos dizer que o que nos torna mais
semelhantes enquanto gênero humano é o fato de todos apresentarmos diferenças: de gênero,
raça/etnia, idades, culturas, experiências, entre outros. E mais: somos desafiados pela própria
experiência humana a aprender a conviver com as diferenças. O nosso grande desafio está em
desenvolver uma postura ética de não hierarquizar as diferenças e entender que nenhum grupo
humano e social é melhor ou pior do que outro. Na realidade, somos diferentes.
Ao discutir a diversidade cultural, não podemos nos esquecer de pontuar que ela se dá lado a
lado com a construção de processos identitários. Assim como a diversidade, a identidade,
enquanto processo, não é inata. Ela se constrói em determinado contexto histórico, social,
político e cultural.
Jacques d’Adesky (2001, p.76) destaca que a identidade, para se constituir como realidade,
pressupõe uma interação. A idéia que um indivíduo faz de si mesmo, de seu “eu”, é
intermediada pelo reconhecimento obtido dos outros em decorrência de sua ação. Assim
como a diversidade, nenhuma identidade é construída no isolamento. Ao contrário, ela é
negociada durante a vida toda dos sujeitos por meio do diálogo, parcialmente exterior,
parcialmente interior, com os outros. Tanto a identidade pessoal quanto a identidade social
são formadas em diálogo aberto. Estas dependem de maneira vital das relações dialógicas
com os outros.
A diversidade cultural varia de contexto para contexto. Nem sempre aquilo que julgamos
como diferença social, histórica e culturalmente construída recebe a mesma interpretação nas
diferentes sociedades. Além disso, o modo de ser e de interpretar o mundo também é variado
e diverso.
3.21. Conselho de Classe
O Conselho de Classe da escola acontece através de um trabalho colaborativo entre os sujeitos
que compõem o espaço escolar, para que este se transforme em um espaço importante de
avaliação constante que deve abranger todos os segmentos da organização escolar (atuação
dos professores, equipe diretiva, desempenho docente e discente, envolvimento dos pais,
conteúdos, recursos...).
73
Este trabalho investigativo/transformador prevê a participação dos pais, dos alunos e dos
professores na definição da avaliação, análise dos resultados, problemas levantados e metas
de solução a serem seguidas. Todos devem estar comprometidos com a qualidade
educacional, como responsáveis por resultados, fracassos e recursos de aprendizagem.
O trabalho educativo tem se mostrado difícil quando desejamos trabalhar numa perspectiva de
transformação. Desta forma, o Conselho Participativo destaca-se como estratégia para uma
maior qualidade no processo educacional, abrindo-se espaços para que o diálogo em relação à
aprendizagem aconteça entre pais, alunos e professores. Esses diálogos com que pais, alunos e
professores conheçam a escola, o seu fazer pedagógico e tracem novos caminhos para
atingirem seus objetivos.
Paulo Freire nos diz: “A prática de pensar a prática é a melhor maneira de pensar certo” (p.65
). Dessa forma, conhecer e avaliar profundamente a prática da escola, a história de vida do
aluno, a ética, a política do professor, o comprometimento dos pais, a articulação da equipe
diretiva, a metodologia e o currículo, para poder nela investir, torna-se uma exigência para o
avanço do projeto de redemocratização de nossa sociedade.
Em nosso Colégio, é proposto o Conselho de Classe em três etapas:
3.21.1. Pré Conselho
A realização do pré conselho tem por objetivo realizar a análise e discussão sobre critérios e
instrumentos avaliativos, conteúdos dados, qualidade do trabalho desenvolvido,
aproveitamento dos alunos, desempenho e metodologia utilizada pelos professores enfim a
escola como um todo.
Procuramos realizar o pré conselho na metade do bimestre para dar tempo de verificar casos
de alunos que estão com as notas abaixo da média, como também com problemas com a
requência ou que não estão realizando as atividades propostas em sala de aula e dificuldades
de aprendizagem.
A análise acima citada é realizada com a participação dos professores da série, equipe
pedagógica e direção.
Os registros dos problemas e encaminhamentos são feitos pela equipe pedagógica e
professores padrinhos/madrinhas das turmas com o registro em ata pelo secretário:
74
• Secretário: preenche uma ata, já pré-impressa, a qual retratará a situação geral da
turma, os dados serão utilizados para encaminhamentos pertinentes aos segmentos da
comunidade escolar como também para o conselho participativo.
• Equipe Pedagógica: fará as anotações necessárias para encaminhamentos necessários e
que são da sua competência;
• Professor padrinho/madrinha: faz anotações dos problemas nas suas aulas e dos
demais professores, para posteriormente conversar e acompanhar a turma em busca de
soluções para as dificuldades apresentadas. Estes dados serão utilizados no pós-conselho e no
conselho participativo.
3.21.2. Pós – Conselho
• Equipe pedagógica: Utilizando se das anotações fará os encaminhamentos necessários
como:
a) conversa com as turmas no geral, quando solicitado pelo coletivo do conselho de
classe, esta conversa com as turmas pode ser somente da pedagoga ou em conjunto com os
professores da turma;
b) conversa individual com os alunos que apresentaram situações que de alguma forma
interferem no processo ensino aprendizagem;
c) conversa com os pais quando necessário, comunicando ou solicitando acompanhamento
por parte dos mesmos para a solução do problema apresentado;
d) auxílio ao professor nas horas atividades para buscar e propor novas metodologias, critérios
e instrumentos de avaliação visando a recuperação dos alunos que devido dificuldades
diversas não atingiram a média.
e) Encaminhamentos dos alunos com necessidades educacionais especiais para sala de
recursos e/ou avaliação de contexto.
• Professores padrinhos/madrinhas das turmas: Conversa com a turma a qual ele
é responsável, repassando as dificuldades apresentadas por ele e pelos demais professores no
pré conselho, discutindo e trocando ideias sobre como resolver as situações que estão
interferindo no processo ensino aprendizagem, fazendo ponte entre os segmentos
responsáveis na escola.
75
3.21.3. Conselho Participativo
Este Conselho é realizado após o fechamento do bimestre e tem a participação dos pais,
alunos, professores, equipe pedagógica e administrativa da escola.
De início é repassado os pontos positivos da turma e da escola. Em seguida é apresentado pela
pedagoga os gráficos com os resultados de notas. O professor padrinho/madrinha faz a leitura
do perfil da mesma, sugerindo melhorias e ressaltando seus aspectos positivos, em seguida
abre se espaço para discutir e analisar os aspectos que precisam ser melhorados, os quais são
registrados em ata para posterior análise e possível implementação.
Para que não haja constrangimento para nenhum dos segmentos da comunidade escolar, os
alunos que apresentarem algum tipo de problema relacionado a aprendizagem,
relacionamento com professores e colegas, hábitos e atitudes, estes são atendidos no final de
forma individualizado com pais, alunos e professores.
A partir daí, os boletins são entregues aos pais ou responsáveis.
Todos os professores da turma do Conselho Participativo ficam à disposição fornecendo as
informações necessárias e ressaltando os aspectos em que o aluno precisa melhorar, referentes
à aprendizagem, disciplina e estudo.
Nas turmas em que estão matriculados alunos surdos, os intérpretes acompanham a
participação destes e ficam à disposição de pais e professores para fazer os devidos
esclarecimentos.
76
4. PLANEJAMENTO
De acordo com o perfil sócio-econômico de nossos alunos e com as necessidades didático-
pedagógicas apontadas em nosso diagnóstico e à luz das concepções assumidas nesse PPP, o
colégio desenvolve alguns projetos e programas, entre outras ações didático-pedagógicas,
abaixo relacionadas.
4.1. Calendário Escolar
O Calendário Escolar é anualmente elaborado pela equipe de Direção e Equipe
Técnica Pedagógica do estabelecimento segundo as orientações determinadas pela SEED.
Após sua elaboração é encaminhado ao Núcleo Regional de Educação para apreciação e
homologação, obedecendo à legislação vigente.
O Calendário Escolar elaborado deverá ser apreciado e aprovado pelo Conselho Escolar do
estabelecimento e posteriormente enviado ao Núcleo Regional de Educação para
homologação.
O calendário fixará:
a) Início e término do ano letivo,
b) Dias destinados a reuniões de Conselho de Classe,
c) Dias para formação pedagógica,
d) Reunião Pedagógica
e) Férias do professor,
f) Feriados oficiais,
g) Recessos.
As alterações do calendário escolar determinadas por motivos relevantes serão comunicadas
ao Núcleo Regional de Educação, em tempo hábil para providências cabíveis.
O período de férias do professor e especialista de educação corresponde a 30 dias e os
recessos determinados pela SEED. Na contagem do período de férias são considerados todos
os sábados, domingos e feriados existentes no período compreendido entre o primeiro dia de
afastamento e retorno ao trabalho.
77
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5
3 4 5 6 7 8 9 7 8 9 10 11 12 13 6 6 7 8 9 10 11 12 22
10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias
17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 20 21 22 23 24 25 2624 25 26 27 28 29 30 28 29 27 28 29 30 3131
09 - Carnaval 22 - Inicio 1º trimestre
23 e 24 - Semana Pedagógica 29 Aniversário do Colégio
25 e 26 - Planejamento
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 43 4 5 6 7 8 9 20 8 9 10 11 12 13 14 20 5 6 7 8 9 10 11 23
10 11 12 13 14 15 16 dias 15 16 17 18 19 20 21 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias
17 18 19 20 21 22 23 22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24 2524 25 26 27 28 29 30 29 30 31 26 27 28 29 30
2 Replanejamento 1º sem2 Conselho Classe 11 100 dias
17 Plano de abandono
30 Formação em ação
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 12 1 2 3 4 5 6 1 2 3
3 4 5 6 7 8 9 dias 7 8 9 10 11 12 13 23 4 5 6 7 8 9 10 21
10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias
17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 2424 25 26 27 28 29 30 2 28 29 30 31 25 26 27 28 29 3031 dias
9 Interclasse28 e 29 - Semana Pedagógica 11 Dia do Estudante 16 Término 2º Trimestre
22 a 26 Semana Integração 19 Início 3º Trimestre
29 Conselho Classe
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 1 2 32 3 4 5 6 7 8 21 1 2 3 4 5 19 4 5 6 7 8 9 10 13
9 10 11 12 13 14 15 dias 6 7 8 9 10 11 12 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias
16 17 18 19 20 21 22 13 14 15 16 17 18 19 18 19 20 21 22 23 2423 24 25 26 27 28 29 20 21 22 23 24 25 26 25 26 27 28 29 30 3130 31 27 28 29 30
1 Feira do conhecimento 9 Feriado Municipal
8 Reunião Pedagógica 15 Proclamação da República
21 Término 3º Trimestre/ Conselho de Classe Final 2º sem25 Plano de abandono 25 Natal 100 dias
18 Formação em ação 30 Conselho Classe
Início/Término das aulasPlanejamentoFérias janeiroRecessoSemana Pedagógica julho
Início/Término trimestre
Cons. de classe Participativo
Replanejamento Feira do conhecimento Plano de abandono Semana Consciência NegraInterclasse Reunião Pedagógica Semana integração Formação em ação
Observações:
Início das aulas: manhâ - 7:30-8:20/ 8:20-9:10/ 9:10-10:00/ 10:00-10:15(intervalo 15min)/ 10:15-11:05/ 11:05-11:55(término)
tarde - 13:00-13:50/ 13:50-14:40/ 14:40-15:30/ 15:30-15:45(intervalo 15min)/ 15:45-16:35/ 16:35-17:25 (término)
Celem - aulas 2ªs e 4ªs feiras das 17:30 às 19:10 e complementação de carga horária nos dias 31/03, 28/06, 28/10, 04/11, 08/11 e 10/11/16.
ALCINEIA T. BATISTA GOMES MARIA DE FATIMA BORGES JOSE PAULO MARTINSConselho Escolar Conselho Escolar Conselho Escolar
recesso 3 dezembro 10Total 83 Total 63
12 julho 10Distribuição de aulas dezembro 10 outros recessos 3
30 janeiro/ férias 30fevereiro 28 fevereiro/recesso 10
Férias Discentes Férias/Recesso/DocentesMÊS DIAS MÊS DIAS
19 Emancipação Política do PR
12 N. S. Aparecida 16 a 18 Semana Consciência Negra
15 Dia do Professor
7 Dia do Funcionário de Escola 7 Independência
Outubro Novembro Dezembro
2 Finados
Festa junina
21 Reunião Pedagógica
31 Término trimestre
J ulho Agosto Setembro
1 Dia Mundial da Paz 25 Paixão 27 Páscoa
Abril Maio Junho
1 Dia do Trabalho 26 C Christi 1 Início 2º trimestre
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOANEXO DA RESOLUÇÃO Nº 3660/2015 - GS/SEED
CALENDÁRIO ESCOLAR - 2016 - C.E.Antonio Tupy Pinheiro - E.Fund.Med. E Celem
Considerados como dias letivos: semana pedagógica (05 dias); formação continuada (02 dias); planejamento (02) dias; replanejamento (01 dia) – Delib. 02/02-CEE
Janeiro Fevereiro Março
Os cursos de capacitação ofertados aos professores e especialistas de educação, as reuniões de
pais, professores, APMF, Conselho de Classe, não serão contados como dias e horários
letivos.
A secretaria do estabelecimento de Ensino funcionará ininterruptamente durante o ano letivo,
exceto feriados e férias escolares coletivas decretadas por autoridade competente.
78
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5
3 4 5 6 7 8 9 7 8 9 10 11 12 13 6 6 7 8 9 10 11 12 22
10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias
17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 20 21 22 23 24 25 2624 25 26 27 28 29 30 28 29 27 28 29 30 3131
09 - Carnaval 22 - Inicio 1º Semestre 1/1
23 e 24 - Semana Pedagógica 29 Aniversário do Colégio
25 e 26 - Planejamento
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 43 4 5 6 7 8 9 20 8 9 10 11 12 13 14 20 5 6 7 8 9 10 11 23
10 11 12 13 14 15 16 dias 15 16 17 18 19 20 21 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias
17 18 19 20 21 22 23 22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24 2524 25 26 27 28 29 30 29 30 31 26 27 28 29 30
2 Replanejamento 1º sem
2 Início 2º Bimestre - 1/2 17 100 dias24 Simulado Vestibular
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 12 1 2 3 4 5 6 1 2 3
3 4 5 6 7 8 9 dias 7 8 9 10 11 12 13 23 4 5 6 7 8 9 10 21
10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias
17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 2424 25 26 27 28 29 30 2 28 29 30 31 25 26 27 28 29 3031 dias
9 Interclasse 11 Dia do Estudante
15 Término 1º Semestre - 1/2 22 a 26 Semana Integração 30 Término 1º bimestre - 2/1
28 Início 2º Semestre - 2/1
28 e 29 - Semana Pedagógica
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 1 2 32 3 4 5 6 7 8 21 1 2 3 4 5 19 4 5 6 7 8 9 10 13
9 10 11 12 13 14 15 dias 6 7 8 9 10 11 12 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias
16 17 18 19 20 21 22 13 14 15 16 17 18 19 18 19 20 21 22 23 2423 24 25 26 27 28 29 20 21 22 23 24 25 26 25 26 27 28 29 30 3130 31 27 28 29 30
1 Feira do conhecimento 9 Feriado Municipal
3 Inicio 2º Bimestre - 2/2 15 Proclamação da República
8 Reunião Pedagógica 21 Conselho de Classe Final/término 2ºsem.- 2/2 2º sem25 Plano de abandono 25 Natal 100 dias
Início/Término das aulasPlanejamentoFérias janeiroRecessoSemana Pedagógica julho
Início/Término trimestre
Cons. de classe participativo
Replanejamento Feira do conhecimento Plano de abandono
Interclasse Reunião Pedagógica Semana integração Semana Consciência NegraSimulado Formação em ação
Observações:
Início das aulas: manhâ - 7:30-8:20/ 8:20-9:10/ 9:10-10:00/ 10:00-10:15(intervalo 15min)/ 10:15-11:05/ 11:05-11:55(término)
tarde - 13:00-13:50/ 13:50-14:40/ 14:40-15:30/ 15:30-15:45(intervalo 15min)/ 15:45-16:35/ 16:35-17:25 (término)Celem - aulas 2ªs e 4ªs feiras das 17:30 às 19:10 e complementação de carga horária nos dias 31/03, 28/06, 28/10, 04/11, 08/11 e 10/11/16.
ALCINEIA T. BATISTA GOMES MARIA DE FATIMA BORGES JOSE PAULO MARTINSConselho Escolar Conselho Escolar Conselho Escolar
1 Dia Mundial da Paz 25 Paixão 27 Páscoa
Abril Maio Junho
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOANEXO DA RESOLUÇÃO Nº 3660/2015 - GS/SEED
CALENDÁRIO ESCOLAR - 2016 - C.E.Antonio Tupy Pinheiro - Ens. Medio por bloco de disciplinas
Considerados como dias letivos: semana pedagógica (05 dias); formação continuada (02 dias); planejamento (02) dias; replanejamento (01 dia) – Delib. 02/02-CEE
J aneiro Fevereiro Março
1 Dia do Trabalho 26 C Christi
30 Formação em ação
Outubro Novembro Dezembro
15 - Conselho Classe /Partic.
8 - Conselho Classe/Partic.
29 Término 1º bimestre- 1/1
11 Festa junina
21 Reunião Pedagógica
Plano de abandono
Total 83 Total 63
12 julho 10dezembro 10 outros recessos 3recesso 3 dezembro 10
Férias Discentes Férias/Recesso/DocentesMÊS DIAS MÊS DIAS
16 Conselho Classe/Partic.
28 Simulado Vestibular
J ulho Agosto Setembro
7 Dia do Funcionário de Escola 7 Independência
19 Emancipação Política do PR
15 Dia do Professor
16 a 18 Semana Consciência Negra
12 N. S. Aparecida
2 Finados
18 Formação em ação
Distribuição de aulas
30 janeiro/ férias 30fevereiro 28 fevereiro/recesso 10
79
4.2. Ações didático-pedagógicas
O Colégio Estadual Antonio Tupy Pinheiro desenvolve seus trabalhos com vistas à
transformação de sua realidade com o propósito de abranger a comunidade em geral na
mudança de posturas e de pensamento. Para que haja esta transformação, propõe-se a união
entre todos com o propósito de melhorar a qualidade de ensino, pois a escola se constrói na
sua relação com a sociedade e a sociedade em geral tem apresentado um ritmo acelerado
de transformações e a nossa escola deve acompanhá-las, visto que está inclusa neste
processo.
A nossa proposta pedagógica busca o saber sistematizado, adequando-o às condições da
nossa realidade procurando assegurar a todos o direito do exercício da cidadania.
Entendemos que uma escola democrática na sua essência, deve assegurar a aprendizagem,
respeitando as necessidades educacionais, criando condições político pedagógicas para o
desenvolvimento do potencial de cada indivíduo e ajudá-lo a tornar-se um ser humano
completo em suas dimensões sociais, afetivas e intelectuais.
Fundamentados nesse pressuposto pretende-se desenvolver o trabalho pedagógico, que
favoreça a promoção do acesso ao conhecimento socialmente produzido pela humanidade
a fim de possibilitar aos educandos condições de emancipação humana.
O trabalho é uma práxis, uma ação humana que pressupõe a relação dialética entre a teoria
e a prática, o pensar e o agir. O saber então está para transformar o mundo e a si mesmo. É
sob esta ótica que devemos pensar a escola: um local de recriação e crítica do saber.
Paulo Freire defendia a boniteza de ser gente, a boniteza de ser professor, de ser um
profissional da educação. Ele acreditava que ensinar e aprender não existem fora da
procura, da boniteza e da alegria.
Para o educador Moacir Gadotti (1997), "o ofício de professor, é esperança. Esperança de
ter um mundo melhor, com pessoas mais humanas...” Ser um profissional da educação
implica em compromisso com a arte de educar; ou seja, estar envolvido com os conteúdos,
com a cidadania, com a paz, com a metodologia, com as estratégias organizacionais da
escola e da sala de aula.
Neste contexto, o Colégio Estadual Antonio Tupy Pinheiro por meio da direção, equipe
pedagógica, professores e funcionários buscarão promover ações que envolvam:
80
• o diálogo constante com a família e/ou responsáveis pelos alunos como base
de toda interação entre família e escola;
• conhecer a realidade do aluno e sua família respeitando suas
experiências,pois cada família possui uma história e caminhada;
• respeito e valorização à diversidade;
• buscar interações qualitativas positivas em ambientes socializadores e
educativos contemplando não somente os problemas, mas os pontos positivos de seus
filhos;
• criar um ambiente receptivo onde a participação dos pais e/ou responsáveis
possam perceber a importância de sua contribuição para a educação de seus filhos;
• viabilizar o envolvimento de ações com o apoio dos segmentos da sociedade
como: saúde, qualidade de vida, esporte e lazer;
• articular junto à comunidade a viabilização da Rede de Proteção da Infância
e Adolescência com intuito da permanência do aluno na escola com qualidade.
4.2.1. Organização do Trabalho Pedagógico e Prática Docente
Neste colégio, as relações de trabalho entre os professores, funcionários, alunos, direção e
pais, são muito boas, mesmo apresentando, às vezes, alguns embates como divergências de
ideias (teorias pedagógicas) e também a falta de visão de conjunto por parte de alguns,
porém os conflitos sempre são superados.
Alguns pais procuram manter um relacionamento frequente com a escola, no
acompanhamento do desempenho dos filhos, principalmente dos alunos do Ensino
Fundamental. Contudo, o grau de comprometimento de algumas famílias, é um desafio a
ser superado. Há um esforço cada vez maior no sentido de buscar novas alternativas de
participação dos pais, na busca de uma Gestão Democrática e participativa na organização
pedagógica e estrutural da escola, junto aos órgãos colegiados e em outras situações. Há
problemas disciplinares comuns como: falta de comprometimento com as atividades
escolares, agressão verbal durante as aulas, descumprimento das normas do colégio, etc. A
direção do colégio promove reuniões com os pais, sempre que necessário, para discussão
81
dos problemas apresentados pelos educandos, buscando encaminhamentos e redefinindo
ações.
Paralelamente é realizado um trabalho pedagógico com alunos e professores dando
encaminhamentos e orientando para a solução de problemas que interferem no ensino-
aprendizagem. A equipe pedagógica busca conversar com cada turma e individualmente
com os alunos, discutindo seus avanços, através de análise dos gráficos de desempenho da
sala, bem como proposições de metas para melhor rendimento. Junto aos professores, a
equipe pedagógica orienta com relação ao plano de trabalho docente, proposta pedagógica,
análise e correção dos livros de registro de classe, etc, organiza os Conselhos de Classe,
realizando pré conselhos, conselhos, pós conselhos e conselhos participativos com
presença de pais, alunos, professores e direção.
Observa-se uma melhora no índice de reprovação; porém, muito ainda há que ser feito para
minimizar estes resultados. A equipe pedagógica tem realizado o trabalho de
conscientização coletiva e individualmente junto aos pais e responsáveis para o
acompanhamento da vida escolar dos alunos. Aos professores as intervenções são
efetuadas desde a elaboração do Plano de Trabalho Docente até a finalização do processo
educacional no ano letivo. Mesmo assim, ainda não possuímos os resultados almejados
para a diminuição dos índices de reprovação com qualidade de ensino.
Quanto à evasão também há preocupação de realizar um trabalho preventivo contando com
a colaboração do corpo docente, alunos representantes de turma e não tendo resultado
efetivo utilizamos a FICA com objetivo do retorno do aluno à escola e ao processo de
ensino-aprendizagem. A situação do aluno é discutida, bem como as formas para rever sua
aprendizagem, por meio de estratégias apropriadas, de acordo com cada caso, podendo
encaminhá-lo inclusive a Sala de Apoio/Recursos ou ainda ao atendimento individualizado
pelo professor durante sua hora atividade.
O trabalho com o SAREH visa o atendimento educacional ao aluno impossibilitado de
frequentar a escola devido ao tratamento de saúde e gestantes. O atendimento é feito
possibilitando ao aluno a realização de atividades em domicílio, conforme amparo legal.
Na Educação de Jovens e Adultos – Ensino Fundamental e Ensino Médio, o maior
enfrentamento está na evasão escolar. Nesse sentido, é realizado o diagnóstico individual
sobre os motivos da desistência e, em seguida, é feita a intervenção para o retorno do aluno
82
ao processo de escolarização. Nos casos em que os alunos possuem idade inferior a 18
anos, se realiza as ações propostas pelo programa FICA. As ações previstas pelo SAREH
são desenvolvidas conforme a necessidade dos alunos.
Percebe-se também que há necessidade de melhor formação de todos os funcionários para
o enfrentamento das novas situações que a escola vem assumindo, para que a educação
inclusiva se concretize nas ações e relações da escola com a sociedade.
E pelo fato da inclusão em nossa escola já ser uma realidade, procuramos não mais
somente perceber as limitações e sim as possibilidades de superação dos alunos com
necessidades educacionais especiais. Percebemos que ainda se faz necessário nesta escola
encontrar estratégias de compreensão a inclusão, que essa interação deve ir além do
conhecimento, pois prevê novas formas de intervenções pedagógicas e didáticas que são
fundamentais para entender e atender os limites de cada um, uma relação que deve ser
construída no cotidiano escolar.
Contamos com o apoio de intérpretes de libras para auxiliarem os alunos surdos.
Entretanto verificamos que ainda precisamos investir mais no preparo e capacitação dos
professores e funcionários para esta ação educativa. Cursos são ministrados ora pela
SEED, ora por profissionais da própria escola para atender essa necessidade com
perspectiva potencializadora da heterogeneidade, presente em nossa realidade escolar.
Nosso compromisso é com a democratização do saber e para isso é que proporcionamos
em nosso Colégio ações em que:
• se possa desenvolver um trabalho com enfoque na gestão participativa com
diálogo aberto e permanente frente a toda comunidade escolar, com os órgãos colegiados,
com os alunos, com vistas à melhoria da qualidade de ensino.
• seja possibilitado a todos o direito à participação na tomada de decisão,
ouvir a voz da classe assim como promover um trabalho articulado entre direção,
pedagogas, professores, funcionários, alunos, pais e comunidade a fim de que se possa
estabelecer um clima de harmonia entre seus pares na busca de soluções para os problemas
enfrentados como também nos momentos de alegria e na obtenção dos bons resultados.
• o trabalho escolar se desenvolva com base no diálogo permanente, da
melhor maneira possível, motivando e mobilizando as pessoas em torno de objetivos e
metas comuns a serem compreendidas por todos de forma integradora.
83
• seja estimulada a participação dos pais quanto ao acompanhamento da vida
escolar de seus filhos de modo a sugerir, criticar, propor mudanças, alternativas visando à
melhoria da qualidade de ensino.
Ao desenvolvermos nosso trabalho temos que ter a clareza de estar cumprindo com a
função social de forma consciente, caso contrário estaremos submetidos ao processo de
alienação e desumanização. Necessitamos reconstruir a imagem social dos profissionais da
educação como aqueles que possuem consciência política, estilo, conhecimento, cultura,
autonomia e valorização. Arroyo (2002) diz que, "o que a escola é e o que seus
profissionais são depende muito da vontade política, dos confrontos de hegemonia nas
opções de políticas, mas depende muito também da herança estrutural, social, cultural onde
finca suas raízes (…)".
4.2.2. Avaliação da Aprendizagem, Recuperação de Estudos
No cotidiano escolar, a avaliação é parte das ações pedagógicas do trabalho dos professores
e tem por objetivo proporcionar-lhes subsídios para as decisões a serem tomadas a respeito
do processo educativo que envolve professor e aluno no acesso ao conhecimento.
Portanto, para nossa comunidade escolar a avaliação deve se fazer presente, tanto como
meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de
investigação da prática pedagógica, sempre com uma dimensão formadora, uma vez que, o
fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja
uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica.
É importante ressaltar que a avaliação se concretiza de acordo com o que se estabelece
neste Projeto Político Pedagógico e, mais especificamente, na Proposta Pedagógica
Curricular e no Plano de Trabalho Docente de cada disciplina, fundamentados nas
Diretrizes Curriculares Estaduais, tendo como possíveis instrumentos: prova escrita, prova
oral, trabalho individual e em grupo, autoavaliação, seminário, apresentações, observações,
relatórios, entre outros.
Condenam-se os processos avaliativos que apenas constatam o que o aluno aprendeu ou
não aprendeu e o fazem refém dessas constatações, tomadas como sentenças definitivas.
Nas salas de aula, o professor é quem compreende a avaliação e a executa como um
projeto intencional e planejado, o qual deve estar expresso no Plano de Trabalho Docente. 84
Isso significa que:
•é importante a compreensão de que uma atividade de avaliação situa-se entre a intenção e
o resultado e que não se diferencia da atividade de ensino, porque ambas têm a intenção de
ensinar;
•no Plano de Trabalho Docente, ao definir os conteúdos específicos trabalhados naquele
período de tempo, já se definem os critérios, estratégias e instrumentos de avaliação, para
que professor e alunos conheçam os avanços e as dificuldades, tendo em vista a
reorganização do trabalho docente;
•os critérios de avaliação devem ser definidos pela intenção que orienta o ensino e
explicitar os propósitos e a dimensão do que se avalia. Assim, os critérios são elementos de
grande importância no processo avaliativo, pois articulam todas as etapas da ação
pedagógica;
•os enunciados de atividades avaliativas devem ser claros e objetivos. Uma resposta
insatisfatória, em muitos casos, não revela, em princípio, que o estudante não aprendeu o
conteúdo, mas simplesmente que ele não entendeu o que lhe foi perguntado. Nesta
circunstância, o difícil não é desempenhar a tarefa solicitada, mas sim compreender o que
se pede;
•os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de acordo com as
possibilidades teórico-metodológicas que oferecem para avaliar os critérios estabelecidos.
Por exemplo, para avaliar a capacidade e a qualidade argumentativa, a realização de um
debate ou a produção de um texto serão mais adequados do que uma prova objetiva;
•a utilização repetida e exclusiva de um mesmo tipo de instrumento de avaliação reduz a
possibilidade de observar os diversos processos cognitivos dos alunos, tais como:
memorização, observação, percepção, descrição, argumentação, análise crítica,
interpretação, criatividade, formulação de hipóteses, entre outros;
• uma atividade avaliativa representa, tão somente, um determinado momento e não todo
processo de ensino-aprendizagem;
• a recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os conteúdos
selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então, é preciso
investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda. A recuperação é
justamente isso: o esforço de retomar, de voltar o conteúdo, de modificar os
85
encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem. Nesse
sentido, a recuperação da nota é simples decorrência da recuperação de conteúdo.
Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como questão
metodológica, de responsabilidade do professor, subsidiado e acompanhado pela equipe
técnico pedagógica do colégio. A seleção de conteúdos, os encaminhamentos
metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do ensino,
enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes
variadas oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento.
O envolvimento maior da comunidade escolar acontece no momento do conselho
participativo, quando nos reunimos para discutir a avaliação e a situação do ensino
aprendizagem de cada turma com a participação dos pais, alunos, professores e equipe
pedagógica.
Em relação ao atendimento aos alunos com necessidades especiais é orientado aos
professores que no momento do seu planejamento diário seja previsto as necessidades de
desenvolvimento de atividades específicas para cada situação, não somente nos momentos
da avaliação, mas em todo processo de ensino e aprendizagem.
A Relação de trabalho dos profissionais da Educação do nosso Colégio com vista a
Avaliação está calcada nas seguintes atitudes:
• Conhecer, a realidade da Comunidade Escolar com a qual está trabalhando;
• Buscar, e compreender criticamente as causas da existência de problemas;
• Propor, alternativas de soluções através da participação e criação coletiva;
• Ter, compromisso com os resultados da organização do trabalho pedagógico;
• Ser resultante de um processo coletivo de avaliação diagnóstica.
A Avaliação é um dos aspectos de ensino pelo qual o Professor estuda e interpreta os dados
da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar
o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar resultados e estabelecer-
lhes valor.
Na avaliação serão utilizados os seguintes critérios:
I – Observação contínua e permanente do desempenho do aluno nas diversas áreas de
Conhecimento e Participação nas atividades;
II – Respeito à realidade individual do aluno;86
III- Ênfase aos aspectos qualitativos da aprendizagem;
IV – Ênfase na atividade crítica de síntese e elaboração pessoal de cada aluno;
V – Avaliação oral, testes, trabalhos individuais e/ou coletivos, pesquisas, entrevistas,
autoavaliação e outros instrumentos que se fizerem necessários.
O colégio tem como orientação para um processo avaliativo coerente, a seguinte indicação:
utilizar-se de diferentes instrumentos avaliativos, todos de acordo com os objetivos e
critérios estabelecidos.
Para cálculo da média anual do Ensino Fundamental e do Ensino Médio Anual será usado
a seguinte fórmula:
M.A. = 1º T + 2º T + 3º T: 3 = 6,0
Para aprovação será exigida frequência mínima igual a 75%.
O colégio encontra-se em processo de transição do sistema de avaliação em bimestre para
o sistema trimestral, o que deve ocorrer a partir do ano de 2016, de acordo com a fórmula
apontada anteriormente.
Como o Ensino Médio por Blocos encontra-se em processo de cessação gradativa, sua
fórmula para o cálculo da média permanecerá a seguinte:
M.S.= 1º N+ 2º N: 2 = 6,0
Para aprovação será exigida frequência mínima igual a 75%.
4.2.3. Faltas e Exercícios Domiciliares
Quando um aluno falta e perde avaliação ou recuperação, o mesmo deverá solicitar
aos professores na aula subsequente à sua falta, mediante justificativa de faltas, uma nova
data para realizar a avaliação perdida. Segundo a instrução 07/10 (SEED), quando
motivada por Atestado Médico, os professores deverão registrar:
* no campo Frequência: f ou F (falta);
* no campo Observações: Falta justificada por atestado médico e data;
* na coluna Faltas (do canhoto/picote) as faltas devem ser computadas e lançadas
normalmente;
Uma falta é amparada legalmente quando:
• em razão de doença infecto-contagiosa ou impeditiva de frequência às aulas (Lei
Federal nº 1044/69);87
• em razão de licença-gestação (Lei Federal nº 6202/75);
• em razão de serviço militar (Dec.-Lei Federal nº 715/69);
Nas três situações deve-se registrar:
• no campo Frequência: f ou F(falta);
• no campo Observações: número do aluno, falta abonada, data, amparo legal;
• ao final do período não computar estas faltas no canhoto;
Quando a falta ocorre por motivo de consciência religiosa:
• no campo Frequência: f ou F (falta);
• ao final do período computar estas faltas no canhoto, de acordo com o Parecer nº
15/1999 – CNE.
Se a falta do aluno for por outro motivo, o mesmo deve justificar junto à equipe
Pedagógica e, desta forma, requerer suas avaliações.
Os Exercícios Domiciliares estão de acordo com a Instrução nº 07/10 – (SEED/DAE/CDE)
e os professores deverão registrar no campo de observações número do aluno, falta
abonada, data, amparo legal, ao final do período não computar as faltas no canhoto.
Amparo legal Lei Federal nº 1.044/1969.
4.2.4. Recuperação de Estudos
Acontecerá de acordo com a LDB, Lei 9394/96 Art.24, inciso V, onde se verifica a
obrigatoriedade de estudos de recuperação de forma permanente e concomitante ao
processo de ensino e aprendizagem ao longo do ano letivo. O seu objetivo é proporcionar
ao aluno que demonstrar rendimento insuficiente, estudos complementares, oportunizando
aos mesmos a melhoria do aproveitamento. A recuperação de estudos é direito dos alunos
independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino
e aprendizagem. Deverá ser organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didáticos metodológicos diversificados para que os alunos apresentem
melhor desempenho nas atividades realizadas.
88
De outra forma, podemos dizer que, a cada conteúdo avaliado (seja em prova, trabalho ou
qualquer outro instrumento avaliativo), o professor tem o dever de proporcionar a todos os
alunos a recuperação do conteúdo e da nota, logo em seguida à avaliação realizada.
O papel do professor na recuperação de estudos é fazer com que o aluno cresça, portanto,
não basta identificar as dificuldades da turma, é essencial a intervenção pedagógica para
tornar efetivo o processo da recuperação de estudos e o aprendizado do aluno.
4.2.5. Processo de Classificação
A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o estabelecimento
de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos compatíveis com a idade,
experiência e desenvolvimento adquiridos, por meios formais ou informais, podendo ser
realizada:
I. por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase anterior,
na própria escola;
II. por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do exterior,
considerando a classificação da escola de origem;
III. independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para posicionar o
aluno na série, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de desenvolvimento e
experiência, adquiridos por meios formais ou informais.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as seguintes
ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais:
I. organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola para
efetivar o processo;
II. proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe
pedagógica;
III. comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado,
para obter o respectivo consentimento;
IV. arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
V. registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
Na Educação de Jovens e adultos, o processo de classificação poderá posicionar o
aluno, para matrícula na disciplina em 25%, 50%, 75% ou 100% da carga horária total de
89
cada disciplina do Ensino Fundamental – Fase II e, no Ensino Médio, em 25%, 50%, 75%
da carga horária total de cada disciplina, de acordo com a Proposta Pedagógica da
Educação de Jovens e Adultos. Do total de carga horária restante a ser cursada na
disciplina, na qual o aluno foi classificado, é obrigatória a frequência de 75% na
Organização Coletiva e de 100% na Organização Individual.
Na classificação com êxito em 100% do total da carga horária, em todas as disciplinas do
Ensino Fundamental – Fase II, o aluno está apto a realizar matrícula inicial no Ensino
Médio. Em caso de transferência esta só poderá ser expedida após o aluno ter concluído,
no mínimo, 2 ( duas) disciplinas do Ensino Médio e obtido, no mínimo 1( um) registro de
nota e frequência nas demais disciplinas matriculadas.
Após o processo de classificação das disciplinas do Ensino Fundamental – Fase II e Ensino
Médio, de acordo com o percentual de carga horária avançada, terão as seguintes
quantidades de registros de notas:
I – Língua Portuguesa, Matemática e Língua Portuguesa e Literatura, o aluno classificado
com:
a) 25% deverá ter 4 (quatro) registros de notas;
b) 50% deverá ter 3 (três) registros de notas;
c) 75% deverá ter 2 (dois) registros de notas;
d) 100% no Ensino Fundamental – Fase II, concluirá a disciplina.
II – Geografia, História, Ciências Naturais, Língua Estrangeira Moderna, Química, Física e
Biologia, o aluno classificado com:
a) 25% deverá ter 3 (três) registros de notas;;
b) 50% deverá ter 2 (dois) registros de notas;
c) 75% deverá ter 1 (um) registro de notas;
d) 100% no Ensino Fundamental – Fase II, concluirá a disciplina.
III – Arte, Filosofia, Sociologia e Educação Física, o aluno classificado com:
a) 25% deverá ter 2 (dois) registros de notas;
b) 50% deverá ter 1 (um) registro de notas;
c) 75% deverá ter 1 (um) registro de notas;
d) 100% no Ensino Fundamental – Fase II, concluirá a disciplina.
4.2.6. Processo de Reclassificação
90
A reclassificação é um processo pedagógico que se concretiza através da avaliação do
aluno matriculado e com frequência na série/ano/disciplina(s) sob a responsabilidade do
estabelecimento de ensino que, considerando as normas curriculares, encaminha o aluno à
etapa de estudos/carga horária da(s) disciplina(s) compatível com a experiência e
desempenho escolar demonstrados, independentemente do que registre o seu Histórico
Escolar.
O processo de reclassificação poderá ser aplicado como verificado da possibilidade de
avanço em qualquer série/ano/carga horária da(s) disciplina(s) do nível de Educação
Básica, quando devidamente demonstrado pelo aluno, sendo vedada a reclassificação para
conclusão do Ensino Médio. Cabe ao estabelecimento de ensino contemplar, em seu
Projeto Político-Pedagógico/Proposta Pedagógica Curricular e no Regimento Escolar, a
reclassificação de aluno.
O estabelecimento de ensino, quando constatar possibilidade de avanço de aprendizagem,
apresentado por aluno devidamente matriculado e com frequência na série/ano/disciplina(s
) deverá notificar o NRE para que este, proceda orientação e acompanhamento, quanto aos
preceitos legais, éticos e das normas que o fundamentam. Os alunos, quando maior, ou
seus responsáveis poderão solicitar reclassificação, facultando à escola aprová-lo.
Cabe à comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões, anexando os
documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados, para que sejam
arquivados na Pasta Individual do aluno.
O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica, durante dois anos,
quanto aos seus resultados de aprendizagem. O resultado do processo de reclassificação
será registrado em Ata e integrará a Pasta Individual do aluno. O resultado final do
processo de reclassificação realizado pelo estabelecimento de ensino será registrado no
Relatório Final, a ser encaminhado à Secretaria de Estado da Educação.
O processo de reclassificação neste estabelecimento de ensino se dá embasado na Instrução
nº 020/2008 – SUED/SEED, que estabelece os procedimentos para o processo de
reclassificação de alunos e Instrução nº 02/09, que normatiza os procedimentos para
registro em documentos escolares.
O processo de Reclassificação demanda de:
91
• observação do aluno no espaço educativo, quanto ao seu desempenho e nível
de Conhecimento;
• “parecer descritivo”, o qual evidencia a maturidade emocional, o raciocínio
lógico, a aprendizagem, a interpretação, a leitura, a oralidade, a escrita e a socialização do
aluno.
É formada uma comissão composta pelos professores da turma, pela Direção e Equipe
Pedagógica do Colégio, os quais, de posse da documentação e respaldados pelos registros
em ata feitos ao longo do processo de investigação e em conjunto com os pais ou
responsáveis Reclassificam o aluno para a série seguinte.
O processo de Reclassificação tem continuidade no acompanhamento do aluno na sua
trajetória educacional, para que o mesmo seja atendido em suas possíveis dificuldades de
aprendizagem de alguns conteúdos ainda não apropriados e no enriquecimento curricular,
caso necessário, das disciplinas que o aluno demonstrar habilidades mais desenvolvidas.
O processo de reclassificação, na modalidade Educação de Jovens e Adultos, poderá
posicionar o aluno, devendo este cursar ainda 50% ou 25% da carga horária total de cada
disciplina do Ensino Fundamental II e do Ensino Médio, conforme Regimento Escolar.
4.2.7. Progressão Parcial
O Colégio não oferta aos seus alunos matrícula com Progressão Parcial. É permitida a
matrícula de alunos com transferências que possuam matérias pendentes no regime de
Progressão Parcial.
4.2.8. Aproveitamento de Estudos
Os estudos concluídos com êxito serão aproveitados. A carga horária efetivamente
cumprida pelo aluno, no estabelecimento de ensino de origem, será transcrita no Histórico
Escolar, para fins de cálculo da carga horária total do curso.
Na Educação de Jovens e Adultos, o aluno poderá requerer aproveitamento integral de
estudos de disciplinas concluídas com êxito, por meio de cursos organizados por disciplina,
por etapas, cuja matrícula e resultados finais tenham sido realizados por disciplinas ou de
Exames Supletivos, apresentando a comprovação de conclusão.
92
4.2.9. Adaptação
A adaptação de estudos de disciplinas é atividade didático-pedagógica desenvolvida sem
prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica Curricular, para que o aluno
possa seguir o novo currículo. A adaptação de estudos far-se-á pela Base Nacional
Comum.
Será realizada durante o período letivo. A efetivação do processo de adaptação será de
responsabilidade da equipe pedagógica e docente, que deve especificar as adaptações a que
o aluno está sujeito, elaborando um plano próprio, flexível e adequado ao aluno.
É de responsabilidade da secretaria da escola informar a equipe pedagógica e direção a
necessidade de adaptação curricular do discente, bem como a organização do livro e
documentos legais para acontecer a adaptação.
Na conclusão do curso, o aluno deverá ter cursado, pelo menos, uma Língua Estrangeira
Moderna. Ao final do processo de adaptação, será elaborada Ata de resultados, os quais
serão registrados no Histórico Escolar do aluno e no Relatório Final.
4.2.10. Programas
4.2.10.1. Programa FICA
Este programa tem por objetivo demonstrar os indicativos das causas principais da evasão
e os casos resolvidos ou não pela escola, pelo Conselho Tutelar e Ministério Público como
também aproximar os segmentos da escola, para buscar suporte no enfrentamento à evasão
juntamente com o NRE.
Pré julgamentos, baseados no senso comum, que podem ser um dos fatores que muitas
vezes impedem a escola de construir, desde já, estratégias que permitam a re/inclusão do
aluno, como também trabalhar paralelamente a prevenção com crianças que ainda estão em
sala de aula.
Assim, nos fundamentamos na lei para garantirmos ações mais eficazes:
Art. 205Art. 205 da Constituição Federal preconiza que "A Educação, direito de todos e dever
93
do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o Trabalho."
A LBDN - Lei 9.394/96 determina:
Art. 12Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitando as normas e as do seu sistema de
ensino, terão a incumbência de:
V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;
VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da
sociedade com a escola.
VII - informar os pais e responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos alunos, bem
como a de sua proposta pedagógica.
VIII - notificar ao Conselho Tutelar, ao juiz competente da Comarca e ao respectivo
representante Ministério Público a relação dos alunos que apresentem quantidade de faltas
acima de cinquenta por cento do percentual permitido em lei.
Art. 13Art. 13.. Os docentes incumbir-se-ão de:
III – zelar pela aprendizagem do aluno;
IV – estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;
VI – colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.
Art. 24Art. 24.. A educação básica nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo
com as seguintes regras comuns:
V – a verificação do rendimento observará os seguintes critérios:
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação de preferência paralelos ao período letivo,
para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de
ensino em seus regimentos.
VI – o controle de frequência fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu regimento
e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a frequência mínima de setenta e
cinco por cento de horas para aprovação.
Estatuto da Criança e do Adolescente - (Lei nº 8.069/90)
Art. 2Art. 2. Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade
incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Art. 4Art. 4. É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público
94
assegurar, com absoluta prioridade, efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,
ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Art. 53Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para exercício da cidadania e qualificação para o
trabalho, assegurando-lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
Parágrafo único – É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico,
bem como participar da definição das propostas educacionais.
O Colégio neste ano letivo encaminhou os casos de aluno que se afastou do Sistema de
Ensino ou desistiu das atividades escolares do qual era frequente, sem solicitar
transferência.
Sabemos que esses educandos são aqueles que em razão de condições adversas e hostis do
meio, correm o risco de não completarem um determinado período de sua formação,
percebe-se, então, que algumas atitudes relacionadas à evasão estão associadas a vida
social e a situações vivenciadas pela família como o desemprego, a separação conjugal e
outras levando a estes alunos a ficarem ausentes na escola e por isso é realizado
encaminhamentos logo que se comunique a equipe pedagógica do colégio.
4.2.10.2. Programa Mais Educação
Entendemos que os alunos do Colégio Antonio Tupy Pinheiro necessitam de um
atendimento extraclasse fortalecendo assim, as ações políticas e pedagógicas, além de visar
à melhoria na qualidade de ensino.
Diante de situação de vulnerabilidade, quanto ao contexto sócio familiar com nossos
alunos, a escola foi contemplada com o Programa Mais Educação, que tem como objetivo
principal integrar mais ainda o aluno na escola, proporcionando atividades voltadas à
reflexão de temas como: companheirismo, responsabilidade e ética.
As atividades desenvolvidas buscam estimular a curiosidade natural dos alunos,
possibilitando o conhecimento de aspectos culturais e socioculturais do ser humano. O
pluralismo metodológico e os diferentes recursos no desenvolvimento das atividades
contribuíram para que muitos alunos pudessem superar os obstáculos conceituais.
95
O Programa tem uma linguagem própria, é uma mistura de música, poesia e diversão e foi
trabalhado dentro da perspectiva inclusiva, onde todos os alunos foram estimulados a
desenvolver suas habilidades através de seus interesses. A socialização, o respeito pela
diversidade e o trabalho coletivo, foram questões muito trabalhadas, o que trouxe
benefícios para os alunos.
AÇÕES/
OBJETIVOS
PROFESSOR N.
ALUNOS
TURNO DIAS DA
SEMANA
ESPORTE E LAZER – Compreender a Educação Física como participação social e exercício de cidadania; estimular todas as formas de manifestações de linguagens corporais; entender os princípios fundamentais do jogo.
MARIA
ANTONIETA
70
MANHÃ
3ª e 5ª feira
ACOMPANHAMENTO DE ESTUDOS – conhecer as estruturas básicas para a leitura; incentivar o estudo; expressar-se matematicamente; construir sentidos para o mundo, percepção de ações e consequências.
ARLETE 70
MANHÃ
4ª e 6ª feira
CULTURA E LAZER – PERCUSSÃO – desenvolvimento da criatividade e consciência corporal, contribuir para o convívio cultural, social, lazer e responsabilidade através da música; importância da música na educação; valores educativos e culturais.
CARINE 70
MANHÃ
2ª e 6ª feira
CULTURA E ARTES – CANTO CORAL – Reforçar a posição de responsabilidade e aproveitar a criatividade dos alunos para construir bases para o pensamento artístico e musical, dentro de uma cultura de paz; Estimular a contemplação de músicas de nível, cujo principal comprometimento seja com o que de melhor existe em nosso país em matéria de arte, cultura e comprometimento histórico e político.
RAFAELE 70
MANHÃ
3ª e 4ª feira
TEATRO – Compreender o conceito acerca do surgimento do teatro, jogos teatrais, produção de peças, ensaios abertos, monólogos, esquetes, com foco no processo e numa apresentação final.
FELIPE 70
MANHÃ
2ª e 5ª feira
4.2.11. Projetos
96
4.2.11.1. Projeto - Feira do Conhecimento
A Feira do Conhecimento é uma iniciativa do Colégio Estadual Antonio Tupy Pinheiro, sob a
coordenação dos professores de Ciências e Biologia, bem como dos alunos participantes do
PIBID de Ciências da Unicentro e das alunas participantes do Pibid de Biologia da Faculdade
Guairacá, sendo esta uma ação de incentivo ao desenvolvimento de trabalhos científicos e
culturais no âmbito do colégio, tornando-a um lugar de acesso e produção de conhecimento, de
manifestação cultural e desempenhando relevante papel na medida em que introduz os jovens
no universo da arte, da cultura e da investigação científica.
A Feira do Conhecimento busca ampliar o espaço para o desenvolvimento da curiosidade
científica em sua dimensão histórica, social e cultural, considerando os questionamentos que
surgem das experiências, expectativas e estudos teóricos de nossos estudantes.
Entre os objetivos da Feira, estão:
- Incentivar a construção de atividades de iniciação científica na Educação Básica, visando o
conhecimento científico e pedagógico;
- Incentivar a pesquisa nos componentes curriculares que integram as áreas de Ciências da
Natureza, da Matemática, Linguagens e Ciências Humanas;
- Socializar a produção dos estudantes do Ensino Fundamental e Médio, como incentivo à
pesquisa científica e pedagógica;
- Promover entre professores e estudantes a cultura da Feira do Conhecimento;
- Elaborar e desenvolver projetos interdisciplinares;
- Proporcionar maior integração entre escola e a comunidade escolar.
4.2.11.2. Projeto - Interclasse
Visando a integração e uma maior participação dos alunos nas atividades esportivas, uma
vez que não lhes é ofertado outras atividades além do JESP, propomos o Interclasse, como
forma de contemplar essa defasagem, além de instigar o gosto pelo esporte.
Em dia pré estabelecido, a escola se organizará de forma a desenvolver de melhor maneira
possível as atividades esportivas propostas, integrando os alunos, professores e
funcionários. Essas atividades são de cunho competitivo, sendo posteriormente premiados
os três primeiros colocados de cada modalidade (voleibol, futsal, tênis de mesa, futdedo,
pebolim, etc).
97
O Interclasse acontecerá no primeiro semestre, nos períodos da manhã e da tarde, podendo
ser ampliado para mais um dia caso não seja o suficiente.
É utilizado como instrumento avaliativo para as turmas do 3° Ano do Ensino Médio, na
disciplina de Educação Física, pois os mesmos ficam responsáveis pela organização junto à
professora responsável. Para as demais turmas é avaliada a organização e a participação
nas atividades propostas.
4.2.11.3. Projeto - Simulado - 3° Ano do Ensino Médio
Visando nossa preocupação com o aprendizado efetivo do aluno e a importância de seu
ingresso no Ensino Superior, aos meses que antecedem o fim do ano letivo estaremos
organizado um Simulado para os 3° Anos do Ensino Médio.
Nosso objetivo maior é avaliar o quanto nosso aluno está preparado para enfrentar tal
desafio, havendo tempo para sanarmos as possíveis dificuldades apresentadas com o
Simulado.
4.2.11.4. Projeto - Festa Junina
A integração entre escola e comunidade coloca-se como um dos pilares fundamentais da
educação. Desta forma, procuramos fazer com que tal integração ocorra de forma
agradável e produtiva, havendo confraternização através da Festa Junina por parte dos
professores, da comunidade e das diversas apresentações artísticas que explorem as
potencialidades de nossos alunos.
Em dia pré estabelecido, a escola se abrirá à comunidade, com barracas de brincadeiras e
de comes e bebes, organizadas por alunos e equipe de professores e funcionários, além das
apresentações típicas de Festa Junina, organizadas pelas turmas.
4.2.12. Estágio não-obrigatório
O estabelecimento reuniu o Conselho Escolar para discutir e aprovar as inclusões de
Estágio não Obrigatório, o qual foi aprovado através de ata assinada por todos. Ficou
estabelecido nesta reunião que um(a) pedagogo (a) por turno ficará responsável em
acompanhar efetivamente os estagiários exigindo relatório periódico e avaliando suas 98
atividades, zelar pelo seu cumprimento do termo de compromisso firmado entre as
instituições, atendendo desta forma a lei 11.788/08.
Acreditamos que quando uma instituição procura por nosso Colégio, ela e/ou seus
representantes saibam um pouco de nossa comunidade escolar, nossa realidade social,
nosso ritmo de trabalho e por isso a elegeu para contribuir na formação de seus
acadêmicos. Nosso colégio tem uma preocupação inerente ao recebimento de estagiários;
acreditamos ser esta uma prática necessária para o aprendizado do acadêmico. Para
podermos atender nossos parceiros e futuros profissionais das mais diversas licenciaturas,
elaboramos um plano de atendimento pois, pensando em contribuir para tais formações,
não podemos deixar de privilegiar o trabalho de nossos profissionais, evitando o grande
fluxo de pessoas nos ambientes pedagógicos e principalmente não comprometendo a rotina
do colégio e da sala de aula.
Então esperamos de nossos estagiários:
• O estágio só será liberado após consulta ao professor regente da disciplina, pois
delegamos a eles a condição de aceitar ou não estagiários em sua classe;
• O professor receberá estagiários em sua classe apenas uma vez ao ano (primeiro ou
segundo semestre);
• O contato para o estágio deverá ser feito diretamente pelo professor da disciplina de
prática de ensino supervisionada da instituição/curso, para avaliarmos o cronograma, a
carga horária, as equipes, entre outros;
• O acadêmico deverá submeter-se ao horário das aulas (tais horários sofrem
alterações com frequência devido a licenças especiais, licenças médicas, PDE, etc);
• O estagiário deverá apresentar-se com uma identificação da instituição de ensino;
• O estagiário deverá comunicar com antecedência sua ausência na data marcada
para que o professor regente organize sua prática de modo a não prejudicar os alunos;
• O estagiário deverá zelar pelo clima de respeito e colaboração;
• O estagiário ou seu professor de estágio deverá levar até a equipe pedagógica os
casos que não puder solucionar ou sinta necessidade de auxilio, seja com alunos,
professores ou demais agentes educacionais;
99
• As condições específicas de aprendizagens, hábitos de estudos, relacionamento ou
qualquer situação que venham a expor ou colocar em situação vexatória o aluno e/ou o
profissional da educação, deverá ser mantido em sigilo, atendendo ao E.C.A., ao Estatuto
do Magistério e a formação ética que se espera dos profissionais da educação;
• O colégio espera contar com a colaboração dos estagiários também em atividades
extraclasse, contra-turno, datas especiais, etc. Analisamos atividades propostas pelos
estagiários ou solicitamos o apoio quando necessário. ( Grupo de Dança, Atividades
Esportivas, Simulados para vestibulares, Dia do Desafio, Gincanas/Recreação, Atividades
lúdicas, oficinas pedagógicas, incentivo a leitura, reforço de matemática entre outros). As
oportunidades serão oferecidas preferencialmente aos que se dispuserem a colaborar com
tais atividades no Colégio.
4.2.13. Atividades Complementares Curriculares em Contraturno
O Programa de Atividades Complementares Curriculares em Contra turno visa a melhoria
da qualidade do ensino por meio da ampliação de tempos, espaços e oportunidades
educativas realizadas na escola ou no território em que está situada, em contra turno, a fim
de atender às necessidades socio-educacionais dos alunos. Ele é regulamentado pela
RESOLUÇÃO N.º 1690/2011 – GS/SEED.
As atividades complementares curriculares estão vinculadas ao projeto político pedagógico
da instituição de ensino e buscam responder às demandas educacionais e aos anseios da
comunidade.
4.2.13.1. CELEM
O Centro de Línguas Estrangeiras Modernas é uma oferta extracurricular e gratuita de
ensino de Línguas Estrangeiras nas escolas da rede pública do Estado do Paraná. Para
atender a instrução nº 011/2009-SUED/SEED a Matriz Curricular deste estabelecimento de
ensino optou pela Língua Inglesa, assim ofertaremos a Língua Espanhola através do
CELEM, atendendo desta forma a Lei Federal nº 11.161/2005. Tem caráter extracurricular,
sendo seu funcionamento em horário intermediário de aulas, ressaltando-se o fato de que a
oportunidade de frequência nas aulas é estendida a toda comunidade escolar.
100
4.2.14. Atendimento Educacional Especializado
A sala de recursos funciona como ambiente específico com profissional especializado, de
natureza pedagógica. Apoia e complementa o atendimento educacional realizado em
classes comuns do ensino fundamental (6° a 9° anos).
Os alunos atendidos nas salas de recursos são regularmente matriculados no ensino
fundamental, egressos da educação especial, ou aqueles que apresentam dificuldades
significativas na aprendizagem, distúrbios de aprendizagem e/ou deficiência mental e que
necessitam de apoio especializado complementar para obter sucesso no processo de
aprendizagem na classe comum. É necessário que tenham laudo.
A avaliação pedagógica para o ingresso é realizada no contexto do ensino regular pelo
professor da classe comum, professor especializado e equipe pedagógica da escola, com
assessoramento de uma equipe multiprofissional (externo) e equipe do NRE.
O trabalho desenvolvido na Sala de Recursos deverá partir dos interesses, necessidades e
dificuldades de aprendizagens, específicos de cada aluno, oferecendo subsídios
pedagógicos contribuindo para aprendizagem dos conteúdos na classe comum.
Recebemos alunos do próprio Colégio e de Colégios adjacentes. Trabalhamos com
cronograma próprio, com carga horária de duas aulas diárias, chegando a três dias
intercalados durante a semana. Os conteúdos ministrados são selecionados de acordo com
a necessidade do aluno, tanto em Língua Portuguesa como em Matemática. As atividades
proporcionadas, são reflexivas, com metodologia sócio interacionista construtivista de
modo a resgatar os conhecimentos prévios do aluno, dando continuidade a construção de
novos conhecimentos necessários à série em que se encontra. Dando ênfase em jogos
intelectivos com uso tecnológico como ferramenta motivadora. Todas as atividades
propostas são registradas, datadas e organizadas em pasta individual do aluno. O aluno é
encaminhado a Sala de Recursos pelos professores, equipe pedagógica, pais, e outros
através de documentação própria: laudos médicos, avaliações psicopedagógicas,
encaminhamentos (alunos vindos de classes especiais). Após determinado tempo de
trabalho e progresso do aluno (superação das dificuldades), decide-se pela continuidade ou
liberação do aluno no trabalho. No final de cada semestre é realizado um relatório de
acompanhamento pedagógico individual do aluno, o qual é assinado pela professora da
101
Sala de Recursos, pedagoga do Colégio e pais ou responsáveis pelo aluno. Este relatório é
encaminhado ao NRE para apreciação. De dois em dois anos é realizada a renovação de
funcionamento da Sala de Recursos desde que haja demanda de alunos.
4.2.15. Conteúdos Obrigatórios e Temas Socioeducacionais
Tanto os conhecimentos universais como os desafios do cotidiano podem e devem ser
discutidos como expressões históricas, políticas e econômicas da realidade. Tornam-se
parte do conteúdo e, portanto, da proposta pedagógica curricular quando inerentes à
compreensão dos mesmos na totalidade e são desafios do cotidiano que conduzem o
coletivo escolar a buscar os fundamentos conceituais sobre os mesmos, nas dimensões
históricas, sociais, políticas e econômicas, suscitando a busca por suportes concretos dada
a compreensão dos mesmos em sua concretude.
Estas são as necessárias discussões, a serem feitas na escola, para que o currículo possa
expressar o projeto de educação e de sociedade que se almeja e neste sentido a
intencionalidade do trabalho com o conhecimento na disciplina.
Componentes para a EI, EF e EM (Municipais, Estaduais e Privadas)
Componentes para EF e EM (Municipais, Estaduais e Privadas)
Violência contra a Criança e o Adolescente - Lei federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e adolescentes 8069/90
Execução do Hino Nacional - Lei 12031/09
Educação Ambiental - Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13
História do Paraná - Lei 13181/01 e Deliberação07/06
Música - Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12 Educação Fiscal e Educação Tributária - Decreto1143/99, Portaria 413/02
Estatuto do Idoso - Lei 10741/03 Sexualidade Humana - Lei 11733/97
Educação para o trânsito - Lei 9503/97 Prevenção ao Uso de Drogas - - Lei 11343/06
Educação Alimentar e Nutricional - Lei11947/09
Direitos Humanos - Resolução 01/12 - CNE/CP
História e Cultura Afro-Brasileira, Africana eIndígena - Lei 11.645/08
Componentes para EF e EM – Escolas e Colégios Estaduais
Hasteamento e execução do Hino do Paraná - Instrução 13/12
Brigadas Escolares – Decreto- 4837/12
102
4.2.15.1. Educação Ambiental
O trabalho desenvolvido com a questão ambiental, visa implementar a Lei Federal 9795/99
e o Decreto n.° 4281/02, promovendo o desenvolvimento da Educação Ambiental em um
processo permanente de formação e de busca de informação voltada para a preservação do
equilíbrio ambiental, para a qualidade de vida e para a compreensão das relações entre o
homem e o meio biofísico, bem como para os problemas relacionados a estes fatores.
4.2.15.2. Enfrentamento à Violência
Trabalhar esse tema é um desafio. Desta forma, buscar-se-á a ampliação da
compreensão e formar uma consciência crítica sobre a violência e, assim, transformar a
escola em espaço onde o conhecimento toma o lugar da força. O Colégio Antonio Tupy
Pinheiro busca atender à legislação pertinente ao Enfrentamento à Violência contra a
Criança e o Adolescente: Direito da Criança e do Adolescente (Lei Federal n.°11525/07);
4.2.15.3. Prevenção ao uso indevido de Drogas
A prevenção ao uso indevido de Drogas é um trabalho desafiador, que requer tratamento
adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de pesquisa, desprovido de valores e
crenças pessoais. Por meio da busca do conhecimento, educadores e educandos são
instigados a conhecer a legislação que reporta direta ou indiretamente a esse desafio, bem
como a debater assuntos presentes em nosso cotidiano como: drogadição, vulnerabilidade,
preconceito e discriminação ao usuário de drogas, narcotráfico, violência, influência da
mídia, entre outros.
4.2.15.4. Sexualidade
103
O trabalho educativo com a Sexualidade, segundo a Lei 11733/97, por meio dos
conteúdos elencados nas Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do
Estado do Paraná, deve considerar os referenciais de gênero, diversidade sexual, classe e
raça/etnia.
4.2.15.5. História e Cultura Afro Brasileira, Africana e Indígena
As especificidades sociais, culturais, econômicas no âmbito regional e no âmbito local, em
atendimento ao artigo 26 da Lei 9.394/96, são tratadas como conteúdos curriculares nas
disciplinas da Matriz Curricular. A história e cultura afro-brasileira, africana e dos povos
indígenas brasileiros, também, são tratadas como conteúdos curriculares. Está de acordo
com a Lei 10.639/03 e com a Lei 11.645/08 e para a consolidação das Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico Raciais e para o Ensino da
História e Cultura Afro Brasileira e Africana, acrescida da Deliberação Estadual nº
04/06 do CEE. É um desafio e visa promover o reconhecimento da identidade, da
história e da cultura da população negra paranaense, assegurando a igualdade e
valorização das raízes africanas ao lado das indígenas, europeias e asiáticas a partir do
ensino da História e Cultura Afro Brasileira e Africana.
4.2.15.5.1. Equipe Multidisciplinar
A Equipe Multidisciplinar é uma instância de organização do trabalho escolar, coordenada
pela equipe pedagógica, e instituída por Instrução da SUED/SEED, de acordo com o
disposto no art. 8º da Deliberação nº 04/06 – CEE/PR, com a finalidade de orientar e
auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Étnico Raciais e
ao Ensino de História e Cultura Afro Brasileira, Africana e Indígena, ao longo do período
letivo.
A Equipe Multidisciplinar se constitui por meio da articulação das disciplinas da Base
Nacional Comum, em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação
Básica e Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnico Raciais e
para o Ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Africana, com vistas a tratar da
História e Cultura da África, dos Africanos, Afrodescendentes e Indígenas no Brasil, na
104
perspectiva de contribuir para que o aluno negro e indígena mire-se positivamente, pela
valorização da história de seu povo, da cultura, da contribuição para o país e para a
humanidade.
Os integrantes da Equipe Multidisciplinar participam de atividades formativas realizadas
na escola e em outros espaços organizados pela SEED. Eles atuam como articuladores e
multiplicadores de conhecimentos, provocando debates, reflexões e ações para o trabalho
com os referidos conteúdos.
A composição e organização da Equipe Multidisciplinar são orientadas pela RESOLUÇÃO
N°. 3399 / 2010 – GS/SEED.
4.2.15.6. História do Paraná
A proposta do Colégio Estadual Antonio Tupy Pinheiro para o desenvolvimento das
atividades relacionadas à História do Paraná é a introdução aos estudos históricos partindo
da história local, já que a mesma se encontra mais próxima do aluno, a realidade da mesma
é mais tangente, mais palpável para o aluno, isso porque se parte da sua vivência, do seu
dia-a-dia.
Nas Diretrizes Curriculares fica evidente a proposta metodológica de partir das histórias
locais e do Brasil para a Geral possibilitando a abordagem da história regional. Tal
proposta atende a Lei 13.181/01, a qual torna obrigatória, no Ensino Fundamental e Médio
da Rede Pública Estadual, o trabalho com os conteúdos de História do Paraná.
É interessante observar que a metodologia de ensino de História proposta pelas Diretrizes
privilegia alunos e professores como sujeitos produtores do conhecimento histórico. E
trabalhar o local onde os alunos vivem, com a sua realidade os coloca como produtores
deste saber, isto porque a sua vivência pessoal e a sua realidade local estarão sendo
referendadas no contexto de uma história mais ampla, geral. Tal iniciativa facilita o
entendimento histórico e apropriação do mesmo por parte dos alunos, o que vem a
contribuir como um facilitador para o trabalho docente.
Ainda vale destacar que, segundo as Diretrizes ao trabalhar as noções de temporalidade
deve-se tomar a experiência de vida do aluno como ponto de partida para o trabalho com
os conteúdos, já que o ensino de História só se torna relevante na medida em que a
aprendizagem seja significativa, que considere as ideias históricas dos alunos. O contato
105
com outras estruturas cognitivas permite que eles as relacionem com seus conhecimentos
prévios, para estabelecer um novo conhecimento, agora reelaborado e com significado para
eles.
4.2.15.7. Música (Lei n.°11769/08)
A Lei 11769/08, institui o ensino de música obrigatório em toda a rede pública de ensino.
Acrescenta-se a ela a Resolução 07/10 e 02/12. O conteúdo de música está ligado ao
componente curricular de Artes, podendo ser abordado por todas as demais disciplinas.
4.2.15.8. Educação Fiscal, Educação Tributária (Decreto n.° 1143/99 – Portaria n.° 413/02)
A Educação Fiscal deve ser compreendida como uma abordagem didático pedagógica
capaz de interpretar as vertentes financeiras de arrecadação e dos gastos públicos,
estimulando o cidadão a compreender o seu dever de contribuir solidariamente em
benefício do conjunto da sociedade que deve estar consciente da importância de sua
participação no acompanhamento da aplicação dos recursos arrecadados, com justiça,
transparência, honestidade e eficiência, minimizando o conflito de relação entre o cidadão
contribuinte e o Estado Arrecadador. Gonçalves (2010, p.22) relata que a Educação Fiscal
é [...] um meio para construir a cidadania, abrir caminho para o desenvolvimento social,
político, econômico e humano de uma nação”.
A Educação Fiscal deve tratar da compreensão do que é o Estado, suas origens, seus
propósitos e da importância do controle da sociedade sobre o gasto público, por meio da
participação de cada cidadão, concorrendo para o fortalecimento do ambiente democrático,
é uma ponte que nos liga a essa fonte de saber, uma porta que se abre para a construção de
um processo de participação popular. Segundo Demo (1996, p.17), a “[...] participação é
conquista social”.
4.2.15.9. Brigada Escolar – Defesa Civil na Escola
O Programa Brigadas Escolares – Defesa Civil na Escola e tem como objetivo a proteção
humana, mantendo a comunidade escolar segura em situações de risco, realizando
106
treinamento pautados em normas de segurança nacional e internacionais, buscando
fundamentalmente organizar a saída da população de maneira ordeira dos ambientes
escolares, doutrinando a população para agir pró-ativamente em situações que envolvam
ameaça de desastres.
O Programa tem caráter preventivo, interdisciplinar e permitirá a criação das
Brigadas de Emergência para enfrentamento de situações de risco em nosso
estabelecimento de ensino. O objetivo é implantar uma nova cultura escolar, por
intermédio do conhecimento teórico e prático de temas como Primeiro Socorros, Desastres
Climáticos, Sinistros Causados pelo Fogo, Prejuízos Causados por Bombas e Artefatos
Explosivos. Acreditamos que, ao aplicarmos, com o auxílio de metodologias
diversificadas, estes conhecimentos, na vida em sociedade, o aluno terá oportunidades de
desenvolver habilidades e utilizar de forma apropriada rotinas e procedimentos corretos em
situações de risco.
As transformações climáticas hoje enfrentadas e o número cada vez maior de casos
de violência, não só nas escolas, como em todos os eixos da sociedade, nos dão a certeza
de que estamos no caminho certo para prepararmos nossos alunos para a efetiva cidadania,
oferecendo-lhes além do conhecimento técnico-acadêmico, também aquele que o formará
um cidadão ciente do que representa viver em sociedade.
4.2.15.10. Educação para o Trânsito
Lei nº 9.503/97, institui o Código de Trânsito Brasileiro.
No Brasil, os acidentes no trânsito representam a principal causa de morte de crianças entre
0 a 14 anos. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 6 mil crianças até 14 anos morrem e
140 mil são hospitalizadas anualmente no país, representando 63 milhões de reais, gastos
na rede do Sistema Único de Saúde (SUS).
As pesquisas realizadas demonstram a necessidade de uma tomada de atitude através de
medidas urgentes, sobretudo educacionais, com o intuito de mudar essa situação, pois
segundo as Diretrizes Nacionais para Educação no Trânsito, a inclusão desse tema como
abordagem transversal às áreas curriculares torna-se imprescindível, visto que o trabalho
107
permanente na escola possibilitará mudanças de comportamento que contribuirão para
garantir a segurança das crianças no espaço público.
Educar para o trânsito é primordial para a sociedade atual, que vive um quadro brutal
representado por variadas formas de agressões ao homem em seu cotidiano. A escola
necessita acompanhar as mudanças sociais preparando o educando para saber transitar no
espaço público, além de refletir sobre a questão da ética, ou seja, repensar sobre as diversas
faces de conduta do ser relacionadas ao ato de transitar.
GULLO (2000) defende as ações educativas que promovam a formação de atitudes
contribuindo, assim, para um trânsito mais humano e para a melhoria da qualidade de vida.
Entretanto, a visão fragmentada de homem e de mundo tem influenciado a ação dos
educadores que formulam seus objetivos sem ouvir a criança e o adolescente, sem
compreender sua vivência e sua percepção sobre a realidade do trânsito. A Educação de
Trânsito é concebida apenas como o ensino de regras e o treinamento de habilidades como
únicas formas de atingir o objetivo de reduzir o envolvimento em acidentes.
As Diretrizes Nacionais de Educação Para o Trânsito (2009) valorizam o
desenvolvimento da temática no contexto transversal colaborando, dessa maneira, na
formação integral do aluno. Para tanto, estabeleceram como referencial epistemológico os
seguintes aspectos a serem trabalhados: convívio social, locomoção, comunicação e
segurança do motorista, motociclista, pedestre, passageiro e ciclista.
4.2.15.11. Respeito e valorização do idoso
Não há dúvidas em afirmar que os mais velhos, depois de um longo caminho na vida,
merecem todo o respeito e admiração dos mais novos, inclusive, podendo serem ótimos
orientadores para estes com sua sabedoria e vivência. As crianças quase todo o tempo são
lembradas pelos pais de uma expressão de costume popular: “Respeitem sempre os mais
velhos!!!”. Mas além de respeito, os idosos também possuem direitos.
Na própria Constituição Federal de 1988 estão dispostas algumas proteções aos idosos: a
assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição
à seguridade social, garantido um salário mínimo mensal ao idoso que comprove não
possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família,
conforme dispuser a lei; bem como a família, a sociedade e o Estado têm o dever de
108
amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua
dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida, com programas de amparo aos
idosos executados preferencialmente em seus lares e garantindo aos maiores de 65 anos a
gratuidade dos transportes coletivos urbanos.
A lei n.º 10.741, sancionada em de 1º de outubro de 2003, cria o estatuto do idoso,
destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60
anos. Daí vem a primeira importante determinação: por lei, idoso é toda a pessoa que
possui 60 anos ou mais. Esta norma jurídica é bem abrangente, dispondo sobre os direitos à
vida, liberdade, dignidade, respeito, alimentos, saúde, educação, cultura, lazer, esporte,
trabalho, crimes, entre outros temas, assegurando um universo de direitos aos idosos, em
mais de seus 100 artigos.
No currículo dos diversos níveis de ensino deste Colégio serão inseridos conteúdos
voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso, de forma a
eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria.
4.2.15.12. Hinos
Os símbolos nacionais reúnem princípios e valores que devem ser defendidos e respeitados
pelo povo brasileiro. Conhecer e saber postar-se diante do Hino, da Bandeira, das Armas e
do Selo Nacional é dever do cidadão e necessidade da pátria.
A Lei Federal nº 5.700, de 1º de setembro de 1971, determina a forma e a apresentação
desses símbolos, disponibilizadas neste documento, em linhas gerais e objetivas.
Atendendo a lei o colégio realiza um cronograma para que seja cantado os hinos todas as
semanas com a participação das turmas.
4.2.16. Sala de informática
No Colégio Antônio Tupy Pinheiro, conta com um profissional agente educacional
II que trabalha especificamente no laboratório de informática2 e auxilia os professores
2 O laboratório de informática possui normatização específica aprovada em 2010 que se encontra em Anexo.
109
quanto aos equipamentos. Os professores contribuem muito como representantes desse
novo saber informatizado, frequentemente aulas são ministradas no laboratório de
informática e o professor age como orientador indicando os caminhos corretos de
pesquisas dentro desse mundo virtual engendrado de caminhos que muitas vezes levam a
conhecimentos duvidosos. Alguns professores entraram mais a fundo na onda digital e
criaram blogs onde publicam assuntos e conteúdos pertinentes a sua disciplina. O que
podemos considerar é que, no Colégio, grande parte dos professores já está integrada nessa
“onda”, e desejosos de explorar mais profundamente a riqueza das mídias digitais.
O Colégio Antônio Tupy Pinheiro, possui muitos alunos portadores de necessidades
educacionais especiais na área da surdez e o que se pode notar é a facilidade que estes
alunos encontram ao usarem os computadores. O que se percebe é que facilita a
aprendizagem. Segundo relato dos próprios alunos, o laboratório de informática é o
ambiente em que eles mais se adaptam.
Essa situação requer conscientização e preparo de aulas por parte dos professores, que
muitas vezes, na pressão do dia-a-dia acabam desvinculando a utilização de materiais tão
importantes.
4.3. Ações referentes à Flexibilização Curricular
O Colégio tem grande preocupação com os alunos que necessitam de um atendimento
diferenciado e/ou mesmo de uma atenção especial na relação ensino aprendizagem. Além
do atendimento diferenciado nas Salas de Recursos, todos os demais professores são
orientados a pensarem seus PTDs com conteúdos, metodologias e avaliações flexíveis para
atender a essas necessidades.
Para tanto, procuramos sempre que possível criar momentos de diálogos entre os
professores da sala de recursos e os demais, para que possam se orientar da forma mais
adequada possível , além de disponibilizarmos as fichas individuais com as devidas
informações sobre esses alunos.
4.4. Proposta Pedagógica Curricular – PPC
110
A Proposta Pedagógica Curricular elaborada coletivamente tem como base as Diretrizes
Curriculares do Estado do Paraná. Na proposta apresentam-se os fundamentos teóricos das
disciplinas, objetivos gerais, metodologia, a avaliação e conteúdos curriculares. São
abordados ainda os conteúdos obrigatórios: História do Paraná – Lei 13381/01, História e
Cultura Afro Brasileira, Africana e Indígena (Lei n° 11645/08), Música (Lei n° 11769/08),
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental Lei
Federal n° 9795/99, Dec. N° 4201/02, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra
a Criança e ao Adolescente Lei Federal n° 11525/07, Educação Tributária De. N° 1143/99,
Portaria n° 413/02, os objetivos que norteiam o trabalho docente. É preciso que se
concretize algumas ações de modo a efetivá-la e implementá-la visando a qualidade de
ensino, neste contexto, espera-se que:
• a comunidade escolar compreenda a relação intrínseca entre o Projeto
Político Pedagógico e a Proposta Pedagógica Curricular como essência do trabalho
educativo por meio de reuniões elaboradas pela direção e equipe pedagógica.
• o currículo seja o resultado de amplos debates que tenham envolvido
professores, alunos, comunidades e com a participação dos sujeitos diretamente
interessados em sua constituição final.
• Seja estimulada o desenvolvimento na escola de uma linha pedagógica de
forma compartilhada e consensual de acordo com as Diretrizes Curriculares do Estado do
Paraná.
• possamos reverter consideravelmente os índices de repetência, visando à
melhoria, a qualidade de ensino e a permanência dos alunos à escola.
• o currículo seja configurador da prática, produto de ampla discussão entre os
sujeitos da educação, fundamentado nas teorias críticas e com organização disciplinar com
apoio da equipe pedagógica e direção.
• os conhecimentos contribuam para a crítica às contradições sociais, políticas
e econômicas presentes nas estruturas da sociedade contemporânea. Nesse sentido espera-
se que os docentes desenvolvam seus trabalhos de forma organizada e coesa visando à
emancipação dos sujeitos.
111
• os professores compreendam a importância da produção científica, a
reflexão filosófica, a criação artística, nos contextos em que elas se constituem para a
formação plena do cidadão.
A Construção da Proposta Curricular para o Ensino Fundamental e Médio pressupõe
considerar a complexidade, a diversidade e as múltiplas necessidades socioculturais e
econômicas, contribuindo dessa forma através do conhecimento cientifico para a formação
crítica dos sujeitos envolvidos nesse processo.
Entende-se que a proposta curricular em sentido amplo abrange todas as experiências
escolares e dessa forma está organizado para orientar os diversos níveis de ensino e as
ações docentes. Portanto não é algo pronto, acabado, mas está em permanente construção
no cotidiano escolar, com a participação ativa de todos os membros da comunidade em que
se situa a escola. Não é restrito apenas às matérias ou aos conteúdos do conhecimento,
abrange toda uma organização e sequencias adequadas, considerando a sociedade atual e as
questões sociais, bem como aos métodos que permitem um melhor desenvolvimento dos
mesmos e o próprio processo de avaliação, incluindo questões como: o quê, como e
quando avaliar.
4.4.1. Matrizes curriculares
Contemplam-se nesse item as Matrizes Curriculares que contemplam as disciplinas
da Base Nacional Comum e da Parte Diversificada.
4.4.1.1. Ensino Fundamental regular de 6° a 9° anoNº Nome da Disciplina
(Código SAE)Composição Curricular
Carga Horária Semanal das
Seriações
Grupo Disciplina O(*)
6º 7º 8º 9º
1 ARTE (704) BNC 2 2 2 2 S
2 CIÊNCIAS (301) BNC 3 3 3 3 S
3 EDUCAÇÃO FÍSICA (601)
BNC 2 2 2 2 S
4 ENSINO RELIGIOSO (7502)
BNC 1 1 S
112
5 GEOGRAFIA (401) BNC 2 3 3 3 S
6 HISTÓRIA (501) BNC 3 2 3 3 S
7 LÍNGUA PORTUGUESA (106)
BNC 5 5 5 5 S
8 MATEMÁTICA (201) BNC 5 5 5 5 S
9 L.E.M.-INGLÊS (1107) PD 2 2 2 2 S
Total C.H.Semanal
25 25 25 25
4.4.1.2. Ensino Médio por Bloco
1º E 2º SEMESTRE
Nº Nome da Disciplina (Código SAE)
Composição Curricular
Carga Horária Semanal das
Seriações
Grupo Disciplina O(*)
3-2 4-2 5-3 6-3
1 ARTE (704) BNC 4 4 S
2 BIOLOGIA (1001) BNC 4 0 4 0 S
3 EDUCAÇÃO FÍSICA (601)
BNC 4 0 4 0 S
4 FILOSOFIA (2201) BNC 3 0 3 0 S
5 GEOGRAFIA (401) BNC 0 4 0 4 S
6 HISTÓRIA (501) BNC 4 0 4 0 S
7 LÍNGUA PORTUGUESA (106)
BNC 6 0 6 0 S
8 MATEMÁTICA (201) BNC 0 6 0 6 S
9 FÍSICA (901) BNC 0 4 0 4 S
10 QUÍMICA (801) BNC 0 4 0 4 S
11 SOCIOLOGIA (2301) BNC 0 3 0 3 S
12 L.E.M.-INGLÊS (1107) PD 4 0 4 0 S
13 L.E.M.-ESPANHOL (1108)
PD 4 0 4 0 Língua Estrangeira Moderna
S
Total C.H.Semanal
29 25 29 25
113
4.4.1.3. Ensino Médio anual
Nº
Nome da Disciplina (Código SAE)
Composição Curricular
Carga Horária Semanal das Seriações*
Grupo Disciplina O(*)
1º 2º 3º
1 ARTE (704) BNC 2 0 0 S
2 BIOLOGIA (1001) BNC 2 3 2 S
3 EDUCAÇÃO FÍSICA (601)
BNC 2 2 2 S
4 FILOSOFIA (2201) BNC 2 2 2 S
5 GEOGRAFIA (401) BNC 2 2 2 S
6 HISTÓRIA (501) BNC 2 2 3 S
7 LÍNGUA PORTUGUESA (106)
BNC 2 3 3 S
8 MATEMÁTICA (201)
BNC 3 3 2 S
9 FÍSICA (901) BNC 2 2 2 S
10 QUÍMICA (801) BNC 2 2 3 S
11 SOCIOLOGIA (2301) BNC 2 2 2 S
12 L.E.M.-INGLÊS (1107)
PD 2 2 2 S
13 L.E.M.-ESPANHOL (1108)
PD 4 4 4 Língua Estrangeira Moderna
S
Total C.H.Semanal
29 29 29
114
* A implementação do Ensino Médio Anual está ocorrendo de forma gradativa, desde o ano de 2015.
4.4.1.4. EJA - Ensino Fundamental – fase II
nº Nome da Disciplina Total de Horas/aula Nº de Encontros
1 MATEMÁTICA 336 84
2 LÍNGUA PORTUGUESA 336 84
3 HISTÓRIA 256 64
4 CIÊNCIAS 256 64
5 GEOGRAFIA 256 64
6 INGLÊS 256 64
7 EDUCAÇÃO FÍSICA 112 28
8 ARTE 112 28
9 LÍNGUA ESPANHOLA* 256 64
10 ENSINO RELIGIOSO* 12 3
* Disciplinas de oferta obrigatória pelo Estabelecimento de Ensino e de matrícula facultativa para o educando.
115
4.4.1.5. EJA - Ensino Médio
nº Nome da Disciplina Total de Horas/aula Nº de Encontros
1 MATEMÁTICA 208 52
2 LÍNGUA PORTUGUESA 208 52
3 HISTÓRIA 128 32
4 BIOLOGIA 128 32
5 GEOGRAFIA 128 32
6 INGLÊS 128 32
7 EDUCAÇÃO FÍSICA 64 16
8 ARTE 64 16
9 FÍSICA 128 32
10 QUÍMICA 128 32
11 SOCIOLOGIA 64 16
12 FILOSOFIA 64 16
13 LÍNGUA ESPANHOLA* 128 32
* Disciplina de oferta obrigatória pelo Estabelecimento de Ensino e de matrícula facultativa para o educando.
4.4.2. Propostas Pedagógicas Curriculares – disciplinas
4.4.2.1. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - MATEMÁTICA
Fundamentos teóricos da disciplina
Ao considerar a Matemática como uma criação humana, mostrando as necessidades e preocupações de
diferentes culturas, em diferentes momentos históricos, ao estabelecer comparações entre os conceitos e
processos matemáticos do passado e do presente, o professor cria condições para que o aluno desenvolva
atitudes e valores mais favoráveis diante desse conhecimento rompendo com uma concepção platônico –
formalista que dá a matemática um caráter de ciência inatingível.
A finalidade da matemática é fazer com que o aluno construa, por intermédio do conhecimento
matemático, valores e atitudes de natureza diversa, buscando a formação integral do ser humano, e do
cidadão, isto é, do homem público, prevendo assim a formação de um estudante crítico, capaz de agir
com autonomia nas suas relações sociais.
Isto se dá através de uma abordagem histórica do conhecimento matemático, que concebe a Matemática
como atividade humana em construção, neste sentido o professor não só tem a possibilidade de ensinar o
conteúdo desta disciplina, mas também influenciar na formação do pensamento do aluno.
De acordo com o currículo Básico, aprender matemática é mais do que manejar fórmulas, saber fazer
contas ou marcar x nas respostas: é interpretar, criar significados, construir seus próprios instrumentos
para resolver problemas, estar preparado para perceber estes mesmos problemas, desenvolver o raciocínio
lógico, a capacidade de conceber, projetar e transcender o imediatamente sensível, superando uma
perspectiva utilitarista sem perder o caráter científico da disciplina. Nesta perspectiva objetiva-se que o
estudante tenha condições de constatar regularidades, generalizações utilizando linguagem adequada para
descrever e interpretar fenômenos matemáticos.
É importante que o estudante compreenda os conceitos matemáticos a partir de análises, discussões,
conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de ideias, raciocine com clareza e saiba expressar
ideias matemáticas aplicando-as com segurança na resolução de problemas.
A linguagem matemática é utilizada pelo raciocínio para decodificar informações, para compreender e
elaborar ideias. É necessário que o aluno aprenda a expressar-se verbalmente e por escrito nesta
linguagem, transformando dados em gráficos, tabelas, diagramas, equações, fórmulas, conceitos ou
outras demonstrações matemáticas, entre outros. Deve compreender o caráter simbólico desta linguagem
e valer-se dela como recurso nas diversas áreas do conhecimento, e do mesmo modo em seu cotidiano.
Entender que enquanto sistema de código e regras, a matemática é um bem cultural que permite
comunicação, interpretação, inserção e transformação da realidade.
A Matemática contribui para o desenvolvimento de habilidades no sentido de: observar e analisar
regularidades matemáticas; fazer generalizações e apropriar-se de linguagem adequada para resolver
problemas e situações ligadas a matemática e outras áreas do conhecimento; visando a formação global
do cidadão, mediante a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, das tecnologias,
das artes e dos valores nos quais se fundamenta a sociedade em que está inserido.
Objetivos gerais da disciplina
* Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e transformar o mundo à sua
volta.
* Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos do ponto de vista do
conhecimento e estabelecer o maior número possível de relações entre eles, utilizando para isso o
conhecimento matemático (aritmético, geométrico, métrico, algébrico, estatístico, combinatório,
probabilístico).
* Resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultados desenvolvendo formas de
raciocínio e processos, como dedução, indução, intuição, analogia, estimativa.
* Comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e apresentar resultados com precisão e
argumentar fazendo uso da linguagem oral, estabelecendo relações entre ela e diferentes representações
matemáticas.
* Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos matemáticos, desenvolvendo a auto-
estima e a perseverança na busca de soluções.
* Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando cooperativamente na busca de soluções para
problemas propostos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO
NÚMEROS E ÁLGEBRA:• SND – Sistema de Numeração Decimal e não decimal.• Números naturais.• Múltiplos e divisores• Números Fracionários e Decimais.• Potenciação e radiciação.
GRANDEZAS E MEDIDAS• Medidas de comprimento;• Medidas de massa;• Medidas de área;• Medidas de volume;• Medidas de tempo;• Medidas de ângulos;• Sistema Monetário.
GEOMETRIAS• Geometria Plana.• Geometria Espacial.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO• Dados, tabelas e gráficos;• Porcentagem.
7º ANO
NÚMEROS E ÁLGEBRA• Números Inteiros;• Números racionais;• Equação e Inequação do 1º grau;• Razão e proporção;• Regra de três simples
GRANDEZAS E MEDIDAS• Medidas de temperatura;• Medidas de Ângulos.
GEOMETRIAS• Geometria Plana;• Geometria Espacial;• Geometrias Não-Euclidianas.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO• Pesquisa Estatística;• Média Aritmética;• Moda e mediana;• Juros simples.
8º ANO
NÚMEROS E ÁLGEBRA• Números racionais e Irracionais;• Monômios e Polinômios;• Produtos notáveis.• Sistemas de Equações do 1º grau;• Potências;
GRANDEZAS E MEDIDAS• Medida de comprimento;• Medida de área;• Medidas de volumes• Medidas de ângulos.
GEOMETRIAS• Geometria Plana
• Geometria Espacial;• Geometria Analítica;• Geometrias não-Euclidiana.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO• Gráfico e Informação;• População e amostra.º ANONÚMEROS E ÁLGEBRA• Números Reais;• Propriedades dos radicais;• Equação do 2º grau;• Teorema de Pitágoras;• Equações Irracionais;• Equações Biquadradas;• Regra de Três Composta.
GRANDEZAS E MEDIDAS• Relações Métricas no Triângulo Retângulo;• Trigonometria no Triângulo Retângulo;
FUNÇÕES• Noção intuitiva de Função Afim .• Noção intuitiva de Função Quadrática.
GEOMETRIAS• Geometria Plana;• Geometria Espacial;• Geometria Analítica;• Geometria Não-Euclidiana.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO• Noções de Análise Combinatória;• Noções de Probabilidade;• Estatística;• Juros Compostos.
1° Ano – Ensino Médio Regular
NÚMEROS E ÁLGEBRA:• Números reais; • Equações e inequações exponenciais, logarítmicas e modulares.
GRANDEZAS E MEDIDAS:
• Medida de informática;• Medida de Energia.
FUNÇÕES:• Função Afim;• Função Quadrática;• Função Exponencial;• Função Logarítmica; • Função Mocular;• Progressão Aritmética;• Progressão Geométrica.
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:• Matemática financeira.
2º ano - Ensino Médio Regular
NÚMEROS E ALGEBRA:• Matrizes e Determinantes;• Sistemas Lineares;
GRANDEZAS E MEDIDAS:• Trigonometria
FUNÇÕES:• Função trigonométrica
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO:• Binômio de Newton;• Analise Combinatória;• Estudo de Probabilidade; • Estatística.
3º ano do Ensino Médio Regular
NÚMEROS E ÁLGEBRAS:• Números complexos;• Polinômios;
GRANDEZAS E MEDIDAS:• Medida de área;• Medida de Volume;• Medida de Grandezas Vetorias;
GEOMETRIAS:• Geometria Plana;• Geometria Espacial;• Geometria Analítica;• Geometria não-euclidiana.
Conforme a Legislação vigente serão abordados dentro dos conteúdos programáticos os Temas
Sócio Educacionais na medida que os conteúdos permitam a inserção dos temas.
*Conteúdos Obrigatórios/Temas Socioeducacionais/
Componentes para a EI, EF e EM Componentes para EF e EM(Municipais, Estaduais e Privadas) (Municipais, Estaduais e Privadas)
Violência contra a Criança e o Adolescente - Lei Execução do Hino Nacional - Lei 12031/09federal 11.525/07 e Estatuto da Criança eadolescentes 8069/90
Educação Ambiental - Lei federal 9795/99, História do Paraná - Lei 13181/01 e DeliberaçãoDecreto 4281/02 e Deliberação 04/13 07/06
Música - Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12 Educação Fiscal e Educação Tributária - Decreto1143/99, Portaria 413/02
Estatuto do Idoso - Lei 10741/03 Sexualidade Humana - Lei 11733/97
Educação para o trânsito - Lei 9503/97 Prevenção ao Uso de Drogas - - Lei 11343/06
Educação Alimentar e Nutricional - Lei11947/09
Direitos Humanos - Resolução 01/12 - CNE/CP
História e Cultura Afro-Brasileira, Africana eIndígena - Lei 11.645/08
Componentes para EF e EM – Escolas e Colégios Estaduais
Hasteamento e execução do Hino do Paraná - Instrução 13/12
Brigadas Escolares – Decreto- 4837/12
Metodologia
Em seu papel formativo, a Matemática contribui para o desenvolvimento de processos de pensamento e a
aquisição de atitudes, podendo formar no aluno a capacidade de resolver problemas, gerando hábitos de
investigação, proporcionando confiança e desprendimento para analisar e enfrentar situações novas,
propiciando a formação de uma visão ampla e científica da realidade, a percepção da beleza e da
harmonia, o desenvolvimento da criatividade e de outras capacidades pessoais.
Quanto ao seu papel instrumental, ela é vista como um conjunto de técnicas e estratégias para serem
aplicadas a outras áreas do conhecimento, assim, como para a atividade profissional, e nesse sentido, é
importante que o aluno veja a Matemática como um sistema de códigos e regras que a tornam uma
linguagem de comunicação de idéias e permite modelar a realidade e interpretá-la.
Sob o aspecto ciência, é importante que o aluno perceba que as definições, demonstrações e os
encadeamentos conceituais e lógicos tendo a função de construir novos conceitos e estruturas a partir de
outros e que servem para validar intuições e dar sentido às técnicas aplicadas.
Cabe ao professor de Matemática ampliar os conhecimentos trazidos pelos alunos, e desenvolver de
modo mais amplo capacidades tão importantes quanto a abstração, o raciocínio a própria razão de se
ensinar matemática, a resolução de problemas de qualquer tipo, de investigação, de análise e
compreensão de fatos matemáticos, de interpretação da própria realidade, e acima de tudo, fornecer-lhes
os instrumentos que a Matemática dispõe para que ele saiba aprender, pois saber aprender é condição
básica para prosseguir se aperfeiçoando ao longo da vida.
Refletindo sobre a relação matemática e tecnologia, não se pode ignorar que esse impacto exigirá do
ensino da Matemática um redirecionamento dentro de uma perspectiva curricular que favoreça o
desenvolvimento de habilidades e procedimentos que permitam ao indivíduo reconhecer-se e orientar-se
nesse mundo do conhecimento em constante movimento.
Estudiosos têm mostrado que escrita, leitura, visão, audição, criação e aprendizagem estão sendo
influenciados cada vez mais pelos recursos da informática, e que as calculadoras, computadores e outros
elementos tecnológicos estão cada vez mais presentes nas diferentes atividades da população. Logo, o uso
desses recursos traz significativas contribuições para que seja repensado o processo ensino-aprendizagem
de matemática, podendo ser usados pelo menos com as seguintes finalidades:
- Como fonte de informação;
- Como auxiliar no processo da construção do conhecimento;
- Como meio para desenvolver autonomia pelo uso de softwares que possibilitem pensar, refletir e criar
situações;
- Como ferramenta para realizar determinadas atividades, tais como o uso de planilhas eletrônicas,
processadores de texto, banco de dados, etc.
Quanto ao uso de calculadoras, especificamente, constata-se que ela é um recurso útil para a verificação
de resultados, correção de erros, favorece a busca da percepção de regularidades matemáticas e o
desenvolvimento de estratégias de resolução de situações-problema, uma vez que os alunos ganham
tempo na execução dos cálculos, mas sem dúvida, é apenas mais um recurso.
O uso de diferentes recursos tecnológicos e materiais mostrará ao aluno uma nova face de uma mesma
idéia, que pode ser mais prática, mais lúdica, mas que sempre exige reflexão. A utilização de revistas e
jornais podem ser excelentes fontes de situações problemas através de notícias, gráficos, tabelas,
anúncios, comerciais e outros, que provocam questionamentos contextualizados, pois representam
material que possibilita a leitura da realidade. Por outro lado, uma notícia pode ser motivo para busca de
maiores e variados conhecimentos, favorecendo inclusive a interdisciplinaridade.
A contextualização e a interdisciplinaridade que permitirão conexão entre diversos temas matemáticos,
entre as diferentes formas do pensamento matemático e as demais áreas do conhecimento, é que darão a
tão importante significatividade aos conteúdos estudados, pois o conhecimento matemático deve ser
entendido como parte de um processo global na formação do aluno, enquanto ser social. É importante que
se estabeleça uma interação aluno-realidade social que possibilite uma integração real da matemática com
o cotidiano e com as demais áreas do conhecimento. Nesse sentido é importante que os conteúdos
propostos sejam abordados por meio de tendências metodológicas da Educação Matemática:
-Resolução de problemas:
- Uma metodologia a qual o estudante aplica conhecimentos matemáticos adquiridos na escola em
diversas situações.
-Etno matemática:
Essa metodologia valoriza a história do estudante e sua origem, leva em conta que não existe um único,
mas vários e distintos conhecimentos e todos são importantes. Estabelece relações entre o conteúdo
matemático e o ambiente do indivíduo.
-Modelagem matemática.
Por meio da modelagem matemática, fenômenos diários tornam-se objeto de estudo, problemas reais
transformam-se em problemas matemáticos, possibilitando a intervenção do estudante no seu meio social
e cultural.
-Mídias tecnológicas:
As ferramentas tecnológicas permitem construção, interação, trabalho colaborativo, processos de
descoberta de forma dinâmica e o confronto entre a teria e a prática, propiciando a experimentação.
-História da matemática:
Permite ao aluno vincular as descobertas matemáticas ao fatos sociais e políticos, a história deve ser o fio
condutor que direciona as explicações dadas aos porquês da matemática.
-Investigações Matemáticas:
- Semelhante ao processo de construção da matemática pelos matemáticos, investigar é conhecer o que
não se sabe.As coisas acontecem de forma diferente do que na resolução de problemas e exercícios
Os desafios educacionais contemporâneos serão incluídos na disciplina de matemática, através dos
conteúdos que comportem esses temas, como funções, tratamento de informações, em relação às
pesquisas realizadas pelos alunos tendo em vista esses desafios.
Vivemos um período da história de grandes mudanças não só tecnológicas, mas também sociais, visíveis
nas relações que se estabelecem entre os alunos na escola, muitas vezes permeadas pela violência física
perceptível ou psicológica que provocam a insegurança de toda comunidade escolar, este tema deve ser
discutido sempre que a oportunidade surgir combatendo a banalização da violência.
Este trabalho também pode ser desenvolvido criando-se na sala de aula um ambiente harmonioso e
lúdico, e neste sentido a música é importante, pois é possível também abordar conteúdos matemáticos a
partir da mesma.
Retrataremos esses temas através de vídeos, leituras, discussões e sempre que o conteúdo trabalhado
facilitar esta abordagem.
A prática docente, neste sentido, precisa ser discutida, construída e reconstruída, influenciando na
formação do pensamento humano e na produção de sua existência por meio das ideias e das tecnologias,
refletindo sobre sua prática que além de um educador precisa ser pesquisador, vivenciando sua própria
formação continuada, potencializando meios para superação de desafios.
Avaliação
Sob uma perspectiva diagnóstica, a avaliação é vista como um conjunto de procedimentos que
permitem ao professor e ao aluno detectar as falhas ocorridas no processo ensino aprendizagem e extrair
as consequências pertinentes sobre onde colocar posteriormente a ênfase no ensino e na aprendizagem.
Visto dessa forma, a avaliação é considerada como um instrumento para ajudar o aluno a aprender,
fazendo parte do dia-a-dia em sala de aula e, permitindo ao professor a reorganização do processo de
ensino.
Dessa forma, instala-se um clima de trabalho que assegura espaço para os alunos se arriscarem, acertarem
e errarem. E o erro nessas condições não configura um pecado ou ameaça, mas, uma pista para que
através das produções realizadas, professor e alunos investiguem quais os problemas a serem enfrentados,
pois considerando as razões que os levaram a produzir esse erros, ouvindo e debatendo sobre suas
justificativas, pode-se detectar as dificuldades estão impedindo o progresso e o sucesso do processo
ensino-aprendizagem. Nas tentativas de compressão do que cada aluno produz e as soluções que
apresenta pode-se orientá-lo melhor e, transformar os eventuais erros de percurso em situações de
aprendizagem.
Vista a avaliação como um acompanhamento desse processo, ela favorece ao professor ver os
procedimentos que vem utilizando e replanejar suas intervenções que podem exigir formas diferenciadas
de atendimento e alterações de várias naturezas na rotina cotidiana da sala de aula, enquanto o aluno vai
continuamente se dando conta de seus avanços e dificuldades, contanto que saiba a cada passo o que se
espera dele.
Para instalar um processo contínuo de avaliação é necessário uma postura de constante observação e
registro do que foi observado. Uma forma de organizar esse registro, para que tanto o professor como o
aluno possam ter uma visão do próprio crescimento, é a adoção de pastas individuais contendo as
produções dos alunos e o parecer sobre o desempenho obtido em cada uma delas, sendo imprescindível
partilhar com eles, a análise de suas produções, para que desenvolvam a consciência de seus avanços e
dificuldades, através de reflexões e do olhar crítico não apenas sobre o produto final, mas sobre o que
aconteceu no caminho percorrido.
Dessa forma no processo pedagógica, o aluno deve ser estimulado a:
– partir de situações-problema internas ou externas à matemática;
– pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos problemas;
– elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;
– perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;
– sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada, generalizando,
abstraindo e desvinculando-o de todas as condições particulares;
– socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem adequada;
– argumentar a favor ou contra os resultados (PAVANELLO&NOGUEIRA, 2006, p. 29).
O professor deve considerar as noções que o estudante traz, decorrentes da sua vivência, de
modo a relacionálas com os novos conhecimentos abordados nas aulas de matemática.
Assim, será possível que as práticas avaliativas finalmente superem a pedagogia do exame para
se basearem numa pedagogia do ensino e da aprendizagem.
A avaliação deve ser processual, com base em critérios claros e que vise, sobretudo melhorar o
desempenho do estudante, e não somente examinar o quanto saber em função da produção de
um resultado. Para isso utiliza-se de instrumnetos variados que poderão ser tanto escritos quanto
orais, pois estes revelam aspectos do raciocinio que muitas vezes não ficam evidentes nas
avaliações escritas.
As avaliações escritas poderão ser feitas em forma de provas objetivas e descritivas, trabalhos
individuais ou em grupos, com ou sem consulta em material didático, em seminários, produção
de textos, participação das atividades propostas em sala de aula e tarefas de casa, e auto
avaliação.
Avaliar também é uma forma do professor reorientar sua prática pedagógica a fim de
possibilitar ao aluno um melhor entendimento sobre quais objetivos norteiam sua prática
pedagógica.
A cada avaliação feita acontecera a recuperação paralela de estudos – objetivando assegurar a
aquisição de conceitos, para posteriormente serem realizadas avaliações de recuperação, a
critério do professor. A recuperação da oportunidade ao aluno de expressar-se, valorizando
avanços que ele possa ter, fazendo-o sentir responsável pelos seu compromissos com o
aprendizado.
A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os conteúdos
selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então, é preciso investir
em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda. A recuperação é justamente
isso: o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos
metodológicos para assegurar a possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da
nota é simples de decorrência da recuperação de conteúdos.
Faz-se necessário que a prática de sala de aula quanto a recuperação de conteúdo seja
diversificada para um mesmo conteúdo. Ter critérios definidos para o aluno como a de que ele
compreenda, por meio da leitura, problema matemático, e elabore um plano que possibilite a
solução bem como encontrar meios diversos para esta solução. Estratégias como o uso de
ferramentas e equipamentos tais como os materiais manipuláveis servem como na observação
da expressão do conhecimento.
Os instrumentos como demonstração prática via materiais manipuláveis é uma maneira de
contemplar a recuperação de estudos.
BIBLIOGRAFIAPARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação básica. Curitiba, 2006.LORENZATO, S.; FIORENTINI, D. O profissional em educação matemática.Disponível em:http://sites.unisanta.br/teiadosaber/apostila/material/O profissional_em_Educação_Matemática-Erica2108.pdf> Acesso em 23mar.2006.LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14.ed. São Paulo: Cortez, 2002. MACHADO,N.J.Interdisciplinaridade e Matemática.Revista Quadrimental da Faculdade de Educação – UNICAMP – Pro-posições. Campinas, n. 1[10], p. 25-34, mar. 1993.MEDEIROS, C.F. Por uma educação matemática como intersubjetividade. In: BICUDO, M. A. V. Educação matemática. São Paulo: Cortez, 1987. p.13-44.MIGUEL, A.:MIORIM, M. A. historia na educação matemática: propostas e desafios.Belo Horizonte: Autêntica, 2004.MIORIM, M.A. O ensino de matemática: evolução e Modernização. Campinas, 1995. 218f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas.Introdução à história da educação matemática. São Paulo: Atual, 1998.PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1990.Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Reestruturação do ensino de segundo grau do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1993.PAVANELLO, R. M. O abandono do ensino da geometria no Brasil: causas e consequências. Revista Zetetiké. Campinas, ano 1, n. 1, 1993.PONTE, J. P. et al. Didáctica da Matemática. Lisboa: Ministério da Educação/Departamento do Ensino Secundário, 1997.RAMOS, M. N. Os contextos no ensino médio e os desafios na construção de conceitos. (2004) RIBNIKOV, K História de lãs matemáticas. Moscou: Mir, 1987.SCHOENFELD, A. H. Heurísticas na sala de aula. In: KRULIK S. REYS, R. E. A resolução de problemas na matemática escolar. São Paulo: Atual, 1997.SCHUBRING, G. O primeiro movimento internacional de reforma curricular em matemática e o papel da Alemanha. In: VALENTE, W. R. (org). Euclides Roxo e a modernização do ensino de Matemática no Brasil. São Paulo: SBEM, 2003, p. 11-45.TAJRA, SANMYA FEITOSA. Comunidades virtuais: um fenômeno na sociedade do conhecimento. São Paulo: Ética, 2002.VYGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 3.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
4.4.2.2. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - EDUCAÇÃO FÍSICA
Fundamentos teóricos da disciplina
Sabemos que o movimento é a base vital de todo ser humano em todas as fases de seu
desenvolvimento, tanto na parte motora quanto na parte cognitiva, a necessidade de uma maior
conscientização da importância do movimento esta relacionada com o resgate de uma cultura de
movimento.
A Educação Física vem ao encontro com essa necessidade através de sua historia uma vez que
os jogos, os esportes, as danças, as lutas e as diversas formas de ginásticas estão presentes na
nossa cultura, influenciando o comportamento, transmitindo valores, fazendo parte do dia a dia
das pessoas, seja como pratica nos momentos de lazer, seja como possibilidade para atuação
profissional, ou de apreciação da mídia. Na escola, o ensino da educação física pode e deve-se
incluir a vivencia dessas modalidades como conteúdos, ampliando as possibilidades dos alunos
compreenderem, participarem e transformarem a sua realidade.
No decorrer dos tempos a Educação Física sofreu várias influências, através do militarismo nos
séculos XIII e XIX, onde o objetivo era adquirir, conservar, promover e restabelecer a saúde,
através de exercícios físicos. A partir de 1931 o método francês de ginástica adotado pelas
forças armadas torna-se obrigatório nas escolas, consolidando-se como educação física no
contexto escolar a partir da constituição de 1937. Ainda na década de 30 começou a
popularização do esporte sendo esse confundido com a educação física. A partir de 1964 deu-se
maior ênfase ao esporte no Brasil, o mesmo consolidou sua hegemonia na Educação Física
sendo implantado nos currículos pelo método tecnicista centrado na competição e no
desempenho. A Educação Física continuou obrigatória na escola com a promulgação da lei
5692/71 por meio de seu artigo 7 e pelo decreto 69450/71 e passou a ter legislação específica e
como atividade escolar regular e obrigatória no currículo de todos os cursos e níveis dos
sistemas de ensino, a disciplina era ligada a aptidão física e considerada importante para o
desenvolvimento da capacidade produtiva da classe trabalhadora e o desporto, a intenção era
tornar o país numa potência olímpica.
Alguns estudiosos na área pedagógica começam a dar destaque e surgem novas tendências
progressistas da Educação Física como: Desenvolvimentista, Construtivista, Crítico Superadora,
Crítico Emancipatória, onde os mesmos enfatizam o corpo em todos os seus aspectos, tanto de
forma afetiva, cognitiva e motora. Diversos papéis foram atribuídos a educação física na escola;
Preparação do corpo do aluno para o mundo do trabalho, higienização e assepsia do corpo,
buscando uma raça forte e enérgica, formação de atletas, terapia psicomotora e até como
instrumento de disciplinarização e interdição do corpo. Hoje o papel da Educação Física está
voltado ao desenvolvimento do individuo em todos os aspectos, buscando a formação de um
sujeito que conheça e reconheça seu próprio corpo em movimento, valorizando aspectos de
conhecimentos científicos, voltados a uma diversidade cultural e social da disciplina,
manifestada nos gêneros, etnias, religiões, deficiência e faixa etária.
Conteúdos do ensino fundamental
CONTEÙDOS ESTRUTURANTES
• Esporte;
• Jogos e Brincadeiras;
• Ginástica;
• Lutas;
• Dança.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Esportes
• Coletivos e individuais.
Jogos e brincadeiras
• Jogos intelectivos, cooperativos, pré-desportivos e recreativos, jogos e brincadeiras
populares.
Ginástica
• Ginástica Geral
Lutas
• Origem e evolução dentro de diferentes culturas
Dança
• Dança criativa
• Danças circulares
• Danças Folclóricas
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Esporte Coletivos
• Basquetebol
• Futsal
• Handebol
• Voleibol
Esporte Individuais
• Atletismo
• Tênis de Mesa
• Badminton
Jogos e Brincadeiras
• Intelectivos – Xadrez, Dama, Trilha.
• Cooperativos - Diversificação de acordo com as séries.
• Pré-desportivos – Jogos dos 10 passes, caçador, chutebol, etc.
• Recreativos – Pique bandeira, caçador, passar na área, etc.
• Brincadeiras – pular corda, cantigas de roda, brincadeiras de rua, entre outras.
Lutas
• História e Cultura Afro-brasileira, Africana e outras
Ginástica
• Ginástica geral – GA, GR, circense.
Dança
• Dança Criativa – elementos de tempo, forma e espaço.
• Danças circulares – indígenas e europeias
• Danças Folclóricas – Brasileiras e europeiais
Conteúdos por ano
ESPORTE
6º ANO:
• Noções básicas da origem dos diferentes tipos de esportes.
• Noções básicas dos fundamentos dos esportes citados nos conteúdos específicos
• Princípios básicos de tática e regras. (teoria e pratica)
• Incentivo da competição valorizando a cooperação.
7º ANO:
• Teoria sobre as mudanças ocorridas nos diferentes tipos de esporte, no decorrer de suas
historias.
• Princípios básicos dos fundamentos dos diferentes tipos de esporte
• Princípios básicos da tática e regras.
• Incentivo da competição valorizando a cooperação.
• Valorização do esporte como pratica de uma cultura corporal.
8º ANO:
• Reflexão do esporte como fenômeno de massa.
• Aprimoramento prático dos fundamentos técnicos e táticos, individuais e coletivos dos
esportes.
• Valorização das regras dentro do esporte enquanto competição.
• Conhecimento de diferentes tipos de esporte, teoria e pratica.
9º ANO:
• A relação do esporte com mídia, analisando aspectos como: esporte espetáculo, esporte
como rendimento (olimpíadas, jogos internacionais) esporte como fonte de incentivo ao
consumo.
• Aperfeiçoamento dos fundamentos técnicos e táticos dos esportes.
• Criação de novas regras, adaptando-as aos esportes trabalhados.
• Valorização das regras dentro dos esportes enquanto competição.
• Possibilidades do esporte como atividade corporal.
GINÁSTICA:
6º ANO
• Cultura corporal relacionada a aspectos como: lateralidade, coordenação motora ampla,
equilíbrio, agilidade sem e com material, (arco, corda, bola).
7º ANO
• Noções básicas de diferentes tipos de ginástica: acrobacia, ginástica natural.
8º ANO:
• Relacionar a teoria com a prática nos diferentes tipos de ginástica com e sem elementos.
• Estimular a ampliação da consciência postural.
9º ANO:
• Cultura corporal adotando posturas relacionadas à ginástica corretiva, ginástica
aeróbica, ginástica localizada.
• Análise sobre o modismo relacionado à ginástica.
JOGOS E BRINCADEIRAS
6º ANO:
• Jogos recreativos envolvendo o aspecto cooperação.
• Resgate de brincadeiras de rua.
• Brinquedos cantados, trabalho teórico e pratico do folclore em cantigas de roda.
• Jogos intelectivos
7º ANO:
• Construção de oficinas de brinquedos e brincadeiras.
• Relacionar a diferença entre jogo e brincadeira e suas diversas manifestações.
• Jogos recreativos envolvendo o aspecto cooperação.
• Jogos intelectivos.
8º ANO:
• Criação de novas regras dentro dos jogos propostos.
• Analisar a diferença entre jogos e brincadeiras.
• Jogos intelectivos
9º ANO:
• Construção coletiva de jogos e brincadeiras.
• Relacionar a diferença entre jogos e brincadeiras.
• Jogos intelectivos.
DANÇA
6º ANO:
• Trabalho de expressão corporal; mímica imitação representação.
• Ritmos variados de acordo com a cultura do aluno.
• Dança criativa – tema: elementos da natureza
• Danças Circulares Indígenas.
7º ANO:
• Ritmos variados de acordo com a cultura do aluno.
• Dança criativa – tema: esporte
• Danças folclóricas brasileiras.
8º ANO:
• Manifestação corporal dentro dos diferentes tipos de danças e ritmos.
• Trabalhar diferentes ritmos dentro da cultura do próprio aluno.
• Dança criativa – tema: resgate dos anos 70 e 80
• Danças folclóricas internacionais.
9º ANO:
• Dança criativa – tema: Dança de salão.
LUTAS
6º ANO:
• Noções básicas da historia da capoeira e do jodô
7º ANO
• A capoeira e o judô como manifestação cultural
8º ANO:
• Estudo das praticas corporais da cultura nega, em diferentes momentos históricos
• Estudo das práticas culturais do judô.
9º ANO:
• Danças e suas manifestações corporais na cultura afro-brasileira e cultura Indígena.
Conteúdos estruturantes do ensino médio
CONTEÚDOS
CONTEÙDOS ESTRUTURANTES
• Esporte;
• Jogos e Brincadeiras;
• Ginástica;
• Lutas;
• Dança.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Esportes:
• Coletivos
• Individuais.
Jogos e brincadeiras:
• Jogos intelectivos
• Cooperativos
• Dramáticos
Ginástica
• Ginástica Geral
• Ginástica de Condicionamento Físico
• Saúde - noções de primeiros socorros
Dança
• Dança criativa
• Danças folclóricas
• Danças de salão
Lutas
• Capoeira
• Outras Lutas
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Esportes Coletivos
• Basquetebol
• Futsal
• Handebol
• Voleibol
Esportes Individuais
• Atletismo
• Tênis de Mesa
• Badminton
Jogos e Brincadeiras
• Intelectivos – Xadrez, Dama, Trilha.
• Cooperativos - Diversificação de acordo com as séries.
• Dramático, Imitação e mímica
Ginástica
• Ginástica geral – Jogos e movimentos gímnicos
• Alongamentos, ginástica aeróbica e localizada.
Dança
• Elementos e qualidade de movimentos
• Danças folclóricas, afro, regional, paranaense
• Valsa, forró, vanerão, xote, bolero, samba.
Lutas
• Capoeira, Manifestações culturais da cultura afro.
• Noções teóricas de diversas lutas, lutas olímpicas.
Conteúdos por ano
ENSINO MÉDIO
Esportes:
1° Ano:
• Analise critica do esporte enquanto fenômenos sociais, envolvendo as competições do
momento.
• Atividades esportivas adaptadas.
• Feedbak analisando os fundamentos básicos dos diferentes esportes trabalhados no
ensino fundamental.
• Jogos pré-desportivos com alterações de regras desenvolvidas pelos alunos.
• Jogo com implantação dos fundamentos técnicos e táticos dos esportes trabalhados.
• Interpretação das regras.
2°Ano:
• Diferenciar e analisar de forma critica os diferentes tipos de manifestações esportivas.
(olimpíadas, esportes radicais, jogos pan-americanos e outros).
• Aprimoramento dos fundamentos técnico e tático, individual e coletivo.
• Reflexão critica dos signos sociais respeitando as diferenças individuais dentro dos
diferentes tipos de esportes.
• Reflexão teórica dos esportes não trabalhados de forma pratica na escola.
3°Ano:
• Analisar de forma critica os diferentes tipos de manifestações esportivas e sua influencia
na mídia enquanto produto de consumo.
• Trabalhar o jogo de forma recreativa adaptando regras, adequando valores que
privilegiem o coletivo, dando ênfase à solidariedade e respeito humano.
• Compreensão pedagógica da evolução do esporte.
• Jogo com aprimoramento dos fundamentos técnicos e táticos individuais e coletivos.
• Organização de campeonatos, torneios, elaboração de sumula e montagem de tabela de
acordo com os sistemas diferenciados de disputa.
JOGOS E BRINCADEIRAS:
1°Ano:
• Jogos recreativos e cooperativos, com adaptação de regras e criação de novos jogos.
• Gincana com atividades variadas valorizando o trabalho solidário e cooperativo.
• Cultura corporal trabalhando a expressão corporal e dramatização.
• Jogos Intelectivos
2°Ano:
• Jogos recreativos e cooperativos, com adaptação de regras e criação de novos jogos.
• Gincana com atividades variadas valorizando o trabalho solidário e cooperativo.
• Cultura corporal trabalhando a expressão corporal e dramatização.
• Jogos Intelectivos
3°Ano:
• Jogos recreativos e cooperativos, com adaptação de regras e criação de novos jogos.
• Gincana com atividades variadas valorizando o trabalho solidário e cooperativo.
• Torneio interclasse, com organização, coordenação e interação de todas as
turmas/equipes.
• Cultura corporal trabalhando a expressão corporal e dramatização.
• Jogos Intelectivos.
• Resgate das brincadeiras de ruas e uma análise histórica das mesmas.
GINÁSTICA:
1°Ano:
• Conceituar e relacionar os diferentes tipos de ginástica, conscientizando da importância
da relação dos movimentos para todas as outras atividades.
• Analisar de forma teórica e pratica os benefícios da ginástica enquanto atividade de uma
cultura corporal.
• Vivenciar a ginástica criando sequencia de movimentos em pequenos e grandes grupos.
2°Ano:
• Conceituar e relacionar os diferentes tipos de ginástica, conscientizando-os da
importância da relação dos movimentos para todas as outras atividades.
• Conscientização da influência da mídia em relação à ginástica e padrões estéticos de
beleza.
• Analisar de forma teórica e pratica os benefícios da ginástica enquanto atividade de uma
cultura corporal.
3°Ano:
• Ginástica de academia, pesquisa de campo sobre os aparelhos e suas funções.
• Conscientização da influencia da mídia em relação à ginástica e padrões estéticos de
beleza.
• Analisar a ginástica e sedentarismo.
LUTAS:
Após leitura e discussão do texto enviado concluímos que os conteúdos de lutas serão
trabalhados somente de forma teórica relacionando com outros conteúdos, variando de acordo
com a turma e série.
DANÇAS:
1°Ano:
• Danças folclóricas, suas manifestações e tradições.
• Dança afro, capoeira
• Dança de salão
2°Ano:
• Ritmos variados buscando a cultura do próprio aluno; improvisação.
• Cultura afro.
• Dança de salão
3°Ano:
• Dança de salão.
Sabemos da importância do trabalho relacionado à saúde e qualidade de vida e estes
temas/assuntos serão abordados junto com o conteúdo de ginástica, dentro de padrões estéticos.
Metodologia
A Educação Física escolar deve considerar a diversidade como um princípio que se aplica à
construção dos processos de ensino e aprendizagem e orienta a escolha de objetivos e conteúdos
visando ampliar as relações entre os conhecimentos da cultura corporal de movimento e os
sujeitos de aprendizagem. Busca-se legitimar as diversas possibilidades de aprendizagem que se
estabelecem com a consideração das dimensões afetivas, cognitivas, motoras e sócias culturais
dos alunos.
A perspectiva metodológica de ensino e aprendizagem busca o desenvolvimento da autonomia,
a cooperação, a participação social e a afirmação de valores e princípios democráticos. Os
conhecimentos construídos devem possibilitar a análise crítica dos valores sociais vigentes,
como os padrões de beleza e saúde, desempenho, competição exacerbada, que se tornaram
dominantes na sociedade, e o seu papel como instrumento de exclusão e discriminação social. A
aprendizagem é construção coletiva, e acontece de trabalhos individuais e em grupos. Professor
e aluno produzem em entendimento comum, os conceitos com que irão operar. Trata-se de não
chegar a soluções dadas, mas de inventar, em cada situação e por cada comunidade de sujeitos,
os conceitos com que irão operar sobre os temas que analisam. Na perspectiva da Cultura
Corporal, temos que entender qual o papel da educação física nesse contexto, a cultura de um
modo geral, pois só o ser humano produz cultura. Como dizer que o arremesso de handebol é
único, correto? Se um individuo não consegue realizar um movimento X, ele pode realizar um
movimento Y. Será que só eu sei fazer? Valorizar a cultura, mas saber que existem outras
formas de movimento a serem explorados. Partindo desta reflexão, a educação física passa a ser
vista como uma disciplina e não como uma mera atividade repetitiva e adestrante, embasada
apenas nos parâmetros biológicos da aptidão física, a prática em si, sem se importar se o aluno
adquiriu o conhecimento. Enfatizar outros pontos além do esporte, buscando uma interação de
várias as áreas do conhecimento (interdisciplinaridade).
Os conteúdos trabalhados devem envolver todos os tipos de cultura (universal); ter significado;
ter relevância social; conteúdos clássicos atualizados e adequados; confrontar o conhecimento
da sociedade com o científico; se preocupar com todas as etapas do conhecimento, pensar que
este não é estático, ele muda constantemente. Toda a atividade que o aluno necessita fazer
deverá ser uma atividade social e culturalmente mediada, pois para aprender, o discente
necessita de instrumentos que são culturais e que conferem significado a atividade humana.
Os conteúdos socioeducacionais, componentes para a Educação Física nos diferentes níveis,
serão abordados no decorrer do período letivo, articulados aos conteúdos estruturantes
norteadores da disciplina.
Ao proporcionarmos momentos de discussões, estaremos refletindo sobre os diferentes temas,
atrelados aos conteúdos, como por exemplo, enfrentamento a violência contra a criança e o
adolescente no conteúdo sobre lutas, No mesmo conteúdo pode-se abordar a capoeira,
discutindo e abordando a cultura afro. Da mesma forma, é possível discutir, com os alunos, a
educação alimentar, nutrição e a visão que o aluno tem sobre seu corpo e as concepções de
corpo impostas socialmente pela mídia e meios de comunicação em massa.
Por meio da dança, será abordado a cultura afro-brasileira, Africana e Indígena, articulando
teoria e prática, proporcionando vivências corporais historicamente construídas e influenciadas
por estas culturas.
Ao se pensar no tema Sexualidade humana, conseguimos, por meio dos conteúdos estruturantes,
esclarecer abordar e esclarecer eventuais dúvidas dos alunos sobre o tema, o corpo feminino e
masculino e sua construção histórica por meio das práticas corporais. A prevenção ao uso de
drogas é outro tema socioeducacional que pode ser discutido ao abordarmos o conteúdo Esporte,
juntamente com os elementos articuladores como saúde e doping, pois o consumo de
substâncias ilícitas interfere diretamente nos resultados e no rendimento dos atletas, que, por
muitas vezes aparecem como “heróis” na mídia. Desta forma, deve-se esclarecer as
consequências do uso dessas substâncias evidenciando seus efeitos. Outros temas
socioeducacionais serão abordados no decorrer das aulas, sempre que se fizer necessário e
atrelado à discussões pertinentes aos diferentes conteúdos, como o Estatuto da Criança e do
Adolescente, Estatuto do Idoso, Educação Fiscal e Tributária, Educação do Transito, de forma
ampla, de maneira esclarecedora e provocando reflexões e contribuindo para o desenvolvimento
do aluno como cidadão.
Avaliação
De acordo com as especificidades da disciplina de educação física a avaliação deve estar
vinculada ao Projeto Político Pedagógico da escola com critérios estabelecidos de forma clara,
priorizando a qualidade de ensino, a mesma deve ser contínua, permanente e cumulativa, onde o
professor organizará e reorganizará seu trabalho sustentado nas diversas práticas corporais. Este
processo dar-se-á através de observação direta e a participação efetiva dos alunos nas atividades
teóricas e práticas propostas. OBS: em toda a série serão desenvolvidas atividades de jogos
adaptados para portadores de necessidades especiais.
ReferênciasBENJAMIN, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo, Summus,1984.BREGOLLATO, Roseli. Cultura Corporal da Dança. Vol. 1. Ginástica. Vol. 2. Esporte.Vol.3. Ed. Ícone: São Paulo, 2003.CASTELLANI FILHO, Lino. A Educação Física no Brasil: a história que não se conta. 2ed. campinas: Papirus, 1991;COLETIVO DE AUTORES: Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo:Cortez, 1992;FRIGOTTO, Gaudêncio. Educação e a crise do capitalismo real. 5 ed. São Paulo: Cortez,2003;FREIRE, João Batista. Educação de Corpo inteiro: teoria e prática da Educação Física. São Paulo: Scipione, 1992;LABAN, Rudolf. Domínio do Movimento. São Paulo: Summus Editorial, 1978.LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1995.MARCELLINO, Nelson Carvalho. Estudos do lazer: uma introdução. 3 ed. Campinas, SP:Autores Associados, 2002.NANNI, Dionízia. Dança Educação: Pré-escola à Universidade. Rio de Janeiro: Sprint.1988.SAVIANI, Dermerval. Pedagogia histórico-crítica. 9.ed. Campinas, Autores Associados,2005;
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica. Curitiba: SEED/DEM, 2007.
4.4.2.3. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – HISTÓRIA
Fundamentos Teóricos Metodológicos
O ensino de História propõe desenvolver nos/as alunos/as a capacidade de compreender os
acontecimentos atuais e intervir na realidade social de forma consciente, reelaborando-a. Diante
da velocidade das transformações observadas atualmente, faz-se necessário conhecer e analisar
os elementos que desencadearam essas mudanças, bem como o papel do ser humano enquanto
sujeito histórico. Para tanto o estudo será baseado nos conteúdos estruturantes propostos pelas
Diretrizes Curriculares: Cultura, Poder e Trabalho, dentro de uma demarcação espaço-temporal.
Importa ressaltar que o conhecimento histórico é produzido com base em um método, da
problematização de diferentes fontes documentais, a partir das quais o pesquisador produz a
narrativa histórica, explicitando o respeito a diversidade.
O trabalho em sala de aula será pautado nos conteúdos estruturantes, articulados com tempo e
espaço, orientados pelo debate teórico proposto pela Nova Esquerda Inglesa e pela Nova
História Cultural.
Ensinar História é muito mais do quer consultar e reproduzir aquilo que está descrito nos livros
didáticos. É necessário que o/a professor/a explicite sempre o modo do fazer histórico. É sabido
que não podemos representar o passado em toda a sua complexidade. Primeiramente deve-se
focalizar o acontecimento, processo ou sujeito que se quer representar do ponto de vista da
historiografia; delimitar o tema histórico em um período bem definido demarcando referências
temporais fixas; definir um espaço ou território de observação do conteúdo. O que delimitará
esta demarcação espaço-temporal é a historiografia específica escolhida e os documentos
históricos disponíveis.
Levantados tema e problema, os documentos serão lidos, analisados e debatidos pelos/as
alunos/as. Em seguida os conceitos apreendidos serão representados de variadas formas,
considerando a produção de narrativas históricas.
A metodologia deve permitir que os/as alunos/as adquiram autonomia em busca do
conhecimento, problematizando todos os documentos que forem estudados, sejam livros
didáticos, recortes de jornais e/ou revistas, charges, músicas, etc. Após essa análise os/as
estudantes deverão produzir inferências sobre os pontos abordados dentro dos conteúdos
estruturantes estudados, desenvolvendo uma consciência histórica crítica/genética.
Durante o desenvolvimento dos conteúdos específicos serão contempladas:
• Lei 10639/03 - Historia e Cultura Afro-brasileira
• Lei 11645/08 – Cultura indígena
• Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental
• Lei 13381/01 – Historia do Paraná
• Lei 8069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente
• Lei 1140/06 – Lei Maria da Penha
• Lei 11769/08 – Música
• Lei 10741/03 – Estatuto do Idoso
• Lei 9503/97 – Educação para o trânsito
• Lei 11947/09 – Educação Alimentar e Nutricional
• Lei 12031/09 – Execução do Hino Nacional
• Lei 11733/97 – Sexualidade Humana
• Lei 11343/06 – Prevenção ao uso de drogas
• Decreto 1143/99 - Portaria 413/2002 – Educação Tributária Fiscal
• Decreto 4837/12 – Brigadas Escolares
• Resolução 01/12-CNE/CP – Direitos Humanos
• Instrução 13/12 – Hasteamento e execução do Hino do Paraná
Adaptar o método de ensino às necessidades de cada aluno/a é, na realidade, um procedimento
fundamental na atuação profissional de todo/a educador/a, já que o ensino não ocorrerá, de fato,
se o/a estudante não for atendido nas suas especificidades do aprender. Faz parte da tarefa de
ensinar procurar as estratégias que melhor respondam às necessidades peculiares a cada sujeito.
É necessário a modificação do nível de complexidade das atividades e a adaptação dos materiais
utilizados. São vários os recursos que podem ser úteis para atender às necessidades especiais de
vários tipos de deficiência, seja ela permanente, ou temporária.
O professor poderá também fazer modificações na seleção de materiais que havia inicialmente
previsto em função dos resultados que esteja observando no processo de aprendizagem do/a
aluno/a. A redefinição de suas ações pedagógicas tem sempre que estar atrelada ao processo de
aprendizagem do/a aluno/a.
Objetivo
Os objetivos da disciplina visam despertar o senso crítico, desenvolvendo a percepção diante
das mudanças e permanências no processo histórico. Com esta abordagem buscamos entender
que as relações de trabalho, de poder e culturais, articulam-se e constituem o processo histórico;
compreendendo como se encontram as relações de trabalho no mundo contemporâneo, como
esta se configurou e como o mundo do trabalho se constituiu em diferentes períodos históricos;
percebendo que as relações de poder encontram-se em todos os espaços sociais e constituem-se;
entendendo como se constituíram as experiências sociais dos sujeitos ao longo do tempo e
identificar as permanências e mudanças nas diversas tradições e costumes sociais.
É necessário ajustar os objetivos pedagógicos constantes no plano de ensino de forma a adequá-
los às características e condições dos/as alunos/as. Dessa forma, alguns podem ser priorizados
para determinados/as estudantes, caso seja a forma de atender às suas necessidades
educacionais, investindo mais tempo ou utilizando maior variedade de estratégias pedagógicas
na buscando de alcançar objetivos elencados como essenciais, para o seu desenvolvimento e
aprendizagem significativa.
Conteúdos
Ensino Médio1º ANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Conteúdos EspecíficosRelações de TrabalhoRelações de CulturaRelações de Poder
Urbanização e IndustrializaçãoTrabalho Escravo, servil, assalariado e o trabalho livre.Cultura e religiosidade
HistoriografiaA ocupação do território brasileiro e paranaense
Relações de TrabalhoRelações de CulturaRelações de Poder
Urbanização e IndustrializaçãoTrabalho Escravo, servil, assalariado e o trabalho livre.Cultura e religiosidade
A formação das civilizações afro-orientaisConceito de trabalho nas diferentes tempos e espaços
Relações de TrabalhoRelações de CulturaRelações de Poder
Urbanização e IndustrializaçãoTrabalho Escravo, servil, assalariado e o trabalho livre.Cultura e religiosidade
Relações culturais nas sociedades greco-romana, no contexto político, econômico, social e religioso.O mundo do trabalho na Antiguidade Clássica e na sociedade feudal.
2º ANOConteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Relações de TrabalhoRelações de CulturaRelações de Poder
O Estado e as relações de PoderOs sujeitos, as revoltas e as guerrasCultura e religiosidade.
Transição do trabalho servil para o trabalho assalariado Relações de dominação e resistência na sociedade medieval e nas sociedades ocidentais contemporâneas.
Relações de TrabalhoRelações de CulturaRelações de Poder
O Estado e as relações de PoderOs sujeitos, as revoltas e as guerrasCultura e religiosidade.
A modernidade nos séculos XIV e XVIBrasil nos séculos XV até XVIII
Relações de TrabalhoRelações de CulturaRelações de Poder
O Estado e as relações de PoderOs sujeitos, as revoltas e as guerrasCultura e religiosidade.
A construção da sociedade brasileira e paranaense: africanos, indígenas e europeus
3º ANOConteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Relações de TrabalhoRelações de CulturaRelações de Poder
O Estado e as relações de poderOs sujeitos as revoltas e as guerras.Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções.Cultura e Religiosidade
O processo de formação do Estado BrasileiroA construção da diversidade religiosa no Brasil.
Relações de TrabalhoRelações de CulturaRelações de Poder
O Estado e as relações de poderOs sujeitos as revoltas e as guerras.Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções.
As transformações sociais, políticas, econômicas e culturais no Brasil nos séculos XIX, XX e XXI
Cultura e Religiosidade
Relações de TrabalhoRelações de CulturaRelações de Poder
O Estado e as relações de poderOs sujeitos as revoltas e as guerras.Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções.Cultura e Religiosidade
As transformações sociais, políticas, econômicas e culturais no mundo nos séculos XIX, XX e XXI
Ensino Fundamental6º ANO
Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Relações de TrabalhoRelações de CulturaRelações de Poder
A experiência humana no tempo.Os sujeitos e suas relações como o outro no tempo.As culturais locais e a cultura comum.
A História como área de conhecimentoFormação das primeiras civilizaçõesArqueologia brasileira e paranaense
Relações de TrabalhoRelações de CulturaRelações de Poder
A experiência humana no tempo.Os sujeitos e suas relações como o outro no tempo.As culturais locais e a cultura comum.
Formação das civilizações afro-orientaise americanas
Relações de TrabalhoRelações de CulturaRelações de Poder
A experiência humana no tempo.Os sujeitos e suas relações como o outro no tempo.As culturais locais e a cultura comum.
As sociedades da Antiguidade Clássica: política, economia e cultura
7º ANOConteúdo Estruturante Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Relações de TrabalhoRelações de CulturaRelações de Poder
As relações de propriedade.A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.As relações entre o campo e a cidade.Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade.
O mundo feudal: cultura, economia e sociedade.As relações de propriedade na Europa Feudal.As mentalidades no campo e na cidade.A diversidade religiosa do Oriente.
Relações de TrabalhoRelações de CulturaRelações de Poder
As relações de propriedade.A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.As relações entre o campo e a cidade.Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade.
Transição do Feudalismo para o CapitalismoRenascimento do comércio e das cidades: suas relações de propriedade e constituição histórica.Transformações culturais e a influência no Brasil.
Relações de TrabalhoRelações de CulturaRelações de Poder
As relações de propriedade.A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.As relações entre o campo e a cidade.Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade.
Conflitos, resistências e produção cultural no Renascimento e Reforma Religiosa.América Pré-colombiana Transformações na Europa e a relação com o Brasil.
Etnocentrismo e o encontro de culturas.Colonização portuguesa e espanhola na América.
8º ANOConteúdo Estruturante Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Relações de TrabalhoRelações de CulturaRelações de Poder
História das relações da humanidade com o trabalhoO trabalho e a vida em sociedade.O trabalho e as contradições da modernidade.Os trabalhadores e as conquistas de direito.
Revoluções na Europa e na AméricaPovos, movimentos e território na América Portuguesa
Relações de TrabalhoRelações de CulturaRelações de Poder
História das relações da humanidade com o trabalhoO trabalho e a vida em sociedade.O trabalho e as contradições da modernidade.Os trabalhadores e as conquistas de direito.
Independências na América
Relações de TrabalhoRelações de CulturaRelações de Poder
História das relações da humanidade com o trabalhoO trabalho e a vida em sociedade.O trabalho e as contradições da modernidade.Os trabalhadores e as conquistas de direito.
A formação do Estado Nacional Brasileiro Os movimentos sociais no Brasil do século XIX
9º ANOConteúdo Estruturante Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
Relações de TrabalhoRelações de CulturaRelações de Poder
Sujeitos, guerras e revoluções.A formação do Estado.A constituição das instituições sociais.
A Era dos Impérios e as revoluções do século XXAs guerras mundiais e suas consequências para o mundo atua
Relações de TrabalhoRelações de CulturaRelações de Poder
Sujeitos, guerras e revoluções.A formação do Estado.A constituição das instituições sociais.
República Brasileira: dominação e resistênciasRevoltas sociais no campo e na cidade
Relações de TrabalhoRelações de CulturaRelações de Poder
Sujeitos, guerras e revoluções.A formação do Estado.A constituição das instituições sociais.
Populismo na América Latina.A descolonização da África e da Ásia.A contracultura e movimentos sociais A nova ordem mundialO Estado Ditatorial brasileiro e o processo de redemocratização.
Os conteúdos deverão ser adaptados para o atendimento de alunos/as com necessidades
educacionais especiais priorizando as áreas ou unidades, reformulando sequências para a
efetivação dos objetivos educacionais. A adaptação na temporalidade do processo de ensino e
aprendizagem pode ser ampliada ou reduzida para o trato de determinados objetivos e os
consequentes conteúdos. O/A professor/a pode organizar o tempo das atividades propostas,
levando em conta as necessidades de cada estudante.
Avaliação e Recuperação de Estudos
A avaliação deverá ser diagnóstica, processual e formativa uma vez que objetiva “formar
sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendem criticamente o contexto social
e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma
inserção cidadã e transformadora na sociedade” (PARANÁ, 2008, p. 31).
Será acompanhada a apropriação de conceitos históricos e o aprendizado dos conteúdos
estruturantes e dos conteúdos básicos. Para tanto serão utilizadas atividades como: leitura,
interpretação e análise de textos historiográficos, mapas e documentos históricos; produção de
narrativas históricas, pesquisas bibliográficas, apresentação de seminários, produção de charges
e painéis, entre outras.
Os critérios de avaliação serão definidos de acordo com os objetivos propostos na definição dos
conteúdos e os instrumentos deverão ser variados e capazes de sistematizar o conhecimento
histórico apreendido pelo aluno.
A Recuperação de Estudos acontecerá de forma concomitante, através de retomada de
conteúdos com atividades diversas, em consonância com o diagnóstico proporcionado pelo
instrumento de avaliação. A recuperação de notas será uma consequência da apropriação dos
critérios previamente estabelecidos, através de instrumento avaliativo diferenciado.
O processo avaliativo precisa ser adaptados às necessidades educacionais especiais dos/as
estudantes através do estabelecimento dos critérios e da escolha dos instrumentos, considerando
os diferentes estilos e possibilidades de expressão dos/as alunos/as.
ReferênciasABREU, Martha; SOIHET, Rachel (orgs). Ensino de História: conceitos, temáticas e tecnologias. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.BITTENCOURT, Circe (org). O saber histórico na sala de aula. 10 ed. São Paulo: Contexto, 2005.______. Ensino de História: fundamentos e métodos. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2009.BURKE, Peter (org). A escrita da História: Novas perspectivas. São Paulo: Editora UNESP, 1992.CAIMI, Flavia Eloisa. “História escolar e memória coletiva: como se ensina? Como se aprende?” In: ROCHA, Helenice A. B.; MAGALHÃES, Marcelo de Souza; CONTIJO, Rebeca (orgs). A escrita da história escolar: memória e historiografia. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009.CATELLI JR, Roberto. Temas e linguagens da História: ferramentas para sala de aula no ensino médio. São Paulo: Scipione, 2009.FONSECA, Selva Guimarães. Caminhos da História Ensinada. Campinas: Papirus, 1993.
KARNAL, Leandro (org). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. 4 ed. São Paulo: Contexto, 2005.PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes curriculares de História para a educação básica. Curitiba: SEED, 2008.______. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos temáticos: inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED, 2005.______. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento da Diversidade. Núcleo de Gênero e Diversidade Sexual. Diretrizes Curriculares de Gênero e Diversidade Sexual. Curitiba: SEED, 2010. Versão preliminar.PINSKY, Carla Bassanesi (org). Novos Temas nas aulas de História. 1 ed. 2 reimp. São Paulo: Contexto, 2010.______ (org). Fontes Históricas. 2 ed. 2 reimp. São Paulo: Contexto, 2010.______; LUCA, Tania Regina de (orgs). O Historiador e suas fontes. São Paulo: Contexto, 2011.SCHIMIDT, Maria Auxiliadora; BARCA, Isabel; MARTINS, Estevão de Rezende (orgs). Jörn Rüsen e o Ensino de História. Curitiba: Ed. UFPR, 2011.______; CAINELLI, Marlene. Ensinar História. São Paulo: Scipione, 2004.SOBANSKI, Adriane de Quadros, et al. Ensinar e aprender História: histórias em quadrinhos e canções. Curitiba: Base, 2009.
4.4.2.4. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - ARTE
Fundamentos teóricos da disciplina
Essa disciplina ainda exige reflexões que contemplem a arte como área de conhecimento e não
meramente como meio para o destaque de dons inatos, sendo até mesmo utilizada
equivocadamente, em alguns momentos, como prática de entretenimento e terapia. O ensino de
Arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e passa também a se preocupar com o
desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e em constante
transformação.
A arte é a criação e manifestação do poder criador do homem. Criar é transformar e nesse
processo o sujeito também se recria. A arte, quando cria uma nova realidade, reflete a essência
do real. O sujeito, por meio de suas criações artísticas, amplia e enriquece a realidade já
humanizada pelo trabalho. Nas sociedades capitalistas, o sujeito não se identifica com o produto
de seu trabalho, pois separa-se o trabalho da criação, transformando-o em trabalho alienado. No
ensino de Arte, contrapondo-se a essa alienação, há possibilidades de resgatar o processo de
criação, permitindo que os alunos reconheçam a importância de criar.
A arte, compreendida como área de conhecimento, apresenta relações com a cultura por meio
das manifestações expressas em bens materiais (bens físicos) e imateriais (práticas culturais
coletivas). Olhando a arte por uma perspectiva antropológica, é possível considerar que toda
produção artística e cultural é um modo pelo qual os sujeitos entendem e marcam a sua
existência no mundo. Dessa forma, concebe-se as várias instâncias de produção de
conhecimento, ou seja, os conteúdos pessoais de cada sujeito, interligados à produção cultural
(local/regional/global) como fonte geradora de significados em arte.
A linguagem, na construção do conhecimento em arte, passa a ser compreendida como o elo de
ligação entre o conteúdo do sujeito e a cultura em suas diversas produções e manifestações
artísticas. Entende-se que ao se apropriar dos elementos básicos ou formais das mesmas, o
sujeito torna-se capaz de refletir, de interpretar e de se posicionar diante do objeto de estudo.
Para o Ensino Fundamental as formas de relação da arte com a sociedade serão tratadas numa
dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a cultura e da arte com a linguagem e
para o Ensino Médio, a partir de uma verticalização e de um aprofundamento dos conteúdos, a
ênfase será maior na associação da arte com o conhecimento, da arte com o trabalho criador e da
arte com a ideologia. Dessa forma, o aluno da educação básica terá acesso ao conhecimento
presente nessas diferentes formas de relação da arte com a sociedade, de acordo com a
proximidade das mesmas com o seu universo. O professor, por sua vez, ao selecionar os
conteúdos específicos que irá desenvolver, enfocará essas formas de relação da arte com a
sociedade com maior ou menor ênfase, abordando o objeto de estudo por meio dos conteúdos
estruturantes.
Objetivos gerais
O papel da teoria estética não é concebê-la como uma definição, mas sim como uma referência
para o pensar a arte e o seu ensino, que gera conhecimento articulando saberes cognitivos,
sensíveis e sócio-históricos.
Ampliar o repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos estético, artístico e
contextualizado, aproximando-o do universo cultural da humanidade nas suas diversas
representações.
Nessa proposta, pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de
pensamento, apreender e expandir suas potencialidades criativas.
Tratar das concepções da arte como imitação/representação e da arte como
expressão/formalismo, nestas diretrizes, são reflexões importantes para que o professor possa
analisar em que medida tais concepções, fazem diferença no modo como ensina Arte na escola.
Perceber a Arte como forma de expressão e entendimento das realidades próximas e distantes e
da maneira como as pessoas percebem a Arte nas diversas culturas é fundamental para se
alcançar os objetivos do ensino da mesmo na escola.
Desenvolver uma estética pessoal.
Conteúdos
6º ANO / ÁREA DE MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura Ritmo Pré - históriaDuração Melodia AfricanaTimbre Gêneros: Folclórico IndígenaIntensidade Densidade Indígena
Popular e ÉtnicoTécnicas: vocal e
6º ANO / ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIEPonto Bidimensional Arte AfricanaLinha Figurativa Geométrica, Arte Pré-HistóricaTextura simetria IndígenaForma Superfície Volume Técnicas: pintura,Cor esculturaLuz Gêneros: Cenas do
cotidiano, histórica,
religiosa, da mitologia
6º ANO / ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões Enredo, Roteiro. Pré-históriacorporais, vocais, gestuais Espaço Cênico,e faciais adereço Africano
Técnicas: JogosAção teatrais Direto e
Indireto, Improvisão,
EspaçoManipulação, Máscara
Gênero: Rituais Indígena
6º ANO / ÁREA DANÇACONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal Kinesfera Pré-históriaEixo
Tempo Ponto de Apoio Africano
MovimentosEspaço Articulares
Fluxo Livre eInterrompidoRápido e LentoFormação IndígenaNíveis: Alto, Médio e
BaixoDeslocamentos: Diretoe IndiretoDimensões: Pequeno eGrandeTécnica de Improvisão
Gênero Curricular
7º ANO / ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIEAltura Ritmo Música PopularDuração Melodia ÉtnicaTimbre Escrita Musical Greco RomanaInstensidade Gênero: Popular BrasileiraDensidade Étnico, Folclórico Paranaense
Técnicas: Vocal eInstrumental.
Improvisação
7º ANO / ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIEPonto Proporção Arte popularLinha Tridimensional Brasileira e ParanaenseForma Figura a fundo BarrocoTextura Abstrata Greco RomanaSuperfície Técnicas: Pintura,Volume Escultura, Arquitetura ,Cor Modelagem eLuz Gravura...
Gêneros: Paisagem,Retrato, Naturezamorta, cenas docotidiano, histórica,
religiosa, da
7º ANO / TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIEPersonagens: Representação Teatro popularExpressões Corporais, Leitura dramática Brasileiro ParanaenseVocais, Gestuais e Faciais. Cenografia Teatro AfricanoAção Técnicas: JogosEspaço teatrais, mímicas,
improvisação, formas
animadas...Gêneros: Rua, Arena,Caracterização:
Comédia e Tragédia
7º ANO / DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento Corporal Ponto de apoio PopularTempo Rotação ÉtnicaEspaço Coreografia Brasileira
Salto e queda ParanaensePeso (leve e pesado) Greco-romanaFluxo (livre, Barrocointerrompido econduzido)Lento, rápido emoderado.Níveis: Alto, médio ebaixo.Formação: direçãoGênero: folclórico,
popular e étnico
8º ANO / DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento corporal tempo Giro Hip Hop
e espaço Rolamento Musicais
SaltosAceleração e desaceleraçãoDireções (frente, atrás, direita e esquerda)
Improvisação
8º ANO / MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIEAltura Ritmo RapDuração Melodia RockTimbre Tonal, modal e a fusão Tecno (Ocidental e OrientalIntensidade Densidade de ambos
Técnicas: vocal,
instrumental e mista
8º ANO / ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIELinha Semelhanças Indústria culturalTextura Contrastes Arte contemporâneaForma Superfície Volume Ritmo visualCor EstilizaçãoLuz Deformação
Técnicas: desenho,
audiovisual e mista
8º ANO / TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões Texto dramático Realismocorporais, vocais, gestuais Maquiagem Expressionismo
e faciais Sonoplastia
Ação RoteiroEspaço Técnicas: jogos
teatrais, adaptação
cênica
9º ANO / MÚSICACONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura Ritmo Música popular: brasileira,Duração Melodia paranaense e popularTimbre Técnicas: vocal, Música ContemporâneaIntensidade instrumental e mista Música Latino-americanaDensidade Gêneros: popular,
folclórico e étnico.
9º ANO / ARTES VISUAISCONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Linha Bidimensional Arte do século XXTextura Tridimensional VanguardasForma Superfície Volume Figura fundo MuralismoCor Ritmo visual Arte latino americanaLuz Técnica: pintura, Hip Hop
grafite, performance,fotografiaGêneros: paisagem
urbana, cenas docotidiano
Propaganda
9º ANO / TEATROCONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem: expressões Técnicas: monólogo,corporais, vocais, gestuais e jogos teatrais, direção,faciais. ensaio, teatro-fórum, ... Teatro engajadoAção Dramaturgia Teatro do absurdoEspaço Cenografia Vanguardas
Sonoplastia Cinema NovoIluminação
Figurino
9º ANO / DANÇACONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIEMovimento corporal Kinesfera VanguardasTempo Ponto de apoio Indústria CulturalEspaço Peso Dança Moderna
Fluxo Dança ContemporâneaQuedasSaltosGirosRolamentosExtensão (perto elonge)CoreografiaDeslocamentoGênero: performance e
moderna
1° ANO ENSINO MÉDIO/ MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIEAltura Ritmo Música OcidentalDuração Melodia Música PopularTimbre Escala, diatônica, Música Popular brasileiraIntensidade pentatônica, cromáticaDensidade Gênero: erudito,
clássico, popular,pop, ...Técnicas: eletrônica,informática e mista,
improvisação
1° ANO ENSINO MÉDIO/ ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIEPonto Bidimensional Arte Pré-HistóricaLinha Tridimensional Arte Pré - ColombianaForma Figurativa Arte Pré - CabralinaTextura Abstrato Arte Latino Americana
Superfície Perspectiva Renascimento
Volume Técnica: Pintura, MuralismoCor desenho, modelagem, Hip HopLuz instalação,
performance, escultura
e arquitetura...Gêneros: Cenas do
cotidiano
1°ANO ENSINO MÉDIO/ TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIEPersonagem: expressões Técnicas: jogos Teatro Greco-Romanocorporais, vocais, gestuais e teatrais, teatro direto e Teatro Essencialfaciais indireto, mímica, Teatro PopularAção ensaio, teatro-fórum Comédia Dell'arteEspaço Encenação e leitura
dramáticaGêneros: tragédia,comédia, drama eépicoDramaturgiaRepresentação nasmídias
Sonoplastia
1°ANO ENSINO MÉDIO/ DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento corporal Kinisfera Fluxo Pré – históriaTempo Peso Eixo Greco – RomanaEspaço Salto e queda Medieval
Giro Rolamento Dança popularMovimentos Dança brasileiraarticulares Dança AfricanaLento, rápido e Dança IndígenamoderadoAceleração edesaceleraçãoNíveis DeslocamentoDireções PlanosImprovisaçãoCoreografia
Gêneros; étnica e
2° ANO ENSINO MÉDIO/ MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIEAltura Ritmo Melodia Escrita Música OrientalDuração Musical Música ÉtnicaTimbre Gênero: clássico, Indústria CulturalIntensidade popular, étnico Música ContemporâneaDensidade Técnicas: eletrônica,
informática e mista,
improvisação
2° ANO ENSINO MÉDIO/ ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIEPonto Bidimensional Arte PopularLinha Tridimensional Arte BrasileiraForma Figurativa Abstrato Arte ParanaenseTextura Perspectiva Arte IndígenaSuperfície Semelhanças Arte AfricanaVolume Contrastes RitmoCor visualLuz Deformação
EstilizaçãoTécnica: Pintura,desenho, modelagem,instalação,performance, esculturae arquitetura...Gêneros: Cenas do
cotidiano
2° ANO ARTE ENSINO MÉDIO/ TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIEPersonagem: expressões Técnicas: jogos Teatro Brasileirocorporais, vocais, gestuais e teatrais, teatro direto e Teatro Paranaensefaciais indireto, mímica, Teatro Renascentista
Ação ensaio, teatro-fórum Teatro Latino-Americano
Espaço Encenação e leituradramáticaGêneros: tragédia,comédia, drama eépico
DramaturgiaRepresentação nas
mídias
2°ANO ENSINO MÉDIO/ DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento corporal Kinisfera Fluxo Peso Dança brasileiraTempo Eixo Salto e queda Dança paranaenseEspaço Giro Rolamento Hip Hop
MovimentosarticularesLento, rápido emoderadoAceleração edesaceleraçãoNíveis DeslocamentoDireções PlanosImprovisaçãoCoreografiaGêneros: espetáculo,indústria cultural,étnica, folclórica,
populares e salão.
3°ANO ENSINO MÉDIO/ MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIEAltura Ritmo Melodia Escala Música EngajadaDuração Gênero: erudito, Música MinimalistaTimbre clássico, popular, Rap, Funk, TecnoIntensidade pop, ... Música ExperimentalDensidade Técnicas: eletrônica,
informática e mista,
improvisação
3°ANO ENSINO MÉDIO/ ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIEPonto Bidimensional Arte OcidentalLinha Tridimensional Arte OrientalForma Figurativa Vanguardas ArtísticasTextura Abstrato Arte no Séc. XXSuperfície Perspectiva Arte ContemporâneaVolume Semelhanças Indústria Cultural
Cor ContrastesLuz Ritmo visual
DeformaçãoEstilizaçãoTécnica: Pintura,desenho, modelagem,instalação,performance, esculturae arquitetura...Gêneros: Cenas do
cotidiano
3° ANO ENSINO MÉDIO/ TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIEPersonagem: expressões Técnicas: jogos Teatro Engajadocorporais, vocais, gestuais e teatrais, teatro direto e Teatro Dialéticofaciais indireto, mímica, Teatro do OprimidoAção ensaio, teatro-fórum Teatro PobreEspaço Encenação e leitura Teatro de Vanguarda
dramática Indústria CulturalGêneros: tragédia,comédia, drama eépicoDramaturgiaRepresentação nas
mídias
3ª SÉRIE ENSINO MÉDIO/ DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento corporal Kinisfera Fluxo Peso Dança ModernaTempo Eixo Salto e queda Dança Clássica
Espaço Giro Rolamento Dança Contemporânea
Movimentos Indústria CulturalarticularesLento, rápido emoderadoAceleração edesaceleraçãoNíveis DeslocamentoDireções PlanosImprovisaçãoCoreografiaGêneros: espetáculo,indústria cultural,étnica, folclórica,
populares e salão.
Componentes para a EI, EF e EM Componentes para EF e EM(Municipais, Estaduais e Privadas) (Municipais, Estaduais e Privadas)Violência contra a Criança e o Adolescente - Lei Execução do Hino Nacional - Lei 12031/09federal 11.525/07 e Estatuto da Criança eadolescentes 8069/90Educação Ambiental - Lei federal 9795/99, História do Paraná - Lei 13181/01 e DeliberaçãoDecreto 4281/02 e Deliberação 04/13 07/06Música - Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12 Educação Fiscal e Educação Tributária - Decreto1143/99, Portaria 413/02Estatuto do Idoso - Lei 10741/03 Sexualidade Humana - Lei 11733/97Educação para o trânsito - Lei 9503/97 Prevenção ao Uso de Drogas - - Lei 11343/06Educação Alimentar e Nutricional - Lei11947/09Direitos Humanos - Resolução 01/12 - CNE/CPHistória e Cultura Afro-Brasileira, Africana eIndígena - Lei 11.645/08Componentes para EF e EM – Escolas e Colégios EstaduaisHasteamento e execução do Hino do Paraná - Instrução 13/12Brigadas Escolares – Decreto- 4837/12
MetodologiaUma escola democrática necessita apresentar-se ao aluno como um espaço no qual se reflete e
se discute a realidade, sendo a prática social o ponto de partida para as problematizações. Deve
ainda propiciar aos alunos, leituras sobre os signos existentes na cultura de massa para se
discutir de que formas a indústria cultural interfere e censura as produções/manifestações
culturais com as quais os sujeitos identificam-se.
A cultura será abordada como resultante do trabalho que abrange as práticas sociais
historicamente constituídas pelos sujeitos. Desvelar essas culturas propicia o auto-
conhecimento, visto que os sujeitos são formados por e pelas relações culturais.
Também para atender às especificidades dos conteúdos do Ensino Fundamental da rede estadual
de ensino, bem como contemplar as colaborações oriundas das discussões promovidas com os
professores, o ensino de Arte em todas as suas linguagens, música, teatro, dança, artes visuais,
será abordado tendo como princípio a compreensão da Arte como linguagem, no sentido mais
amplo do termo, como sendo o estudo da geração, da organização e da interpretação de signos
verbais e não-verbais. Busca-se para tanto, a apropriação da concepção de linguagem de
Bakhtin que afirma que a mesma é condição fundante no processo de conhecimento do mundo
e, ainda, que a constituição dos sujeitos se dá nas interações sociais, nas quais, sujeito e
linguagem constituem-se mutuamente.
Assim, a materialização dos signos se realizará por meio de múltiplas linguagens (verbais ou
não-verbais), gerando múltiplos efeitos de sentidos e ampliando as possibilidades de leitura de
mundo dos sueitos envolvidos nessa dinâmica.
Toda linguagem artística possui uma organização de signos que propiciam comunicação e
interação. Essa organização é estruturada segundo princípios que cada cultura constrói,
expressos numa simbologia particular que é determinada histórica, política e socialmente. Essa
expressividade artística é concretizada quando, nas manifestações/produções, se utiliza de sons,
de formas visuais, de movimentos corporais e de representações cênicas, que são percebidos
pelos sentidos humanos. Tal percepção possibilita leituras da realidade, permitindo uma
reflexão mais ampla a respeito da sociedade em que o sujeito está inserido e de outras com as
quais ele estabelece relações.
Considera a colaboração entre esses saberes durante o processo de ensino e de aprendizagem
pela interação entre razão e emoção, objetividade e subjetividade.
Partindo da concepção adotada neste documento de Diretrizes, o tratamento dos conteúdos
deverá considerar: as várias manifestações artísticas presentes na comunidade e na região, as
várias dimensões de cultura, entendendo toda manifestação artística como produção cultural; as
peculiaridades culturais de cada aluno/escola como ponto de partida para a ampliação dos
saberes em arte; as situações de aprendizagem que permitam ao aluno a compreensão dos
processos de criação e execução nas linguagens artísticas; a experimentação como meio
fundamental para a ressignificação desse Componente Curricular, levando em conta que essa
prática favorece o desenvolvimento e o reconhecimento da percepção por meio dos sentidos; a
história e cultura Afro-Brasileira e indígena visto que as mesmas têm função precípua ao
trabalho da Arte, considerando-a como fator de produção da cultura brasileira, totalmente
relacionada com a Arte; formar o indivíduo em toda a sua criticidade em relação aos seus
direitos e deveres, e relacionando com possíveis soluções e abordagens por meio do fator
transformador da Arte.
Em relação aos anos finais do Ensino Fundamental, o ensino de Arte toma a dimensão de
aprofundamento na exploração das linguagens artísticas, no reconhecimento dos conceitos e
elementos comuns presentes nas diversas representações culturais.
Propiciar aos alunos situações de aprendizagem que visam ao entendimento da diversidade
cultural e à importância dos bens culturais como um conjunto de saberes.
Dessa maneira, o professor pode criar condições de aprendizagem para o aluno ampliando as
possibilidades de análise das linguagens artísticas, voltado em sua maioria para a prática e
investigação artística, desenvolvendo por meio disso uma poética pessoal.
Em suas aulas, o professor poderá explicitar através das manifestações/produções artísticas,
elementos que identificam determinadas sociedades e de que forma se deu artisticamente, a
estilização de seus pensamentos e ações. Esta materialização do pensamento artístico de
diferentes culturas coloca-se como um referencial (signos) que poderá ser interpretado pelos
alunos por meio do conhecimento dos códigos presentes nas linguagens artísticas.
Avaliação e recuperação
De acordo com a LDBEN (nº 9.394/96, art.24, inciso V) e com a Deliberação 07/99 do
Conselho Estadual de Educação (Capítulo I, art.8º), a avaliação em Arte deverá levar em conta
as relações estabelecidas pelo aluno entre os conhecimentos em arte e a sua realidade,
evidenciados tanto no processo, quanto na produção individual e coletivas desenvolvidas a
partir desses saberes.
Para se tratar da avaliação em Arte, é necessário referir-se ao conhecimento específico das
linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experienciais (práticos) quanto conceituais
(teóricos), pois a avaliação consistente e fundamentada permite ao aluno posicionar-se em
relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos. Cada linguagem artística possui um
conjunto de significados anteriores, historicamente construídos pelo homem, composto de
sentidos que podem ser entendidos e reorganizados para se construir novos significações sobre a
realidade.
A sistematização da avaliação se dará na observação e registro dos caminhos percorridos pelo
aluno em seu processo de aprendizagem, acompanhando os avanços e dificuldades percebidas
em suas criações/produções. O professor observará como o
aluno soluciona as problematizações apresentadas e como se relaciona com o colega nas discussões e
consensos de grupo. O aluno como sujeito desse processo também irá elaborar seus registros de forma
sistematizada. As propostas podem ser socializadas em sala, possibilitando oportunidades para o aluno
apresentar, refletir e discutir a sua produção e a dos colegas, sem perder de vista a dimensão sensível contida
no processo de aprendizagem dos conteúdos das linguagens artísticas.
A recuperação é realizada na retomada de conteúdo, possibilitando assim ao aluno o entendimento do
conteúdo através de novas propostas.
Adaptação de conteúdos
A adaptação de conteúdos deverá priorizar as áreas ou unidades destes, reformulando sequências e
acompanhando as adaptações propostas para os objetivos educacionais. A adaptação na temporalidade do
processo de ensino e aprendizagem, pode ser ampliada ou reduzida para o trato de determinados
objetivos e os consequentes conteúdos. O professor pode organizar o tempo das atividades propostas,
levando em conta as necessidades educacionais de cada aluno.
Adaptações de objetivo
É necessário ajustes nos objetivos pedagógicos constantes no plano de ensino de forma a adequá-los às
características e condições dos alunos. Sendo assim, o professor pode priorizar determinados objetivos
para um aluno, caso seja a forma de atender às suas necessidades educacionais e investir mais tempo,
ou utilizar maior variedade de estratégias pedagógicas na busca de alcançar determinados objetivos,
em detrimento de outros, menos necessários, numa escala de prioridade estabelecida a partir da análise
de conhecimento já apreendido pelo aluno, e do grau de importância do referido objetivo para o seu
desenvolvimento e a aprendizagem significativa.
Adaptações do Método de Ensino e da Organização Didática
Adaptar o método de ensino às necessidades de cada aluno é, na realidade, um procedimento
fundamental na atuação profissional de todo educador, já que o ensino não ocorrerá, de fato, se o professor
não atender ao jeito que cada um tem para aprender. Faz parte da tarefa de ensinar procurar as
estratégias que melhor respondam às necessidades peculiares a cada aluno.
É necessário a modificação do nível de complexidade das atividades e a adaptação dos materiais
utilizados. São vários os recursos que podem ser úteis para atender às necessidades especiais de vários
tipos de deficiência, seja ela permanente, ou temporária.
O professor poderá também fazer modificações na seleção de materiais que havia inicialmente previsto
em função dos resultados que esteja observando no processo de aprendizagem do aluno. O ajuste de
suas ações pedagógicas tem sempre que estar atrelado ao processo de aprendizagem do aluno.
Adaptação do processo de avaliação
Outra categoria de ajuste que é necessária para atender as necessidades educacionais especiais de
alunos é a adaptação no processo de avaliação, no estabelecimento de critérios e na escolha dos
instrumentos, adaptando-os aos diferentes estilos e possibilidades de expressão dos alunos.
ReferênciasPARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Arte para a Educação Básica. Curitiba. SEED,2007.COLL, César; TEBEROSKY, Ana. Aprendendo Arte. São Paulo: Ática, 2004. BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. 6 ed., São Paulo: Ática, 1999. GOMBRICH, E. H. A História da Arte. 16 ed., Rio de Janeiro: LTC.COLI, Jorge. O que é Arte. São Paulo, Brasiliense, 2003.HERNÁNDEZ, Fernando. Cultura visual, mudança educativa e projeto de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 2000.LOUREIRO, Alícia Maria Almeida. O ensino de música na escola fundamental. Campinas, SP: Papirus, 2003.Bennett, Roy. Uma breve história da música. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1986. BRITO, Teca Alencar de. Koellreutter: o humano como objetivo da educação musical. São Paulo: Peirópolis, 2001.BERTHOLD, Margot. História mundial do teatro. São Paulo: Perspectiva, 2000. MAGALDI, Sábato. Iniciação ao teatro. São Paulo: Ática, 1991.OSTROWER, Fayga. Acasos e criação artística. Rio de Janeiro: Campus, 1999. OSTROWER, Fayga. Universos da Arte. Rio de Janeiro: Campus, 1983.MORAIS, Frederico. O Brasil na visão do artista: o país e sua cultura. São Paulo: Prêmio, 2003.
4.4.2.5. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – QUÍMICA
Apresentação dos fundamentos teóricos
A Química é uma excelente motivação para a aprendizagem, ao aproximar o que se ensina do que se vive, ao
permitir a compreensão do que ocorre na Natureza e os benefícios que ela concede ao homem, ao mostrar a
necessidade de respeitar o seu equilíbrio. Para tanto a Química e a Tecnologia Química devem colocar-se
dentro de um contexto em que os alunos terão a possibilidade de compreendê-los como um todo, para analisar
criticamente a sua aplicação a serviço da melhoria da qualidade de vida.
Ao desenvolver conteúdos integrados à vida do educando, oportuniza-se o desenvolvimento de sua capacidade
de investigação crítica, posicionando-se junto, os problemas que são advindos da Química, em seus aspectos
econômicos, industriais, sanitários e ambientais. O desenvolvimento da disciplina de Química proporcionará a
discussão da função da Química na sociedade e despertará o espírito crítico e o pensamento científico.
A atual proposta curricular é totalmente inovadora. Ela permite que o professor deixe de lado uma
metodologia de transmissão de conteúdos para adotar um maior envolvimento no ato de ensinar, que parta do
conhecimento prévio dos alunos, onde se incluem idéias pré-concebidas ou concepções espontâneas a partir
das quais o aluno elabora um conceito científico.
A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com o conhecimento científico historicamente produzido.
Portanto quando os alunos chegam à escola eles não estão totalmente desprovidos de conhecimentos, pois no
seu dia-a-dia e na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência, muitas concepções são
elaboradas.
Numa sala de aula, o processo ensino-aprendizagem ocorre com a reunião de pessoas com diferentes
costumes, tradições, preconceitos e idéias que dependem da sua vivencia cotidiana. Isso torna impossível a
utilização de um único tipo de encaminhamento metodológico com o objetivo de uniformizar a aprendizagem.
Desta forma considerando os conhecimentos que o aluno traz, é necessário proporcionar condições para a
construção de conhecimentos científicos, através de uma linguagem clara e acessível a respeito dos
conhecimentos químicos.
É importante salientar que a Química possui um caráter experimental e interdisciplinar. A experimentação
desempenha uma função essencial na consolidação e compreensão de conceitos, propiciando uma reflexão
sobre a teoria e a prática. Muitas vezes, para a assimilação destes conceitos é necessário que ela atue em
conjunto com outras ciências.
Estas ações pedem maior engajamento do professor com a abordagem de temas relevantes, primando sempre
pelo rigor conceitual. Estes temas abordados corretamente devem intervir positivamente na qualidade de vida
das pessoas e da sociedade.
Não se pode negar que a Química tem um papel fundamental na vida das pessoas, na verdade esta só pode
evoluir apoiando-se as outras ciências. Estas ciências fazem parte do dia-a-dia das pessoas e é importante para
o equilíbrio da vida no planeta. Portanto, ao observar o mundo à sua volta os participantes do processo
educativo devem compreender como é frequente, intensa e contínua, a aplicação do conhecimento químico na
sociedade atual. E perceber ainda como esse conhecimento tem sido constantemente reformulado ao longo da
história da humanidade.
“Conhecer química significa compreender as transformações químicas que ocorrem no mundo físico de
forma abrangente e integrada, e assim poder julgar de forma mais fundamentada as informações advindas da
tradição cultural, da mídia e da escola, e tomar suas próprias decisões enquanto indivíduo e cidadão, de
acordo com sua faixa etária e grupo social. (...)
Para tanto, a Química no Ensino Médio deve possibilitar ao aluno uma compreensão dos processos químicos
em si, conhecimento científico, em estrita relação com as aplicações tecnológicas, suas implicações
ambientais, sociais, políticas e econômicas.”
Secretaria de Educação Média e Tecnologia do MEC, SEMTEC-MEC
Em primeiro momento, utilizando-se a vivência dos alunos e os fatos do dia-a-dia, a tradição cultural, a mídia,
a vida escolar, busca-se reconstruir os conhecimentos químicos que permitiriam refazer essas leituras de
mundo, agora com fundamentação na Ciência.
Nesta etapa estabelece-se o assunto a ser estudado e também se verificam os saberes prévios dos alunos,
provenientes de fatos culturais (“saber comum”) ou individuais. Ainda neste momento são estabelecidos os
pré-requisitos conceituais e técnicos para correta análise do assunto-tema.
Ao tentarmos contextualizar o tema a ser estudado, surgem, de maneira espontânea, diversas implicações
interdisciplinares. Por exemplo, se o assunto for chuva ácida, surgirão discussões que envolvem Biologia
(ecologia), Geografia (produção agrícola), Matemática (estatísticas), entre outros. É importante perceber que a
contextualização passa necessariamente pela interdisciplinaridade. O estudo da separação de mistura, por
exemplo, ficará muito rico quando associado ao tratamento das águas municipais e analisados,
simultaneamente, os aspectos de saúde pública em todas as camadas sociais.
As competências e habilidades cognitivas e afetivas desenvolvidas no ensino da Química deverão capacitar os
alunos a tomar suas decisões em situações problemáticas, contribuindo para o desenvolvimento do educando
como pessoa humana e cidadão.
Deve-se considerar que a Química utiliza uma linguagem própria para representação do real, as
transformações químicas, através de símbolos, fórmulas, convenções e códigos. Assim, é necessário que o
aluno desenvolva competências adequadas para reconhecer e saber utilizar tal linguagem, sendo capaz de
entender e empregar, a partir das informações, a representação simbólica das transformações químicas. A
memorização indiscriminada de símbolos, fórmulas, nomes de substâncias não contribui para competências e
habilidades desejáveis no Ensino Médio.
Objetivos
Conhecer a história da Química e o método científico e a partir daí saber elaborar conceitos sobre as
propriedades dos materiais abordando a relação entre o uso de diferentes materiais e suas propriedades.
Habilitar os alunos a reconhecer os fenômenos físicos e químicos relacionados com a natureza, realizando
discussão constante numa troca de informações e saberes onde o conhecimento de um enriquece o
conhecimento do outro. Perceber que a Ciência está em constante evolução e entender os passos da
metodologia científica.
Conceituar elemento químico e saber utilizar a sua simbologia. Entender o conceito de substância simples e
composta. Identificar e classificar as misturas bem como os métodos de separação de cada uma delas.
Conhecer historicamente a origem da palavra átomo e os modelos atômicos.
Caracterizar um átomo por meio do número atômico, do número de massa e do número de nêutrons e saber
diferenciar um átomo neutro de um íon. Reconhecer a semelhança entre os átomos. Distribuir os elétrons dos
átomos e dos íons de um determinado elemento químico por camadas e pelo diagrama de Linus Pauling.
Entender a importância do estudo da Tabela Periódica dentro da disciplina de Química reconhecendo-a como
um ponto de partida para a resolução dos problemas propostos e realçar a importância dos elementos químicos
presentes em nosso cotidiano.
Saber interpretar a polaridade das ligações e moléculas e relacionar o tema com os acontecimentos diários
como no caso da solubilidade de substâncias, ou seja, no preparo do nosso popular “cafezinho”.
Definir e classificar eletrólito. Diferenciar e nomear cada uma das funções inorgânicas e entender a
importância dessas substâncias em nosso dia-a-dia. Identificar e diferenciar uma reação de neutralização total
e parcial.
Medir e interpretar o caráter ácido e básico mediante alterações de cores de alguns indicadores químicos e
escalas de pH.
Compreender a importância de alguns óxidos em nosso dia-a-dia, como por exemplo, os óxidos derivados de
combustíveis fósseis na formação da chuva-ácida e do efeito estufa.
Perceber a necessidade de escolher um padrão e de se utilizar uma unidade compatível com a grandeza a ser
medida para pesar átomos e moléculas. Efetuar cálculos envolvendo massas atômicas, massas moleculares,
mol e massas molares.
Notar a importância no cálculo das substâncias químicas que são utilizadas ou produzidas nas reações e definir
esse cálculo como cálculo estequiométrico. Perceber que, ao se fazer uma reação em ambiente aberto, o
oxigênio presente no ar e, em vários casos um dos reagentes. Aplicar o cálculo estequiométrico na resolução
de problemas.
Caracterizar o estado gasoso e suas grandezas fundamentais. Entender a diferença entre as leis físicas e as
volumétricas. Aplicar as leis volumétricas na resolução de problemas.
Conceituar, definir, classificar e caracterizar as dispersões.
Perceber a diferença entre os diversos tipos de soluções e a diversidade na utilização delas na prática.
Entender o processo de saturação, construindo e interpretando curvas de solubilidade de uma substância em
função da temperatura.
Compreender o significado de concentração e aplicá-la na prática, conhecendo e exercitando as diferentes
formas de expressá-la.
Relacionar situações do dia-a-dia na aplicação de conceitos como diluição, mistura e análise quantitativa de
soluções.
Perceber que o estudo das quantidades de calor, liberado ou absorvido durante as reações químicas, auxiliam
na compreensão de fatos observados no dia-a-dia.
Compreender por que as reações ocorrem com a liberação ou absorção de calor mediante os conceitos de
energia interna e entalpia. Entendendo quais fatores influenciam nas entalpias das reações e aplicar o método
adequado para se calcular a quantidade de calor envolvida em uma reação que pode ser por energia de ligação,
lei de Hess ou diagrama de entalpia.
Compreender as condições e os mecanismos necessários para a ocorrência de uma reação química por meio
dos conceitos de contato e afinidade química entre os reagentes.
Calcular a velocidade de uma reação química através de dados registrados em gráficos ou tabelas.
Valorizar a importância do catalisador em uma reação química e construir gráficos de energia em função do
tempo (ou caminho da reação) de reações químicas com e sem catalisador.
Entender o que é equilíbrio químico por meio dos conceitos de velocidade direta e inversa de uma reação
química. Diferenciar equilíbrio homogêneo e heterogêneo. Compreender que o grau e a constante de equilíbrio
servem para medir a extensão de uma reação reversível, isto é, para indicar o ponto em que a reação alcança
equilíbrio. Observar que o deslocamento do equilíbrio obedece sempre ao princípio de Le Chatelier.
Efetuar o cálculo de pH e pOH de soluções.
Diferenciar os processos que ocorrem em uma pilha (energia química transformada em elétrica) dos que
ocorrem na eletrólise (energia elétrica transformada em energia química).
Compreender que a oxidação, a redução e, consequentemente, a reação de oxirredução envolvem transferência
de elétrons, definindo agentes oxidantes e redutores. Calcular o número de oxidação de cada elemento que
aparece em uma fórmula.
Entender o funcionamento e a montagem da pilha de Daniell por meio de definições de meias-células e
eletrodos, negativo (ânodo) e positivo (cátodo). Saber representar e interpretar o funcionamento de uma pilha e
a sua aplicação, tais como: bateria de automóvel ou bateria de chumbo, pilha seca comum, pilhas alcalinas,
pilha de mercúrio, pilha de níquel-cádmio, etc.
Conceituar a corrosão como um processo eletroquímico, entendendo a necessidade prática e a importância na
proteção, ou de retardamento da corrosão, de alguns materiais.
Ao estudar a história da radioatividade, perceber que a descoberta das emissões radioativas se deu com a
evolução de pesquisas envolvendo explicações sobre estrutura atômica. Calcular a velocidade de desintegração
radioativa de um elemento e definir reação nuclear ou transmutação radioativa.
Perceber as aplicações práticas de fissão e fusão nuclear e também os maiores e os menores perigos das
emissões radioativas para os seres vivos.
Perceber a evolução da Química Orgânica por meio dos dois procedimentos que mais impulsionaram o seu
desenvolvimento: as sínteses (criando novas substâncias ou criando caminhos mais fáceis, mais rápidos e
econômicos para obter substâncias conhecidas) a as análises (para entender a estrutura das substâncias e, com
esse conhecimento, “imitar” a natureza, produzindo compostos “naturais” ou até mesmo extrapolar as
possibilidades das substâncias da natureza).
Compreender que o átomo de Carbono tem características que o destacam dos demais elementos (valência,
números de possíveis ligações, possibilidade de formar cadeias, etc.)
Classificar as cadeias carbônicas e descobrir a existência de um grande número de diferentes compostos
orgânicos graças aos diferentes tipos de cadeias e suas variações.
Saber definir, formular, nomear e classificar os hidrocarbonetos e suas subclasses e perceber a importância de
diversos hidrocarbonetos na vida diária por meio da observação de seu uso e aplicação. E o mesmo será
observado para as funções oxigenadas.
Saber definir e identificar as diferentes funções orgânicas relacionando-as com as substâncias comuns
utilizadas diariamente. Ter discernimento ao se usar substâncias como remédios, produtos de higiene pessoal e
limpeza, etc. de maneira que essas substâncias sejam utilizadas para o bem estar do educando e que também
não agrida o meio ambiente.
Definir isomeria plana e espacial e entender quando ocorre a isomeria plana. Saber fazer a classificação de
cada uma delas segundo alguns critérios como: isomeria de cadeia, de posição de compensação, de função e de
tautomeria. Reconhecer a importância da isomeria na Química Orgânica e na Bioquímica.
Entender o mecanismo de cada uma das reações orgânicas e saber a sua aplicabilidade no dia-a-dia.
Saber definir, classificar e identificar um polímero e também qual a sua aplicação no cotidiano.
É necessário ajustes nos objetivos pedagógicos constantes no plano de ensino de forma a adequá-los às
características e condições dos alunos. Sendo assim, o professor pode priorizar determinados objetivos para
um aluno, caso seja a forma de atender às suas necessidades educacionais e investir mais tempo, ou utilizar
maior variedade de estratégias pedagógicas na busca de alcançar determinados objetivos, em detrimento de
outros, menos necessários, numa escala de prioridade estabelecida a partir da análise de conhecimento já
apreendido pelo aluno, e do grau de importância do referido objetivo para o seu desenvolvimento e a
aprendizagem significativa.
Conteúdos
Conteúdos estruturantes
Segundo as Diretrizes Curriculares (2006), entende-se por conteúdos estruturantes, “os conhecimentos de
grande amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina
escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de ensino”, os quais se constituem
historicamente e são legitimados nas relações sociais.
Os conteúdos estruturantes são:
Matéria e sua Natureza: estuda os aspectos macroscópicos e microscópicos da matéria, a essência da matéria e
caracteriza-se pelo “trabalho” com modelos e representações.
Biogeoquímica: caracterizado pelas interações existentes entre a hidrosfera, litosfera e atmosfera.
Química Sintética: caracteriza-se pela síntese de novos materiais: produtos farmacêuticos, a indústria
alimentícia (conservantes, acidulantes, aromatizantes, edulcorantes), fertilizantes, agrotóxicos. Avanços
tecnológicos, obtenção e produção de materiais artificiais que podem substituir os naturais.
A adaptação de conteúdos deverá priorizar as áreas ou unidades destes, reformulando sequências e
acompanhando as adaptações propostas para os objetivos educacionais. A adaptação na temporalidade do
processo de ensino e aprendizagem, pode ser ampliada ou reduzida para o trato de determinados objetivos
e os consequentes conteúdos. O professor pode organizar o tempo das atividades propostas, levando em
conta as necessidades educacionais de cada aluno.
Conteúdos básicos de acordo com as DCEs
• Matéria e Energia
• Soluções
• Velocidade das reações
• Equilíbrio Químico
• Ligações Químicas
• Reações Químicas
• Radioatividade
• Gases
• Funções químicas
Conteúdos específicos por série
1ª Ano
• Matéria e Energia
Propriedades
Fases de Agregação
Sistemas
Fenômenos Físicos e Químicos
• Substância
Pura e Composta
Sistemas homogêneos e heterogêneos
Processos de separação de misturas
• Modelos Atômicos
Modelo Atômico de Dalton
Modelo Atômico de Thomson
Modelo Atômico de Rutherford
Modelo Atômico de Bohr
• O Átomo
Íons Cátions e Ânions
Semelhança Atômica
Distribuição Eletrônica por Linus Pauling
Radioatividade
• Tabela Periódica
Histórico
Grupos e Família
Propriedades Periódicas e Aperiódicas
• Ligações Químicas
Ligação Iônica
Ligação Covalente
Ligação Metálica
• Geometria Molecular
Estrutura Espacial das Moléculas
Polaridade das Ligações
Polaridade das Moléculas
Forças Intermoleculares
• Funções Inorgânicas
Ácidos – nomenclatura, classificação e propriedades
Bases – nomenclatura, classificação e propriedades
Sais – nomenclatura, classificação e propriedades
Óxidos – nomenclatura, classificação e propriedades
• Cálculos Químicos
Massa Atômica e Massa Molecular
Fórmula Química
Fórmula Centesimal
Fórmula Mínima
Fórmula Molécula
Cálculo Estequiométrico
• Estudos dos Gases
Características do Estado Gasoso
Volume dos Gases
Pressão dos Gases
Temperatura dos Gases
Leis dos Gases
Equação de Clapeyron
2° Ano
• Soluções
Dispersões
Classificação das soluções
Coeficiente de solubilidade
Concentração das soluções: concentração comum, densidade, concentração em mol/L, fração molar, e
concentração molal a análise volumétrica. Diluição e Misturas das Soluções.
• Termoquímica
A energia e as transformações da matéria
Reações Endotérmicas e Exotérmicas
Fatores que influem nas entalpias
Equação termoquímica
Entalpia de Ligações
Lei de Hess
• Cinética Química
Velocidade das reações químicas
Conceito de velocidade
Como as reações ocorrem
Fatores que interferem na velocidade das reações
• Equilíbrio Químico
Estudo geral dos equilíbrios químicos
Deslocamento do equilíbrio
Equilíbrios Iônicos em geral
Cálculo do pH e pOH
• Eletroquímica
Reações de oxirredução
Pilha de Daniell
Eletrodo-padrão de hidrogênio
As pilhas em nosso cotidiano
Corrosão
• Radioatividade
Histórico da descoberta da radioatividade
Emissões radioativas
A natureza das radiações e suas leis
Reações artificiais de transmutação
Fissão e Fusão Nuclear
Aplicações das reações nucleares
Perigos e acidentes nucleares.
3° Ano
• Características dos Compostos Orgânicos
Histórico da Química Orgânica
Carbono – ligações e hibridação
Características dos átomos de Carbono
Classificação das Cadeias Carbônicas
Classificação dos átomos de Carbono na Cadeia Carbônica
Classificação das Cadeias Carbônicas
• Funções Orgânicas
Noções de Nomenclatura Oficial (IUPAC)
Função Hidrocarboneto: classificação, petróleo e gás natural
Funções Oxigenadas: Álcoois, Enóis, Fenóis, Éteres, Ésteres, Aldeídos, Cetonas e Ácidos Carboxílicos.
• Funções Orgânicas (continuação)
Compostos Halogenados – Haletos
Compostos Nitrogenados – Aminas, Amidas, Nitrilos e Nitrocompostos
Composto Organometálicos
Compostos Sulfurados
Composto de Função Mista
• Isomeria
Isomeria Plana
Isomeria Espacial
• Reações Orgânicas
Reações de Adição
Reações de Substituição
Reações de Eliminação
Reações de Oxidação
Reações de Redução
• Polímeros
Classificação
Principais Polímeros
Temas socioeducacionais
Serão contemplados no decorrer do período letivo, por meio de leitura de textos de diferentes gêneros e
sempre que houver necessidade dentro do conteúdo programático, procurando-se sempre a formação integral
do aluno enquanto cidadão. Procurar-se-á desenvolver esses temas por meio de atividades de Tratamento de
Informações e Resoluções de Situações Problemas. São eles:
- Violência contra a Criança e o Adolescente – Lei Federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e Adolescentes
8069/90;
- Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99, Decreto nº4.281/02 e Deliberação 04/13;
- Música - Lei nº 11.769/08, Resolução 07/10 e 02/12;
- Estatuto do Idoso - Lei nº 10.741/03;
- Educação para o Trânsito - Lei nº 9.503/97 – Código de Trânsito Brasileiro);
- Educação Alimentar e Nutricional - Lei nº 11.947/09;
- Direitos Humanos – Resolução 01/12 – CNE/CP;
- História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena - Lei nº 11.645/08;
- Hasteamento e execução do Hino do Paraná – Instrução 13/12;
- Brigadas Escolares - Decreto 4.837/12;
- Execução do Hino – Lei 12031/09;
- Historia do Paraná – Lei 13.181/01 e Deliberação 07/06;
- Educação Fiscal e Educação Tributária – Decreto 1.143/99, Portaria 413/02;
- Sexualidade Humana – Lei 11.733/97;
- Prevenção ao Uso de Drogas – Lei 11.343/06.
Metodologia da disciplina
Enquanto educadores temos uma constante preocupação que nossos alunos compreendam o valor científico da
Química, fazendo relação entre teoria e prática. Para isso, a metodologia deve ser diversificada, de maneira a
possibilitar aos educandos a construção de conceitos químicos que lhes proporcionem uma melhor
compreensão da sua realidade e da realidade do outro.
O ensino deve ser contextualizado para que os alunos adquiram seus conceitos, favorecendo o processo
ensino-aprendizagem. A resolução de problemas deve estar presente em todos os momentos, devendo-se fazer
uso também das demais tendências da Educação Química, como a utilização da Tabela Periódica, o uso de
Mídias Tecnológicas e a História da Química.
A resolução de situações problemas permite que o professor desafie e resgate o prazer da descoberta. Ao
resolver problemas, os alunos são desafiados a pensar quimicamente.
Essa metodologia favorece a prática pedagógica, aumentando a participação dos estudantes e proporcionando
a contextualização e a interdisciplinaridade. Um problema, para ser verdadeiro para o estudante, deverá
provocar conflito cognitivo, desequilíbrio, enfim, deve configurar-se em um obstáculo a ser ultrapassado” e
sabemos que os obstáculos só são superados a partir do momento em que o estudante tiver liberdade para
construir seus conhecimentos químicos, oportunidade para pensar quimicamente e chances de “errar mais”
sem ser punido por seus erros, ou seja, é necessário que ele, ao “invés de ser protegido contra o erro, deve ser
exposto ao erro muitas vezes, sendo encorajado a detectar e a demonstrar o que está errado, e porquê” .
Desenvolver a habilidade para resolver problemas é necessário em todos os níveis de ensino e para isso não
existe uma receita pronta. Cada professor, conhecendo seus alunos e, de acordo com suas experiências,
constrói a sua prática. É importante destacar não só a resposta correta, mas o aparecimento de diversas
soluções, comparações, verbalizações, discussões e justificações do raciocínio.
São várias as mídias tecnológicas disponíveis, entre elas, o computador, a calculadora, a tv pendrive, o uso de
softwares , aplicativos da internet e a tv Paulo Freire. Os ambientes motivados pelas mídias tecnológicas
dinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo pedagógico. Possibilitam a experimentação, a
observação e investigação, potencializando formas de resolução de problemas.
Em relação ao computador, é preciso ter claro que o seu uso é muito importante para atingir o objetivo de
compreender ou construir um conceito ou conteúdo, e que apenas aprender manipulá-lo enquanto ferramenta,
não é o foco desejado; sendo fundamental o trabalho do educador enquanto mediador de todo o trabalho,
considerando os aspectos pedagógico e psicológico.
É de grande importância que seja feito um trabalho voltado para a História da Química para que a
aprendizagem dessa disciplina tenha sentido para os estudantes. O saber historicamente construído, precisa ser
trabalhado com nossos alunos, para que eles possam valorizar o conhecimento, sentirem-se motivados para
resolverem problemas, fazendo uma reflexão sobre a produção histórica do conhecimento, com o
conhecimento contemporâneo da Química, bem como sua utilidade em todos os campos da Ciência,
possibilitando ao aluno analisar e discutir razões para a aceitação de determinados fatos, raciocínios e
procedimentos.
Portanto, o professor deve mostrar que a Química não é algo estático, que essa ciência tem uma história,
procurando fazer o seu trabalho com resolução de problemas de forma instigante, partindo de situações tanto
do cotidiano como outras científicas, tendo consciência de que o conhecimento científico deverá estar sempre
em constante construção.
Os Desafios Educacionais Contemporâneos: Cidadania e Direitos Humanos, Educação Ambiental, Educação
Tributária e Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola e Prevenção ao uso indevido de Drogas, Direitos da
Criança e do Adolescente, Música, Cultura Indígena e História do Paraná serão contemplados, no decorrer do
ano letivo, por meio de leitura de textos de diferentes gêneros e sempre que houver necessidade dentro do
conteúdo programático, procurando-se sempre a formação integral do aluno enquanto cidadão paranaense.
Procurar-se-á desenvolver esses temas por meio de atividades de Tratamento de Informações e Resoluções de
Situações Problemas.
Adaptar o método de ensino às necessidades de cada aluno é, na realidade, um procedimento
fundamental na atuação profissional de todo educador, já que o ensino não ocorrerá, de fato, se o professor
não atender ao jeito que cada um tem para aprender. Faz parte da tarefa de ensinar procurar as
estratégias que melhor respondam às necessidades peculiares a cada aluno.
É necessário a modificação do nível de complexidade das atividades e a adaptação dos materiais
utilizados. São vários os recursos que podem ser úteis para atender às necessidades especiais de vários
tipos de deficiência, seja ela permanente, ou temporária.
O professor poderá também fazer modificações na seleção de materiais que havia inicialmente previsto
em função dos resultados que esteja observando no processo de aprendizagem do aluno. O ajuste de
suas ações pedagógicas tem sempre que estar atrelado ao processo de aprendizagem do aluno.
Recursos didáticos
Computador, com a utilização de softwares, aplicativo do Excel e internet;
Calculadora;
TV Pendrive;
Aulas práticas
Livros paradidáticos, jornais e revistas;
Livro didático;
Avaliação
Temos o hábito de avaliar nossos alunos apenas comparando-os com os melhores, quando na verdade
deveríamos compará-los como eles próprios; ignoramos o seu esforço, avaliamos apenas pelo erro,
desconsiderando seus progressos.
A nota no momento da avaliação é o que menos importa, considerando que por trás das notas estão os critérios
utilizados e estes sim, merecem preocupação. A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação n.9394/96, a
avaliação formativa e processual deve subsidiar a aprendizagem do aluno, pois mais importante do que a nota,
é a atitude a ser tomada após a avaliação, considerando que a mesma implica, muitas vezes, em mudança de
postura e procedimentos por parte do professor em busca de assegurar a qualidade do processo educativo. As
avaliações devem ser elaborados com antecedência, levando-se em conta o que queremos do estudante naquele
momento.
Diante da avaliação devemos ter uma postura que considere os caminhos percorridos pelo aluno, as suas
tentativas de solucionar os problemas que lhes são propostos e a partir do diagnóstico de suas deficiências,
procurar ampliar a sua visão, o seu saber sobre o conteúdo em estudo, portanto, não basta constatar os erros, é
preciso explorar as possibilidades advindas desse erro, corrigi-lo, mostrar o que o aluno aprendeu e não só o
que errou, valorizando as tentativas feitas.
O aluno será avaliado desde o momento que chegar à escola com suas experiências de vida, será valorizado o
processo de construção e reconstrução de conceitos onde o professor tem o importante papel de orientar e
facilitar a aprendizagem. Além da prova escrita e oral, ocorrerá: debates, seminários, leituras e interpretações
de textos e rótulos, relatórios, entre outros, onde os objetivos principais serão a reconstrução do conhecimento
científico e a compreensão ampla do mundo em que vivemos.
Avaliação específica
• Matéria, Energia e Substâncias
Perceber que a Química está presente em seu cotidiano;
Entender que a Química é uma ciência que estuda os materiais e os processos pelos quais eles são retirados
da natureza e/ou são obtidos pelos seres humanos;
Compreender que a energia não pode ser criada e sim transformada;
Diferenciar os estados físicos da matéria;
Perceber a relatividade que existe nos conceitos de homogêneo e heterogêneo, já que eles dependem de
instrumentos de observação;
Entender a importância do conceito de fases para se caracterizar o sistema em estudo;
Perceber e classificar os fenômenos físicos e químicos presentes no dia a dia;
Compreender como separar os componentes constituintes de uma mistura.
• Modelos Atômicos;
Perceber que a ciência está em constante evolução, pois as pesquisas se entrelaçam, tendo como consequência
novas teorias e modelos;
Entender o histórico da evolução dos Modelos Atômicos e saber dar valor a cada um deles na constituição
atômica;
• O Átomo;
Identificar e caracterizar um átomo por meio de um número atômico, número de massa e número de nêutrons;
Interpretar e escrever a notação geral de um átomo (símbolo, A e Z);
Reconhecer semelhança entre átomos (isótopos, isóbaros, isótonos e isoeletrônicos), tendo como base os
conceitos de A, Z e n;
Perceber a diferença na estrutura de um átomo e de um íon;
Perceber que novas observações e novas ideias produzem um outro modelo para o átomo, que, por sua
vez,explicará melhor os fenômenos da natureza (níveis e subníveis de energia explicam melhor o
aparecimento dos espectros descontínuos).
• Tabela Periódica
Entender a importância da reunião e da análise dos dados científicos que levaram à determinação das
propriedades químicas dos elementos, o que possibilitou a organização desses elementos em uma sequência
lógica, a Tabela Periódica;
Notar e relacionar a variação da configuração eletrônica dos elementos ao longo da Tabela Periódica;
Diferenciar propriedades periódicas de aperiódicas;
Definir e comparar o comportamento dos elementos por meio das propriedades periódicas.
• Ligações Químicas e Geometria Molecular
Entender o que é uma ligação química;
Entender, diferenciar e caracterizar as ligações iônica, covalente e metálica;
Interpretar a polaridade da molécula como uma associação entre a geometria molecular e a polaridade da
ligação;
Prever o tipo de interação existente entre as moléculas, por meio da polaridade delas.
• Funções Inorgânicas;
Definir eletrólito e classificá-lo como forte ou fraco, por meio do grau de dissociação ou do grau de ionização,
dependendo do tipo de substância;
Medir e interpretar o caráter ácido e básico mediante alterações de cores de alguns indicadores químicos e de
escalas de pH;
Formulação, nomenclatura e aplicação dos compostos inorgânicos no cotidiano.
• Cálculos Químicos
Notar a importância no cálculo das substâncias químicas que são utilizadas ou produzidas nas reações e definir
esse cálculo como cálculo estequiométrico;
Aplicar o cálculo estequiométrico na resolução de problemas envolvendo quantidade de reagentes e/ou
produtos participantes de uma reação química.
• Estudo dos Gases
Diferencie gás e vapor;
Espera-se que o aluno construa o conceito de gases;
Faça a relação dos estados de agregação com os estados físicos;
Estabeleça relações entre temperatura, pressão e volume com as leis dos gases;
Compreenda a importância da aplicação de gases em termos industriais;
• Soluções
Perceber a existência dos diferentes tipos de soluções e a diversidade de utilização delas na prática;
Conceituar e entender o processo de saturação, construindo e interpretando curvas de solubilidade de uma
substância em função da temperatura;
Compreender o significado de diluir, concentrar e misturar e a aplicar esses conhecimentos na resolução de
exercícios e no dia a dia.
• Termoquímica
Perceber que o estudo das quantidades de calor, liberadas ou absorvidas durante as reações químicas, auxiliam
na compreensão de fatos observados no cotidiano;
Compreender por que as reações ocorrem com liberação ou absorção de calor mediante os conceitos de
energia interna e entalpia, entendendo quais fatores influenciam nas entalpias das reações;
Entender, escrever e interpretar uma reação química.
• Cinética Química
Entender o conceito e calcular a velocidade de uma reação química;
Compreender as condições necessárias para a ocorrência de uma reação química por meio dos conceitos de
contanto e afinidade química entre os reagentes;
Compreender os fatores que afetam a velocidade de uma reação química.
• Equilíbrio Químico
Conceituar e entender o que é uma reação reversível;
Entender o que é equilíbrio química, por meio dos conceitos de velocidade direta e inversa de uma reação
química;
Diferenciar equilíbrio homogêneo e heterogêneo;
Calcular grau de equilíbrio e determinar a fórmula da constante de equilíbrio em função das concentrações e
pressões.
• Eletroquímica
Diferenciar os processos que ocorrem em uma pilha (energia química transformada em elétrica) dos que
ocorrem na eletrólise (energia elétrica transformada em energia química);
Entender a montagem , o funcionamento e a aplicação de algumas pilhas comuns (bateria de automóvel, pilha
seca, pilhas alcalinas, pilhas de mercúrio, entre outras);
Entender a montagem e o funcionamento da pilha de Daniell.
• Radioatividade
Perceber que a descoberta das emissões radioativas se deu com a evolução de pesquisas envolvendo
explicações sobre a estrutura atômica;
Conhecer, por meio de exemplos, os principais efeitos provocados pelas emissões radioativas;
Identificar o três tipos de emissões (alfa, beta e gama);
Entender como a velocidade com que um elemento radioativo se desintegra pode ser determinada e calcular a
sua meia-vida;
Compreender o que é que ocorre nos processos de fissão nuclear e fusão nuclear;
Perceber os maiores e os menores perigos das emissões radioativas para os seres vivos.
• Características dos Compostos Orgânicos
Perceber a evolução da Química Orgânica por meio de dois procedimentos que mais impulsionaram o seu
desenvolvimento: as sínteses (criando novas substâncias ou criando caminhos mais fáceis, rápidos e
econômicos para obter substâncias conhecidas) e as análises (para entender a estrutura das substâncias e, com
esse conhecimento, “imitar” a natureza, produzindo compostos naturais ou até mesmo extrapolar as
possibilidades de substâncias da natureza);
Compreender que o átomo de Carbono tem características que o destacam dos demais elementos (valência,
números de possíveis ligações, possibilidades de formas cadeias, etc.);
Perceber a existência de um grande número de diferentes compostos orgânicos graças aos diferentes tipos de
cadeias carbônicas e suas variações.
• Funções Orgânicas
Definir, formular, nomear e classificar os hidrocarbonetos e suas subclasses;
Perceber a importância de diversos hidrocarbonetos na vida diária por meio da observação de seu uso e
aplicações;
Identificar e definir a função orgânica dos compostos orgânicos oxigenados e nitrogenados, e nomeá-los;
Conhecer as aplicações e algumas obtenções de alcoóis, fenóis, éteres, aldeídos, cetonas, ácidos carboxílicos e
seus derivados mais presentes na vida diária;
Conhecer as características e aplicações de algumas aminas e amidas.
• Isomeria
Diferenciar isomeria plana de isomeria espacial;
Identificar e diferenciar os casos mais comuns de isomeria de cadeia, de posição, de compensação, de função e
a tautomeria;
Identificar e diferenciar os casos mais comuns de isomeria geométrica e óptica;
Reconhecer a importância da isomeria na Química Orgânica e na Bioquímica.
• Reações Orgânicas
Entender como e quando as reações químicas orgânicas ocorrem;
Perceber a importância das reações químicas na vida diária.
• Polímeros
Definir e identificar e classificar um polímero;
Reconhecer a importância dos polímeros na vida diária.
Critérios de avaliação
No processo avaliativo, segundo as Diretrizes Curriculares do Paraná (2006), é necessário que o professor faça
encaminhamentos, que pressupõem a observação e a intervenção por meio de formas escritas, orais e de
demonstração, inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como materiais manipuláveis,
computador e calculadora.
Desta forma, entende-se que o professor deve problematizar: Por que o aluno foi por este caminho e não por
outro? Que conceitos adotou para resolver uma atividade de maneira equivocada? Como ajudá-lo a retomar o
raciocínio com vistas à apreensão de conceitos? Que conceitos precisam ser discutidos ou rediscutidos? Há
alguma lógica no processo escolhido pelo aluno ou ele fez uma tentativa mecânica de resolução?
Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos. Trata-se de um processo
de “construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos “ (MALDANER, 2003, p.144).
Valoriza-se, assim, uma ação pedagógica que considere os conhecimentos prévios e o contexto social do
aluno, para (re)construir os conhecimentos químicos. Essa (re)construção acontecerá por meio das abordagens
históricas, sociológicas, ambiental e experimental dos conceitos químicos. (DIRETRIZES CURRICULARES
DE QUÍMICA).
Para isso as avaliações poderão ser por meio de: observação direta do crescimento do aluno (analisar o
entendimento e a interação do aluno com relação ao conteúdo trabalhado); trabalhos em grupo (interatividade
e compreensão do conteúdo para realizar a atividade proposta); trabalhos individuais (construção do
conhecimento do indivíduo); teste simulado durante as aula (colocar em prova a apropriação do conteúdo);
provas (somatórias e diagnósticas – será analisado se o aluno está se apropriando ou não do conteúdo, caso
não ocorra essa apropriação o conteúdo será retomado e novamente avaliado); participação nas aulas
(argumentações orais, formação de conceitos científicos); relatório da aula (saber elaboração textos e relatos
do conhecimento científico apropriado em sala de aula).
O plano de avaliação será flexível e irá depender da necessidade da realização de cada uma das atividades
acima, contudo, necessariamente serão realizadas duas provas escritas ou orais e o restante da nota serão
designados paras as demais atividades.
Outra categoria de ajuste que é necessária para atender as necessidades educacionais especiais de
alunos é a adaptação no processo de avaliação, no estabelecimento de critérios e na escolha dos
instrumentos, adaptando-os aos diferentes estilos e possibilidades de expressão dos alunos.
Recuperação
A recuperação dos conteúdos será concomitante, preventiva e imediata, ou seja, ela ocorrerá no decorrer do
trimestre. Após cada avaliação ou trabalho realizado, de acordo com a necessidade, será feito recuperação de
conteúdos, por meio de atividades diferenciadas que levem o aluno a refletir e, em consequência, reconstruir o
conceito ou conteúdo científico em questão.
Como serão realizadas em cada trimestre duas provas, caso o aluno não consiga o desempenho desejável, ele
terá oportunidade de fazer uma nova prova e essa nova avaliação será ofertada a todos os alunos e ficará a
critério de cada aluno fazê-la ou não, na qual será considerada a nota que ele obtiver o melhor resultado. As
demais atividades avaliadas em forma de trabalhos, debates, discussões, participação, resolução de problemas
e em toda situação que mereça um reconhecimento do sistema produtivo do educando, a sua recuperação será
de forma contínua e imediata.
Referências
ANTUNES, M.T (Org.) Ser Protagonista: Química Ensino Médio- Volume 2.2.ed. São Paulo: SM, 2013.ANTUNES, M.T (Org.) Ser Protagonista: Química Ensino Médio- Volume 3. 2.ed. São Paulo: SM, 2013.ARROIO, A.e col.O Show da Química: Motivando o Interesse Científico. Química Nova na Escola, Vol. 29, No. 1, 173-178, 2006.BAIRD, C. Química Ambiental. 2.ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.MORTIMER, E.F; MACHADO A.H. Química para o ensino médio. 1.ed. São Paulo: Scipione, 2002.PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação. Caderno de Expectativas de Aprendizagem – Química. Curitiba: SEED, 2012.PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes curriculares da rede pública de educação básica do estado do Paraná – química. Curitiba: SEED, 2008.PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Superintendência de Educação. Química – Ensino Médio. 2. ed. Curitiba: SEED, 2007.
4.4.2.6. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – BIOLOGIA
Apresentação da disciplina
Observando o contexto histórico da humanidade concluímos que as necessidades de conhecimento vinham de
modo a garantir a sobrevivência da espécie, onde a curiosidade e o intelecto desenvolvido do ser humano
levaram a observação dos diferentes tipos de seres vivos, que eram encarados unicamente como alimento.
Foi o avanço dessas práticas que possibilitou ao homem a descrição dos seres vivos, dos fenômenos naturais
e da interação entre ambos. Com isso surgem diferentes concepções de vida.
É importante salientar que as diferentes concepções sobre o fenômeno da vida sofreram a influência do
contexto histórico dos quais as pressões religiosas, econômicas, políticas e sociais impulsionaram essas
mudanças conceituais, resultando no surgimento da ciência biológica e de todos os seus ramos.
Assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio não implicam no
resultado da apreensão contemplativa da natureza em si, mas em modelos elaborados pelo homem, seus
paradigmas teóricos, que evidenciam o esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais.
Com isso a Biologia pode ser definida como o estudo da vida em toda a sua diversidade de manifestações.
Sendo assim, a Biologia deve subsidiar a análise e a reflexão de questões polêmicas que dizem respeito ao
desenvolvimento de recursos naturais e a utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção
humana no ambiente, levando-se em conta à dinâmica dos ecossistemas e dos organismos.
Importante salientar que a Biologia é o ponto articulador entre a realidade social e o saber científico, porém
não é possível tratar no ensino médio, de todo conhecimento biológico ou tecnológico a ele associado. Mas é
importante tratar esses conhecimentos de forma contextualizada, revelando como e porque foram produzidos e
em que época.
Necessário que os conteúdos sejam abordados de forma integrada destacando os aspectos essenciais do objeto
de estudo da disciplina, relacionando-o a conceitos oriundos da biologia. Tais relações deverão ser
desenvolvidas ao longo do ensino médio num aprofundamento conceitual e reflexivo, com a garantia do
significado dos conteúdos para a formação do aluno neste nível de ensino.
Fundamentação teórico metodológica
O processo de ensino está fundamentado nas ideias prévias dos estudantes e dos professores, advindas de
experiências, valores culturais, que devem ser reestruturadas e sistematizadas a partir das ideias ou dos
conceitos que estruturam as disciplinas.
Nestas Diretrizes Curriculares, valoriza-se a construção histórica dos conhecimentos biológicos, articulados à
cultura científica, socialmente valorizada. A formação do sujeito crítico, reflexivo e analítico, portanto
consolidam-se por meio de um trabalho em que o professor reconhece a necessidade de superar concepções
pedagógicas anteriores, ao mesmo tempo em que compartilha com os alunos a afirmação e a produção de
saberes científicos a favor da compreensão do fenômeno VIDA.
Para o ensino de Biologia, propõe-se o método da prática social, que decorre das relações dialéticas entre
conteúdo de ensino e concepção de mundo; entre a compreensão da realidade e a intervenção nesta realidade
(SAVIANI, 1997; LIBÂNEO, 1983). Confrontam-se, assim, os saberes do aluno com o saber elaborado, na
perspectiva de uma apropriação da concepção de ciência como atividade humana. Ainda, busca-se a coerência
por meio da qual o aluno seja agente desta apropriação do conhecimento.
De acordo com Libâneo (1983), “ao mencionar o papel do professor, trata-se, de um lado, de obter o acesso do
aluno aos conteúdos ligando-os com a experiência concreta dele – a continuidade; mas, de outro lado, de
proporcionar elementos de análise crítica que ajudem o aluno a ultrapassar a experiência, os estereótipos, as
pressões difusas da ideologia dominante – a ruptura”.
Desse modo, os conhecimentos biológicos, se compreendidos como produtos históricos indispensáveis à
compreensão da prática social, podem contribuir para revelar a realidade concreta de forma crítica e explicitar
as possibilidades de atuação dos sujeitos no processo de transformação desta realidade (LIBÂNEO, 1983).
Confrontam-se, assim, os saberes do aluno com o saber elaborado, na perspectiva de uma apropriação da
concepção de ciência como atividade humana. Ainda, busca-se a coerência por meio da qual o aluno seja
agente desta apropriação do conhecimento.
Estas Diretrizes Curriculares para o ensino de Biologia firmam-se na construção a partir da práxis do
professor. Objetiva-se, portanto, trazer os conteúdos de volta para os currículos escolares, mas numa
perspectiva diferenciada, em que se retome a história da produção do conhecimento científico e da disciplina
escolar e seus determinantes políticos, sociais e ideológicos.
Ao adotar esta estratégia e ao retomar as metodologias que favoreceram a determinação dos marcos
conceituais apresentados nestas Diretrizes Curriculares para o ensino de Biologia, propõe-se que sejam
considerados os princípios metodológicos usados naqueles momentos históricos, porém, adequados ao ensino
da atualidade.
Embora os conteúdos estruturantes tenham sido identificados como concepções paradigmáticas do
conhecimento biológico localizadas no tempo histórico, eles são interdependentes, pois se considera neste
caso, o esforço empreendido para ampliar os modelos teóricos interpretativos de fatos e fenômenos naturais
estudados pela Biologia. Essa concepção metodológica permite que um mesmo conteúdo específico seja
estudado em cada um dos conteúdos estruturantes, considerando-se a abordagem histórica que determinou a
constituição daquele conteúdo estruturante e o seu propósito.
Objeto de estudo da disciplinaFenômeno Vida
Objetivos gerais
Relacionar a informação à aplicação, trazendo situações do cotidiano, alertando para problemas existentes e
incitando à responsabilidade.
Estimular o posicionamento consciente dos alunos dos alunos diante de situações de seu cotidiano.
• Levar os alunos a adquirirem uma visão crítica e sensível do que é proposto e apresente o
conhecimento como resultado do fazer humano, não fragmentado nem atemporal.
• Aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais na escola, no trabalho e em outros contextos
relevantes para sua vida.
• Compreender conceitos, procedimentos e estratégicas e aplicá-las a situações diversas no contexto das
ciências, da tecnologia e das atividades cotidianas.
Adaptação de objetivos
É necessário ajustes nos objetivos pedagógicos constantes no plano de ensino de forma a adequá-los às
características e condições dos alunos. Sendo assim, o professor pode priorizar determinados objetivos
para um aluno, caso seja a forma de atender às suas necessidades educacionais e investir mais tempo,
ou utilizar maior variedade de estratégias pedagógicas na busca de alcançar determinados objetivos,
em detrimento de outros, menos necessários, numa escala de prioridade estabelecida a partir da análise
de conhecimento já apreendido pelo aluno, e do grau de importância do referido objetivo para o seu
desenvolvimento e a aprendizagem significativa.
Conteúdos estruturantes
São os eixos norteadores, a partir dos quais serão explorados todos os conteúdos biológicos, que identificam os
diversos campos de estudos da Biologia.
Tomando por base as DCEs Diretrizes Curriculares de Ensino, foram definidos como tais os seguintes:
Organização dos Seres Vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação Genética
Organização dos Seres Vivos
Este conteúdo justifica-se como sendo o que permite dar ao aluno uma visão geral de noções taxionômicas dos
seres vivos e capacitando o mesmo a enquadrar os seres vivos dentro de sua categoria taxionômica correta.
Esta classificação permite compreender e aplicar, graus de parentesco, ancestrais comuns.
Clarear para o aluno os graus de evolução e complexidade dentro de classes zoológicas e botânicas.
Mecanismos Biológicos.
Insere-se como conteúdo estruturante por abranger o estudo de sistemas orgânicos tanto do ponto de vista
morfológico, quanto fisiológico, tendo como base o estudo da bioquímica celular, molecular e a histologia,
envolvendo todos os graus de complexidade, aonde qualquer disfunção em nível celular cause transtornos no
organismo como um todo.
Biodiversidade
Todos os seres independentemente de sua organização e complexidade, estão inseridos dentro de um ambiente
altamente complexo, interagindo tanto de forma simbiótica como de forma deletéria.
As interações entre populações, comunidades e ecossistemas, contribuem para os processos de seleção,
evolução e adaptações.
As situações de mudanças climáticas, e ações humanas (poluição, esgotamento de reservas, uso inadequado de
recursos naturais) conhecidos como Impactos Ambientais precisam ser bem apropriados e entendidos como
condição fundamental para a preservação das espécies, principalmente a humana.
Manipulação genética
A clonagem, o estudo de células tronco, fertilização in vitro e outros avanços das ciências, sempre trazem
preocupações inerentes a fatos inesperados, consequências não previstas a curto e médio prazo.
Quando o conteúdo entra em situações mais polêmicas, como o aborto e eutanásia, o embasamento técnico é
altamente conflitante com os valores morais vigentes.
Conteúdos básicos e temas sócio educacionais
CONTEÚDOS BÁSICOS TEMAS SÓCIO EDUCACIONAIS1- Classificação dos seres vivos: Critérios taxonômicos e filogenéticos.
História do ParanáSexualidade HumanaEducação AmbientalDireitos Humanos
2- Sistemas biológicos, anatomia, drogas - morfologia e fisiologia
Sexualidade HumanaEducação AmbientalHistória e Cultura Afro-Brasileira, Africana e IndígenaViolência contra a Criança e o AdolescenteEstatuto do IdosoEducação Alimentar e NutricionalPrevenção ao Uso de Drogas
3- Mecanismos de desenvolvimento embriológico
Sexualidade HumanaHistória e Cultura Afro-Brasileira, Africana e IndígenaViolência contra a Criança e o AdolescenteEstatuto do IdosoEducação Alimentar e NutricionalPrevenção ao Uso de Drogas
4- Teoria Celular: mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos
Educação AmbientalHistória e Cultura Afro-Brasileira, Africana e IndígenaPrevenção ao Uso de Drogas
5- Teorias Evolutivas Educação AmbientalHistória e Cultura Afro-Brasileira, Africana e IndígenaEstatuto do IdosoEducação para o trânsitoEducação Fiscal e Tributária
6- Transmissão de característica hereditárias. Sexualidade HumanaEducação AmbientalHistória e Cultura Afro-Brasileira, Africana e IndígenaViolência contra a Criança e o AdolescenteEstatuto do Idoso
Prevenção ao Uso de Drogas7- Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência com o ambiente
Sexualidade HumanaEducação AmbientalHistória e Cultura Afro-Brasileira, Africana e IndígenaViolência contra a Criança e o AdolescenteEstatuto do IdosoEducação para o trânsitoDireitos HumanosHistória do Paraná
8- Organismos geneticamente modificados Sexualidade HumanaEducação AmbientalHistória e Cultura Afro-Brasileira, Africana e IndígenaViolência contra a Criança e o AdolescenteEstatuto do IdosoHistória do ParanáEducação Fiscal e TributáriaPrevenção ao Uso de Drogas
Conteúdos por ano
1° ANO
CONTEÚDO BÁSICO CONTEÚDO ESPECÍFICO TRIMESTRES1º 2º 3º
Classificação dos Seres Vivos: Critérios Taxonômicos e Filogenéticos
Sexualidade HumanaEducação AmbientalDireitos Humanos
- Definições históricas sobre o fenômeno vida.- Níveis de organização dos Seres Vivos.- Relacionar a cultura afro, brasileira e africana às características dos seres vivos. - História do Paraná, formações arqueológicas de Guarapuava
X
X
X
XDinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência com o ambiente
- Biomassa e dinâmica dos Ecossistemas.- Fluxo de Matéria e Energia.- Redes Alimentares.- Ciclos Biogeoquímicos.- Biomas Terrestres e Aquáticos.- Sucessão Ecológica.- O Ser Humano no Ambiente e o impacto na biosfera.- Educação Ambiental e amparo legal Lei 9795/99
X
XXXXXX
XMecanismos Celulares Biofísicos e Bioquímicos
- Estudo das células.- Estudo e utilização do Microscópio.- Teorias Celulares.- Fisiologia e Morfologia da Célula.- Mecanismos Celulares.- Núcleo Celular.- Ácidos Nucleicos – DNA e RNA. - Divisão Celular – Mitose e Meiose
XXXXX
XXX
2° ANO
CONTEÚDO BÁSICO CONTEÚDO ESPECÍFICO TRIMESTRES
1º 2º 3ºClassificação dos Seres Vivos: Critérios Taxonômicos e Filogenéticos
- Biodiversidade e Classificação dos Seres Vivos.- Características dos Seres Vivos.- Organização Celular, desenvolvimento, Reprodução e Evolução.- Prevenções ao Uso indevido de Drogas.- Regras de Classificação Taxonômicas.- Classificação Botânica e Zoológica.- Princípios da Classificação Filogenética- Organismos Acelulares: Vírus.
X
XX
XXXX
XX
XSistemas Biológicos: Anatomia, Morfologia, Fisiologia e Mecanismos de Desenvolvimento Embrionário
- Reino Monera: características e organização morfológica.- Reino Protista: características e organização morfológica dos protozoários.- Reino Fungi: características e organização anato morfofisiológica dos fungos e líquens. - Reino Animal: características e organização anato morfofisiológica dos grupos de invertebrados e vertebrados.- Fisiologia, processos metabólicos dos Seres Humanos.- Embriologia Animal.- Reino Vegetal: características e organização anato morfofisiológica dos grupos vegetais.- Cultivo de ervas medicinais e a contribuição da Cultura afro na divulgação destas plantas
X
X
X
X
X
XXXXX
X
3° ANOCONTEÚDO BÁSICO CONTEÚDO ESPECÍFICO TRIMESTRES
1º 2º 3ºTransmissão de característica hereditárias.
- Estudo da Genética: importância e conceitos fundamentais básicos.- Os trabalhos de Mendel: 1ª e 2ª Leis- Leis de Morgan e Linkage.- Polialelia.- Herança ligada ao sexo.- Interação Gênica e Herança qualitativa – Poligenia.- Anomalias da espécie Humana.
XXXXX
XX
XOrganismos geneticamente modificados - Biotecnologias.
- Nanotecnologias.XX
Teorias Evolutivas - Princípios da Evolução da Vida.- Teorias Evolutivas.- Herança dos caracteres adquiridos.
XXX
- Teoria da Seleção Natural – Darwin-Wallace- Teoria Sintética da Evolução.- As causas genéticas da Evolução: mutações gênicas e cromossômicas, recombinação e deriva genética.- Formação de novas espécies.- Genética populacional: Teorema de Hardy-weinberg.- A origem da espécie Humana.- Formação da sociedade humana e violência
X
XX
XX
X
Adaptação de conteúdos
A adaptação de conteúdos deverá priorizar as áreas ou unidades destes, reformulando sequências e
acompanhando as adaptações propostas para os objetivos educacionais. A adaptação na temporalidade do
processo de ensino e aprendizagem, pode ser ampliada ou reduzida para o trato de determinados objetivos e os
consequentes conteúdos. Sempre que necessário será organizado o tempo das atividades propostas, levando
em conta as necessidades educacionais de cada aluno.
MetodologiaEm concordância com a Diretriz Curricular do Ensino de Biologia a abordagem deve permitir a integração dos
quatro conteúdos estruturantes. Deste modo cada conteúdo específico deve ser trabalhado de forma integrada,
demonstrando a interdependência entre esses conteúdos estruturantes.
Diante do fato de que a Biologia assim como todos os movimentos sociais e os conhecimentos humanos,
sofreu interferências e transformações do momento histórico social, dos valores e ideologias, das necessidades
materiais do ser humano em cada momento histórico. Ao mesmo tempo em que sofreu a sua interferência,
neles interferiu. A metodologia de ensino de Biologia não poderá ser como se estivesse ensinando um
conhecimento pronto, acabado, concluído e imutável.
É o ensino do conhecimento que se constrói a cada momento, a cada fato, a cada novo registro, um fenômeno
descoberto ou explicado partindo ou não de um outro já conhecido. Assim o método experimental não pode
ser abandonado, seja apenas para demonstrar o conhecimento adquirido ou para construir um novo.
O conhecimento bibliográfico é fundamental; nele buscam-se os conceitos produzidos, os históricos
construídos, os caminhos percorridos, as técnicas utilizadas e os resultados obtidos.
Para que a formação do sujeito crítico, reflexivo, venha romper com concepções anteriores e estejam
fundamentadas e com bases sólidas, deve-se propiciar um entendimento sobre os problemas que afetam
diretamente a vida dos seres vivos e do ambiente, provocando uma reflexão sobre o atual momento histórico
social-científico-tecnológico.
“Para o ensino de Biologia, propõe-se o método da prática social, que decorre das relações dialéticas entre
conteúdo de ensino e concepção de mundo; entre a compreensão da realidade e a intervenção nesta realidade
(SAVIANE, 1997; LIBÂNEO, 1983). Confrontam-se assim, os saberes do aluno com os saberes elaborados,
na perspectiva de uma apropriação da concepção de ciência com a atividade humana. Ainda, busca-se a
coerência por meio da qual o aluno seja agente desta apropriação do conhecimento” (DCE, p. 52).
No Ensino Médio por blocos, a disciplina de Biologia desenvolverá os conteúdos básicos que fazem parte do
processo de produção de conhecimento cientifico da Biologia, de acordo com a seriação previamente
estabelecida. Para efetivar o trabalho docente, as aulas serão planejadas, tendo como finalidade trazer a base
teórica necessária integrada com as atividades experimentais. As atividades experimentais deverão ter caráter
reflexivo permitindo aos estudantes, experiências de aprendizagem a partir das quais desenvolvam análises de
situações problema e de estudo de casos. As atividades experimentais propostas mesmo sendo de caráter
teórico prático, devem privilegiar tanto a produção individual como a em grupo, não visando um único
resultado.
Os Desafios Contemporâneos serão trabalhados de forma contextualizada e articulada aos conteúdos
estruturantes, básicos e específicos da disciplina, a medida que sejam chamados pelo conteúdo da disciplina.
O desenvolvimento dos conteúdos e das atividades teóricas e práticas serão realizados através de diversas
metodologias utilizando-se todos os recursos didático-pedagógicos e tecnológicos disponíveis no colégio que
estão listados abaixo.
Recursos didático-pedagógicos e tecnológicos
Vídeo
TV Pendrive
Rádio
Data show
Computadores
• Aparelho de som
• Microscópio
• Lupa estereoscópica
• Lâminas permanentes
• Livro Didático
• Livro Didático Público
• Mapas
• Gráficos
• Tabelas
Adaptações da metodologia
Adaptar o método de ensino às necessidades de cada aluno é, na realidade, um procedimento fundamental na
atuação profissional de todo educador, já que o ensino não ocorrerá, de fato, se o professor não atender a
maneira que cada um tem para aprender. Faz parte da tarefa de ensinar procurar as estratégias que melhor
respondam às necessidades peculiares a cada aluno.
É necessário a modificação do nível de complexidade das atividades e a adaptação dos materiais utilizados.
São vários os recursos que podem ser úteis para atender às necessidades especiais de vários tipos de
deficiência, seja ela permanente, ou temporária.
Modificações também poderão ser feitas nos materiais inicialmente previstos em função dos resultados que
estejam sendo observados no processo de aprendizagem do aluno. Pois, o ajuste de ações pedagógicas tem
sempre que estar atrelado ao processo de aprendizagem dos mesmos.
No decorrer dos trimestres estarão contemplados os Programas Socioeducacionais que deverão passar pelo
currículo como condições de compreensão do conteúdo, fazendo parte da intencionalidade do recorte do
conhecimento na disciplina, isto significa compreendê-los como parte da realidade concreta e explicitá-la nas
múltiplas determinações que produzem e explicam os fatos sociais, tais como: História e Cultura Afro-
Brasileira, Africana e Indígena ( Lei n.º11.645/08); Prevenção ao uso de drogas (Lei nº 11.343, de 23/08/06),
Sexualidade Humana(Lei 11.733/97), Violência contra a Criança e ao Adolescente (Lei 11.525/07) e Estatuto
da Criança Adolescentes (8069/90); Estatuto do Idoso Lei 10.741 de 1/10/03; Educação Alimentar e
Nutricional (Lei 11.947 de 16/06/2009, Direitos Humanos Resolução nº 01/2012 – CNE/CP, Educação
Ambiental (Lei 9.795/99 – Decreto nº 4281/02 e Deliberação 04/13); Educação Fiscal e Tributária (Decreto
1.143/99 – Portaria nº 413/02); Educação para o trânsito (Lei 9.503 de 23/09/97); História do Paraná (Lei
13.181/01 – Deliberação 07/06); Música (Lei 11.769/08 – Resolução 07/10 e 02/12); Brigadas Escolares
(Decreto 4837/2012), Hasteamento de Bandeiras e execução de Hinos (Instrução nº 013/2012 SUED/SEED e
Lei nº 12031 de 21/09/2009); Serão trabalhados durante os 3 trimestres, integrando-se aos conteúdos básicos.
Para atendermos o item de Sexualidade abordaremos a sexualidade aos Gêneros, a Sexualidade na
contemporaneidade, a educação sexual na escola, o lugar de sexo, a sexualidade os prazeres e a
vulnerabilidade, a violência contra a mulher, a prevenção de HIV e a representação da mulher e do feminino
na mídia da imprensa brasileira.
AvaliaçãoA avaliação é o instrumento cuja finalidade é obter informações necessárias, sobre o desenvolvimento da
prática pedagógica para nela intervir e reformular os processos de aprendizagem.
Enfim, a avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações pedagógicas pensadas e realizadas
pelo professor ao longo do ano letivo, com retomada de conteúdos sempre que necessário e a recuperação
simultânea.
A avaliação na Disciplina de Biologia, será continua e constante, seja ela de forma escrita, oral, ou qualquer
tipo de manifestação apresentada pelo educando, que caracterize uma apreensão do conhecimento. Pois a
interação diária entre professor e aluno, permite ao educador notar e perceber o desenvolvimento do
conhecimento cognitivo, apresentado pelo educando, que caracterize uma apreensão. Será considerada a
capacidade cognitiva gradativa por série, conforme a faixa etária, que o educando apresenta na compreensão
das relações dos conhecimentos, envolvido em cada fenômeno, cada fato ou cada ato.
Buscar o quantitativo e o qualitativo da compreensão do conhecimento pelo aluno, considerando as mais
diversas formas da apreensão tais como: audiovisuais, literários, bibliográficos, sensoriais, do próprio
cotidiano do aluno, o conhecimento empírico, aquele não sistematizado, etc.
Para que todos os critérios sejam contemplados, se faz necessário utilizar os mais diversos meios de
avaliações, os quais proporcionem ao educando expressar os avanços na aprendizagem. Em tais instrumentos
de avaliações, o aluno poderá interpretar, produzir textos, debater, relacionar, refletir, analisar, justificar,
argumentar, defender seus pontos de vista e se posicionar diante de cada evento apresentado. Portanto, a
avaliação levará em consideração as múltiplas inteligências, bem como a capacidade de sistematizar e
formalizar o seu conhecimento.
Buscar a compreensão do conhecimento pelo aluno, considerando as mais diversas formas da apreensão tais
como: audiovisuais, literários, bibliográficos, sensoriais, do próprio cotidiano do aluno, o conhecimento
empírico, aquele não sistematizado, etc.
Para que todos os critérios sejam contemplados, se faz necessário utilizar os mais diversos meios de
avaliações, os quais proporcionem ao educando expressar os avanços na aprendizagem. Em tais instrumentos
de avaliações, o aluno poderá interpretar, produzir textos, debater, relacionar, refletir, analisar, justificar,
argumentar, defender seus pontos de vista e se posicionar diante de cada evento apresentado.
Instrumentos avaliativos
Seminários
Debates
Trabalhos
Discussões
Provas
Relatórios de aulas práticas no microscópio
Interpretação de textos
Análise de vídeos e filmes
Jogos
Produção de textos argumentativos e dissertativos
Exercícios
Painéis
Pesquisa
Produção de histórias em quadrinhos
Produção e interpretação de charges
Adaptação do processo de avaliação
Outra categoria de ajuste que é necessária para atender as necessidades educacionais especiais de alunos é a
adaptação no processo de avaliação, no estabelecimento de critérios e na escolha dos instrumentos, adaptando-
os aos diferentes estilos e possibilidades de expressão dos alunos.
Recuperação de estudos
A recuperação de estudos será proporcionada a todos os alunos, com retomada de conteúdos e utilização de
outros instrumentos avaliativos que venham de encontro às necessidades dos alunos dando a oportunidade ao
aluno em recuperar seu rendimento escolar.
Será realizada sempre que um ou mais conteúdo não forem assimilados pelos alunos.
Ela será realizada:
1- Com um ou com um grupo de conteúdo;
2- Sempre que a nota do aluno for considerada insuficiente;
3- Poderá ser através de exercícios, provas e trabalhos com pesquisa.
Bibliografia
AMABIS E MARTHO. Fundamentos da Biologia Moderna. Ed. São PauloModerna, 1974 e 1990.BRASIL. Agenda 21 Brasileira e um compromisso para o século 21. Brasília,2002.CURITIBA. Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente eDesenvolvimento. (Rio de Janeiro - 1992) Agenda 21 – Curitiba; IPARDES, 2001.CURITIBA. Projeto 21 vai à Escola – Como Contribuir para melhorar nossaCuritiba. Departamento de Tecnologia e divisão Educacional. Departamento de Educação. Curitiba, 1998.CÉZAR E SEZAR. Biologia. Volume único.FAVORETTO, José Arnaldo. Biologia. Volume único.FONSECA, Albino. Coleção Horizonte Biologia volume único. Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas.GASPARIN, J.L. Uma didática para pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores Associados, 2002.GIOPPO, Christiane. A produção do saber no ensino de Ciências. Uma proposta de intervenção.JUNQUEIRA E CARNEIRO. Biologia Celular e Molecular.LAURENCE. Coleção Nova Geração Biologia em Módulo: 05/06/08. – editora Nova Geração 2002.LINHARES, Sérgio; GEWDNDSZNAJDER, Fernando. Biologia. Volumes 1,2 e 3.LOPES, Sônia. Biologia. Volume único.PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Seminário Macrorregionais da Agenda 21 Paraná. Os desafios por uma cidadania planetária. Curitiba. 2002.
4.4.2.7. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – SOCIOLOGIA
Fundamentos teóricos da disciplina
Passamos atualmente por diversas mudanças na sociedade, principalmente ao chegarmos em um estágio do
sistema capitalista denominado just in time, o qual torna o processo de trabalho de forma flexível, tendo o
sujeito o papel de conhecer todas as esferas do social, faz -se necessário no universo educacional,
problematizar a vida do próprio aluno, sua existência real o mundo real com suas implicações nos diversos
campos da vida: ético moral, sociopolítico, religioso, cultural e econômico,compreendendo as formas de
exclusão que desencadeiam problemas na estrutura social como um todo. Dessa forma, pensando a questão
da alienação e as diferenças entre as formas de organização familiar, cultural e religiosa em torno do
trabalho é que se dá a importância da disciplina de sociologia para orientar o aluno na percepção do mundo em
que vive e contribuir para tornar-se um cidadão crítico e atuante enquanto o agente histórico na sociedade.
Como ciência, a Sociologia delineou-se no rastro do pensamento positivista, vinculada à ordem das Ciências
Naturais. O caráter científico, tão buscado e valorizado na época (século XIX), estava ligado à lógica da
ciência ditas “experimentais". Ou seja, para ascender ao estatuto de ciência, deveria atender a determinados
pré-requisitos e seguir métodos "científicos" que pretendiam também a neutralidade e o estabelecimento de
regras.
São representantes desse pensamento Augusto Comte (1798-1852), o primeiro a usar o termo sociologia
relacionando-o com a ciência da sociedade e Émile DurKheim (1858 - 1917), que adotou conceitos elaborados
por Comte, especialmente o de ordem social, para delinear uma das correntes representativas do pensamento
sociológico.
Ambos os pensadores tiveram em comum a busca de soluções para os graves problemas sociais gerados pelo
modo de produção capitalista; isto é, a miséria, o desemprego e as consequentes greves e rebeliões operárias.
Cada um desses sintomas sociais foi analisado por esses pensadores como desvios ou anomalias da sociedade,
que poderiam ser corrigidos ou mesmo solucionado pelo resgate de valores morais - como a solidariedade os
quais restabeleceriam relações estáveis entre as pessoas, independentemente da classe social a que
pertencessem.
Um dos mecanismos responsáveis por essa tarefa seria a educação, capaz adequar devidamente os indivíduos à
nova sociedade. Tais pensadores a analisaram sob um determinado ponto de vista e preconizaram a
manutenção do status quo, da ordem vigente e, de alguma forma, pelo elogio à sociedade capitalista.
Apesar de sua origem conservadora e de sua proposta inicial conformista, a Sociologia desenvolveu também
um olhar crítico e questionador sobre a sociedade. O pensador alemão Karl Marx (1818-1883) trouxe
importantes contribuições ao pensamento sociológico porque desnudou as relações de exploração que se
estabeleceram a partir do momento em que uma determinada classe social apropriou-se dos meios de produção
e passou a deter e conduzir os mecanismos (as ações) da sociedade.
De acordo com o pensamento de Marx, não há soluções conciliadoras numa sociedade cujas relações se
baseiem na exploração do trabalho e na crescente espoliação da maioria. Para Marx, a teoria apenas tem
sentido se transformada em práxis, ou seja, em ação fundamentada politicamente, para transformar as
estruturas de poder vigente e construir novas relações sociais, fundadas na igualdade de condições a todos os
indivíduos.
Para Marx, a única possibilidade de superar a desigualdade e a opressão está na construção de uma nova
sociedade, que pressuponha a inexistência de classes sociais e, Portanto, de dominação de uma minoria sobre
uma maioria. Outra importante contribuição ao pensamento sociológico crítico e revolucionário pode ser
encontrada nos escritos do italiano Antonio Gramsci (1891- 1937) cujas análises foram incorporadas
principalmente às pesquisas sociológicas e educacionais. Criados por Gramsci, os conceitos de hegemonia,
intelectual orgânico e escola única auxiliam no processo de repensar as estruturas educacionais.
Já constitui tradição apresentar a entrada de Durkheim na Universidade de Bordeaux, em 1887, como marco
da introdução da Sociologia nos currículos oficiais. No Brasil, a proposta de inclusão da Sociologia data de
1870, quando Rui Barbosa, em um de seus eruditos pareceres, propõe a substituição da disciplina Direito
Natural pela Sociologia, a sugerir que o Direito tinha mais a ver com a sociedade, ou com as relações sociais
do que com um pretenso "estado de natureza" - pedra de toque da elaboração política dos contratualistas e
jusnaturalistas dos séculos XVII e XVIII; isso constituía, desde já, uma perspectiva interessante, apesar de o
parecer do conselheiro não ter sido sequer votado... Com Benjamim Constant , alguns anos depois, 1890, no
ensejo da Reforma da Educação Secundária do primeiro governo republicano, reaparece a Sociologia, agora
como disciplina obrigatória nesse nível de ensino. A morte precoce do ministro da Instrução pública acaba
enterrando a Reforma e a possibilidade de a Sociologia integrar desde então o currículo.
A disciplina Sociologia tem uma historicidade bastante diversa de outra disciplina do currículo, tanto em
relação as do campo das linguagens como em relação à das Ciências Humanas, mas sobretudo das Ciências
Naturais. É uma disciplina bastante recente menos de um século, reduzida sua presença efetiva à metade desse
tempo; não se tem ainda formada uma comunidade de professores de Sociologia no Ensino Médio , que em
âmbito estadual, regional , ou nacional, de modo que o diálogo entre eles tenha produzido consensos a respeito
de conteúdos, metodologias, recurso, etc, o que está bastante avançado nas outras disciplinas. Essas questões
já poderiam estar superadas se houvesse continuidade nos debates, o que teria acontecido se a disciplina nas
escolas não fosse intermitente.
Desde a sua constituição como conhecimento sistematizado, a Sociologia tem contribuído para ampliar o
conhecimento dos homens sobre sua própria condição de vida e, fundamentalmente, para a análise das
sociedades, ao compor, consolidar e alargar um saber especializado pautado, em teorias e pesquisas que
esclarecem muitos problemas da vida social.
Seu objeto é o conhecimento e a explicação da sociedade pela
compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em grupos, das relações que se
estabelecem no interior e entre esses diferentes grupos, bem como a compreensão das consequências dessas
relações para indivíduos e coletividades.
No século XX, três diferentes linhas teóricas clássicas, sistematizadas por Émile Durkheim, Karl Marx e Max
Weber, alicerçaram e ainda alicerçam, concepções sociologias contemporâneas. Entre elas destacam -se: as
concepções de Antonio Gramsci , Pierre Bourdieu e Florestan Fenandes e Gilberto Freire. Cada uma, a seu
modo, elege conteúdo temáticas, problemáticas, metodologias, concernentes ao contexto histórico em que
foram construídas e buscam interpretar e dar respostas aos problemas da realidade contemporânea.
Ressalta -se que, como disciplina acadêmica e escolar, a história da Sociologia não está desvinculada dos
fundamentos teóricos e metodológicos que a constituem como campo Científico mais abrangente. E preciso
destacar nos teóricos clássicos suas concepções de sociedade e, também, suas concepções de educação, já que
uma está relacionada à outra e orientam mutuamente campos de ação política e, por efeito, de ação
educacional.
Mas diante da realidade contemporânea, não há mais espaço para discussões pretensamente neutras da
Sociologia no século XIX.
Objetivos gerais
A Sociologia no presente tem o papel histórico que vai muito além da leitura e explicações teóricas da
sociedade não cabem mais as explicações e compreensões das normas sociais e institucionais, para a melhor
adequação social, ou mesmo para a mera .crítica social, mas sim a desconstrução e a desnaturalização do
social no sentido de sua transformação. Os grandes problemas que vivemos hoje, provenientes do acirramento
das forças do capitalismo mundial e do desenvolvimento industrial desenfreado, entre outras causas, exigem
indivíduos capazes de romper com a lógica neoliberal da destruição social e planetária. É tarefa inadiável da
escola e da Sociologia a formação de novos valores, de uma nova ética e de novas práticas sociais que
apontem para a possibilidade de construção de novas relações sociais.
Considerando as diversas concepções teóricas clássicas acerca da Sociologia é possível professor e ao aluno,
cada um no seu nível de compreensão, alterar qualitativamente sua prática social. Do desenvolvimento dos
seus conteúdos críticos, a sociologia clássica e sociologia moderna permitem esclarecer ;muitas questões
acerca de desigualdades sociais, econômicas, políticas e culturais da sociedade brasileira.
Nesta proposta, ao se descartarem a neutralidade, a imparcialidade o descompromisso o conformismo, a
ausência de historicidade, propõe -se uma Sociologia Crítica que analise a realidade em sua perspectiva de
prática e de crítica social. Da relação entre ambas, propõem -se alguns questionamentos:
Como perceber que o estabelecido historicamente, influência a sociedade atualmente?
De que forma o aluno enquanto indivíduo constrói socialmente o convívio social?
De que forma as diferentes sociedades convivem as desigualdades sociais?Sob a ótica da Sociologia Crítica, essas questões podem ser analisadas conforme as diversas perspectivas dos
grupos e classes, situados num dado contexto histórico, e por meio de uma análise que deve incluir as distintas
interpretações sistematizadas acerca de tais, perspectivas. Sendo assim, o educando consciente do que ser e
suas ações na sociedade, poderá enfrentar o mundo do trabalho e o convívio social , pois segundo SARANDY
2008, “Eis aqui uma contribuição fundamental da sociologia para os jovens educandos: o estudo e o
conhecimento da realidade social, em si mesma dinâmica e complexa, a compreensão dos processos sociais e
seus mecanismos e a percepção de nossa própria condição enquanto atores sociais capazes de intervir na
realidade.”(pag.123)
Conteúdos estruturantes
1°ano – 1°trimestre: O surgimento da sociologia e as teorias sociológicas; O processo de socialização e as
instituições sociais.
Conteúdos básicos:Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento
social; teorias sociológicas; o processo de socialização e as instituições sociais.
1°ano – 2°trimestre: Trabalho produção e classes sociais.Conteúdos básicos:O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades; desigualdades sociais;
estamentos, castas e classes sociais; organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições.
1º ano - 3º trimestre: Trabalho, Produção e Classes Sociais.
Conteúdos Básicos: Instituições de Reinserção: Prisões, Manicômios, Educandários, Asilos, etc.
2° ano-1°trimestre:Poder política e ideologia.Conteúdos básicos:formação e desenvolvimento do capitalismo; formação e desenvolvimento do estado
moderno; conceitos de poder; conceitos de ideologia, conceitos de dominação e legitimidade; estado no brasil;
democracia, autoritarismo, totalitarismo; as expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
2º ano - 2°trimestre:Direitos cidadania e movimentos sociais.Conteúdos básicos:Direitos civis, direitos políticos e sociais, direitos humanos, conceitos de cidadania,
movimentos sociais, movimentos sociais no brasil, a questão ambiental e os movimentos ambientalistas, a
questão das ongs.
2º ano - 3º Trimestre: Desigualdades Sociais: estamentos, castas, classes sociais;Conteúdos básicos: Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições; Globalização e Neoliberalismo; Relações de Trabalho.
3°ano – 1°trimestre:Cultura e industria cultural;conteúdos básicos:Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das
diferentes sociedades, diversidade cultural, cultura afro-brasileira.
3º ano - 2°trimestre: Cultura e industria cultural.Conteúdos básicos:Identidade, relações de gênero, cultura - afro-brasileira, indústria cultural, meios de
comunicação de massa, sociedade.
3º ano – 3º trimestre:Conceitos de Poder; Conceitos de Ideologia;Conteúdos básicos: Democracia e Democracia Participativa; Conceitos de Poder e Dominação; Ideologia; Movimentos Sociais; Movimentos Agrários; Movimento Estudantil; Movimento Feminista.Conceitos de Dominação e Legitimidade.
*Conteúdos Obrigatórios/Temas Socioeducacionais/
Componentes para a EI, EF e EM Componentes para EF e EM(Municipais, Estaduais e Privadas) (Municipais, Estaduais e Privadas)Violência contra a Criança e o Adolescente - Lei Execução do Hino Nacional - Lei 12031/09federal 11.525/07 e Estatuto da Criança eadolescentes 8069/90
Educação Ambiental - Lei federal 9795/99, História do Paraná - Lei 13181/01 e Deliberação
Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13 07/06
Música - Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12 Educação Fiscal e Educação Tributária - Decreto1143/99, Portaria 413/02
Estatuto do Idoso - Lei 10741/03 Sexualidade Humana - Lei 11733/97
Educação para o trânsito - Lei 9503/97 Prevenção ao Uso de Drogas - - Lei 11343/06
Educação Alimentar e Nutricional - Lei11947/09
Direitos Humanos - Resolução 01/12 - CNE/CP
História e Cultura Afro-Brasileira, Africana eIndígena - Lei 11.645/08
Componentes para EF e EM – Escolas e Colégios Estaduais
Hasteamento e execução do Hino do Paraná - Instrução 13/12
Brigadas Escolares – Decreto- 4837/12
Metodologia
Para o ensino da Sociologia no Ensino Médio em blocos,conforme resolução n°5590/2008 propõe -se que
sejam redimensionados aspectos da realidade por meio de uma análise didática e crítica dos problemas sociais,
visto que a dinâmica da sociedade e do conhecimento científico que os acompanha é provisória, e, portanto,
não-constitutiva de uma dimensão de totalidade.
Ressalta- se que os conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos deles desdobrados não devem ser
pensados e trabalhados de maneira autônoma, como se bastassem por si, próprios da mesma forma, como
também não exigem uma obediência sequencial. Ou seja, apesar de estarem articulados, é possível o estudo e a
apreensão pelos alunos de cada um dos conteúdos, sem a necessidade de uma " amarração" com os demais.
Contemplando também as leis como o ensino da Cultura Afro-brasileira, Africana e cultura Indígena conforme
leis 10.639/03 e 11.645/08; Meio Ambiente (lei10.639/01), Direito da criança e do adolescente ( Lei n°
11.525/07), História do Paraná ( Lei n° 13.181/01), Musica ( Lei n° 11.769/08), Educação Tributária e Fiscal
(Decreto n° 1143/99- Portaria n° 413/02).
Os programas socieducacionais que tratam do enfrentamento à violência na escola, a prevenção ao uso
indevido de drogas, educação fiscal e educação sexual, incluindo gênero e diversidade sexual, utilizando de
alguns recursos metodológicos para o aproveitamento dos mesmos, sendo eles:
• Aulas expositivas dialogadas; - Leituras de textos, didáticos, literários, jornalísticos, artigos de revista e Internet;
• Debate e seminários; - Análise crítica de filmes, músicas, imagens fotográficas, propagandas, videos;
Pesquisas bibliográficasTrabalhos em grupo e individual, produção escrita para portfólio.
O ensino da Sociologia pressupõe metodologias que coloquem o aluno como sujeito de seu aprendizado; não
importa que o encaminhamento seja a leitura, o debate, a pesquisa de campo , análise de filmes ou jornais, mas
importa que o aluno seja constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos
e a reconstruir coletivamente novos saberes.
Para que essa possibilidade de relacionamento entre a teoria e o vivido aconteça é imprescindível a adoção de
alguns recursos didáticos, a saber:
Aula expositiva - Sempre que se pensa em aula, imediatamente se pensa em aula expositiva. Na realidade,
essa é a forma mais conhecida e praticada, o que recentemente tem produzido críticas sobretudo por parte dos
que defendem um "ensino ativo”; e quase negam a necessidade da aula expositiva centralizando a aula no
aluno, uma vez que concebem o aprendizado como construção do sujeito - o aluno. Pois bem, a aula expositiva
tem seu lugar ainda, não naquela imagem da aula discursiva como magister dixit, "o mestre disse", da
escolástica. Não há mais a preleção do mestre, ininterrupta, que ao fim recebe os comentários, as dúvidas, as
questões. Mesmo a aula expositiva é um diálogo. Aliás, todo o trabalho - e a esperança - do professor é
transformá -la num diálogo, não pretendendo que seja o esclarecimento absoluto do tema do dia, mas o
levantamento de alguns pontos e a apresentação de algumas questões que incentivem os alunos a perguntar.
Pode ser também um discurso aberto, aliás conscientemente aberto, para provocar a necessidade de questões.
A aula não se reduz à exposição por parte do professor. Há uma variedade fenomênica de que as pessoas
pouco se dão conta, mas que é praticada por boa parte dos professores. Apenas a título de lembrança, seguem-
se algumas citações: seminário, estudo dirigido de texto, apresentação de vídeos, dramatização, oficina,
debate, leitura de textos, visita a museu, bibliotecas, centros culturais, parques, estudos do meio, leitura de
jornais e discussão das notícias, conselho de escola, etc. Tudo isso é praticado, mas ou há uma estreiteza
conceitual ou uma rotinização das práticas, de tal modo que só se reconhece ou se pratica como aula, a
expositiva.
Seminários - É certo que algumas dessas variações dependem de algum cuidado porque senão também
acabam sendo deturpadas no seu uso e têm resultado muito aquém do esperado. É o caso dos seminários, que
muitas vezes são entendidos como uma forma de o professor descansar, pois eles são realizados de modo que
o mestre define vários temas sobre um determinado assunto, divide a turma em tantos grupos quantos forem os
temas e depois diz: agora vocês procurem tudo o que existe sobre este tema e apresentem segundo o calendário
predeterminado. Assim, nos dias definidos, os grupos de alunos trazem o que encontraram e "apresentam" o
que "pesquisaram" para o conjunto da sala. É preciso dizer que um seminário é algo completamente diferente e
requer um trabalho muito grande do professor. Ele deve organizar os grupos, distribuir os temas, mas orientar
cada um deles a respeito de uma bibliografia mínima, analisar o material encontrado pelos grupos, estar
presente, intervir durante a apresentação e "fechar" o seminário. Dessa forma,
o professor auxiliará os alunos na produção e na apresentação do seminário, complementando o que
possivelmente tiver sido deixado de lado. Possibilitará aos alunos a oportunidade de pesquisarem e de
exporem um determinado tema, desenvolvendo uma autonomia no processo e na exposição dos resultados da
pesquisa.
Leitura e análise de textos - Os textos sociológicos (acadêmicos ou didáticos), de autores ou de
comentadores, devem servir de suporte 'para o desenvolvimento de um tema, ou para a exposição e análise de
teorias, ou, ainda, para a explicação de conceitos. Eles não "falam" por si sós, dependem de ser
contextualizados e analisados no conjunto da obra do autor, precisando da mediação do professor. Ou seja, os
alunos precisam saber quem escreveu, quando e em vista do que foi escrito o texto, a fim de que este não seja
tomado como verdade nem tenha a função mágica de dizer tudo sobre um assunto. A leitura e a interpretação
do texto devem ser encaminhadas pelo professor, despertando no aluno o hábito da leitura, a percepção da
historicidade e a vontade de dizer algo também sobre o autor e o tema abordado, sentindo-se convidado a
participar de uma "comunidade”.
Cinema, vídeo ou DVD, e TV – Entende- se aqui o ensino visual em dois níveis, que não podem ser
separados sob pena de se perderem os frutos quando tratados parcialmente. Por um lado, quando se passa um
vídeo ou DVD (filme de ficção ou documentário), tem-se a ilustração, o exemplo para a ação, o
entretenimento e até o poder catártico que pode provocar a visão de um fato reconstruído pela sua
representação - atualização. Por outro, tem- se o "estudo" dessa ilustração, da ressurreição, do entretenimento
e da catarse, da representação do fato, isto é, a análise e a interpretação da mensagem e do meio.
Trazer a TV ou o cinema para a sala de aula não é apenas buscar um novo recurso metodológico ou tecnologia
de ensino adequada aos nossos dias, mais palatáveis para os alunos - e o público -, que são condicionados mais
a ver do que a ouvir, que têm a imagem como fonte do conhecimento de quase tudo. Trazer a TV. e o cinema
para a sala de aula é submeter esses recursos a procedimentos escolares - estranhamento e desnaturalização.
Não se pode entender uma "educação para a vida", de que tantos falam, como simples reiteração dos fatos da
vida na escola, isto é, repetição dos fatos da vida e vagos comentários - clichês convencionados - acerca
desses. Não é porque se fala de problemas sociais e políticos na escola - corrupção, fome, favela, desemprego,
etc. - que se está cumprindo essa obrigação de trazer a vida para a escola e com isso "preparar para a vida': Do
mesmo modo, a TV e o cinema na escola têm essa dupla disposição: entrar e se chocar com as formas
tradicionais do ensino, incorporando as imagens ao ensino predominantemente auditivo; mas entrar na escola
para sair de outro modo: sair da escola para se chocar com as formas convencionais da assistência. Assim
como os diversos aspectos da vida entram na escola na forma de disciplinas - Sociologia, História, Geografia,
Física, Língua, etc. - e sofrem aí uma releitura científica, passando a constituir uma visão de mundo, uma
perspectiva diante da vida, a formação do homem não pode ocorrer como se quer - crítica e cidadã - se não
concorrer para uma perspectiva crítica e cidadã dos meios de comunicação. Ver TV e filmes em sala de aula é
rever a forma de olhar na sala de estar, de jantar ou nos quartos de casa e nas salas de cinema dos shopping
centers. Aqui, um recurso didático favorece a discussão de um tema, os meios de comunicação de massa, e
não pode ser tratado separadamente.
O uso de filmes na escola tem sido realizado segundo a necessidade de inovação dos recursos didáticos, e o
filme como objeto de análise, e portanto como reflexão sobre a realidade - uma modalidade de pensamento -
tem se reduzido a pesquisas acadêmicas e à crítica de jornais. Assim, não se visa apenas a reforçar,
legitimando, a incorporação de uma nova tecnologia de ensino - a TV; o vídeo e o DVD, o cinema - à sala de
aula. Pretendemos levar a uma reflexão sobre o uso do filme como recurso e observar seus efeitos e defeitos;
pois aqui, diferentemente do que se diz sobre a TV de modo geral-que o meio é neutro, e que tudo depende das
intenções de quem o usa -, acredita- se que o próprio meio também "é uma mensagem", porque os elementos
de sua constituição, no caso do filme, já determinam a sua recepção.
Fotografia - As imagens fotográficas estão presentes na vida desde cedo. Hoje muito mais com máquinas
fotográficas digitais, presentes em todos os lugares. Mas as fotografias estão também no passado. Quantas
vezes, ao se reunir com a família ou os amigos, surge um álbum de fotografias, onde estão registrados os
primeiros momentos e passos na vida, a vida dos pais, parentes e amigos, que permitem analisar fenômenos do
universo privado. Mas a fotografia pode ser utilizada também para analisar fenômenos sociais públicos, como
manifestações coletivas, situações políticas e sociais importantes, presentes em revistas, jornais ou coleções
fotográficas de órgãos públicos, sindicatos e associações, que podem esclarecer muito do que aconteceu no
país. As fotografias não são documentos neutros: sempre expressam o olhar do fotógrafo e o que ele quis
documentar. Assim, funcionam como uma espécie de testemunho de alguém que se dispôs a tornar perene
momentos da vida privada ou social de uma pessoa, grupo ou classe, do ponto de vista doméstico, local,
regional, nacional ou internacional.
O uso da fotografia em sala de aula requer alguns cuidados para sua análise. A autoria e a data, devem ser
sempre importantes. Elas informam cenários, personagens, roupas e acontecimentos que permitem
contextualizar a época a que se referem. Integram um sistema simbólico e os códigos culturais de um
determinado momento histórico. É necessário, portanto, estar atento a esses aspectos para entender as
fotografias.
Charges, cartuns e tiras - Encontrados quase diariamente nos jornais e nas revistas, são dispositivos visuais
gráficos que veiculam e discutem aspectos da realidade social, apresentando -as de forma crítica e com muito
humor. Mas as charges, os cartuns e as tiras não são todos iguais. Existem alguns que apenas apresentam uma
situação engraçada ou procuram fazer rir. Outros, entretanto, podem fazer rir, mas também fazem pensar sobre
o tema ou a realidade que apresentam. É esse tipo de humor gráfico que interessa ao professor que quer
introduzir uma determinada questão, seja conceitual ou temática. Ao projetar em sala de aula uma charge ou
tira de humor, é bem possível que os alunos se sintam instigados a saber o porquê de o professor fazer aquilo.
A partir dessa situação, já se cria um ambiente para colocar em pauta o que, se pretende discutir em aula. Aí
começa a motivação, e a imagem projetada serve de estímulo. Inicia se, então, uma segunda parte, que é
analisar a imagem, seus elementos, por que provoca o riso, de que modo
esse discurso se aproxima e se distancia do discurso sociológico, como a "deformação" sugerida pela imagem
acerca da realidade representa uma realidade em si mesma "deformada':..
Jornais- Os jornais, são fontes documentais imprescindíveis para análise nas aulas de sociologia, já que
possuem relatos de grupos sociais coletivos ou isolados, e estão explicitamente carregados de uma ideologia,
um posicionamento político os quais os discursos devem ser analisados para a compreensão de como a mídia
eu os grupos dominantes influenciam , dominam ou manipulam o pensamento social.
Avaliação
A avaliação no ensino da Sociologia deve perpassar todas as atividades relacionadas à disciplina e ser pensada
e elaborada de forma transparente e coletiva, ou seja, seus critérios devem ser debatidos, criticados e
acompanhados por todos os envolvidos no processo pedagógico.
A apreensão de alguns conceitos básicos da ciência, articulados com a prática social, a capacidade de
argumentação fundamentada teoricamente, a clareza e a coerência na exposição das ideias, no texto oral ou
escrito, são alguns aspectos a serem verificados no decorrer do curso. Também a mudança na forma de olhar
os problemas sociais, a iniciativa e a autonomia para tomar atitudes diferenciadas e criativas, para reverter
práticas dê acomodação e sair do senso comum, são ações que indicam aos professores o alcance e a
importância de seu trabalho no cotidiano de seus alunos.
As formas de avaliação em Sociologia, portanto, acompanham as próprias práticas de ensino e de
aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica nos debates, que acompanham os textos ou filmes, seja a
participação nas pesquisas de campo, seja a produção de textos que demonstrem capacidade de articulação
entre teoria e prática, enfim várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná- las
a clareza dos objetivos que, se pretende atingir no sentido da apreensão, compreensão e reflexão dos conteúdos
pelo aluno. Por fim, entendemos que não só o aluno, mas também professores e a instituição escolar devem
constantemente se auto - avaliarem em suas dimensões práticas e discursivas e principalmente em seus
princípios políticos com a qualidade e a democracia.
A Recuperação de Estudos acontecerá de forma concomitante através de retomada de conteúdos com
atividades diversas, após o diagnóstico proporcionado pelo instrumento de avaliação. A recuperação de notas
será uma consequência da apropriação dos critérios previamente estabelecidos, através de instrumento
avaliativo diferenciado.
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4.4.2.8. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – PORTUGUÊS
Fundamentos teóricos da disciplina
O ensino da Língua Portuguesa , conforme a concepção Bakhtiniana, requer que se considerem os aspectos
sociais e históricos em que o sujeito está inserido, bem como o contexto de produção do enunciado, uma vez
que os seus significados são sociais e historicamente construídos.
Sob essa perspectiva, o ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa visa aprimorar os conhecimentos
linguísticos e discursivos dos alunos, para que eles possam compreender os discursos que os cercam e terem
condições de interagir com esses discursos. Para isso, é relevante que a língua seja percebida como uma arena
em que diversas vozes sociais se defrontam, manifestando diferentes opiniões. A esse respeito,
Bakhtin/Volochinov (1999, p. 66) defende: “(...) cada palavra se apresenta como uma arena em miniatura onde
se entrecruzam e lutam os valores sociais de orientação contraditória. A palavra revela-se, no momento de sua
expressão, como produto de relação viva das forças sociais.”
Nesse sentido, é preciso que a escola seja um espaço que promova, por meio de uma gama de textos com
diferentes funções sociais, o letramento do aluno, para que ele se envolva nas práticas de uso da língua – sejam
de leitura, oralidade e escrita.
] O professor de Língua Portuguesa precisa, então, propiciar ao educando a prática, a discussão, a
leitura de textos das diferentes esferas sociais (jornalística, literária, publicitária, digital, etc). Sob o exposto,
defende-se que as práticas discursivas abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração da linguagem
verbal com outras linguagens (multiletramentos).
A leitura dessas múltiplas linguagens, realizada com propriedade, garante o envolvimento do sujeito com as
práticas discursivas, alterando “seu estado ou condição em aspectos sociais, psíquicos, culturais, políticos,
cognitivos, linguísticos e até mesmo econômicos” (SOARES, 1998, p. 18) .
Assim, temos que um texto não é um objeto fixo num dado momento no tempo, ele lança seus sentidos no
diálogo intertextual, ou seja, o texto é sempre uma atitude responsiva a outros textos, desse modo, estabelece
relações dialógicas. Na visão de Bakhtin (1992, p. 354), “mesmo enunciados separados um do outro no tempo
e no espaço e que nada sabem um do outro, se confrontados no plano de sentido, revelarão relações
dialógicas”. Bakhtin/Volochinov (1999, p.123) compreende a palavra “diálogo” num sentido mais amplo:
“não apenas como a comunicação em voz alta, de pessoas colocadas face a face, mas toda a comunicação
verbal, de qualquer tipo que seja”.
Uma vez que o trabalho será pautado na perspectiva da multiplicidade de textos orais e escritos, coloca-se a
divisão desta proposta no que denomina-se “GÊNEROS DISCURSIVOS”, visto que, alguns são adaptados,
transformados, renovados, multiplicados ou até mesmo criados a partir da necessidade que o homem tem de se
comunicar com o outro, tendo em vista que “todos os diversos campos da atividade humana estão ligados ao
uso da linguagem” (BAKHTIN, 1992, p. 261).
Os gêneros discursivos “são formas comunicativas que não são adquiridas em manuais, mas sim nos processos
interativos” (MACHADO, 2005, p. 157). Nessa concepção, antes de constituir um conceito, é uma prática
social e deve orientar a ação pedagógica com a língua. Compreender essa relação é fundamental para que não
se caia tão somente na sua normatização e, consequentemente, no que Rojo (2004, p. 35) define como
“pedagogia transmissiva das análises estruturais e gramaticais”, que dissocia o texto de sua realidade social.
Portanto, o estudo dos conhecimentos linguísticos, sob esse enfoque, deve propiciar ao aluno a reflexão sobre
as normas de uso das unidades da língua, de como elas são combinadas para produzirem determinados efeitos
de sentido, profundamente vinculados a contextos e adequados às finalidades pretendidas no ato da linguagem.
Conteúdos
CONTEÚDO ESTRUTURANTE DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIALO discurso é efeito de sentidos entre interlocutores, não é individual, é entendido como resultado da interação
– oral ou escrita – entre sujeitos, é a língua em sua integridade concreta e viva.
Conteúdos básicosORALIDADEA acolhida democrática da escola às variações linguísticas toma como ponto de partida os conhecimentos
linguísticos dos alunos, para promover situações que os incentivem a falar, ou seja, fazer uso da variedade de
linguagem que eles empregam em suas relações sociais, mostrando que as diferenças de registro não
constituem, científica e legalmente, objeto de classificação e que é importante a adequação do registro nas
diferentes instâncias discursivas.
Devemos lembrar que a criança, quando chega à escola, já domina a oralidade, pois cresce ouvindo e falando a
língua, seja por meio das cantigas, das narrativas, dos causos contados no seu grupo social, do diálogo dos
falantes que a cercam ou até mesmo pelo rádio, TV e outras mídias. Ao apresentar a hegemonia da norma
culta, a escola muitas vezes desconsidera os fatores que geram a imensa diversidade linguística: localização
geográfica, faixa etária, situação socioeconômica, escolaridade, etc. (POSSENTI,1996). O professor precisa
ter clareza de que tanto a norma padrão quanto as outras variedades, embora apresentem diferenças entre si, são
igualmente lógicas e bem estruturadas.
A Sociolinguística não classifica as diferentes variantes linguísticas como boas ou ruins melhores ou piores,
primitivas ou elaboradas, pois constituem sistemas linguísticos eficazes, que atendem a diferentes propósitos
comunicativos, dadas as práticas sociais e os hábitos culturais das comunidades.
ESCRITAEm relação à escrita, ressalte-se que as condições em que a produção acontece determinam o texto. Antunes
(2003) salienta a importância de o professor desenvolver uma prática de escrita escolar que considere o leitor,
uma escrita que tenha um destinatário e finalidades, para então se decidir sobre o que será escrito, tendo visto
que “a escrita, na diversidade de seus usos, cumpre funções comunicativas socialmente específicas e
relevantes” (ANTUNES, 2003, p. 47).
Além disso, cada gênero discursivo tem suas peculiaridades: a composição, a estrutura e o estilo variam
conforme se produza um poema, um bilhete, uma receita, um texto de opinião ou científico. Essas e outras
composições precisam circular na sala de aula em ações de uso, e não a partir de conceitos e definições de
diferentes modelos de textos.
O aperfeiçoamento da escrita se faz a partir da produção de diferentes gêneros, por meio das experiências
sociais, tanto singular quanto coletivamente vividas. O que se sugere, sobretudo, é a noção de uma escrita
como formadora de subjetividades, podendo ter um papel de resistência aos valores prescritos socialmente. A
possibilidade da criação, no exercício desta prática, permite ao educando ampliar o próprio conceito de gênero
discursivo.
É preciso que o aluno se envolva com os textos que produz e assuma a autoria do que escreve, visto que ele é
um sujeito que tem o que dizer. Quando escreve, ele diz de si, de sua leitura de mundo. Bakhtin (1992, p. 289)
afirma que “todo enunciado é um elo na cadeia da comunicação discursiva. É a posição do falante nesse ou
naquele campo do objeto de sentido.” A produção escrita possibilita que o sujeito se posicione, tenha voz em
seu texto, interagindo com as práticas de linguagem da sociedade.
LEITURACompreende-se a leitura como um ato dialógico, interlocutivo, que envolve demandas sociais, históricas,
políticas, econômicas, pedagógicas e ideológicas de determinado momento. Ao ler, o indivíduo busca as suas
experiências, os seus conhecimentos prévios, a sua formação familiar, religiosa, cultural, enfim, as várias
vozes que o constituem.
A leitura se efetiva no ato da recepção, configurando o caráter individual que ela possui, “[...] depende de
fatores linguísticos e não-linguísticos: o texto é uma potencialidade significativa, mas necessita da mobilização
do universo de conhecimento do outro - o leitor - para ser atualizado” (PERFEITO, 2005, p. 54-55).
Esse processo implica uma resposta do leitor ao que lê, é dialógico, acontece num tempo e num espaço. No ato
de leitura, um texto leva a outro e orienta para uma política de singularização do leitor que, convocado pelo
texto, participa da elaboração dos significados, confrontando-o com o próprio saber, com a sua experiência de
vida.
Praticar a leitura em diferentes contextos requer que se compreendam as esferas discursivas em que os textos
são produzidos e circulam, bem como se reconheçam as intenções e os interlocutores do discurso.
É nessa dimensão dialógica, discursiva que a leitura deve ser experienciada, desde a alfabetização. O
reconhecimento das vozes sociais e das ideologias presentes no discurso, tomadas nas teorizações de Bakhtin,
ajudam na construção de sentido de um texto e na compreensão das relações de poder a ele inerentes.
LITERATURAA literatura, como produção humana, está intrinsecamente ligada à vida social. O entendimento do que seja o
produto literário está sujeito a modificações históricas, portanto, não pode ser apreensível somente em sua
constituição, mas em suas relações dialógicas com outros textos e sua articulação com outros campos: o
contexto de produção, a crítica literária, a linguagem, a cultura, a história, a economia, entre outros.
A primeira, função psicológica, permite ao homem a fuga da realidade, mergulhando num mundo de fantasias,
o que lhe possibilita momentos de reflexão, identificação e catarse.
Na segunda, Candido (1972) afirma que a literatura por si só faz parte da formação do sujeito, atuando como
instrumento de educação, ao retratar realidades não reveladas pela ideologia dominante.
A função social, por sua vez, é a forma como a literatura retrata os diversos segmentos da sociedade, é a
representação social e humana. Candido cita o regionalismo para exemplificar essa função.
O texto literário permite múltiplas interpretações, uma vez que é na recepção que ele significa. No entanto, não
está aberto a qualquer interpretação. O texto é carregado de pistas/estruturas de apelo, as quais direcionam o
leitor, orientando-o para uma leitura coerente. Além disso, o texto traz lacunas, vazios, que serão preenchidos
conforme o conhecimento de mundo, as experiências de vida, as ideologias, as crenças, os valores, etc., que o
leitor carrega consigo.
Feitas essas considerações, é importante pensar em que sentido a Estética da Recepção e a Teoria do Efeito
podem servir como suporte teórico para construir uma reflexão válida no que concerne à literatura, levando em
conta o papel do leitor e a sua formação.
ANÁLISE LINGUÍSTICA E AS PRÁTICAS DISCURSIVASO termo “análise linguística” trouxe uma nova perspectiva sobre o trabalho da língua Portuguesa na escola, em
especial ao que se refere ao ensino gramatical. Conforme Geraldi :
“O uso da expressão ‘análise linguística’ não se deve ao mero gosto por novas terminologias. A análise linguística inclui tanto o trabalho sobre as questões tradicionais da gramática quanto questões amplas a propósito do texto, entre as quais vale a pena citar: coesão e coerência internas do texto; adequação do texto aos objetivos pretendidos; análise dos recursos expressivos utilizados [...]; organização e inclusão de informações, etc (GERALDI, 2004, p. 74)”.
O autor salienta que antes de vir para a escola, a criança “[...] opera sobre a linguagem, reflete sobre os meios
de expressão usados em suas diferentes interações, em função dos interlocutores com quem interage, em
função de seus objetivos nesta ação” (GERALDI, 1997, p. 189).
Os alunos trazem para a escola um conhecimento prático dos princípios da linguagem, que assimilam pelas
interações cotidianas e usam na observação das regularidades, similaridades e diferenças dos elementos
linguísticos empregados em seus discursos.
O trabalho de reflexão linguística a ser realizado com esses alunos deve voltar- se para a observação e análise
da língua em uso, o que inclui morfologia, sintaxe, semântica e estilística; variedades linguísticas; as relações
e diferenças entre língua oral e língua escrita, quer no nível fonológico-ortográfico, quer no nível textual e
discursivo, visando à construção de conhecimentos sobre o sistema linguístico. Vale ressaltar que, ao explorar
questões de conhecimentos linguísticos, “nos fixemos nas condições de seus usos e nos efeitos discursivos
possibilitados pelo recurso a uma ou a outra regra [...]”, como aponta Antunes (2007, p. 81).
O estudo da língua que se ancora no texto extrapola o tradicional horizonte da palavra e da frase. Busca-se, na
análise linguística, verificar como os elementos verbais (os recursos disponíveis da língua), e os elementos
extraverbais (as condições e situação de produção) atuam na construção de sentido do texto.
Quando se assume a língua como interação, em sua dimensão linguístico- discursiva, o mais importante é criar
oportunidades para o aluno refletir, construir, considerar hipóteses a partir da leitura e da escrita de diferentes
textos, instância em que pode chegar à compreensão de como a língua funciona e à decorrente competência
textual. O ensino da nomenclatura gramatical, de definições ou regras a serem construídas, com a mediação do
professor, deve ocorrer somente após o aluno ter realizado a experiência de interação com o texto.
A prática de análise linguística constitui um trabalho de reflexão sobre a organização do texto escrito e/ou
falado, um trabalho no qual o aluno percebe o texto como resultado de opções temáticas e estruturais feitas
pelo autor, tendo em vista o seu interlocutor. Sob essa ótica, o texto deixa de ser pretexto para se estudar a
nomenclatura gramatical e a sua construção passa a ser o objeto de ensino.
Assim, o trabalho com a gramática deixa de ser visto a partir de exercícios tradicionais, e passa a implicar que
o aluno compreenda o que seja um bom texto, como é organizado, como os elementos gramaticais ligam
palavras, frases, parágrafos, retomando ou avançando ideias defendidas pelo autor, além disso, o aluno
refletirá e analisará a adequação do discurso considerando o destinatário, o contexto de produção e os efeitos
de sentidos provocados pelos recursos linguísticos utilizados no texto.
Conteúdos por série
ENSINO FUNDAMENTALPara o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos
básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção
de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica
Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o
nível de complexidade adequado a cada uma das séries conforme segue:
6º anoHistórias em quadrinhos, piadas, adivinhas, lendas, fábulas, contos de fadas, poema, narrativa de enigma,
narrativa de aventura, dramatização, exposição oral, comercial para TV, causos, carta pessoal, carta de
solicitação, e-mail, receita, convite, autobiografia, cartaz, carta ao leitor, classificados, verbete, quadrinhas,
cantigas de roda, bilhetes, fotos, mapas, aviso, horóscopo, regras de jogo, entre outros.
7º anoEntrevista (oral e escrita), crônica de ficção, música, notícia, estatutos, narrativa mítica, tiras, propaganda,
exposição oral, mapas, paródia, chat, provérbios, torpedos, álbum de família, literatura de cordel, carta de
reclamação, diário, carta ao leitor, instruções de uso, cartum, placas, pinturas, entre outros.
8º anoRegimento, slogan, telejornal, telenovela, reportagem (oral e escrita), pesquisa, conto fantástico, narrativa de
terror, charge, narrativa de humor, crônica jornalística, paródia, resumo, anúncio publicitário, sinopse de filme,
poema, biografia, narrativa de ficção científica, relato pessoal, outdoor, blogue, haicai, júri simulado, discurso
de defesa e acusação, mesa redonda, dissertação escolar, regulamentos, caricaturas, escultura, entre outros.
9º anoArtigo de opinião, debate, reportagem oral e escrita, manifesto, seminário, relatório científico, resenha crítica,
narrativa fantástica, romance, histórias de humor, contos, músicas, charges, editorial, curriculum vitae,
entrevista oral e escrita, assembleia, agenda cultural, reality show, novela fantástica, conferência, palestra,
fotoblogue, depoimento, imagens, instruções, entre outros.
Temas Socioeducacionais:
Violência contra a Criança e o Adolescente, Educação Ambiental, Música, Estatuto do Idoso, Educação para o
trânsito, Educação Alimentar e Nutricional, Direitos Humanos, História e Cultura Afro-brasileira, Africana e
Indígena, Execução do Hino Nacional, História do Paraná, Educação Fiscal e Educação Tributária,
Sexualidade Humana, Prevenção ao Uso de Drogas, Hasteamento e execução do Hino do Paraná, Brigadas
Escolares.
ENSINO MÉDIOTextos dramáticos, romances, novela fantástica, crônica, conto, poema, contos de fada contemporâneo,
fábulas, diário, testemunhos, biografia, debate regrado, artigos de opinião, editorial, classificados, notícia,
reportagem, entrevista, anúncio, carta de leitor, carta ao leitor, carta de reclamação, tomada de notas, resumo,
resenha, relatório científico, dissertação escolar, seminário, conferência, palestra, pesquisa e defesa de trabalho
acadêmico, mesa redonda, instruções, regras em geral, leis, estatutos, lendas, mitos, piadas, histórias de humor,
tiras, cartum, charge, caricaturas, paródia, propagandas, placas, outdoor, chats, e-mail, folder, blogues,
fotoblogue, orkut, fotos, pinturas, esculturas, bebate, depoimento, folhetos, mapas, croqui, explicação,
horóscopo, provérbios, entre outros.
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística serão adotados como conteúdos
básicos os gêneros discursivos, conforme suas esferas sociais de circulação.
Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político
Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade
com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA:Tema do texto;Conteúdo temático; Interlocutor; Intencionalidade do texto; Finalidade;Argumentos do texto; Discurso direto e indireto; Contexto de produção; Intertextualidade;Vozes sociais presentes no texto; Informações explícitas e implícitas; Discurso direto e indireto;Discurso ideológico presente no texto; Elementos composicionais do gênero;Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Partículas conectivas do texto;Progressão referencial no texto; Léxico;Ambiguidade;Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;Semântica: operadores argumentativos, polissemia, ambiguidade, sentido figurado, expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA:Contexto de produção;Conteúdo temático;Interlocutor;Finalidade do texto;Intencionalidade;Informatividade; Contexto de produção; Argumentatividade; Intertextualidade;Vozes sociais presentes no texto; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero;Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Divisão do texto em parágrafos;Partículas conectivas do texto; Progressão referencial do texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;Processo de formação de palavras; Acentuação gráfica;Ortografia;
Concordância verbal/nominal; Sintaxe de concordância e regência; Vícios de linguagem;Operadores argumentativos; Modalizadores.
ORALIDADE : Tema do texto; Conteúdo temático; Finalidade; Argumentos;Papel do locutor e interlocutor;Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; Adequação do discurso ao gênero;Turnos de fala; Variações linguísticas;Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos; Elementos semânticos;Adequação da fala ao contexto;Diferenças e semelhanças entre discurso oral e o escrito.Consequência entre as partes e elementos do texto;Adequação do discurso ao gênero.
Temas Socioeducacionais:Violência contra a Criança e o Adolescente, Educação Ambiental, Música, Estatuto do Idoso, Educação para o trânsito, Educação Alimentar e Nutricional, Direitos Humanos, História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena, Execução do Hino Nacional, História do Paraná, Educação Fiscal e Educação Tributária, Sexualidade Humana, Prevenção ao Uso de Drogas, Hasteamento e execução do Hino do Paraná, Brigadas Escolares.
Metodologia da disciplina
Na sala de aula e nos outros espaços de encontro com os alunos, os professores de Língua Portuguesa e
Literatura têm o papel de promover o amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da
escrita, para que os estudantes compreendam e possam interferir nas relações de poder com seus próprios
pontos de vista, fazendo deslizar o signo-verdade-poder em direção a outras significações que permitam, aos
mesmos estudantes, a sua emancipação e a autonomia em relação ao pensamento e às práticas de linguagem
imprescindíveis ao convívio social. Esse domínio das práticas discursivas possibilitará que o aluno modifique,
aprimore, reelabore sua visão de mundo e tenha voz na sociedade.
Durante o desenvolvimento dos trabalhos serão contempladas:
Violência contra a Criança e o Adolescente – Lei federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e do Adolescente 8069/90;Educação Ambiental – Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13;Música – Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12; Estatuto do Idoso – Lei 10741/03;Educação para o trânsito – Lei 9503/97;Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09;Direitos Humanos – Resolução 01/12 – CNE/CP;
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena – Lei 11645/08;Execução do Hino Nacional – Lei 12031/09;História do Paraná – Lei 13181/01 e Deliberação 07/06;Educação Fiscal e Educação Tributária – Decreto 1143/99, Portaria 413/02;Sexualidade Humana – Lei 11733/97;Prevenção ao Uso de Drogas – Lei 11343/06;Hasteamento e execução do Hino do Paraná – Instrução 13/12;Brigadas Escolares – Decreto 4837/12.
Os Temas Socioeducacionais serão trabalhados no decorrer do ano letivo, por meio de leitura, análise
linguística, produção textual, exibição de filmes e pesquisas abordados em diversos gêneros textuais.
PRÁTICA DA ORALIDADE
No dia a dia da maioria das pessoas, a fala é a prática discursiva mais utilizada. Nesse sentido, as atividades
orais precisam oferecer condições ao aluno de falar com fluência em situações formais; adequar a linguagem
conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto, intenções); aproveitar os imensos recursos expressivos da
língua e, principalmente, praticar e aprender a convivência democrática que supõe o falar e o ouvir. Ao
contrário do que se julga, a prática oral realiza-se por meio de operações linguísticas complexas, relacionadas
a recursos expressivos como a entonação.
Cabe, entretanto, reconhecer que a norma padrão, além de variante de prestígio social e de uso das classes
dominantes, é fator de agregação social e cultural e, portanto, é direito de todos os cidadãos, sendo função da
escola possibilitar aos alunos o acesso a essa norma.
O professor pode planejar e desenvolver um trabalho com a oralidade que, gradativamente, permita ao aluno
conhecer, usar também a variedade linguística padrão e entender a necessidade desse uso em determinados
contextos sociais. É por meio do aprimoramento linguístico que o aluno será capaz de transitar pelas diferentes
esferas sociais, usando adequadamente a linguagem tanto em suas relações cotidianas quanto nas relações
mais complexas – no dizer de Bakhtin (1992) – e que exigem maior formalidade. Dessa forma, o aluno terá
condições de se posicionar criticamente diante de uma sociedade de classes, repleta de conflitos e
contradições.
Tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, as possibilidades de trabalho com os gêneros orais são
diversas e apontam diferentes caminhos, como: apresentação de temas variados (histórias de família, da
comunidade, um filme, um livro); depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno ou
pessoas do seu convívio; dramatização; recado; explicação; contação de histórias; declamação de poemas;
troca de opiniões; debates; seminários; júris-simulados e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento
da argumentação.
No que concerne à literatura oral, valoriza-se a potência dos textos literários como Arte, os quais produzem
oportunidade de considerar seus estatutos, sua dimensão estética e suas forças políticas particulares.
O trabalho com os gêneros orais deve ser consistente. Isso significa que as atividades propostas não podem ter
como objetivo simplesmente ensinar o aluno a falar, emitindo opiniões ou em conversas com os colegas de
sala de aula. O que é necessário avaliar, juntamente com o falante, por meio da reflexão sobre os usos da
linguagem, é o conteúdo de sua participação oral.
Sugere-se que professor, primeiramente, selecione os objetivos que pretende com o gênero oral escolhido, por exemplo:
• na proposição de um seminário, além de explorar o tema a ser apresentado, é preciso orientar os
alunos sobre o contexto social de uso desse gênero; definir a postura diante dos colegas; refletir a
respeito das características textuais (composição do gênero, as marcas linguístico-enunciativas);
organizar a sequência da apresentação;
• na participação em um debate, pode-se observar a argumentação do aluno, como ele defende seu
ponto de vista, além disso o professor deve orientar sobre a adequação da linguagem ao contexto,
trabalhar com os turnos de fala, com a interação entre os participantes, etc.;
• na dramatização de um texto, é possível explorar elementos da representação cênica (como
entonação, expressão facial e corporal, pausas), bem como a estrutura do texto dramatizado, as trocas de
turnos de falas, observando a importância de saber a fala do outro (deixa) para a introdução da sua própria
fala, etc.;
• ao narrar um fato (real ou fictício), o professor poderá abordar a estrutura da narrativa, refletir
sobre o uso de gírias e repetições, explorar os conectivos usadosna narração, que apesar de serem marcadores
orais, precisam estar adequados ao grau de formalidade/informalidade dos textos, entre outros pontos.
Além disso, pode-se analisar a linguagem em uso em outras esferas sociais, como: em programas
televisivos (jornais, novelas, propagandas); em programas radiofônicos; no discurso do poder em suas
diferentes instâncias: público, privado, enfim, nas mais diversas realizações do discurso oral.
Ao analisar os discursos de outros, também é preciso selecionar os conteúdos que se pretende abordar. Seguem
algumas sugestões metodológicas, tendo como referência Cavalcante & Melo (2006):
• se a intenção for trabalhar com o gênero entrevista televisiva, pode-se refletir como o apresentador se dirige
ao entrevistado; quem é o entrevistado, idade, sexo; qual papel ele representa na sociedade; o desenvolvimento
do tema da entrevista; o contexto; se a fala do apresentador e do entrevistado é formal ou informal; se há
clareza nas respostas; os recursos expressivos, etc;
o gênero mesa-redonda possibilita verificar como os participantes interagem entre si. Para
isso, é importante considerar algumas características dos participantes, como: idade, sexo, profissão, posição
social. Pode-se analisar os argumentos dos participantes, a ideologia presente nos discursos, as formas de
sequencialização dos tópicos do diálogo, a linguagem utilizada (formal, informal), os recursos linguístico-
discursivos usados para defender o ponto de vista, etc.;
• em cenas de novelas, filmes, programas humorísticos e outros, tem-se como explorar a
sociolinguística, o professor pode estimular o aluno a perceber se há termos, expressões, sotaques
característicos de alguma região, classe social, idade e como estes sotaques ou marcas dialetais são tratados.
Além disso, pode solicitar que os alunos transcrevam um trecho de uma cena de novela e analisem, por
exemplo, as falas das personagens em momentos de conflito, verificando se apresentam truncamento,
hesitações, o que é comum em situações de conflito real.
A comparação entre as estratégias específicas da oralidade e aquelas da escrita faz parte da tarefa de ensinar os
alunos a expressarem suas ideias com segurança e fluência. O trabalho com os gêneros orais visa ao
aprimoramento linguístico, bem como a argumentação. Nas propostas de atividades orais, o aluno refletirá
tanto a partir da sua fala quanto da fala do outro, sobre:
• o conteúdo temático do texto oral;
• elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros usados em diferentes esferas
sociais;
• a unidade de sentido do texto oral;
• os argumentos utilizados;
• o papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade;
• observância da relação entre os participantes (conhecidos, desconhecidos, nível social, formação, etc.
) para adequar o discurso ao interlocutor;
• as marcas linguístico-enunciativas do gênero oral selecionado para estudo
PRÁTICA DA ESCRITA
É necessário compreender o funcionamento de um texto escrito, que se faz a partir de elementos como
organização, unidade temática, coerência, coesão, intenções, interlocutor(es), dentre outros. Além disso, “[...]
a escrita apresenta elementos significativos próprios, ausentes na fala, tais como o tamanho e tipo de letras,
cores e formatos, elementos pictóricos, que operam como gestos, mímica e prosódia graficamente
representados” (MARCUSCHI, 2005, p. 17).
A maneira de propor atividades com a escrita interfere de modo significativo nos resultados alcançados.
Diante de uma folha repleta de linhas a serem preenchidas sobre um tema, os alunos podem recorrer somente
ao que Pécora (1983, p. 68) chama de “estratégias de preenchimento”. É desejável que as atividades com a
escrita se realizem de modo interlocutivo, que elas possam relacionar o dizer escrito às circunstâncias de sua
produção. Isso implica o produtor do texto assumir-se como locutor, conforme propõe Geraldi (1997) e, dessa
forma, ter o que dizer; razão para dizer; como dizer, interlocutores para quem dizer.
As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na verdade, se escreve fora da escola –
e, assim, sejam textos de gêneros que têm uma função social determinada, conforme as práticas vigentes na
sociedade” (ANTUNES, 2003, p. 62-63). Há diversos gêneros que podem ser trabalhados em sala de aula para
aprimorar a prática de escrita.
Na prática da escrita, há três etapas interdependentes e intercomplementares sugeridas por Antunes (2003) e
adaptadas às propostas destas Diretrizes, que podem ser ampliadas e adequadas de acordo com o contexto:
• inicialmente, essa prática requer que tanto o professor quanto o aluno planejem o que será produzido: é o
momento de ampliar as leituras sobre a temática proposta; ler vários textos do gênero solicitado para a escrita,
a fim de melhor compreender a esfera social em que este circula; delimitar o tema da produção; definir o
objetivo e a intenção com que escreverá; prever os possíveis interlocutores; pensar sobre a situação em que o
texto irá circular; organizar as ideias;
em seguida, o aluno escreverá a primeira versão sobre a proposta apresentada, levando em conta a temática, o
gênero e o interlocutor, selecionará seus argumentos, suas ideias; enfim, tudo que fora antes planejado, uma
vez que essa etapa prevê a anterior (planejar) e a posterior (rever o texto);
depois, é hora de reescrever o texto, levando em conta a intenção que se teve ao produzi-lo: nessa etapa, o
aluno irá rever o que escreveu, refletir sobre seus argumentos, suas ideias, verificar se os objetivos foram
alcançados; observar a continuidade temática; analisar se o texto está claro, se atende à finalidade, ao gênero e
ao contexto de circulação; avaliar se a linguagem está adequada às condições de produção, aos interlocutores;
rever as normas de sintaxe, bem como a pontuação, ortografia, paragrafação.
Por meio do processo, que vivencia a prática de planejar, escrever, revisar e reescrever seus textos, o aluno
perceberá que a reformulação da escrita não é motivo para constrangimento. O ato de revisar e reformular é
antes de mais nada um processo que permite ao locutor refletir sobre seus pontos de vista, sua criatividade, seu
imaginário.
O refazer textual pode ocorrer de forma individual ou em grupo, considerando a intenção e as circunstâncias
da produção e não a mera “higienização” do texto do aluno, para atender apenas aos recursos exigidos pela
gramática. O refazer textual deve ser, portanto, atividade fundamentada na adequação do texto às exigências
circunstanciais de sua produção.
Durante a produção de texto, o estudante aumenta seu universo referencial e aprimora sua competência de
escrita, apreende as exigências dessa manifestação linguística e o seu sistema de organização próprio. Ao
analisar seu texto conforme as intenções e as condições de sua produção, o aluno adquire a necessária
autonomia para avaliá-lo.
PRÁTICA DA LEITURA
A leitura é vista como um ato dialógico, interlocutivo. O leitor, nesse contexto, tem um papel ativo no
processo da leitura, e para se efetivar como co-produtor, procura pistas formais, formula e reformula hipóteses,
aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no seu conhecimento linguístico, nas suas experiências e
na sua vivência sócio-cultural.
Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas sociais: jornalísticas, artística,
judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana, midiática, literária, publicitária, etc. No processo de
leitura, também é preciso considerar as linguagens não-verbais. A leitura de imagens, como: fotos, cartazes,
propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que povoam com intensidade crescente nosso universo
cotidiano, deve contemplar os multiletramentos .
Trata-se de propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o aluno a perceber o sujeito presente
nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles. Sob esse ponto de vista, o professor precisa
atuar como mediador, provocando os alunos a realizarem leituras significativas. Assim, o professor deve dar
condições para que o aluno atribua sentidos a sua leitura, visando a um sujeito crítico e atuante nas práticas de
letramento da sociedade.
Somente uma leitura aprofundada, em que o aluno é capaz de enxergar os implícitos, permite que ele
depreenda as reais intenções que cada texto traz. Sabe- se das pressões uniformizadoras, em geral voltadas
para o consumo ou para a não reflexão sobre problemas estéticos ou sociais, exercidas pelas mídias. Essa
pressão deve ser explicitada a partir de estratégias de leitura que possibilitem ao aluno “percepção e
reconhecimento – mesmo que inconscientemente – dos elementos de linguagem que o texto manipula”
(LAJOLO, 2001, p. 45). Desse modo, o aluno terá condições de se posicionar diante do que lê.
É importante ponderar a pluralidade de leituras que alguns textos permitem, o que é diferente de afirmar que
qualquer leitura é aceitável. Deve-se considerar o contexto de produção sócio-histórico, a finalidade do texto,
o interlocutor, o gênero.
Desse modo, para o encaminhamento da prática da leitura, é preciso considerar o texto que se quer trabalhar e,
então, planejar as atividades. Antunes (2003) salienta que conforme variem os gêneros (reportagem,
propaganda, poemas, crônicas, história em quadrinhos, entrevistas, blog), conforme variem a finalidade
pretendida com a leitura (leitura informativa, instrumental, entretenimento...), e, ainda, conforme variem o
suporte (jornal, televisão, revista, livro, computador...), variam também as estratégias a serem usadas.
Nesse sentido, não se lê da mesma forma uma crônica que está divulgada no suporte de um jornal e uma
crônica publicada em um livro, tendo em vista a finalidade de cada uma delas. Na crônica do jornal, é
importante considerar a data de publicação, a fonte, os acontecimentos dessa data, o diálogo entre a crônica e
outras notícias veiculadas nesse suporte. Já a leitura da crônica do livro representa um fato cotidiano
independente dos interesses deste ou daquele jornal.
Também a leitura de um poema difere da leitura de um artigo de opinião. Numa atividade de leitura com o
texto poético, é preciso observar o seu valor estético, o seu conteúdo temático, dialogar com os sentimentos
revelados, as suas figuras de linguagem, as intenções. Diferente de um artigo de opinião, que tem outro
objetivo, e nele é importante destacar o local e a data de publicação, contextualizar a temática, dialogar com os
argumentos apresentados se posicionando, atentar para os operadores argumentativos, modalizadores, ou seja,
as marcas enunciativas desse discurso que revelam a posição do autor.
O educador deve atentar-se, também, aos textos não-verbais, ou ainda, aqueles em que predomina o não-
verbal, como: a charge, a caricatura, as imagens, as telas de pintura, os símbolos, como possibilidades de
leitura em sala de aula; os quais exigirão de seu aluno-leitor colaborações diferentes daquelas necessárias aos
textos verbais. Nesses, o leitor deverá estar muito mais atento aos detalhes oferecidos nos traços, cores,
formas, desenhos. No caso de infográficos, tabelas, esquemas, a preocupação estará em associar/corresponder
o verbal ao não-verbal, uma vez que este está posto para corroborar com a leitura daquele.
Não se pode excluir, ainda, a leitura da esfera digital, que também é diferente se comparada a outros gêneros e
suportes. Os processos cognitivos e o modo de ler nessa esfera também mudam. O hipertexto - texto no
suporte digital/computador - representa uma oportunidade para ampliar a prática de leitura. Através do
hipertexto inaugura-se uma nova maneira de ler. No ambiente digital, o tempo, o ritmo e a velocidade de
leitura mudam. Além dos hiperlinks, no hipertexto há movimento, som, diálogo com outras linguagens.
Na sala de aula, é necessário analisar, nas atividades de interpretação e compreensão de um texto: os
conhecimentos de mundo do aluno, os conhecimentos linguísticos, o conhecimento da situação comunicativa,
dos interlocutores envolvidos, dos gêneros e suas esferas, do suporte em que o gênero está publicado, de
outros textos (intertextualidade).
No que concerne ao trabalho com diferentes gêneros, Silva (2005, p. 66) assinala que a escola deve se
apresentar “como um ambiente rico em textos e suportes de textos para que o aluno experimente, de forma
concreta e ativa, as múltiplas possibilidades de interlocução com os textos.” Dito isso, é essencial considerar o
contexto de produção e circulação do texto para planejar as atividades de leitura.
O ensino da prática de leitura requer um professor que “além de posicionar-se como um leitor assíduo, crítico
e competente, entenda realmente a complexidade do ato de ler” (SILVA, 2002, p. 22). Para a seleção dos
textos é importante avaliar o contexto da sala de aula, as experiências de leitura dos alunos, os horizontes de
expectativas deles e as sugestões sobre textos que gostariam de ler, para, então, oferecer textos cada vez mais
complexos, que possibilitem ampliar as leituras dos educandos.
Acredita-se que “A qualificação e a capacitação contínua dos leitores ao longo das séries escolares colocam-se
como uma garantia de acesso ao saber sistematizado, aos conteúdos do conhecimento que a escola tem de
tornar disponíveis aos estudantes” (SILVA, 2002, p. 07).
LITERATURA
Optou-se pelo Método Estética da Recepção e na Teoria do Efeito, visto que, essa proposta de trabalho, de
acordo com Bordini e Aguiar (1993), tem como objetivos: efetuar leituras compreensivas e críticas; ser
receptivo a novos textos e a leitura de outrem; questionar as leituras efetuadas em relação ao seu próprio
horizonte cultural; transformar os próprios horizontes de expectativas, bem como os do professor, da escola,
da comunidade familiar e social. Alcançar esses objetivos é essencial para o sucesso das atividades.
Esse trabalho divide-se em cinco etapas e cabe ao professor delimitar o tempo de aplicação de cada uma delas,
de acordo com o seu plano de trabalho docente e com a sua turma.
A primeira etapa é o momento de determinação do horizonte de expectativa do aluno/leitor. O professor
precisa tomar conhecimento da realidade sócio-cultural dos educandos, observando o dia a dia da sala de aula.
Informalmente, pode-se analisar os interesses e o nível de leitura, a partir de discussões de textos, visitas à
biblioteca, exposições de livros, etc.
Na segunda, ocorre o atendimento ao horizonte de expectativas, o professor apresenta textos que sejam
próximos ao conhecimento de mundo e às experiências de leitura dos alunos. Para isso, é fundamental que
sejam selecionadas obras que tenham um senso estético aguçado, percebendo que a diversidade de leituras
pode suscitar a busca de autores consagrados da literatura, de obras clássicas. Em seguida, acontece a ruptura
do horizonte de expectativas. É o momento de mostrar ao leitor que nem sempre determinada leitura é o que
ele espera, suas certezas podem ser abaladas. Para que haja o rompimento, é importante o professor trabalhar
com obras que, partindo das experiências de leitura dos alunos, aprofundem seus conhecimentos, fazendo com
que eles se distanciem do senso comum em que se encontravam e tenham seu horizonte de expectativa
ampliado, consequentemente, o entendimento do evento estético. Neste momento, o leitor tenta encaixar o
texto literário dentro de seu horizonte de valores, porém, a obra pode “confirmar ou perturbar esse horizonte,
em termos das expectativas do leitor, que o percebe, o julga por tudo que já conhece e aceita” (BORDINI e
AGUIAR, 1993, p. 87).
Após essa ruptura, o sujeito é direcionado a um questionamento do horizonte de expectativas. O professor
orienta o aluno/leitor a um questionamento e a uma autoavaliação a partir dos textos oferecidos. O aluno
deverá perceber que os textos oferecidos na etapa anterior (ruptura) trouxeram-lhe mais dificuldades de leitura,
porém, garantiram-lhe mais conhecimento, o que o ajudou a ampliar seus horizontes.
A quinta e última etapa do método recepcional é a ampliação do horizonte de expectativas. As leituras
oferecidas ao aluno e o trabalho efetuado a partir delas possibilitam uma reflexão e uma tomada de
consciência das mudanças e das aquisições, levando-o a uma ampliação de seus conhecimentos.
Para a aplicação deste método, o professor precisa ponderar as diferenças entre o Ensino Fundamental e o
Ensino Médio. No Ensino Médio, além do gosto pela leitura, há a preocupação, por parte do professor, em
garantir o estudo das Escolas Literárias. Contudo, ambos os níveis devem partir do mesmo ponto: o aluno é o
leitor, e como leitor é ele quem atribui significados ao que lê, é ele quem traz vida ao que lê, de acordo com
seus conhecimentos prévios, linguísticos, de mundo. Assim, o docente deve partir da recepção dos alunos para,
depois de ouvi-los, aprofundar a leitura e ampliar os horizontes de expectativas dos alunos.
O primeiro olhar para o texto literário, tanto para alunos de Ensino Fundamental como do Ensino Médio, deve
ser de sensibilidade, de identificação. O professor pode estimular o aluno a projetar-se na narrativa e
identificar-se com algum personagem. Numa apresentação em sala de aula o educando revela-se e,
“provocado” pelo docente, justifica sua associação defendendo seu personagem.
O professor, então, solicita aos alunos que digam o que entenderam da história lida. Esta fase é importante
para que o aluno se perceba como coautor e tenha contato, também, com outras leituras, a dos colegas de sala,
que não havia percebido.
É importante que o professor trabalhe com seus alunos as estruturas de apelo, demonstrando a eles que não é
qualquer interpretação que cabe à literatura, mas aquelas que o texto permite. As marcas linguísticas devem
ser consideradas na leitura literária; elas também asseguram que as estruturas de apelo sejam respeitadas.
Agindo assim, o professor estará oportunizando ao aluno a ampliação do horizonte de expectativa.
Nesse contínuo de relações, percebe-se que o texto literário dialoga, também, com outras áreas e o trabalho
com a Literatura potencializa uma prática diferenciada com o Conteúdo Estruturante da Língua Portuguesa (o
Discurso como prática social) e constitui forte influxo capaz de fazer aprimorar o pensamento trazendo sabor
ao saber.
ANÁLISE LINGUÍSTICA
A análise linguística é uma prática didática complementar às práticas de leitura, oralidade e escrita, faz parte
do letramento escolar, visto que possibilita “a reflexão consciente sobre fenômenos gramaticais e textual-
discursivos que perpassam os usos linguísticos, seja no momento de ler/escutar, de produzir textos ou de
refletir sobre esses mesmos usos da língua” (MENDONÇA, 2006, p. 204).
Considerando a interlocução como ponto de partida para o trabalho com o texto, os conteúdos gramaticais
devem ser estudados a partir de seus aspectos funcionais na constituição da unidade de sentido dos
enunciados. Daí a importância de considerar não somente a gramática normativa, mas também as outras, como
a descritiva, a internalizada e, em especial, a reflexiva no processo de ensino de Língua Portuguesa.
O professor poderá instigar, no aluno, a compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do gênero, do
contexto de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos; a percepção da multiplicidade de usos e
funções da língua; o reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e de construções textuais; a
reflexão sobre essas e outras particularidades linguísticas observadas no texto, conduzindo-o às atividades
epilinguísticas e metalinguísticas, à construção gradativa de um saber linguístico mais elaborado, a um falar
sobre a língua.
Dessa forma, quanto mais variado for o contato do aluno com diferentes gêneros discursivos (orais e escritos),
mais fácil será assimilar as regularidades que determinam o uso da língua em diferentes esferas sociais
(BAKHTIN, 1992).
Tendo em vista que o estudo/reflexão da análise linguística acontece por meio das práticas de oralidade, leitura
e escrita, propõem-se alguns encaminhamentos. No entanto, é necessário que o professor selecione o gênero
que pretende trabalhar e, depois de discutir sobre o conteúdo temático e o contexto de produção/circulação,
prepare atividades sobre a análise das marcas linguístico-enunciativas, entre elas:
Oralidade:• as variedades linguísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso: diferentes registros, grau
de formalidade em relação ao gênero discursivo;
• os procedimentos e as marcas linguísticas típicas da conversação (como a repetição, o uso
das gírias, a entonação), entre outros;
• as diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e a informal;
• os conectivos como mecanismos que colaboram com a coesão e coerência do texto, uma vez que
tais conectivos são marcadores orais e, portanto, devem ser utilizados conforme o grau de
formalidade/informalidade do gênero, etc.
Leitura:
• as particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e do texto em registro
informal;
a repetição de palavras (que alguns gêneros permitem) e o efeito produzido;
• o efeito de uso das figuras de linguagem e de pensamento (efeitos de humor, ironia, ambiguidade, exagero,
expressividade, etc);
léxico;
progressão referencial no texto;
• os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no texto.
Nessa perspectiva, o texto não serve apenas para o aluno identificar, por exemplo, os adjetivos e classificá-los;
considera-se que o texto tem o que dizer, há ideologias, vozes, e para atingir a sua intenção, utiliza-se de
vários recursos que a língua possibilita. No caso do trabalho com um gênero discursivo que se utiliza de
muitos adjetivos, o aluno precisa perceber que “a adjetivação pode ser construída por meio de várias
estratégias e recursos, criando diferentes efeitos de sentidos” (MENDONÇA, 2006, p. 211); além disso, alguns
gêneros admitem certas adjetivações e não outras; e o processo de adjetivação pode revelar-se pelo uso de um
verbo (como esbravejou) e não só pelo uso do adjetivo, exemplifica Mendonça (2006). Compreender os
recursos que o texto usa e o sentido que ele expressa é refletir com e sobre a língua, numa dimensão dialógica
da linguagem.
Escrita:
Por meio do texto dos alunos, num trabalho de reescrita do texto ou de partes do texto, o professor pode
selecionar atividades que reflitam e analisam os aspectos:
• discursivos (argumentos, vocabulário, grau de formalidade do gênero);
• textuais (coesão, coerência, modalizadores, operadores argumentativos, ambiguidades,
intertextualidade, processo de referenciação);
• estruturais (composição do gênero proposto para a escrita/oralidade do texto, estruturação de
parágrafos);
• normativos (ortografia, concordância verbal/nominal, sujeito, predicado, complemento, regência,
vícios da linguagem...);
Ainda nas atividades de leitura e escrita, ao que se refere à análise linguística, partindo das sugestões
de Antunes (2007, p. 134), ressaltam-se algumas propostas que focalizam o texto como parte da atividade
discursiva, tais como análise:
• dos recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito, itálico, sublinhado,
parênteses, etc.;
• da pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de sentido, entonação e ritmo,
intenção, significação e objetivos do texto;
• do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto;
• do valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos propósitos do texto, estilo
composicional e natureza do gênero discursivo;
• do efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em relação ao que diz – expressões
modalizadoras (ex: felizmente, comovedoramente, etc.);
• da associação semântica entre as palavras de um texto e seus efeitos para coesão e coerência pretendidas;
• dos procedimentos de concordância verbal e nominal;
• da função da conjunção, das preposições, dos advérbios na conexão do sentido entre o que vem antes e o que
vem depois em um texto.
Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos alunos a reflexão sobre o seu próprio
texto, tais como atividades de revisão, de reestruturação ou refacção, de análise coletiva de um texto
selecionado e sobre outros textos, de diversos gêneros que circulam no contexto escolar e extraescolar.
O estudo do texto e da sua organização sintático-semântica permite ao professor explorar as categorias
gramaticais, conforme cada texto em análise. Mas, nesse estudo, o que vale não é a categoria em si: é a função
que ela desempenha para os sentidos do texto. Como afirma Antunes, “mesmo quando se está fazendo a
análise linguística de categorias gramaticais, o objeto de estudo é o texto” (ANTUNES, 2003, p. 121).
Definida a intenção para o trabalho com a Língua Portuguesa, o aluno também pode passar a fazer demandas,
elaborar perguntas, considerar hipóteses, questionar-se, ampliando sua capacidade linguístico-discursiva em
atividades de uso da língua.
Adaptações do Método de Ensino e da Organização Didática
Adaptar o método de ensino às necessidades de cada aluno é, na realidade, um procedimento
fundamental na atuação profissional de todo educador, já que o ensino não ocorrerá, de fato, se o professor
não atender ao jeito que cada um tem para aprender. Faz parte da tarefa de ensinar procurar as
estratégias que melhor respondam às necessidades peculiares a cada aluno.
É necessário a modificação do nível de complexidade das atividades e a adaptação dos materiais
utilizados. São vários os recursos que podem ser úteis para atender às necessidades especiais de vários
tipos de deficiência, seja ela permanente, ou temporária.
O professor poderá também fazer modificações na seleção de materiais que havia inicialmente previsto
em função dos resultados que esteja observando no processo de aprendizagem do aluno. O ajuste de
suas ações pedagógicas tem sempre que estar atrelado ao processo de aprendizagem do aluno.
Avaliação
Importante ressaltar que a avaliação se concretiza de acordo com o que se estabelece nos documentos
escolares como o Projeto Político Pedagógico e, mais especificamente, a Proposta Pedagógica Curricular e o
Plano de Trabalho Docente, documentos necessariamente fundamentados nas Diretrizes Curriculares.
Esse projeto e sua realização explicitam, assim, a concepção de escola e de sociedade com que se trabalha e
indicam que sujeitos se quer formar para a sociedade que se quer construir.
Nas Diretrizes Curriculares para a Educação Básica do Estado do Paraná, a proposta é formar sujeitos que
construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são
frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na
sociedade.
A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das dificuldades de aprendizagem dos
alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais
próxima da comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos
estão inseridos.
Não há sentido em processos avaliativos que apenas constatam o que o aluno aprendeu ou não aprendeu e o
fazem refém dessas constatações, tomadas como sentenças definitivas. Se a proposição curricular visa à
formação de sujeitos que se apropriam do conhecimento para compreender as relações humanas em suas
contradições e conflitos, então a ação pedagógica que se realiza em sala de aula precisa contribuir para essa
formação.
Para concretizar esse objetivo, a avaliação escolar deve constituir um projeto de futuro social, pela intervenção
da experiência do passado e compreensão do presente, num esforço coletivo a serviço da ação pedagógica, em
movimentos na direção da aprendizagem do aluno, da qualificação do professor e da escola.
Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como questão metodológica, de
responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de investigar para intervir. A seleção de
conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação elucidam a
intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos
estudantes variadas oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento. Ao professor, cabe acompanhar
a aprendizagem dos seus alunos e o desenvolvimento dos processos cognitivos.
Por fim, destaca-se que a concepção de avaliação que permeia o currículo não pode ser uma escolha solitária
do professor. A discussão sobre a avaliação deve envolver o coletivo da escola, para que todos (direção,
equipe pedagógica, pais, alunos) assumam seus papéis e se concretize um trabalho pedagógico relevante para a
formação dos alunos.
Avaliação na disciplina de Língua Portuguesa
É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa e Literatura seja um processo de aprendizagem
contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes e, por
ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo
tempo. Informa ao professor e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui com a busca de
estratégias para que os alunos aprendam e participem mais das aulas.
Sob essa perspectiva, as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná recomendam:
• Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações.
Num seminário, num debate, numa troca informal de ideias, numa entrevista, num relato de história, as
exigências de adequação da fala são diferentes e isso deve ser considerado numa análise da produção oral.
Assim, o professor verificará a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele
mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, a argumentação que apresenta ao defender seus pontos de
vista. O aluno também deve se posicionar como avaliador de textos orais com os quais convive, como:
noticiários, discursos políticos, programas televisivos, e de suas próprias falas, formais ou informais, tendo em
vista o resultado esperado.
• Leitura: serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a compreensão do texto lido, o
sentido construído, as relações dialógicas entre textos, relações de causa e consequência entre as partes do
texto, o reconhecimento de posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos efeitos de ironia e humor
em textos variados, a localização das informações tanto explícitas quanto implícitas, o argumento principal,
entre outros. É importante avaliar se, ao ler, o aluno ativa os conhecimentos prévios; se compreende o
significado das palavras desconhecidas a partir do contexto; se faz inferências corretas; se reconhece o gênero
e o suporte textual. Tendo em vista o multiletramento, também é preciso avaliar a capacidade de se colocar
diante do texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens, etc. Não é demais lembrar que é
importante considerar as diferenças de leituras de mundo e o repertório de experiências dos alunos, avaliando
assim a ampliação do horizonte de expectativas. O professor pode propor questões abertas, discussões, debates
e outras atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.
Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção, nunca como produto final. O
que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a
partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos discursivo- textuais, verificando: a adequação à
proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem está de acordo com o contexto exigido, a elaboração de
argumentos consistentes, a coesão e coerência textual, a organização dos parágrafos. Tal como na oralidade, o
aluno deve se posicionar como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio. No momento
da refacção textual, é pertinente observar, por exemplo: se a intenção do texto foi alcançada, se há relação
entre partes do texto, se há necessidade de cortes, devido às repetições, se é necessário substituir parágrafos,
ideias ou conectivos.
Análise Linguística: é no texto – oral e escrito – que a língua se manifesta em todos os seus aspectos
discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, nessa prática pedagógica, os elementos linguísticos usados nos
diferentes gêneros precisam ser avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilitem
compreender esses elementos no interior do texto. Dessa forma, o professor poderá avaliar, por exemplo, o uso
da linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de
recursos linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores argumentativos e
modalizadores, bem como as relações semânticas entre as partes do texto (causa, tempo, comparação, etc.).
Uma vez entendidos estes mecanismos, os alunos podem incluí-los em outras operações linguísticas, de
reestruturação do texto, inclusive.
Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados continuamente em termos desse
uso, pois efetuam operações com a linguagem e refletem sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o
que lhes permite o aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento.
O trabalho com a língua oral e escrita supõe uma formação inicial e continuada que possibilite ao professor
estabelecer as devidas articulações entre teoria e prática, na condição de sujeito que usa o estudo e a reflexão
como alicerces para sua ação pedagógica e que, simultaneamente, parte dessa ação para o sempre necessário
aprofundamento teórico.
Para que as propostas das Diretrizes de Língua Portuguesa se efetivem na sala de aula, é imprescindível a
participação pró-ativa do professor. Engajado com as questões de seu tempo, tal professor respeitará as
diferenças e promoverá uma ação pedagógica de qualidade a todos os alunos, tanto para derrubar mitos que
sustentam o pensamento único, padrões pré-estabelecidos e conceitos tradicionalmente aceitos, como para
construir relações sociais mais generosas e includentes.
Adaptação do processo de avaliação
Outra categoria de ajuste que é necessária para atender as necessidades educacionais especiais de
alunos é a adaptação no processo de avaliação, no estabelecimento de critérios e na escolha dos
instrumentos, adaptando-os aos diferentes estilos e possibilidades de expressão dos alunos.
ReferênciasAGUIAR, V. T.; BORDINI, M. G. Literatura e formação do leitor: alternativas metodológicas.Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.ANTUNES, I. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola, 2003._____. Muito além da Gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola, 2007
BAKHTIN, M. (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. de Michel Lahud e Yara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999._____. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.CANDIDO, A. A literatura e a formação do homem. Ciência e Cultura: São Paulo, set/1972. v.4, n. 9, p. 803-809.CAVALCANTE, M. C. B.; MELLO, C. T. V. Oralidade no Ensino Médio: em busca de uma prática. In: BUNZEN, Clecio.; MENDONÇA, Márcia. (orgs.). Português no ensino médio e formação do professor. São Paulo: Parábola, 2006.GERALDI, J. W. Unidades básicas do ensino de português. In: João W. (org.). O texto na sala de aula. 3. ed. São Paulo: Ática, 2004._____. Portos de passagem. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 2001.MACHADO, I. Gêneros discursivos. In: BRAIT, Beth (org.). Bakhtin: conceitos-chave. São Paulo: Contexto, 2005.MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2005.MENDONÇA, M. Análise lingüística no ensino médio: um novo olhar, um outro objeto. In: BUNZEN, Clécio; MENDONÇA, Márcia [orgs.]. Português no ensino médio e formação do professor. 2 ed. São Paulo: Parábola, 2006.PÉCORA, A. Problemas de redação. São Paulo: Martins Fontes,1983. <http://www. Filolo-gia. org.br/revista/33/04.PERFEITO, A. M. Concepções de linguagem, teorias subjacentes e ensino de Língua Portuguesa. In: Concepções de linguagem e ensino de língua portuguesa. Maringá: EDUEM, 2005. p 27-79. v.1;Formação de professores EAD 18.POSSENTI, S. Por que (não) ensinar gramática. 4 ed. Campinas, SP: Mercado das Letras, 1996.ROJO, R. H. R. Linguagens, Códigos e suas tecnologias. In: MEC/SEB/Departamento de políticas do Ensino Médio. Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília: 2004.SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Reestruturação do Ensino de 2º Grau. Curitiba, 1988.SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Língua Portuguesa, Curitiba: SEED, 2008.SILVA, E. T. Conferências sobre leitura – trilogia pedagógica. 2. ed. Campinas/SP: Autores Associados, 2005._____. A produção da leitura na escola: pesquisas x propostas. 2. ed. São Paulo: Ática: 2002. SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Bel
4.4.2.9. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – GEOGRAFIA
Concepção do ensino de geografia
A Geografia assume um papel renovado na construção e aplicação do seu saber, eu processo
evidentemente acompanhou o espaço tempo mundial. A discussão a cerca do ensino de Geografia iniciase
pelas reflexões epistemológicas do seu objeto de estudo, muitas foram às denominações propostas para esse
objetivo, hoje entendido como o Espaço Geográfico e sua composição conceitual básica lugar paisagem,
região, território natureza, sociedade entre outros. Atualmente, a grande velocidade com que vem ocorrendo
as transformações no espaço planetário, tem levado a escola a rever conceitos e metodologias, pois esses
refletem diretamente nos elementos fundamentais do ensino da Geografia. Para iniciar a reflexão sobre o
ensino de Geografia se colocam algumas questões: O que é Geografia? Para que serve? Como ensinar
Geografia? Para responder a essas questões, fazse necessário esclarecer que a Geografia como ciência, sofreu
ao longo da história profundas transformações, tanto em nível teórico quanto metodológico. Até as primeiras
décadas do século XX, predominavam nas escolas concepções tradicionais e os livros se limitavam a uma
Geografia puramente descritiva e enumerativa, tipo catálogo. Os educandos eram obrigados a memorizar
listas intermináveis de nomes e números, ou confundiam a Geografia com a topografia e a cartografia. Esta
Geografia tradicional, centrada na observação e na descrição principalmente do quadro natural
estruturase em três aspectos: os físicos, os humanos e os econômicos. Os aspectos físicos, nesta concepção,
são considerados os mais importantes. Abrangem especialmente a hidrografia (rios, bacias hidrográficas,
redes fluviais e tudo o que se refere ao mundo das águas); o relevo (planícies, planaltos, serra ou seja, as
formas da superfície terrestre); o clima (calor, frio, geada, neve e estados do tempo em geral); e a vegetação
(florestas, campos, cerrados, caatinga e temas relacionados à distribuição das espécies vegetais pela superfície
terrestre). Os aspectos humanos referemse ao homem “inserido” no quadro natural, como se a paisagem
tivesse sido moldada para recebêlo e fornecerlhe suas “dádivas”, ou seja, seus recursos: solo, água, animais,
vegetais e minerais, por exemplo. Por fim, na parte econômica buscase explicar como o homem explora e
transforma o ambiente por meio das atividades econômicas, expressas pela seguinte ordem: extrativismo,
agricultura, pecuária, indústria, comércio, serviços e meios de transporte – a circulação no território, não
podendo estudar uma sem relacionar com a outra.
Observase que, na Geografia tradicional, o ensino desenvolvese por meio de blocos (Geografia física,
humana e econômica) que não se relacionam nem internamente, nem entre si, desarticulados no espaço e no
tempo. Na Geografia física, por exemplo, não é estabelecida uma relação entre clima, solo, relevo e
hidrografia, fazse uma descrição sem correlações entre os elementos. Com tudo isso, segundo
MORAES (1993, p.93), no Brasil, “a partir de 1970, a Geografia Tradicional está definitivamente enterrada;
suas manifestações, dessa data em diante, vão soar como sobrevivências, resquícios de um passado já
superado”. Assim, se faz necessário repensar o ensino e a construção do conhecimento geográfico, bem como
a serviço de quem está esse conhecimento. Qual o papel do ensino de Geografia na formação de um cidadão
crítico da organização da realidade socioespacial. A partir da compreensão do espaço geográfico como “um
conjunto indissociável, solidário e também contraditório de sistemas, de objetos e sistemas de ações, não
considerados isoladamente, mas como quadro único no qual a história se dá”, Santos (1996, p.51), propõe
uma concepção de geografia que possibilite ao educando desenvolver um conhecimento do espaço, que o
auxilie na compreensão do mundo, privilegiando a sua dimensão socioespacial. Para MORAES (1998, p.166),
“formar o indivíduo crítico implica estimular o aluno questionador, dandolhe não uma explicação pronta do mundo, mas elementos para o próprio questionamento das várias explicações. Formar o cidadão democrático implica investir na sedimentação no aluno do respeito à diferença, considerando a pluralidade de visões como um valor em si”.Nesse contexto, a Geografia explicita o seu objetivo, de analisar e interpretar o espaço geográfico, partindo da
compreensão de que o espaço é entendido como produto das múltiplas, reais e complexas relações, pois,
como mostra SANTOS (2001, p.174)
“vivese em um mundo de indefinição entre o real e o que imaginase dele”. E, em conformidade com RESENDE (1986, p.181) “é preciso reconhecer a existência de uma saber geográfico, que é próprio do educando trabalhador, um saber que está diretamente ligado com sua atitude intelectiva, respondendo sempre ao seu caráter social, objetivo, de um todo integrado, um espaço real”.
Desse modo, à Geografia escolar cabe fornecer subsídios que permitam aos educandos compreenderem a
realidade que os cerca em sua dimensão espacial, em sua complexidade e em sua velocidade, onde o espaço
seja entendido como o produto das relações reais, que a sociedade estabelece entre si e com a natureza.
Segundo CARLOS (2002, p.165)
“A sociedade não é passiva diante da natureza; existe um procedimento dialético entre ambas que reproduz espaços e sociedades diferenciados em função de momentos históricos específicos e diferenciados. Nesse sentido, o espaço é humano não porque o homem o habita, mas porque o produz”.Compreender as contradições presentes no espaço é o objetivo do conhecimento geográfico, ou
seja, perceber além da paisagem visível.Tornase urgente, assim, romper com a compartimentalização do
conhecimento geográfico. Neste sentido, fazse necessário considerar o espaço geográfico a partir de vários
aspectos interligados e interdependentes, os fenômenos naturais e as ações humanas, as transformações
impostas pelas relações sociais e as questões ambientais de alcance planetário, não desprezando a base local e
regional. Nesse contexto, o homem passa a ser visto como sujeito, ser social e histórico que produz o mundo
e a si próprio. Segundo CAVALCANTI (1998, p.192)
“O ensino de geografia deve propiciar ao aluno a compreensão de espaço geográfico na sua concretude, nas suas contradições, contribuindo para a formação de raciocínios e concepções mais articulados e aprofundados a respeito do espaço, pensando os fatos e acontecimentos mediante várias explicações”. O ensino de Geografia comprometido com as mudanças sociais revela as contradições presentes na
construção do espaço, inerentes ao modo como homens e mulheres transformam e se apropriam da natureza.
Nesta perspectiva, há que se tornar possível ao educando perceberse como parte integrante da sociedade, do
espaço e da natureza. Daí a possibilidade dele poder (re) pensar a realidade em que está inserido,
descobrindo-se nela e percebendo-se na sua totalidade, onde revelam-se as desigualdades e as
contradições. Sob tal perspectiva, o ensino de Geografia contribui na formação de um cidadão mais
completo, que se percebe como agente das transformações socioespaciais, reconhecendo as
temporalidades e o seu papel ativo nos processos.
Fundamentos teórico metodológicos
Os Fundamentos Teóricos metodológicos estão baseados nas DCEs juntamente com o Currículo da
Disciplina. A fundamentação do ensino de Geografia começa pela compreensão do seu objeto de estudo.
Muitos foram os objetos da Geografia antes de se ter algum consenso, sempre relativo, em torno da idéia de
que o espaço geográfico é o foco da análise. Entretanto, a expressão espaço geográfico, bem como os
conceitos básicos da Geografia – lugar, paisagem, região, território, natureza, sociedade– não se
autoexplicam. Ao contrário, são termos que exigem esclarecimentos, pois, a depender do fundamento teórico a
que se vinculam, refletem posições filosóficas e políticas distintas.
Diante disso, propõese um trabalho com uma abordagem que auxilie a compreensão do processo histórico da
transição da ordem mundial precedente à atual. É ponto de partida para articular a discussão em outras
escalas, pois o professor pode considerar os diversos critérios de regionalização do espaço geográfico, de
modo a ampliar as relações estabelecidas entre os conteúdos, respeitada a maior capacidade de abstração do
aluno e sua possibilidade de formações conceituais mais amplas. Para isso o ensino da geografia contribui
diretamente para que os alunos da venham a ser agentes ativos da construção do espaço. Concebendo a
aprendizagem como um processo pessoal e intransferível, temse que cada educando constrói o seu
conhecimento, a partir de situações didáticas propostas pelo professor. Assim, conforme a afirmação de Paulo
Freire de que “aprender é (re) construir pela descoberta” o aluno vai progressivamente construindo o espaço
geográfico no plano de sua cognição, isto é, na esfera de seu conhecimento. Dessa maneira, configurase o
objetivo maior do ensino da geografia, que conjuga o plano de ação do educando: conhecer o espaço
geográfico para melhor agir no processo de sua construção.
Adaptar o método de ensino às necessidades de cada aluno é, na realidade, um procedimento fundamental
na atuação profissional de todo educador, já que o ensino não ocorrerá, de fato, se o professor não atender
ao jeito que cada um tem para aprender. Faz parte da tarefa de ensinar procurar as estratégias que melhor
respondam às necessidades peculiares a cada aluno.
É necessário a modificação o nível de complexidade das atividades e a adaptação dos materiais utilizados. São
vários os recursos que podem ser úteis para atender às necessidades especiais de vários tipos de deficiência,
seja ela permanente, ou temporária.
O professor poderá também fazer modificações na seleção de materiais que havia inicialmente previsto em
função dos resultados que esteja observando no processo de aprendizagem do aluno. O ajuste de suas
ações pedagógicas tem sempre que estar atrelado ao processo de aprendizagem do aluno.
Objetivos gerais
Conhecer o mundo atual em sua diversidade, favorecendo a compreensão de como as paisagens, os lugares e
os territórios se constroem;
identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas conseqüências em diferentes
espaços e tempos, de modo que construam referenciais que possibilitem uma participação propositiva e reativa
nas questões socioambientais locais conhecer o funcionamento da natureza em suas múltiplas relações, de
modo que compreendam o papel das sociedades na construção do território, da paisagem e do lugar;
compreender a espacialidade e a temporalidade dos fenômenos geográficos estudados em suas dinâmicas e
interações; compreender que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos, os avanços
tecnológicos e as transformações socioculturais são conquistas ainda não usufruídas por todos os seres
humanos e, dentro das possibilidades, empenhar-se em democratizá-las; conhecer e saber utilizar
procedimentos de pesquisa da geografia para compreender a paisagem, o território e o lugar , seus processos
de construção identificando suas relações, problemas e contradições; compreender a importância das
diferentes linguagens na leitura das paisagens, desde as imagens musicais e literatura de dados e documentos
de diferentes fontes de informação, de modo que interpretem, analisem e relacionem informações sobre o
espaço; saber utilizar a linguagem gráfica para obter informações e representar a espacialidade dos
fenômenos geográficos; valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a sociodiversidade, reconhecendo-os
como direitos dos povos e indivíduos e como elementos de fortalecimento da democracia; conhecer o
mundo atual em sua diversidade, favorecendo a compreensão de como as paisagens, os lugares e os territórios
se constroem;
identificar e avaliar as ações dos homens em sociedade e suas conseqüências em diferentes
espaços e tempos, de modo que construam referenciais que possibilitem uma participação propositiva e reativa
nas questões socioambientais locais compreender a espacialidade e a temporalidade dos fenômenos
geográficos estudados em suas dinâmicas e interações; compreender que as melhorias nas condições de vida,
os direitos políticos, os avanços tecnológicos e as transformações socioculturais são conquistas ainda não
usufruídas por todos os seres humanos e, dentro das possibilidades, empenhar-se em democratizá-las;
conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da geografia para compreender a paisagem, o território e
o lugar , seus processos de construção identificando suas relações, problemas e contradições; compreender a
importância das diferentes linguagens na leitura das paisagens, desde as imagens musicais e literatura de
dados e documentos de diferentes fontes de informação, de modo que interpretem, analisem e relacionem
informações sobre o espaço;
É necessário ajustes nos objetivos pedagógicos constantes no plano de ensino de forma a adequá-los às
características e condições dos alunos. Sendo assim, o professor pode priorizar determinados objetivos
para um aluno, caso seja a forma de atender às suas necessidades educacionais e investir mais tempo,
ou utilizar maior variedade de estratégias pedagógicas na busca de alcançar determinados objetivos,
em detrimento de outros, menos necessários, numa escala de prioridade estabelecida a partir da análise
de conhecimento já apreendido pelo aluno, e do grau de importância do referido objetivo para o seu
desenvolvimento e a aprendizagem significativa.
Encaminhamento metodológicos
A metodologia de ensino de geografia deve permitir que os alunos se apropriem dos conceitos fundamentais
da Geografia e compreendam o processo de produção e transformação do espaço geográfico. Para isso, os
conteúdos da Geografia devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica, interligados coma realidade
próxima e distante dos alunos, em coerência com os fundamentos teóricos propostos neste documento. O
processo de apropriação e construção dos conceitos fundamentais do conhecimento geográfico se dá a partir
da intervenção intencional própria do ato docente, mediante um planejamento que articule a abordagem dos
conteúdos com a avaliação (CAVALCANTI, 1998).
No ensino de Geografia, tal abordagem deve considerar o conhecimento espacial prévio dos alunos para
relacionálo ao conhecimento científico no sentido de superar o senso comum. Ao invés de simplesmente
apresentar o conteúdo que será trabalhado,recomendase que o professor crie uma situação problema,
instigante e provocativa. Essa problematização inicial tem por objetivo mobilizar o aluno para o
conhecimento. Por isso, deve se constituir de questões que estimulem o raciocínio, a reflexão e a crítica, de
modo que se torne sujeito do seu processo de aprendizagem (VASCONCELOS, 1993).
Outro pressuposto metodológico para a construção do conhecimento em sala de aula é a contextualização do
conteúdo. Na perspectiva teórica destas Diretrizes, contextualizar o conteúdo é mais do que relacioná lo à
realidade vivida do aluno, é, principalmente, situálo historicamente e nas relações políticas, sociais
econômicas, culturais, em manifestações espaciais concretas, nas diversas escalas geográficas. Sempre que
possível o professor deverá estabelecer relações interdisciplinares dos conteúdos geográficos em estudo,
porém, sem perder a especificidade da Geografia. Nas relações interdisciplinares, as ferramentas teóricas
próprias de cada disciplina escolar devem fundamentar a abordagem do conteúdo em estudo, de modo que o
aluno perceba que o conhecimento sobre esse assunto ultrapassa os campos de estudo das diversas
disciplinas, mas que cada uma delas tem um foco de análise próprio. O professor deve, ainda, conduzir o
processo de aprendizagem de forma dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos
para que a compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam. Todo esse
procedimento tem por finalidade que o ensino de Geografia contribua para a formação de um sujeito capaz de
interferir na realidade de maneira consciente e crítica.
A adaptação de conteúdos deverá priorizar as áreas ou unidades destes, reformulando sequências e
acompanhando as adaptações propostas para os objetivos educacionais. A adaptação na temporalidade do
processo de ensino e aprendizagem, pode ser ampliada ou reduzida para o trato de determinados
objetivos e os consequentes conteúdos. O professor pode organizar o tempo das atividades propostas,
levando em conta as necessidades educacionais de cada aluno.
Objeto de estudo da disciplina
O objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, entendido como o espaço produzido e apropriado
pela sociedade (LEFEBVRE, 1974), composto pela interrelação entre sistemas de objetos – naturais, culturais
e técnicos – e sistemas de ações – relaçõesociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS, 1996). O
espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e
sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá. No
começo era a natureza selvagem, formada por objetos naturais, que ao longo da história vão sendo substituídos
por objetos técnicos, mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com que a natureza artificial tenda a
funcionar como uma máquina. (SANTOS, 1996, p. 51). O objeto de estudo da Geografia é o espaço
geográfico, ou seja, aquele produzido e apropriado pela sociedade, composto por objetos naturais, culturais
técnicos. O estudo do espaço geográfico destaca os traços culturais das sociedades, assim como a forma de
vida.
CONCEITOS BÁSICOS DA DISCIPLINA: Sociedade Natureza Território Região Paisagem Lugar
O ensino de Geografia deve contribuir para que os alunos possam estabelecer a compreensão de
conhecimentos que lhes permitam refletir as questões sobre a ocupação e a gestão do espaço em diferentes
níveis. Ampliando os conhecimentos, estabelecer referências com a realidade em que eles interagem que
compreenda e incorpore seus interesses por assuntos veiculados pela mídia, por questões e problemas do
mundo contemporâneo, que prevê a abordagem das diversidades como: Educação ambiental, Educação Fiscal,
Enfrentamento a Violência, História e Cultura Afrobrasileira Africana e Indígena e Sexualidade.
Organização dos conteúdos
A abordagem dos conteúdos, deve ser diferenciada nos níveis de ensino a partir do grau de
aprofundamento e de complexidade dos textos. Os conteúdos devem ser trabalhados em diferentes escalas:
local, regional, nacional e mundial. De acordo com a concepção teórica assumida, serão apontados os
Conteúdos Estruturantes da Geografia para Educação Básica, considerando que seu objeto de estudo/ensino é
o espaço geográfico. Entendese, por conteúdos estruturantes, os conhecimentos de grande amplitude que
identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a
compreensão de seu objeto de estudo e ensino. São, neste caso, dimensões geográficas da realidade a partir
das quais os conteúdos específicos devem ser abordados. Os conteúdos estruturantes de Geografia são:
• Dimensão econômica do espaço geográfico; • Dimensão política do espaço geográfico; • Dimensão socioambiental do espaço geográfico; •Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico. Os conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos devem ser tratados pedagogicamente a partir das
categorias de análise – relações Espaço Temporais e relações Sociedade - Natureza . Por meio dessa
abordagem, pretendese que o aluno compreenda os seguintes conteúdos básicos:
CONTEÚDOS
6º ANO
1º TRIMESTRE
• Formação e transformação das paisagens naturais e culturais
• Orientação e localização no espaço geográfico.
• O planeta Terra: Origem, características.
.2º TRIMESTRE
• Continentes, ilhas e oceanos.
• Relevo e hidrografia
• Clima e vegetação
3º TRIMESTRE
• Espaço rural e urbano
• Extrativismo e agropecuária
• Indústria, comércio e prestação de serviços
7º ANO
1º TRIMESTRE
• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.
• As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
• População brasileira: aspectos demográficos, formação e distribuição espacial.
• Movimentos migratórios e suas motivações.
2º TRIMESTRE
• Industrialização.
• Urbanização brasileira: A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização.
• O espaço rural e a modernização da agricultura.
• Problemas ambientais na área rural e urbana do Brasil.
• Relação e dependência entre campo e cidade
3º TRIMESTRE
• Região norte do Brasil: Amazônia, aspectos físicos e socioeconômicos, degradação e preservação da
vegetação nativa.
• Região centro sul e seu desenvolvimento agrícola e industrial, aspectos físicos e socioeconômicos.
• Região nordeste: ocupação, organização do espaço, características físicas, econômicas e sociais.
8º ANO
1º TRIMESTRE
• As diversas regionalizações do espaço geográfico: Capitalista e socialista, de acordo com o nível de
desenvolvimento e IDH.
• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano.
• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
• A economia mundial atual.
• Transnacionais.
• Blocos econômicos.
2º TRIMESTRE
• Continente Americano: Localização, regionalização e formação histórica.
• Características físicas da América e a influencia no desenvolvimento de cada região.
• A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e informações.
• A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço geográfico americano.
• A transformação demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos
da América.
3º TRIMESTRE
• O espaço rural e a modernização da agricultura americana.
• A formação, o localização, exploração dos recursos naturais.
• América do Norte, Central, Andina, Guianas, América Platina: Características socioeconômicas e
físicas.
• Brasil: política externa potencia regional e sua organização internacional.
9º ANO
1º TRIMESTRE
• As diversas regionalizações do espaço geográfico.
• Países e conflitos Mundiais: grandes Guerras Mundiais, Guerra Fria e Terrorismo.
• A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.
(Globalização).
• O comércio mundial e as implicações socioespaciais.
2º TRIMESTRE
• A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos do
continente europeu.
• A mobilidade populacional e as manifestações sociespaciais da diversidade cultural da Europa
• Os movimentos migratórios do continente europeu e suas motivações.
• A economia europeia.
• União Europeia, Leste Europeu e a CEI
3º TRIMESTRE
• A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re) organização do espaço
geográfico Asiático e Africano
• A formação, localização, exploração dos recursos naturais na Ásia e na África.
• A dinâmica da natureza nos continentes asiático e africano.
• Oceania e as regiões polares: características socioeconômicas e físicas.
ENSINO MÉDIO
1ª SÉRIE
1º TRIMESTRE
• Formação e transformação das paisagens naturais e culturais
• Cartografia: Orientação e localização no espaço geográfico.
• O planeta Terra: Origem, estrutura e movimentos.
• Litosfera: dinâmica do relevo, estrutura geológica
.2º TRIMESTRE
• Hidrosfera e a dinâmica das águas
• Atmosfera, tempo e clima.
• As grandes paisagens naturais da Terra: Clima e vegetação.
• Impactos ambientais nas paisagens mundiais e do Brasil.
3º TRIMESTRE
• Espaço rural e urbano
• Extrativismo e agropecuária: espaço rural e a modernização agrícola.
• Indústria, comércio e prestação de serviços.
2ª SÉRIE
1º TRIMESTRE
• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.
• As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
• População brasileira: aspectos demográficos, formação e distribuição espacial.
• Movimentos migratórios e suas motivações no Brasil.
2º TRIMESTRE
• Industrialização brasileira e suas consequências ambientais, sociais e econômicas.
• Urbanização brasileira: A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização e suas consequências.
• O espaço rural brasileiro e a modernização da agricultura.
• Problemas ambientais na área rural e urbana do Brasil.
• Relação e dependência entre campo e cidade na sociedade capitalista.
3º TRIMESTRE• Região norte do Brasil: Amazônia, aspectos físicos e socioeconômicos, degradação e preservação da vegetação nativa.• Região centro sul e seu desenvolvimento agrícola e industrial, aspectos físicos e socioeconômicos.• Região nordeste: ocupação, organização do espaço, características físicas, econômicas e sociais.• Circulação de mão de obra, do capital, das mercadorias e das infirmações.
3ª SÉRIE 1º TRIMESTRE• A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção (globalização).• Capitalismo e o espaço geográfico.• A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.• Grandes economias mundiais.
2º TRIMESTRE• Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
• Desenvolvimento e subdesenvolvimento.• Regionalização de acordo com o IDH, nível de desenvolvimento e capitalistas e socialistas.3º TRIMESTRE• Geopolítica: Os grandes conflitos mundiais (guerras e terrorismo).• Economia mundial atual.• Natureza, sociedade e meio ambiente: os impactos ambientais na sociedade capitalista e suas consequências.
Conteúdos obrigatórios – temas socioeducacionaisComponentes para a EI, EF e EM
(Municipais, Estaduais e Privadas) Componentes para EF e EM
(Municipais, Estaduais e Privadas)
Violência contra Criança e o Adolescente – Lei federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e do adolescente
8069/90 Execução do Hino Nacional – Lei 12031/09
Educação Ambiental (Lei Federal nº 9795/99 – Decreto nº 4281/02); e deliberação 04/13 História do
Paraná – Lei 13181/01 e Deliberação 07/06
Música (Lei nº11769/08); resolução 07/10 e 02/12
Estatuto do Idoso – Lei 10741/03 Educação fiscal e Educação Tributária – Decreto 1143/99, portaria
413/02
Educação para o trânsito – Lei 9503/97 Sexualidade Humana – Lei 1173397
Educação alimentar e nutricional – Lei 11947/09 Prevenção ao Uso de Drogas – Lei 11343/06
Direitos humanos – Resolução 01/12 – CNE/CP
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 11.645/08);
Componentes para EF e EM – Escolas e Colégios Estaduais
Hasteamento e execução do Hino do Paraná – Instrução 13/12
Brigadas Escolares – Decreto – 4837/12
Avaliação Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional a avaliação do processo de ensino-aprendizagem
deve ser realizada de maneira continua, formativa, diagnostica e processual. A avaliação é parte do processo
pedagógico devendo acompanhar a aprendizagem do aluno e nortear o trabalho do professor.
As atividades desenvolvidas ao longo do ano letivo devem possibilitar ao aluno a apropriação dos conteúdos e
posicionamento critico frente aos diferentes contextos sociais.
Os principais critérios de avaliação são a formações dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das
relações socioespaciais para a compreensão e intervenção da realidade.
INSTRUMENTOS AVALIATIVOS • Seminários• Debates• Trabalhos• Discussões • Provas
• Relatórios de seminários e filmes • Interpretação de textos• Análise de vídeos e filmes• Jogos • Produção de textos argumentativos e dissertativos• Exercícios• Painéis • Pesquisa
Recuperação de estudosSerá aplicada a recuperação de estudos de forma concomitante, contínua, diagnóstica, sempre que um ou mais
conteúdos não forem assimilados pelos alunos, não dispensando atenção aos que já estiverem acima da média.
Ela será realizada:
1- Com um ou com um grupo de conteúdos;
2- Poderá ser através de exercícios, provas e trabalhos com pesquisa.
Outra categoria de ajuste que é necessária para atender as necessidades educacionais especiais de
alunos é a adaptação no processo de avaliação, no estabelecimento de critérios e na escolha dos
instrumentos, adaptando-os aos diferentes estilos e possibilidades de expressão dos alunos.
Referências CARLOS, Ana Fani A. A Geografia brasileira hoje: Algumas reflexões. São Paulo: Terra Livre/AGB, vol. 1, nº 18, 2002.CAVALCANTI, L.S. Geografia: escola e construção de conhecimentos. Campinas: Papirus, 1998.FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.MORAES, Antonio C R. Geografia: Pequena História Crítica. São Paulo: Hucitec, 1993.MOREIRA, Ruy. O que é Geografia. São Paulo: Brasiliense, 1981.RESENDE, M.S. A Geografia do aluno trabalhador. São Paulo: Loyola, 1986.RODRIGUES, Neidson. Por uma nova escola. São Paulo: Cortez, 1987.SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996.GOMES, Marquiana de Freitas Vilas Boas e Rosely Sampaio Archela. Manual de aulas Práticas. Paraná: UEL, 2005. IBGE. Atlas Geográfico Escolar. Rio de Janeiro, 2002 PROJETO ARARIBÁ: Geografia - obra coletiva. São Paulo: Moderna, 2007. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Geografia para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2009. SIMIELLI, Maria Elena Ramos. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2002.
4.4.2.10. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – FÍSICA
Fundamentos teóricos da disciplina
O ensino de Física tem seu ponto de partida no meio em que o aluno vive, explicando os fenômenos
que acontecem no seu cotidiano e no resto do mundo. Este aprendizado ocorre através da experimentação,
demonstração, observação, confronto, dúvida, interpretação e construção conceitual dos fenômenos físicos.
Neste processo, o aluno apropria da linguagem própria de códigos e símbolos, desenvolvida pela física, e
utiliza-a para sua comunicação oral e escrita.
Incorporado à cultura e integrado como instrumento tecnológico, esse conhecimento torna-se
indispensável à formação da cidadania contemporânea.
Ao propiciar esses conhecimentos, o aprendizado da física promove a articulação de toda uma visão
de mundo, de uma compreensão dinâmica do universo, mais ampla do que nosso entorno material imediato,
capaz, de transcender nossos limites de tempo e espaço. Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo
foram escolhidos como conteúdos estruturantes porque indicam campos de estudo da Física, que a partir de
desdobramentos, possam garantir os objetos de estudo da disciplina de forma abrangente.
Não se podem negar, aos estudantes, condições para que contemplem a beleza, a elegância das teorias
físicas. Ao debruçar-se sobre o estudo de gravitação, por meio do modelo de Newton, em que a força aparece
variando com o inverso do quadrado da distância, numa equação que considera a presença da massa, o aluno
deveria poder perceber, ali, não apenas uma equação matemática, onde basta, tão somente, colocar alguns
dados para obter uma resposta, mas um resultado que sintetiza toda uma concepção de espaço, matéria e
movimento desde que o homem se interessou, movido pela necessidade ou pela curiosidade, pelo estudo dos
movimentos.
Considerando que, para a maioria dos nossos jovens, o Ensino Médio assume o caráter de
terminalidade, os professores de Física da Rede Pública Estadual do Paraná constroem essas orientações
curriculares, ressaltando a importância de um enfoque conceitual que não leve em conta apenas a equação
matemática, mas que considere o pressuposto teórico que afirma que o conhecimento científico é uma
construção humana com significado histórico e social.
Além disso, se queremos contribuir para a formação de sujeitos que sejam capazes de refletir e
influenciar, de forma consciente, nas tomadas de decisões, é importante buscarmos o entendimento das
possíveis relações entre o desenvolvimento da Ciência e da tecnologia e as diversas transformações culturais,
sociais e econômicas decorrentes deste desenvolvimento que, em muitos aspectos, depende de uma percepção
histórica de como estas relações foram sendo estabelecidas ao longo do tempo.
Objetivos
A Física, sendo uma ciência que tem por fim a compreensão dos fenômenos naturais, deve preconizar os
seguintes objetivos:
✔ Trabalhar a Física além da matemática aplicada construindo os conceitos físicos através da compreensão do
universo, sua evolução, suas transformações e as interações que nele se apresentam.
✔ Permitir aos estudantes de Física que se apropriem do conhecimento físico, dando ênfase aos aspectos
conceituais sem, no entanto, descartar o formalismo matemático.
✔ Partir do conhecimento prévio trazido pelos estudantes, como fruto de suas experiências de vida em seu
contexto social, para dar início ao processo de ensino sendo que estes influenciam a aprendizagem dos
conceitos do ponto de vista científico.
✔ Entender que o ensino de Física deve ser voltado para fenômenos físicos, enfatizando-os qualitativamente,
porém, sem perda da consciência teórica.
✔ Propor um tratamento qualitativo dos temas da Física moderna, apresentado a Física como ciência em
processo de construção.
✔ Fazer a ligação entre a teoria e a prática, através da experimentação, proporcionando uma melhor interação
entre professor e alunos e, entre grupos, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo e social dos
estudantes, dentro de um contexto especial que é a escola.
✔ Repassar os conhecimentos historicamente acumulados de forma que possibilite a formação crítica do
educando, valorizando desde a abordagem de conteúdos específicos até suas implicações históricas.
✔ Contribuir para a formação de uma cultura científica efetiva, que permita aos alunos a interpretação dos
fatos, fenômenos e processos naturais, situando e dimensionando a interação do ser humano com a natureza,
como parte da própria natureza em transformação.
Conteúdos
Os conteúdos (MOVIMENTO, TERMODINÃMICA E ELETROMAGNETISMO) foram escolhidos como
estruturantes por que indicam campos de estudo da Física que, a partir de desdobramentos em conteúdos
específicos, possam garantir os objetivos de estudo da disciplina da forma mais abrangente possível.
Os conteúdos básicos, abaixo relacionados, foram separados em duas partes para cada série devido ao fato
deste estabelecimento de ensino estar inserido no sistema de educação em blocos.
1ª Ano
1ª PARTE:
1. Introdução ao estudo da Física 1.1 Evolução da Física; 1.2Partes da Física.
2. Sistemas de Medidas
2.1 O Sistema Internacional de Unidades;
2.2Medidas de comprimento e de intervalo de tempo.
3. Cinemática Escalar
3.1 Conceitos básicos;
3.2 Deslocamento escalar; 3.3 Velocidade escalar média.
4. Movimento Retilíneo Uniforme
4.1 Função Horária;
4.2 Leitura e interpretação de gráficos e tabelas.
5. Movimento Retilíneo Uniforme Variado
5.1 Aceleração;
5.2 Funções Horárias;
5.3 Equação de Torricelli;
5.4 Leitura e interpretação de gráficos e tabelas;
5.5 Interpretação dos conceitos em aplicações de fórmulas na resolução de problemas; 5.6Queda livre.
6. Lançamento Oblíquo e Horizontal
6.1 Características do lançamento;
6.2 Equações dos lançamentos; 6.3Alcance máximo e trajetórias reais.
2ª PARTE:
7. Gravitação Universal
7.1 Campo Gravitacional;
7.2 Leis de Kepler;
7.3Intensidade do campo gravitacional.
8. Força
8.1 Conceito de Força;
8.2 Componentes perpendiculares de uma Força;
8.3Força resultante.
9.Massa e Peso
9.1 Diferenças entre massa e peso;
9.2Cálculo do peso de um corpo.
10. Leis de Newton
10.1 Lei da Inércia dos corpos -1ª Lei de Newton;
10.2 Princípio fundamental da dinâmica – 2ª Lei de Newton; 10.3 Princípio da ação e reação – 3ª Lei de
Newton;
10.4 Aplicações das leis de Newton.
11. Movimento Circular Uniforme
11.1 determinar a posição e a velocidade de um corpo em MCU;
11.2 Apresentar as grandezas período, frequência e velocidade angular; 11.3 Relações entre essas
grandezas;
11.4 Aplicações do MCU.
12. Energia e trabalho
12.1 Energia mecânica;
12.2 Trabalho de uma força constante e variável;
12.3 Trabalho do peso e da força elástica;
12.4 Conservação da energia mecânica;
12.5 Potência e Rendimento;
12.6 Quantidade de movimento e impulso; 12.7 Conservação da quantidade de movimento;
12.8 Colisão frontal.
2ª ANO
1ª PARTE:
13. Hidrostática
13.1 Densidade de um corpo;
13.2 Pressão média;
13.3 Pressão atmosférica;
13.4 Teorema de Stevin;
13.5 Experiência de Torricelli;
13.6 Princípio de Arquimedes.
14. Termometria
14.1 Conceitos básicos;
14.2 Equilíbrio térmico;
14.3 Escalas de temperatura; 14.4 Conversão de temperaturas; 14.5 Relação entre as escalas.
15. Dilatação dos sólidos
15.1 Dilatação linear;
15.2 Dilatação superficial; 15.3 Dilatação volumétrica.
16. Calorimetria
16.1 Relação entre calor, temperatura e energia;
16.2 Capacidade térmica e calor específico dos materiais;
16.3 Princípio das trocas de calor;
16.4 Mudanças de fase;
16.5 Calor latente;
16.6 Diagrama de fases;
16,7 Transmissão de calor
17. Estudo dos gases
17,1 Termodinâmica;
17.2 Mudanças de estado físico;
17.3 Transformações gasosas;
17.4 Equação de Clapeyron;
17.5 Leis da termodinâmica;
17.6 Aplicação das leis da termodinâmica.
2ª PARTE:
18. Óptica geométrica
18.1 Conceitos básicos da óptica geométrica;
18.2 Princípios da Óptica geométrica;
18.3 Espelhos planos e esféricos;
18.4 Fenômenos ópticos: reflexão, refração e absorção;
18.5 Construção das imagens nos espelhos.
19. Ondulatória
19.1 Introdução ao estudo das ondas;
19.2 Velocidade de propagação das ondas; 19.3 Fenômenos ondulatórios;
19.4 Ondas estacionárias.
20. Acústica
20.1 Velocidade de propagação do som;
20.2 Qualidade do som; 20.3 Fenômenos sonoros; 20.4 Efeito Doppler.
3ª Ano
1ª PARTE:
21. Eletricidade
21.1 Princípios da eletricidade;
21.2 Processos de eletrização;
21.3 Força Elétrica – Lei de Coulomb;
21.4 Vetor campo elétrico e potencial elétrico;
21.5 Energia potencial eletrostática.
22. Eletrodinâmica
22.1 Capacitância ou capacidade elétrica;
22.2 Corrente elétrica e seus efeitos;
22.3 Intensidade da corrente elétrica;
22.4 Resistência elétrica e Leis de Ohm;
22.5 Associação de resistores;
22.6 Potência elétrica e energia elétrica; 22.7 Geradores e receptores; 22.8 Circuitos elétricos.
2ª PARTE:
23. Eletromagnetismo
23.1 Imãs – conceituação e propriedades;
23.2 Princípios do magnetismo;
23.3 Noções de geomagnetismo; 23.4 Vetor indução magnética;
23.5 Força Magnética.
24. Física Moderna
Metodologia
O trabalho do professor é o de mediador, ou seja, responsável por apresentar problemas ao aluno que o
desafiem a buscar a solução. O professor pode adotar procedimentos simples, mas que exijam a participação
efetiva do aluno.
O ensino de Física no Ensino Médio precisa estar em sintonia com o objetivo maior da educação, que
é o da formação de um cidadão crítico, capaz de interferir com qualidade na dinâmica social em que está
inserido.
O papel da Física, classicamente, é o de elaborar uma descrição quantitativa dos fenômenos físicos
observados na natureza. Porém, entendemos que o “quantitativo” não pode ser entendido simplesmente como
o repasse ao aluno de fórmulas prontas, com o devido treino para a resolução de questões numéricas.
A abordagem histórica de conteúdos se apresenta útil e rica, pois auxilia o aluno a reconhecer a ciência
como um objeto humano, tornando o conteúdo científico mais interessante e compreensível, além de ajudar os
professores na busca da estrutura das concepções espontâneas de seus estudantes. Permite ao professor
estabelecer um paralelismo entre história e ciência. O conhecimento do passado, das idéias e suas relações
econômicas e sociais podem ajudar a entender a ciência como parte da realidade transformando a física em
algo compreensível, fazendo uma ponte entre as ideias espontâneas e o conhecimento científico.
O processo pedagógico na disciplina de Física deve partir do conhecimento prévio do estudante, com
o objetivo de chegar ao conceito científico fazendo com isso que haja uma maior interação entre professores e
estudantes os quais adicionam, diferenciam, modificam e enriquecem o saber já existente.
Para melhor contextualização, cabe ao professor, propiciar ao aluno a apropriação do respectivo
conteúdo através de exposição oral e dialogada, exercícios, questionamentos, demonstrações, seminários,
palestras, textos interdisciplinares, estudo dirigido e aulas práticas em laboratórios, utilizando-se, quando
possível, dos recursos tecnológicos disponíveis.
A integração de conceitos científicos escolares tem, além da abordagem por meio das relações, a
história da ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais como aliadas nesse processo. Todos
esses elementos podem auxiliar os professores de Física nos encaminhamentos metodológicos, ao fazerem uso
de problematizações, contextualizações interdisciplinaridade, pesquisas, leituras científicas, atividade em
grupo, observações, atividades experimentais, recursos instrucionais, atividades lúdicas, entre outros.
Os desafios contemporâneos serão trabalhados em todos os momentos em que o conteúdo propiciar a
sua abordagem com formas variadas de trabalho: debates, discussões em grupo, produção de materiais.
Os conteúdos sobre cultura afro-brasileira e africana serão abordados conforme as leis n°
10.639/03 e n° 11.645/08, que prevê a obrigatoriedade destes temas no ensino de física.
Vale destacar a importância dos registros que os alunos fazem no decorrer das atividades da sala de
aula, pois assim o professor pode analisar a própria prática e fazer uma intervenção pedagógica coerente. Além
disso, o professor pode divulgar a produção de seus alunos com o intuito de promover a socialização dos
saberes e entre os estudantes e desta com a produção científico-tecnológico, participando de projetos no
decorrer do ano letivo.
Recursos didático-pedagógicos e tecnológicos
• Vídeo
•TV Pendrive
•Data show
•Computadores
•Livro Didático
•Livro Didático Público
•Mapas
•Gráficos
•Tabelas
Durante o desenvolvimento dos trabalhos serão contempladas as Leis:
Lei 11734/97 – Prevenção AIDS – alunos educação básica PR
Lei 11645/08 – Cultura indígena
Lei 10639/03 - História e Cultura Afro-brasileira
Lei 9795/99 – Política Nacional de Educação Ambiental
Lei 13381/01 – História do Paraná
Portaria 413/2002 – Educação Fiscal
A cultura afro-brasileira e indígena e a Educação Ambiental deverão ser trabalhadas de forma contextualizada
e relacionada ao conteúdo; assim como as questões da sexualidade e de questões de gênero.
Avaliação
O processo de avaliação visa julgar como e quanto dos objetivos iniciais definidos, no plano de
trabalho do professor, foi cumprido. Necessariamente, deve estar estreitamente vinculado aos objetivos da
aprendizagem. Além disso, têm a finalidade de revelar fragilidades e lacunas, pontos que necessitam de reparo
e modificação por parte do professor. Ou seja, a avaliação deve estar centrada tanto no julgamento dos
resultados quanto na análise do processo de aprendizado.
A avaliação é um elemento integrante do processo ensino-aprendizagem que visa o aperfeiçoamento, a
confiança e a naturalidade do processo, como um instrumento que possibilita identificar avanços e
dificuldades, levando a buscar caminhos para solucionar qualquer obstáculo.
O aluno é avaliado à medida que desenvolve relações entre o conhecimento empírico e o
conhecimento científico, mostrando habilidades em ler e interpretar textos, fazendo uso das representações
físicas como tabelas, gráficos, funções, etc.
Outra possibilidade é a verificação do quanto o conhecimento inicial do aluno foi modificado (ou não
), dado o desenvolvimento da disciplina. A partir daí, pode-se gerar uma discussão bastante vantajosa sobre o
aprendizado, ao mesmo tempo em que se avalia o quanto, como e por que o aprendizado se deu.
Enfim, sendo a avaliação um processo somatório e contínuo, está ligada a todas as ações do aluno,
levando-se em conta os pressupostos teórico-metodológicos da disciplina; deverá também ser diversificada,
para contemplar as diferentes habilidades apresentadas pelos educandos. Para tanto, entre outros instrumentos
que possam se tornar pertinentes no decorrer do processo de aprendizagem serão utilizados os seguintes
instrumentos de avaliação:
✔ Prova escrita;
✔ Trabalhos individuais e em grupo;
✔ Experiências;
✔ Pesquisa bibliográfica;
✔ Testes orais e escritos;
✔ Criatividade observada nos trabalhos;
✔ Produção nas aulas práticas;
✔ Auto avaliação;
✔ Debates e seminários.
Referências bibliográficas
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná. Versão Preliminar. Curitiba: SEED/ DEF, 2005.PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Física. Curitiba: SEED/ DEF, 2006.KINCHELOE, Joe. A formação do professor como compromisso político. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.ARCO-VERDE, Yvelise F. S. Reformulação curricular no Estado do Paraná - Um trabalho coletivo. In: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Primeiras reflexões para a reformulação curricular da Educação Básica no Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 2004, p. 3.BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação- LDB 9.394/96.BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: ensino médio. Brasília: MEC/SENTEC, 2002.BRASIL/MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: PCN+ Ensino Médio. Ciências da Natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC/SENTEC, 2002.
4.4.2.11. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – CIÊNCIAS
Fundamentos teóricos da disciplina
De acordo com as Diretrizes Curriculares de 2008, a disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o
conhecimento científico que resulta na investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por
Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo, em toda a sua complexidade. Ao
Homem cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre
elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento força, campo, energia e vida.
As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a Natureza, ocorrem pela busca de
condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a interferência do Homem sobre a natureza possibilita
incorporar experiências, técnicas, conhecimentos e valores produzidos pela coletividade e transmitidos
culturalmente. Sendo assim, a cultura, o trabalho e o processo educacional asseguram a circulação do
conhecimento, estabelecem novas formas de pensar, de dominar a Natureza, de compreendê-la e de se
apropriar dos seus recursos.
Conceito de Ciência: “Ciência é a atividade humana complexa, histórica e coletivamente construída, que
influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas”
(KNELLER,1980;ANDERY et al.1998)
Refletir sobre a Ciência implica em considerá-la como uma construção coletiva, produzida por grupos de
pesquisadores e instituições, num determinado contexto histórico, num cenário sócio-econômico, tecnológico,
cultural, religioso, ético e político, evitando creditar seus resultados a supostos “cientistas geniais”.
“[...] Para concretizar este discurso sobre Ciência (...) se faz necessário e imprescindível determiná-la no
tempo e no contexto das realizações humanas, que também são historicamente determinadas.” (RAMOS,
2003, p.16).
O Ensino de Ciências no BrasilO ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se estabeleceram entre as
instituições de produção científica, pelo papel, reservado à educação na socialização desse conhecimento e no
conflito de interesses entre antigas e recentes profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se
originaram nas sociedades contemporâneas, centradas na informação e no consumo” (MARANDINO, 2005,
p.162)
O ensino de Ciências não pode ser reduzido a integração de campos de referência como a Biologia, a Química,
a Física, a Geologia, a Astronomia, entre outras. A consolidação desta disciplina vai além e aponta para “
questões que ultrapassam o saber científico e do saber acadêmico, cruzando fins educacionais e fins
sociais”(MACEDO e LOPES, 2002, p 84) de modo a possibilitar ao educando a compreensão dos
conhecimentos científicos que resultam da investigação da Natureza, em um contexto histórico-social,
tecnológico, cultural, ético e político.
Fundamentos teórico-metodológicos
A incursão pela história da Ciência permite identificar que não existe um único método científico e, como
afirma Bachelard,” a ciência vive o método do seu tempo, “e o pluralismo metodológico é uma atitude
amplamente adotada nos dias de hoje, seja por filósofos, seja por cientistas”(VIDEIRA, 2006. p 39)
No ensino de Ciências, ao assumir posicionamento contrário ao método único para toda e qualquer
investigação científica da Natureza, faz-se necessário ampliar os encaminhamentos metodológicos para
abordar os conteúdos escolares de modo que os alunos superem os obstáculos conceituais oriundos de sua
vivência cultural.
Estas diretrizes apontam para a formação de conceitos científicos na idade escolar, considerando que, no
processo de ensino-aprendizagem, a construção de conceitos ocorre como na vida cotidiana. Segundo
Vigotski, um conceito é “[...] mais do que a soma de certas conexões associativas formadas pela memória (...)
é um ato real e complexo do pensamento que não pode ser ensinado, só podendo ser realizado quando o
próprio desenvolvimento mental da criança já tiver atingido o nível necessário.”
A partir dessa concepção, Vygotsky desenvolve o conceito de zona de desenvolvimento proximal (ZDP), que
consiste em um ponto de desempenho muito influenciado pela mediação, pois, é preciso considerar que o
estudante tem a capacidade de solucionar problemas, desempenhar tarefas, elaborar mapas mentais de
representação e construir conceitos com a ajuda de outras pessoas.
Esse conceito representa a distância entre o que o estudante já sabe e consegue efetivamente fazer ou resolver
por ele mesmo (desenvolvimento real) e o que o estudante ainda não sabe, mas pode vir, a saber, com a
mediação de outras pessoas (desenvolvimento potencial). Com base nessa concepção afirma-se que cada
estudante, então, encontra-se num nível de desenvolvimento cognitivo diferenciado.
Quando o professor toma o conceito de zona de desenvolvimento proximal como fundamento do processo
pedagógico, propicia que o estudante realize sozinho amanhã aquilo que hoje realiza com a ajuda do professor
(mediação). A partir desse conceito de zona de desenvolvimento proximal, pode-se retornar à discussão de
formação de conceitos científicos pelo estudante.
Segundo Vigotski, a mente humana cria estruturas cognitivas necessárias à compreensão de um determinado
conceito trabalhado no processo ensino-aprendizagem. As estruturas cognitivas dependem desse processo para
evoluírem e, só serão construídas à medida que novos conceitos são trabalhados. Esse processo propicia a
internalização dos conceitos, sua reconstrução na mente do estudante.
Os conceitos científicos referem-se ao conhecimento sistematizado e ensinado na escola, como forma de
representação, por meio de modelos, do conhecimento produzido pela Ciência. O processo de construção
desse conhecimento escolar se constitui na dialética entre os diferentes saberes social e seus respectivos
significados. Esse embate pode contribuir para a construção do conhecimento científico pelos estudantes ou
pode ser um obstáculo conceitual para a sua reelaboração.
Dentre os saberes sociais, os conhecimentos científico e cotidiano “se mostram como campos que se inter-
relacionam com o conhecimento escolar“(LOPES, 1999, p.104), porém não sem contradições.
O conhecimento científico escolar
O conhecimento cientifico mediado para o contexto escolar sofre um processo de didatização, mas não se
confunde com o conhecimento do cotidiano. Pelo processo de mediação didática, então, o conhecimento
científico sofre adequação para o ensino na forma de conteúdos escolares, tanto em termos de especificidade
conceitual, como de linguagem.
Para que ocorra apropriação do conhecimento científico, pelo estudante, no contexto escolar, deve-se, em um
primeiro momento, considerar os seus conhecimentos anteriores, construídos nas interações e nas relações que
estabelece na vida cotidiana. Esses conhecimentos são chamados de alternativos aos conhecimentos
científicos, e devem ser superados. Nem sempre esses conhecimentos são incoerentes ao conhecimento
científico, pois são úteis na vida prática e para o desenvolvimento de novas ideias. Valorizá-los e tomá-los
como ponto de partida terá como consequência à formação de conceitos científicos, para cada estudante, em
tempos distintos.
necessário que o professor esteja em contato com a história da Ciência para auxiliar na compreensão de como
se desenvolveu o conhecimento científico. Também é preciso superar duas grandes ilusões no ensino de
Ciências: o não rompimento entre os conhecimentos comum e científico e a crença de que se conhece a partir
do nada.
imprescindível que o professor esteja em constante formação, pois, a falta de fundamentação teórico-
metodológica dificulta uma seleção coerente de conteúdos e um trabalho crítico-analítico do livro didático
adotado. É necessário que o professor conheça: a história da Ciência; métodos científicos empregados na
construção do conhecimento; as relações conceituais, interdisciplinares e contextuais associadas à produção de
conhecimentos; conhecer os desenvolvimentos científicos recentes; saber selecionar os conteúdos adequados
ao ensino, ou seja, aqueles que sejam potencialmente significativos, e acessíveis.
A aprendizagem significativa no ensino de ciências
A aprendizagem significativa no ensino de Ciências implica no entendimento de que o estudante aprende
conteúdos científicos escolares quando lhes atribui significados. Isso põe o processo de construção de
significados como elemento central do processo de ensino-aprendizagem.
A construção de significados pelo estudante é o resultado de uma complexa rede de interações composta por,
no mínimo, três elementos: o estudante, os conteúdos científicos escolares e o professor de Ciências como
mediador do processo de ensino-aprendizagem.
Objeto de estudo de ciências
Conhecimento Científico
Objetivos gerais
Interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações entre elementos
fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento força, campo, energia e vida.
Levar os alunos a compreensão dos conhecimentos científicos que resultam da investigação da Natureza, em
um contexto histórico-social, tecnológico, cultural, ético e político.
Fornecer subsídios para que os educandos não sejam ignorantes sociais dos produtos científicos e tecnológicos
com os quais convive reconhecendo o processo de produção, distribuição e consumo, bem com os problemas
decorrentes, buscando soluções para tais.
Incorporar ao ensino de ciências, aspectos sociais, políticos, econômicos, éticos e culturais, incluir os
portadores de necessidades especiais e / ou tecnológicos inerentes ao processo de produção, a aplicabilidade
dos conhecimentos científicos, das relações e inter-relações estabelecidas entre os sujeitos do processo ensino-
aprendizagem.
Conteúdos estruturantes
Nas diretrizes, o conceito de Conteúdo Estruturante é entendido como conhecimentos de grande amplitude que
identificam e organizam as disciplinas escolares além de fundamentarem as abordagens pedagógicas dos
conteúdos específicos.
Na disciplina de Ciências, os Conteúdos Estruturantes são construídos a partir da historicidade dos conceitos
científicos e visam superar a fragmentação do currículo, além de estruturar a disciplina frente ao processo
acelerado de especialização do seu objeto de
estudo e ensino (LOPES, 1999).
Nestas Diretrizes Curriculares são apresentados cinco conteúdos estruturantes fundamentados na história da
ciência, base estrutural de integração conceitual para a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. São
eles:
• Astronomia
• Matéria
• Sistemas Biológicos
• Energia
• Biodiversidade
ASTRONOMIA
A Astronomia tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois, é uma das ciências de referência para os
conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes. Numa abordagem histórica traz as discussões sobre o
geocentrismo e o heliocentrismo, bem como sobre os métodos científicos, conceitos e modelos explicativos
que envolveram tais discussões. Além disso, os fenômenos celestes são de grande dos estudantes porque por
meio deles buscam-se explicações alternativas para acontecimentos regulares da realidade, como o movimento
aparente do sol, as fases da lua, as estações do ano, as viagens espaciais, entre outros.
MATÉRIA
No conteúdo estruturante Matéria propõe-se a abordagem de conteúdos específicos que privilegiem o estudo
da constituição dos corpos, entendidos tradicionalmente como objetos materiais quaisquer que se apresentam à
nossa percepção (RUSS, 1994). Sob o ponto de vista científico, permite o entendimento não somente sobre as
coisas perceptíveis como também sobre sua constituição, indo além daquilo que num primeiro momento
vemos, sentimos ou tocamos.
SISTEMAS BIOLÓGICOS
O conteúdo estruturante Sistemas Biológicos aborda a constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos, bem
como suas características específicas de funcionamento, desde os componentes celulares e suas respectivas
funções até o funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos, como por
exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração.
Parte-se do entendimento do organismo como um sistema integrado e amplia-se a discussão para uma
visão evolutiva, permitindo a comparação entre os seres vivos, a fim de compreender o funcionamento de cada
sistema e das relações que formam o conjunto de sistemas que integram o organismo vivo.
ENERGIA
Este Conteúdo Estruturante propõe o trabalho que possibilita a discussão do conceito de energia, relativamente
novo a se considerar a história da ciência desde a Antiguidade. Discute-se tal conceito a partir de um modelo
explicativo fundamentado nas idéias do calórico, que representava as mudanças de temperatura entre objetos
ou sistemas. Ao propor o calor em substituição à teoria do calórico, a pesquisa científica concebeu uma das
leis mais importantes da ciência: a lei da conservação da energia. Nestas diretrizes destaca-se que a ciência
Física não define energia. Assim, tem-se o propósito de provocar a busca de novos conhecimentos na tentativa
de compreender o conceito energia no que se refere às suas várias manifestações, como por exemplo, energia
mecânica, energia térmica, energia elétrica, energia luminosa, energia nuclear, bem como os mais variados
tipos de conversão de uma forma em outra.
BIODIVERSIDADE
O conceito de biodiversidade, nos dias atuais, deve ser entendido para além da mera diversidade de seres
vivos. Reduzir o conceito de biodiversidade ao número de espécies seria o mesmo que considerar a
classificação dos seres vivos limitada ao entendimento de que eles são organizados fora do ambiente em que
vivem. Pensar o conceito biodiversidade na contemporaneidade implica ampliar o entendimento de que essa
diversidade de espécies, considerada em diferentes níveis de complexidade orgânica, habita em diferentes
ambientes, mantém suas inter-relações de dependência e está inserida em um contexto evolutivo (WILSON,
1997). Esse conteúdo estruturante visa, por meio dos conteúdos específicos de Ciências, a compreensão do
conceito de biodiversidade e demais conceitos intra-relacionados. Espera-se que o estudante entenda o sistema
complexo de conhecimentos científicos que interagem num processo integrado e dinâmico envolvendo a
diversidade de espécies atuais e extintos; as relações ecológicas estabelecidas entre essas espécies com o
ambiente ao qual se adaptaram, viveram e ainda vivem; e os processos evolutivos pelos quais tais espécies têm
sofrido transformações.
Conteúdos básicos
6 ANO
CONTEÚDOS CONTEÚDOS CONTEÚDOS
TRIMESTRE
ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS 1 2 3
ASTRONOMIA
Universo Sistema Solar Movimentos terrestres Movimentos celestes Formação do Universo X
Astros do Sistema Solar X Movimento de Rotação e Translação X Eclipses X
Constelações X Geocentrismo e Heliocentrismo X Viagens espaciais X Constituição Fisicoquimica do sol X A água na constiuição dos planetas X Formação dos planetas X
MATÉRIAConstituição da matéria Conceito de matéria X
Compostos orgânicos e relações destes com a constituição dos organismos vivos.
X
Propriedades do ar e suas aplicações X Camadas atmosféricas X Transferência de matéria e energia nos ecossistemas X Composição e estados físicos da água X Ciclo da água X Transferência de matéria e energia nos ecossistemas X Disponibilidade da água no planeta X Camadas da litosfera X Composição do solo X Tipos de solo X SISTEMAS BIOLÓGICOS
Níveis de organização Conceitos básicos de célula X
A relação do ar e a saúde X Importância da água para os seres vivos X Doenças transmitidas pela água X Fertilidade do solo X Adubação orgânica e inorgânica X Técnicas de preparo e conservação do solo X Cadeia alimetar e os decompositores X ENERGIA Conceituar energia X Fontes de energia renováveis e não renováveis X Formas de energia Irradiação X
Conversão de energia Fluxo de energia X
Transmissão de energia O ar e a geração de energia X
Água e geração de energia X Conversão de energia X
Minerais, minérios e o uso no desenvolvimento tecnológico X
Energia gasta nos desmatamentos e queimadas X Carvão XBIODIVERSIDADE Efeito estufa X Conceito de biodiversidade X Poluição do ar X
Organização dos seres vivos Relações entre os seres vivos X
Ecossistema Desequilibrios ambientais X
Evolução dos seres vivos Influência do ser humano no ambiente X
Ambientes aquáticos, dulcícula e marinho X
Poluição e contaminação do solo e as relações com a saúde X
Utilização e cuidados com o solo X
Adubação, formas de conservação da fertilidade e combate a erosão X
7 ANO
CONTEÚDOS CONTEÚDOS CONTEÚDOS
TRIMESTRE
ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS 1 2 3ASTRONOMIA Estrelas X Planetas X Satélites naturais X Astros Rotação (dia/noite), Translação (estações do ano) X
Movimentos terrestres Eclipses solar e lunar X
Movimentos celestes Fases da lua X
Constituição química dos planetas X Exobiologia X
Rotação, translação e ritmos biológicos dos seres vivos X
Ritmos biológicos - hábitos dos seres vivos X
MATÉRIAConstituição da matéria Composição do planeta - Terra primitiva X
Atmosfera terrestre primitiva X Compostos orgânicos X
Energia eólica - força do vento - dissiminação de sementes X
Ciclo matéria X
Fontes de energia renováveis e não renováveis relacionada aos vegetais X
Compostos orgânicos dos vegetais XSISTEMAS BIOLÓGICOS Teoria celular X Tipos celulares X Estrutura da célula X Célula Célula e classificação X
Morfologia e fisiologia dos Composição quimica da célula X
Sers vivos Mecanismos e estruturas celulares X Estudo do vírus X Reino Monera X
Reino Fungi X Reino vegetal X Anatomia e fisiologia dos invertebrados X Anatomia e fisiologia dos vertebrados X ENERGIA Energia mecânica X Energia luminosa e térmica X Formas de energia Energia química - fotossíntese X
Transmissão de energia Inteferência da energia luminosa nos seres vivos X
Compostos orgânicos nos vegetais X Energia térmica - endotérmicos e ectotérmicos XBIODIVERSIDADE
Teoria sobre a origem da vida - abiogênese, biogênese e panspermia X
Teorias sobre a evolução dos seres vivos X
Conceito de biodiversidade, biomas terrestres, brasileiros,ecossistemas. X
Origem da vida Eras geológicas X
Organização dos seres vivos
Diversidade das espécies / fósseis / dinossauros: origem e extinção X
Sistemática Cadeia alimentar / seres autótrofos e heterótrofos X Categorias taxonômicas X Filogenia X Classificação dos seres vivos X Interações ecológicas / ciclos biogeoquimicos X Interações e sucessões ecológicas X
8 ANO
CONTEÚDOS CONTEÚDOS CONTEÚDOS
TRIMESTRE
ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS 1 2 3
ASTRONOMIA
Modelos científicos - origem e evolução do universo X
Origem e evolução do Teoria cosmogônicas (origem do universo) X
Universo Classificação cosmogônica X
MATÉRIAClassificação da matéria Conceito de matéria X
Átomos X
Modelos atômicos X Elementos quimicos X Ions X Ligações quimicas X Reações quimicas X Substancias X Compostos orgânicos X SISTEMAS BIOLÓGICOS Mecanismos celulares X Estruturas celulares X Célula Funções celulares X
Morfologia e fisiologia Estrutura e funções dos tecidos X
dos seres vivos Sistema digestório X Sistema cardiovascular X Sistema respiratório X Sistema excretor XENERGIA Formas de energia Energia quimica na célula X Energia mecânica X Energia nuclear XBIODIVERSIDADE
Evolução dos seres vivos Teorias evolutivas X X
9 ANO
CONTEÚDOS CONTEÚDOS CONTEÚDOSTRIMESTRE
ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS 1 2 3
ASTRONOMIA
Estrelas, planetas, planetas anões, satélites naturais, meteoros, meteoritos, cometas X
Astros Constituição fisico-quimico dos astros X
Gravitação universal Leis de Kepler X
Leis de Newton X Marés X
MATÉRIAPropriedades da matéria
Massa, volume, densidade, compressibilidade, elasticidade, divisibilidade,
X
indestrutibilidade, inpenetrabilidade, maleabilidade, ductibilidade,flexibilidade,
permeabilidade,dureza, tenacidade, cor, brilho, sabor
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Morfologia e fisiologia dos Sistema nervoso, sensorial, reprodutor e endócrino X
seres vivos Cromossomos, genes X
Mecanismos de herança genética Mitose e meiose X
ENERGIA Formas de energiaEnergia mecânica, térmica, luminosa, nuclear, elétrica, química, eólica X
Fontes e energia renováveis e não renováveis X Sistemas conversores de energia X Leis da conservação de energia X
Relações entre sistemas conservativos e semi-conservativos X
Relação entre energia elétrica e magnetismo X Conversão de energia potencial em energia cinética X Movimento, velocidade, aceleração, colisões X Trabalho e potência X BIODIVERSIDADE
Interações ecológicas Cilcos biogeoquimicos X
Relações enterespecíficos X Relações interespecíficas X
Metodologia
A abordagem teórico–metodológica dos conteúdos a serem selecionados para a disciplina de Ciências deve
envolver aspectos considerados essenciais pela DCE de Ciências.
Assim, tal abordagem deve assumir a construção do conhecimento científico escolar como primordial no
processo ensino aprendizagem da disciplina e de seu objeto de estudo, levando em consideração que, para tal
construção há necessidade de valorizar as concepções alternativas do estudante em sua zona cognitiva real e as
relações substantivas que se pretende com a mediação didática.
Para tanto, as relações entre os conteúdos estruturantes (relações conceituais), relações entre os conteúdos
estruturantes e outros conteúdos pertencentes a outras disciplinas (relações interdisciplinares) e relações entre
os conteúdos estruturantes e as questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais e éticas (relações de contexto
) se fundamentam e se constituem em importantes abordagens que direcionam o ensino de Ciências para a
integração dos diversos contextos que permeiam os conceitos científicos escolares.
A integração de conceitos científicos escolares tem, além da abordagem por meio das relações, a história da
ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais como aliadas nesse processo.
Todos esses elementos podem auxiliar os professores de Ciências nos encaminhamentos metodológicos, ao
fazerem uso de problematizações, contextualizações, interdisciplinaridade, pesquisas, leituras científicas,
atividade em grupo, observações, atividades experimentais, recursos instrucionais, atividades lúdicas, entre
outros.
Vale destacar a importância dos registros que os alunos fazem no decorrer das atividades da sala de aula, pois
assim o professor pode analisar a própria prática e fazer uma intervenção pedagógica coerente. Além disso, o
professor pode divulgar a produção de seus alunos com o intuito de promover a socialização dos saberes e
entre os estudantes e desta com a produção científico-tecnológico, participando de projetos vinculados a
SEED.
Temas socioeducacionais
Os temas socioeducacionais serão trabalhados em todos os momentos em que o conteúdo propiciar a sua
abordagem com formas variadas de trabalho: debates, discussões em grupo, produção de materiais.
Os conteúdos sobre cultura Afro-brasileira e Africana e Indígena serão abordados conforme a Lei 11.645/08.
Durante a abordagem dos conteúdos serão trabalhados vários temas como:
Desmistificação das teorias racistas;
Estudos das características biológicas (biótipo) dos diversos povos;
Contribuições dos povos africanos e de seus descendentes para os avanços da ciência e da tecnologia.
A cultura afro-brasileira e indígena e a Educação Ambiental deverão ser trabalhadas de forma contextualizada
e relacionada ao conteúdo de ensino de Ciências. Durante o desenvolvimento dos trabalhos serão
contempladas as Leis:
Lei federal 11525/07 – Violência contra a criança e o adolescente e 8069/90 Estatuto da Criança e do Adolescente.Educação Ambiental - Lei federal 9795/99, decreto 4281/02 e Deliberação04/13Música – Lei 11769/2008, Resolução 07/10 e 02/12Estatuto do Idoso – Lei 10741/03Educação para o trânsito – Lei 9503/97Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09Direitos Humanos – Resolução 01/12 – CNE/CPHistória e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena – Lei 11.645/08Brigadas Escolares- Decreto 4837/12História do Paraná- Lei 13181/01 e Deliberação 07/06Educação Fiscal e Educação Tributária – Decreto 1143/99, Portaria 413/02Sexualidade Humana – Lei 11733/97Prevenção ao Uso de drogas – Lei 11343/06Brigadas Escolares – Decreto 4837/12
Para que seja compreendida de forma ampla, a Sexualidade fará abordagem nas questões relativas a
sexualidade e Gêneros, a sexualidade na contemporaneidade, a educação sexual na escola, a sexualidade e os
prazeres e a vulnerabilidade, a violência contra a mulher, a prevenção de HIV e a representação da mulher e do
feminino na mídia brasileira.
CONTEÚDOS BÁSICOS TEMAS SOCIOEDUCACIONAIS
1- Origem e evolução do Universo - História e Cultura Afro-Brasileira,Africana e Indígena
2 - Universo/ Sistema Solar/ Movimentos terrestres/ Movimentos celestes/ Astros
- História e Cultura Afro-Brasileira,Africana e Indígena- Educação Ambiental- Música
3 – Gravitação Universal - História e Cultura Afro-Brasileira,Africana e Indígena- Música
4- Constituição da matéria - História e Cultura Afro-Brasileira,Africana e Indígena- Educação Ambiental- Música- Prevenção ao uso de drogas
5- Propriedades da matéria - Educação Ambiental- Prevenção ao uso de drogas
6- Organização dos seres vivos/ Sistemática - História e Cultura Afro-Brasileira,Africana e Indígena- Violência contra a criança e o adolescente e Estatuto da criança e do adolescente- Educação Ambiental- Música
7- Formas, conversão e transformação de energia
- História e Cultura Afro-Brasileira,Africana e Indígena- Brigadas Escolares- Educação Ambiental- Educação para o Trânsito- Música- Prevenção ao uso de drogas
8- Ecossistemas/ Interações ecológicas - História e Cultura Afro-Brasileira,Africana e Indígena- Violência contra a criança e o adolescente e Estatuto da criança e do adolescente- Estatuto do Idoso- Educação Ambiental- Educação para o Trânsito- Música- Educação Fiscal e Educação tributária
9- Células/ Morfologia e fisiologia dos seres vivos
- História e Cultura Afro-Brasileira,Africana e Indígena- Violência contra a criança e o adolescente e Estatuto da criança e do adolescente- Estatuto do Idoso- Educação Ambiental- Música- Sexualidade Humana- Prevenção ao uso de drogas
10 -Origem da vida/ Evolução dos seres vivos - História e Cultura Afro-Brasileira,Africana e Indígena- Estatuto do Idoso- Educação Ambiental- Música- Sexualidade Humana
11-Mecanismos de herança genética - História e Cultura Afro-Brasileira,Africana e Indígena- Estatuto do Idoso- Educação Ambiental- Sexualidade Humana
Recursos didático-pedagógicos e tecnológicos
Vídeo
TV Pendrive
Rádio
Data show
ComputadoresAparelho de som
Microscópio
Lupa estereoscópica
Lâminas permanentes
Livro Didático
Livro Didático Público
Mapas
Gráficos
Tabelas
Avaliação
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos científicos e, de acordo
com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 deve ser contínua e cumulativa em relação ao desempenho do
estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Assim, a avaliação como prática pedagógica que compõe a mediação didática realizada pelo professor é
entendida como “ação, movimento, provocação, na tentativa de reciprocidade intelectual entre os elementos da
ação educativa. Professor e aluno buscando coordenar seus pontos de vista, trocando ideias, reorganizando-as”
(HOFFMANN, 1991,p.67).
A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem, pois pode propiciar um momento de
interação e construção de significados no qual o estudante aprende. Para que tal ação torne-se significativa, o
professor precisa refletir e planejar sobre os procedimentos a serem utilizados e superar o modelo consolidado
da avaliação tão somente classificatória e excludente.
A avaliação é uma atividade constante na vida de todas a s pessoas, portanto, precisamos primeiramente nos
libertar da idéia de que o senso comum é suficiente para julgarmos um desempenho, essa libertação permite
estabelecer parâmetros para uma avaliação mais competente, tornando possível um maior desenvolvimento do
aluno, pois a avaliação deve ser um processo contínuo, sistemático, auto-avaliativa, diagnostica para verificar
se os objetivos previstos estão sendo atingidos; integral, pois considerar o aluno como um todo, ou seja, não
apenas os aspectos cognitivos analisados, mais igualmente os comportamentais e a habilidade psicomotora.
Para uma avaliação efetiva, devem ser estabelecidos critérios, levando consigo fatores como a série a ser
avaliada, o nível cognitivo dos alunos e a apropriação dos conteúdos.
A avaliação verificará se os alunos atingiram os objetivos propostos a partir do que é básico e essencial, se
necessário far-se-á a retomada de conteúdos com posterior recuperação paralela.
Serão utilizados instrumentos avaliativos e diversificados como relatórios de pesquisas, visitas de campo e
palestras, exercícios desafiadores, trabalhos de grupo (dramatização, jogos, músicas e produções coletivas),
debates, painéis, exposições, avaliações individuais, relatórios, análise de trechos de filmes pertinentes ao
conteúdo.
Instrumentos avaliativos
• Seminários
• Debates
• Trabalhos
• Discussões
• Provas
• Relatórios de aulas práticas no microscópio
• Interpretação de textos
• Análise de vídeos e filmes
• Jogos
• Produção de textos argumentativos e dissertativos
• Exercícios
• Painéis
• Pesquisa
Recuperação de estudos
Será realizada sempre que um ou mais conteúdos não forem assimilados pelos alunos. Ela será realizada:
1- Com um ou com um grupo de conteúdos;
2- Sempre que a nota do aluno for considerada insuficiente;
3- Poderá ser através de exercícios, provas e trabalhos com pesquisa.
Bibliografia- DCE - Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Ciências, Curitiba, 2008.COSTA, Alice. Ciências e Interação. 1 ed. Curitiba. Positivo, 2006.BARROS, Carlos; PAULINO, Wilson Roberto. O meio ambiente. 52 ed. São Paulo. Ática, 1998.CRUZ, Daniel. Ciências e Educação Ambiental. 12 ed. São Paulo: Ática, 1995.GOWDAK, Demétrio; MATTOS, Neide S de; FRANÇA, Valmir de. O Universo e o Homem. São Paulo: FTD, 1993.LOPES, Plínio Carvalho. O Ambiente Físico. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 1995. Os seres Vivos. 52 ed. São Paulo: Ática, 1998.O corpo Humano. 52 ed. São Paulo: Ática, 1998. Física – química. 52 ed. São Paulo: Ática, 1998.
O Universo e o Homem: Biodiversidade – Saúde. São Paulo: FTD, 1993.
4.4.2.12. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – INGLÊS
Fundamentos teóricos da disciplina
O ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo escolar sofreram muitas alterações
em decorrência da organização social, política e econômica ao longo da história. As propostas curriculares e
os métodos de ensino são instigados a atender às expectativas e demandas sociais contemporâneas e a
propiciar a aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos às novas gerações.
A Língua Estrangeira na escola pública,concebida como saber escolar deve contribuir para reduzir as
desigualdades sociais e desvelar as relações de poder que as apoiam.
Segundo as Diretrizes Curriculares de LEM o aluno de Língua Estrangeira Moderna deve reconhecer e
compreender a diversidade linguística e cultural que o rodeia. O aluno deve compreender que os significados
são sociais e historicamente construídos e, por isso passíveis de transformação na prática social.
A abordagem comunicativa tem orientado o trabalho da Língua Inglesa em sala de aula por favorecer
o uso da língua pelos alunos e revela uma perspectiva utilitarista da língua. Embora a proposta de ensino de
Língua estrangeira apresente uma concepção de língua discursiva e sugira um trabalho com diferentes tipos
de textos, a partir da visão bakhtiniana, observa-se que a progressão de conteúdos, de 6º a 9º séries, está
voltada para o ensino comunicativo, centrado em funções da linguagem do cotidiano, o que esvazia as práticas
sociais mais amplas de uso da língua no que se refere ao conceito de cultura,onde não o coloque sob mera
função de caráter colonizador que só recria e reforça formas de desigualdade e discriminação, porém, tendo-se
em vista que a escola é um espaço social democrático, responsável pela apropriação crítica e histórica do
conhecimento como instrumento de compreensão das relações sociais e para a transformação da realidade. A
pedagogia crítica é o referencial teórico que deve nortear o trabalho com a Língua Estrangeira Moderna tendo
como princípio que orienta esta escolha:
. o atendimento às necessidades da sociedade contemporânea brasileira;
. o resgate da função social e educacional do ensino de Língua Estrangeira no currículo da Educação Básica;
. o respeito à diversidade (cultural, identitária, linguística), pautado no ensino de línguas que não priorize a
manutenção da hegemonia cultural.
Isto implica que o ensino de uma língua não deva restringir somente ao aspecto da comunicação mas
também como experiência de identificação social e cultural, ao postular os significados como externos aos
sujeitos.
Sendo a língua concebida como discurso na corrente sociológica que baseia as Diretrizes Curriculares e não
como estrutura ou código a ser decifrado, o objeto de estudo desta disciplina é a língua, contemplando as
relações como cultura, o sujeito e a identidade,ou seja, ensinar uma língua é também ensinar e aprender
percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se reconheça no
uso das línguas os diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido.
A Língua Inglesa na escola busca principalmente, contribuir para formar alunos críticos e
transformadores através do estudo de textos que permitam explorar as práticas de leitura, da escrita e da
oralidade, além de incentivar a pesquisa e a reflexão.
É importante também que o aluno use a língua inglesa em situações significativas e relevantes para
que ele sinta-se socialmente incluído nessa sociedade reconhecidamente diversa e complexa por meio do
comprometimento mútuo.
Conteúdo estruturante: Discurso como prática social.
Conteúdos básicos do ensino fundamental
6º ANO
Conteúdos Básicos
Leitura- Identificação do tema;-Funções das classes gramaticais no texto;-Elementos semânticos;- Marcas e variedades linguísticas;- Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidadee intertextualidade do texto;-Coesão e coerência;-Léxico;-Linguagem não verbal;-Figuras de linguagem.
Oralidade-Elementos extralinguísticos;-Adequação do discurso ao gênero;-Turnos de fala;-Variações linguísticas;-Marcas linguísticas;-Pronúncia.
Escrita- Tema do texto;- Interlocutor; -Finalidade e intencionalidade do texto; -Intertextualidade; -Condição de produção; -Informatividade; -Léxico;-Coesão e Coerência;-Funções das classes gramaticais do texto;-Elementos semânticos;-Figuras de linguagem;-Ortografia;-Marcas e variedades linguísticas:
Greetings;Singular Personal Pronouns;Singular Possessive adjectives;Interrogative words: What,Who ;To Be verb;Family vocabulary;Indefinite articles.Personal information; Numbers until 100;Animals vocabulary;Colors;Plural of nouns. Plural PersonalPronouns; Verb to be (negative and interrogative); Adjectives. -Parts of the body vocabulary;-Parts of the house vocabulary;-Fruit vocabulary;-Adjectives;-Texts;-Plural possessive adjectives.
7º ANO
Conteúdos Básicos
Leitura- Identificação do tema;-Funções das classes gramaticais no texto;-Elementos semânticos;- Marcas e variedades linguísticas;- Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidadee intertextualidade do texto;-Coesão e coerência;-Léxico;-Linguagem não verbal;-Figuras de linguagem.
Oralidade-Elementos extralinguísticos;-Adequação do discurso ao gênero;-Turnos de fala;-Variações linguísticas;-Marcas linguísticas;-Pronúncia.
Escrita- Tema do texto;- Interlocutor; -Finalidade e intencionalidade do texto; -Intertextualidade; -Condição de produção;
-Informatividade; -Léxico;-Coesão e Coerência;-Funções das classes gramaticais do texto;-Elementos semânticos;-Figuras de linguagem;-Ortografia;-Marcas e variedades linguísticas: -Review to be verb and pronouns;-Months;Days of the week;- Hours;-There to be.-How much,How many;-Can,Can't;-Occupations;-Prepositions;- Plural of nouns-Cardinal and Ordinal Numbers;-Present Continuous.Imperative Afirmative, Negative and interrogative forms;-Simple Present - Afirmative, Negative and interrogative forms.
8º ANO
Conteúdos Básicos
Leitura- Identificação do tema;-Funções das classes gramaticais no texto;-Elementos semânticos;- Marcas e variedades linguísticas;- Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidadee intertextualidade do texto;-Coesão e coerência;-Léxico;-Linguagem não verbal;-Figuras de linguagem.
Oralidade
-Elementos extralinguísticos;-Adequação do discurso ao gênero;-Turnos de fala;-Variações linguísticas;-Marcas linguísticas;-Pronúncia.
Escrita- Tema do texto;
- Interlocutor; -Finalidade e intencionalidade do texto; -Intertextualidade; -Condição de produção; -Informatividade; -Léxico;-Coesão e Coerência;-Funções das classes gramaticais do texto;-Elementos semânticos;-Figuras de linguagem;-Ortografia;-Marcas e variedades linguísticas-Review;- Imperative form;-Countable and uncountable nouns -Review Simple Present Present ContinuousSimple Present X Present Continuous - Prepositions:in;on;at-Modal verbs;• Immediate Future;Simple Future;Immediate Future X Simple Future;Past tense to be.Past tense:Regular and irregular verbs;• Question tags;Frequency Adverbs.
9º ANO
Conteúdos Básicos
Leitura- Identificação do tema;-Funções das classes gramaticais no texto;-Elementos semânticos;- Marcas e variedades linguísticas;- Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidadee intertextualidade do texto;-Coesão e coerência;-Léxico;-Linguagem não verbal;-Figuras de linguagem.
Oralidade-Elementos extralinguísticos;-Adequação do discurso ao gênero;-Turnos de fala;-Variações linguísticas;-Marcas linguísticas;-Pronúncia.
Escrita- Tema do texto;- Interlocutor; -Finalidade e intencionalidade do texto; -Intertextualidade; -Condição de produção; -Informatividade; -Léxico;-Coesão e Coerência;-Funções das classes gramaticais do texto;-Elementos semânticos;-Figuras de linguagem;-Ortografia;-Marcas e variedades linguísticas:- Plural of nouns;- Past Tense – Affirmative , Negative and Interrogative forms;- Personal pronouns – Objective case.- Degree of adjectives;- Indefinite Pronouns;- Question tags ( com verbos auxiliares). - Question tag: future and conditional;• Auxiliary Verbs;• Relative pronouns.- Present Perfect Tense;- Voz passiva e agente da passiva.
Conteúdos básicos do ensino médio1ª Série
Leitura
Identificação do tema;Intertextualidade;Intencionalidade;Vozes sociais presentes no texto;Léxico;Coesão e coerência;Marcadores do discurso;Funções das classes gramaticais no texto;Elementos semânticos;Discurso direto e indireto;Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;Recursos estilísticos;Marcas e variações linguísticas;Ortografia.Escrita
Tema do texto;Interlocutor;Finalidade do texto;Intencionalidade do texto;Intertextualidade;Condições de produção;Informatividade;
Vozes sociais e verbais presentes no texto;Discurso direto e indireto;Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;Léxico;Coesão e coerência;Funções das classes gramaticais no texto;Elementos semânticos;Recursos estilísticos;Ortografia.Marcas e variedades linguísticas:Review;– Simple present tense – Affirmative Form;- Simple Present Tense – Interrogative and Negative Forms;- Imperative Form;- Objective Pronouns;- Possessive Adjectives;- Possessive Pronouns
- Simple Past – Uses;- Simple Past – Regular Verbs;- Simple Past – Irregular Verbs;- Simple Past – Interrogative and Negative Forms;- Genitive Case;- Articles: A/ An/ The.Uses and particularities.
Oralidade
Elementos extralinguísticos;Adequação do discurso ao gênero;Turnos da fala;Vozes sociais presentes no texto;Marcas e variações linguísticas;Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;Adequação da fala ao contexto;Pronúncia.
2ª SÉRIE
Leitura
Identificação do tema;Intertextualidade;Intencionalidade;Vozes sociais presentes no texto;Léxico;Coesão e coerência;Marcadores de discurso;Funções das classes gramaticais no texto;Elementos semânticos;Discurso direto e indireto;Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;Recursos estilísticos;Marcas e variedades linguísticas;Ortografia.
Escrita
Tema do texto;Interlocutor;Finalidade do texto;Intencionalidade do texto;Intertextualidade;Condições de produção;Informatividade;Vozes sociais e verbais presentes no texto;Discurso direto e indireto;Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;Léxico;Coesão e coerência;Funções das classes gramaticais no texto;Elementos semânticos;Recursos estilísticos;Ortografia.Marcas e variedades linguísticas:
- Present Perfect – Uses and Particularities;- Present perfect – Interrogative and Negative Forms;- Interrogative Pronouns: What, Which, Who, Whom, Whose, When, Where, Why, How;- Degree: Comparative and Superlative. - Simple Future with will;- Simple Future – Interrogative and Negative Forms;- Immediate Future: Going to;- Indefinites: Some, Any, No;- Adjectives: Little/ Less/ Few/ Fewer;- Adjectives: Much/ Many/ Very.
Oralidade
Elementos extralinguísticos;Adequação do discurso ao gênero;Turnos da fala;Vozes sociais presentes no texto;Marcas e variações linguísticas;Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;Adequação da fala ao contexto;Pronúncia.3ª SÉRIE
Leitura
Identificação do tema;Intertextualidade;Intencionalidade;Vozes sociais presentes no texto;Léxico;Coesão e coerência;Marcadores do discurso;Funções das classes gramaticais no texto;Elementos semânticos;Discurso direto e indireto;Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
Recursos estilísticos;Marcas e variedades linguísticas;Ortografia.Escrita
Tema do texto;Interlocutor;Finalidade do texto;Intencionalidade do texto;Intertextualidade;Condições de produção;Informatividade;Vozes sociais e verbais presentes no texto;Discurso direto e indireto;Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;Léxico;Coesão e coerência;Funções das classes gramaticais no texto;Elementos semânticos;Recursos estilísticos;Ortografia.Marcas e variedades linguísticas:- Review;- Question Tags;- Relative Pronouns: Who, Whom, That, Whose, Which;- Past Continuous Tense( When and While).- If Clauses: Would;- Infinitive – Uses;- Gerund – Uses;- Preposotions: in, on,over,at, in front of, into, onto, as far as, till, until,during, up, down,out, near, behind, beyond, under, beneath,underbeneath,beside, above, below, across, along, among, between, before, after, through,to, for,since, from, by, of.
Oralidade
Elementos extralinguísticos;Adequação do discurso ao gênero;Turnos da fala;Vozes sociais presentes no texto;Marcas e variações linguísticas;Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;Adequação da fala ao contexto;Pronúncia.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Abordagem dos vários gêneros textuais em atividades diversificadas levando em consideração a
intencionalidade, marcas do gênero, esfera social, marcas linguísticas, aceitabilidade,informatividade e
situacionalidade. Segundo as DCEs,além do uso do livro didático , as atividades serão propostas por meio de
diferentes recursos didáticos pedagógicos e tecnológicos tais como TV pendrive ,CD,DVD, textos impressos,
internet,etc
6º e 7º Anos
Leitura:
-Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros considerando os conhecimentos prévios dos alunos;-Discussões sobre o tema que está sendo estudado,as intenções,intertextualidade;-Contextualização para a produção:suporte/fonte,interlocutores,finalidade,época;-Relação do tema com o contexto atual; -Oportunidade de socialização das ideias dos alunos sobre o texto.-Trabalho com a Cultura Indígena (Lei nº 11.645/08)-Trabalho sobre Direito da Criança e do Adolescente (Lei nº 11.525/07)-Temas do Programa Socioeducacional que tratam do Enfrentamento à Violência na Escola; Prevenção ao uso indevido de Drogas; Educação Sexual incluindo Gênero e Diversidade Sexual;
Escrita:
Produção textual com delimitação do tema,do interlocutor,do gênero,da finalidade;Estímulo a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;Estímulo a produção de texto;Encaminhamento e acompanhamento da reescrita textual:revisão dos argumentos das ideias,dos elementos que compõem o gênero;Análise de coerência e coesão na produção textual, observando se há continuidade temática,se atende à finalidade,se a linguagem está adequada ao contexto;Reflexão dos elementos discursivos,textuais,estruturais e normativos. -Trabalho com a Cultura Indígena (Lei nº 11.645/08) -Trabalho sobre Direito da Criança e do Adolescente (Lei nº 11.525/07) -Temas do Programa Socioeducacional que tratam do Enfrentamento à Violência na Escola; Prevenção ao uso indevido de Drogas; Educação Sexual incluindo Gênero e Diversidade Sexual
Oralidade:
Apresentação de textos produzidos pelos alunos;Orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;Apresentações explorando as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;
Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade,como cena de desenhos,etc. -Trabalho com a Cultura Indígena (Lei nº 11.645/08) -Trabalho sobre Direito da Criança e do Adolescente (Lei nº 11.525/07) -Temas do Programa Socioeducacional que tratam do Enfrentamento à Violência na Escola; Prevenção ao uso indevido de Drogas; Educação Sexual incluindo Gênero e Diversidade Sexual
8º e 9º Anos
Leitura:
-Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros considerando os conhecimentos prévios dos alunos;
-Discussões e reflexões sobre o tema que está sendo estudado,as
intenções,intertextualidade;aceitabilidade,informatividade,situacionalidade;
-Contextualização para a produção:suporte/fonte,interlocutores,finalidade,época;
-Relação do tema com o contexto atual;
-Socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
-Formulação de questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
-Utilização de textos não-verbais diversos que dialoguem com não-verbais como: gráficos, fotos,
imagens,mapas e outros;
-Identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e
denotativo,bem como de expressões que denotam ironia e humor.
Escrita:
Produção textual com delimitação do tema,do interlocutor,do gênero,da finalidade;Estímulo a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;Estímulo a produção de texto;Encaminhamento e acompanhamento da reescrita textual:revisão dos argumentos das ideias,dos elementos que compõem o gênero;Análise de coerência e coesão na produção textual, observando se há continuidade temática,se atende à finalidade,se a linguagem está adequada ao contexto;Reflexão dos elementos discursivos,textuais,estruturais e normativos;Estímulo ao uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo,bem como de expressões que denotam ironia e humor;Levar os alunos a uma reflexão dos elementos discursivos,textuais,estruturais e normativos.
Oralidade:
Apresentação de textos produzidos pelos alunos,levando em consideração a aceitabilidade,informatividade,situacionalidade e finalidade do texto;Orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;Apresentações explorando as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade,como cena de desenhos,programas infanto juvenis,entrevistas,reportagem,etc.Incentivo a contação de histórias de diferentes gêneros,utilizando os recursos extralinguísticos,como:entonação,expressões facial,corporal e gestual,pausas e outros.
ENSINO MÉDIO
Leitura:
-Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros considerando os conhecimentos prévios dos alunos.-Discussões e reflexões sobre o tema que está sendo estudado,as intenções,intertextualidade;aceitabilidade,informatividade,situacionalidade;-Contextualização para a produção:suporte/fonte,interlocutores,finalidade,época;• Relação do tema com o contexto atual;• Socialização das ideias dos alunos sobre o texto.• Formulação de questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;• Utilização de textos não-verbais diversos que dialoguem com não-verbais como: gráficos, fotos, imagens,mapas e outros;• Identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo,bem como de expressões que denotam ironia e humor.• Análise para estabelecimento da referência textual;• Condução de leituras para compreensão das partículas conectivas.
Escrita:
Produção textual com delimitação do tema,do interlocutor,do gênero,da finalidade;Estímulo a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
Estímulo a produção de texto;Encaminhamento e acompanhamento da re-escrita textual:revisão dos argumentos das ideias,dos elementos que compõem o gênero;Análise de coerência e coesão na produção textual, observando se há continuidade temática,se atende à finalidade,se a linguagem está adequada ao contexto;Reflexão dos elementos discursivos,textuais,estruturais e normativos.Estímulo ao uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo,bem como de expressões que denotam ironia e humor;Levar os alunos a uma reflexão dos elementos discursivos,textuais,estruturais e normativos.Proporcionar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;Estímulo à utilização adequada das partículas conectivas.
Oralidade:
Apresentação de textos produzidos pelos alunos,levando em consideração a aceitabilidade,informatividade,situacionalidade e finalidade do texto;Orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;Apresentações explorando as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade,como cena de desenhos,programas infanto juvenis,entrevistas,reportagem,etc.Incentivo a contação de histórias de diferentes gêneros,utilizando os recursos extralinguísticos,como:entonação,expressões facial,corporal e gestual,pausas e outros.
Recursos Didáticos-pedagógicos e Técnológicos:
• Livro Didático Estadual;• Laboratório de informática;• Sites direcionados para leitura, escrita e oralidade;• Textos impressos e online;
Avaliação
6º e 7º Ano
Leitura:
O aluno deve:• Identificar o tema;• Realizar leitura compreensiva do texto;• Localizar informações explícitas no texto;• Ampliar seu léxico;• Ampliar seu horizonte de expectativas;• Identificar a ideia principal do texto.Escrita:
Espera -se que o aluno:• Expresse suas ideias com clareza;• Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor,atendendo:• ás situações de produção propostas(gênero,interlocutor,finalidade...);• à continuidade temática;• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal ;• Use recursos textuais como coesão e coerência,informatividade,etc;
• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação,uso e função do artigo,pronome,numeral,substantivo,etc.
Oralidade:
Espera-se que o aluno:• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção seja ela formal ou informal;• Apresente suas ideias com clareza,coerência,mesmo que na língua materna.• Utilize adequadamente entonação,pausas,gestos,etc.;• Respeite os turnos de fala;
8º e 9º Anos
Leitura:
O aluno deve:• Identificar o tema;• Realizar leitura compreensiva do texto;• Localizar informações explícitas e implícitas no texto;• Ampliar seu léxico;• Ampliar seu horizonte de expectativas;• Identificar a ideia principal do texto.• Analisar as intenções do autor;• Posicionar-se argumentativamente;• Reconhecer palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;• Compreender as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;• Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto.
Escrita:
Espera -se que o aluno:• Expresse suas ideias com clareza;• Elabore textos atendendo:• ás situações de produção propostas(gênero,interlocutor,finalidade...);• à continuidade temática;• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal ;• Use recursos textuais como coesão e coerência,informatividade,etc;• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação,uso e função do artigo,pronome,substantivo,adjetivo,advérbio,etc.Oralidade:
Espera-se que o aluno:• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção seja ela formal ou informal;• Apresente suas ideias com clareza,coerência,mesmo que na língua materna.• Utilize adequadamente entonação,pausas,gestos,etc.;• Respeite os turnos de fala;• Explore a oralidade de acordo com o gênero proposto;• Compreenda os argumentos no discurso do outro;• Exponha seus argumentos;
• Organize a sequência da fala;• Analise os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;• Participe ativamente de diálogos,relatos,discussões,etc,mesmo que em língua materna;• utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais,pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos;• Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos,programas infanto juvenis,entrevistas,reportagem entre outros.
ENSINO MÉDIO
Leitura:
O aluno deve:• Identificar o tema;• Realizar leitura compreensiva do texto;• Localizar informações explícitas e implícitas no texto;• Ampliar seu léxico;• Ampliar seu horizonte de expectativas;• Identificar a ideia principal do texto.• Analisar as intenções do autor;• Posicionar-se argumentativamente;• Reconhecer palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;• Compreender as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;• Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto.• Reconheça palavras e/ou expressões que estabeleçam a referência textual.
Escrita:
Espera -se que o aluno:• Expresse suas ideias com clareza;• Elabore textos atendendo:• ás situações de produção propostas(gênero,interlocutor,finalidade...);• à continuidade temática;• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal ;• Use recursos textuais como coesão e coerência,informatividade,etc;• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação,uso e função do artigo,pronome,substantivo,adjetivo,advérbio,etc.
Oralidade:
Espera-se que o aluno:• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção seja ela formal ou informal;• Apresente suas ideias com clareza,coerência,mesmo que na língua materna.• Utilize adequadamente entonação,pausas,gestos,etc.;• Respeite os turnos de fala;• Explore a oralidade de acordo com o gênero proposto;• Compreenda os argumentos no discurso do outro;• Exponha seus argumentos;• Organize a sequência da fala;
• Analise os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;• Participe ativamente de diálogos,relatos,discussões,etc,mesmo que em língua materna;• Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais,pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos;• Seja pertinente ao uso dos elementos discursivos,textuais,estruturais e normativos;• Reconheça palavras e/ou expressões que estabeleçam a referência textual.
Referências bibliográficas
BERTOLIN, Rafael. ESSENTIAL ENGLISH. IBEP 2005; GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental e Médio de Língua Inglesa 2008 MARQUES, Amadeu. English 1. Ática 1995; MARQUES, Amadeu. INGLÊS SÉRIE NOVO ENSINO MÉDIO.Ática 2000; MARQUES, Amadeu. Links - English for teens. Editora Atica 2009;SIQUEIRA e BERTOLIN.NOVO HORIZONTE.Companhia Editora Nacional 2003
4.4.2.13. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – FILOSOFIA
Fundamentos teóricos da disciplina
Por ser a formação pluridimensional e democrática plena, um dos objetivos do Ensino Médio, oferecendo aos
estudantes a possibilidade de compreender a complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas
particularidades e especializações, busca-se através da incorporação da disciplina de Filosofia na matriz
curricular do Ensino Médio, gerar discussões promissoras e criativas que possam vir a desencadear ações e
transformações.
Nesta perspectiva, a Filosofia apresenta-se como conteúdo filosófico e também como um conhecimento que
possibilita ao estudante desenvolver um estilo próprio de pensamento. O ensino de Filosofia é, portanto, um
espaço para criação de conceitos, unindo a Filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis que dão vida
ao seu ensino.
Objetivos gerais da disciplina
Busca-se através da Filosofia despertar o pensamento do ponto de vista da totalidade, pensar ou apreender a
parte na perspectiva do todo, e o todo na perspectiva da parte.
Concretizar na relação do estudante com os problemas suscitados, através da investigação dos textos
filosóficos e das discussões levantadas uma busca de soluções e criação de conceitos.
Oferecer aos estudantes uma possibilidade de compreensão das complexidades do mundo contemporâneo,
com suas múltiplas particularidades e especializações.
Viabilizar interfaces com outras disciplinas na busca da compreensão do mundo da linguagem, da literatura,
da história, das ciências e da arte.
Segundo a Declaração de Paris, a importância do estudo da Filosofia é:
(…) na formação de espíritos livres e reflexivos capazes de resistir às diversas formas de propaganda, fanatismo, exclusão e intolerância, contribui para a paz e prepara cada um para assumir suas responsabilidades face às grandes interrogações contemporâneas (...)
Consideramos que a atividade filosófica – que não deixa de discutir livremente nenhuma ideia, que se esforça
em precisar as definições exatas das noções utilizadas, em verificar a validade dos raciocínios, em examinar
com atenção os argumentos dos outros – permite a cada um aprender e pensar por si mesmo (...)
Neste sentido entendemos que, pelo menos, três atitudes caracterizam o pensamento filosófico:
Pensar sem restrições – isto significa que o limite não vem de textos sagrados, mitos, tradições ou poder, mas
do próprio discurso argumentativo.
Pensar a totalidade – a modernidade cartesianamente fragmentou o saber criando uma fratura entre o mundo
do sujeito res cogitans e o mundo da extensão res extensa. A epistemologia contemporânea procura religar os
saberes, dando uma noção de totalidade.
O modelo argumentativo – por excelência é a dialética no sentido socrático. A racionalidade filosófica se
expressa e se desenvolve na capacidade argumentativa.
Portanto, a disciplina de Filosofia pode oferecer um suporte fundamental para o desenvolvimento de pessoas
capazes de se autodeterminar, de interpretar a realidade de maneira adequada, de refletir, de julgar
criticamente, de interpretar os sistemas simbólicos e de re-elaborar o saber de maneira pessoal e construtiva,
possibilitando a formação de sujeitos autônomos, éticos e plenos em sua cidadania.
Segundo Appel (1999), não há propriamente ofício filosófico sem sujeitos democráticos e não há como no
campo político e cultural, avançar e consolidar a democracia quando se perde o direito de pensar, a capacidade
de discernimento e o uso autônomo da razão,quem pensa opõe resistência. Sendo necessário ajustes nos
objetivos pedagógicos constantes no plano de ensino de forma a adequá-los às características e condições
dos alunos. Sendo assim, o professor pode priorizar determinados objetivos para um aluno, caso seja a
forma de atender às suas necessidades educacionais e investir mais tempo, ou utilizar maior variedade
de estratégias pedagógicas na busca de alcançar determinados objetivos, em detrimento de outros, menos
necessários, numa escala de prioridade estabelecida a partir da análise de conhecimento já apreendido
pelo aluno, e do grau de importância do referido objetivo para o seu desenvolvimento e a aprendizagem
significativa.
1ª SÉRIE – 1º BIMESTRE
CONTEUDOS CONTEUDOS BÁSICOSESTRUTURANTES
Mito e filosofia A origem da filosofia.Para que filosofia? Qual sua utilidade?Do mito a razão.Mito e realidade.Atitude filosófica e crítica ao senso comum.
1ª SÉRIE – 2º BIMESTRE
CONTEUDOS CONTEUDOS BÁSICOSESTRUTURANTES
Teoria do conhecimento Possibilidade do conhecimento.As formas de conhecimento.O problema da verdade.A questão do método.Conhecimento e lógica.
2ª SÉRIE – 1º BIMESTRECONTEUDOS
CONTEUDOS BÁSICOS
ESTRUTURANTES
Ética Ética e moral.Pluralidade ética.Ética e violência.Razão, desejo e vontade.Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas e regras.Valores: respeito às diferenças (diversidade sexual e gênero), a questãodo “outro” em nossa vivência, valorizando o ser humano em suaparticularidade( enfrentamento a violência, “bulling”).
2ª SÉRIE – 2º BIMESTRE
CONTEUDOS CONTEUDOS BÁSICOSESTRUTURANTES
Filosofia política Relações entre coletivo e poder.Liberdade e igualdade política.Política e ideologia.Esfera pública e privada.Cidadania ( incluindo a discussão sobre os DIREITOS DA CRIANÇA EDO ADOLESCENTE- lei nº 11525/07)
3ª SÉRIE – 1º BIMESTRE
CONTEUDOS CONTEUDOS BÁSICOSESTRUTURANTES
Estética Natureza da arte.Filosofia e arte.Categorias estéticas.Estética e sociedade.
A formação dos gostosOs padrões de beleza ao longo da história.
3ª SÉRIE – 2º BIMESTRE
CONTEUDOS CONTEUDOS BÁSICOSESTRUTURANTES
Filosofia da ciência Concepções de ciência.A questão do método científico.Contribuições e limites da ciência.As mudanças de teorias científicas e os paradigmas.Ciência e ideologia.Ciência e ética (bioética)
Mito e Filosofia - as formas de experiência mítica e filosófica no passado, especificamente na
Grécia antiga, fazendo resgate da origem da filosofia e os mitos da atualidade; Teoria do
Conhecimento- o sentido, os fundamentos, a possibilidade e a validade do conhecimento Ética - a
busca dos fundamentos da ação humana e dos valores que permeiam as relações intersubjetivas.
Problematização de temas como: valores, virtude, felicidade, liberdade, consciência, vontade,
autonomia, equilíbrio, respeito, etc.
Filosofia Política - discussão das relações de poder e da busca de compreensão dos mecanismos
que estruturam e legitimam os sistemas políticos;
Filosofia da Ciência - principais hipóteses e resultados obtidos pela Ciência, como também as
questões relativas ao conhecimento e ao processo de produção científica; Bioética, os problemas da
ciência e meio ambiente.
Estética - busca da compreensão da sensibilidade, representação criativa, a apreensão intuitiva do
mundo concreto e a forma como ela determina as relações do homem com o mundo e consigo
mesmo. Abordando temas atuais como: padrões de beleza, o uso de drogas para atingir esse
modelo, os problemas de saúde decorrentes dessa prática; preconceito.
Temas socioeducacionais:
Componentes para a EI, EF e EM (Municipais, Estaduais e Privadas)
Componentes para EF e EM (Municipais, Estaduais e Privadas)
Violência contra a Criança e o Adolescente - Lei federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e adolescentes 8069/90
Execução do Hino Nacional - Lei 12031/09
Educação Ambiental - Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13
História do Paraná - Lei 13181/01 e Deliberação07/06Música - Lei 11769/08, Resolução 07/10 e
02/12Educação Fiscal e Educação Tributária - Decreto1143/99, Portaria 413/02Estatuto do Idoso - Lei 10741/03 Sexualidade Humana - Lei 11733/97
Educação para o trânsito - Lei 9503/97 Prevenção ao Uso de Drogas - - Lei 11343/06
Educação Alimentar e Nutricional - Lei11947/09Direitos Humanos - Resolução 01/12 - CNE/CP
História e Cultura Afro-Brasileira, Africana eIndígena - Lei 11.645/08Componentes para EF e EM – Escolas e Colégios Estaduais
Hasteamento e execução do Hino do Paraná - Instrução 13/12
Brigadas Escolares – Decreto- 4837/12
A adaptação de conteúdos deverá priorizar as áreas ou unidades destes, reformulando sequências e
acompanhando as adaptações propostas para os objetivos educacionais. A adaptação na
temporalidade do processo de ensino e aprendizagem, pode ser ampliada ou reduzida para o
trato de determinados objetivos e os consequentes conteúdos. O professor pode organizar o
tempo das atividades propostas, levando em conta as necessidades educacionais de cada aluno.
Metodologi
A metodologia de ensino em filosofia será através da sensibilização, utilizando diversos recursos
como: filmes, obras de arte, textos jornalísticos e literários, músicas, charges, trabalho de campo,
etc.
Também através da problematização, formulando questões sobre a significação, a estrutura, a
razão, a intenção, a finalidade e o sentido do pensamento sobre a realidade.
A investigação filosófica, exercitando o pensamento de forma metódica buscando elementos,
informações, conhecimentos para discutir o problema posto, deverá recorrer à História da Filosofia
e aos clássicos, seus problemas e possíveis soluções sem perder de vista a realidade onde o
problema está inserido.
Um método interessante a ser utilizado é a criação/recriação de conceitos, onde o estudante se
apropria, pensa e repensa os conceitos problematizados e investigados da tradição filosófica.
Espera-se que o estudante possa argumentar de forma verbal e escrita utilizando os conceitos
apropriados de forma lógica, coerente e original.
Sempre que possível adicionando os temas sobre os desafios contemporâneos e Adaptar o método
de ensino às necessidades de cada aluno é, na realidade, um procedimento fundamental na
atuação profissional de todo educador, já que o ensino não ocorrerá, de fato, se o professor não
atender ao jeito que cada um tem para aprender. Faz parte da tarefa de ensinar procurar as
estratégias que melhor respondam às necessidades peculiares a cada aluno. É necessário a
modificação do nível de complexidade das atividades e a adaptação dos materiais utilizados.
São vários os recursos que podem ser úteis para atender às necessidades especiais de vários
tipos de deficiência, seja ela permanente, ou temporária.
O professor poderá também fazer modificações na seleção de materiais que havia inicialmente
previsto em função dos resultados que esteja observando no processo de aprendizagem do
aluno. O ajuste de suas ações pedagógicas tem sempre que estar atrelado ao processo de
aprendizagem do aluno.
Avaliação e recuperação
A avaliação em filosofia tem por função diagnosticar, subsidiar e até mesmo redirecionar o
curso da ação do processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do resultado,
que o educador e o educando estão construindo coletivamente.
O que deve ser levado em conta é a atividade com conceitos, a capacidade de construir e tomar
posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e discursos.
A avaliação de filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por meio da análise
comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa após o processo educativo. Com isso,
torna-se possível entender a avaliação como um processo.
A todos os alunos que não atingirem aproveitamento satisfatório, será proporcionada recuperação
de estudos, principalmente os conteúdos trabalhados.
Finalmente, é necessário que os critérios e formas de avaliação fiquem bem claros também para os
alunos, como direito de apropriação efetiva de conhecimentos que contribuam para transformar a
própria realidade, o mundo em que vivem, ajustando para atender as necessidades educacionais
especiais de alunos nesse processo de avaliação, seja no estabelecimento de critérios ou na
escolha dos instrumentos, adaptando-os aos diferentes estilos e possibilidades de expressão dos
alunos.
Referências bibliográficasAPPEL, E. Filosofia nos vestibulares e no ensino médio. Cadernos PET-Filosofia 2, Curitiba, 1999.ARIEL, M.; PORTA, G. A filosofia a partir de seus problemas. 2ª ed. São Paulo: Loyola, 2004.ARISTÓTELES. A Política. Edição bilíngüe( grego-português). Tradução Antonio C. Amaral e Carlos Gomes. Lisboa: Veja, 1998.ARISTÓTELES. Ética a Nicomaco. Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural Ltda, 2000.BACHELARD, G. O ar e os sonhos. Ensaios sobre a imaginação do movimento. São Paulo: Martins Fontes, 1990.CHAUI, M. Convite à Filosofia. 13ª ed. São Paulo: Ática, 2004.DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é filosofia? Rio de Janeiro: Ed. 34, 1992. 288 p. (ColeçãoTrans).DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ. DCE . FILOSOFIA. Secretaria de Estado da Educação -SEED FILOSOFIA/ VÁRIOS AUTORES-CURITIBA SEED- PR, 2006.GALLO, S.; KOHAN, W.O (orgs). Filosofia no ensino médio. Petrópolis: Vozes, 2000.HUME, David. Investigação Sobre o Entendimento Humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973 (col. Os Pensadores).KANT. Dissertação de 1770. Carta a Marcus Herz. Tradução, apresentação e notas de Leonel Ribeiro dos Santos e Antonio Marques. Lisboa: IN/CM,F . C. S. H. da Univ. de Lisboa, 1985.KOHAN; WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de filosofia no Brasil. In: FÀVERO, A; KOHAN, W.O; RAUBER, J.J. Um olhar sobre o ensino de filosofia. Ijuí: Ed. Da UNUJUÍ, 2002.MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. Trad.: Pietro Nassetti. São Paulo: Ed. Martin Claret, 2005.PLATÃO; República. São Paulo: Abril Cultural, 1972.ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do Contrato Social. Tradução de Lourdes Santos Machado. 4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987. (Os Pensadores).SEVERINO. AJ. In: GALLO, DANELON; M., CORNELLI,G, (Orgs.). Ensino de Filosofia: teoria e prática. Ijuí: Ed. Unijuí, 2004.
4.4.2.14. PPC – MATEMÁTICA/ EJA
Apresentação da disciplina
A Matemática é um ramo do conhecimento humano. Através dela o homem quantifica, geometriza,
mede e organiza informações. A sua origem remonta à antiguidade clássica Greco romano. Os
gregos conceberam a Matemática como um dos conteúdos de filosofia, portanto, como um dos
instrumentos da arte de conhecer o mundo em sua totalidade. Dessa forma o educador além de
dominar os conteúdos matemáticos, deve também conhecer os fundamentos históricos - filosóficos
da Matemática, e ainda os processos pelos quais os alunos aprendem, isto é, como se dá a aquisição
dos conhecimentos.
Esse modo de conceber a Matemática e sua prática pedagógica implica na proposição de teorias e
metodologias que possibilitem ao aluno a compreensão de conceitos, dando-lhes significados e a
condição de estabelecerem relações com experiências anteriormente vivenciadas. Implica, portanto,
na construção de conhecimentos com a intenção de solucionar problemas, respondendo às
exigências do contexto em que está inserido e não somente às expectativas do professor. Trata-se
de pensar as bases teórico-metodológicas sobre as quais, sustentará a implementação de um
processo de ensino, voltado para a construção dos conceitos e significados em Matemática.
Pensar numa Educação Matemática que emancipa envolvendo a busca de transformações que
intencionam minimizar problemas de ordem social, visto que esta educação se dá em uma escola
que, por sua vez, está inserida numa sociedade, cujo modelo de organização precisa ser
questionado, ou seja, a pensar nos aspectos pedagógicos e cognitivos da produção do conhecimento
matemático, mas também nos aspectos sociais envolvidos. É pela via da escola que os sujeitos
terão acesso aos conhecimentos e à cultura produzida historicamente, e por meio deles que esses
sujeitos podem se entender como parte determinante da história.
A Educação de Jovens e Adultos, enquanto modalidade educacional que atende aos educandos
trabalhadores, tem como finalidades e objetivos o compromisso com a formação humana e com o
acesso à cultura geral, de modo a que os educandos venham a participar política e produtivamente
das relações sociais, com comportamento ético e compromisso político, através do
desenvolvimento da autonomia intelectual e moral. A Educação Matemática deve contribuir para
uma formação na qual os educandos trabalhadores possam: aprender permanentemente; refletir
criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da vida
coletiva; comportar - se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais;
enfrentar problemas novos construindo soluções originais com agilidade e rapidez a partir da
utilização metodologicamente adequada de conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-
históricos.
A Educação Matemática é uma área que engloba inúmeros saberes, em que apenas o conhecimento
da Matemática e a experiência de magistério não são considerados suficientes para atuação
profissional (FIORENTINI & LORENZATO, 2001), pois envolve o estudo dos fatores que
influem, direta ou indiretamente, sobre os processos de ensino e de aprendizagem em Matemática
(CARVALHO, 1991).
O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém, está centrado na prática
pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento matemático
(FIORENTINI & LORENZATO, 2001), e envolve o estudo de processos que investigam como o
estudante compreende e se apropria da própria Matemática “concebida como um conjunto de
resultados, métodos, procedimentos, algoritmos e etc.”
(MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 70). Investiga, também, como o aluno, por intermédio do
conhecimento matemático, desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua
formação integral como cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob a visão histórica de
modo que os conceitos são
apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do pensamento do
aluno.
A efetivação dessa proposta requer um professor interessado em desenvolver - se intelectual e
profissionalmente e em refletir sobre sua prática para tornar-se um educador matemático e um
pesquisador em contínua formação. Interessa - lhe, portanto, analisar criticamente os pressupostos
ou as ideias centrais que articulam a pesquisa ao currículo, a fim de potencializar meio para superar
desafios pedagógicos.
A Matemática na Educação Básica – modalidade EJA, deve levar o aluno a:
Compreender os conceitos, procedimentos e estratégias matemáticas que permitam a ele
desenvolver estudos posteriores e adquirir uma formação científica geral;
• aplicar seus conhecimentos matemáticos a diversas situações, utilizando-os na
interpretação da ciência, na atividade tecnológica e nas atividades cotidianas;
• analisar e valorizar informações provenientes de diferentes fontes, utilizando
ferramentas matemáticas para formar uma opinião própria que lhe permita expressar-se
criticamente sobre problemas da Matemática, das outras áreas do conhecimento e da atualidade;
• utilizar com segurança, procedimento de resolução de problemas, para desenvolver a compreensão dos conceitos matemáticos;
• expressar-se oral, escrita e graficamente em situações matemáticas e valorizar a precisão da linguagem e as demonstrações em Matemática;
• estabelecer conexões entre diferentes temas matemáticos e entre esses temas e o conhecimento de outras áreas do currículo;
• reconhecer representações equivalentes de um, mesmo conceito, relacionando procedimentos associados à diferentes representações;
• promover a realização pessoal mediante o sentimento de segurança em relação às
suas capacidades matemáticas, o desenvolvimento de atitudes de autonomia e cooperação.
Para a Educação de Jovens e Adultos, hoje, significa (re)pensar as especificidades dessa
modalidade de ensino e os novos desafios que se impõem aos educadores e educandos, uma vez
que a produção e a (re)construção do conhecimento constituem - se em uma troca entre esses
sujeitos, tendo como referência a realidade na qual ambos estão inseridos.
Adaptações de objetivo
É necessário ajustes nos objetivos pedagógicos constantes no plano de ensino de forma a adequá-
los às características e condições dos alunos. Sendo assim, o professor pode priorizar
determinados objetivos para um aluno, caso seja a forma de atender às suas necessidades
educacionais e investir mais tempo, ou utilizar maior variedade de estratégias pedagógicas na
busca de alcançar determinados objetivos, em detrimento de outros, menos necessários, numa
escala de prioridade estabelecida a partir da análise de conhecimento já apreendido pelo
aluno, e do grau de importância do referido objetivo para o seu desenvolvimento e a
aprendizagem significativa.
Conteúdos básicos e estruturantes
Entende - se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande amplitude, os conceitos e
as práticas que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar,
considerados fundamentais para a sua compreensão. Constituem - se historicamente e são
legitimados nas relações sociais.
Os Conteúdos Estruturantes propostos nas “Diretrizes Curriculares da Educação Básica –
Matemática” da Rede Pública Estadual, no Ensino
Fundamental e Médio são:
_ Números e Álgebra
- Grandezas e Medidas
- Geometrias
- Funções
- Tratamento da Informação
Entende - se por Conteúdos Básicos os conhecimentos fundamentais para cada série da etapa final
do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, considerados imprescindíveis para a formação
conceitual dos estudantes. O acesso a esses conhecimentos é direito do aluno na fase de
escolarização em que se encontra e o trabalho pedagógico com tais conteúdos é responsabilidade
do professor.
Conteúdos Básicos – Ensino Fundamental fase II
1° REGISTRO
Números e Álgebra;Construção do conceito de número;Conjuntos numéricos;Algoritmos e operações;
2° REGISTRO
Raciocínio proporcional;Porcentagem;Grandezas diretas e inversamente proporcionais;Regra de três;Potenciação e radiciação;Generalizações sobre propriedades das operações aritméticas;Equações do 1º e 2º graus;Sistema de equações de 1º grau;
3°REGISTRO
Grandezas e Medidas;Medidas de comprimento;Medidas de massa;Medidas de área;Medidas de volume;Medidas de tempo;Medidas de ângulos;Sistema monetário;Medidas de temperatura.
4° REGISTRO
Relações Métricas no Triângulo Retângulo;Trigonometria no Triângulo Retângulo;Geometrias;Perímetro e área de figuras planas;Medidas de ângulos, comprimento, superfície,capacidade e volume;Conceitos de direção e sentido: paralelismo e perpendicularismo;Reconhecimento dos sólidos: faces, arestas e vértices.
5° REGISTRO
Classificação dos sólidos: poliedros e corpos redondos;Conceituação e identificação de poliedros;Planificação: construção das figuras espaciais;Classificação dos polígonos;Classificação de triângulo quanto aos lados e ângulos;Ampliação e redução de figuras;Ângulos notáveis.
5° REGISTRO
Congruência e semelhança de triângulos;Tratamento da Informação;Traduzir informações contidas em tabelas e gráficos;Teorema de Tales;Teorema de Pitágoras;Probabilidade;Estatística: problematização, coleta, organização, representação e análise de dados; Porcentagem.
CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO
1° REGISTRONúmeros e Álgebra – Números ReaisTratamento de Informação – Matemática FinanceiraNúmeros e Álgebra – Polinômios e Equações
2° REGISTROFunções – Função Afim, QuadráticaTratamento da Informação – EstatísticaNúmeros e Álgebra – Equações ExponenciaisGrandezas e Medidas – Trigonometria
3º REGISTRO
Funções – Função Exponencial, Trigonométrica, Progressões Aritmética e GeométricaGeometrias – Geometria AnalíticaTratamento de Informação – Estudo das Probabilidades, Análise Combinatória
4° REGISTRO
Geometrias – Geometria Plana e EspacialNúmeros e Álgebra - Matrizes , Determinantes, Sistemas Lineares
TEMAS SOCIOEDUCACIONAIS:
Durante o desenvolvimento das aulas serão trabalhados os temas socioeducacionais os quais estão
contempladas nos seguintes tema e Leis:
Violência contra a Criança e o Adolescente – Lei federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e do
Adolescente 8069/90;
Educação Ambiental – Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13;
Música – Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12;
Estatuto do Idoso – Lei 10741/03;
Educação para o trânsito – Lei 9503/97;
Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09;
Direitos Humanos – Resolução 01/12 – CNE/CP;
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena – Lei 11645/08;
Execução do Hino Nacional – Lei 12031/09;
História do Paraná – Lei 13181/01 e Deliberação 07/06;
Educação Fiscal e Educação Tributária – Decreto 1143/99, Portaria 413/02;
Sexualidade Humana – Lei 11733/97;
Prevenção ao Uso de Drogas – Lei 11343/06;
Hasteamento e execução do Hino do Paraná – Instrução 13/12;
Brigadas Escolares – Decreto 4837/12.
Os Temas Socioeducacionais serão trabalhados no decorrer do ano letivo, por meio de leituras,
discussões, debates, produções diversas, exibição de filmes, pesquisas, etc.
Previsão de temas, os quais poderão ser planejados com as suas respectivas metodologias:
DIVERSIDADE SEXUAL/SEXUALIDADE HUMANA:
Na matemática podemos explorar muitos pontos dentro do tema socioeducacional, sexualidade,
propondo situações- problema, principalmente envolvendo tabelas e gráficos, a respeito de temas
sobre os quais os alunos possam refletir sobre tão importante assunto na vida deles e ao mesmo
tempo aprendendo matemática. Assim os alunos estarão interagindo dentro desse assunto e
desenvolvendo conceitos matemáticos. Exemplos de dados a serem trabalhados com os alunos por
meio do conteúdo estatística e Gráficos:
*Estatísticas e gráficos de métodos anticoncepcionais utilizados por jovens na faixa etária da idade
deles e quais oferecem mais segurança.
*Evolução da AIDS nos diferentes grupos (jovens, homens,mulheres, homossexuais).
*Estatística sobre incidência de gravidez prematura entre os jovens;
*Estatísticas sobre doenças sexualmente transmissíveis e suas prevenções.
Também podemos abordar as formas poligonais do corpo humano, quando do estudo dos
polígonos.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: serão trabalhados textos referentes a reciclagem do lixo,
envolvendo conteúdo porcentagem.
EDUCAÇÃO FISCAL:
*Apresentação do vídeo: TRIBUTOS-QUE HISTÓRIA É ESSA?
*Estudo do cálculo do valor do IPTU( relacionando com o conteúdo área das figuras planas)
ENFRENTAMENTO A VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE.
*Poderão ser realizadas análises e construções de gráficos e tabelas envolvendo dados de pesquisas
envolvendo o assunto enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente.
PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS:
*Apresentação de vídeos ligados ao tema.
*Elaboração de atividades , tais como análises de tabelas que tratem da quantidade de álcool
ingerida em ml e seus respectivos efeitos, do teor alcoólico de algumas bebidas,da percentagem de
uso de algumas drogas na vida dos estudantes e suas consequências. Também, poderão realizar
atividades práticas como levantamento de dados,construção de tabelas e gráficos a partir de
questionárioselaborados em sala de aula, e medidas de capacidade e massa.
HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA.
*Exploração da arte indígena e africana, simetria, jogos africanos e indígenas.
Adaptação de conteúdos
A adaptação de conteúdos deverá priorizar as áreas ou unidades destes, reformulando
sequências e acompanhando as adaptações propostas para os objetivos educacionais. A adaptação
na temporalidade do processo de ensino e aprendizagem, pode ser ampliada ou reduzida para
o trato de determinados objetivos e os consequentes conteúdos. O professor pode organizar
o tempo das atividades propostas, levando em conta as necessidades educacionais de cada aluno.
Metodologia
Pela Educação Matemática, almeja um ensino que possibilite aos estudantes análises, discussões,
conjecturas, apropriação de conceitos e formulação de ideias. Aprende Matemática não somente
por sua beleza ou pela consistência de suas teorias, mas, para que, a partir dela, o homem amplie
seu conhecimento e, por conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade.
Cabe ao professor a sistematização dos conteúdos matemáticos que emergem das aplicações,
superando uma perspectiva utilitarista, sem perder o caráter científico da disciplina e de seu
conteúdo. Ir além do senso comum pressupõe conhecer a teoria científica, cujo papel é oferecer
condição para apropriação dos aspectos que vão além daqueles observados pela aparência da
realidade (RAMOS, 2004).
Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências metodológicas da Educação
Matemática que fundamentam a prática docente, das quais destacamos:
• resolução de problemas;
• modelagem matemática;
• mídias tecnológicas;
• etnomatemática;
• história da matemática;
• investigações matemáticas.
É necessário que o processo pedagógico em Matemática contribua para que o estudante tenha
condições de constatar regularidades, generalizações e apropriação de linguagem adequada para
descrever e interpretar fenômenos matemáticos e de outras áreas do conhecimento.
Os Conteúdos Básicos do Ensino Fundamental deverão ser abordados de forma articulada, que
possibilitem uma intercomunicação e complementação dos conceitos pertinentes à disciplina de
Matemática. As tendências metodológicas apontadas nas “Diretrizes Curriculares da Educação
Básica – Matemática, sugerem encaminhamentos metodológicos e servem de aporte teórico para as
abordagens dos conteúdos propostos neste nível de ensino, numa perspectiva de valorizar os
conhecimentos de cada aluno, quer sejam adquiridos em séries anteriores ou e forma intuitiva.
Estes conhecimentos e experiências provenientes das vivências dos alunos deverão ser
aprofundados e sistematizados, ampliando-os e generalizando-os. É importante a utilização de
recursos didáticos-pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de aprendizagem.
Os Conteúdos Básicos de Matemática no Ensino Médio deverão ser abordados articuladamente,
contemplando os conteúdos ministrados no ensino fundamental e também através da
intercomunicação dos Conteúdos Estruturantes.
As tendências metodológicas apontadas nas “Diretrizes Curriculares da
Educação Básica - Matemática” sugere encaminhamentos metodológicos e servem aporte teórico
para as abordagens dos conteúdos propostos neste nível de ensino, visando desenvolver os
conhecimentos matemáticos a partir do processo dialético que possa intervir como instrumento
eficaz na aprendizagem das propriedades e relações matemáticas, bem como as diferentes
representações e conversões através da linguagem e operações simbólicas, formais e técnicas.
Os procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo professor objetivam garantir ao aluno o
avanço em estudos posteriores, na aplicação dos conhecimentos matemáticos em atividades
tecnológicas, cotidianas, das ciências e da própria ciência matemática. Em relação às abordagens,
destacam - se a análise e interpretação crítica para resolução de problemas, não somente pertinentes
à ciência matemática, mas como nas demais ciências que, em determinados momentos, fazem uso
da matemática.
É importante a utilização de recursos didáticos - pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de
aprendizagem, tais como: manifestações escritas, orais e de demonstração - quadro de giz,
calculadora, computador, aplicativos da internet, vídeos, revistas e jornais, utilização de tabelas e
gráficos, régua , compasso, transferidor, esquadros, tangram, sólidos geométricos, entre outros.
A organização metodológica das práticas pedagógicas da EJA, deve também levar em consideração
os três eixos articuladores propostos nas “Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e
Adultos” do Estado do Paraná: cultura, trabalho e tempo. Tais eixos deverão articular toda a ação
pedagógica curricular, pela necessidade de se atender ao perfil diferenciado dos educandos da EJA
e suas necessidades, assim como, as características próprias desta modalidade de ensino.
Os educandos da EJA trazem consigo um legado cultural – conhecimentos construídos a partir do
senso comum e um saber popular não científico, que é constituído no cotidiano, em suas relações
com o outro e com o meio. Essas experiências da vida são extremamente significativas ao processo
educacional para o aluno da EJA, dando significado ao conhecimento escolarizado, segundo Freire
(1996) , o ponto de partida deve ser a experiência dos sujeitos envolvidos.
O atendimento à escolarização de alunos da EJA, jovens, adultos e idosos, não refere - se somente a
uma característica etária, mas a articulação desta modalidade com a diversidade sócio – cultural,
composta, dentre outras, por populações do campo, em privação de liberdade, com necessidades
educacionais especiais, indígenas, que demandam uma educação que considere tempo/espaço,
cultura e trabalho desses diferentes grupos.
Portanto, é fundamental utilizar – se de práticas pedagógicas capazes de respeitar e valorizar as
especificidades e necessidades desses alunos, contribuindo efetivamente para a sua permanência na
escola e uma aprendizagem com qualidade.
Adaptações do Método de Ensino e da Organização Didática
Adaptar o método de ensino às necessidades de cada aluno é, na realidade, um
procedimento fundamental na atuação profissional de todo educador, já que o ensino não ocorrerá,
de fato, se o professor não atender ao jeito que cada um tem para aprender. Faz parte da tarefa
de ensinar procurar as estratégias que melhor respondam às necessidades peculiares a cada
aluno.
É necessário a modificação do nível de complexidade das atividades e a adaptação dos
materiais utilizados. São vários os recursos que podem ser úteis para atender às necessidades
especiais de vários tipos de deficiência, seja ela permanente, ou temporária.
O professor poderá também fazer modificações na seleção de materiais que havia inicialmente
previsto em função dos resultados que esteja observando no processo de aprendizagem do
aluno. O ajuste de suas ações pedagógicas tem sempre que estar atrelado ao processo de
aprendizagem.
Com o objetivo de refletir sobre a prática da avaliação, é necessário valorizar a diversidade e
reconhecer as diferenças, para que a mesma possa contemplar as necessidades de todos os
educandos. A avaliação não pode ser um processo meramente técnico, pois avaliar exige o domínio
de conhecimentos e técnicas com a utilização, dentre outros, de critérios claros e objetivos.
Para que isso aconteça, é preciso que o professor estabeleça critérios de avaliação claros e que os
resultados sirvam para intervenções no processo ensino-aprendizagem, quando necessárias. Assim,
a finalidade da avaliação é proporcionar aos alunos novas oportunidades para aprender e
possibilitar ao professor refletir sobre seu próprio trabalho, bem como fornecer dados sobre as
dificuldades de cada aluno (ABRANTES, 1994, p. 15).
No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da observação sistemática para
diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades diversificadas para que possam
expressar seu conhecimento. Tais oportunidades devem incluir manifestações escritas, orais e de
demonstração, inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como materiais
manipuláveis, computador (software) , calculadora e aplicativos da internet.
Os critérios de avaliação são elementos de grande importância no processo avaliativo, pois devem
ser definidos pela intenção que orienta o ensino ( expectativas de aprendizagem) e explicitar os
propósitos e a dimensão do que se avalia, articulando todas as etapas da ação pedagógica.
Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor. Essas
práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:
• comunica matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO,2004);
• compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
• elabora um plano que possibilite a solução do problema;
• encontra caminhos diversos para a resolução de um problema matemático;
• realiza o retrospecto da solução de um problema.
Os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de acordo com as possibilidades
teórico-metodológicos que oferecem para avaliar os critérios estabelecidos. A diversidade de
instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e maneiras
de expressar seu conhecimento. Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos seus alunos e
o desenvolvimento dos processos cognitivos, tais como: memorização, observação, percepção,
descrição, argumentação, análise crítica, interpretação, criatividade, formulação de hipóteses, entre
outros.
Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a:
• partir de situações-problema internas ou externas à matemática;
• pesquisar os conhecimentos que possam auxiliar na solução dos problemas;
• elaborar conjecturas, fazer afirmações sobre elas e testá-las;
• perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades;
• sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,
generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições particulares;
• socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagem adequada;
• argumentar a favor ou contra os resultados (PAVANELLO & NOGUEIRA, 2006 p.
29).
• comunicar matematicamente , oral e por escrito (provas );
• participar coletivamente nos trabalhos realizados em grupos;
• compreender, por meio da leitura, um problema matemático;
• resolver uma situação-problema, por diversos meios;
• sistematizar o conhecimento construído a partir de uma solução encontrada;
• utilizar mídias tecnológicas para resolução de problemas;
• aplicar os conhecimentos adquiridos em diferentes contextos;
• realizar estimativas, a partir dos dados de uma situação- problema;
• compreender a matemática aplicada aos diversos ramos da atividade humana.
O professor deve considerar as noções que o estudante traz, decorrentes da sua vivência, de modo a
relacioná-las com os novos conhecimentos abordados nas aulas de Matemática.
Os conteúdos selecionados para o ensino são todos importantes para a formação do aluno, então é
preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda. A recuperação é
justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos
metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem. A recuperação da nota é simples
decorrência da recuperação do conteúdo.
Assim, o processo avaliativo é parte integrante da práxis pedagógica e deve ser voltada para
atender as necessidades dos educandos, considerando seu perfil e a função social da EJA, isto é,
seu papel na formação da cidadania e na construção da autonomia.
Adaptação do processo de avaliação
Outra categoria de ajuste que é necessária para atender as necessidades educacionais
especiais de alunos é a adaptação no processo de avaliação, no estabelecimento de critérios e
na escolha dos instrumentos, adaptando-os aos diferentes estilos e possibilidades de expressão
dos alunos.
Referências bibliográficas
BICUDO, M.A. V. ((Org.) Educação Matemática. São Paulo: Moraes, 1987.BOYER, C. B. História da Matemática. São Paulo: Edgard Blucher,1996.BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade. Trabalhando com a Educação de Jovens e Adultos – Alunos e Alunas da EJA. Brasília, MEC, 2006.BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. Salto para o Futuro – Educação de Jovens e Adultos. Brasília, SEED, 1999.CARAÇA, B. J. Conceitos Fundamentais da Matemática, 4.ed. Lisboa: Gradiva, 2002.CARRATHER, T.N. Na escola dez, na vida zero. São Paulo: Cortez, 1988.DANTE, L. R. Didática da Resolução de Problemas de Matemática. São Paulo; Editora Ática, 2003.D' AMBRÓSIO, B. Como ensinar matemática hoje? Temas e debates. Rio Claro, n. 2, ano II, p. 15 – 19, mar. 1989.__________. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.GERDES. P. Sobre o despertar do pensamento geométrico. Curitiba: UFPR, 1992.IFRAH, G. Os números: a história de uma grande invenção. 7. ed. São Paulo: Globo, 1994.LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14. ed. São Paulo: Cortez, 2002.MACHADO, N. J. Interdisciplinaridade e Matemática. Revista Quadrimestral da Faculdade de Educação – Unicamp – Proposições. Campinas, n. 1 [10]. p. 25-34, mar. 1993.
4.4.2.15. PPC - HISTÓRIA/EJA
Apresentação da disciplina
O ensino de História propõe desenvolver nos alunos a capacidade de compreender os
acontecimentos atuais e intervir na realidade social de forma consciente, reelaborando-a. Diante da
velocidade das transformações observadas atualmente, faz-se necessário conhecer e analisar os
elementos que desencadearam essas mudanças, bem como o papel do ser humano enquanto sujeito
histórico. Para tanto o estudo será baseado nos conteúdos estruturantes propostos pelas Diretrizes
Curriculares: Cultura, Poder e Trabalho, dentro de uma demarcação espaço-temporal.
Os objetivos gerais da disciplina visam despertar o senso crítico, desenvolvendo a percepção
diante das mudanças e permanências no processo histórico. Com esta abordagem buscamos
entender que as relações de trabalho, de poder e culturais, articulam-se e constituem o processo
histórico; compreendendo como se encontram as relações de trabalho no mundo contemporâneo,
como esta se configurou e como o mundo do trabalho se constituiu em diferentes períodos
históricos; percebendo que as relações de poder encontram-se em todos os espaços sociais e
constituem-se; entendendo como se constituíram as experiências sociais dos sujeitos ao longo do
tempo e detectar as permanências e mudanças nas diversas tradições e costumes sociais.
Daí a importância fundamental do estudo da disciplina da Educação Básica, que tem como objeto
de estudo os processos históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo,
bem como os sentidos que os sujeitos deram às mesmas. Enquanto no Ensino Fundamental os
conteúdos estruturantes assumiram um sentido mais amplo, no Ensino Médio estes conteúdos
assumem um recorte mais específico apontando para o estudo das relações humanas – relações de
trabalho, relações de poder e relações culturais. A articulação desses conteúdos é possível a partir
das categorias de análise espaço e tempo. Estes conteúdos estruturantes permitem aos Professores,
desenvolverem seus trabalhos em sala de aula a partir de problemáticas contemporâneas. Sem
dúvida, elementos essenciais na formação do cidadão capaz de participar conscientemente da
transformação do cidadão, da sociedade e do mundo em que vive.
Na Educação de Jovens e Adultos deve-se levar em consideração o fato de que os seus educandos
possuem maior experiência de vida e que essa modalidade tem como finalidade e objetivos o
compromisso com a formação humana e o acesso à cultura geral. A diversidade presente na sala de
aula, a partir dos diferentes perfis sociais, deve ser utilizada a favor do trabalho pedagógico no
ensino de História. Pode-se recorrer às diferenças para estabelecer comparações, levantar diferentes
concepções de mundo e ainda buscar trabalhar com o respeito e a aceitação das diferenças.
É preciso que o ensino de História na Educação de Jovens e Adultos seja dinâmico e que o
educando perceba que a História está em constante transformação. Nesse sentido, pode-se tomar
sempre como ponto de partida e de chegada o próprio presente, onde estão inseridos educandos e
educadores.
Compreender o perfil do educando da Educação de Jovens e Adultos– EJA requer conhecer a sua
história, cultura e costumes, entendo-o como sujeito com diferentes experiências de vida e que em
algum momento afastou-se da escola devido a fatores sociais, econômicos, políticos e / ou
culturais. Entre esses fatores, destacam-se o ingresso prematuro no mundo do trabalho, a evasão ou
a repetência escolar.
Nessa perspectiva, a EJA deve contemplar ações pedagógicas específicas que levem em
consideração o perfil do educando jovem, adulto e idoso que não obteve escolarização ou não deu
continuidade aos seus estudos por fatores, muitas vezes, alheios a sua vontade.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN nº 9394/96, em seu artigo 37,
prescreve que “a educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou
continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria”. É característica desta
modalidade de ensino a diversidade do perfil dos educandos, com relação à idade, ao nível de
escolarização em que se encontram, à situação sócio-econômica e cultural, às ocupações e a
motivação pela qual procuram a escola.
A busca da autonomia intelectual e moral deve ser um constante exercício com os educandos da
EJA. A emancipação humana será decorrência da construção desta autonomia com a qual contribui
a educação escolar. O exercício de uma cidadania democrática, pelos educandos da EJA, será o
reflexo de um processo cognitivo, crítico e emancipatório com base em valores como respeito
mútuo, solidariedade e justiça.
Adaptação dos objetivos
É necessário ajustes nos objetivos pedagógicos constantes no plano de ensino de forma a adequá-
los às características e condições dos alunos. Sendo assim, o professor pode priorizar
determinados objetivos para um aluno, caso seja a forma de atender às suas necessidades
educacionais e investir mais tempo, ou utilizar maior variedade de estratégias pedagógicas na
busca de alcançar determinados objetivos, em detrimento de outros, menos necessários, numa
escala de prioridade estabelecida a partir da análise de conhecimento já apreendido pelo
aluno, e do grau de importância do referido objetivo para o seu desenvolvimento e a
aprendizagem significativa.
Conteúdos
Conteúdos estruturantes
Conteúdos Estruturantes são os conhecimentos de grande amplitude que organizam o campo de
estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a compreensão do seu objeto de
estudo e ensino. Devem estar atrelados a uma concepção crítica de educação. Esses conteúdos
constituem-se como a própria materialidade do pensamento histórico. Deles derivam os conteúdos
básicos, temas históricos e específicos que compõem o trabalho pedagógico.
São considerados Conteúdos Estruturantes da disciplina de História:
• relações de trabalho,
• relações de poder
• relações culturais.
Destes Conteúdos Estruturantes, o professor deve discorrer acerca de problemas contemporâneos.
Dentre eles destacam-se, no Brasil, as temáticas da História local, História e Cultura Afro-
Brasileira, da História do Paraná e da História e Cultura Indígena que constituem a História deste
país.
No Ensino Fundamental, os Conteúdos Estruturantes – Relação de trabalho, Relações de Poder,
Relações Culturais – articulam os conteúdos básicos e específicos a partir das histórias locais e do
Brasil e suas relações com a História Geral, e permitem acesso ao conhecimento de múltiplas ações
humanas no tempo e no espaço.
No Ensino Médio, os conteúdos estruturantes devem estar relacionados com conteúdos
básicos/temas históricos. A organização do trabalho pedagógico por meio de temas históricos
possibilita ampliar a percepção dos estudantes sob um determinado contexto histórico, sua ação e
relações entre passado e presente.
Tanto no ensino Fundamental quanto no ensino Médio as diretrizes sinalizam sob as relações
culturais, as relações de trabalho e as relações de poder, atrelados a uma concepção crítica de
educação.
Conteúdos básicos
Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada registro do Ensino
Fundamental e para o ensino Médio, considerados importantes para a formação conceitual dos
estudantes. O acesso a esses conteúdos é direito do aluno na fase de escolarização em que se
encontra.
ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS
1o registroConteúdos Básicos
• A experiência humana no tempo.• Formação das primeiras civilizações• Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.• As culturais locais e a cultura comum.
2o registroConteúdos Básicos
• As relações de propriedade.• A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.• As relações entre o campo e a cidade.• Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade.
3o registroConteúdos Básicos
• História das relações da humanidade com o trabalho• O trabalho e a vida em sociedade.• O trabalho e as contradições da modernidade.• Os trabalhadores e as conquistas de direito.
4o REGISTROConteúdos Básicos
• Sujeitos, guerras e revoluções.• A formação do Estado.• A constituição das instituições sociais.
ENSINO MÉDIOCONTEÚDOS 1o registroConteúdos Básicos
• Urbanização e Industrialização• Trabalho Escravo, servil, assalariado e o trabalho livre.• Cultura e religiosidade 2o registroConteúdos Básicos
• O Estado e as relações de Poder• Os sujeitos, as revoltas e as guerras• Cultura e religiosidade
3o registroConteúdos Básicos
• O Estado e as relações de poder• Os sujeitos as revoltas e as guerras.• Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções.• Cultura e Religiosidade
4o registroConteúdos Básicos
• O período monárquico • O trabalho servil• O trabalho livre• Colonialismo• A abolição dos escravos no Brasil• A primeira Guerra Mundial• A Segunda Guerra Mundial• A Ditadura
Temas socioeducacionais Durante o desenvolvimento das aulas serão trabalhados os temas socioeducacionais os quais estão
contempladas nos seguintes tema e Leis:
Violência contra a Criança e o Adolescente – Lei federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e do
Adolescente 8069/90;
Educação Ambiental – Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13;
Música – Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12;
Estatuto do Idoso – Lei 10741/03;
Educação para o trânsito – Lei 9503/97;
Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09;
Direitos Humanos – Resolução 01/12 – CNE/CP;
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena – Lei 11645/08;
Execução do Hino Nacional – Lei 12031/09;
História do Paraná – Lei 13181/01 e Deliberação 07/06;
Educação Fiscal e Educação Tributária – Decreto 1143/99, Portaria 413/02;
Sexualidade Humana – Lei 11733/97;
Prevenção ao Uso de Drogas – Lei 11343/06;
Hasteamento e execução do Hino do Paraná – Instrução 13/12;
Brigadas Escolares – Decreto 4837/12.
Os Temas Socioeducacionais serão trabalhados no decorrer do ano letivo, por meio de leituras,
discussões, debates, produções diversas, exibição de filmes, pesquisas,etc.
Adaptação de conteúdos
A adaptação de conteúdos deverá priorizar as áreas ou unidades destes, reformulando sequências e
acompanhando as adaptações propostas para os objetivos educacionais. A adaptação na
temporalidade do processo de ensino e aprendizagem, pode ser ampliada ou reduzida para o
trato de determinados objetivos e os consequentes conteúdos. O professor pode organizar o
tempo das atividades propostas, levando em conta as necessidades educacionais de cada aluno.
Encaminhamento metodológico
Ensinar História é muito mais do quer consultar e reproduzir aquilo que está descrito nos livros
didáticos. É necessário que o professor explicite sempre o modo do fazer histórico, o qual é fruto
das paixões do historiador e da corrente historiográfica com a qual se afina.
A metodologia deve permitir que os alunos adquiram autonomia em busca do conhecimento,
problematizando todos os documentos que forem estudados, sejam eles livros didáticos, recortes de
jornais e/ou revistas, charges, músicas, etc. Após essa análise os alunos deverão argumentar e
defender os pontos que acreditam ter relevância dentro das dimensões estudadas.
Para que o ensino da História contribua para a construção da consciência histórica é imprescindível
que o professor retome constantemente com seus alunos como se dá o processo de construção do
conhecimento histórico. A partir desse trabalho o historiador produz uma narrativa histórica, que
tem como desafio contemplar a diversidade das experiências políticas, econômicas, sociais e
culturais.
Para que o aluno pense historicamente é necessária uma metodologia investigativa, que considere
as ideias históricas do aluno através de suas experiências de vida, pelos meios de comunicação,
pela multiplicidade de leituras e suas interpretações históricas.
Para tal encaminhamento metodológico, o professor terá que ir muito além do livro didático, uma
vez que as explicações são limitadas, pelas páginas do livro, pela vinculação do autor a uma
determinada concepção historiográfica, implica na busca de outros referenciais que possam
complementar o conteúdo tratado na sala de aula. Esta metodologia exige que o professor esteja
atento, à rica produção historiográfica publicada em livros, revistas especializadas e nos meios
eletrônicos.
Desta forma, os conteúdos específicos e temas a serem escolhidos e trabalhados em sala de aula,
serão desenvolvidos e organizados a partir dos seguintes meios:
- problematização dos conteúdos;- construção da linha do tempo;- leitura de iconografias;- trabalhos em equipes e individuais;- aula expositiva com participação dos alunos;- pesquisas e entrevistas;- confecção e leitura de mapas;- atividades ilustrativas- apresentação oral e escrita dos trabalhos realizados;- debate entre os grupos;- gincanas e excursões culturais;- leitura e interpretação de textos;- produção de textos;- atividades com jornais e revistas;- interpretação de músicas;- vídeo e cinema;- resolução de questões reflexivas e interpretativas;- palestras envolvendo várias disciplinas e períodos.
Na atuação do educador da EJA é fundamental que os educandos percebam que o conhecimento
tem a ver com o seu contexto de vida e que é repleto de significação. A ação docente compromete-
se, assim, com uma metodologia de ensino que pretende favorecer uma relação dialética entre
sujeito – realidade – sujeito. Se esta relação dialética com o conhecimento for de fato significativa
para os sujeitos do processo ensino – aprendizagem, então as metodologias utilizadas foram
adequadas.
Desse modo, é possível perceber que as metodologias de ensino, relativas à atividade docente e ao
modo de organização / estruturação do currículo prescrito, desempenham importante papel para o
êxito do processo ensino – aprendizagem.
Esse êxito será tanto maior quanto mais o espaço escolar estiver sendo entendido e vivido numa
perspectiva democrática comprometida com a superação de preconceitos e desigualdades, com o
diálogo entre grupos sociais diversos e interesses divergentes e, sobretudo, numa perspectiva que
assume como valor fundamental o interesse coletivo na melhoria de todas as pessoas.
As considerações apresentadas nestas orientações metodológicas propõem, enfim, que deve ser
organizado um modelo pedagógico próprio para esta modalidade de ensino da Educação Básica,
que propicie condições adequadas, permitindo a satisfação das necessidades de aprendizagem dos
educandos nas suas especificidades, tendo em vista que a seleção de conteúdos e as respectivas
metodologias para o seu desenvolvimento representam um ato político, pedagógico e social.
Pensar a Educação de Jovens e Adultos, hoje, significa repensar as especificidades dessa
modalidade de ensino e os novos desafios que se impõem aos educadores e educandos, uma vez
que, produção e reconstrução do conhecimento, constitui se em uma troca entre esses sujeitos,
tendo como referência a realidade na qual ambos estão inseridos.
Desse modo, a metodologia deve considerar conteúdos e práticas que contemplem:
• Relevância dos saberes escolares frente a experiência social construída
historicamente;
• As atividades pedagógicas que priorizem o pensamento reflexivo;
• A articulação entre teoria, prática e realidade social;
• As múltiplas interações entre os diferentes saberes.
• Tempo social escolar e pedagógico;
• Ensino com base na investigação e na problematização do conhecimento;
• A identidade e as diferenças, sócio culturais dos educandos na proposição das
práticas educativas;
• A relação entre conhecimento social e escolar do educando;
• A avaliação com caráter de acompanhamento contínuo do processo ensino-
aprendizagem.
Adaptações do método de ensino e da organização didática
Adaptar o método de ensino às necessidades de cada aluno é, na realidade, um
procedimento fundamental na atuação profissional de todo educador, já que o ensino não ocorrerá,
de fato, se o professor não atender ao jeito que cada um tem para aprender. Faz parte da tarefa
de ensinar procurar as estratégias que melhor respondam às necessidades peculiares a cada
aluno.
É necessário a modificação do nível de complexidade das atividades e a adaptação dos
materiais utilizados. São vários os recursos que podem ser úteis para atender às necessidades
especiais de vários tipos de deficiência, seja ela permanente, ou temporária.
O professor poderá também fazer modificações na seleção de materiais que havia inicialmente
previsto em função dos resultados que esteja observando no processo de aprendizagem do
aluno. O ajuste de suas ações pedagógicas tem sempre que estar atrelado ao processo de
aprendizagem do aluno.
Processo avaliativo e recuperação de estudos
A avaliação deverá ser formativa, processual, contínua e diagnóstica uma vez que objetiva
a politização do aluno. Será acompanhada a apropriação de conceitos históricos e o aprendizado
dos conteúdos estruturantes e dos conteúdos básicos. Para tanto serão utilizadas atividades como:
leitura, interpretação e análise de textos historiográficos, mapas e documentos históricos; produção
de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas, apresentação de seminários, produção de charges
e painéis, entre outras.
Não há sentido em processos avaliativos que apenas constatam o que o aluno aprendeu ou
não aprendeu e o fazem refém dessas constatações, tomadas como sentenças definitivas. Se a
proposição curricular visa à formação de sujeitos que se apropriam do conhecimento para
compreender as relações humanas em suas contradições e conflitos, então a ação pedagógica que se
realiza em sala de aula precisa contribuir para essa formação. Para concretizar esse objetivo, a
avaliação escolar deve constituir um projeto de futuro social, pela intervenção da experiência do
passado e compreensão do presente, num esforço coletivo a serviço da ação pedagógica, em
movimentos na direção da aprendizagem do aluno, da qualificação do professor e da escola.
Nas salas de aula, o professor é quem compreende a avaliação e a executa como um projeto
intencional e planejado, que deve contemplar a expressão de conhecimento do aluno como
referência uma aprendizagem continuada.
No cotidiano das aulas, isso significa que:
• É importante a compreensão de que uma atividade de avaliação situa-se entre a intenção e
o resultado e que não se diferencia da atividade de ensino, porque ambas têm a intenção de ensinar;
• No Plano de Trabalho Docente, ao definir os conteúdos específicos trabalhados naquele
período de tempo, já serão definidos os critérios, estratégias e instrumentos de avaliação, para que
professor e alunos conheçam os avanços e as dificuldades, tendo em vista a reorganização do
trabalho docente;
• Os critérios de avaliação devem ser definidos pela intenção que orienta o ensino e
explicitar os propósitos e a dimensão do que se avalia. Assim, os critérios serão um elemento de
grande importância no processo avaliativo, pois articulam todas as etapas da ação Pedagógica;
• Os enunciados de atividades avaliativas devem ser claros e objetivos. Uma resposta
insatisfatória, em muitos casos, não revela, em princípio, que o estudante não aprendeu o conteúdo,
mas simplesmente que ele não entendeu o que lhe foi perguntado. Nesta circunstância, o difícil não
é desempenhar a tarefa solicitada, mas sim compreender o que se pede;
• Os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de acordo com as
possibilidades teórico-metodológicas que oferecem para avaliar os critérios estabelecidos. Por
exemplo, para avaliar a capacidade e a qualidade argumentativa, a realização de um debate ou a
produção de um texto serão mais adequados do que uma prova objetiva;
• A utilização repetida e exclusiva de um mesmo tipo de instrumento de avaliação reduz a
possibilidade de observar os diversos processos cognitivos dos alunos, tais como: memorização,
observação, percepção, descrição, argumentação, análise crítica, interpretação, criatividade,
formulação de hipóteses, entre outros;
• Uma atividade avaliativa representa, tão somente, um determinado momento e não todo
processo de ensino-aprendizagem;
• A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os conteúdos
selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então, é preciso investir em
todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda. A recuperação é justamente isso: o
esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos,para
assegurar a possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples
decorrência da recuperação de conteúdo.
Os critérios de avaliação serão definidos de acordo com a intencionalidade presente na
definição dos conteúdos e os instrumentos deverão ser variados e capazes de sistematizar o
conhecimento histórico apreendido pelo aluno.
A Recuperação de Estudos acontecerá de forma concomitante através de retomada de conteúdos
com atividades diversas, após o diagnóstico proporcionado pelo instrumento de avaliação. A
recuperação de notas será uma consequência da apropriação dos critérios previamente
estabelecidos, através de instrumento avaliativo diferenciado.
Adaptação do processo de avaliação
Outra categoria de ajuste que é necessária para atender as necessidades educacionais
especiais de alunos é a adaptação no processo de avaliação, no estabelecimento de critérios e
na escolha dos instrumentos, adaptando-os aos diferentes estilos e possibilidades de expressão
dos alunos.
Referências bibliográficasBOULOS JR, Alfredo . História: sociedade e cidadania. São Paulo: FTD, 2009.COTRIM, Gilberto. História Global. São Paulo: Saraiva, 1998.
FIGUEIRA, Divalte Garcia. História – Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática, 2002. História/vários autores – Curitiba: SSED-PR. 2006.PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos temáticos: inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos currículos escolares. Curitiba: SEED, 2005.PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes curriculares de História para a educação básica. Curitiba: SEED, 2008.PILETTI, Nelson e Claudino. História e Vida Integrada. São Paulo: Àtica, 2001.SCHIMIDT, Mário. Nova História Crítica. São Paulo: Nova Geração, 2002.SERIACOPI, Reinaldo; SERIACOPI, Gislane. História: volume único. 1ed. São Paulo: Ática, 2005.
4.4.2.16. PPC – QUÍMICA / EJA
Apresentação da disciplina
“Sobre a ciência, cabe destacar que o conhecimento químico não é algo pronto, acabado e inquestionável, mas em constante transformação. A ciência não é mais considerada objetiva nem neutra, mas preparada e orientada por teorias e/ou modelo que por serem construções humanas com propósitos explicativos e previstos, são provisórios.”
A Química é a ciência natural que visa o estudo das substâncias, da sua composição, estrutura e
propriedades.
Os conhecimentos de Química foram incorporados à prática dos professores e abordados durante os
séculos conforme as necessidades dos alunos e da população. Atualmente o ensino da Química é
norteado pela construção/reconstrução de significados dos conceitos científicos, vinculada aos
contextos históricos, políticos, econômicos, sociais e culturais.
A apropriação desta ciência e de conhecimentos químicos deve acontecer por meio do contato do
aluno com a matéria e suas transformações. Os conceitos científicos devem contribuir para a
formação de indivíduos que compreendam e questionem a ciência atual.
A experimentação, por exemplo, favorece a apropriação efetiva dos conceitos químicos pois tem
caráter investigativo e auxilia o aluno na explicitação, problematização e discussão da significação
destes conceitos.
O professor deve criar situações de aprendizagem de modo que o aluno pense criticamente, reflita
sobre as razões das problemáticas atuais e relacione conhecimentos cotidianos aos científicos.
Quando, o professor trabalha os conteúdos básicos, estará associando, através de textos, artigos,
problemas, discussões e outros, os desafios educacionais contemporâneos, pois não faz sentido,
ensinar a química, desvinculada da realidade social.
Portanto, baseado nas DCEs, as tendências desta disciplina visam uma formação mais abrangente
do estudante, com a inclusão, nos currículos institucionais, de temas que propiciem a reflexão sobre
caráter, ética, solidariedade, responsabilidade e cidadania, pregando-se conceitos de “matéria” e
“interdisciplinaridade”.
Adaptações de objetivoÉ necessário ajustes nos objetivos pedagógicos constantes no plano de ensino de forma a adequá-
los às características e condições dos alunos. Sendo assim, o professor pode priorizar
determinados objetivos para um aluno, caso seja a forma de atender às suas necessidades
educacionais e investir mais tempo, ou utilizar maior variedade de estratégias pedagógicas na
busca de alcançar determinados objetivos, em detrimento de outros, menos necessários, numa
escala de prioridade estabelecida a partir da análise de conhecimento já apreendido pelo
aluno, e do grau de importância do referido objetivo para o seu desenvolvimento e a
aprendizagem significativa.
Encaminhamento metodológico
Partindo do princípio de que as aulas de química devem oportunizar ao aluno o desenvolvimento
do conhecimento científico, a apropriação dos conceitos da química e sensibiliza-lo para um
comprometimento com a vida no planeta, abordar-se-á nas aulas de química assuntos relevantes ao
cotidiano relacionando-os aos conteúdos teóricos propostos na disciplina.
Utilizar-se de equipamentos com vídeo, TV Pendrive, quadro-negro, vídeos, xérox, livros, jornais e
revistas, PR-digital, a natureza, laboratório, etc, visando possibilitar a interpretação dos fenômenos
químicos e a troca de informações entre os alunos.
Propor aos alunos leituras que os auxiliem na construção de pensamento científico crítico,
enriquecendo-os com argumentos positivos e negativos frente às problemáticas atuais, para em um
próximo momento realizar debates em sala sobre temas cotidianos de grande importância.
Adaptações do Método de Ensino e da Organização Didática
Adaptar o método de ensino às necessidades de cada aluno é, na realidade, um
procedimento fundamental na atuação profissional de todo educador, já que o ensino não ocorrerá,
de fato, se o professor não atender ao jeito que cada um tem para aprender. Faz parte da tarefa
de ensinar procurar as estratégias que melhor respondam às necessidades peculiares a cada
aluno.
É necessário a modificação do nível de complexidade das atividades e a adaptação dos
materiais utilizados. São vários os recursos que podem ser úteis para atender às necessidades
especiais de vários tipos de deficiência, seja ela permanente, ou temporária.
O professor poderá também fazer modificações na seleção de materiais que havia inicialmente
previsto em função dos resultados que esteja observando no processo de aprendizagem do
aluno. O ajuste de suas ações pedagógicas tem sempre que estar atrelado ao processo de
aprendizagem do aluno.
Conteúdos
1º REGISTRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Os conteúdos estruturantes se inter-relacionam e
devem estar articulados à especificidade regional de
cada escola. Para a disciplina de química, são
propostos os seguintes conteúdos estruturantes:
1. Matéria e sua natureza;
2. Biogeoquímica
3. Química sintética
Os conteúdos específicos relacionados abaixo
estão inseridos nos conteúdos estruturantes
citados:
Matéria e suas Propriedades
A Constituição da Matéria
Estrutura da matéria; substância;
Misturas; métodos de separação;
Fenômenos físicos e químicos;
Estrutura atômica;
Distribuição eletrônica;
Tabela periódica;
2º REGISTROCONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Os conteúdos estruturantes se inter-relacionam e
devem estar articulados à especificidade regional de
cada escola. Para a disciplina de química, são
propostos os seguintes conteúdos estruturantes:
1. Matéria e sua natureza;
2. Biogeoquímica
3. Química sintética
Os conteúdos específicos relacionados abaixo
estão inseridos nos conteúdos estruturantes
citados:
Ligações químicas,
Ligações químicas e Tabela eriódica - Funções
químicas
A Constituição da Matéria: Reações Químicas;
Cálculos e Balanceamento das reações
3º REGISTROCONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Os conteúdos estruturantes se inter-relacionam e
devem estar articulados à especificidade regional de
cada escola. Para a disciplina de química, são
propostos os seguintes conteúdos estruturantes:
Os conteúdos específicos relacionados abaixo
estão inseridos nos conteúdos estruturantes
citados:
1. Matéria e sua natureza;
2. Biogeoquímica
3. Química sintética
Aspectos Quantitativos da Química;
Soluções;
Propriedades Coligativas;
Termoquímica;
Cinética Química;
Equilíbrio Químico;
Eletroquímica.
4º REGISTROCONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Os conteúdos estruturantes se inter-relacionam e
devem estar articulados à especificidade regional de
cada escola. Para a disciplina de química, são
propostos os seguintes conteúdos estruturantes:
1. Matéria e sua natureza;
2. Biogeoquímica
3. Química sintética
Os conteúdos específicos relacionados abaixo
estão inseridos nos conteúdos estruturantes
citados:
Química Orgânica;
Funções Orgânicas;
Compostos Naturais.
Temas socioeducacionais
Durante o desenvolvimento das aulas serão trabalhados os temas socioeducacionais os quais estão
contempladas nos seguintes tema e Leis:
Violência contra a Criança e o Adolescente – Lei federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e do
Adolescente 8069/90;
Educação Ambiental – Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13;
Música – Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12;
Estatuto do Idoso – Lei 10741/03;
Educação para o trânsito – Lei 9503/97;
Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09;
Direitos Humanos – Resolução 01/12 – CNE/CP;
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena – Lei 11645/08;
Execução do Hino Nacional – Lei 12031/09;
História do Paraná – Lei 13181/01 e Deliberação 07/06;
Educação Fiscal e Educação Tributária – Decreto 1143/99, Portaria 413/02;
Sexualidade Humana – Lei 11733/97;
Prevenção ao Uso de Drogas – Lei 11343/06;
Hasteamento e execução do Hino do Paraná – Instrução 13/12;
Brigadas Escolares – Decreto 4837/12.
Os Temas Socioeducacionais serão trabalhados no decorrer do ano letivo, por meio de leituras,
discussões, debates, produções diversas, exibição de filmes, pesquisas,etc.
Adaptação de conteúdosA adaptação de conteúdos deverá priorizar as áreas ou unidades destes, reformulando sequências e
acompanhando as adaptações propostas para os objetivos educacionais. A adaptação na
temporalidade do processo de ensino e aprendizagem, pode ser ampliada ou reduzida para o
trato de determinados objetivos e os consequentes conteúdos. O professor pode organizar o
tempo das atividades propostas, levando em conta as necessidades educacionais de cada aluno.
Processo avaliativo
Com base, a avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob condicionantes do
diagnóstico e da continuidade. Esse processo ocorre e interações recíprocas, no dia-a-dia, no
transcorrer da própria aula e não apenas de modo pontual; portanto, está sujeita a alterações no seu
desenvolvimento.
A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 9394/96, a avaliação formativa e processual,
deve subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do professor, em busca de assegurar a
qualidade do processo educacional no coletivo da escola.
Em química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos. Trata-se de um
processo de “construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos” (MALDANER,
2003, p. 144). Valoriza-se, assim, uma ação pedagógica includente dos conhecimentos anteriores
dos alunos e a interação da dinâmica dos fenômenos naturais por meio de conceitos químicos.
Por isso, ao invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor deve usar instrumentos de
avaliação que contemplem várias formas de expressão dos alunos, como: leitura e interpretação de
textos, produção de textos, leitura e interpretação da Tabela Periódica, pesquisas bibliográficas,
relatórios de aulas em laboratório, apresentação de seminários, entre outras. Estes instrumentos
devem ser selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino.
Finalmente, é necessário que os critérios e formas de avaliação fiquem bem claros também para os
alunos, como direito de apropriação efetiva de conhecimentos que contribuam para transformar a
própria realidade, o mundo em que vivem.
a) Métodos de avaliação dos conteúdos de Química
• 30% - atividades avaliativas como, exercícios em sala, pesquisa, e outras
atividades que possam ser desenvolvidas.
• 60% - outras avaliações como provas teóricas ou a critério de cada professor, que
podem ser divididas no mínimo em 2 ou 3 etapas ou de acordo com a turma ou conteúdo.
OBS: Nos casos em que se encaixam aula pratica, o relatório da aula ou a própria aula com o
desenvolvimento de provas práticas também podem contabilizar pontos para qualquer um dos dois
itens acima citados.
b) Recuperação de conteúdos e de notas
• Rever as avaliações caso a caso, isso implica na recuperação dos conteúdos
paralelamente e para concluir a recuperação das notas, propõe-se nova avaliação após a revisão de
todas as outras no valor 10,0 pontos, sendo oportunizada ao final de cada bimestre.
c) Adaptação do processo de avaliação
Outra categoria de ajuste que é necessária para atender as necessidades educacionais especiais de alunos é a adaptação no processo de avaliação, no estabelecimento de critérios e na escolha dos instrumentos, adaptando-os aos diferentes estilos e possibilidades de expressão dos alunos.
Referências bibliográficasALLINGER, Norman L. Química Orgânica: volume único; 2ª edição; Editora LTD; Rio de Janeiro; 1976.COVRE, Geraldo José. Química TotalVolume único; Editora FTD; São Paulo; 2001.RUSSEL, Jhon B. Química Geral; 2ª Edição; Volume 2; Editora Makron Books; São Paulo; 1994.PERUZZO, Tito Miragaia. Química; 2ª Edição; Volume único; Editora Moderna; São Paulo, 2003.SARDELLA , A.; FALCONE, M. Química: Série Brasil; Editora Ática; 2004.UTIMURA, Teruko Y; LINGUANOTO, Maria. Química Fundamental; Volume único; Editora FTD; São Paulo; 1998.USBERCO, João e SALVADOR, Edgard. Química Volume Único São Paulo Saraiva 1999.Orientações Curriculares: Departamento de Ensino Médio Semana Pedagógica – Química Fevereiro 2006Diretrizes Curriculares Nacionais: Ensino Médio Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Brasília MEC 2002.FELTRE, R. Fundamentos de Química Volume Único Editora Moderna 1996.MALDANER, O.A.A formação inicial e continuada de professores de química professor pesquisador 2 Ed. Ijuí Editora Unijuí 2003 p.120CARVALHO, G. C. e SOUZA, C.L. Química (Coleção de olho no mundo do trabalho) Volume Único Editora Scipione São Paulo 2003SILVA, E.R. NOBREGA, O.S. e SILVA, R.H. Química Volume 1, 2 e 3 Editora Ática São Paulo 2001Livro Didático Público de QuímicaDiretrizes Curriculares da rede pública de Educação Básica do Estado do Paraná 2007
4.4.2.17. PPC- BIOLOGIA/EJA
Apresentação da disciplina
Observando o contexto histórico da humanidade concluímos que as necessidades de conhecimento
vinham de modo a garantir a sobrevivência da espécie, onde a curiosidade e o intelecto
desenvolvido do ser humano levaram a observação dos diferentes tipos de seres vivos, que eram
encarados unicamente como alimento.
Foi o avanço dessas práticas que possibilitou ao homem a descrição dos seres vivos, dos
fenômenos naturais e da interação entre ambos. Com isso surgem diferentes concepções de vida.
É importante salientar que as diferentes concepções sobre o fenômeno da vida sofreram a
influencia do contexto histórico dos quais as pressões religiosas, econômicas, políticas e sociais
impulsionaram essas mudanças conceituais, resultando no surgimento da ciência biológica e de
todos os seus ramos.
Assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio não
implicam no resultado da apreensão contemplativa da natureza em si, mas em modelos elaborados
pelo homem, seus paradigmas teóricos, que evidenciam o esforço de entender, explicar, usar e
manipular os recursos naturais.
Com isso a Biologia pode ser definida como o estudo da vida em toda a sua diversidade de
manifestações. Sendo assim, a Biologia deve subsidiar a análise e a reflexão de questões polêmicas
que dizem respeito ao desenvolvimento de recursos naturais e a utilização de tecnologias que
implicam em intensa intervenção humana no ambiente, levando-se em conta à dinâmica dos
ecossistemas e dos organismos.
É importante salientar que a Biologia é o ponto articulador entre a realidade social e o saber
científico, porém não é possível tratar no ensino médio, de todo conhecimento biológico ou
tecnológico a ele associado. Mas é importante tratar esses conhecimentos de forma contextualizada,
revelando como e porque foram produzidos e em que época.
É necessário que os conteúdos sejam abordados de forma integrada destacando os
aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina, relacionando-o a conceitos oriundos
da biologia. Tais relações deverão ser desenvolvidas ao longo do ensino médio num
aprofundamento conceitual e reflexivo, com a garantia do significado dos conteúdos para a
formação do aluno neste nível de ensino.
O processo de ensino esta fundamentado nas ideias prévias dos estudantes e dos professores,
advindas de experiências, valores culturais, que devem ser reestruturadas e sistematizadas a partir
das idéias ou dos conceitos que estruturam as disciplinas.
Nesta Proposta Pedagógica, valoriza-se a construção histórica dos conhecimentos
biológicos, articulados à cultura científica, socialmente valorizada. A formação do sujeito crítico,
reflexivo e analítico, portanto consolidam-se por meio de um trabalho em que o professor
reconhece a necessidade de superar concepções pedagógicas anteriores, ao mesmo tempo em que
compartilha com os alunos a afirmação e a produção de saberes científicos a favor da compreensão
do fenômeno VIDA.
Para o ensino de Biologia, propõe-se o método da prática social, que decorre das relações
dialéticas entre conteúdo de ensino e concepção de mundo; entre a compreensão da realidade e a
intervenção nesta realidade (SAVIANI, 1997; LIBÂNEO, 1983). Confrontam-se, assim, os saberes
do aluno com o saber elaborado, na perspectiva de uma apropriação da concepção de ciência como
atividade humana. Ainda, busca-se a coerência por meio da qual o aluno seja agente desta
apropriação do conhecimento.
De acordo com Libâneo (1983), “ao mencionar o papel do professor, trata-se, de um lado,
de obter o acesso do aluno aos conteúdos ligando-os com a experiência concreta dele – a
continuidade; mas, de outro lado, de proporcionar elementos de analise critica que ajudem o aluno
a ultrapassar a experiência, os estereótipos, as pressões difusas da ideologia dominante – a
ruptura”.
Desse modo, os conhecimentos biológicos, se compreendidos como produtos históricos
indispensáveis à compreensão da prática social, podem contribuir para revelar a realidade concreta
de forma crítica e explicitar as possibilidades de atuação dos sujeitos no processo de transformação
desta realidade (LIBÂNEO, 1983).
Confrontam-se, assim, os saberes do aluno com o saber elaborado, na perspectiva de uma
apropriação da concepção de ciência como atividade humana. Ainda, busca-se a coerência por
meio da qual o aluno seja agente desta apropriação do conhecimento.
Esta Proposta Pedagógica para o ensino de Biologia firma-se na construção a partir da
práxis do professor. Objetiva-se, portanto, trazer os conteúdos de volta para os currículos escolares,
mas numa perspectiva diferenciada, em que se retome a história da produção do conhecimento
científico e da disciplina escolar e seus determinantes políticos, sociais e ideológicos.
Ao adotar esta estratégia e ao retomar as metodologias que favoreceram a determinação
dos marcos conceituais apresentados nestas Diretrizes Curriculares para o ensino de Biologia,
propõe-se que sejam considerados os princípios metodológicos usados naqueles momentos
históricos, porém, adequados ao ensino da atualidade.
Embora os conteúdos estruturantes tenham sido identificados como concepções
paradigmáticas do conhecimento biológico localizadas no tempo histórico, eles são
interdependentes, pois se considera neste caso, o esforço empreendido para ampliar os modelos
teóricos interpretativos de fatos e fenômenos naturais estudados pela Biologia. Essa concepção
metodológica permite que um mesmo conteúdo específico seja estudado em cada um dos
conteúdos estruturantes, considerando-se a abordagem histórica que determinou a constituição
daquele conteúdo estruturante e o seu propósito.
Objeto de estudo da disciplina Fenômeno Vida
Objetivos gerais Relacionar a informação à aplicação, trazendo situações do cotidiano, alertando para
problemas existentes e incitando à responsabilidade.
• Estimular o posicionamento consciente dos alunos dos alunos diante de situações de
seu cotidiano.
• Levar os alunos a adquirirem uma visão crítica e sensível do que é proposto e apresente
o conhecimento como resultado do fazer humano, não fragmentado nem atemporal.
• Aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais na escola, no trabalho e em
outros contextos relevantes para sua vida.
• Compreender conceitos, procedimentos e estratégicas e aplicá-las a situações diversas
no contexto das ciências, da tecnologia e das atividades cotidianas.
Adaptações de objetivo
É necessário ajustes nos objetivos pedagógicos constantes no plano de ensino de forma a adequá-
los às características e condições dos alunos. Sendo assim, o professor pode priorizar
determinados objetivos para um aluno, caso seja a forma de atender às suas necessidades
educacionais e investir mais tempo, ou utilizar maior variedade de estratégias pedagógicas na
busca de alcançar determinados objetivos, em detrimento de outros, menos necessários, numa
escala de prioridade estabelecida a partir da análise de conhecimento já apreendido pelo
aluno, e do grau de importância do referido objetivo para o seu desenvolvimento e a
aprendizagem significativa.
Conteúdos estruturantes Os conteúdos estruturantes da EJA são os mesmos do ensino regular, porém, com
encaminhamento metodológico diferenciado, considerando as especificidades dos educandos da
EJA, ou seja, o tempo curricular, ainda que diferente do estabelecido para o ensino regular,
contempla o mesmo conteúdo. Isso se deve ao fato de que o público adulto possui uma bagagem
cultural e de conhecimentos adquiridos em outras instâncias sociais, uma vez que a escola não é o
único espaço de produção e socialização de saberes. Assim, é possível tratar do mesmo conteúdo
de formas e em tempos diferenciados, tendo em vista as experiências e trajetórias de vida dos
educandos da EJA.
São os eixos norteadores, a partir dos quais serão explorados todos os conteúdos
biológicos, que identificam os diversos campos de estudos da Biologia.
Tomando por base as DCEs Diretrizes Curriculares de Ensino, foram definidos como tais
os seguintes:
− Organização dos Seres Vivos
− Mecanismos Biológicos
− Biodiversidade
− Manipulação Genética
Organização dos Seres Vivos.
Este conteúdo justifica-se como sendo o que permite dar ao aluno uma visão geral de
noções taxionômicas dos seres vivos e capacitando o mesmo a enquadrar os seres vivos dentro de
sua categoria taxionômica correta.
Esta classificação permite compreender e aplicar, graus de parentesco, ancestrais comuns.
Clarear para o aluno os graus de evolução e complexidade dentro de classes zoológicas e
botânicas.
Mecanismos Biológicos.
Insere-se como conteúdo estruturante por abranger o estudo de sistemas orgânicos tanto do
ponto de vista morfológico, quanto fisiológico, tendo como base o estudo da bioquímica celular,
molecular e a histologia, envolvendo todos os graus de complexidade, aonde qualquer disfunção
em nível celular cause transtornos no organismo como um todo.
Biodiversidade.
Todos os seres independentemente de sua organização e complexidade, estão inseridos
dentro de um ambiente altamente complexo, interagindo tanto de forma simbiótica como de forma
deletéria.
As interações entre populações, comunidades e ecossistemas, contribuem para os processos
de seleção, evolução e adaptações.
As situações de mudanças climáticas, e ações humanas (poluição, esgotamento de reservas,
uso inadequado de recursos naturais) conhecidos como Impactos Ambientais precisam ser bem
apropriados e entendidos como condição fundamental para a preservação das espécies,
principalmente a humana.
Manipulação genética
A clonagem, o estudo de células tronco, fertilização in vitro e outros avanços das ciências,
sempre trazem preocupações inerentes a fatos inesperados, consequências não previstas a
curto e médio prazo.
Quando o conteúdo entra em situações mais polêmicas, como o aborto e eutanásia, o
embasamento técnico é altamente conflitante com os valores morais vigentes.
Relação de conteúdos
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES• Organização dos Seres Vivos
• Mecanismos Biológicos
• Biodiversidade
• Manipulação Genética
1o REGISTRO CONTEÚDOS BÁSICOS1- Estudo da Biologia2 - Citologia3 - Histologia
2o REGISTROCONTEÚDOS BÁSICOS1. Seres Vivos2. Vegetais3. Reino Animal4. Reino Animal
3o REGISTRO
CONTEÚDOS BÁSICOS1. Fisiologia Humana2. Ecologia3. Fisiologia Humana, anatomia, morfologia e fisiologia4. Ecologia
4o REGISTRO
CONTEÚDOS BÁSICOS1. Genética2. Cultura Afro-brasileira e africana
Adaptação de conteúdosA adaptação de conteúdos deverá priorizar as áreas ou unidades destes, reformulando sequências e
acompanhando as adaptações propostas para os objetivos educacionais. A adaptação na
temporalidade do processo de ensino e aprendizagem, pode ser ampliada ou reduzida para o
trato de determinados objetivos e os consequentes conteúdos. O professor pode organizar o
tempo das atividades propostas, levando em conta as necessidades educacionais de cada aluno.
Temas socioeducacionais
Durante o desenvolvimento das aulas serão trabalhados os temas socioeducacionais os quais estão
contempladas nos seguintes tema e Leis:
Violência contra a Criança e o Adolescente – Lei federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e do
Adolescente 8069/90;
Educação Ambiental – Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13;
Música – Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12;
Estatuto do Idoso – Lei 10741/03;
Educação para o trânsito – Lei 9503/97;
Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09;
Direitos Humanos – Resolução 01/12 – CNE/CP;
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena – Lei 11645/08;
Execução do Hino Nacional – Lei 12031/09;
História do Paraná – Lei 13181/01 e Deliberação 07/06;
Educação Fiscal e Educação Tributária – Decreto 1143/99, Portaria 413/02;
Sexualidade Humana – Lei 11733/97;
Prevenção ao Uso de Drogas – Lei 11343/06;
Hasteamento e execução do Hino do Paraná – Instrução 13/12;
Brigadas Escolares – Decreto 4837/12.
Os Temas Socioeducacionais serão trabalhados no decorrer do ano letivo, por meio de leituras,
discussões, debates, produções diversas, exibição de filmes, pesquisas,etc.
Encaminhamento metodológico
Em concordância com a Diretriz Curricular do Ensino de Biologia a abordagem deve
permitir a integração dos quatro conteúdos estruturantes. Deste modo cada conteúdo específico
deve ser trabalhado de forma integrada, demonstrando a interdependência entre esses conteúdos
estruturantes.
Diante do fato de que a Biologia assim como todos os movimentos sociais e os
conhecimentos humanos, sofreu interferências e transformações do momento histórico social, dos
valores e ideologias, das necessidades materiais do ser humano em cada momento histórico. Ao
mesmo tempo em que sofreu a sua interferência, neles interferiu. A metodologia de ensino de
Biologia não poderá ser como se estivesse ensinando um conhecimento pronto, acabado, concluído
e imutável.
É o ensino do conhecimento que se constrói a cada momento, a cada fato, a cada novo
registro, um fenômeno descoberto ou explicado partindo ou não de um outro já conhecido. Assim o
método experimental não pode ser abandonado, seja apenas para demonstrar o conhecimento
adquirido ou para construir um novo.
O conhecimento bibliográfico é fundamental; nele buscam-se os conceitos produzidos, os
históricos construídos, os caminhos percorridos, as técnicas utilizadas e os resultados obtidos.
Para que a formação do sujeito crítico, reflexivo, venha romper com concepções anteriores
e estejam fundamentadas e com bases sólidas, deve-se propiciar um entendimento sobre os
problemas que afetam diretamente a vida dos seres vivos e do ambiente, provocando uma reflexão
sobre o atual momento histórico social-científico-tecnológico.
As metodologias adotadas permitirão aos educandos percorrerem trajetórias de
aprendizagem não-padronizadas, respeitando o ritmo próprio de cada um no processo de
apropriação dos saberes, organizando-se assim o tempo escolar a partir do tempo disponível do
educando–trabalhador, seja no que se refere à organização diária das aulas, seja no total de dias
previstos na semana.
Como a EJA apresenta uma estrutura flexível é possível contemplar inovações que
contenham apenas conteúdos significativos.
Adaptações do Método de Ensino e da Organização Didática
Adaptar o método de ensino às necessidades de cada aluno é, na realidade, um
procedimento fundamental na atuação profissional de todo educador, já que o ensino não ocorrerá,
de fato, se o professor não atender ao jeito que cada um tem para aprender. Faz parte da tarefa
de ensinar procurar as estratégias que melhor respondam às necessidades peculiares a cada
aluno.
É necessário a modificação do nível de complexidade das atividades e a adaptação dos
materiais utilizados. São vários os recursos que podem ser úteis para atender às necessidades
especiais de vários tipos de deficiência, seja ela permanente, ou temporária.
O professor poderá também fazer modificações na seleção de materiais que havia inicialmente
previsto em função dos resultados que esteja observando no processo de aprendizagem do
aluno. O ajuste de suas ações pedagógicas tem sempre que estar atrelado ao processo de
aprendizagem do aluno.
Recursos didático-pedagógicos e tecnológicos
- Vídeo - TV Pendrive - Rádio - Data show - Computadores
- Aparelho de som - Microscópio - Livro Didático - Livro Didático Público - Mapas - Gráficos - Tabelas
Avaliação
A avaliação é o instrumento cuja finalidade é obter informações necessárias, sobre o
desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os processos de
aprendizagem.
Enfim, a avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações pedagógicas
pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo, com retomada de conteúdos sempre
que necessário e a recuperação simultânea.
A avaliação na Disciplina de Biologia, será continua e constante, seja ela de forma escrita,
oral, ou qualquer tipo de manifestação apresentada pelo educando, que caracterize uma apreensão
do conhecimento. Pois a interação diária entre professor e aluno, permite ao educador notar e
perceber o desenvolvimento do conhecimento cognitivo, apresentado pelo educando, que
caracterize uma apreensão. Será considerada a capacidade cognitiva gradativa por série, conforme a
faixa etária, que o educando apresenta na compreensão das relações dos conhecimentos, envolvido
em cada fenômeno, cada fato ou cada ato.
Buscar o quantitativo e o qualitativo da compreensão do conhecimento pelo aluno,
considerando as mais diversas formas da apreensão tais como: audiovisuais, literários,
bibliográficos, sensoriais, do próprio cotidiano do aluno, o conhecimento empírico, aquele não
sistematizado, etc.
Para que todos os critérios sejam contemplados, se faz necessário utilizar os mais diversos
meios de avaliações, os quais proporcionem ao educando expressar os avanços na aprendizagem.
Em tais instrumentos de avaliações, o aluno poderá interpretar, produzir textos, debater, relacionar,
refletir, analisar, justificar, argumentar, defender seus pontos de vista e se posicionar diante de cada
evento apresentado. Portanto, a avaliação levará em consideração as múltiplas inteligências, bem
como a capacidade de sistematizar e formalizar o seu conhecimento.
Na EJA será respeitado o tempo diferenciado de aprendizagem e não sendo considerado
um tempo único para todos, considerando os limites e possibilidades de cada educando,
assegurando o acesso, a permanência e o sucesso dos mesmos.
Como a EJA apresenta uma estrutura flexível é possível contemplar inovações que tenham
conteúdos significativos. A avaliação é um processo contínuo, diagnóstico, dialético e deve ser
tratada como integrante das relações de ensino-aprendizagem.
Instrumentos avaliativos - Seminários - Debates - Trabalhos - Discussões - Provas - Relatórios de aulas práticas no microscópio - Interpretação de textos - Análise de vídeos e filmes - Jogos - Produção de textos argumentativos e dissertativos - Exercícios - Painéis - Pesquisa
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS Será realizada sempre que um ou mais conteúdos não forem assimilados pelos alunos.
Ela será realizada: 1- Com um ou com um grupo de conteúdos; 2- Sempre que a nota do aluno for considerada insuficiente; 3- Poderá ser através de exercícios, provas e trabalhos com pesquisa.
Adaptação do processo de avaliaçãoOutra categoria de ajuste que é necessária para atender as necessidades educacionais
especiais de alunos é a adaptação no processo de avaliação, no estabelecimento de critérios e
na escolha dos instrumentos, adaptando-os aos diferentes estilos e possibilidades de expressão
dos alunos.
Referências bibliográficasAMABIS E MARTHO. Fundamentos da Biologia Moderna. Ed. São Paulo - Moderna, 1974 e 1990. BRASIL. Agenda 21 - Brasileira e um compromisso para o século 21. Brasília, 2002.CURITIBA. Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. (Rio de Janeiro - 1992) Agenda 21 – Curitiba; IPARDES, 2001.CURITIBA. Projeto 21 vai à Escola – Como Contribuir para melhorar nossa Curitiba. Departamento de Tecnologia e divisão Educacional. Departamento de Educação. Curitiba, 1998.CÉZAR E SEZAR. Biologia. Volume único.FAVORETTO, José Arnaldo. Biologia .Volume único.FONSECA, Albino. Coleção Horizonte Biologia volume único. Instituto Brasileiro de edições PedagógicasGASPARIN, J.L. Uma didática para pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores Associados, 2002.GIOPPO, Christiane. A produção do saber no ensino de Ciências. Uma proposta de intervenção.JUNQUEIRA E CARNEIRO. Biologia Celular e Molecular.LAURENCE. Coleção Nova Geração Biologia em Módulo: 05/06/08. – editora Nova Geração 2002.LINHARES, Sérgio; GEWDNDSZNAJDER, Fernando. Biologia. Volumes 1,2 e 3. LOPES, Sônia. Biologia. Volume único.PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Seminário Macrorregionais da Agenda 21 Paraná. Os desafios por uma cidadania planetária. Curitiba. 2002.
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Diretrizes Curriculares – versão preliminar. Curitiba. 2004.PÉREZ, Maria Paz. Como Detectar lãs Necessidades de Intervicion –Socioeducativo. Narcea, Madrid, 1991.PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. Volume único.SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas/SP: Autores Associados, 1997.DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ – DCE. BIOLOGIA. Secretaria de Estado da Educação – SEED BIOLOGIA / VÁRIOS AUTORES – Curitiba SEED- PR, 2006.
4.4.2.18. PPC – SOCIOLOGIA/EJA
Apresentação da disciplina
A Sociologia tem buscado entre outras coisas, a sua consolidação como ciência. A sociedade tem
assumido características capitalistas, que foram marcadas por profundas mudanças na organização
social que fizeram com que seus contemporâneos buscassem explicações para os fenômenos sociais
com os quais conviviam. Surgem então os pensadores da Sociologia que buscam dar conta destas
questões através da elaboração de teorias explicativas dessa dinâmica social, sob diferentes olhares
e posicionamentos políticos. Com Augusto Comte (1798-1857) surge o termo Sociologia, este
autor buscara criar um método específico para o estudo da sociedade, já que acreditava que a
ciência deveria ser usada na organização das mesmas e afirmando que a ordem levaria ao processo.
Para Émile Durkheim (1858-1917) o sujeito faz parte da sociedade e a sociedade o compõe, então a
mesma só faz sentido se compreendida como um conjunto cuja existência
própria,independentemente de manifestações individuais, exerce sobre cada ser humano uma
coerção exterior, a partir de pressões e obrigatoriedades porque, de alguma forma ela não “cabe” na
sua totalidade, na mente de cada indivíduo” (SEED,2006,p.21). Na Educação de Jovens e Adultos,
a mesma tem o compromisso com a formação humana e o acesso à cultura geral, na medida em que
propicia aos educandos a possibilidade de uma maior compreensão da sociedade onde o mesmo
vive e sua atuação sobre a mesma.
Adaptações de objetivo
É necessário ajustes nos objetivos pedagógicos constantes no plano de ensino de forma a adequá-
los às características e condições dos alunos. Sendo assim, o professor pode priorizar
determinados objetivos para um aluno, caso seja a forma de atender às suas necessidades
educacionais e investir mais tempo, ou utilizar maior variedade de estratégias pedagógicas na
busca de alcançar determinados objetivos, em detrimento de outros, menos necessários, numa
escala de prioridade estabelecida a partir da análise de conhecimento já apreendido pelo
aluno, e do grau de importância do referido objetivo para o seu desenvolvimento e a
aprendizagem significativa.
Encaminhamento metodológico
Segundo Max Weber (1864-1920) “compreender a sociedade é analisar os comportamentos
movidos pela racionalidade dos sujeitos com relação aos outros, é compreender o agir dos homens
que se relacionam uns com os outro, de acordo com o cálculo e uma finalidade que tem por base as
regras”. (SEED,2006,p.22). Muito embora Karl Marx(1818-1883) não esteja preocupado com a
constituição de uma ciência, suas reflexões são importantes para a compreensão das sociedades.
Marx enunciou”(...) como lei de validade geral – que a história das sociedades é movida pela luta
entre as classes sociais(SEED,2006,p.21). Ainda de acordo com o autor, a educação é um
mecanismo que, conforme seu conteúdo de classe, pode oprimir ou emancipar o homem”.
A Educação de Jovens e Adultos, que tem por base o reconhecimento do educando como sujeitos
do aprendizado, um compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral. Sendo
assim, os conteúdos específicos deverão estar articulados à realidade,considerando sua dimensão
sócio-histórica,vinculando ao mundo do trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outras
coisas. Os conteúdos específicos, não precisam ser trabalhados,necessariamente, de forma
seqüencial, do primeiro ao último conteúdo listado,podendo ser alterada a ordem dos mesmos sem
problemas para compreensão.
O conteúdo da disciplina pode ser iniciada com uma rápida contextualização do surgimento da
Sociologia, bem como a apresentação de suas principais teorias na análise/compreensão da
realidade.
No ensino de Sociologia devem adequar-se aos objetivos pretendidos, seja a exposição, a leitura e
esclarecimentos do significado dos conceitos e da lógica dos textos teóricos, temáticos, literários,
sua análise e discussão, a apresentação de filmes, enfim, o que importa é que o educando seja
constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos e a reconstruir
coletivamente novos saberes.
Adaptações do Método de Ensino e da Organização Didática
Adaptar o método de ensino às necessidades de cada aluno é, na realidade, um
procedimento fundamental na atuação profissional de todo educador, já que o ensino não ocorrerá,
de fato, se o professor não atender ao jeito que cada um tem para aprender. Faz parte da tarefa
de ensinar procurar as estratégias que melhor respondam às necessidades peculiares a cada
aluno.
É necessário a modificação do nível de complexidade das atividades e a adaptação dos
materiais utilizados. São vários os recursos que podem ser úteis para atender às necessidades
especiais de vários tipos de deficiência, seja ela permanente, ou temporária.
O professor poderá também fazer modificações na seleção de materiais que havia inicialmente
previsto em função dos resultados que esteja observando no processo de aprendizagem do
aluno. O ajuste de suas ações pedagógicas tem sempre que estar atrelado ao processo de
aprendizagem do aluno.
Organização dos conteúdos
Conteúdo estruturante:
O surgimento da sociologia e teorias sociológicas.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Modernidade.
• Renascimento, Reforma Protestante,
• Iluminismo, Revolução Francesa e Revolução Industrial;
• Desenvolvimento das Ciências;
• Senso comum e Conhecimento Científico;
• Teóricos da Sociologia: Comte,Durkheim,Weber,Engels e Marx;
• Produção Sociológica Brasileira;
•
Conteúdo estruturante:
O processo de socialização e as instituições sociais.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Instituições Familiares;
• Instituições Escolares;
• Instituições Religiosas;
• Instituições Políticas,etc.
Conteúdo estruturante:
Cultura, indústria cultural.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Conceito Antropológicos de Cultura;
• Diversidade Cultural;
• Relativismo;
• Etnocentrismo;
• Identidade;
• Sociedade de Consumo;
• Cultura de Massa- cultura erudita e cultura popular;
• Questões de Gênero e outras minorias.
Conteúdo estruturante:
Trabalho, produção e classes sociais.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Salário e lucro;
• Desemprego, desemprego conjuntural e desemprego estrutural;
• Subemprego e informalidade;
• Terceirização;
• Voluntariado e Cooperativismo;
• Empregabilidade e produtividade;
• Capital Humano;
• Reforma Trabalhista e Organização Internacional do Trabalho;
• Economia Solidária;
• Flexibilização;
• Neoliberalismo;
• Reforma Agrária;
• Reforma Sindical;
• Toyotismo, Fordismo;
• Parcerias Público- privadas;
• Relações de Mercado, etc.
Conteúdo estruturante
Poder, política e ideologia
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Estado Moderno;
• Tipos de Estados;
• Conceito de poder;
• Conceito de Dominação;
• Conceito de Política;
• Conceito de Ideologia.
Conteúdos estruturante
Direitos, cidadania e movimentos sociais.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
• Conceito Moderno de Direito;
• Conceito de Movimento Social;
• Cidadania;
• Movimentos Sociais Urbanos;
• Movimentos Sociais Rurais;
• Movimentos Sociais Conservadores;
Adaptação de conteúdos
A adaptação de conteúdos deverá priorizar as áreas ou unidades destes, reformulando sequências e
acompanhando as adaptações propostas para os objetivos educacionais. A adaptação na
temporalidade do processo de ensino e aprendizagem, pode ser ampliada ou reduzida para o
trato de determinados objetivos e os consequentes conteúdos. O professor pode organizar o
tempo das atividades propostas, levando em conta as necessidades educacionais de cada aluno.
Temas socioeducacionais
Durante o desenvolvimento das aulas serão trabalhados os temas socioeducacionais os quais estão
contempladas nos seguintes tema e Leis:
Violência contra a Criança e o Adolescente – Lei federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e do
Adolescente 8069/90;
Educação Ambiental – Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13;
Música – Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12;
Estatuto do Idoso – Lei 10741/03;
Educação para o trânsito – Lei 9503/97;
Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09;
Direitos Humanos – Resolução 01/12 – CNE/CP;
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena – Lei 11645/08;
Execução do Hino Nacional – Lei 12031/09;
História do Paraná – Lei 13181/01 e Deliberação 07/06;
Educação Fiscal e Educação Tributária – Decreto 1143/99, Portaria 413/02;
Sexualidade Humana – Lei 11733/97;
Prevenção ao Uso de Drogas – Lei 11343/06;
Hasteamento e execução do Hino do Paraná – Instrução 13/12;
Brigadas Escolares – Decreto 4837/12.
Os Temas Socioeducacionais serão trabalhados no decorrer do ano letivo, por meio de leituras,
discussões, debates, produções diversas, exibição de filmes, pesquisas, etc.
Avaliação e recuperação de estudos
A avaliação será diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente, permanente, para fins de promoção
ou certificação, serão registradas 02 (duas) notas. Na disciplina Sociologia, acompanham as
próprias práticas de ensino e de aprendizagem de conteúdos, seja a reflexão crítica em debates, que
acompanham os textos ou filmes, seja na produção de textos que demonstrem capacidade de
articulação entre teoria e prática, seja na pesquisa bibliográfica, enfim, várias podem ser as formas,
desde que se tenha como perspectiva, ao selecioná-las.
Adaptação do processo de avaliação
Outra categoria de ajuste que é necessária para atender as necessidades educacionais
especiais de alunos é a adaptação no processo de avaliação, no estabelecimento de critérios e
na escolha dos instrumentos, adaptando-os aos diferentes estilos e possibilidades de expressão
dos alunos.
Recuperação de estudos
A recuperação de estudos se dará concomitantemente ao processo ensino-aprendizagem,
considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de todos os educandos,
independentemente do nível de apropriação dos mesmos. Ela será também individualizada,
organizada com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor diagnosticar o nível de
aprendizagem de cada educando.
Referências bibliográficas
AZEVEDO, F. Princípios de Sociologia: por uma teoria geral da política. Rio de Janeiro. Paz e Terra,1990.COELHO, T. O que é indústria cultural. 15 ed. São Paulo:Brasiliense, 1993.MARX, K. Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural,1978.WEBER, M. Sociologia . São Paulo: Ática, 1979.SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ- Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação básica do Estado do Paraná. Sociologia. Curitiba,2006.
4.4.2.19. PPC – LÍNGUA PORTUGUESA/EJA
Apresentação da disciplina
O ensino da Língua Portuguesa, conforme a concepção Bakhtiniana, requer que se
considerem os aspectos sociais e históricos em que o sujeito está inserido, bem como o contexto de
produção do enunciado, uma vez que os seus significados são sociais e historicamente construídos.
Sob essa perspectiva, o ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa visa aprimorar os
conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos, para que eles possam compreender os
discursos que os cercam e terem condições de interagir com esses discursos. Para isso, é relevante
que a língua seja percebida como uma arena em que diversas vozes sociais se defrontam,
manifestando diferentes opiniões. A esse respeito, Bakhtin/Volochinov (1999, p. 66) defende: “(...)
cada palavra se apresenta como uma arena em miniatura onde se entrecruzam e lutam os valores
sociais de orientação contraditória. A palavra revela-se, no momento de sua expressão, como
produto de relação viva das forças sociais.”.
Nesse sentido, é preciso que a escola seja um espaço que promova, por meio de uma gama
de textos com diferentes funções sociais, o letramento do aluno, para que ele se envolva nas
práticas de uso da língua – sejam de leitura, oralidade e escrita.
O professor de Língua Portuguesa precisa, então, propiciar ao educando a prática, a
discussão, a leitura de textos das diferentes esferas sociais (jornalística, literária, publicitária,
digital, etc). Sob o exposto, defende-se que as práticas discursivas abrangem, além dos textos
escritos e falados, a integração da linguagem verbal com outras linguagens (multiletramentos).
A leitura dessas múltiplas linguagens, realizada com propriedade, garante o envolvimento
do sujeito com as práticas discursivas, alterando “seu estado ou condição em aspectos sociais,
psíquicos, culturais, políticos, cognitivos, linguísticos e até mesmo econômicos” (SOARES, 1998,
p. 18) .
Assim, temos que um texto não é um objeto fixo num dado momento no tempo, ele lança
seus sentidos no diálogo intertextual, ou seja, o texto é sempre uma atitude responsiva a outros
textos, desse modo, estabelece relações dialógicas. Na visão de Bakhtin (1992, p. 354), “mesmo
enunciados separados um do outro no tempo e no espaço e que nada sabem um do outro, se
confrontados no plano de sentido, revelarão relações dialógicas”. Bakhtin/Volochinov (1999, p.
123) compreende a palavra “diálogo” num sentido mais amplo: “não apenas como a comunicação
em voz alta, de pessoas colocadas face a face, mas toda a comunicação verbal, de qualquer tipo que
seja”.
Uma vez que o trabalho será pautado na perspectiva da multiplicidade de textos orais e
escritos, coloca-se a divisão desta proposta no que denomina-se “GÊNEROS DISCURSIVOS”,
visto que, alguns são adaptados, transformados, renovados, multiplicados ou até mesmo criados a
partir da necessidade que o homem tem de se comunicar com o outro, tendo em vista que “todos os
diversos campos da atividade humana estão ligados ao uso da linguagem” (BAKHTIN, 1992, p.
261).
Os gêneros discursivos “são formas comunicativas que não são adquiridas em manuais, mas
sim nos processos interativos” (MACHADO, 2005, p. 157). Nessa concepção, antes de constituir
um conceito, é uma prática social e deve orientar a ação pedagógica com a língua. Compreender
essa relação é fundamental para que não se caia tão somente na sua normatização e,
consequentemente, no que Rojo (2004, p. 35) define como “pedagogia transmissiva das análises
estruturais e gramaticais”, que dissocia o texto de sua realidade social.
Portanto, o estudo dos conhecimentos linguísticos, sob esse enfoque, deve propiciar ao
aluno a reflexão sobre as normas de uso das unidades da língua, de como elas são combinadas para
produzirem determinados efeitos de sentido, profundamente vinculados a contextos e adequados às
finalidades pretendidas no ato da linguagem.
Conteúdos
Conteúdo estruturante :
Discurso como prática social
O discurso é efeito de sentidos entre interlocutores, não é individual, é entendido como
resultado da interação – oral ou escrita – entre sujeitos, é a língua em sua integridade concreta e
viva.
Conteúdos básicos
Oralidade
A acolhida democrática da escola às variações linguísticas toma como ponto de partida os
conhecimentos linguísticos dos alunos, para promover situações que os incentivem a falar, ou seja,
fazer uso da variedade de linguagem que eles empregam em suas relações sociais, mostrando que
as diferenças de registro não constituem, científica e legalmente, objeto de classificação e que é
importante a adequação do registro nas diferentes instâncias discursivas.
Devemos lembrar que o aluno de EJA já domina a fala e pode ser considerado um falante
nativo com grande domínio da língua. Há muitas maneiras diferentes de falar, de usar a língua
portuguesa, pois existem muitos dialetos. Há dialetos estigmatizados e prestigiados socialmente.
Ao apresentar a hegemonia da norma culta, a escola muitas vezes desconsidera os fatores
que geram a imensa diversidade linguística: localização geográfica, faixa etária, situação
socioeconômica, escolaridade, etc. (POSSENTI,1996). O professor precisa ter clareza de que tanto
a norma padrão quanto as outras variedades, embora apresentem diferenças entre si, são
igualmente lógicas e bem estruturadas.
A Sociolinguística não classifica as diferentes variantes linguísticas como boas ou ruins,
melhores ou piores, primitivas ou elaboradas, pois constituem sistemas linguísticos eficazes,
falares que atendem a diferentes propósitos comunicativos, dadas as práticas sociais e os hábitos
culturais das comunidades.
Escrita
Em relação à escrita, ressalte-se que as condições em que a produção acontece determinam
o texto. Antunes (2003) salienta a importância de o professor desenvolver uma prática de escrita
escolar que considere o leitor, uma escrita que tenha um destinatário e finalidades, para então se
decidir sobre o que será escrito, tendo visto que “a escrita, na diversidade de seus usos, cumpre
funções comunicativas socialmente específicas e relevantes” (ANTUNES, 2003, p. 47).
Além disso, cada gênero discursivo tem suas peculiaridades: a composição, a estrutura e o
estilo variam conforme se produza um poema, um bilhete, uma receita, um texto de opinião ou
científico. Essas e outras composições precisam circular na sala de aula em ações de uso, e não a
partir de conceitos e definições de diferentes modelos de textos.
O aperfeiçoamento da escrita se faz a partir da produção de diferentes gêneros, por meio
das experiências sociais, tanto singular quanto coletivamente vividas. O que se sugere, sobretudo, é
a noção de uma escrita como formadora de subjetividades, podendo ter um papel de resistência aos
valores prescritos socialmente. A possibilidade da criação, no exercício desta prática, permite ao
educando ampliar o próprio conceito de gênero discursivo.
É preciso que o aluno se envolva com os textos que produz e assuma a autoria do que
escreve, visto que ele é um sujeito que tem o que dizer. Quando escreve, ele diz de si, de sua leitura
de mundo. Bakhtin (1992, p. 289) afirma que “todo enunciado é um elo na cadeia da comunicação
discursiva. É a posição do falante nesse ou naquele campo do objeto de sentido.” A produção
escrita possibilita que o sujeito se posicione, tenha voz em seu texto, interagindo com as práticas de
linguagem da sociedade.
Leitura
Compreende-se a leitura como um ato dialógico, interlocutivo, que envolve demandas
sociais, históricas, políticas, econômicas, pedagógicas e ideológicas de determinado momento. Ao
ler, o indivíduo busca as suas experiências, os seus conhecimentos prévios, a sua formação
familiar, religiosa, cultural, enfim, as várias vozes que o constituem.
A leitura se efetiva no ato da recepção, configurando o caráter individual que ela possui,
“[...] depende de fatores linguísticos e não-linguísticos: o texto é uma potencialidade significativa,
mas necessita da mobilização do universo de conhecimento do outro - o leitor - para ser atualizado”
(PERFEITO, 2005, p. 54-55).
Esse processo implica uma resposta do leitor ao que lê, é dialógico, acontece num tempo e
num espaço. No ato de leitura, um texto leva a outro e orienta para uma política de singularização
do leitor que, convocado pelo texto, participa da elaboração dos significados, confrontando-o com
o próprio saber, com a sua experiência de vida.
Praticar a leitura em diferentes contextos requer que se compreendam as esferas discursivas
em que os textos são produzidos e circulam, bem como se reconheçam as intenções e os
interlocutores do discurso.
É nessa dimensão dialógica, discursiva que a leitura deve ser experienciada, desde a
alfabetização. O reconhecimento das vozes sociais e das ideologias presentes no discurso, tomadas
nas teorizações de Bakhtin, ajudam na construção de sentido de um texto e na compreensão das
relações de poder a ele inerentes.
Literatura
A literatura, como produção humana, está intrinsecamente ligada à vida social. O
entendimento do que seja o produto literário está sujeito a modificações históricas, portanto, não
pode ser apreensível somente em sua constituição, mas em suas relações dialógicas com outros
textos e sua articulação com outros campos: o contexto de produção, a crítica literária, a linguagem,
a cultura, a história, a economia, entre outros.
A primeira, função psicológica, permite ao homem a fuga da realidade, mergulhando num
mundo de fantasias, o que lhe possibilita momentos de reflexão, identificação e catarse.
Na segunda, Candido (1972) afirma que a literatura por si só faz parte da formação do
sujeito, atuando como instrumento de educação, ao retratar realidades não reveladas pela ideologia
dominante.
A função social, por sua vez, é a forma como a literatura retrata os diversos segmentos da
sociedade, é a representação social e humana. Candido cita o regionalismo para exemplificar essa
função.
O texto literário permite múltiplas interpretações, uma vez que é na recepção que ele
significa. No entanto, não está aberto a qualquer interpretação. O texto é carregado de
pistas/estruturas de apelo, as quais direcionam o leitor, orientando-o para uma leitura coerente.
Além disso, o texto traz lacunas, vazios, que serão preenchidos conforme o conhecimento de
mundo, as experiências de vida, as ideologias, as crenças, os valores, etc., que o leitor carrega
consigo.
Feitas essas considerações, é importante pensar em que sentido a Estética da Recepção e a
Teoria do Efeito podem servir como suporte teórico para construir uma reflexão válida no que
concerne à literatura, levando em conta o papel do leitor e a sua formação.
Análise linguística e as práticas discursivas
O termo “análise linguística” trouxe uma nova perspectiva sobre o trabalho da língua
Portuguesa na escola, em especial ao que se refere ao ensino gramatical. Conforme Geraldi:
“O uso da expressão ‘análise linguística’ não se deve ao mero gosto por novas
terminologias. A análise linguística inclui tanto o trabalho sobre as questões tradicionais da
gramática quanto questões amplas a propósito do texto, entre as quais vale a pena citar: coesão e
coerência internas do texto; adequação do texto aos objetivos pretendidos; análise dos recursos
expressivos utilizados [...]; organização e inclusão de informações, etc. (GERALDI, 2004, p. 74).
O autor salienta que antes de vir para a escola, a criança “[...] opera sobre a linguagem,
reflete sobre os meios de expressão usados em suas diferentes interações, em função dos
interlocutores com quem interage, em função de seus objetivos nesta ação” (GERALDI, 1997, p.
189).
Os alunos trazem para a escola um conhecimento prático dos princípios da linguagem, que
assimilam pelas interações cotidianas e usam na observação das regularidades, similaridades e
diferenças dos elementos linguísticos empregados em seus discursos.
O trabalho de reflexão linguística a ser realizado com esses alunos deve voltar- se para a
observação e análise da língua em uso, o que inclui morfologia, sintaxe, semântica e estilística;
variedades linguísticas; as relações e diferenças entre língua oral e língua escrita, quer no nível
fonológico-ortográfico, quer no nível textual e discursivo, visando à construção de conhecimentos
sobre o sistema linguístico. Vale ressaltar que, ao explorar questões de conhecimentos linguísticos,
“nos fixemos nas condições de seus usos e nos efeitos discursivos possibilitados pelo recurso a uma
ou a outra regra [...]”, como aponta Antunes (2007, p. 81).
O estudo da língua que se ancora no texto extrapola o tradicional horizonte da palavra e da
frase. Busca-se, na análise linguística, verificar como os elementos verbais (os recursos disponíveis
da língua), e os elementos extraverbais (as condições e situação de produção) atuam na construção
de sentido do texto.
Quando se assume a língua como interação, em sua dimensão linguístico- discursiva, o
mais importante é criar oportunidades para o aluno refletir, construir, considerar hipóteses a partir
da leitura e da escrita de diferentes textos, instância em que pode chegar à compreensão de como a
língua funciona e à decorrente competência textual. O ensino da nomenclatura gramatical, de
definições ou regras a serem construídas, com a mediação do professor, deve ocorrer somente após
o aluno ter realizado a experiência de interação com o texto.
A prática de análise linguística constitui um trabalho de reflexão sobre a organização do
texto escrito e/ou falado, um trabalho no qual o aluno percebe o texto como resultado de opções
temáticas e estruturais feitas pelo autor, tendo em vista o seu interlocutor. Sob essa ótica, o texto
deixa de ser pretexto para se estudar a nomenclatura gramatical e a sua construção passa a ser o
objeto de ensino.
Assim, o trabalho com a gramática deixa de ser visto a partir de exercícios tradicionais, e
passa a implicar que o aluno compreenda o que seja um bom texto, como é organizado, como os
elementos gramaticais ligam palavras, frases, parágrafos, retomando ou avançando ideias
defendidas pelo autor, além disso, o aluno refletirá e analisará a adequação do discurso
considerando o destinatário, o contexto de produção e os efeitos de sentidos provocados pelos
recursos linguísticos utilizados no texto.
Conteúdos básicos ensino fundamental
Conteúdos por registros do ensino fundamental – fase II1º REGISTRO
Exposição Oral, História em Quadrinhos, Regras de jogo, instruções de uso e placas, Folder, entre outros.
2º REGISTRO
Biografia e Autobiografia, Memorias Literárias, Literatura de Cordel, Poema, Musica, entre outros.
3º REGISTRO
Narrativas, Provérbios, Fábula, Lendas, Conto, Crônicas, entre outros.
4º REGISTRO
Notícia/Reportagem, Carta de Leitor, Entrevista, Propaganda, Editorial, entre outros.
5º REGISTRO
Crônica, Charge/Cartum, Chat, E-mail, Blog, entre outros.
6º REGISTRO
Sinopse de filmes, Resumo, Estatuto, Textos de Opinião, Texto dissertativo/argumentativo, entre outros.
CONTEÚDOS POR REGISTROS DO ENSINO MÉDIO
1º REGISTRO
Resumo, Texto Dramático, Crônica, Poema, Paródia, Conto, Contos de fadas Contemporâneos, Provérbios, Fábulas, entre outros.
2º REGISTRO
Classificados, Notícia, Reportagem, Entrevista, Anúncio, Propaganda, Placas, Outdoor, Folder, entre outros
3º REGISTRO
Lendas, Mitos, Histórias de Humor, Tiras, Cartum, Charge, Caricatura, Chat, E-mail, Blog, entre outros.
4º REGISTRO
Poesia, Romance, Biografia, Novela Fantástica, Resenha, Relatório Científico, Dissertação, entre outros.
5º REGISTRO
Romance, Poesia, Testemunho, Debate Regrado, Seminário, Conferência, Mesa Redonda, Palestra,entre outros.
6º REGISTRO
Romance, Poesia, Artigo de Opinião, Reclamação, Editorial, Debate, Depoimento, Dissertação,Defesa de Trabalho Acadêmico, entre outros.
Adaptação de conteúdos no ensino fundamental e médio
É necessário ajustes nos objetivos pedagógicos constantes no plano de ensino de forma a adequá-
los às características e condições dos alunos. Sendo assim, o professor pode priorizar
determinados objetivos para um aluno, caso seja a forma de atender às suas necessidades
educacionais e investir mais tempo, ou utilizar maior variedade de estratégias pedagógicas na
busca de alcançar determinados objetivos, em detrimento de outros, menos necessários, numa
escala de prioridade estabelecida a partir da análise de conhecimento já apreendido pelo
aluno, e do grau de importância do referido objetivo para o seu desenvolvimento e a
aprendizagem significativa.
Metodologia
A proposta metodológica das práticas pedagógicas da EJA deve considerar os três eixos
articuladores propostos para as Diretrizes Curriculares: cultura, trabalho e tempo, os quais deverão
estar inter-relacionados.
Como eixo principal, a cultura norteará a ação pedagógica, haja vista que dela emanam as
manifestações humanas, entre elas o trabalho e o tempo. Portanto, é necessário manter o foco na
diversidade cultural, percebendo, compartilhando e sistematizando as experiências vividas pela
comunidade escolar, estabelecendo relações a partir do conhecimento que esta detém, para a (re)
construção de seus saberes.
O trabalho, outro eixo articulador, ocupa a base das relações humanas desenvolvidas ao longo da
vida. É fruto da atividade humana intencional que busca adaptar-se às necessidades de
sobrevivência. Para Andery (1998), a interação homem-natureza é um processo permanente de
mútua transformação. A criação de instrumentos, a formulação de idéias e formas específicas de
elaborá-las são características identificadas como eminentemente humanas. Assim, a sociedade se
organiza de forma a produzir bens necessários à vida humana, uma vez que as relações de trabalho
e a forma de dividi-lo e de organizá-lo compõem sua base material.
Além dos já citados, a escola deve ter como princípio metodológico um terceiro eixo mediador que
consiste em valorizar os diferentes tempos necessários à aprendizagem do educando da EJA.
Assim, devem ser considerados os saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do
mundo do trabalho, face à diversidade de suas características,
Desse modo, o caráter coletivo da organização escolar permite maior segurança ao educador da
EJA que, em sua ação formadora, toma para si a responsabilidade de adiantar-se ao tempo vivido
pelo educando, criando espaços interativos, propondo atividades que lhe propiciem o pensar e a
compreensão de si mesmo, do outro e do mundo.
Para adaptar o tempo escolar às necessidades dos educandos, o currículo deve ser organizado de
forma que lhes possibilite transitar pela estrutura curricular, de acordo com o seu tempo próprio de
construção da aprendizagem. A interação entre os conhecimentos apreendidos deve torná-los
significativos às práticas diárias dos educandos e permitir que os conteúdos constituam uma rede
integradora entre os conceitos trabalhados nas diferentes áreas do conhecimento e as estratégias de
investigação da realidade.
Os educandos da EJA trazem consigo um legado cultural – conhecimentos construídos a partir do
senso comum e um saber popular, não-científico, constituído no cotidiano, em suas relações com o
outro e com o meio – os quais devem ser considerados na dialogicidade das práticas educativas.
Portanto, o trabalho dos educadores da EJA é buscar de modo contínuo o conhecimento que
dialogue com o singular e o universal, o mediato e o imediato, de forma dinâmica e histórica.
Para que a escola possa reorganizar o conhecimento originário na cultura vivida e dar significado
ao conhecimento escolar, o ponto de partida deve ser a experiência dos sujeitos envolvidos.
Conforme Freire (1996, p. 38) a educação emancipatória valoriza o “saber de experiência feito”, o
saber popular, e parte dele para a construção de um sabe que ajude homens e mulheres na formação
de sua consciência política.
Metodologia da disciplina
Na sala de aula e nos outros espaços de encontro com os alunos, os professores de Língua
Portuguesa e de Literatura têm o papel de promover o amadurecimento do domínio discursivo da
oralidade, da leitura e da escrita, para que os estudantes compreendam e possam interferir nas
relações de poder com seus próprios pontos de vista, fazendo deslizar o signo-verdade-poder em
direção a outras significações que permitam, aos mesmos estudantes, a sua emancipação e a
autonomia em relação ao pensamento e às práticas de linguagem imprescindíveis ao convívio
social. Esse domínio das práticas discursivas possibilitará que o aluno modifique, aprimore,
reelabore sua visão de mundo e tenha voz na sociedade.
Durante o desenvolvimento dos trabalhos serão contempladas as Leis:
Violência contra a Criança e o Adolescente – Lei federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e
do Adolescente 8069/90;
Educação Ambiental – Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13;
Música – Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12;
Estatuto do Idoso – Lei 10741/03;
Educação para o trânsito – Lei 9503/97;
Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09;
Direitos Humanos – Resolução 01/12 – CNE/CP;
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena – Lei 11645/08;
Execução do Hino Nacional – Lei 12031/09;
História do Paraná – Lei 13181/01 e Deliberação 07/06;
Educação Fiscal e Educação Tributária – Decreto 1143/99, Portaria 413/02;
Sexualidade Humana – Lei 11733/97;
Prevenção ao Uso de Drogas – Lei 11343/06;
Hasteamento e execução do Hino do Paraná – Instrução 13/12;
Brigadas Escolares – Decreto 4837/12.
Os Temas Socioeducacionais serão trabalhados no decorrer do ano letivo, por meio de leitura,
análise linguística, produção textual, exibição de filmes e pesquisas abordados em diversos gêneros
textuais.
Prática da oralidade
No dia a dia da maioria das pessoas, a fala é a prática discursiva mais utilizada. Nesse
sentido, as atividades orais precisam oferecer condições ao aluno de falar com fluência em
situações formais; adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto,
intenções); aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e
aprender a convivência democrática que supõe o falar e o ouvir. Ao contrário do que se julga, a
prática oral realiza-se por meio de operações linguísticas complexas, relacionadas a recursos
expressivos como a entonação.
Cabe, entretanto, reconhecer que a norma padrão, além de variante de prestígio social e de
uso das classes dominantes, é fator de agregação social e cultural e, portanto, é direito de todos os
cidadãos, sendo função da escola possibilitar aos alunos o acesso a essa norma.
O professor pode planejar e desenvolver um trabalho com a oralidade que, gradativamente,
permita ao aluno conhecer, usar também a variedade linguística padrão e entender a necessidade
desse uso em determinados contextos sociais. É por meio do aprimoramento linguístico que o aluno
será capaz de transitar pelas diferentes esferas sociais, usando adequadamente a linguagem tanto
em suas relações cotidianas quanto nas relações mais complexas – no dizer de Bakhtin (1992) – e
que exigem maior formalidade. Dessa forma, o aluno terá condições de se posicionar criticamente
diante de uma sociedade de classes, repleta de conflitos e contradições.
Tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, as possibilidades de trabalho com
os gêneros orais são diversas e apontam diferentes caminhos, como: apresentação de temas
variados (histórias de família, da comunidade, um filme, um livro); depoimentos sobre situações
significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas do seu convívio; dramatização; recado;
explicação; contação de histórias; declamação de poemas; troca de opiniões; debates; seminários;
júris-simulados e outras atividades que possibilitem o desenvolvimento da argumentação.
No que concerne à literatura oral, valoriza-se a potência dos textos literários como Arte, os
quais produzem oportunidade de considerar seus estatutos, sua dimensão estética e suas forças
políticas particulares.
O trabalho com os gêneros orais deve ser consistente. Isso significa que as atividades
propostas não podem ter como objetivo simplesmente ensinar o aluno a falar, emitindo opiniões ou
em conversas com os colegas de sala de aula. O que é necessário avaliar, juntamente com o falante,
por meio da reflexão sobre os usos da linguagem, é o conteúdo de sua participação oral.
Sugere-se que professor, primeiramente, selecione os objetivos que pretende com o gênero
oral escolhido, por exemplo:
• na proposição de um seminário, além de explorar o tema a ser apresentado, é preciso
orientar os alunos sobre o contexto social de uso desse gênero; definir a postura diante dos
colegas; refletir a respeito das características textuais (composição do gênero, as marcas
linguístico-enunciativas); organizar a sequência da apresentação;
• na participação em um debate, pode-se observar a argumentação do aluno, como ele
defende seu ponto de vista, além disso o professor deve orientar sobre a adequação da
linguagem ao contexto, trabalhar com os turnos de fala, com a interação entre os participantes,
etc.;
• na dramatização de um texto, é possível explorar elementos da representação cênica
(como entonação, expressão facial e corporal, pausas), bem como a estrutura do texto
dramatizado, as trocas de turnos de falas, observando a importância de saber a fala do outro
(deixa) para a introdução da sua própria fala, etc.;
• ao narrar um fato (real ou fictício), o professor poderá abordar a estrutura da narrativa,
refletir sobre o uso de gírias e repetições, explorar os conectivos usados na narração, que apesar
de serem marcadores orais, precisam estar adequados ao grau de formalidade/informalidade dos
textos, entre outros pontos.
Além disso, pode-se analisar a linguagem em uso em outras esferas sociais, como: em
programas televisivos (jornais, novelas, propagandas); em programas radiofônicos; no discurso do
poder em suas diferentes instâncias: público, privado, enfim, nas mais diversas realizações do
discurso oral.
Ao analisar os discursos de outros, também é preciso selecionar os conteúdos que se
pretende abordar. Seguem algumas sugestões metodológicas, tendo como referência Cavalcante &
Melo (2006):
• se a intenção for trabalhar com o gênero entrevista televisiva, pode-se refletir como o
apresentador se dirige ao entrevistado; quem é o entrevistado, idade, sexo; qual papel ele
representa na sociedade; o desenvolvimento do tema da entrevista; o contexto; se a fala do
apresentador e do entrevistado é formal ou informal; se há clareza nas respostas; os recursos
expressivos, etc;
• o gênero mesa-redonda possibilita verificar como os participantes interagem entre si. Para
isso, é importante considerar algumas características dos participantes, como: idade, sexo,
profissão, posição social. Pode-se analisar os argumentos dos participantes, a ideologia presente
nos discursos, as formas de sequencialização dos tópicos do diálogo, a linguagem utilizada (formal,
informal), os recursos linguístico-discursivos usados para defender o ponto de vista, etc.;
• em cenas de novelas, filmes, programas humorísticos e outros, tem-se como explorar a
sociolinguística, o professor pode estimular o aluno a perceber se há termos, expressões, sotaques
característicos de alguma região, classe social, idade e como estes sotaques ou marcas dialetais são
tratados. Além disso, pode solicitar que os alunos transcrevam um trecho de uma cena de novela
e analisem, por exemplo, as falas das personagens em momentos de conflito, verificando se
apresentam truncamento, hesitações, o que é comum em situações de conflito real.
A comparação entre as estratégias específicas da oralidade e aquelas da escrita faz parte da
tarefa de ensinar os alunos a expressarem suas ideias com segurança e fluência. O trabalho com os
gêneros orais visa ao aprimoramento linguístico, bem como a argumentação. Nas propostas de
atividades orais, o aluno refletirá tanto a partir da sua fala quanto da fala do outro, sobre:
• o conteúdo temático do texto oral;
• elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros usados em
diferentes esferas sociais;
• a unidade de sentido do texto oral;
• os argumentos utilizados;
• o papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade;
• observância da relação entre os participantes (conhecidos, desconhecidos, nível social,
formação, etc.) para adequar o discurso ao interlocutor;
• as marcas linguístico-enunciativas do gênero oral selecionado para estudo
Prática da escrita
É necessário compreender o funcionamento de um texto escrito, que se faz a partir de
elementos como organização, unidade temática, coerência, coesão, intenções, interlocutor(es),
dentre outros. Além disso, “[...] a escrita apresenta elementos significativos próprios, ausentes na
fala, tais como o tamanho e tipo de letras, cores e formatos, elementos pictóricos, que operam
como gestos, mímica e prosódia graficamente representados” (MARCUSCHI, 2005, p. 17).
A maneira de propor atividades com a escrita interfere de modo significativo nos resultados
alcançados. Diante de uma folha repleta de linhas a serem preenchidas sobre um tema, os alunos
podem recorrer somente ao que Pécora (1983, p. 68) chama de “estratégias de preenchimento”. É
desejável que as atividades com a escrita se realizem de modo interlocutivo, que elas possam
relacionar o dizer escrito às circunstâncias de sua produção. Isso implica o produtor do texto
assumir-se como locutor, conforme propõe Geraldi (1997) e, dessa forma, ter o que dizer; razão
para dizer; como dizer, interlocutores para quem dizer. As propostas de produção textual precisam
“corresponder àquilo que, na verdade, se escreve fora da escola – e, assim, sejam textos de gêneros
que têm uma função social determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade” (ANTUNES,
2003, p. 62-63). Há diversos gêneros que podem ser trabalhados em sala de aula para aprimorar a
prática de escrita.
Na prática da escrita, há três etapas interdependentes e intercomplementares sugeridas por
Antunes (2003) e adaptadas às propostas destas Diretrizes, que podem ser ampliadas e adequadas
de acordo com o contexto:
• inicialmente, essa prática requer que tanto o professor quanto o aluno planejem o que será
produzido: é o momento de ampliar as leituras sobre a temática proposta; ler vários textos do
gênero solicitado para a escrita, a fim de melhor compreender a esfera social em que este circula;
delimitar o tema da produção; definir o objetivo e a intenção com que escreverá; prever os
possíveis interlocutores; pensar sobre a situação em que o texto irá circular; organizar as ideias;
• em seguida, o aluno escreverá a primeira versão sobre a proposta apresentada, levando em
conta a temática, o gênero e o interlocutor, selecionará seus argumentos, suas ideias; enfim, tudo
que fora antes planejado, uma vez que essa etapa prevê a anterior (planejar) e a posterior (rever o
texto);
• depois, é hora de reescrever o texto, levando em conta a intenção que se teve ao produzi-
lo: nessa etapa, o aluno irá rever o que escreveu, refletir sobre seus argumentos, suas ideias,
verificar se os objetivos foram alcançados; observar a continuidade temática; analisar se o texto
está claro, se atende à finalidade, ao gênero e ao contexto de circulação; avaliar se a linguagem
está adequada às condições de produção, aos interlocutores; rever as normas de sintaxe, bem como
a pontuação, ortografia, paragrafação.
Por meio do processo, que vivencia a prática de planejar, escrever, revisar e reescrever seus
textos, o aluno perceberá que a reformulação da escrita não é motivo para constrangimento. O ato
de revisar e reformular é antes de mais nada um processo que permite ao locutor refletir sobre seus
pontos de vista, sua criatividade, seu imaginário.
O refazer textual pode ocorrer de forma individual ou em grupo, considerando a intenção e
as circunstâncias da produção e não a mera “higienização” do texto do aluno, para atender apenas
aos recursos exigidos pela gramática. O refazer textual deve ser, portanto, atividade fundamentada
na adequação do texto às exigências circunstanciais de sua produção.
Durante a produção de texto, o estudante aumenta seu universo referencial e aprimora sua
competência de escrita, apreende as exigências dessa manifestação linguística e o seu sistema de
organização próprio. Ao analisar seu texto conforme as intenções e as condições de sua produção, o
aluno adquire a necessária autonomia para avaliá-lo.
Prática da leitura
A leitura é vista como um ato dialógico, interlocutivo. O leitor, nesse contexto, tem um
papel ativo no processo da leitura, e para se efetivar como co-produtor, procura pistas formais,
formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no seu
conhecimento linguístico, nas suas experiências e na sua vivência sócio-cultural.
Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas sociais:
jornalísticas, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana, midiática, literária,
publicitária, etc. No processo de leitura, também é preciso considerar as linguagens não-verbais. A
leitura de imagens, como: fotos, cartazes, propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que
povoam com intensidade crescente nosso universo cotidiano, deve contemplar os
multiletramentos .
Trata-se de propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o aluno a perceber o
sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles. Sob esse ponto de
vista, o professor precisa atuar como mediador, provocando os alunos a realizarem leituras
significativas. Assim, o professor deve dar condições para que o aluno atribua sentidos a sua
leitura, visando a um sujeito crítico e atuante nas práticas de letramento da sociedade.
Somente uma leitura aprofundada, em que o aluno é capaz de enxergar os implícitos,
permite que ele depreenda as reais intenções que cada texto traz. Sabe- se das pressões
uniformizadoras, em geral voltadas para o consumo ou para a não reflexão sobre problemas
estéticos ou sociais, exercidas pelas mídias. Essa pressão deve ser explicitada a partir de estratégias
de leitura que possibilitem ao aluno “percepção e reconhecimento – mesmo que inconscientemente
– dos elementos de linguagem que o texto manipula” (LAJOLO, 2001, p. 45). Desse modo, o aluno
terá condições de se posicionar diante do que lê.
É importante ponderar a pluralidade de leituras que alguns textos permitem, o que é
diferente de afirmar que qualquer leitura é aceitável. Deve-se considerar o contexto de produção
sócio-histórico, a finalidade do texto, o interlocutor, o gênero.
Desse modo, para o encaminhamento da prática da leitura, é preciso considerar o texto, que
se pretende trabalhar e então, planejar as atividades. Antunes (2003) salienta que conforme variem
os gêneros (reportagem, propaganda, poemas, crônicas, história em quadrinhos, entrevistas, blog),
conforme variem a finalidade pretendida com a leitura (leitura informativa, instrumental,
entretenimento...), e, ainda, conforme variem o suporte (jornal, televisão, revista, livro,
computador...), variam também as estratégias a serem usadas.
Nesse sentido, não se lê da mesma forma uma crônica que está divulgada no suporte de um
jornal e uma crônica publicada em um livro, tendo em vista a finalidade de cada uma delas. Na
crônica do jornal, é importante considerar a data de publicação, a fonte, os acontecimentos dessa
data, o diálogo entre a crônica e outras notícias veiculadas nesse suporte. Já a leitura da crônica do
livro representa um fato cotidiano independente dos interesses deste ou daquele jornal.
Também a leitura de um poema difere da leitura de um artigo de opinião. Numa atividade
de leitura com o texto poético, é preciso observar o seu valor estético, o seu conteúdo temático,
dialogar com os sentimentos revelados, as suas figuras de linguagem, as intenções. Diferente de um
artigo de opinião, que tem outro objetivo, e nele é importante destacar o local e a data de
publicação, contextualizar a temática, dialogar com os argumentos apresentados se posicionando,
atentar para os operadores argumentativos, modalizadores, ou seja, as marcas enunciativas
desse discurso que revelam a posição do autor.
O educador deve atentar-se, também, aos textos não-verbais, ou ainda, aqueles em que
predomina o não-verbal, como: a charge, a caricatura, as imagens, as telas de pintura, os símbolos,
como possibilidades de leitura em sala de aula; os quais exigirão de seu aluno-leitor colaborações
diferentes daquelas necessárias aos textos verbais. Nesses, o leitor deverá estar muito mais atento
aos detalhes oferecidos nos traços, cores, formas, desenhos. No caso de infográficos, tabelas,
esquemas, a preocupação estará em associar/corresponder o verbal ao não-verbal, uma vez que este
está posto para corroborar com a leitura daquele.
Não se pode excluir, ainda, a leitura da esfera digital, que também é diferente se comparada
a outros gêneros e suportes. Os processos cognitivos e o modo de ler nessa esfera também mudam.
O hipertexto - texto no suporte digital/computador - representa uma oportunidade para ampliar a
prática de leitura. Através do hipertexto inaugura-se uma nova maneira de ler. No ambiente digital,
o tempo, o ritmo e a velocidade de leitura mudam. Além dos hiperlinks, no hipertexto há
movimento, som, diálogo com outras linguagens.
Na sala de aula, é necessário analisar, nas atividades de interpretação e compreensão de
um texto: os conhecimentos de mundo do aluno, os conhecimentos linguísticos, o conhecimento da
situação comunicativa, dos interlocutores envolvidos, dos gêneros e suas esferas, do suporte em
que o gênero está publicado, de outros textos (intertextualidade).
No que concerne ao trabalho com diferentes gêneros, Silva (2005, p. 66) assinala que a
escola deve se apresentar “como um ambiente rico em textos e suportes de textos para que o aluno
experimente, de forma concreta e ativa, as múltiplas possibilidades de interlocução com os textos.”
Dito isso, é essencial considerar o contexto de produção e circulação do texto para planejar as
atividades de leitura.
O ensino da prática de leitura requer um professor que “além de posicionar-se como um
leitor assíduo, crítico e competente, entenda realmente a complexidade do ato de ler” (SILVA,
2002, p. 22). Para a seleção dos textos é importante avaliar o contexto da sala de aula, as
experiências de leitura dos alunos, os horizontes de expectativas deles e as sugestões sobre textos
que gostariam de ler, para, então, oferecer textos cada vez mais complexos, que possibilitem
ampliar as leituras dos educandos.
Acredita-se que “A qualificação e a capacitação contínua dos leitores ao longo das séries
escolares colocam-se como uma garantia de acesso ao saber sistematizado, aos conteúdos do
conhecimento que a escola tem de tornar disponíveis aos estudantes” (SILVA, 2002, p. 07).
Literatura
Optou-se pelo Método Estética da Recepção e na Teoria do Efeito, visto que, essa proposta
de trabalho, de acordo com Bordini e Aguiar (1993), tem como objetivos: efetuar leituras
compreensivas e críticas; ser receptivo a novos textos e a leitura de outrem; questionar as leituras
efetuadas em relação ao seu próprio horizonte cultural; transformar os próprios horizontes de
expectativas, bem como os do professor, da escola, da comunidade familiar e social. Alcançar esses
objetivos é essencial para o sucesso das atividades.
Esse trabalho divide-se em cinco etapas e cabe ao professor delimitar o tempo de aplicação
de cada uma delas, de acordo com o seu plano de trabalho docente e com a sua turma.
A primeira etapa é o momento de determinação do horizonte de expectativa do aluno/leitor.
O professor precisa tomar conhecimento da realidade sócio-cultural dos educandos, observando o
dia a dia da sala de aula. Informalmente, pode-se analisar os interesses e o nível de leitura, a partir
de discussões de textos, visitas à biblioteca, exposições de livros, etc.
Na segunda, ocorre o atendimento ao horizonte de expectativas, o professor apresenta
textos que sejam próximos ao conhecimento de mundo e às experiências de leitura dos alunos. Para
isso, é fundamental que sejam selecionadas obras que tenham um senso estético aguçado,
percebendo que a diversidade de leituras pode suscitar a busca de autores consagrados da literatura,
de obras clássicas. Em seguida, acontece a ruptura do horizonte de expectativas. É o momento de
mostrar ao leitor que nem sempre determinada leitura é o que ele espera, suas certezas podem ser
abaladas. Para que haja o rompimento, é importante o professor trabalhar com obras que, partindo
das experiências de leitura dos alunos, aprofundem seus conhecimentos, fazendo com que eles se
distanciem do senso comum em que se encontravam e tenham seu horizonte de expectativa
ampliado, consequentemente, o entendimento do evento estético. Neste momento, o leitor tenta
encaixar o texto literário dentro de seu horizonte de valores, porém, a obra pode “confirmar ou
perturbar esse horizonte, em termos das expectativas do leitor, que o percebe, o julga por tudo que
já conhece e aceita” (BORDINI e AGUIAR, 1993, p. 87).
Após essa ruptura, o sujeito é direcionado a um questionamento do horizonte de
expectativas. O professor orienta o aluno/leitor a um questionamento e a uma autoavaliação a partir
dos textos oferecidos. O aluno deverá perceber que os textos oferecidos na etapa anterior (ruptura)
trouxeram-lhe mais dificuldades de leitura, porém, garantiram-lhe mais conhecimento, o que o
ajudou a ampliar seus horizontes.
A quinta e última etapa do método recepcional é a ampliação do horizonte de expectativas.
As leituras oferecidas ao aluno e o trabalho efetuado a partir delas possibilitam uma reflexão e uma
tomada de consciência das mudanças e das aquisições, levando-o a uma ampliação de seus
conhecimentos.
Para a aplicação deste método, o professor precisa ponderar as diferenças entre o Ensino
Fundamental e o Ensino Médio. No Ensino Médio, além do gosto pela leitura, há a preocupação,
por parte do professor, em garantir o estudo das Escolas Literárias. Contudo, ambos os níveis
devem partir do mesmo ponto: o aluno é o leitor, e como leitor é ele quem atribui significados ao
que lê, é ele quem traz vida ao que lê, de acordo com seus conhecimentos prévios, linguísticos, de
mundo. Assim, o docente deve partir da recepção dos alunos para, depois de ouvi-los, aprofundar a
leitura e ampliar os horizontes de expectativas dos alunos.
O primeiro olhar para o texto literário, tanto para alunos de Ensino Fundamental como do
Ensino Médio, deve ser de sensibilidade, de identificação. O professor pode estimular o aluno a
projetar-se na narrativa e identificar-se com algum personagem. Numa apresentação em sala de
aula o educando revela-se e, “provocado” pelo docente, justifica sua associação defendendo seu
personagem.
O professor, então, solicita aos alunos que digam o que entenderam da história lida. Esta
fase é importante para que o aluno se perceba como coautor e tenha contato, também, com outras
leituras, a dos colegas de sala, que não havia percebido.
É importante que o professor trabalhe com seus alunos as estruturas de apelo,
demonstrando a eles que não é qualquer interpretação que cabe à literatura, mas aquelas que o texto
permite. As marcas linguísticas devem ser consideradas na leitura literária; elas também asseguram
que as estruturas de apelo sejam respeitadas. Agindo assim, o professor estará oportunizando ao
aluno a ampliação do horizonte de expectativa.
Nesse contínuo de relações, percebe-se que o texto literário dialoga, também, com outras
áreas e o trabalho com a Literatura potencializa uma prática diferenciada com o Conteúdo
Estruturante da Língua Portuguesa (o Discurso como prática social) e constitui forte influxo capaz
de fazer aprimorar o pensamento trazendo sabor ao saber.
Análise linguística
A análise linguística é uma prática didática complementar às práticas de leitura, oralidade e
escrita, faz parte do letramento escolar, visto que possibilita “a reflexão consciente sobre
fenômenos gramaticais e textual-discursivos que perpassam os usos linguísticos, seja no momento
de ler/escutar, de produzir textos ou de refletir sobre esses mesmos usos da língua” (MENDONÇA,
2006, p. 204).
Considerando a interlocução como ponto de partida para o trabalho com o texto, os
conteúdos gramaticais devem ser estudados a partir de seus aspectos funcionais na constituição da
unidade de sentido dos enunciados. Daí a importância de considerar não somente a gramática
normativa, mas também as outras, como a descritiva, a internalizada e, em especial, a reflexiva no
processo de ensino de Língua Portuguesa.
O professor poderá instigar, no aluno, a compreensão das semelhanças e diferenças,
dependendo do gênero, do contexto de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos; a
percepção da multiplicidade de usos e funções da língua; o reconhecimento das diferentes
possibilidades de ligações e de construções textuais; a reflexão sobre essas e outras particularidades
linguísticas observadas no texto, conduzindo-o às atividades epilinguísticas e metalinguísticas, à
construção gradativa de um saber linguístico mais elaborado, a um falar sobre a língua.
Dessa forma, quanto mais variado for o contato do aluno com diferentes gêneros
discursivos (orais e escritos), mais fácil será assimilar as regularidades que determinam o uso da
língua em diferentes esferas sociais (BAKHTIN, 1992).
Tendo em vista que o estudo/reflexão da análise linguística acontece por meio das práticas
de oralidade, leitura e escrita, propõem-se alguns encaminhamentos. No entanto, é necessário que o
professor selecione o gênero que pretende trabalhar e, depois de discutir sobre o conteúdo temático
e o contexto de produção/circulação, prepare atividades sobre a análise das marcas linguístico-
enunciativas, entre elas:
Oralidade:
• as variedades linguísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso: diferentes
registros, grau de formalidade em relação ao gênero discursivo;
• os procedimentos e as marcas linguísticas típicas da conversação (como a repetição, o
uso das gírias, a entonação), entre outros;
• as diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e a
informal;
• os conectivos como mecanismos que colaboram com a coesão e coerência do texto, uma
vez que tais conectivos são marcadores orais e, portanto, devem ser utilizados conforme o grau de
formalidade/informalidade do gênero, etc.
Leitura:
• as particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e do
texto em registro informal;
• a repetição de palavras (que alguns gêneros permitem) e o efeito produzido;
• o efeito de uso das figuras de linguagem e de pensamento (efeitos de humor, ironia,
ambiguidade, exagero, expressividade, etc);
• léxico;
• progressão referencial no texto;
• os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no
texto.
Nessa perspectiva, o texto não serve apenas para o aluno identificar, por exemplo, os
adjetivos e classificá-los; considera-se que o texto tem o que dizer, há ideologias, vozes, e para
atingir a sua intenção, utiliza-se de vários recursos que a língua possibilita. No caso do trabalho
com um gênero discursivo que se utiliza de muitos adjetivos, o aluno precisa perceber que “a
adjetivação pode ser construída por meio de várias estratégias e recursos, criando diferentes efeitos
de sentidos” (MENDONÇA, 2006, p. 211); além disso, alguns gêneros admitem certas adjetivações
e não outras; e o processo de adjetivação pode revelar-se pelo uso de um verbo (como esbravejou)
e não só pelo uso do adjetivo, exemplifica Mendonça (2006). Compreender os recursos que o texto
usa e o sentido que ele expressa é refletir com e sobre a língua, numa dimensão dialógica da
linguagem.
Escrita:
Por meio do texto dos alunos, num trabalho de reescrita do texto ou de partes do texto, o
professor pode selecionar atividades que reflitam e analisam os aspectos:
• discursivos (argumentos, vocabulário, grau de formalidade do gênero);
• textuais (coesão, coerência, modalizadores, operadores argumentativos, ambiguidades,
intertextualidade, processo de referenciação);
• estruturais (composição do gênero proposto para a escrita/oralidade do texto,
estruturação de parágrafos);
• normativos (ortografia, concordância verbal/nominal, sujeito, predicado,
complemento, regência, vícios da linguagem...);
Ainda nas atividades de leitura e escrita, ao que se refere à análise linguística, partindo
das sugestões de Antunes (2007, p. 134), ressaltam-se algumas propostas que focalizam o texto
como parte da atividade discursiva, tais como análise:
• dos recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito,
itálico, sublinhado, parênteses, etc.;
• da pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de
sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;
• do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto;
• do valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos
propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;
• do efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em
relação ao que diz – expressões modalizadoras (ex: felizmente, comovedoramente, etc.);
• da associação semântica entre as palavras de um texto e seus efeitos para
coesão e coerência pretendidas;
• dos procedimentos de concordância verbal e nominal;
• da função da conjunção, das preposições, dos advérbios na conexão do
sentido entre o que vem antes e o que vem depois em um texto.
Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos alunos a reflexão
sobre o seu próprio texto, tais como atividades de revisão, de reestruturação ou refacção, de análise
coletiva de um texto selecionado e sobre outros textos, de diversos gêneros que circulam no
contexto escolar e extraescolar.
O estudo do texto e da sua organização sintático-semântica permite ao professor explorar
as categorias gramaticais, conforme cada texto em análise. Mas, nesse estudo, o que vale não é a
categoria em si: é a função que ela desempenha para os sentidos do texto. Como afirma Antunes,
“mesmo quando se está fazendo a análise linguística de categorias gramaticais, o objeto de estudo é
o texto” (ANTUNES, 2003, p. 121).
Definida a intenção para o trabalho com a Língua Portuguesa, o aluno também pode passar
a fazer demandas, elaborar perguntas, considerar hipóteses, questionar-se, ampliando sua
capacidade linguístico-discursiva em atividades de uso da língua.
Adaptações do método de ensino e da organização didática
Adaptar o método de ensino às necessidades de cada aluno é, na realidade, um
procedimento fundamental na atuação profissional de todo educador, já que o ensino não ocorrerá,
de fato, se o professor não atender ao jeito que cada um tem para aprender. Faz parte da tarefa
de ensinar procurar as estratégias que melhor respondam às necessidades peculiares a cada
aluno.
É necessário a modificação do nível de complexidade das atividades e a adaptação dos
materiais utilizados. São vários os recursos que podem ser úteis para atender às necessidades
especiais de vários tipos de deficiência, seja ela permanente, ou temporária.
O professor poderá também fazer modificações na seleção de materiais que havia
inicialmente previsto em função dos resultados que esteja observando no processo de
aprendizagem do aluno. O ajuste de suas ações pedagógicas tem sempre que estar atrelado ao
processo de aprendizagem do aluno.
Avaliação
É importante ressaltar que a avaliação se concretiza de acordo com o que se estabelece nos
documentos escolares como o Projeto Político Pedagógico e, mais especificamente, a Proposta
Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho Docente, documentos necessariamente
fundamentados nas Diretrizes Curriculares.
Esse projeto e sua realização explicitam, assim, a concepção de escola e de sociedade com
que se trabalha e indicam que sujeitos se quer formar para a sociedade que se quer construir.
Nestas Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, propõe-se formar sujeitos que
construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e histórico de
que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e
transformadora na sociedade.
A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das dificuldades de
aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa aprendizagem se
concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade, da sociedade como um todo, no atual
contexto histórico e no espaço onde os alunos estão inseridos.
Não há sentido em processos avaliativos que apenas constatam o que o aluno aprendeu ou
não aprendeu e o fazem refém dessas constatações, tomadas como sentenças definitivas. Se a
proposição curricular visa à formação de sujeitos que se apropriam do conhecimento para
compreender as relações humanas em suas contradições e conflitos, então a ação pedagógica que se
realiza em sala de aula precisa contribuir para essa formação.
Para concretizar esse objetivo, a avaliação escolar deve constituir um projeto de futuro
social, pela intervenção da experiência do passado e compreensão do presente, num esforço
coletivo a serviço da ação pedagógica, em movimentos na direção da aprendizagem do aluno, da
qualificação do professor e da escola.
Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como questão
metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de investigar para
intervir. A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de
avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas
de avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e maneiras de expressar seu
conhecimento. Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos seus alunos e o
desenvolvimento dos processos cognitivos.
Por fim, destaca-se que a concepção de avaliação que permeia o currículo não pode ser
uma escolha solitária do professor. A discussão sobre a avaliação deve envolver o coletivo da
escola, para que todos (direção, equipe pedagógica, pais, alunos) assumam seus papéis e se
concretize um trabalho pedagógico relevante para a formação dos alunos.
Avaliação na disciplina de língua portuguesa
Pautados no princípio da educação que valoriza a diversidade e reconhece as diferenças, o
processo avaliativo como parte integrante da práxis pedagógica deve estar voltado para atender as
necessidades dos educandos, considerando o seu perfil e a função social da EJA, isto é, o seu papel
na formação da cidadania e na construção da autonomia.
É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa e Literatura seja um processo de
aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno.
A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de
aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando que a
intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao professor e ao aluno acerca do ponto
em que se encontram e contribui com a busca de estratégias para que os alunos aprendam e
participem mais das aulas.
Sob essa perspectiva, estas Diretrizes recomendam:
• Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes
interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca informal de ideias, numa
entrevista, num relato de história, as exigências de adequação da fala são diferentes e isso deve ser
considerado numa análise da produção oral. Assim, o professor verificará a participação do aluno
nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua
fala, a argumentação que apresenta ao defender seus pontos de vista. O aluno também deve se
posicionar como avaliador de textos orais com os quais convive, como: noticiários, discursos
políticos, programas televisivos, e de suas próprias falas, formais ou informais, tendo em vista o
resultado esperado.
• Leitura: serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a compreensão
do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos, relações de causa e
consequência entre as partes do texto, o reconhecimento de posicionamentos ideológicos no texto,
a identificação dos efeitos de ironia e humor em textos variados, a localização das informações
tanto explícitas quanto implícitas, o argumento principal, entre outros. É importante avaliar se, ao
ler, o aluno ativa os conhecimentos prévios; se compreende o significado das palavras
desconhecidas a partir do contexto; se faz inferências corretas; se reconhece o gênero e o suporte
textual. Tendo em vista o multiletramento, também é preciso avaliar a capacidade de se colocar
diante do texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens, etc. Não é demais lembrar que
é importante considerar as diferenças de leituras de mundo e o repertório de experiências dos
alunos, avaliando assim a ampliação do horizonte de expectativas. O professor pode propor
questões abertas, discussões, debates e outras atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o
aluno faz a partir do texto.
• Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção, nunca
como produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias de sua
produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos
discursivo- textuais, verificando: a adequação à proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem
está de acordo com o contexto exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a coesão e
coerência textual, a organização dos parágrafos. Tal como na oralidade, o aluno deve se posicionar
como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio. No momento da refacção
textual, é pertinente observar, por exemplo: se a intenção do texto foi alcançada, se há relação
entre partes do texto, se há necessidade de cortes, devido às repetições, se é necessário substituir
parágrafos, ideias ou conectivos.
• Análise Linguística: é no texto – oral e escrito – que a língua se manifesta em todos os
seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, nessa prática pedagógica, os elementos
linguísticos usados nos diferentes gêneros precisam ser avaliados sob uma prática reflexiva e
contextualizada que lhes possibilitem compreender esses elementos no interior do texto. Dessa
forma, o professor poderá avaliar, por exemplo, o uso da linguagem formal e informal, a ampliação
lexical, a percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de recursos linguísticos e
estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores argumentativos e modalizadores, bem
como as relações semânticas entre as partes do texto (causa, tempo, comparação, etc.). Uma vez
entendidos estes mecanismos, os alunos podem incluí-los em outras operações linguísticas, de
reestruturação do texto, inclusive.
Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados
continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e refletem sobre as
diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o aperfeiçoamento linguístico
constante, o letramento.
O trabalho com a língua oral e escrita supõe uma formação inicial e continuada que
possibilite ao professor estabelecer as devidas articulações entre teoria e prática, na condição de
sujeito que usa o estudo e a reflexão como alicerces para sua ação pedagógica e que,
simultaneamente, parte dessa ação para o sempre necessário aprofundamento teórico.
Para que as propostas das Diretrizes de Língua Portuguesa se efetivem na sala de aula, é
imprescindível a participação pró-ativa do professor. Engajado com as questões de seu tempo, tal
professor respeitará as diferenças e promoverá uma ação pedagógica de qualidade a todos os
alunos, tanto para derrubar mitos que sustentam o pensamento único, padrões pré-estabelecidos e
conceitos tradicionalmente aceitos, como para construir relações sociais mais generosas e
includentes.
Serão aplicados, conforme o nível da turma e dos alunos os seguintes
Instrumentos avaliativos
• Seminários
• Debates
• Trabalhos
• Discussões
• Provas
• Relatórios de seminários e filmes
• Interpretação de textos
• Análise de vídeos e filmes
• Jogos
• Produção de textos argumentativos e dissertativos
• Exercícios
• Painéis
• Pesquisa
• Produção de vídeos.
Recuperação de estudos
Será realizada sempre que um ou mais conteúdos não forem assimilados pelos alunos.
Ela será realizada:
1- Com um ou com um grupo de conteúdos;
2- Sempre que a nota do aluno for considerada insuficiente;
3- Poderá ser através de exercícios, provas e trabalhos com pesquisa.
Adaptação do processo de avaliação
Outra categoria de ajuste que é necessária para atender as necessidades educacionais
especiais de alunos é a adaptação no processo de avaliação, no estabelecimento de critérios e
na escolha dos instrumentos, adaptando-os aos diferentes estilos e possibilidades de expressão
dos alunos.
Referências bibliográficas
AGUIAR, V. T.; BORDINI, M. G. Literatura e Formação do leitor: alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993. ANTUNES, I. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola, 2003. _____. Muito além da Gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola, 2007. BAKHTIN, M. (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. de Michel Lahud e Yara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999. DCE - Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Língua Portuguesa, Curitiba, 2008._____. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992. CANDIDO, A. A literatura e a formação do homem. Ciência e Cultura. São Paulo, Vol. 4, n. 9, PP. 803-809, set/1972. CAVALCANTE, M. C. B.; MELLO, C. T. V. Oralidade no Ensino Médio: Em busca de uma prática. In: BUNZEN, Clecio.; MENDONÇA, Márcia. (orgs.). Português no ensino médio e formação do professor. São Paulo: Parábola, 2006. GERALDI, J. W. Unidades básicas do ensino de português. In: João W. (org.). O texto na sala de aula. 3. ed. São Paulo: Ática, 2004. _____. Portos de passagem. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997. LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 2001. MACHADO, I. Gêneros discursivos. In: BRAIT, Beth (org.). Bakhtin: conceitos-chave. São Paulo: Contexto, 2005. MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 6.ed. São Paulo: Cortez, 2005. MENDONÇA, M. Análise lingüística no ensino médio: um novo olhar, um outro objeto. In: BUNZEN, Clécio; MENDONÇA, Márcia [orgs.]. Português no ensino médio e formação do professor. 2 ed. São Paulo: Parábola, 2006. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Curitiba, 1988. PÉCORA, A. Problemas de redação. São Paulo: Martins Fontes, 1983. PERFEITO, A. M. Concepções de Linguagem, Teorias Subjacentes e Ensino de Língua Portuguesa. In: Concepções de linguagem e ensino de língua portuguesa (Formação de professores EAD 18). v.1. 1 ed. Maringá: EDUEM, 2005. p 27-79. POSSENTI, S. Por que (não) ensinar gramática. 4 ed. Campinas, SP: Mercado das Letras, 1996. ROJO, R. H. R. Linguagens, Códigos e suas tecnologias. In: MEC/SEB/Departamento de políticas do Ensino Médio. Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília: 2004. SILVA, E. T. Conferências sobre Leitura – trilogia pedagógica. 2. ed. Campinas/SP:Autores Associados, 2005. _____. A produção da leitura na escola: pesquisas x propostas. 2. ed. São Paulo:Ática: 2002. SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica.
4.4.2.20. PPC – GEOGRAFIA/EJA
Apresentação da disciplina
A Geografia assume um papel renovado na construção e aplicação do seu saber, seu processo
evidentemente acompanhou o espaço tempo mundial.A discussão a cerca do ensino de Geografia
inicia se pelas reflexões epistemológicas do seu objeto de estudo, muitas foram às denominações
propostas para esse objetivo, hoje entendido como o Espaço Geográfico e sua composição
conceitual básica lugar paisagem, região, território natureza, sociedade entre outros. Atualmente, a
grande velocidade com que vem ocorrendo as transformações no espaço planetário, tem levado a
escola a rever conceitos e metodologias, pois esses refletem diretamente nos elementos
fundamentais do ensino da Geografia.Para iniciar a reflexão sobre o ensino de Geografia se
colocam algumas questões: O que é Geografia? Para que serve? Como ensinar Geografia?Para
responder a essas questões, faz se necessário esclarecer que a Geografia como ciência, sofreu ao
longo da história profundas transformações, tanto em nível teórico quanto metodológico. Até as
primeiras décadas do século XX, predominavam nas escolas concepções tradicionais e os livros se
limitavam a uma Geografia puramente descritiva e enumerativa, tipo catálogo. Os educandos eram
obrigados a memorizar listas intermináveis de nomes e números, ou confundiam a Geografia com a
topografia e a cartografia. Esta Geografia tradicional, centrada na observação e na descrição
principalmente do quadro natural estrutura se em três aspectos: os físicos, os humanos e os
econômicos. Os aspectos físicos, nesta concepção, são considerados os mais importantes.
Abrangem especialmente a hidrografia (rios, bacias hidrográficas, redes fluviais e tudo o que se
refere ao mundo das águas); o relevo (planícies, planaltos, serras, ou seja, as formas da superfície
terrestre); o clima (calor, frio, geada, neve e estados do tempo em geral); e a vegetação (florestas,
campos, cerrados, caatinga e temas relacionados à distribuição das espécies vegetais pela superfície
terrestre). Os aspectos humanos referem se ao homem “inserido” no quadro natural, como se a
paisagem tivesse sido moldada para receber e fornecer lhe suas “dádivas”, ou seja, seus recursos:
solo, água, animais, vegetais e minerais, por exemplo.
Por fim, na parte econômica busca se explicar como o homem explora e transforma o ambiente por
meio das atividades econômicas, expressas pela seguinte ordem: extrativismo, agricultura,
pecuária, indústria, comércio, serviços e meios de transporte – a circulação no território.
Observa se que, na Geografia tradicional, o ensino desenvolve se por meio de blocos (Geografia
física, humana e econômica) que não se relacionam nem internamente, nem entre si, desarticulados
no espaço e no tempo. Na Geografia física, por exemplo, não é estabelecida uma relação entre
clima, solo, relevo e hidrografia, faz se uma descrição sem correlações entre os elementos.
Com tudo isso, segundo MORAES (1993, p.93), no Brasil, “a partir de 1970, a Geografia
Tradicional está definitivamente enterrada; suas manifestações, dessa data em diante, vão soar
como sobrevivências, resquícios de um passado já superado”.
Assim, se faz necessário repensar o ensino e a construção do conhecimento geográfico, bem como
a serviço de quem está esse conhecimento. Qual o papel do ensino de Geografia na formação de um
cidadão crítico da organização da realidade socioespacial.
A partir da compreensão do espaço geográfico como “um conjunto indissociável, solidário e
também contraditório de sistemas, de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente,
mas como quadro único, no qual a história se dá”, Santos (1996, p.51), propõe uma concepção de
geografia que possibilite ao educando desenvolver um conhecimento do espaço, que o auxilie na
compreensão do mundo, privilegiando a sua dimensão socioespacial.
Nesse contexto, a Geografia explicita o seu objetivo, de analisar e interpretar o espaço geográfico,
partindo da compreensão de que o espaço é entendido como produto das múltiplas, reais e
complexas relações.
Desse modo, à Geografia escolar cabe fornecer subsídios que permitam aos educandos
compreenderem a realidade que os cerca em sua dimensão espacial, em sua complexidade e em sua
velocidade, onde o espaço seja entendido como o produto das relações reais, que a sociedade
estabelece entre si e com a natureza.
Compreender as contradições presentes no espaço é o objetivo do conhecimento geográfico, ou
seja, perceber além da paisagem visível. Torna se urgente, assim, romper com a
compartimentalização do conhecimento geográfico. Neste sentido, faz se necessário considerar o
espaço geográfico a partir de vários aspectos interligados e interdependentes, os fenômenos
naturais e as ações humanas, as transformações impostas pelas relações sociais e as questões
ambientais de alcance planetário, não desprezando a base local e regional.
O ensino de Geografia comprometido com as mudanças sociais revela as contradições presentes na
construção do espaço, inerentes ao modo como homens e mulheres transformam e se apropriam da
natureza. Nesta perspectiva, há que se tornar possível ao educando perceber se como parte
integrante da sociedade, do espaço e da natureza. Daí a possibilidade dele poder (re) pensar a
realidade em que está inserido, descobrindo se nela e percebendo se na sua totalidade, onde
revelam se as desigualdades e as contradições.
Sob tal perspectiva, o ensino de Geografia contribui na formação de um cidadão mais completo,
que se percebe como agente das transformações socioespaciais, reconhecendo as temporalidades e
o seu papel ativo nestes processos.
Encaminhamento metodológicos
O encaminhamento metodológico para a construção do conhecimento em sala de aula é a
contextualização do conteúdo e nesta perspectiva teórica, conforme as Diretrizes, contextualizar o
conteúdo é mais do que relacionar à realidade vivida do aluno, é, principalmente, situar se
historicamente e nas relações políticas, sociais econômicas, culturais, em manifestações espaciais
concretas, nas diversas escalas geográficas. Sempre que possível o professor deverá estabelecer
relações interdisciplinares dos conteúdos geográficos em estudo, porém, sem perder a
especificidade da Geografia. Nas relações interdisciplinares, as ferramentas teóricas próprias de
cada disciplina escolar devem fundamentar a abordagem do conteúdo em estudo, de modo que o
aluno perceba que o conhecimento sobre esse assunto ultrapassa os campos de estudo das diversas
disciplinas, mas que cada uma delas tem um foco de análise próprio.
O professor deve, ainda, conduzir o processo de aprendizagem de forma dialogada, possibilitando o
questionamento e a participação dos alunos para que a compreensão dos conteúdos e a
aprendizagem crítica aconteçam. Todo esse procedimento tem por finalidade que o ensino de
Geografia contribua para a formação de um sujeito capaz de interferir na realidade de maneira
consciente e crítica.
Adaptações do Método de Ensino e da Organização Didática
Adaptar o método de ensino às necessidades de cada aluno é, na realidade, um
procedimento fundamental na atuação profissional de todo educador, já que o ensino não ocorrerá,
de fato, se o professor não atender ao jeito que cada um tem para aprender. Faz parte da tarefa
de ensinar procurar as estratégias que melhor respondam às necessidades peculiares a cada
aluno.
É necessário a modificação do nível de complexidade das atividades e a adaptação dos materiais
utilizados. São vários os recursos que podem ser úteis para atender às necessidades especiais
de vários tipos de deficiência, seja ela permanente, ou temporária.
O professor poderá também fazer modificações na seleção de materiais que havia inicialmente
previsto em função dos resultados que esteja observando no processo de aprendizagem do
aluno. O ajuste de suas ações pedagógicas tem sempre que estar atrelado ao processo de
aprendizagem do aluno.
Objeto de estudo da disciplina
O objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, entendido como o espaço produzido e
apropriado pela sociedade (LEFEBVRE, 1974), composto pela inter relação entre sistemas de
objetos – naturais, culturais e técnicos – e sistemas de ações – relações sociais, culturais, políticas e
econômicas (SANTOS, 1996). O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e
também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente,
mas como o quadro único no qual a história se dá. No começo era a natureza selvagem, formada
por objetos naturais, que ao longo da história vão sendo substituídos por objetos técnicos,
mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com que a natureza artificial tenda a funcionar como
uma máquina. (SANTOS, 1996, p. 51). O objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, ou
seja, aquele produzido e apropriado pela sociedade, composto por objetos naturais, culturais
técnicos. O estudo do espaço geográfico destaca os traços culturais das sociedades, assim como a
forma de vida, os CONCEITOS BÁSICOS DA DISCIPLINA:
Sociedade Natureza Território Região Paisagem
LugarO ensino de Geografia deve contribuir para que Jovens e Adultos possam estabelecer a
compreensão de conhecimentos que lhes permitam refletir as questões sobre a ocupação e a gestão
do espaço em diferentes níveis. Ampliando os conhecimentos, estabelecer referências com a
realidade em que eles interagem que compreenda e incorpore seus interesses por assuntos
veiculados pela mídia, por questões e problemas do mundo contemporâneo, que prevê a abordagem
das diversidades como: Educação ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência, História
e Cultura Afro brasileira Africana e Indígena e Sexualidade.
Organização dos conteúdos
A abordagem dos conteúdos, deve ser diferenciada nos níveis de ensino a partir do grau de
aprofundamento e de complexidade dos textos. Os conteúdos devem ser trabalhados em diferentes
escalas: local, regional, nacional e mundial.
De acordo com a concepção teórica assumida, serão apontados os Conteúdos Estruturantes da
Geografia para Educação Básica, considerando que seu objeto de estudo/ensino é o espaço
geográfico.
Entende se, por conteúdos estruturantes, os conhecimentos de grande amplitude que identificam e
organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a
compreensão de seu objeto de estudo e ensino. São, neste caso, dimensões geográficas da realidade
a partir das quais os conteúdos específicos devem ser abordados.
Os conteúdos estruturantes de Geografia são:
• Dimensão econômica do espaço geográfico;
• Dimensão política do espaço geográfico;
• Dimensão socioambiental do espaço geográfico;
• Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.
Os conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos devem ser tratados pedagogicamente a partir
das categorias de análise – relações Espaço ↔ Temporais e relações Sociedade ↔ Natureza.
Por meio dessa abordagem, pretende se que o aluno compreenda os seguintes conteúdos básicos
do:
Conteúdos do ensino fundamental
1º Registro
• Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.• A formação, localização e exploração dos recursos naturais.
• As diversas regionalizações do espaço geográfico
2º Registro• As diversas regionalizações do espaço geográfico.
• .Formação do território brasileiro.brasileiro
• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.• O espaço rural e a modernização da agricultura.
• Os movimentos sociais urbanos e rurais, e a apropriação do espaço.
• Relações entre o campo e cidade na sociedade capitalista.
• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanose a urbanização.
3º Registro• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território Brasileiro.• Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.• A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
• O comércio em suas implicações sócio espaciais.
• O espaço em rede produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.• A distribuição espacial das atividades produtivas e transformação da paisagem (re) organização do espaço geográfico.• Formação localização exploração e utilização dos recursos naturais.
4º Registro
• As diversas regionalizações do espaço geográfico.
• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado.
• A revolução técnicocientíficoinformacional e os novos arranjos no espaço da produção.• A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos.• A circulação de mãodeobra das mercadorias e das informações.
• A formação,mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente Americano.• A Dinâmica de natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.
CONTEÚDOS DO ENSINO MÉDIO:CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Dimensão Econômica do Espaço Geográfico
1º Registro
1 Ciência Geográfica
2 A formação e transformação das paisagens.
3 A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego detecnologias de exploração e produção.4 A distribuição espacial das atividades produtivas, a
transformação da paisagem, a (re) organização do espaço
geográfico.
Dimensão Política do Espaço Geográfico
Dimensão Cultural Demográfica doEspaço Geográfico.
Dimensão Socioambiental do
Espaço Geográfico
TEMAS SOCIOEDUCACIONAIS
Durante o desenvolvimento das aulas serão trabalhados os temas socioeducacionais os quais estão
contempladas nos seguintes tema e Leis:
Violência contra a Criança e o Adolescente – Lei federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e do
Adolescente 8069/90;
Educação Ambiental – Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13;
Música – Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12;
Estatuto do Idoso – Lei 10741/03;
Educação para o trânsito – Lei 9503/97;
Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09;
Direitos Humanos – Resolução 01/12 – CNE/CP;
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena – Lei 11645/08;
Execução do Hino Nacional – Lei 12031/09;
História do Paraná – Lei 13181/01 e Deliberação 07/06;
Educação Fiscal e Educação Tributária – Decreto 1143/99, Portaria 413/02;
Sexualidade Humana – Lei 11733/97;
Prevenção ao Uso de Drogas – Lei 11343/06;
Hasteamento e execução do Hino do Paraná – Instrução 13/12;
Brigadas Escolares – Decreto 4837/12.
Os Temas Socioeducacionais serão trabalhados no decorrer do ano letivo, por meio de leituras,
discussões, debates, produções diversas, exibição de filmes, pesquisas,etc.
Adaptação de conteúdos no ensino fundamental e médio:A adaptação de conteúdos deverá priorizar as áreas ou unidades destes, reformulando sequências e
acompanhando as adaptações propostas para os objetivos educacionais. A adaptação na
temporalidade do processo de ensino e aprendizagem, pode ser ampliada ou reduzida para o
trato de determinados objetivos e os consequentes conteúdos. O professor pode organizar o
tempo das atividades propostas, levando em conta as necessidades educacionais de cada aluno.
Avaliação da aprendizagem e recuperação de estudos
A avaliação do processo ensino aprendizagem, entendida como questão metodológica
de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de investigar para intervir. A
seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação
elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de
avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidade de maneiras de expressar seu o seu
conhecimento. Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos alunos e o desenvolvimento dos
processos cognitivos. Por fim, destacase que a concepção de avaliação que permeia o currículo não
pode ser uma escolha solitária do professor. A discussão sobre a avaliação deve envolver o coletivo
da escola, para que todos (a direção, equipe pedagógica, pais e alunos) assumam seus papeis e se
concretize um trabalho pedagógico relevante para a formação dos alunos. Dentro do processo de
ensinoaprendizagem, recuperar significa voltar, tentar de novo, adquirir o que se perdeu, e não
pode ser entendido como um processo unilateral, lembremos que a LDB – Lei 9394/96 – recoloca o
assunto na letra “ e “ do inciso V do art.24 “obrigatoriedade” de estudo de recuperação, de
preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem
disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos.
O Plano de Trabalho Docente de Geografia está fundamentado na LDB, no PPP, na PPC e no RE
desta escola, a avaliação tem como objetivo de avaliar/reavaliar o aluno e nosso trabalho docente,
isto é, a recuperação de estudos/avaliação/recuperação paralela que darsea de forma permanente e
concomitante ao processo ensino aprendizagem.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) determina que a avaliação do
processo de ensinoaprendizagem seja formativa, diagnóstica e processual. Para fins de
promoção ou certificação, são registradas 04 notas, que correspondem às provas
individuais escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados durante o
processo de ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do
professor, conforme descrito no regimento escolar. A avaliação será realizada no processo
de ensino e aprendizagem, sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0
(dez vírgula zero);
Para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula zero), de
acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED e frequência mínima de 75% do total da carga
horária de cada disciplina na organização coletiva e 100% na organização individual.
O educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro da avaliação
processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de estudos. Para os demais, a recuperação
será ofertada como acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos. Para os educandos
que cursarem 100% da carga horária da disciplina, a média final corresponderá à média
aritmética das avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0
(seis vírgula zero). A recuperação de estudos tem como objetivo proporcionar ao aluno uma nova
oportunidade de rever o conteúdo que terá uma abordagem e instrumento avaliativos diferenciados.
Adaptação do processo de avaliaçãoOutra categoria de ajuste que é necessária para atender as necessidades educacionais
especiais de alunos é a adaptação no processo de avaliação, no estabelecimento de critérios e
na escolha dos instrumentos, adaptando-os aos diferentes estilos e possibilidades de expressão
dos alunos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARLOS, Ana Fani A. A Geografia brasileira hoje: Algumas reflexões. São Paulo: Terra Livre/AGB, vol. 1, nº 18, 2002.CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos, (org.) Geografia em sala de aula: Práticas e Reflexões. Porto Alegre, RS: Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul/AGB, 1999.CAVALCANTI, L.S. Geografia: escola e construção de conhecimentos. Campinas: Papirus, 1998.FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.MORAES, Antônio C R. Geografia: Pequena História Crítica. São Paulo: Hucitec, 1993.MOREIRA, Ruy. O que é Geografia. São Paulo: Brasiliense, 1981.RESENDE, M.S. A Geografia do aluno trabalhador. São Paulo: Loyola, 1986. RODRIGUES, Neidson. Por uma nova escola. São Paulo: Cortez, 1987.SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2001.
4.4.2.21. PPC – FÍSICA/EJA
Apresentação da disciplina
O ensino de Física tem seu ponto de partida no meio em que o aluno vive, explicando os
fenômenos que acontecem no seu cotidiano e no resto do mundo. Este aprendizado ocorre através
da experimentação, demonstração, observação, confronto, dúvida, interpretação e construção
conceitual dos fenômenos físicos.
Nesse processo, o aluno apropria-se da linguagem própria de códigos e símbolos desenvolvidos
pela Física e as utiliza para sua comunicação oral e escrita.
Incorporado à cultura e integrado como instrumento tecnológico, esse conhecimento torna-se
indispensável à formação da cidadania contemporânea.
Ao propiciar esses conhecimentos, o aprendizado da Física promove a articulação de toda uma
visão de mundo, de uma compreensão dinâmica do universo, mais ampla do que nosso entorno
material imediato, capaz de transcender nossos limites de tempo e espaço.
Nessa disciplina, o intuito é contribuir para a formação de sujeitos que sejam capazes de
refletir e influenciar, de forma consciente, nas tomadas de decisões. Para isso, é importante
buscarmos o entendimento das possíveis relações entre o desenvolvimento da Ciência e da
tecnologia e as diversas transformações culturais, sociais e econômicas decorrentes
desse desenvolvimento que, em muitos aspectos, depende de uma percepção histórica de como
estas relações foram sendo estabelecidas ao longo do tempo.
Além disso, considerando-se que os alunos da EJA vêem nessa modalidade de ensino um
caráter de terminalidade, deve-se ressaltar a importância de um enfoque conceitual que não leve em
conta somente as equações matemáticas, mas que considere o pressuposto teórico que afirma que o
conhecimento científico é uma construção humana com significado histórico e social.
É importante que o processo pedagógico, na disciplina de Física, parta do conhecimento prévio
dos estudantes, no qual se incluem as concepções alternativas ou concepções espontâneas. O
estudante desenvolve suas concepções espontâneas sobre os fenômenos físicos no dia-a-dia, na
interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência e as traz para a escola quando
inicia seu processo de aprendizagem.
Por sua vez, a concepção científica envolve um saber socialmente construído e sistematizado,
que requer metodologias específicas no ambiente escolar. A escola é, por excelência, o lugar onde
se lida com esse conhecimento científico, historicamente produzido. Porém, uma sala de aula é
composta de pessoas com diferentes costumes, tradições, pré-conceitos e ideias que dependem de
sua origem cultural e social e esse ponto de partida deve ser considerado.
Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo são os conteúdos estruturantes dessa
disciplina, pois indicam campos de estudo da Física e, que a partir de desdobramentos, possam
garantir os objetos de estudo da disciplina de forma abrangente.
Objetivos
A Física, sendo uma ciência que tem por finalidade a compreensão dos fenômenos naturais,
deve preconizar os seguintes objetivos:
• Contribuir para a integração do aluno na sociedade em que vivem, proporcionando-lhe
conhecimento de teoria e prática da Física, indispensáveis ao exercício da cidadania;
• Possibilitar ao aluno reconhecimento das inter-relações entre os vários campos da Física, e
desta com outras áreas do conhecimento;
• Perceber que a disciplina de Física estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de
investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver situações problemas;
• Trabalhar a Física além da matemática aplicada construindo os conceitos físicos através da
compreensão do universo, sua evolução, suas transformações e as interações que nele se
apresentam;
• Permitir aos estudantes que se apropriem do conhecimento físico, dando ênfase aos
aspectos aos aspectos conceituais sem, no entanto, descartar o formalismo matemático;
• Partir do conhecimento prévio dos alunos, como fruto de suas experiências de vida em seu
contexto social, para dar início ao processo de ensino sendo que estes influenciam a aprendizagem
dos conceitos do ponto de vista científico;
• Fazer a ligação entre a teoria e a prática, através da experimentação, proporcionando uma
melhor interação entre professor e alunos, contribuindo para o desenvolvimento cognitivo e social
dos estudantes;
• Contribuir para a formação de uma cultura científica efetiva, que permita aos alunos a
interpretação dos fatos, fenômenos e processos naturais, situando e dimensionando a interação do
ser humano com a natureza, como parte da própria natureza em transformação;
• Reconhecer o papel da Física no sistema produtivo, compreendendo a evolução dos meios
tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução do conhecimento científico.
Adaptações de objetivo
É necessário ajustes nos objetivos pedagógicos constantes no plano de ensino de forma a adequá-
los às características e condições dos alunos. Sendo assim, o professor pode priorizar
determinados objetivos para um aluno, caso seja a forma de atender às suas necessidades
educacionais e investir mais tempo, ou utilizar maior variedade de estratégias pedagógicas na
busca de alcançar determinados objetivos, em detrimento de outros, menos necessários, numa
escala de prioridade estabelecida a partir da análise de conhecimento já apreendido pelo
aluno, e do grau de importância do referido objetivo para o seu desenvolvimento e a
aprendizagem significativa.
Conteúdos estruturantes
Os conteúdos estruturantes (MOVIMENTO,TERMODINÂMICA E
ELETROMAGNETISMO) foram escolhidos como estruturantes por que indicam campos de
estudo da Física que, a partir de desdobramentos em conteúdos específicos possam garantir os
objetivos de estudo da disciplina da forma mais abrangente possível.
MOVIMENTO: Esse conteúdo permite a compreensão de fenômenos ligados ao cotidiano do aluno
(caminhar, movimento dos automóveis, lançamentos de objetos) e as questões externas ao meio
científico (guerras, comércio, mitos e religião).
TERMODINÂMICA: Esse conteúdo, que pode estar ligado à queda de um objeto de uma mesa ou
à expansão do Universo, manifestam a beleza e a importância da Segunda e Terceira Leis da
Termodinâmica no desenvolvimento da Física.
ELETROMAGNETISMO: Esse conteúdo está relacionado a circuitos elétricos e eletrônicos,
responsáveis pela presença da eletricidade e dos aparelhos eletroeletrônicos no cotidiano, com a
presença da eletricidade em nossas casas.
Conteúdos básicos
1º REGISTRO
• Conceito da Física;• Conceitos básicos de Cinemática;• Movimentos retilíneos: uniforme e uniformemente variado;• Queda de corpos;
• Movimento circular uniforme.2º REGISTRO
• Força;• Leis de Newton;• Energia, trabalho e potência;• Impulso e quantidade de movimento;• Hidrostática;• Calor e temperatura;• Mudanças de estado físico da matéria;• Comportamento térmico dos gases;• As leis da Termodinâmica. 3º REGISTRO
• Conceitos fundamentais da Óptica;• Fenômenos ondulatórios;• Ondas mecânicas e eletromagnéticas;• Reflexão da luz;• Refração da luz;• Espelhos.
4º REGISTRO
• Eletricidade;• Campo elétrico;• Carga elétrica;• Corrente elétrica;• Geradores e circuitos elétricos;• Campo magnético;• Indução magnética;• Energia e suas transformações;• Energia elétrica nas residências.
Adaptação de conteúdos
A adaptação de conteúdos deverá priorizar as áreas ou unidades destes, reformulando sequências e
acompanhando as adaptações propostas para os objetivos educacionais. A adaptação na
temporalidade do processo de ensino e aprendizagem, pode ser ampliada ou reduzida para o
trato de determinados objetivos e os consequentes conteúdos. O professor pode organizar o
tempo das atividades propostas, levando em conta as necessidades educacionais de cada aluno.
Encaminhamento metodológico
A proposta metodológica das práticas pedagógicas da EJA deve considerar os três eixos
articuladores propostos para as Diretrizes Curriculares: cultura, trabalho e tempo, os quais deverão
estar inter-relacionados.
Como eixo principal, a cultura norteará a ação pedagógica, haja vista que dela emanam as
manifestações humanas, entre elas o trabalho e o tempo. Portanto, é necessário manter o foco na
diversidade cultural, percebendo, compartilhando e sistematizando as experiências vividas pela
comunidade escolar, estabelecendo relações a partir do conhecimento que esta detém, para a
construção de seus saberes.
A cultura, entendida como prática de significação, não é estática e não se reduz à transmissão
de significados fixos, mas é produção, criação e trabalho, sob uma perspectiva que favorece a
compreensão do mundo social, tornando-o inteligível e dando-lhe um sentido.
Além dos já citados, a escola deve ter como princípio metodológico um terceiro eixo mediador
que consiste em valorizar os diferentes tempos necessários à aprendizagem do educando da EJA.
Assim, devem ser considerados os saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do seu
mundo de trabalho.
É fato que as salas de aula da EJA seja diferenciada por ter alunos de várias idades e
conhecimentos prévios diferentes. Com isso, o ensino da Física se dá por meio desse conhecimento
que eles possuem. Além disso, todos sabemos que a experimentação privilegia as interações entre
os estudantes e a compreensão dos conceitos a serem estudados facilitando seu entendimento.
Portanto, quanto mais concretos e próximos do cotidiano do aluno estiverem os conceitos físicos,
mais os alunos compreenderão a importância do estudo da Física.
O ensino de Física na EJA precisa estar em sintonia com o objetivo maior da educação, que é o
da formação de um cidadão crítico, capaz de interferir com qualidade na dinâmica social em que
está inserido.
A abordagem histórica dos conteúdos se apresenta útil e rica, pois auxilia o aluno a reconhecer
a ciência como um objeto humano, tornando o conteúdo científico mais interessante e
compreensível, além de ajudar os professores na busca da estrutura das concepções espontâneas de
seus estudantes. Permite também ao professor estabelecer um paralelismo entre história e ciência.
O conhecimento do passado, das ideias e suas relações econômicas e sociais podem ajudar a
entender a ciência como parte da realidade transformando a Física em algo compreensível, fazendo
uma ponte entre as ideias espontâneas e o conhecimento científico.
O trabalho do professor é o de mediador, ou seja, é ele o responsável por apresentar problemas
aos alunos e os desafiarem a buscar uma solução. Além disso, é papel do professor contextualizar o
conteúdo para propiciar aos alunos a apropriação do respectivo conteúdo através de exposições
orais e dialogadas, exercícios, questionamentos, demonstrações, textos interdisciplinares, estudos
dirigidos, utilizando, sempre que possível, recursos tecnológicos disponíveis.
Adaptações do Método de Ensino e da Organização Didática
Adaptar o método de ensino às necessidades de cada aluno é, na realidade, um
procedimento fundamental na atuação profissional de todo educador, já que o ensino não ocorrerá,
de fato, se o professor não atender ao jeito que cada um tem para aprender. Faz parte da tarefa
de ensinar procurar as estratégias que melhor respondam às necessidades peculiares a cada
aluno.
É necessário a modificação do nível de complexidade das atividades e a adaptação dos
materiais utilizados. São vários os recursos que podem ser úteis para atender às necessidades
especiais de vários tipos de deficiência, seja ela permanente, ou temporária.
O professor poderá também fazer modificações na seleção de materiais que havia inicialmente
previsto em função dos resultados que esteja observando no processo de aprendizagem do
aluno. O ajuste de suas ações pedagógicas tem sempre que estar atrelado ao processo de
aprendizagem do aluno.
Temas socioeducacionais
Durante o desenvolvimento das aulas serão trabalhados os temas socioeducacionais os quais estão
contempladas nos seguintes tema e Leis:
Violência contra a Criança e o Adolescente – Lei federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e do
Adolescente 8069/90;
Educação Ambiental – Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13;
Música – Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12;
Estatuto do Idoso – Lei 10741/03;
Educação para o trânsito – Lei 9503/97;
Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09;
Direitos Humanos – Resolução 01/12 – CNE/CP;
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena – Lei 11645/08;
Execução do Hino Nacional – Lei 12031/09;
História do Paraná – Lei 13181/01 e Deliberação 07/06;
Educação Fiscal e Educação Tributária – Decreto 1143/99, Portaria 413/02;
Sexualidade Humana – Lei 11733/97;
Prevenção ao Uso de Drogas – Lei 11343/06;
Hasteamento e execução do Hino do Paraná – Instrução 13/12;
Brigadas Escolares – Decreto 4837/12.
Os Temas Socioeducacionais serão trabalhados no decorrer do ano letivo, por meio de leituras,
discussões, debates, produções diversas, exibição de filmes, pesquisas,etc.
Para atendermos o item de Sexualidade abordaremos a sexualidade aos gêneros, a Sexualidade na
contemporaneidade, a educação sexual na escola, o lugar de sexo, a sexualidade os prazeres e a
vulnerabilidade, a violência contra a mulher, a prevenção de HIV e a representação da mulher e do
feminino na mídia da imprensa brasileira.
Os Temas Socioeducacionais serão contemplados de forma a apresentar nuances sobre
Meio Ambiente – Lei 9.795/99; Enfrentamento à Violência na Escola; Prevenção ao uso indevido
de drogas; Educação Sexual, incluindo Gênero e Diversidade Sexual.
Avaliação
A avaliação é um meio e não um fim em si. É um processo contínuo e deve ser tratada como
integrante das relações de ensino-aprendizagem. Os saberes e a cultura do educando devem ser
respeitados como ponto de partida real, realizando a avaliação a partir das experiências acumuladas
e das transformações que marcaram o seu trajeto educativo.
A avaliação será significativa se estiver voltada para a autonomia dos educandos, pois implica o
coletivo da escola e possibilita a indicação de caminhos mais adequados e satisfatórios para a ação
pedagógica. Em outras palavras, a avaliação não pode ser um mecanismo para classificar, excluir
ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica que toma os erros e os acertos como
elementos sinalizadores para o seu replanejamento. Assim, a prática avaliativa deve ser pautada no
princípio da educação que valoriza a diversidade e reconhece as diferenças. Além disso, o processo
avaliativo deve ser parte integrante da práxis pedagógica e estar voltado para atender as
necessidades dos educandos, considerando o seu perfil e a função social da EJA, isto é, o seu papel
na formação da cidadania e na construção da autonomia.
A avaliação é um elemento integrante do processo ensino-aprendizagem que visa o
aperfeiçoamento, a confiança e a naturalidade do processo, como um instrumento que possibilita
identificar avanços e dificuldades, levando a buscar caminhos para solucionar qualquer obstáculo.
A avaliação na sala de aula da EJA será contínua, abrangente e permanente para que oportunize
uma atitude crítico-reflexiva dos alunos frente ao conteúdo trabalhado. Para isso, serão utilizados
trabalhos feitos em sala de aula, debates e relatórios semanais sobre o conteúdo trabalhado.
Recuperação de estudos
Será aplicada a recuperação de estudos de forma concomitante, contínua, diagnóstica,
sempre que um ou mais conteúdos não forem assimilados pelos alunos, não dispensando atenção
aos que já estiverem acima da média.
Ela será realizada:
1- Com um ou com um grupo de conteúdos;
2- Poderá ser através de exercícios, provas e trabalhos com pesquisa.
Adaptação do processo de avaliaçãoOutra categoria de ajuste que é necessária para atender as necessidades educacionais
especiais de alunos é a adaptação no processo de avaliação, no estabelecimento de critérios e
na escolha dos instrumentos, adaptando-os aos diferentes estilos e possibilidades de expressão
dos alunos.
Referências bibliográficas
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Física. Curitiba: SEED/DEF, 2006.PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos. Curitiba: SEED, 2006.Caderno de Física para CEEBEJA. Volumes I, II e III. Secretaria de Estado da Educação do Estado do Paraná – Departamento de Educação de Jovens e Adultos, 2004.BONJORNO, Regina Azenha et tal. Física completa Volume único. – São Paulo: FTD, 2001
4.4.2.22. PPC – CIÊNCIAS/EJA
Apresentação da disciplina
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta
da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o conjunto de
elementos integradores que constitui o Universo, em toda a sua complexidade. Ao Homem
cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das relações
entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento força, campo, energia e
vida.
As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a Natureza, ocorrem pela
busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a interferência do Homem sobre a
natureza possibilita incorporar experiências, técnicas, conhecimentos e valores produzidos pela
coletividade e transmitidos culturalmente. Sendo assim, a cultura, o trabalho e o processo
educacional asseguram a circulação do conhecimento, estabelecem novas formas de pensar, de
dominar a Natureza, de compreendê-la e de se apropriar dos seus recursos.
Alguns fenômenos naturais já são conhecidos e interpretados pelo homem, porém a transmissão
desses saberes somados aos conceitos científicos e tecnológicos recentemente desenvolvidos
constitui fator decisivo para a formação não somente de um futuro cientista, mas também e
principalmente daquele significado para complementar a formação do cidadão comum, que não
teve a oportunidade de prosseguir nos seus estudos em idade própria, e especificamente na EJA,
sendo muito importante a preocupação de um ensino competente e que satisfaça suas necessidades.
Outro aspecto a ser desenvolvido pelo ensino de Ciências e que oferece um olhar especial por se
tratar de educando da EJA é a reflexão sobre a importância da vida no Planeta. Isso inclui a
percepção das relações históricas, biológicas, éticas, sociais, étnico-raciais, políticas e econômicas,
assim como, a responsabilidade humana na conservação e uso dos recursos naturais de maneira
sustentável, uma vez que dependemos do Planeta e a ele pertencemos.
De acordo com as Diretrizes curriculares Estaduais para a Educação de Jovens e Adultos são
identificados três eixos articuladores da ação pedagógica curricular: cultura, trabalho e tempo, que
serão inter-relacionados com os conteúdos da disciplina de Ciências.
O caminho evolutivo da ciência promoveu o avanço tecnológico que deve ser discutido no espaço
escolar, de tal maneira que o educando possa compreender as mudanças ocorridas no contexto
social, político e econômico e em outros meios com os quais interage, proporcionando-lhe também
o estabelecimento das relações entre o conhecimento trazido de seu cotidiano e o conhecimento
científico e, partindo destas situações, compreender as relações existentes, questionando, refletindo,
agindo e interagindo com o sistema. Como DELIZOICOV, ANGOTTI, PERNAMBUCO citam:
Essa relação entre ciência e tecnologia, aliada à forte presença da tecnologia no cotidiano das pessoas, já não pode ser ignorada no ensino de Ciências, e sua ausência aí é inadmissível. Consideram-se, ainda, os efeitos da ciência/tecnologia sobre a natureza e o espaço organizado pelo homem, o que leva à necessidade de incluir no currículo escolar uma melhor compreensão do balanço benefício malefício da relação ciência-tecnologia (2002, p.68-69).
Nessa perspectiva, a disciplina de Ciências tem como fundamento o conhecimento científico
proveniente da ciência construída historicamente pela humanidade.
Objeto de estudo de ciências
É importante que o ensino desenvolvido na disciplina de Ciências na EJA, possibilite ao educando,
a partir de seus conhecimentos prévios, a construção do conhecimento científico, por meio da
análise, reflexão e ação, para que possa argumentar e se posicionar criticamente.
Objetivos gerais
Atender educandos trabalhadores com o compromisso da formação humana e com o acesso
à cultura geral, possibilitando aos mesmos o aprimoramento de uma consciência crítica, sendo
capazes de adotarem atitudes éticas, para o desenvolvimento de uma autonomia intelectual.
Fornecer subsídios para que os educandos sejam sujeitos ativos, críticos, criativos e
democráticos. Colaborar para a ampliação dos conhecimentos de forma crítica, viabilizando a
reflexão pela busca dos direitos de melhorias da qualidade de vida.
Possibilitar o aprendizado contínuo, a reflexão de modo crítico, ações com
responsabilidade individual e coletiva, participação do trabalho e da vida coletiva.
Acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais.
Enfrentar problemas novos construindo soluções originais com agilidade e rapidez, a partir
do uso metodologicamente adequado.
Interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes das
relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento força, campo,
energia e vida.
Levar os alunos a compreensão dos conhecimentos científicos que resultam da investigação
da Natureza, em um contexto histórico-social, tecnológico, cultural, ético e político.
Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em sociedade, como agente de transformações do mundo em que vive, em relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente.
Incorporar ao ensino de ciências, aspectos sociais, políticos, econômicos, éticos e culturais,
incluir os portadores de necessidades especiais e / ou tecnológicos inerentes ao processo de
produção, a aplicabilidade dos conhecimentos científicos, das relações e inter-relações
estabelecidas entre os sujeitos do processo ensino-aprendizagem.
Adaptações de objetivo
É necessário ajustes nos objetivos pedagógicos constantes no plano de ensino de forma a adequá-
los às características e condições dos alunos. Sendo assim, o professor pode priorizar
determinados objetivos para um aluno, caso seja a forma de atender às suas necessidades
educacionais e investir mais tempo, ou utilizar maior variedade de estratégias pedagógicas na
busca de alcançar determinados objetivos, em detrimento de outros, menos necessários, numa
escala de prioridade estabelecida a partir da análise de conhecimento já apreendido pelo
aluno, e do grau de importância do referido objetivo para o seu desenvolvimento e a
aprendizagem significativa.
Encaminhamentos metodológicos
Na medida em que se acredita numa Ciência aberta, inacabada, produto da ação de seres humanos
inseridos num contexto próprio relativo ao seu tempo e espaço e, no estudo na disciplina de
Ciências, como uma das formas de resgate e de construção de melhores possibilidades de vida
individuais e coletivas, há que se optar por uma metodologia de ensino e de aprendizagem
adequada à realidade do educando da EJA. Deste modo, a metodologia precisa estar em
consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais, inserindo também instrução do Caderno de
Expectativas propostas pelo coletivo de professores da rede estadual de ensino, propostas para esta
modalidade de ensino, segundo RIBEIRO:
...criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da organização tradicional é
uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais nada, um enorme desafio para os educadores (...),
romper o modelo de instrução tradicional implica um alto grau de competência pedagógica, pois
para isso o professor precisará decidir, em cada situação, quais formas de agrupamento,
sequenciação, meios didáticos e interações propiciarão o maior progresso possível dos alunos,
considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza o público da educação de jovens e
adultos. (1999, p.8):
Nessa perspectiva, destaca-se a importância de propiciar aos educandos, a compreensão dos
conceitos científicos de forma significativa, ou seja, que o conhecimento possa ser percebido em
seu contexto mais amplo, não somente nos afazeres diários, mas na forma de perceber a realidade
local e global, o que lhe permitirá posicionar-se e interferir na sociedade de forma crítica e
autônoma. Para tanto, o educador da EJA deve partir dos saberes adquiridos previamente pelos
educandos, respeitando seu tempo próprio de construção da aprendizagem, considerando:
- que o educador é mediador e estimulador do processo, respeitando, de forma real, como ponto de
partida, o conjunto de saberes trazidos pelos educandos;
- as experiências dos educandos no mundo do trabalho;
- a necessária acomodação entre o tempo e o espaço do educando, ainda, o tempo pedagógico e o
tempo físico;
− as relações entre o cotidiano dos educandos e o conhecimento científico.
É importante salientar o uso criativo das metodologias pelo educador, que será indispensável em todos os momentos do seu trabalho, bem como o olhar atento e crítico sobre a realidade trazida pelos educandos.A busca de soluções para as problematizações constitui-se em referência fundamental no ensino de
Ciências. Quando elaborada individual ou coletivamente deve ser registrada, sendo valorizados os
saberes trazidos pelos educandos e a evolução do processo de aprendizagem. É importante lembrar
que a cultura científica deve ser incentivada mesmo que de forma gradual, respeitando o tempo de
cada grupo ou indivíduo.
Ao pensar na organização dos conteúdos e considerando as DCE’s inserção dos conteúdos básicos
dos cadernos de expectativas, o educador deve priorizar aqueles que possam ter significado real à
vida dos educandos jovens e adultos. Estes devem possibilitar aos mesmos a percepção de que
existem diversas visões sobre um determinado fenômeno e, a partir das relações entre os diversos
saberes, estimular a autonomia intelectual dos mesmos, através da criticidade, do posicionamento
perante as situações-problemas e da busca por mais conhecimentos. Os conteúdos podem ser
organizados sem a rígida sequência lineares proposta nos livros didáticos. Portanto deve ser
avaliada a relevância e a necessidade de cada conteúdo, bem como a coerência dos mesmos no
processo educativo.
A abordagem teórico–metodológica dos conteúdos a serem selecionados para a disciplina
de Ciências, deve envolver aspectos considerados essenciais pela DCE, onde os três eixos
articuladores propostos para as Diretrizes Curriculares da EJA: cultura, trabalho e tempo serão
inter-relacionados com os conteúdos da disciplina de ciências.
As metodologias adotadas permitirão aos educandos percorrerem trajetórias de
aprendizagem não padronizadas, respeitando o ritmo próprio de cada um no processo de
apropriação dos saberes, organizando-se assim o tempo escolar a partir do tempo disponível do
educando–trabalhador, seja no que se refere à organização diária das aulas, seja no total de dias
previstos na semana.
Como a EJA apresenta uma estrutura flexível é possível contemplar inovações que
contenham apenas conteúdos significativos.
É necessário ultrapassar a ideia e a prática de se deter apenas nos conteúdos disciplinares e inserir
ao longo do trabalho docente, temas que venham ao encontro das reais necessidades dos educandos
através de programas socioeducativos:
Educação Ambiental, Lei do Meio Ambiente Nº 9795/99.
História do Paraná, Lei Nº 13181/01.
Educação Tributária e Fiscal, Decreto Nº 1143/99 – Portaria Nº 413/02, Enfrentamento à Violência
na Escola, Lei N 11525/07 – dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes, que esta traz como
diretriz a Lei Nº 8069/90 e Lei Nº 9970/00 do Combate ao abuso e a Exploração Sexual de
Crianças e Adolescentes.
Todas essas normativas terão observadas seus materiais adequados e desenvolvidos na medida em
que esses temas são chamados, vindo a fortalecer o trabalho pedagógico realizado na Fase I do
Ensino Fundamental, como também:
História e Cultura Afro-brasileira Lei Nº 10639/03;
Cultura Indígena Lei Nº 11645/08;
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, a qual prevê a adoção de abordagem
multidisciplinar, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas, bem como a
repressão do tráfico Lei Nº 11343/06;
Educação Sexual, incluindo gênero e diversidade sexual no combate à violência e à
discriminação contra GLTB e de promoção da cidadania homossexual – Programa Brasil Sem
Homofobia.
A obrigatoriedade dos conteúdos de música na Educação Básica, conforme a Lei N° 11.769/08;
A obrigatoriedade dos conteúdos dos direitos do Idoso, Lei nº 10.741/03 e de Educação para o
Trânsito, em atendimento à Resolução nº 07/2010 CNE/CEB, Lei 9.503/97.
Brigadas Escolares decreto 4837/2012.
Hasteamento de Bandeiras e execução de Hinos – Instrução nº 013/2012 SUED/SEED e Lei nº
12.031 de 21/09/2009.
Educação Alimentar e Nutricional e Educação em Direitos Humanos – Lei nº 11.947 de
16/06/2009, Resolução nº 01/2012 – CNE/CP.
Em relação aos programas socioeducacionais, observa-se que é necessário ressaltar a função da
disciplina de ciências e dar a eles a importância devida junto aos demais temas desenvolvidos no
curso. Diante do atual panorama sócio-cultural que se vislumbra, cabe a disciplina de ciências
encarar os programas de maneira que sejam trabalhados concomitantemente com os conteúdos da
grade curricular. Assim, tais programas devem ser colocados no mesmo grau de importância dos
demais. Da mesma forma, devem ser trabalhados em sua totalidade e não relegados como parte
integrante de projetos interdisciplinares que são desenvolvidos como arcabouços de propostas
pedagógicas da escola.
Adaptações do Método de Ensino e da Organização Didática
Adaptar o método de ensino às necessidades de cada aluno é, na realidade, um
procedimento fundamental na atuação profissional de todo educador, já que o ensino não ocorrerá,
de fato, se o professor não atender ao jeito que cada um tem para aprender. Faz parte da tarefa
de ensinar procurar as estratégias que melhor respondam às necessidades peculiares a cada
aluno.
É necessário a modificação do nível de complexidade das atividades e a adaptação dos
materiais utilizados. São vários os recursos que podem ser úteis para atender às necessidades
especiais de vários tipos de deficiência, seja ela permanente, ou temporária.
O professor poderá também fazer modificações na seleção de materiais que havia inicialmente
previsto em função dos resultados que esteja observando no processo de aprendizagem do
aluno. O ajuste de suas ações pedagógicas tem sempre que estar atrelado ao processo de
aprendizagem do aluno.
Conteúdos estruturantes
Os conteúdos estruturantes da EJA são os mesmos do ensino regular,porém, com
encaminhamento metodológico diferenciado, considerando as especificidades dos educandos da
EJA, ou seja, o tempo curricular, ainda que diferente do estabelecido para o ensino regular,
contempla o mesmo conteúdo.
Isso se deve ao fato de que o público adulto possui uma bagagem cultural e de
conhecimentos adquiridos em outras instâncias sociais, uma vez que a escola não é o único espaço
de produção e socialização de saberes. Assim, é possível tratar do mesmo conteúdo de formas e em
tempos diferenciados, tendo em vista as experiências e trajetórias de vida dos educandos da EJA.
Nas diretrizes, o conceito de Conteúdo Estruturante é entendido como conhecimentos de
grande amplitude que identificam e organizam as disciplinas escolares além de fundamentarem as
abordagens pedagógicas dos conteúdos específicos.
Na disciplina de Ciências, os Conteúdos Estruturantes são construídos a partir da
historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do currículo, além de
estruturar a disciplina frente ao processo acelerado de especialização do seu objeto de estudo e
ensino (LOPES, 1999).
Nestas Diretrizes Curriculares são apresentados cinco conteúdos estruturantes
fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração conceitual para a disciplina
de Ciências no Ensino Fundamental. São eles:
• Astronomia
• Matéria
• Sistemas Biológicos
• Energia
• Biodiversidade
ASTRONOMIA
A Astronomia tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois, é uma das ciências
de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes. Numa abordagem
histórica traz as discussões sobre o geocentrismo e o heliocentrismo, bem como sobre os métodos
científicos, conceitos e modelos explicativos que envolveram tais discussões. Além disso, os
fenômenos celestes são de grande dos estudantes porque por meio deles buscam-se explicações
alternativas para acontecimentos regulares da realidade,como o movimento aparente do sol, as
fases da lua, as estações do ano, as viagens espaciais, entre outros.
MATÉRIA
No conteúdo estruturante Matéria propõe-se a abordagem de conteúdos específicos que
privilegiem o estudo da constituição dos corpos, entendidos tradicionalmente como objetos
materiais quaisquer que se apresentam à nossa percepção (RUSS, 1994). Sob o ponto de vista
científico, permite o entendimento não somente sobre as coisas perceptíveis como também sobre
sua constituição, indo além daquilo que num primeiro momento vemos, sentimos ou tocamos.
SISTEMAS BIOLÓGICOS
O conteúdo estruturante Sistemas Biológicos aborda a constituição dos sistemas orgânicos
e fisiológicos, bem como suas características específicas de funcionamento, desde os componentes
celulares e suas respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes
grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração.
Parte-se do entendimento do organismo como um sistema integrado e amplia-se a
discussão para uma visão evolutiva, permitindo a comparação entre os seres vivos, a fim de
compreender o funcionamento de cada sistema e das relações que formam o conjunto de sistemas
que integram o organismo vivo.
ENERGIA
Este Conteúdo Estruturante propõe o trabalho que possibilita a discussão do conceito de
energia, relativamente novo a se considerar a história da ciência desde a Antiguidade. Discute-se tal
conceito a partir de um modelo explicativo fundamentado nas ideias do calórico, que representava
as mudanças de temperatura entre objetos ou sistemas. Ao propor o calor em substituição à teoria
do calórico, a pesquisa científica concebeu uma das leis mais importantes da ciência: a lei da
conservação da energia. Nestas diretrizes destaca-se que a ciência Física não define energia. Assim,
tem-se o propósito de provocar a busca de novos conhecimentos na tentativa de compreender o
conceito energia no que se refere às suas várias manifestações, como por exemplo, energia
mecânica, energia térmica, energia elétrica, energia luminosa, energia nuclear, bem como
os mais variados tipos de conversão de uma forma em outra.
BIODIVERSIDADE
O conceito de biodiversidade, nos dias atuais, deve ser entendido para além da mera
diversidade de seres vivos. Reduzir o conceito de biodiversidade ao número de espécies seria o
mesmo que considerar a classificação dos seres vivos limitada ao entendimento de que eles são
organizados fora do ambiente em que vivem. Pensar o conceito biodiversidade na
contemporaneidade implica ampliar o entendimento de que essa diversidade de espécies,
considerada em diferentes níveis de complexidade orgânica, habita em diferentes ambientes,
mantém suas inter-relações de dependência e está inserida em um contexto evolutivo (WILSON,
1997). Esse conteúdo estruturante visa, por meio dos conteúdos específicos de Ciências, a
compreensão do conceito de biodiversidade e demais conceitos intra relacionados. Espera-se que o
estudante entenda o sistema complexo de conhecimentos científicos que interagem num processo
integrado e dinâmico envolvendo a diversidade de espécies atuais e extintos; as relações ecológicas
estabelecidas entre essas espécies com o ambiente ao qual se adaptaram, viveram e ainda vivem; e
os processos evolutivos pelos quais tais espécies têm sofrido transformações.
ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS
É indispensável que a organização dos conteúdos da disciplina de Ciências na proposta curricular
esteja vinculada ao espaço e ao tempo de estudo dos educandos e à experiência cotidiana destes,
procurando apresentar os conteúdos como instrumentos de melhor compreensão e atuação na
realidade.
Ao pensar nessa organização, o educador deve priorizar os conteúdos que possam ter significado
real à vida dos educandos, possibilitando-lhes a percepção das diversas abrangências sobre um
determinado fenômeno. Dessa forma, o ensino de Ciências não pode se restringir apenas ao livro
didático ou ao material de apoio. “A seleção de conteúdos é tarefa do professor; ele pode produzir
uma unidade de ensino que não existe no livro ou deixar de abordar um de seus capítulos, pode
realizar retificações ou propor uma abordagem diferente” (BIZZO, 2000, p.66).
Considerando as Diretrizes Curriculares Estaduais para a Educação de Jovens e Adultos e inseridos
os conteúdos básicos dos cadernos de expectativas de aprendizagem, alem das especificidades
desta modalidade de ensino, principalmente no que tange ao tempo de ensino do educador e o
tempo de aprendizagem dos educandos, a proposta de conteúdos essenciais da disciplina de
Ciências, contempla:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
1º REGISTRO Astronomia universo;
sistema solar;
movimentos celestes e terrestres;
planeta Terra.
astros;
origem e evolução do universo;
gravitação universal; Matéria. Materiais, Átomos e Moléculas.
Constituição da matéria;
Propriedades da matéria; Energia. Água;
Ar;
Solo;20 REGISTRO Biodiversidade. Organização dos seres vivos;
Sistemática;
Ecossistemas;
Desequilíbrios ambientais;
Biosfera;
Interações ecológicas;
Origem da vida;
Evolução dos seres vivos.
Níveis de organização;30 REGISTRO Sistemas Biológicos Célula;
Organismo humano;
Saúde e qualidade de vida;
Biotecnologia;
Ciência, tecnologia e sociedade;
Morfologia e fisiologia dos seres vivos;
Mecanismos de herança genética.40 REGISTRO
Matéria e energia Ligações, transformações e reações
químicas;
Movimentos, leis de Newton;
Formas de energia;
Calor, ondas;
Conversão de energia;
Transmissão de energia;
Adaptação de conteúdos
A adaptação de conteúdos deverá priorizar as áreas ou unidades destes, reformulando sequências e
acompanhando as adaptações propostas para os objetivos educacionais. A adaptação na
temporalidade do processo de ensino e aprendizagem, pode ser ampliada ou reduzida para o
trato de determinados objetivos e os consequentes conteúdos. O professor pode organizar o
tempo das atividades propostas, levando em conta as necessidades educacionais de cada aluno.
Avaliação
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos científicos
e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases no 9394/96 deve ser contínua e cumulativa em relação
ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Assim, a avaliação como prática pedagógica que compõe a mediação didática realizada pelo
professor é entendida como “ação, movimento,provocação, na tentativa de reciprocidade
intelectual entre os elementos da ação educativa. Professor e aluno buscando coordenar seus pontos
de vista, trocando ideias, reorganizando-as” (HOFFMANN, 1991, p.67).
A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem, pois pode propiciar um
momento de interação e construção de significados no qual o estudante aprende. Para que tal ação
torne-se significativa, o professor precisa refletir e planejar sobre os procedimentos a serem
utilizados e superar o modelo consolidado da avaliação tão somente classificatória e excludente.
O ensino de Ciências na EJA deve propiciar o questionamento reflexivo tanto de educandos
como de educadores, a fim de que reflitam sobre o processo de ensino e aprendizagem. Desta
forma, o educador terá condições de dialogar sobre a sua prática a fim de retomar o conteúdo com
enfoque metodológico diferenciado e estratégias diversificadas, sendo essencial valorizar os
acertos, considerando o erro como ponto de partida para que o educando e o educador
compreendam e ajam sobre o processo de construção do conhecimento, caracterizando-o como um
exercício de aprendizagem.
Partindo da ideia de que a metodologia deve respeitar o conjunto de saberes do educando, o
processo avaliativo deve ser diagnóstico no sentido de resgatar o conhecimento já adquirido pelo
educando permitindo estabelecer relações entre esses conhecimentos. Desta forma, o educador terá
possibilidades de perceber e valorizar as transformações ocorridas na forma de pensar e de agir dos
educandos, antes, durante e depois do processo.
Na EJA será respeitado o tempo diferenciado de aprendizagem e não sendo considerado um
tempo único para todos, considerando os limites e possibilidades de cada educando, assegurando o
acesso, a permanência e o sucesso dos mesmos.
Como a EJA apresenta uma estrutura flexível é possível contemplar inovações que tenham
conteúdos significativos. A avaliação é um processo contínuo, diagnóstico, dialético e deve ser
tratada como integrante das relações de ensino-aprendizagem.
Para uma avaliação efetiva, devem ser estabelecidos critérios, levando consigo fatores como a
série a ser avaliada, o nível cognitivo dos alunos e a apropriação dos conteúdos.
A avaliação verificará se os alunos atingiram os objetivos propostos a partir do que é básico e
essencial, se necessário far-se-á a retomada de conteúdos com posterior recuperação dos mesmos.
Essa avaliação será feita utilizando os seguintes instrumentos:
atividades avaliativas;
avaliação escrita;
cartazes;
pesquisas.
relatórios,
participação diária do aluno.
provas escritas.
Dentro do processo de ensino-aprendizagem, recuperar significa voltar, tentar de novo, adquirir o
que perdeu, e não pode ser entendido como um processo unilateral, lembremos que a LDB – lei
9394/96 – recoloca o assunto na letra “e” inciso V do art. 24 “obrigatoriedade de estudos de
recuperação, de preferência paralelo ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a
serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos.” A Proposta Pedagógica
Curricular de Ciências está fundamentada na LDB, no Projeto Político Pedagógico e no Regimento
Escolar, deste colégio, a avaliação tem como objetivo de avaliar/reavaliar e nosso trabalho
docente, isto é, a recuperação de estudos/avaliação/recuperação paralela que se dará de forma
permanente e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem.
Adaptação do processo de avaliaçãoOutra categoria de ajuste que é necessária para atender as necessidades educacionais
especiais de alunos é a adaptação no processo de avaliação, no estabelecimento de critérios e
na escolha dos instrumentos, adaptando-os aos diferentes estilos e possibilidades de expressão
dos alunos.
Referências bibliográficas
BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.BORGES, R. M. R. Em debate: cientificidade e educação em Ciências. Porto Alegre: SE/CEC/RS, 1996.BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, Senado Federal, 1994.BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes para uma política nacional de educação de jovens e adultos. Cadernos de Educação Básica. Brasília, 1994.BRASIL. Lei 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, 23 de dezembro de 1996.CADERNOS TEMÁTICOS DOS PROGRAMAS SOCIOEDUCATIVOS. SEED.CADERNOS PEDAGÓGICOS. SEED.CANIATO, R. O céu. São Paulo: Ática, 1990._____. O que é astronomia. São Paulo: Brasiliense, 1981._____. A terra em que vivemos. Campinas: Papirus, 1985.CHASSOT, A. I. Catalisando transformações na educação. Ijuí: Editora Unijuí, 1994._____. Para que(m) é útil o ensino? Canoas: Editora da ULBRA, 1995._____.A ciência através dos tempos. São Paulo: Moderna, 1994.CHASSOT, A. I. & OLIVEIRA, R. J. (Org.) Ciência, ética e cultura na educação. São Leopoldo: Tunisinos, 1998.DCE - Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Ciências, Curitiba, 2008.DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A. Metodologia do ensino de Ciências. São Paulo: Cortez, 1992.DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. .A.; PERNAMBUCO, M. A. Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.GASPAR, Alberto. Experiências de Ciências para o Ensino Fundamental. São Paulo: Ática, 2003.GIL-PEREZ, D. & CARVALHO, A. M. P. Formação de professores de ciências: tendências e inovações. São Paulo: Cortez.HAMBERGER, A. I. & LIMA, E.C. A. S. Pensamento e ação no ensino de ciências. São Paulo: Instituto de Física, 1989.KRASILCHIK, M. O professor e o currículo das ciências. São Paulo: EPU/USP, 1987.NORMATIVAS LEGAIS.OLIVEIRA, Renato José de. A escola e o ensino de ciências. São Leopoldo: Unissinos, 2000.PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares para Educação de Jovens e Adultos. Curitiba: SEED – PR - 2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação. Expectativas de Aprendizagem. Versão Preliminar. Curitiba: SEED/DEB – PR – 2011.
PROPOSTA POLITICA PEDAGOGICA – PPP – Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos REGIMENTO ESCOLAR – RE – Colégio Estadual Antonio Tupy Pinheiro.RIBEIRO, Vera Masagão. A formação de educadores e a constituição da educação de jovens e adultos como campo pedagógico. Educação & Sociedade. V.20, n. 68, Campinas: UNICAMP, dez, 1999.SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as ciências. São Paulo: Cortez, 2001.SAVIANI, Dermeval. A filosofia na formação do educador. In: _______. Do senso comum à consciência filosófica. Campinas: Autores Associados, 1993, p.20-28.STENGERS, Isabelle. Quem tem medo da ciência? São Paulo: Siciliano, 1989.
4.4.2.24. PPC – FILOSOFIA/EJA
Apresentação da disciplina
Por ser a formação pluridimensional e democrática plena, um dos objetivos do Ensino Médio,
oferecendo aos estudantes a possibilidade de compreender a complexidade do mundo
contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e especializações, busca-se através da
incorporação da disciplina de Filosofia na matriz curricular do Ensino Médio, gerar discussões
promissoras e criativas que possam vir a desencadear ações e transformações.
Nesta perspectiva a Filosofia apresenta-se como conteúdo filosófico e também como um
conhecimento que possibilita ao estudante desenvolver um estilo próprio de pensamento. O ensino
de Filosofia é, portanto, um espaço para criação de conceitos, unindo a Filosofia e o filosofar como
atividades indissociáveis que dão vida ao seu ensino.
Adaptação de conteúdos
A adaptação de conteúdos deverá priorizar as áreas ou unidades destes, reformulando sequências e
acompanhando as adaptações propostas para os objetivos educacionais. A adaptação na
temporalidade do processo de ensino e aprendizagem, pode ser ampliada ou reduzida para o
trato de determinados objetivos e os consequentes conteúdos. O professor pode organizar o
tempo das atividades propostas, levando em conta as necessidades educacionais de cada aluno.
Objetivos gerais da disciplina
Busca-se através da Filosofia despertar o pensamento do ponto de vista da totalidade, pensar ou
apreender a parte na perspectiva do todo, e o todo na perspectiva da parte.
Concretizar na relação do estudante com os problemas suscitados, através da investigação
dos textos filosóficos e das discussões levantadas uma busca de soluções e criação de conceitos.
Oferecer aos estudantes uma possibilidade de compreensão das complexidades do mundo
contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e especializações.
• Viabilizar interfaces com outras disciplinas na busca da compreensão do mundo da
linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte.
Adaptações de objetivo
É necessário ajustes nos objetivos pedagógicos constantes no plano de ensino de forma a
adequá-los às características e condições dos alunos. Sendo assim, o professor pode priorizar
determinados objetivos para um aluno, caso seja a forma de atender às suas necessidades
educacionais e investir mais tempo, ou utilizar maior variedade de estratégias pedagógicas na
busca de alcançar determinados objetivos, em detrimento de outros, menos necessários, numa
escala de prioridade estabelecida a partir da análise de conhecimento já apreendido pelo
aluno, e do grau de importância do referido objetivo para o seu desenvolvimento e a
aprendizagem significativa.
Conteúdos
1º REGISTRO
• Mito e Filosofia - as formas de experiência mítica e filosófica no passado, especificamente
na Grécia antiga, fazendo resgate da origem da filosofia e os mitos da atualidade;
• Teoria do Conhecimento- o sentido, os fundamentos, a possibilidade e a validade do
conhecimento;
• Ética - a busca dos fundamentos da ação humana e dos valores que permeiam as relações
intersubjetivas. Problematização de temas como: valores, virtude, felicidade, liberdade,
consciência, vontade, autonomia, equilíbrio, respeito, etc.
2º REGISTRO
• Filosofia Política - discussão das relações de poder e da busca de compreensão dos
mecanismos que estruturam e legitimam os sistemas políticos;
• Filosofia da Ciência - principais hipóteses e resultados obtidos pela Ciência, como também
as questões relativas ao conhecimento e ao processo de produção científica; Bioética, os problemas
da ciência e meio ambiente.
• Estética - busca da compreensão da sensibilidade, representação criativa, a apreensão
intuitiva do mundo concreto e a forma como ela determina as relações do homem com o mundo e
consigo mesmo. Abordando temas atuais como: padrões de beleza, o uso de drogas para atingir
esse modelo, os problemas de saúde decorrentes dessa prática; preconceito.
Temas socioeducacionais
• Durante o desenvolvimento das aulas serão trabalhados os temas socioeducacionais os
quais estão contempladas nos seguintes temas e Leis:
• Violência contra a Criança e o Adolescente – Lei federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e
do Adolescente 8069/90;
• Educação Ambiental – Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13;
• Música – Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12;
• Estatuto do Idoso – Lei 10741/03;
• Educação para o trânsito – Lei 9503/97;
• Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09;
• Direitos Humanos – Resolução 01/12 – CNE/CP;
• História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena – Lei 11645/08;
• Execução do Hino Nacional – Lei 12031/09;
• História do Paraná – Lei 13181/01 e Deliberação 07/06;
• Educação Fiscal e Educação Tributária – Decreto 1143/99, Portaria 413/02;
• Sexualidade Humana – Lei 11733/97;
• Prevenção ao Uso de Drogas – Lei 11343/06;
• Hasteamento e execução do Hino do Paraná – Instrução 13/12;
• Brigadas Escolares – Decreto 4837/12.
• Os Temas Socioeducacionais serão trabalhados no decorrer do ano letivo, por meio de
leituras, discussões, debates, produções diversas, exibição de filmes, pesquisas,etc.
Encaminhamento metodológico
A metodologia de ensino em filosofia será através da sensibilização, utilizando diversos recursos
como: filmes, obras de arte, textos jornalísticos e literários, músicas, charges, trabalho de campo,
etc.
Também através da problematização, formulando questões sobre a significação, a estrutura, a
razão, a intenção, a finalidade e o sentido do pensamento sobre a realidade.
A investigação filosófica, exercitando o pensamento de forma metódica buscando elementos,
informações, conhecimentos para discutir o problema posto.
A investigação deverá recorrer à História da Filosofia e aos clássicos, seus problemas e possíveis
soluções sem perder de vista a realidade onde o problema está inserido.
Sempre que possível será adicionado os temas sobre os programas Sócio-Educacionais:
Enfrentamento à violência na escola, Prevenção ao uso indevido de drogas, Educação fiscal e
Educação Sexual, incluindo-se aqui gênero e diversidade cultural.
Os Temas Socioeducacionais serão contemplados de forma a apresentar nuances sobre Meio
Ambiente – Lei 9.795/99; Enfrentamento à Violência na Escola; Prevenção ao uso indevido de
drogas; Educação Sexual, incluindo Gênero e Diversidade Sexual.
Um método interessante a ser utilizado é a criação/recriação de conceitos, onde o estudante se
apropria, pensa e repensa os conceitos problematizados e investigados da tradição filosófica.
Espera-se que o estudante possa argumentar de forma verbal e escrita utilizando os conceitos
apropriados de forma lógica, coerente e original.
Adaptações do Método de Ensino e da Organização Didática
Adaptar o método de ensino às necessidades de cada aluno é, na realidade, um
procedimento fundamental na atuação profissional de todo educador, já que o ensino não ocorrerá,
de fato, se o professor não atender ao jeito que cada um tem para aprender. Faz parte da tarefa
de ensinar procurar as estratégias que melhor respondam às necessidades peculiares a cada
aluno.
É necessário a modificação do nível de complexidade das atividades e a adaptação dos
materiais utilizados. São vários os recursos que podem ser úteis para atender às necessidades
especiais de vários tipos de deficiência, seja ela permanente, ou temporária.
O professor poderá também fazer modificações na seleção de materiais que havia inicialmente
previsto em função dos resultados que esteja observando no processo de aprendizagem do
aluno. O ajuste de suas ações pedagógicas tem sempre que estar atrelado ao processo de
aprendizagem do aluno.
Avaliação e recuperação de estudos
A avaliação em filosofia tem por função diagnosticar, subsidiar e até mesmo redirecionar o curso
da ação do processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do resultado, que o
educador e o educando estão construindo coletivamente. Constará de leituras e debates, produções
e interpretações de textos, pesquisas, atividades investigativas, etc.
Recuperação de estudos: Será oportunizado ao aluno que não atingir a média. Será aplicada a
recuperação de estudos de forma concomitante, contínua, diagnóstica, sempre que um ou mais
conteúdos não forem assimilados pelos alunos, não dispensando atenção aos que já estiverem
acima da média.
Ela será realizada:
1- Com um ou com um grupo de conteúdos;
2- Sempre que a nota do aluno for considerada insuficiente;
3- Poderá ser através de exercícios, provas e trabalhos com pesquisa.
Adaptação do processo de avaliação
Outra categoria de ajuste que é necessária para atender as necessidades educacionais
especiais de alunos é a adaptação no processo de avaliação, no estabelecimento de critérios e
na escolha dos instrumentos, adaptando-os aos diferentes estilos e possibilidades de expressão
dos alunos.
Referências bibliográficas
ARANTES, P. e MUCHAIL, S.T (orgs). Filosofia e seu Ensino, Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.ARIEL, M.; PORTA, G. A filosofia a partir de seus problemas. 2ª ed. São Paulo: Loyola, 2004.CHAUI, M. Convite à Filosofia. 13ª ed. São Paulo: Ática, 2004.CORBISIER, R. Introdução à filosofia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1986, v.1.
DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO DO PARANÁ. DCE. FILOSOFIA. Secretaria de Estado da Educação -SEED FILOSOFIA/ VÁRIOS AUTORES- CURITIBA SEED- PR, 2006GALLO, S.; KOHAN, W.O (orgs). Filosofia no ensino médio. Petrópolis: Vozes, 2000.KONDER, L. O futuro da práxis: o pensamento de Marx no século XXI, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.SEVERINO, A J. In: GALLO, DANELON; M., CORNELLI,G, (Orgs.). Ensino de Filosofia: teoria e prática. Ijuí: Ed. Unijuí, 2004.
4.4.2.24. PPC – INGLÊS/EJA
Apresentação da língua estrangeira moderna (LEM) – inglês
As línguas estrangeiras modernas hoje, diferente de anos passados adquirem a configuração de
disciplinas tão importantes quanto qualquer outra do currículo, permitindo ao estudante aproximar-
se de várias culturas e integrar-se num mundo globalizado. Torna-se fundamental conferir ao
ensino de LEM um caráter que além de capacitar o aluno a compreender e produzir enunciados
corretos lhe propicie à possibilidade de atingir um nível de competência linguística capaz de
permitir-lhe acesso a informação de vários tipos, ao mesmo tempo em que contribua para a sua
formação geral enquanto cidadão.
A Língua Estrangeira Moderna – LEM – é um espaço em que se pode ampliar o contato com outras formas de perceber, conhecer e entender a realidade, tendo em vista que a percepção do mundo está, também, intimamente ligada às línguas que se conhece. Ela se apresenta também como um espaço de construções discursivas contextualizadas que refletem a ideologia das comunidades que a produzem. Desta maneira, o trabalho com LEM parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as LEM são também possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e construir significados. (SEED, 2005)
É um instrumento de inclusão social a partir do momento em que oportuniza o acesso a outras
comunidades e conhecimentos, permitindo o alargamento de horizontes e a expansão das
capacidades interpretativas e cognitivas dos educandos. Através da LEM se reconhece a
diversidade cultural, e torna-se possível oportunizar o educando a vivenciar criticamente a cultura
do outro ao mesmo tempo em que valoriza a própria.
A LDB 9394/96, estabelece o caráter compulsório de uma língua estrangeira a partir do 6º ano do
Ensino Fundamental, facultando ao Ensino Médio a possibilidade da inclusão de uma segunda
língua estrangeira.
Segundo Gimenez (2005),
a língua se constitui como um espaço de comunicação intercultural, exercendo “o papel de mediadora das relações entre pessoas de diferentes línguas maternas”, tendo em vista que existem, aproximadamente, mais de 300 milhões de falantes nativos e mais de 1 bilhão de usuários no mundo todo, sendo a língua principal em livros, jornais, aeroportos e controle de tráfego aéreo, negócios internacionais e conferências acadêmicas, ciência, tecnologia, medicina, diplomacia,
esportes, competições internacionais, música pop e propaganda.
Partindo desse pressuposto, a LEM é um instrumento para que o educando seja capaz de construir e
não somente consumir o conhecimento oferecido por outros, propiciando “reflexões sobre a relação
entre língua e sociedade e, consequentemente, sobre as motivações subjacentes às escolhas
linguísticas em situações de comunicação (oral e escrita).” (PARANÁ, 2005). Ao serem expostos
às diversas manifestações da língua na sociedade, os educandos podem entender as implicações
político-ideológicas.
Encaminhamentos metodológicos
O comprometimento com o plurilinguismo como política educacional é uma das possibilidades de
valorização e respeito à diversidade cultural, garantindo na legislação, pois permite às comunidades
escolares a definição da Língua Estrangeira a ser ensinada.
O trabalho a ser desenvolvido com a língua segue uma abordagem onde a língua é vista como
instrumento de interação, investigação, interpretação, reflexão e construção, norteada pelos três
eixos articuladores: cultura, trabalho e tempo. Nessa concepção, levar-se-á em consideração a
realidade do educando, valorizando sua bagagem de conhecimentos e respeitando suas
necessidades e características individuais, na certeza de que o adulto aprende melhor e desenvolve
maior autonomia e responsabilidade quando se vê envolvido no processo ensino-aprendizagem.
Há que se pensar que ao ensinar uma LEM deve-se buscar a autenticidade da Língua, a articulação
com as demais disciplinas e a relevância dos saberes escolares frente à experiência social
construída historicamente pelos educandos.
Para a definição das metodologias a serem utilizadas, é necessário levar em conta que o educando é
parte integrante do processo e deve ser considerado como agente ativo da aprendizagem, visto que
ele traz saberes e estes vão interagir com os saberes que ele vai adquirir.
Na busca desta interação, deve-se buscar uma metodologia que leve em consideração que as
habilidades da LEM – leitura, escrita, compreensão oral e compreensão auditiva – não são únicas,
elas interagem de acordo como contexto e precisam ser vistas como plurais, complexas e
dependentes de contextos específicos.
Deve-se levar em conta, ainda, que a língua não pode ser entendida como algo fechado ou abstrato,
na forma de uma gramática, onde toda a transformação, o aspecto vivo da LEM, sua capacidade de
se transformar em contextos diferentes, toda diversidade da LEM se perde.
Portanto, as metodologias a serem aplicdas devem levar em conta, principalmente, o contexto em
que estão sendo aplicadas, de acordo com as necessidades regionais, que levem o educando a criar
significados, posto que estes não vêm prontos na linguagem.
Adaptações do Método de Ensino e da Organização Didática
Adaptar o método de ensino às necessidades de cada aluno é, na realidade, um procedimento
fundamental na atuação profissional de todo educador, já que o ensino não ocorrerá, de fato, se o
professor não atender ao jeito que cada um tem para aprender. Faz parte da tarefa de ensinar
procurar as estratégias que melhor respondam às necessidades peculiares a cada aluno.
É necessário a modificação do nível de complexidade das atividades e a adaptação dos materiais
utilizados. São vários os recursos que podem ser úteis para atender às necessidades especiais de
vários tipos de deficiência, seja ela permanente, ou temporária.
O professor poderá também fazer modificações na seleção de materiais que havia inicialmente
previsto em função dos resultados que esteja observando no processo de aprendizagem do aluno. O
ajuste de suas ações pedagógicas tem sempre que estar atrelado ao processo de aprendizagem do
aluno.
Objetivos gerais− Proporcionar ao educando habilidades para que possa usar o inglês em situações concretas.− Favorecer a interação e a compreensão de outra cultura.− Desenvolver uma visão mais ampla da cultura e da língua estrangeira, fazendo com que o educando mude sua percepção de mundo.− Levar o educando a respeitar diferenças culturais.− Contribuir para que o educando perceba a sua importância como um instrumento de comunicação universal.
Objeto de estudo da disciplina
A língua, que é o objeto de estudo da LEM, deve relacionar a cultura, o sujeito e a identidade com
o objetivo de ensinar e aprender percepções de mundo e permitir que se reconheça no uso da língua
os propósitos comunicativos. Os espaços de interações entre professores e alunos devem ser
promovidos nas aulas de língua estrangeira com o intuito de ampliar as visões de mundo
propiciando aos alunos a análise das questões sociais-político-econômicas da nova ordem mundial,
suas implicações, desenvolvendo assim uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na
sociedade.
Adaptações de objetivo
É necessário ajustes nos objetivos pedagógicos constantes no plano de ensino de forma a adequá-
los às características e condições dos alunos. Sendo assim, o professor pode priorizar determinados
objetivos para um aluno, caso seja a forma de atender às suas necessidades educacionais e investir
mais tempo, ou utilizar maior variedade de estratégias pedagógicas na busca de alcançar
determinados objetivos, em detrimento de outros, menos necessários, numa escala de prioridade
estabelecida a partir da análise de conhecimento já apreendido pelo aluno, e do grau de importância
do referido objetivo para o seu desenvolvimento e a aprendizagem significativa.
Organização dos conteúdosNo caso do ensino da Língua Inglesa na EJA, dadas as suas características, o trabalho parte da
exploração de diversos gêneros textuais que propiciam a exposição do educando a língua dentro de
um contexto, possibilitando a análise e estudo de sua estrutura, servindo também como ponte para
criar a interação entre as habilidades em cada contexto.
Ensino fundamental – fase IIConteúdos Básicos
1º REGISTRO
Leitura− Identificação do tema, do argumento principal;− Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto;− Linguagem não verbal.
Oralidade− Variedades linguísticas;− Intencionalidade do texto;− Exemplos de pronúnicas e do uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países.
Escrita− Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas linguísticas;− Clareza de ideias.
Análise linguística− Coesão e coerência;− Função dos: cumprimentos, pronomes pessoais, demonstrativos, verbo To Be, artiigos, adjetivos possessivos, verbo there To Be, palavras interrogativas, substantivos, concordância verbal e nominal e outras categorias como elementos do texto;− Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;− Vocabulário: objetos escolares, profissões, nacionalidades.
2º REGISTRO
Leitura− Identificação do tema, do argumento principal;− Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto;− Linguagem não verbal.
Oralidade− Variedades linguísticas;− Intencionalidade do texto;− Exemplos de pronúnicas e do uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países.
Escrita− Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas linguísticas;− Clareza de ideias;− Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.
Análise linguística
− Coesão e coerência;− Função dos tempos verbais: presente simples e presente contínuo, numerais, horas, plural, advérbios, cognatos e falsos cognatos, gênero, adjetivos, substamtivos contáveis e incontáveis, concordância verbal e nominal e outras categorias como elementos do texto;− Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;− Vocabulário: partes da casa, partes do corpo, cores, membros da família.
3º REGISTROLeitura− Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários;− Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto;− Linguagem não verbal.
Oralidade− Variedades linguísticas;− Intencionalidade do texto;− Exemplos de pronúnicas e do uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países.
Escrita− Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas linguísticas;− Clareza de ideias;− Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.
Análise linguística− Coesão e coerência;− Função dos tempos verbais: passado regular e irregular, forma imperativa, preposições, futuro simples e outras categorias como elementos do texto;− Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;− Vocabulário: meses, dias da semana, estações do ano, condições do tempo, roupas e animais.
4º REGISTROLeitura− Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários;− Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto;− Linguagem não verbal;− Realização de leitura não linear dos diversos textos.
Oralidade− Variedades linguísticas;− Intencionalidade do texto;− Exemplos de pronúnicas e do uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países;− Finalidade do texto;− Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.
Escrita− Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas linguísticas;− Paragrafação;− Clareza de ideias;− Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.
Análise linguística− Coesão e coerência;− Função dos tempos verbais: passado contínuo, afixos, question tags e outras categorias como elementos do texto;− Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;− Vocabulário: comida,bebida e locais públicos.
Programas socioeducacionais
Componentes para a EI, EF e EM (Municipais, Estaduais e Privadas):• Violência contra a Criança e o Adolescente - Lei federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e adolescentes 8069/90;• Execução do Hino Nacional - Lei 12031/09;• Educação Ambiental - Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13;• História do Paraná - Lei 13181/01 e Deliberação 07/06;• Música - Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12;• Educação Fiscal e Educação Tributária – Decreto 1143/99, Portaria 413/02;• Estatuto do Idoso - Lei 10741/03;• Sexualidade Humana - Lei 11733/97;• Educação para o trânsito - Lei 9503/97;• Prevenção ao Uso de Drogas - Lei 11343/06;• Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09;• Direitos Humanos - Resolução 01/12 – CNE/CP;• História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena - Lei 11.645/08.Componentes para a EF e EM (Escolas e Colégios Estaduais):• Hasteamento e execução do Hino do Paraná - Instrução 13/12;• Brigadas Escolares – Decreto- 4837/12.
Adaptação de conteúdos
A adaptação de conteúdos deverá priorizar as áreas ou unidades destes, reformulando sequências e
acompanhando as adaptações propostas para os objetivos educacionais. A adaptação na
temporalidade do processo de ensino e aprendizagem, pode ser ampliada ou reduzida para o trato
de determinados objetivos e os consequentes conteúdos. O professor pode organizar o tempo das
atividades propostas, levando em conta as necessidades educacionais de cada aluno.
Processo avaliativo
A avaliação da aprendizagem em LEM está articulada aos fundamentos teóricos explicitados nas
DCEs e na LDB nº 9394/96, Deliberação 07/99 do CEE, que em seu Artigo 1º, cita:
A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.
No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do
processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática pedagógica.
Assim a avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse processo é a
aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da
prática pedagógica.
No cotidiano das aulas é importante a compreensão de que uma atividade de avaliação siatua-se
entre a intenção e o resultado e que não se diferencia da atividade de ensino, porque ambas têm o
intuito de ensino; os critérios de avaliação devem ser definidos pela intenção que orienta o ensino e
explicar os propósitos e a dimensão do que se avalia. Assim, os critérios são um elemento de
grande importância no processo avaliativo, pois articulam todas as etapas da ação pedagógica; a
utilização repetida e exclusiva de um mesmo tipo de instrumento de avaliação reduz a possibilidade
de observar os diversos processos cognitivos dos alunos, tais como: memorização, observação,
percepção, descrição, argumentação, análise crítica, interpretação, criatividade, formulação de
hipóteses, entre outros.
Ao propor reflexões sobre as práticas avaliativas, objetiva-se favorecer o processo de ensino e de
aprendizagem, ou seja, nortear o trabalho do professor, bem como propiciar que o aluno tenha uma
dimensão do ponto em que se encontra no percurso pedagógico.
A avaliação será diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente e permanente.
Para fins de promoção ou certificação, são registradas 04 notas, que correspondem às provas
individuais escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados durante o processo de
ensino, a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor, conforme
descrito no regimento escolar.
A avaliação será realizada no processo de ensno e aprendizagem, sendo os resultados expressos em
uma escala de 0 (zero ) a 100 (cem). Para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida
é 60 (sessenta), de acordo com a Resolução nº3794/04 – SEED e frequência mínima de 75% do
total da carga horária de cada disciplina na organização coletiva e 100% na organização individual.
O educando deverá atingir, pelo menos a nota 60 (sessenta) em cada registro da avaliação
processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de estudos. Para os demais, a recuperação
será ofertada como acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos.
Para os educandos que cursarem 100% da carga horária da disciplina, a média final corresponderá à
média aritmética das avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 60
(sessenta).
Avaliação e recuperação de estudos
Dentro do processo de ensino-aprendizagem, recuperar significa voltar, tentar de novo, adquirir o
que perdeu, e não pode ser entendido como um processo unilateral, lembremos que a LDB – Lei
9394/96 – recoloca o assunto na letra “e” do inciso V do art. 24 - “obrigatoriedade de estudos de
recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar,
a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos.”
O Plano de Trabalho Docente de Lingua Estrangeira Moderna – Inglês está fundamentado na LDB,
no PPC e no RE desta escola, a avaliação tem como objetivo de avaliar/reavaliar o aluno e nosso
trabalho docente, isto é, a recuperação de estudos/avaliação/recuperação paralela que se dará de
forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
Critérios e instrumentos de avaliaçãoAtravés da leitura espera-se que o aluno:− compreenda o texto considerando a construção de significados e a sua condição de produção;− localize informações;− emita opiniões;− conheça e utilize a língua para ter acesso a informações de culturas diversas.Na oralidade espera-se que o aluno:− utilize o discurso de acordo com a situação de produção formal e informal;− demonstre clareza nas ideias;− expresse espontaneidade ao dramatizar textos.Na escrita espera-se que o aluno:− produza textos;− apresente clareza das ideias;− faça a adequação das palavras às circunstâncias propostas.Na análise linguística espera-se que o aluno;− utilize adequadamente os recursos linguísticos;− conheça, amplie e use corretamente o vocabulário;− use de forma correta os verbos nos diferentes tempos e modos;− conheça e utilize a língua para ter acesso a informações de culturas diversas.Para atingir os critérios de avaliação serão utilizados trabalhos em grupo, atividades avaliativas e
provas escritas.
RECURSOS− Quadro de giz;− Recursos audiovisuais (TV, DVD, CD);− Livros;− Apostilas;− Revistas e outros.
Adaptação do processo de avaliação
Outra categoria de ajuste que é necessária para atender as necessidades educacionais especiais de
alunos é a adaptação no processo de avaliação, no estabelecimento de critérios e na escolha dos
instrumentos, adaptando-os aos diferentes estilos e possibilidades de expressão dos alunos.
ReferênciasAMOS, Eduardo; PRESHER, Elisabeth. New Ace. Editora Longman.GIMENEZ, Telma. Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental: Línguas Estrangeiras Modernas – Questões para Debate. In: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná: Língua Estrangeira Moderna.GONÇALVES, Heloisa Leme; GRAZZIOTTIN, Joseandra Décimo; ZIGMUND, Luciane Cristine Bernls. Inglês: Educação de Jovens e Adultos. Editora Educarte, 2000.
MARQUES, Amadeu. Inglês: novo ensino médio. 5ª edição. Editora Ática, 2003.MARTINS, Elisabeth Presher; PASQUALIN, Erneto; AMOS, Eduardo. Graded English. Editora Moderna, 1998.PARANÁ, Governo do Estado do. Secretaria de Estado da Educação. Língua Estrangeira Moderna : Espanhol – Inglês. 2006.PARANÁ, Estado do. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação de Jovens e Adultos. Caderno Único – Ensino Médio. 2003.PARANÁ, Governo do Estado do. Secretaria de Estado da Educação. Diretriz Curricular. Língua Estrangeira Moderna. 2009.PENNYCOOK, Alastair. English and the discourses of Colonianism. London: Routledge. 1999.SILVA, Antônio de Siqueira e; BERTOLIN, Rafael. Essential English. Editora IBEP.
4.4.2.25. PPC – ARTE/EJA
Apresentação da disciplina
Nas últimas décadas, a arte como elemento básico da educação tem merecido aprofundados
estudos, estabelecendo-se o seu verdadeiro caráter de atividade fundamental para a formação
intelectual e social do ser humano.
Nesse sentido, a nova LDB vem concretizar um antigo anseio dos educadores: atribuir o seu real
valor e importância, colocando-a em pé de igualdade com as disciplinas tradicionalmente tratadas
como “básicas”, propiciando que seus inúmeros códigos e manifestações se concretizem num
poderoso instrumento de compreensão e interpretação do próprio indivíduo, da sociedade, do
mundo da natureza e da cultura.
Em primeiro lugar, há que se ter consciência de que a Arte, pelo seu espírito literário e abrangente,
seja na elaboração e significado de suas linguagens, seja na capacidade de expressar o homem e o
mundo, seja na sua inserção no cotidiano da sala de aula, exige ser tratada como um processo
contínuo, onde o fazer, o conhecer e o expressar caminhar juntos não cabe aqui, portanto, a
elaboração de uma listagem de conteúdos fechados, descontextualizados, com a falsa ideia de se
fazer o educando desenvolver-se em blocos desconectados, onde valoriza-se o mero conhecer em
detrimento do fazer e do expressar, mas sim dar continuidade aos conhecimentos práticos e teóricos
sobre a Arte, aprendidos em níveis anteriores da escola básica e em sua vida cotidiana.
Nesse sentido, a escola deve desenvolver uma proposta em Arte que, além de ampliar os saberes do
fazer e do conhecer artístico, deve incluir na sua prática as diversas interfaces interconexões e
novas tecnologias de comunicação e informação.
Por outro lado, a Arte pela sua variedade de códigos e linguagem, se presta a se entrelaçar com as
outras disciplinas as quais, sem perder a sua especificidade, vêm contribuir para o enriquecimento
cultural dos educandos que, através da interdisciplinaridade e de trânsitos entre fronteiras de
conhecimentos, objetivam uma educação transformadora, responsável e preocupada com a
formação e identidade do indivíduo.
Nesse contexto o ensino de arte, teve o enfoque na expressividade e criatividade, pensado
inicialmente para as crianças, essa concepção foi gradativamente incorporada para o ensino de
outras faixas etárias. Essa valorização da arte encontrou espaço na pedagogia da Escola Nova,
fundamentada na livre expressão de formas, na genialidade individual, inspiração e sensibilidade,
desfocando o conhecimento em arte e procurando romper com a transposição mecanicista de
padrões estéticos da escola tradicional.
Objetivos gerais
Ao serem propostos de maneira viva, os conteúdos e métodos educacionais trabalhados na Escola
podem ajudar a produzir e apreciar as linguagens artísticas e continuar a aprender arte a vida toda.
- Realizar produções artísticas individuais e coletivas compreendendo suas linguagens (músicas,
danças, teatro, artes visuais, audiovisuais);
- Experimentar e explorar as possibilidades de cada linguagem artística;
- Compreender e utilizar a arte como linguagem, mantendo uma atitude de busca pessoal e/ou
coletiva articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a investigação, a sensibilidade e a
reflexão ao realizar e fluir produções artísticas;
- Experimentar e conhecer materiais, instrumentos e procedimentos artísticos diversos em arte
(artes visuais, dança, música, teatro) de modo que os utilize nos trabalhos pessoais, identifique-os e
interprete-os na apreciação e contextualize-os culturalmente;
- Construir uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal e conhecimento estético
respeitando a própria produção e a dos colegas, sabendo receber e elaborar críticas;
- Identificar relacionar e compreender a arte como fato histórico contextualizado nas diversas
culturas, conhecendo, respeitando e podendo observar as produções presentes no entorno, assim
identificando as demais do patrimônio cultural e do universo natural identificando a existência de
diferenças nos padrões artísticos e estéticos de diferentes grupos culturais;
- Observar as relações entre arte realidade, refletindo, investigando, com interesse e curiosidade,
exercitando a discussão, a sensibilidade, argumentando e apreciando arte de modo sensível;
- Identificar, relacionar e compreender diferentes funções da arte, do trabalho e da produção dos
artistas;
- Identificar, investigar e organizar informações sobre a arte, reconhecendo e compreendendo a
variedade dos produtos artísticos e concepção estética presente na história das diferenças culturais e
étnicas;
- Pesquisar e saber organizar informações sobre a arte em contato com artistas, obras de artes
fontes de comunicação.
Adaptação dos objetivos
É necessário ajustes nos objetivos pedagógicos constantes no plano de ensino de forma a adequá-
los às características e condições dos alunos. Sendo assim, o professor pode priorizar
determinados objetivos para um aluno, caso seja a forma de atender às suas necessidades
educacionais e investir mais tempo, ou utilizar maior variedade de estratégias pedagógicas na
busca de alcançar determinados objetivos, em detrimento de outros, menos necessários, numa
escala de prioridade estabelecida a partir da análise de conhecimento já apreendido pelo
aluno, e do grau de importância do referido objetivo para o seu desenvolvimento e a
aprendizagem significativa.
Conteúdos EJA ensino fundamental
1º REGISTRO
ARTES VISUAISElementos formais Composição Movimentos e períodos
Ponto LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalTridimensionalFigura e fundoFigurativoAbstrato
Pré-históriaArte EgípciaGreco-RomanaRenascimento
MÚSICA Elementos formais Composição Movimentos e períodos
AlturaDuraçãoTimbreIntensidade
RitmoMelodia
Arte paranaense Arte africana Arte brasileira
TEATRO Elementos formais Composição Movimentos e períodos
Personagemexpressõescorporais, vocais,gestuais e faciaisAçãoEspaço
Texto dramáticoMaquiagemSonoplastia
Arte Brasileira
DANÇA Elementos formais Composição Movimentos e períodos
2º REGISTRO
ARTES VISUAISElementos formais Composição Movimentos e períodos
Ponto LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
PerspectivaSemelhançasContrastesRitmo visualSimetriaDeformação Estilização
Arte OcidentalVanguardas Artisticas Industria Cultural
MÚSICA Elementos formais Composição Movimentos e períodos
AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
Improvisação Indústria Cultural
TEATRO Elementos formais Composição Movimentos e períodos
Personagemexpressõescorporais, vocais,gestuais e faciaisAçãoEspaço
RoteiroTeatro de Formas Animadas
Arte Ocidental
DANÇA Elementos formais Composição Movimentos e períodos
MovimentoCorporalTempoEspaço
Fluxo Rápido e lentoFormaçãoNíveis DeslocamentoDimensões Técnica:ImprovisaçãoGênero: Circular.
Dança Moderna
Conteúdos ensino médio
1º REGISTRO
ARTES VISUAISElementos formais Composição Movimentos e períodos
Ponto LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalTridimensionalFigura e fundoFigurativoAbstratoPerspectivaSemelhançasContrastesRitmo visualSimetriaDeformação Estilização
Arte Rupestre Arte Egípcia Arte Grega Arte ocidentalArte oriental
MÚSICA Elementos formais Composição Movimentos e períodos
AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
RitmoMelodiaEscalaGênero: erudito, clássico, popular, pop, Técnicas: eletrônica, informática e mista, improvisação
Indústria CulturalEletrônica
TEATRO Elementos formais Composição Movimentos e períodos
Personagemexpressõescorporais, vocais,gestuais e faciaisAçãoEspaço
Representação noCinema e MídiasTexto dramáticoMaquiagemSonoplastiaRoteiroTécnicas: jogosteatrais, sombra,adaptação cênica.
Indústria CulturalTeatro engajadoTeatro DialéticoTeatro EssencialTeatro de Vanguarda
DANÇA Elementos formais Composição Movimentos e períodos
MovimentoCorporalTempoEspaço
KinesferaEixoPonto de ApoioMovimentosarticularesFluxo Rápido e lentoFormaçãoNíveis DeslocamentoDimensões Técnica:ImprovisaçãoGênero: Circular
Hip HopIndústria Cultural
2º REGISTRO
ARTES VISUAISElementos formais Composição Movimentos e períodos
Ponto LinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeCorLuz
BidimensionalTridimensionalFigura e fundoFigurativoAbstratoPerspectivaSemelhançasContrastesRitmo visualSimetriaDeformação Estilização
Arte africanaArte brasileiraArte paranaenseArte popularIndústria culturalArte contemporânea
MÚSICA Elementos formais Composição Movimentos e períodos
AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade
RitmoMelodiaEscalaGênero: erudito, clássico, popular, pop, Técnicas: eletrônica, informática e mista, improvisação
MinimalistaMúsica Popular
TEATRO Elementos formais Composição Movimentos e períodos
Personagemexpressõescorporais, vocais,gestuais e faciais
Representação noCinema e MídiasTexto dramáticoMaquiagem
Teatro RenascentistaTeatro Latino-americanoTeatro RealistaTeatro Simbolista
AçãoEspaço
SonoplastiaRoteiroTécnicas: jogosteatrais, sombra,adaptação cênica.
DANÇA Elementos formais Composição Movimentos e períodos
MovimentoCorporalTempoEspaço
KinesferaEixoPonto de ApoioMovimentosarticularesFluxo Rápido e lentoFormaçãoNíveis DeslocamentoDimensões Técnica:ImprovisaçãoGênero: Circular
Dança ModernaVanguardasDança Contemporânea
Adaptação de conteúdos
A adaptação de conteúdos deverá priorizar as áreas ou unidades destes, reformulando sequências e
acompanhando as adaptações propostas para os objetivos educacionais. A adaptação na
temporalidade do processo de ensino e aprendizagem, pode ser ampliada ou reduzida para o
trato de determinados objetivos e os consequentes conteúdos. O professor pode organizar o
tempo das atividades propostas, levando em conta as necessidades educacionais de cada aluno.
Metodologia
As mais antigas interpretações da Arte foram desenvolvidas na Grécia Antiga a partir das ideias do
filósofo Grego Platão. O ensino da arte deve basear-se num processo de reflexão sobre a finalidade
da Educação, os objetivos específicos dessa disciplina é a coerência entre tais objetivos: - O
conhecimento estético; - O conhecimento da educação artística.
Nos estudos contemporâneos sobre a Arte e a Estética, o processo artístico se realiza em três
momentos: o fazer, o conhecer e o expressar. Esses momentos devem estar claros na construção do
ensino e da aprendizagem da Arte no Ensino Fundamental alicerçando as habilidades e
competências do educando. É também necessário efetivar-se a inter-relação e a contextualização
com os demais campos do conhecimento humano, para o que ela se presta com extrema eficiência,
podendo se apresentar como um elo entre os mesmos e como forma de expressão tradução e
entendimento de outros saberes. Estando isso claro, deve ser preocupação do educador conduzir os
diversos momentos e instrumentos do processo educacional e da criação artística fazendo-os
interagir e intercambiar conhecimentos com outros domínios, entre eles a Literatura, as Ciências, a
Matemática, as Modernas Tecnologias.
Dessa forma, caberá ao educador o papel de orientador e intermediador, não mais se limitando a
repassar fatos e informações desconectados da realidade e da história, não permitindo que o aluno
faça uso de sua “livre expressão” desprovidos de instrumentos, conhecimentos e objetivos para o
seu fazer artístico. Nessa concepção de ensino e de individual e coletiva de sua sala de aula.
Assim é importante o trabalho com as mídias que fazem parte do cotidiano das crianças,
adolescentes e jovens, alunos da escola pública.
Trabalhar com artes visuais sob uma perspectiva histórica e crítica, reafirma a discussão sobre essa
área como processo intelectual e sensível que permite um olhar sobre a realidade humana social, e
as possibilidades de transformação desta realidade.
A arte promove a contextualização e a inter-relação do saber e do fazer com as outras áreas de
conhecimento. É ele que incentiva o uso das linguagens múltiplas da arte, as diversas informações
e instrumentos, a transformação do universo cotidiano, o momento histórico, a realidade social e,
principalmente o germe criador, poético, e estético que cada ser humano carrega dentro de si,
fazendo disso tudo matéria para pesquisa, discussão, reflexão e elaboração de famas artísticas e de
expressão pessoal e comunitário.
Assim esse método será desenvolvido através de desenho, pintura, colagens, recortes, pesquisas,
dramatizações, jogos dramáticos, mímicas, danças, textos informativos, vídeos, cartazes,
apresentação, trabalho em grupo, exposição de trabalho, músicas, concursos.
Dança: Para o ensino da dança na escola, é fundamental buscar no encaminhamento das aulas a
relação dos conteúdos próprios da dança com os elementos culturais que a compõem.
Música: Para se entender melhor a música, é necessário desenvolver o hábito de ouvir os sons e a
mesma é formada basicamente, por som e ritmo e varia em gênero e estilo. Os elementos formais
do som são: intensidade, altura, timbre, densidade e duração.
Teatro: Para o ensino de teatro se faz necessário proporcionar momentos para teorizar, sentir e
perceber, e para o trabalho artístico, não o reduzindo a um mero fazer.
Artes Visuais: O cinema, televisão, videoclipe e outros são, formas artísticas, constituídas pelas
quatro áreas de Arte. Para isso sugere-se que a prática pedagógica parta da análise e produção de
trabalhos artísticos relacionados a conteúdos de composição em Artes Visuais, como:
Imagens bidimensionais; desenhos, pinturas, gravuras, fotografias, propaganda visual.
Imagem tridimensional: esculturas, instalações, produções arquitetônicas.
Contemplando as Leis nº 10.639/03 e 11.645/08 “História e Cultura Afro Brasileira e Indígena”, a
Lei 9.795/99 “Educação Ambiental”, as Leis 11.733/97 e 11.734/97 “Prevenção da AIDS e
Educação Sexual”, os temas relacionados aos desafios educacionais contemporâneos e a
diversidade, serão desenvolvidos ao longo do ano letivo em coerência com os conteúdos a serem
trabalhados e também a necessidade observada na turma em relação a tais temas.
A arte é fonte de humanização e por meio dela o ser humano se torna consciente da sua existência
individual e social. A arte deve interferir e expandir os sentidos, a visão de mundo, aguçar o
espírito crítico, para que o aluno possa situar-se como sujeito de sua realidade histórica.
Os Conteúdos nas linguagens de Dança, Música, Teatro e Visuais, serão trabalhados de maneira
que sejam interligados, e não separadamente. Assim, fazendo com que o aluno saiba que as
linguagens artísticas podem ser trabalhadas juntas. Ex. Quando for trabalhar música posso
aproveitar para trabalhar a partira musical, fazendo uma leitura visual onde a representação será por
meio de linhas. A mesma música poderá ser aproveitar para movimentação de dança em uma cena
teatral.
Espera-se que o aluno possa aperfeiçoar e enriquecer suas experiências artísticas e estéticas,
edificando progressivamente uma identidade orientada para a participação Critica e responsável na
sociedade, com direitos e deveres, ao longo da vida. Espera-se formar um aluno que, participante
da história, seja protagonista das escolhas profissionais, culturais e educacionais que realiza no
presente e no futuro, com compromisso social e ético.
Convivemos em uma sociedade que apresenta diferenças socioeconômicas e culturais evidentes. A
Arte, bem como, outras ciências assume um importante papel na reflexão, estudo e na prática
educacional desenvolvendo vínculos entre os universos escolares, sociais e culturais. Desta forma,
é fundamental inserir-se ao currículo de Arte, discussões e reflexões, sobre essas temáticas
enfrentas no cotidiano escolar, bem como, desenvolver processos de ensino e aprendizagem que
abordem todas as Leis e as Demandas Socioeducacionais, sendo estas: História do Paraná (Lei nº
13.381/01), História e Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena (Lei nº 11.645/08),
Enfrentamento à Violência contra a criança e adolescente, Prevenção ao uso indevido de drogas,
Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99 e Decreto nº 4.201/02), Sexualidade Humana, Educação
Fiscal e Tributária (Decreto nº 1.143/99 e Portaria nº 413/02), Direito da Criança e do Adolescente
(lei nº 11.525/07).
Adaptações do método de ensino e da organização didática
Adaptar o método de ensino às necessidades de cada aluno é, na realidade, um
procedimento fundamental na atuação profissional de todo educador, já que o ensino não ocorrerá,
de fato, se o professor não atender ao jeito que cada um tem para aprender. Faz parte da tarefa
de ensinar procurar as estratégias que melhor respondam às necessidades peculiares a cada
aluno.
É necessário a modificação do nível de complexidade das atividades e a adaptação dos
materiais utilizados. São vários os recursos que podem ser úteis para atender às necessidades
especiais de vários tipos de deficiência, seja ela permanente, ou temporária.
O professor poderá também fazer modificações na seleção de materiais que havia inicialmente
previsto em função dos resultados que esteja observando no processo de aprendizagem do
aluno. O ajuste de suas ações pedagógicas tem sempre que estar atrelado ao processo de
aprendizagem do aluno.
Avaliação
A avaliação será contínua de caráter dinâmico e cooperativo. Esta incidirá sobre o desempenho do
aluno em diferentes experiências de aprendizagem, utilizando-se de técnicas e instrumentos
diversificados com mais de uma oportunidade de aferição, de acordo com o Regimento Escolar
desta Escola.
Ao avaliar, o professor precisa considerar a história do processo de pessoal de cada educando, e sua
relação com as atividades desenvolvidas na escola, observando os seus trabalhos e seus registros. O
professor deve guiar-se pelos resultados obtidos e planejar modos criativos de avaliação, dos quais
o aluno pode participar e compreender.
Quanto aos conteúdos trabalhados, a avaliação poderá ser feita por meio de imagens,
dramatizações, debates ou composições articuladas pelos alunos, assim como pequenos textos ou
falas, trabalhos, discussões e provas. O professor deve observar se o aluno articula uma resposta
pessoal com base nos conteúdos estudados, que apresente coerência e correspondência com sua
possibilidade de aprender.
A avaliação pode remeter o professor a observar o seu modo de ensinar e apresentar os conteúdos,
e levá-lo a replanejar e avaliar-se como criador de estratégias de ensino e de orientações didáticas.
Portanto ao avaliar em artes, será observado os seguintes preceitos de acordo com os conteúdos:
EJA – ENSINO FUNDAMENTAL
Artes Visuais Música Dança Teatro
- Compreensão dos
elementos que
estruturam e organizam
as artes visuais e sua
relação com o
movimento artístico no
qual se originaram;
- Apropriação prática e
teórica de técnicas e
modos de composição
visual.
- Compreensão dos
elementos que
estruturam e organizam
as artes visuais e sua
relação com o
movimento artístico no
qual se originaram;
- Desenvolvimento da
formação dos sentidos
rítmicos e de intervalos
melódicos e
- Compreensão dos
elementos que
estruturam e organizam
a dança e sua relação
com o movimento
artístico no qual se
originaram;
- Apropriação prática e
teórica de técnicas e
modos de composição
da dança.
- Compreensão dos
elementos que
estruturam e organizam
o teatro e sua relação
com o movimento
artístico no qual se
originaram;
- Apropriação prática e
teórica de técnicas e
modos de composição
teatral.
harmônicos.
EJA – ENSINO MÉDIO
Artes Visuais Música Dança Teatro
- Compreensão dos
elementos que
estruturam e organizam
as artes visuais e sua
relação com a
sociedade
contemporânea;
- Produção de trabalhos
de artes visuais,
visando atuação do
sujeito em sua
realidade singular e
social.
- Apropriação prática e
teórica dos modos de
composição das artes
visuais nas diversas
culturas e mídias,
relacionadas à
produção, divulgação e
consumo.
- Compreensão dos
elementos que
estruturam e organizam
a música e sua relação
com a sociedade
contemporânea;
- Produção de trabalhos
musicais, visando
atuação do sujeito em
sua realidade singular e
social.
- Apropriação prática e
teórica dos modos de
composição musical
das diversas culturas e
mídias, relacionadas à
produção, divulgação e
consumo.
- Compreensão dos
elementos que
estruturam e organizam
a dança e sua relação
com o movimento
artístico no qual se
originaram;
- Compreensão das
diferentes formas de
dança popular, suas
origens e práticas
contemporâneas;
- Compreensão das
diferentes formas de
dança no cinema,
musicais e nas mídias,
sua função social e
ideologia de veiculação
e consumo;
- Apropriação prática e
teórica das tecnologias
e modos de
composição da dança
nas mídias,
relacionadas à
produção, divulgação e
consumo.
- Compreensão dos
elementos que
estruturam e organizam
o teatro e sua relação
com o movimento
artístico no qual se
originaram;
- Compreensão da
dimensão do teatro
enquanto fator de
transformação social.
- Produção de trabalhos
teatrais, visando
atuação do sujeito em
sua realidade singular e
social.
- Apropriação prática e
teórica das tecnologias
e modos de
composição da
representação nas
mídias, relacionadas à
produção, divulgação e
consumo.
- Apropriação prática e
teórica de técnicas e
modos de composição
teatrais.
Adaptação do processo de avaliação
Outra categoria de ajuste que é necessária para atender as necessidades educacionais
especiais de alunos é a adaptação no processo de avaliação, no estabelecimento de critérios e
na escolha dos instrumentos, adaptando-os aos diferentes estilos e possibilidades de expressão
dos alunos.
Referências
BERTELLO, Maria Augusta. Palavra em Ação: Arte.CALABRA, Carla Paula Brondi. Arte Histórica – Produção 1, 2.COLL, César. Aprendendo Arte.PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Arte. Paraná, 2008.HERNANDZ, Fernando. Cultura Visual Mudança Educativa e Projeto de Trabalho.JEANDOT, Nicole. Explorando o Universo da Música.MEGALE, Nilza B. Folclore Brasileiro.PROENÇA, Graça. História da Arte: Explicando a arteSILVA, Renato Andrade. Apostila Lógica.SOARES, Paulo Toledo. O mundo das cores.
4.4.2.26. PPC – EDUCAÇÃO FÍSICA/ EJA
Apresentação da disciplina
A prática pedagógica da Educação Física, ao longo de seus anos de existência, tem se centrado em
atuações autoritárias e castradoras negligenciando, aos seus participantes, uma atuação mais
participativa e crítica frente às ações desenvolvidas.
A aula de Educação Física é sinônima de prática de jogos pré-desportivos com função quase
exclusiva de preparo para a prática do desporto institucionalizado. O pensar, refletir, questionar e
criar dá espaço obrigatório ao cumprir as regras estabelecidas.
Por isso a Educação Física tem amargado a situação de ser encarada como uma atividade e não
uma disciplina dentro do contexto educacional. Assim, temos a plena certeza de que o nosso papel
necessita ser redimensionado e reelaborado frente aos novos anseios da sociedade.
Histórico da Disciplina
As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas corporais recebe em solo
nacional ocorrem a partir de teorias oriundas da Europa.
Sob a égide de conhecimentos médicos e da instrução física militar, a então denominada ginástica
surgiu, principalmente, a partir de uma preocupação com o desenvolvimento da saúde e a formação
moral dos cidadãos brasileiros.
O conhecimento da medicina configurou outro modelo para a sociedade brasileira, o que contribuiu
para a construção de uma nova ordem econômica, política e social. Assim a educação física ganha
espaço na escola, uma vez que o físico disciplinado era exigência da nova ordem em formação. A
educação do físico confundia-se com a prática da ginástica, pois incluía exercícios físicos baseados
nos moldes médicos-higiênicos.
Com a proclamação da República, veio à discussão sobre as instituições escolares e as políticas
educacionais.
No início do século XX, especificamente a partir de 1929, a disciplina de Educação Física tornou-
se obrigatória nas instituições de ensino para crianças a partir de seis anos de idade e para ambos os
sexos, por meio de um anteprojeto publicado pelo então Ministro da Guerra, General Nestor
Sezefredo Passos.
No final da década de 1930, o esporte começou a se popularizar e, não por acaso, passou a ser um
dos principais conteúdos trabalhados nas aulas de Educação Física. Com o intuito de promover
políticas nacionalistas, houve um incentivo às práticas desportivas como a criação de grandes
centros esportivos, a importação de especialistas que dominavam as técnicas de algumas
modalidades esportivas e a criação do Conselho Nacional dos Desportos, em 1941.
Em 1942, a Educação Física tornou-se uma prática educativa obrigatória, com carga horária
estipulada de três sessões semanais para meninos e duas para meninas, tanto no ensino secundário
quanto no industrial, e com duração de 30 e 45 minutos por sessão (CANTARINO FILHO, 1982).
Com o golpe militar no Brasil, em 1964, o esporte passou a ser tratado com maior ênfase, nas
escolas, especialmente durante as aulas de Educação Física.
No contexto das teorizações críticas em Educação e Educação Física, no final da década de 1980 e
início de 1990, no Estado do Paraná, tiveram início às discussões para a elaboração do Currículo
Básico.
Os avanços teóricos da Educação Física sofreram retrocesso na década de 1990 quando, após a
discussão e aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB n. 9394/96), o
Ministério da Educação (MEC) apresentou os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para a
disciplina de Educação Física, que passaram a subsidiar propostas curriculares nos Estados e
Municípios brasileiros. O que deveria ser um referencial curricular tornou-se um currículo mínimo,
para além da ideia de parâmetros, e propôs objetivos, conteúdos, métodos, avaliação e temas
transversais.
Dentro de um projeto mais amplo de educação do Estado do Paraná, entende-se a escola como um
espaço que, dentre outras funções, deve garantir o acesso aos alunos ao conhecimento produzido
historicamente pela humanidade.
Objeto de estudo
Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e de ensino, Cultura Corporal, a Educação Física
se insere neste projeto ao garantir o acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras
manifestações ou práticas corporais historicamente produzidas pela humanidade, na busca de
contribuir com um ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo,
reconhecendo-se como sujeito, que é produto, mas também agente histórico, político, social e
cultural.
O novo momento histórico exige a participação de um profissional de Educação Física mais crítico,
competente e consciente.
Não são apêndices das demais disciplinas e atividades escolares, nem um momento subordinado e
compensatório para as “durezas” das aulas em sala.
Se a atuação do professor efetiva-se na quadra, em outros lugares do ambiente escolar e em
diferentes tempos pedagógicos, seu compromisso, tal como o de todos os professores, é com o
projeto de escolarização ali instituído, sempre em favor da formação humana. Esses pressupostos
se expressam no trato com os conteúdos específicos, tendo como objetivo formar a atitude crítica
perante a Cultura Corporal, exigindo domínio do conhecimento e a possibilidade de sua construção
a partir da escola.
Busca-se, assim, superar formas anteriores de concepção e atuação na escola pública, visto que a
superação é entendida como ir além, não como negação do que precedeu, mas considerada objeto
de análise, de crítica, de reorientação e/ou transformação daquelas formas. Nesse sentido, procura-
se possibilitar aos alunos o acesso ao conhecimento produzido pela humanidade, relacionando-o às
práticas corporais, ao contexto histórico, político, econômico e social.
A Educação de Jovens e Adultos – EJA atende um público diverso (jovens, adultos, idosos, povos
das florestas, ribeirinhos, indígenas, populações do campo, entre outros) que não teve acesso ou
não pode dar continuidade à escolarização mesma por fatores, normalmente, alheia à sua vontade.
Esses educados possuem uma gana de conhecimentos adquiridos em outras instâncias sociais, visto
que, a escola não é o único espaço de produção e socialização de saberes. O atendimento a esses
alunos não se refere, exclusivamente, a uma determinada faixa etária, mas a diversidades sócio-
cultural dos mesmos.
Se considerarmos que os educandos frequentadores dessa modalidade de ensino encontram-se em
grande parte, inseridos no mundo do trabalho, é importante que o trabalho pedagógico nas aulas de
Educação Física seja compatível com as peculiaridades dessa parcela de educandos. Desse modo, a
aprendizagem do movimento deve ceder espaço às práticas que estejam direcionadas para e sobre o
movimento, focando, preponderantemente aspectos relacionados ao desenvolvimento de atitudes
favoráveis à realização de atitudes físicas e ao aprofundamento de conceitos relacionados a essas
atividades.
Adaptação dos objetivos
É necessário ajustes nos objetivos pedagógicos constantes no plano de ensino de forma a adequá-
los às características e condições dos alunos. Sendo assim, o professor pode priorizar
determinados objetivos para um aluno, caso seja a forma de atender às suas necessidades
educacionais e investir mais tempo, ou utilizar maior variedade de estratégias pedagógicas na
busca de alcançar determinados objetivos, em detrimento de outros, menos necessários, numa
escala de prioridade estabelecida a partir da análise de conhecimento já apreendido pelo
aluno, e do grau de importância do referido objetivo para o seu desenvolvimento e a
aprendizagem significativa.
Encaminhamento metodológico
Podemos assumir, portanto, que o propósito da intervenção do professor que atua no campo da
Educação Física no contexto da EJA é potencializar as possibilidades de participação ativa de
pessoas com demandas educacionais específicas, em programas com foco na atividade
física/movimento corporal humano.
Compreendendo o perfil do educando da EJA, a Educação Física deverá valorizar a diversidade
cultural dos educandos e a riqueza das suas manifestações corporais, a reflexão das problemáticas
sociais e a corporalidade entendida como a expressão criativa e consciente do conjunto das
manifestações corporais historicamente produzidas, considerando os 3 eixos norteadores do
trabalho com a EJA: cultura, trabalho e o tempo.
Os conteúdos serão trabalhados, com aulas práticas e principalmente teóricas, sendo utilizadas
como recursos pedagógicos: apostilas com textos de Educação Física, livro didático para o ensino
médio, coleção Cadernos da EJA, vídeos explicativos, TV Multimídia, pesquisa em sites
especializados na internet, recortes de jornais, entre outros, bem como conteúdos relacionados às
relações étnico-raciais para o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana e sua
contribuição nos esportes atuais, de acordo com a Deliberação nº 04/06 – CEE.
Ao trabalharmos em sala de aula os conteúdos específicos dança primitiva, indígena, circular,
moderna, popular, afro-brasileira, de salão, de rua, folclórica e, os jogos africanos e indígenas
estarão contemplando as Leis 11.645/08 e 10.639/03. O tema Lazer, educação para o lazer e
preservação do meio ambiente para os espaços de lazer contempla a Lei nº 9795/99.192.
Adaptações do método de ensino e da organização didática
Adaptar o método de ensino às necessidades de cada aluno é, na realidade, um
procedimento fundamental na atuação profissional de todo educador, já que o ensino não ocorrerá,
de fato, se o professor não atender ao jeito que cada um tem para aprender. Faz parte da tarefa
de ensinar procurar as estratégias que melhor respondam às necessidades peculiares a cada
aluno.
É necessário a modificação do nível de complexidade das atividades e a adaptação dos
materiais utilizados. São vários os recursos que podem ser úteis para atender às necessidades
especiais de vários tipos de deficiência, seja ela permanente, ou temporária.
O professor poderá também fazer modificações na seleção de materiais que havia inicialmente
previsto em função dos resultados que esteja observando no processo de aprendizagem do
aluno. O ajuste de suas ações pedagógicas tem sempre que estar atrelado ao processo de
aprendizagem do aluno.
Conteúdos Estruturantes e BásicosEnsino Fundamental
1. CONTEÙDOS ESTRUTURANTES
• Esporte;
• Jogos e Brincadeiras;
• Ginástica;
• Lutas;
• Dança.
2. CONTEÚDOS BÁSICOS
2.1 Esportes
• Coletivos e individuais.
2.2 Jogos e brincadeiras
• Jogos intelectivos.
2.3 Ginástica
• Ginástica Geral
2.4 Lutas
• Origem e evolução dentro de diferentes culturas
2.5 Dança
• Danças circulares
• Danças Folclóricas
3. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
3.1 Esporte Coletivos
• Basquetebol
• Futsal
• Handebol
• Voleibol
3.l.1 Esporte Individuais
• Atletismo
• Tênis de Mesa
• Badminton
3.2 Jogos e Brincadeiras
• Intelectivos – Xadrez, Dama, Trilha.
3.3 Lutas
• História e Cultura Afro-brasileira, Africana e outras
3.4 Ginástica
• Ginástica geral – Como Forma de Manter a Saúde.
3.5 Dança
• Danças circulares – indígenas e européias
• Danças Folclóricas – Brasileiras e europeizais
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOSPARA O ENSINO MÉDIO
1. CONTEÙDOS ESTRUTURANTES
• Esporte;
• Jogos e Brincadeiras;
• Ginástica;
• Lutas;
• Dança.
2. CONTEÚDOS BÁSICOS
2.1 Esportes:
• Coletivos
• Individuais.
2.2 Jogos e brincadeiras:
• Jogos intelectivos
• Dramáticos
2.3 Ginástica
• Ginástica de Condicionamento Físico
• Saúde - noções de primeiros socorros
2.4 Dança
• Danças folclóricas
• Danças de salão
2.5 Lutas
• Capoeira
• Outras Lutas
3. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
3.1 Esportes Coletivos
• Basquetebol
• Futsal
• Handebol
• Voleibol
3.2 Esportes Individuais
• Atletismo
• Tênis de Mesa
• Badminton
3.3 Jogos e Brincadeiras
• Intelectivos – Xadrez, Dama, Trilha.
• Dramático e mímica
3.4 Ginástica
• Ginástica geral – Jogos e movimentos gímnicos
• Alongamentos, ginástica aeróbica e localizada.
3.5 Dança
• Danças folclóricas, afro, regional, paranaense
• Valsa, forró, vanerão, xote, bolero, samba.
3.6 Lutas
• Capoeira, Manifestações culturais da cultura afro.
• Noções teóricas de diversas lutas, lutas olímpicas.
Temas socioeducacionais:
• Durante o desenvolvimento das aulas serão trabalhados os temas socioeducacionais os
quais estão contempladas nos seguintes tema e Leis:
• Violência contra a Criança e o Adolescente – Lei federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e
do Adolescente 8069/90;
• Educação Ambiental – Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13;
• Música – Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12;
• Estatuto do Idoso – Lei 10741/03;
• Educação para o trânsito – Lei 9503/97;
• Educação Alimentar e Nutricional – Lei 11947/09;
• Direitos Humanos – Resolução 01/12 – CNE/CP;
• História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena – Lei 11645/08;
• Execução do Hino Nacional – Lei 12031/09;
• História do Paraná – Lei 13181/01 e Deliberação 07/06;
• Educação Fiscal e Educação Tributária – Decreto 1143/99, Portaria 413/02;
• Sexualidade Humana – Lei 11733/97;
• Prevenção ao Uso de Drogas – Lei 11343/06;
• Hasteamento e execução do Hino do Paraná – Instrução 13/12;
• Brigadas Escolares – Decreto 4837/12.
• Os Temas Socioeducacionais serão trabalhados no decorrer do ano letivo, por meio de
leituras, discussões, debates, produções diversas, exibição de filmes, pesquisas,etc.
Adaptação de conteúdos
A adaptação de conteúdos deverá priorizar as áreas ou unidades destes, reformulando sequências e
acompanhando as adaptações propostas para os objetivos educacionais. A adaptação na
temporalidade do processo de ensino e aprendizagem, pode ser ampliada ou reduzida para o
trato de determinados objetivos e os consequentes conteúdos. O professor pode organizar o
tempo das atividades propostas, levando em conta as necessidades educacionais de cada aluno.
ELEMENTOS ARTICULADORES
Os elementos articuladores alargam a compreensão do ensino fundamental e médio, das práticas
corporais, indicam múltiplas possibilidades de intervenção pedagógica em situações que surgem no
cotidiano escolar. São, ao mesmo tempo, fins e meios do processo de ensino/aprendizagem, pois
devem transitar pelos Conteúdos Estruturantes e específicos de modo a articulá-los o tempo todo:
• Cultura Corporal e Corpo;
• Cultura Corporal e Ludicidade;
• Cultura Corporal e Saúde;
• Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;
• Cultura Corporal e Desportivização;
• Cultura Corporal – Técnica e Tática;
• Cultura Corporal e Lazer;
• Cultura Corporal e Diversidade;
• Cultura Corporal e Mídia.
Avaliação
A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o
conjunto das ações pedagógicas e não seja um elemento externo a esse processo. Ela está vinculada
ao projeto político pedagógico da escola, com critérios estabelecidos de forma clara, a fim de
priorizar a qualidade de ensino.
De acordo com o processo de classificação e reclassificação do aluno, este terá uma carga horária
de estudos a cumprir. Temos quatro apostilas que abrangem os conteúdos estruturantes da
Educação Física: esporte, ginástica, dança, lutas, jogos e brincadeiras. Para cada apostila concluída
será feita a correção do caderno com o conteúdo organizado, um trabalho e uma avaliação, sem
consulta, individual e quando necessário atividade complementar, atribuindo nota para cada ação.
As notas são somadas e divididas (média aritmética) resultando numa nota final, que deve ser
maior que 6,0 para os alunos serem aprovados. A recuperação dos estudos deve ser de conteúdos e
não de nota, de forma diversificada, imediata e contínua no processo ensino aprendizagem.
Espera-se que ao final do processo o aluno compreenda a importância da prática atividade física
para o seu desenvolvimento e conhecimento, incorporando-a a sua rotina diária, buscando uma vida
saudável, com hábitos alimentares e físicos corretos, como forma de prevenção de doenças e/ou
forma de mantê-la estável.
Adaptação do processo de avaliação
Outra categoria de ajuste que é necessária para atender as necessidades educacionais
especiais de alunos é a adaptação no processo de avaliação, no estabelecimento de critérios e
na escolha dos instrumentos, adaptando-os aos diferentes estilos e possibilidades de expressão
dos alunos.
Referências
BARRETO, Débora. Dança: ensino, sentidos e significados na escola. Campinas: Autores Associados, 2004.BENJAMIN, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo: Summus, 1984.BRUHNS, Heloisa Turini. O corpo parceiro e o corpo adversário. Campinas: Papirus, 2003.COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez, 1992.GEBARA, Ademir. História do Esporte: Novas Abordagens. In: PRONI, Marcelo Weishaupt; LUCENA, Ricardo de Figueiredo. (Org.). Esporte História e Sociedade. 1ª ed., v. 01, Campinas: Autores Associados, 2002, p. 05-29.LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 2ª ed., São Paulo: Cortez, 1995.MARCELLINO, Nelson Carvalho. Estudos do lazer: uma introdução. 3ª ed. Campinas: Autores Associados, 2002.NAVARRO. Rodrigo Tramutolo. Os caminhos da Educação Física no Paraná: do Currículo Básico às Diretrizes Curriculares. 179f. Dissertação (Mestrado) – Setor de Educação – Universidade Federal do Paraná. Curitiba: UFPR, 2007.PALLAFOX, Gabriel Humberto Muñhos; TERRA, Dinah Vasconcellos.Introdução à avaliação na educação física escolar. In: Pensar a Prática. Goiânia, v. 1. 01, jan / dez, 1998, p. 23-37.PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes CurricularesOrientadoras da Rede Pública da Educação Básica do Estado do Paraná – Educação Física. Curitiba, SEED, 2009.________ Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná. 2005.________ LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO MÉDIO. Secretaria de Estado de Educação do Paraná. Educação Física. 2009.
4.4.2.27. PPC – TEATRO/ PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO
Fundamentos teóricos da disciplina
Essa disciplina ainda exige reflexões que contemplem a arte como área de conhecimento e não
meramente como meio para o destaque de dons inatos, sendo até mesmo utilizada
equivocadamente, em alguns momentos, como prática de entretenimento e terapia. O ensino de
Arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e passa também a se preocupar com o
desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e em constante
transformação.
A arte é a criação e manifestação do poder criador do homem. Criar é transformar e nesse processo
o sujeito também se recria. A arte, quando cria uma nova realidade, reflete a essência do real. O
sujeito, por meio de suas criações artísticas, amplia e enriquece a realidade já humanizada pelo
trabalho. Nas sociedades capitalistas, o sujeito não se identifica com o produto de seu trabalho, pois
separa-se o trabalho da criação, transformando-o em trabalho alienado. No ensino de Arte,
contrapondo-se a essa alienação, há possibilidades de resgatar o processo de criação, permitindo
que os alunos reconheçam a importância de criar.
A arte, compreendida como área de conhecimento, apresenta relações com a cultura por meio das
manifestações expressas em bens materiais (bens físicos) e imateriais (práticas culturais coletivas).
Olhando a arte por uma perspectiva antropológica, é possível considerar que toda produção artística
e cultural é um modo pelo qual os sujeitos entendem e marcam a sua existência no mundo. Dessa
forma, concebe-se as várias instâncias de produção de conhecimento, ou seja, os conteúdos
pessoais de cada sujeito, interligados à produção cultural (local/regional/global) como fonte
geradora de significados em arte.
A linguagem, na construção do conhecimento em arte, passa a ser compreendida como o elo de
ligação entre o conteúdo do sujeito e a cultura em suas diversas produções e manifestações
artísticas. Entende-se que ao se apropriar dos elementos básicos ou formais das mesmas, o sujeito
torna-se capaz de refletir, de interpretar e de se posicionar diante do objeto de estudo.
Para o Ensino Fundamental as formas de relação da arte com a sociedade serão tratadas numa
dimensão ampliada, enfatizando a associação da arte com a cultura e da arte com a linguagem e
para o Ensino Médio, a partir de uma verticalização e de um aprofundamento dos conteúdos, a
ênfase será maior na associação da arte com o conhecimento, da arte com o trabalho criador e da
arte com a ideologia. Dessa forma, o aluno da educação básica terá acesso ao conhecimento
presente nessas diferentes formas de relação da arte com a sociedade, de acordo com a proximidade
das mesmas com o seu universo. O professor, por sua vez, ao selecionar os conteúdos específicos
que irá desenvolver, enfocará essas formas de relação da arte com a sociedade com maior ou menor
ênfase, abordando o objeto de estudo por meio dos conteúdos estruturantes.
Objetivos gerais
Ampliar o repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos estético, artístico e
contextualizado, aproximando-o do universo cultural da humanidade nas suas diversas
representações.
Nessa proposta, pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de pensamento,
apreender e expandir suas potencialidades criativas.
Tratar das concepções da arte como imitação/representação e da arte como
expressão/formalismo, nestas diretrizes, são reflexões importantes para que o professor possa
analisar em que medida tais concepções, fazem diferença no modo como ensina Arte na escola.
Perceber a Arte como forma de expressão e entendimento das realidades próximas e distantes e
da maneira como as pessoas percebem a Arte nas diversas culturas é fundamental para se alcançar
os objetivos do ensino da mesmo na escola.
Desenvolver uma estética pessoal.
Conteúdos
TeatroConteúdos Estruturantes
Elementos Formais Composição Movimentos e PeríodosConteúdos básicos para a série
Personagem: expressões corporais, gestuais, vocais, faciais, Ação,
Técnicas:Jogos teatrais;Teatro direto e Indireto;Mímica; Ensaio; Teatro-fórum;Encenação e leitura DramáticaImprovisação;
Gêneros:Tragédia;Comédia;Drama;Épico;Leitura Dramática;Dramaturgia;
Caracterização:Cenografia;Maquiagem;Sonoplastia;Iluminação;Figurino;
Teatro Dialético;Teatro do Oprimido;Teatro Pobre;Teatro de Vanguarda;Teatro Engajado;Teatro Pobre;Teatro do Oprimido;Teatro Popular;Comédia Dell’arte
Componentes EF :
Violência contra a Criança e o Adolescente - Lei Execução do Hino Nacional - Lei 12031/09
federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e
adolescentes 8069/90
Educação Ambiental - Lei federal 9795/99, História do Paraná - Lei 13181/01 e Deliberação
Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13 07/06
Música - Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12 Educação Fiscal e Educação Tributária - Decreto
1143/99, Portaria 413/02
Estatuto do Idoso - Lei 10741/03 Sexualidade Humana - Lei 11733/97
Educação para o trânsito - Lei 9503/97 Prevenção ao Uso de Drogas - - Lei 11343/06
Educação Alimentar e Nutricional - Lei
11947/09
Direitos Humanos - Resolução 01/12 - CNE/CP
História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e
Indígena - Lei 11.645/08
Componentes para EF e EM – Escolas e Colégios Estaduais
Hasteamento e execução do Hino do Paraná - Instrução 13/12
Brigadas Escolares – Decreto- 4837/12
Metodologia
Uma escola democrática necessita apresentar-se ao aluno como um espaço no qual se reflete e se
discute a realidade, sendo a prática social o ponto de partida para as problematizações. Deve ainda
propiciar aos alunos, leituras sobre os signos existentes na cultura de massa para se discutir de que
formas a indústria cultural interfere e censura as produções/manifestações culturais com as quais os
sujeitos identificam-se.
A cultura será abordada como resultante do trabalho que abrange as práticas sociais historicamente
constituídas pelos sujeitos. Desvelar essas culturas propicia o auto-conhecimento, visto que os
sujeitos são formados por e pelas relações culturais.
Também para atender às especificidades dos conteúdos do Ensino Fundamental da rede estadual de
ensino, bem como contemplar as colaborações oriundas das discussões promovidas com os
professores, o ensino de Arte em todas as suas linguagens, música, teatro, dança, artes visuais, será
abordado tendo como princípio a compreensão da Arte como linguagem, no sentido mais amplo do
termo, como sendo o estudo da geração, da organização e da interpretação de signos verbais e não-
verbais. Busca-se para tanto, a apropriação da concepção de linguagem de Bakhtin que afirma que
a mesma é condição fundante no processo de conhecimento do mundo e, ainda, que a constituição
dos sujeitos se dá nas interações sociais, nas quais, sujeito e linguagem constituem-se mutuamente.
Assim, a materialização dos signos se realizará por meio de múltiplas linguagens (verbais ou não-
verbais), gerando múltiplos efeitos de sentidos e ampliando as possibilidades de leitura de mundo
dos sujeitos envolvidos nessa dinâmica.
Toda linguagem artística possui uma organização de signos que propiciam comunicação e
interação. Essa organização é estruturada segundo princípios que cada cultura constrói, expressos
numa simbologia particular que é determinada histórica, política e socialmente. Essa
expressividade artística é concretizada quando, nas manifestações/produções, se utiliza de sons, de
formas visuais, de movimentos corporais e de representações cênicas, que são percebidos pelos
sentidos humanos. Tal percepção possibilita leituras da realidade, permitindo uma reflexão mais
ampla a respeito da sociedade em que o sujeito está inserido e de outras com as quais ele estabelece
relações.
Considera a colaboração entre esses saberes durante o processo de ensino e de aprendizagem pela
interação entre razão e emoção, objetividade e subjetividade.
Partindo da concepção adotada neste documento de Diretrizes, o tratamento dos conteúdos deverá
considerar:
• as várias manifestações artísticas presentes na comunidade e na região, as várias dimensões de
cultura, entendendo toda manifestação artística como produção cultural;
• as peculiaridades culturais de cada aluno/escola como ponto de partida para a ampliação dos
saberes em arte;
• as situações de aprendizagem que permitam ao aluno a compreensão dos processos de criação e
execução nas linguagens artísticas;
• a experimentação como meio fundamental para a ressignificação desse Componente Curricular,
levando em conta que essa prática favorece o desenvolvimento e o reconhecimento da percepção
por meio dos sentidos;
• a história e cultura Afro-Brasileira e indígena visto que as mesmas têm função precípua ao
trabalho da Arte, considerando-a como fator de produção da cultura brasileira, totalmente
relacionada com a Arte.
• formar o indivíduo em toda a sua criticidade em relação aos seus direitos e deveres, e
relacionando com possíveis soluções e abordagens por meio do fator transformador da Arte.
Em relação aos anos finais do Ensino Fundamental, o ensino de Arte toma a dimensão de
aprofundamento na exploração das linguagens artísticas, no reconhecimento dos conceitos e
elementos comuns presentes nas diversas representações culturais.
Propiciar aos alunos situações de aprendizagem que visam ao entendimento da diversidade cultural
e à importância dos bens culturais como um conjunto de saberes.
Dessa maneira, o professor pode criar condições de aprendizagem para o aluno ampliando as
possibilidades de análise das linguagens artísticas, voltado em sua maioria para a prática e
investigação artística, desenvolvendo por meio disso uma poética pessoal.
Em suas aulas, o professor poderá explicitar através das manifestações/produções artísticas,
elementos que identificam determinadas sociedades e de que forma se deu artisticamente, a
estilização de seus pensamentos e ações. Esta materialização do pensamento artístico de diferentes
culturas coloca-se como um referencial (signos) que poderá ser interpretado pelos alunos por meio
do conhecimento dos códigos presentes nas linguagens artísticas.
Avaliação e recuperação
De acordo com a LDBEN (nº 9.394/96, art.24, inciso V) e com a Deliberação 07/99 do Conselho
Estadual de Educação (Capítulo I, art.8º), a avaliação em Arte deverá levar em conta as relações
estabelecidas pelo aluno entre os conhecimentos em arte e a sua realidade, evidenciados tanto no
processo, quanto na produção individual e coletivas desenvolvidas a partir desses saberes.
Para se tratar da avaliação em Arte, é necessário referir-se ao conhecimento específico das
linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experienciais (práticos) quanto conceituais (teóricos),
pois a avaliação consistente e fundamentada permite ao aluno posicionar-se em relação aos
trabalhos artísticos estudados e produzidos. Cada linguagem artística possui um conjunto de
significados anteriores, historicamente construídos pelo homem, composto de sentidos que podem
ser entendidos e reorganizados para se construir novos significações sobre a realidade.
A sistematização da avaliação se dará na observação e registro dos caminhos percorridos pelo
aluno em seu processo de aprendizagem, acompanhando os avanços e dificuldades percebidas em
suas criações/produções. O professor observará como o
aluno soluciona as problematizações apresentadas e como se relaciona com o colega nas discussões
e consensos de grupo. O aluno como sujeito desse processo também irá elaborar seus registros de
forma sistematizada. As propostas podem ser socializadas em sala, possibilitando oportunidades
para o aluno apresentar, refletir e discutir a sua produção e a dos colegas, sem perder de vista a
dimensão sensível contida no processo de aprendizagem dos conteúdos das linguagens artísticas.
A recuperação é realizada na retomada de conteúdo, possibilitando assim ao aluno o entendimento
do conteúdo através de novas propostas.
Adaptação de conteúdos
A adaptação de conteúdos deverá priorizar as áreas ou unidades destes, reformulando
sequências e acompanhando as adaptações propostas para os objetivos educacionais. A adaptação
na temporalidade do processo de ensino e aprendizagem, pode ser ampliada ou reduzida para o
trato de determinados objetivos e os consequentes conteúdo. O professor pode organizar o tempo
das atividades propostas, levando em conta as necessidades educacionais de cada aluno.
Adaptações de objetivo
É necessário ajustes nos objetivos pedagógicos constantes no plano de ensino de forma a
adequá-los às características e condições dos alunos. Sendo assim, o professor pode priorizar
determinados objetivos para um aluno, caso seja a forma de atender às suas necessidades
educacionais e investir mais tempo, ou utilizar maior variedade de estratégias pedagógicas na
busca de alcançar determinados objetivos, em detrimento de outros, menos necessários, numa
escala de prioridade estabelecida a partir da análise de conhecimento já apreendido pelo
aluno, e do grau de importância do referido objetivo para o seu desenvolvimento e a
aprendizagem significativa.
Adaptações do Método de Ensino e da Organização Didática
Adaptar o método de ensino às necessidades de cada aluno é, na realidade, um
procedimento fundamental na atuação profissional de todo educador, já que o ensino não ocorrerá,
de fato, se o professor não atender ao jeito que cada um tem para aprender. Faz parte da tarefa
de ensinar procurar as estratégias que melhor respondam às necessidades peculiares a cada
aluno.
É necessário a modificação do nível de complexidade das atividades e a adaptação dos
materiais utilizados. São vários os recursos que podem ser úteis para atender às necessidades
especiais de vários tipos de deficiência, seja ela permanente, ou temporária.
O professor poderá também fazer modificações na seleção de materiais que havia
inicialmente previsto em função dos resultados que esteja observando no processo de
aprendizagem do aluno. O ajuste de suas ações pedagógicas tem sempre que estar atrelado ao
processo de aprendizagem do aluno.
Adaptação do processo de avaliação
Outra categoria de ajuste que é necessária para atender as necessidades educacionais
especiais de alunos é a adaptação no processo de avaliação, no estabelecimento de critérios e
na escolha dos instrumentos, adaptando-os aos diferentes estilos e possibilidades de expressão
dos alunos.
ReferênciasPARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Arte para a Educação Básica. Curitiba. SEED,2007.COLL, César; TEBEROSKY, Ana. Aprendendo Arte. São Paulo: Ática, 2004. BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. 6 ed., São Paulo: Ática, 1999. GOMBRICH, E. H. A História da Arte. 16 ed., Rio de Janeiro: LTC.COLI, Jorge. O que é Arte. São Paulo, Brasiliense, 2003.HERNÁNDEZ, Fernando. Cultura visual, mudança educativa e projeto de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 2000.LOUREIRO, Alícia Maria Almeida. O ensino de música na escola fundamental. Campinas, SP: Papirus, 2003.Bennett, Roy. Uma breve história da música. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1986. BRITO, Teca Alencar de. Koellreutter: o humano como objetivo da educação musical. São Paulo: Peirópolis, 2001.BERTHOLD, Margot. História mundial do teatro. São Paulo: Perspectiva, 2000. MAGALDI, Sábato. Iniciação ao teatro. São Paulo: Ática, 1991.OSTROWER, Fayga. Acasos e criação artística. Rio de Janeiro: Campus, 1999. OSTROWER, Fayga. Universos da Arte. Rio de Janeiro: Campus, 1983.MORAIS, Frederico. O Brasil na visão do artista: o país e sua cultura. São Paulo: Prêmio, 2003.
4.4.2.28. PPC - ESPORTE NA ESCOLA/ATLETISMO E MÚLTIPLAS VIVÊNCIAS ESPORTIVAS/ PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO
Conteúdos
• Revisão e aprimoramento dos fundamentos de: Voleibol, Basquetebol, Futsal, Handebol,
Atletismo, Tênis de mesa, etc.
• Aspectos fisiológicos no esporte e atividade física em geral
• Aquecimento e alongamento com autonomia e consciência corporal para as atividades
propostas, dentro dos princípios básicos de fisiologia.
• Organização de atividades recreativas e de lazer.
• Função social do esporte.
Objetivos
• Compreender a Educação Física como participação social e exercício de cidadania, no
entendimento de direitos e deveres e nas relações de grupo e de trabalho, adotando atitudes de
respeito, solidariedade e cooperação.
• Estimular todas as formas de manifestações e linguagens corporais, valorizando hábitos
saudáveis como um aspecto de qualidade de vida e melhoria do ambiente de convívio.
• Entender os princípios fundamentais do jogo, suas diferenças em relação ao esporte, sendo
capaz de propor novas regras e situações, criando assim novas formas de jogos e de jogar.
• Conhecer e vivenciar os esportes mais praticados pela população, bem como seu histórico,
regras e fundamentos.
Encaminhamentos metodológicos
Processo de assimilação do conhecimento através de práticas corporais, atividades que
envolvam a vivência de atividades pré desportivas no intuito de possibilitar o aprendizado dos
fundamentos básicos dos esportes e possíveis adaptações ás regras.
Conhecimento das condições corporais e físicas do aluno e suas vivencias.
Disponibilizar vídeos explicativos para melhor embasamento teórico/prático. Levando em
conta os elementos articuladores dos conteúdos, cultura corporal e corpo; explorar o
desenvolvimento físico global dos alunos – coordenação, equilíbrio, força, espaço, tempo,
lateralidade, etc. reconhecendo e valorizando as diferenças e potencialidades de cada indivíduo, sua
autonomia, de forma cooperativa, igualitária e ética.
As aulas seguirão uma sequencia de aquecimento/alongamentos , atividades diversas, jogos
e relaxamento.
Resultados esperados
Para o aluno: Que desenvolvam as capacidades motoras como meio de ajuste de
comportamento psicomotor. Que o habito da prática de atividades físicas seja estimulado.
Para a escola: Que os alunos sejam estimulados à melhor convivência, valorizando a
socialização e o respeito. Conscientização quanto a conservação e cuidados com os espaços físicos,
o que certamente trará benefícios à escola.
Para a comunidade: Que percebam que as práticas esportivas podem ser evidenciadas, e que
estas trazem benefícios para a saúde, bem estar físico, psíquico e emocional. Através de atividades
esportivas estimular o respeito pela diversidade.
Avaliação
A avaliação será um processo contínuo e permanente sustentado nas diversas práticas
corporais do esporte e jogos. Serão levados em consideração os seguintes critérios: Integração,
Comprometimento, Cooperação, Criatividade, Companheirismo, Iniciativa, Organização,
enfrentamento e resolução de situações problemas.
Referências bibliográficasCOLETIVO DE AUTORES: Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.FERNANDES, José Luis. Atletismo. São Paulo. E.P.U. EDUSP. 1989.FRASCINO, José. Voleibol. São Paulo. Editora Hemmus. 1986.FREIRE, João Batista. Educação Física de Corpo Inteiro – Scipione, 1989.GONÇALVES, M.C. Aprendendo a Educação Física: da Educação Infantil e do 1ª a 8ª séries do Ensino Fundamental. Curitiba: Bolsa Nacional do Livro, 2002.MARCELINO, N.C. Lúdico, educação e educação física. Ijuí: Unijuí. 1999.PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio de Educação Física.
4.4.2.29. PPC - ORIENTAÇÃO DE ESTUDOS/ PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO
Componentes para EF
- Violência contra a criança e o adolescente Lei Federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e
Adolescentes 8069/90;
- Educação Ambiental Lei Federal 9795/99 Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13;
- Música- Lei 11769/08, Resolução 07/10 e 02/12;
-Estatuto do Idoso - Lei 10741/03;
- Educação para o trânsito - Lei 9503/97;
- Educação Alimentar e Nutricional- Lei 11947/09;
- Direitos Humanos - Resolução 01/12 - CNE/CP;
- História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena-Lei 11.645/08;
- História do Paraná-Lei1318/01 e Deliberação 07/06;
- Educação Fiscal e Educação Tributária- Decreto 1143/99 Portaria 413/02;
- Sexualidade Humana –Lei 11733/97;
- Prevenção ao Uso de Drogas - - Lei 11343/06.
- Hasteamento e execução do Hino do Paraná - Instrução 13/12;
- Brigadas Escolares- Decreto-4837/12.
Conteúdos
Português
• Compreender e interpretar textos de diferentes gêneros (contos, crônicas, lendas, parlendas,
histórias em quadrinhos, poemas, poesias, música, propaganda, vídeos, rótulos, jornal, através da
leitura, oralidade e escrita);
• Distinguir os diferentes gêneros textuais.
• Distinguir as diferentes sequências textuais: (narrativa, descritiva, dissertativa e
argumentativa).
• Identificar o propósito sócio-comunicativo dos gêneros textuais /discursivos.
• Identificar informações explícitas no texto.
• Reconhecer informações implícitas no texto, por meio do recurso da inferência.
• Diferenciar ideias centrais de ideias periféricas.
• Domínio no emprego das palavras como mecanismo de coesão textual.
• Capacidade de reconhecer o valor argumentativo de formas e de expressões linguísticas
presentes em textos.
• Domínio no emprego de palavras e de relações sintáticas, considerando os diferentes níveis
de linguagem.
Capacidade de:
• Estabelecer relações entre textos.
• Reconhecer os sentidos produzidos por elementos verbais e não verbais.
• Conhecer, em textos de autores representativos da literatura nacional, características dos
estilos de épocas;
• Apropriar-¬se dos gêneros textuais, explorando narrativas, artigos de opinião, reportagens,
entrevistas e outros textos jornalísticos;
• Ciências: História da Ciência, Evolução do ser humano, Ecossistema, Sistemas biológicos,
Biodiversidade, Sustentabilidade;
• História e Geografia: Experiência humana no tempo. Dinâmica da natureza e sua alteração pelo
emprego de tecnologias de exploração e produção. As culturas locais e a cultura comum. As
manifestações sócio espaciais da diversidade cultural. O trabalho, a vida em sociedade e as
contradições da modernidade. A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no
espaço de produção;
• Matemática: Operações fundamentais para o conjunto dos números reais. Gráficos e tabelas.
Sistemas de medidas: comprimento, volume e capacidade. Geometria plana e espacial: formas
elementares.
• Leitura: tema do texto, intencionalidade, intertextualidade, léxico;
• Oralidade: pronúncia, variação linguística e níveis de linguagens;
• Escrita: Capacidade de reconhecer: tema, finalidade, intenção, léxico, marcas do texto,
ortografia, reestruturação textual;
• Domínio na identificação da função semântico-discursiva dos elementos linguísticos
usados na construção do texto.
• Capacidade de reconhecer o emprego adequado e correto das regras de concordância
nominal e verbal, em relação à norma culta da língua escrita.
• Identificar o sentido de verbos e de nomes a partir da relação de regência.
• Identificar alterações de sentido em razão da inversão da ordem dos termos na frase.
• Reconhecer os efeitos de sentido, resultantes do emprego da sintaxe de concordância, de
regência e de colocação.
Adaptação de conteúdos
A adaptação de conteúdos deverá priorizar as áreas ou unidades destes, reformulando
sequências e acompanhando as adaptações propostas para os objetivos educacionais. A adaptação
na temporalidade do processo de ensino e aprendizagem, pode ser ampliada ou reduzida para
o trato de determinados objetivos e os consequentes conteúdos. O professor pode organizar
o tempo das atividades propostas, levando em conta as necessidades educacionais de cada aluno.
Objetivos- Oportunizar o conhecimento de estruturas básicas para a leitura, escrita e oralidade,
desenvolvendo o gosto pela leitura e a capacidade de manifestar-se adequadamente em sociedade;
- Incentivar o estudo da vida em todas as suas formas e evoluções, bem como a investigação da sua
sustentabilidade;
- Proporcionar a promoção da saúde, prevenir doenças e situações de violência;
- Estudar a relação entre natureza e sociedade ao longo do tempo e em diversos espaços, tornando
os alunos sujeitos participativos da transformação local e global;
- Expressar matematicamente, de forma oral e/ou escrita, situações-problema que envolvam as
operações com números reais;
- Identificar as unidades de medida dentro de um sistema padrão, para resolução de problemas;
Reconhecer as formas geométricas dentro do seu cotidiano por meio de situações problemas;
- Propiciar a vivencia e o aprendizado de línguas como uma experiência de comunicação,
compreendendo a língua como prática social, a partir da circulação dos vários gêneros linguísticos,
propondo o estudo das estruturas básicas de oralidade, leitura e escrita;
- Possibilitar que a escrita exerça as duas funções distintas: função social (a escrita como memória),
comunicação à distância, comunicação com um grande número de pessoas e identificação de um
objeto ou uma produção, e a função expressiva, sendo a escrita a demonstração de expressões de
sentimentos, emoções e visão de mundo;
- Perceber as ações humanas em sociedade e suas consequências em diferentes tempos e espaços,
identificando as permanências e mudanças;
- Formar sujeitos que construam sentidos para o mundo, que compreendem criticamente o contexto
social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma
inserção cidadã e transformadora na sociedade.
Adaptações de objetivo
É necessário ajustes nos objetivos pedagógicos constantes no plano de ensino de forma a
adequá-los às características e condições dos alunos. Sendo assim, o professor pode priorizar
determinados objetivos para um aluno, caso seja a forma de atender às suas necessidades
educacionais e investir mais tempo, ou utilizar maior variedade de estratégias pedagógicas na
busca de alcançar determinados objetivos, em detrimento de outros, menos necessários, numa
escala de prioridade estabelecida a partir da análise de conhecimento já apreendido pelo
aluno, e do grau de importância do referido objetivo para o seu desenvolvimento e a
aprendizagem significativa.
Encaminhamentos metodológicos
Os conteúdos serão abordados a partir dos conhecimentos prévios dos alunos, priorizando
atividades lúdicas que permitam o desenvolvimento de diversas habilidades.
Visando desenvolver o gosto pela leitura, o trabalho com alfabetização e letramento será
realizado por de textos adequados à turma e aos seus interesses.
No trabalho com Ciências, os aspectos biológicos e socioculturais do ser humano serão
problematizados, considerando a promoção da saúde e a prevenção de doenças.
Em se tratando de História e Geografia, serão problematizadas as relações existentes entre
os seres humanos na vida em sociedade, considerando aspectos econômicos, políticos e culturais,
partindo da realidade local.
Para o trabalho com Línguas Estrangeiras, serão oportunizados momentos de leitura, fala,
escrita de diversos gêneros discursivos, momentos de acesso a textos em língua estrangeira, como
músicas, receitas, diários, notícias, etc.
A ênfase em Leitura e Produção de Texto dar-se-á é através das práticas da oralidade, da
leitura e da escrita, favorecendo a formação de leitores e considerando a multiplicidade e a
complexidade dos discursos presentes na prática social.
Na abordagem da Matemática, será potencializada a aprendizagem significativa, através de
jogos matemáticos, resolução de problemas, atividades de raciocínio lógico e desafios.
Para a realização dessas atividades serão utilizados textos impressos, jornais, revistas,
vídeos, áudios, jogos etc.
Os conteúdos obrigatórios referentes aos temas socioeducacionais serão trabalhados por
meio de atividades e jogos online através do site:
WWW.atividadeseducativas.com.br/index.php o qual contém atividades que abrange todas as
disciplinas da educação Básica do Ensino Fundamental.
Adaptações do Método de Ensino e da Organização Didática
Adaptar o método de ensino às necessidades de cada aluno é, na realidade, um
procedimento fundamental na atuação profissional de todo educador, já que o ensino não ocorrerá,
de fato, se o professor não atender ao jeito que cada um tem para aprender. Faz parte da tarefa
de ensinar procurar as estratégias que melhor respondam às necessidades peculiares a cada
aluno.
É necessário a modificação do nível de complexidade das atividades e a adaptação dos
materiais utilizados. São vários os recursos que podem ser úteis para atender às necessidades
especiais de vários tipos de deficiência, seja ela permanente, ou temporária.
O professor poderá também fazer modificações na seleção de materiais que havia
inicialmente previsto em função dos resultados que esteja observando no processo de
aprendizagem do aluno. O ajuste de suas ações pedagógicas tem sempre que estar atrelado ao
processo de aprendizagem do aluno.
Local de realização
Os locais utilizados para as aulas serão: sala de aula e ambientes do colégio, tais como laboratório
de informática, biblioteca, jardins, quadra de esportes, auditório e local da comunidade para
atividades externas.
Resultados esperados
Para o aluno: Espera-se que o aluno expresse suas ideias com clareza e, diferencie o contexto de uso da
linguagem formal e informal. Utilize o desejo natural de conhecer o mundo, para construir
ferramentas de pensamento que lhes permitam compreender como as coisas funcionam
desenvolvendo autonomia intelectual. Desenvolva atitudes responsáveis diante da vida, sendo
multiplicadores entre os colegas e comunidade.
Para a escola:Ao estimular uma autonomia intelectual nos alunos, espera-se que a função social da
escola, bem como o objetivo da Educação Básica, seja alcançada desenvolvendo sujeitos capazes
de compreender criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo acesso ao
conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade.
Para a comunidade:Fortalecer a relação entre a comunidade e a escola. Despertar o senso crítico e promover a
cidadania a partir das atividades realizadas pelos alunos.
Avaliação
A avaliação é a atividade essencial do processo ensino aprendizagem dos conteúdos
científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases n. 9394/96, deve ser cumulativa em relação
ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Para tanto, ela se dará através da participação nas atividades, interação individual e em grupos. Os
resultados serão apresentados à comunidade escolar por meio de exposições e/ou apresentações.
Adaptação do processo de avaliação
Outra categoria de ajuste que é necessária para atender as necessidades educacionais
especiais de alunos é a adaptação no processo de avaliação, no estabelecimento de critérios e
na escolha dos instrumentos, adaptando-os aos diferentes estilos e possibilidades de expressão
dos alunos.
Referências bibliográficas
DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, B. Gêneros Orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004.GERALDI, J.W (org.). O texto na sala de aula: leitura e produção. Cascavel: ASSOESTE, 1985.GRANDO, Regina Célia. O jogo e a matemática no contexto da sala de aula. São Paulo, SP: Paulus, 2004. MACEDO, Lino de. A dimensão lúdica nos processos de aprendizagem. Folha Educação, v. 20, p. 6-7, março/abril 2003. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa Para os Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio: Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008.______. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa Para os Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio: Língua Estrangeira Moderna. Curitiba: SEED, 2008.______. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa Para os Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio: Geografia. Curitiba: SEED, 2008.______. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa Para os Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio: História. Curitiba: SEED, 2008.
______. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa Para os Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio: Ciências. Curitiba: SEED, 2008.______. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa Para os Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio: Matemática. Curitiba: SEED, 2008. SMOLE, Kátia Stocco; DINIZ, Maria Ignez. Ler, escrever e resolver problemas: habilidades básicas para aprender matemática. Porto Alegre, RS: Artmed, 2001. WWW.atividadeseducativas.com.br/index.php
4.4.2.30. PPC – PERCUSSÃO/ PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO
Justificativa
A oficina de Percussão Musical do Programa Mais Educação, faz parte da educação integral
idealizada para o projeto. Com a educação integral, segundo o Ministério da Educação do Brasil –
objetiva-se a diminuição das desigualdades educacionais e valorização da diversidade cultural
brasileira, e neste caso - a da oficina de percussão musical -, diferentes formas musicais da cultura
brasileira.
Este programa, segundo o Ministério da Educação, visa também o incentivo à produção artística
cultural, individual e coletiva como construção estética de si e do mundo, relacionando as diversas
culturas e história. Por isso, na oficina de Percussão Musical trabalhar-se-á com aspectos teóricos
musicais, históricos, culturais e artísticos no que tange a questão musical, instrumental e vocal - a
técnica, estética, performance, apreciação e criação musical -, relacionando e valorizando também a
identidade e cultura própria de cada aluno ampliando seu entendimento da arte, da música, sua
identidade e cultura e visão de mundo, bem como o comprometimento, dedicação e zelo com o que
se faz e com o que se busca neste projeto e para a vida.
Objetivos
• Proporcionar conhecimentos sobre os conteúdos, técnica, teoria e história musical,
possibilitando o processo criativo e de interpretação;
• Desenvolver e exercitar a técnica e execução de instrumentos tradicionais, alternativos e
corporal, na percussão musical;
• Relacionar nas produções artísticas a temática identidade e arte;
• Possibilitar que os integrantes percebam-se agentes transformadores da própria realidade de
maneira direta pela arte ( neste caso a música), por meio da performance, apreciação, criação e socialização de grupo;
• Ampliar o conhecimento e a confiança em suas capacidades inventivas e criativas, físicas,
cognitivas, éticas e estéticas para agir na busca de conhecimento, do fazer, da expressão da arte (neste caso da música) na relação intrapessoal e interpessoal;
• Estimular a prática do diálogo dos conteúdos e das práticas para que o integrante possa
posicionar-se de maneira crítica, e construtiva nas diferentes situações, podendo refletir isso em sua vida;
• Expandir potencialidades;• Apreciar e contextualizar a produção/criação artística;
• Exercitar os elementos compositivos;
• Refletir e discutir a cerca dos desafios socioeducacionais, relacionando a música e o artista;
• Ensaio individual e em grupo frisando o respeito aos colegas, dedicação e reconhecimento
da própria função no grupo.
Conteúdos
• Parâmetros do Som e Elementos Musicais;
• Música Ocidental e Oriental;
• Performance de grupos nacionais e estrangeiros de percussão musical;
• Música e o corpo;
• História da música – Lei 11.769/08, Resolução 07/10 e 02/12;
• Violência contra a Criança e o Adolescente – Lei federal 11.525/07 e Estatuto da Criança e
adolescentes 8069/90;
• Educação Ambiental – Lei federal 9795/99, Decreto 4281/02 e Deliberação 04/13;
• História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena - Lei 11.645/08;
Encaminhamentos metodológicos
• Interpretação e composição musical;• Instrumentalização;• Teoria musical;• Teoria vivenciada na prática, através de experimentações, apreciação, composição, jogos, improvisação, interpretação em música;• Exibição de vídeos;• Explanação oral com anotações na lousa;• Diálogo sobre os assuntos abordados;• Método O’ Passo De Lucas Civiatta;• Relação das manifestações artísticas (música, teatro, dança e artes visuais);• Relacionar conhecimento formal e cotidiano do aluno;• Percussão Corporal;• Jogos musicais em grupos;• Ensaio individual e em grupo;• Criação e utilização de instrumentos alternativos;• Origem de ritmos brasileiros.
Recursos Didáticos
O local a ser utilizado para realização das atividades práticas e teóricas será no auditório; sala onde
ficam os instrumentos, salas e/ou locais disponíveis na escola;
Os recursos didáticos são instrumentos tradicionais de percussão musical, instrumentos alternativos
(objetos do cotidiano), e percussão corporal; lousa, giz, folha sulfite, not book, caixa de som;
fotocópias; projetor multimídia.
Resultados esperados
Espera-se que os alunos desenvolvam o conhecimento de diversos instrumentos de percussão
musical; tempo e contratempo, ritmo e demais elementos musicais, bem como o entendimento do
contexto desta modalidade cultural e artística, além do trabalho e harmonia em grupo.
A expectativa é que os alunos conheçam, construam, executem e reflitam sobre a arte, com mais
enfoque aqui na área musical (percussão musical), a partir da motivação e conhecimento
transmitidos, e transformem o saber, de maneira que se apropriem desse conhecimento para a
descoberta do novo e façam relações com a arte, sua vida e sociedade.
Referências
ALVES, Eduardo Francisco. Dicionário Grove de música: edição concisa, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1994.BOZZANO, Hugo Luis Barbosa, FRENDA, Perla, GUSMÃO, Tatiane Cristina. Arte em Interação – Manual do Professor. Volume Único. Arte Ensino Médio1ªed. São Paulo: IBEP, 2013.BOSI, Alfredo. Reflexões sobre arte. São Paulo: Ática, 1991.CELESTE MARTINS, Mirian; PICOSQUE, Gisa; TELLES GUERRA, M. Terezinha. Teoria e Prática do Ensino de Arte- a Língua do Mundo. 1ª ed. São Paulo: FTD, 2010.CIAVATTA, Lucas. O Método o Passo. Disponível em [http://www.opasso.com.br/portugues/opasso.htm.] Acesso em: 02 abr/2013, 14:45.DOURADO, Henrique Autran. Dicionário de termos e expressões da música. São Paulo: Ed. 34, 2004.DUARTE Jr., João Francisco. O sentido dos sentidos: educação (do) sensível. Curitiba: criar, 2001.FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, 1986.PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Arte. 2008. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/diretrizes_2009/arte.pdf. Acesso em: 03 de abril de 2012.PARANÁ. Site Governo do Estado do Paraná, Secretaria de Educação – Educadores. Disponível em: http://www.arte.seed.pr.gov.br/.SCHAFER, Murray. O Ouvido Pensante. São Paulo: UNESP, 1991.
4.4.2.31. PPC – CORAL/ PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO
Conteúdos- Elementos formais (altura, timbre, duração, intensidade e densidade)- Música Popular Brasileira- Música EngajadaObjetivos- Despertar o interesse dos alunos pela música;- Associar os exercícios de musicalização necessários ao bom desempenho do educando no conjunto, investindo, deste modo, na formação de futuras plateias e no surgimento de vocações.- Levar o aluno a descobrir suas preferências musicais de forma crítica e objetiva desenvolvendo assim outro olhar para a mídia e suas músicas de grande vedagens.Encaminhamentos metodológicos
- Serão ministradas aulas teóricas e práticas - Nas aulas teóricas serão feitas pesquisas sobre os diferentes movimentos musicais utilizando vídeos e CD’s para melhor ilustrar as aulas, bem como trabalhar com os elementos formais (altura, duração, timbre, intensidade e densidade).- Nas aulas práticas serão desenvolvidos os conteúdos os conteúdos aplicados na teoria, assim como técnicas vocais e o próprio canto.- Serão disponibilizadas pastas com xérox das músicas a serem cantadas.Local de realização Auditório do Colégio Antonio Tupy Pinheiro Resultados esperadosPara o aluno: que este tenha condições de aprimorar suas técnicas artísticas e vocais. E que seja capaz de expressar-se com liberdade por meio da música e na sua formação de ouvinte de forma crítica e objetiva.Para a escola: que a escola possa tornar-se referencia de musica de qualidade onde seus alunos reconheçam e valorizem as obras de compositores brasileiros.Para a comunidade: participação da comunidade nas atividades propostas pelo colégio. Envolvimento e reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos alunos. AvaliaçãoA avaliação será processual, será considerado a frequência, a participação e seu desenvolvimento musical e vocal.
Referências bibliográficas BEHLLAU, Mara. Higiene vocal para o canto coral. Rio de janeiro: Revinter, 1997.BELLOCHIO, Claudia Ribeiro. O canto coral como mediação ao desenvolvimento da criança em idade escolar. Santa Maria, 1994.DE CANDE, Roland. História universal da música. São Paulo: WMF Martins Fontes, 1994.PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação, departamento do Ensino Médio. LDP: Livro Didático público de Arte, Curitiba: SEED-PR, 2006.PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação: Diretrizes Curriculares da educação básica: Arte. Curitiba: 2008.
4.4.2.32. PPC – MATEMÁTICA/ SALA DE APOIO
Fundamentos Teóricos da Disciplina
A sala de apoio à aprendizagem é um dos programas do governo do Paraná que foi criado em 2004
para alunos de 6º ano que apresentam defasagem nos conteúdos dos anos iniciais, como prevê a
instrução nº 007/2011 e resolução nº 2772/2011.
A referida instrução orienta seu funcionamento e atribuições dos profissionais responsáveis bem
como a participação dos alunos. Segundo a mesma, os alunos matriculados no 6º ano do ensino
fundamental que apresentam defasagens de aprendizagem em conteúdos básicos, referente as séries
anteriores, podem frequentar sala de apoio em contraturno.
O programa orienta a participação máxima 20 alunos, favorecendo assim o trabalho
individualizado, com atividades que visam a superação das dificuldades referentes aos conteúdos
da disciplina. A carga horária deve ser de 4 horas semanais, divida em 2 aulas a cada dia.
Considerando a matemática como uma criação humana, mostrando suas necessidades e
preocupações de diferentes culturas, em diferentes momentos históricos, ao estabelecer
comparações entre os conceitos e processos matemáticos do passado e do presente; o professor cria
condições para que o aluno desenvolva atitudes e valores mais favoráveis diante desse
conhecimento.
Os conceitos matemáticos devem estar em conexão com sua história constituindo veículos de
informações culturais, sociológicas e antropológicas de grande valor formativo, sendo a história da
matemática um instrumento de resgate da própria identidade cultural.
Outro aspecto relevante da matemática apontadas por certos autores é fazer com que o aluno
construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa,
buscando a formação integral do ser humano, e do cidadão, isto é, do homem público. Prevendo
assim a formação de um estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas suas relações sociais,
necessitando apropriar-se de uma gama de conhecimentos, dentre eles, o matemático.
Diante do contexto educacional a sala de apoio à aprendizagem, apresenta-se fundamental, para
atender alunos com defasagem dos conteúdos básicos, para que consiga acompanhar a série em que
esta cursando e as posteriores, diminuindo a reprovação e consequentemente o fracasso escolar.
Objetivo
Melhorar a qualidade do ensino por meio da ampliação de tempos,espaços e oportunidades
educativas realizadas na escola em contraturno, a fim de atender às necessidades
socioeducacionais dos alunos.
Conteúdos estruturantes – ensino fundamental 6º ano
NÚMEROS E ÁLGEBRA:
SND – Sistema de Numeração Decimal;
Números Naturais, Fracionários e Decimais.
Potenciação e radiciação.
Números fracionários;
Número decimais.
GRANDEZAS E MEDIDAS:
• Sistema métrico decimal.
• Sistema monetário.
• Perímetro, área e volume.
• Transformações de unidades: medidas de massa, capacidade, comprimento e tempo.
GEOMETRIA:
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial.
TRATAMENTO DA INFORMAÇAO
Dados, tabelas e gráficos;
Porcentagem.
Metodologia
Propõe-se articular os Conteúdos Estruturantes com os conteúdos específicos em relações de
interdependências que enriqueçam o processo pedagógico.
Os conteúdos propostos serão abordados por meio de tendências metodológicas da Educação
Matemática que fundamentam a prática docente:
• resolução de problemas;
• modelagem matemática;
• mídias tecnológicas;
• etnomatemática;
• história da Matemática;
• investigações matemáticas;
jogos.
Recursos didático-tecnológicos
Será utilizados materiais concretos, caça palavras, cruzadinhas, correspondências, jogos,
quadro-de-giz, livros didáticos, revistas, jornais, informações disponíveis na internet, calculadora,
TV multimídia e softwares.
Avaliação
Conforme instrução SUED/SEED o professor regente será responsável em diagnosticar as
dificuldades referentes aos conteúdos básicos de Matemática, apresentadas pelos alunos,
indicando-os para a participação no programa de salas de apoio à aprendizagem. Durante o
ingresso do aluno, professor regente, professor da sala de apoio e equipe pedagógica deverão
verificar os avanços ou não para liberação ou permanência dos mesmos no programa. Sendo assim,
a avaliação na sala de apoio à aprendizagem acontecerá sempre em consonância com o professor
regente, acompanhando o aluno no processo de ensino e aprendizagem.
Referências bibliográficas
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação básica. Curitiba, 2009.PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1990.
Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Reestruturação do ensino de segundo grau do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1993.PARANÁ, Secretaria de estado de Educação. Instrução 022/2008._______, secretaria de estado de educação . Resolução 371.PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica. Curitiba, 2009.PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Instrução Nº. 007/2011. Superintendência da Educação. PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação RESOLUÇÃO Nº 2772/2011 – GS/SEED.
4.4.2.33. PPC – PORTUGUÊS/ SALA DE APOIO
Objetivos
- Oportunizar o conhecimento de estruturas básicas da Língua Portuguesa para a leitura, escrita e
oralidade;
- Refletir sobre novas maneiras de o indivíduo ler e expressar o mundo, tornando-se um leitor
assíduo e um sujeito capaz de manifestar-se adequadamente em sociedade;
- Promover a prática da leitura de obras literárias, em especial, da infanto-juvenil;
- Despertar o interesse do aluno pela busca de novos desafios que envolvam o uso da Língua
Portuguesa na sociedade;
- Relacionar a Língua Portuguesa com as demais disciplinas;
- Estabelecer as diferenças da linguagem formal e informal nas diferentes práticas discursivas;
Conteúdos
Os conteúdos serão abordados durante as aulas de apoio de Língua Portuguesa, não
necessariamente na ordem abaixo apresentada:
- Discurso como prática social;
- Leitura, literatura, oralidade e escrita;
- Verbo (pretérito presente e futuro);
- Acentuação gráfica;
- Pontuação;
- Separação silábica;
- Uso de maiúsculas e minúsculas;
- Adjetivos;
- Substantivos próprios, comuns, abstratos, primitivos e derivados;
- Verbos regulares e irregulares;
- Palavras homófonas e homógrafas;
- Emprego de c, ç, ss, sc.
- Oxítonas paroxítonas e proparoxítonas;
- Interpretação de textos verbais e não verbais;
- O uso de “m” e “n”;
- Leitura oral: expressividade, entonação, musicalidade, dicção (poema, memórias literárias,
biografia);
- Interpretação do texto oral, considerando a polissemia, a ambiguidade e a subjetividade do
discurso;
- Discurso direto e indireto;
- Análise de tirinhas, charges e gráficos;
- As gírias e a linguagem popular;
- Linguagem formal e informal – contexto de produção;
- Elementos da narrativa: Personagem, tempo, espaço, enredo e narrador;
Encaminhamento pedagógico
De acordo com as diretrizes curriculares para o ensino de Língua Portuguesa, a escolha dos
conteúdos justifica-se sob o pressuposto de que é fundamental para todo usuário da
língua/linguagem, aprender a ler, produzir, interpretar e analisar linguisticamente uma grande gama
de gêneros textuais, contribuindo, dessa forma, com a formação do indivíduo crítico, cidadão,
sendo que, o conhecimento da linguagem, é um dos principais veículos de interação social, quer
para o acesso à informação, quer para seu crescimento congênito.
Dessa forma, trabalhar-se-á com o intuito de que o aluno torne-se capaz de:
- Aprimorar a leitura de textos verbais e não verbais;
- Prática de escrita e ortografia (prática de caligrafia);
- Comparar textos buscando semelhanças e diferenças quanto ao gênero, estrutura e ideias;
- Despertar o interesse e o prazer pela leitura de diferentes tipos de textos;
- Aprimorar a leitura oral, exercitando a pontuação, entonação e ritmo;
Debater temas propostos pelos textos e desenvolver habilidades de extensão e argumentação oral.
Assim, o trabalho é desenvolvido a partir das seguintes metodologias:
- Discussão em classe a partir de textos motivadores;
- Debates em grupo;
- Produção e interpretação de trabalhos em sala;
- Prática de leitura e interpretação de textos;
- Contextualização e materialização de conteúdos trabalhados;
- Dinâmicas de interação em grupo;
Levando-se em consideração o conhecimento prévio dos alunos, os encaminhamentos
metodológicos serão organizados por meio de:
- Leitura dinâmica e interpretativa;
- Questionamento e exploração de textos que possibilitem diferentes possibilidades de leitura;
- Estímulo para a leitura de livros infanto-juvenis (clássicos e outras leituras);
- Exposição de ideias, dramatização de leitura e produção contextualizada;
- O conhecimento prévio dos estudantes será valorizado a todo instante, partindo de exemplos de
sua vida para se chegar à construção do conhecimento;
- As aulas serão, em sua maioria, dialogadas, uma vez que os alunos serão a todo instante
instigados ao processo da reflexão, por meio da leitura de textos variados, com vistas à
interpretação;
- Práticas de leitura em ambiente escolar e domiciliar;
- Interpretação de textos sobre assuntos variados, a fim de levar o educando a uma análise crítica
daquilo que o cerca;
- Concretização de diferentes atividades no caderno dos discentes.
Avaliação
- A avaliação ocorrerá de maneira formativa e contínua, por meio de instrumentos variados, como:
- Participação do aluno em atividades de debate e exposição de ideias;
- Produções textuais;
- Leitura de livros infanto-juvenis;
- Prática de caligrafia;
- Contação de histórias;
- Atividades propostas e realizadas em seu caderno, tanto em sala de aula quanto em casa.
- Testes orais e escritos;
- Interação com os demais alunos da turma;
- Leitura em sala de aula;
Resultados esperados
Espera-se que os alunos participantes da Sala de Apoio de Língua Portuguesa:
- Consigam distinguir a linguagem formal da informal;
- Expressem suas ideias com clareza, utilizando-se sempre da modalidade formal da língua;
- Diferenciem textos verbais e não verbais;
- Interpretem diferentes histórias e saibam sintetizar as ideias principais;
- Aperfeiçoem escrita, leitura e oralidade;
- Pratiquem a leitura de diferentes gêneros textuais;
- Pratiquem a leitura interpretativa de textos literários;
- Despertem o interesse pelo conhecimento de mundo e da sociedade em que vive;
- Procurem o crescimento pessoal e interpessoal;
- Percebam a importância da Língua Portuguesa na relação com outras disciplinas.
Referências bibliográficas
AMARAL, Emília. FERREIRA, Mauro. LEITE, Ricardo. ANTÔNIO, Severino. NOVAS PALAVRAS – Português. Editora FTD. 2ª edição.2003. CEREJA, William Roberto. MAGALHÃES Thereza Cochar. PORTUGUÊS: Linguagens (volume único). Atual Editora, 2ª edição, 2005.COSTA, Cibele Lobresti. LOUSADA, Eliane Gouvêa. MARCHETTI, Greta. SOARES, Jairo J. Batista. PRADO, Manuela. PARA VIVER JUNTOS: português 7° ano – Ensino Fundamental. São Paulo: Edições SM, 3ª edição, 2012.FARACO, Carlos Emílio, MOURA, Francisco Marto de. , MARUXO Jr, José Hamilton. NOVA GRAMÁTICA. Editora Ática. 15ª edição. 2007.PARANÁ. Secretaria de estado da educação. Departamento de ensino médio. Diretrizes Curriculares Estaduais. Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008.PEREIRA, Helena Bonito, PELACHIN, Márcia Maisa. Português na trama do texto. Editora FTD. Coleção Delta. 2004.
4.4.2.34. PPC – SALA DE RECURSOS
Apresentação
A Sala de Recursos Multifuncional tipo I, na Educação Básica, é ofertado na rede pública de ensino
aos alunos com deficiência na área intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos globais
do desenvolvimento e transtornos funcionais específicos.
É um atendimento educacional especializado de natureza pedagógica que complementa a
escolarização desse alunado.
Objetivo Geral
Apoiar o sistema de ensino, com vista a complementar a escolarização de alunos com deficiência
na área intelectual, deficiência física neuromotora, transtornos globais do desenvolvimento e
transtornos funcionais específicos.
Objetivos Específicos
• Trabalhar o desenvolvimento de processos educativos que favoreçam a atividade cognitiva
(áreas do desenvolvimento) e os conteúdos defasados dos anos iniciais, principalmente de leitura,
escrita e conceitos matemáticos;
• Desenvolver ações para possibilitar o acesso curricular, adaptação curricular, avaliação
diferenciada e a organização de estratégias pedagógicas de forma a atender as necessidades
educacionais especiais dos alunos;
• Possibilitar o conhecimento, envolvimento e a participação da família no processo
educacional dos alunos.
Conteúdos
Os conteúdos trabalhados estarão de acordo com o plano individual de atendimento educacional
especializado, que contemplará a especificidade de cada aluno, a partir das informações da
avaliação psicoeducacional no contexto escolar, contendo objetivos, ações/atividades, período de
duração e resultados esperados.
Metodologia
O trabalho pedagógico a ser desenvolvido na Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, na
Educação Básica atenderá os interesses, necessidades e dificuldades de aprendizagem específicas
de cada aluno, oferecendo subsídios pedagógicos, contribuindo para a aprendizagem dos conteúdos
na classe comum.
Serão utilizados meios diferenciados e diversificados, com o objetivo de desenvolver a valorização
do aluno, sua independência e autonomia intelectual e social.
O trabalho é realizado através de recursos e materiais diversos, para desenvolver a atenção,
percepção, memória, noções temporal e espacial, organização, concentração, oralidade, escrita,
leitura, raciocínio lógico, entre outros.
Avaliação
O objetivo da avaliação na Sala de Recursos Multifuncional – Tipo I, é acompanhar o processo e
desenvolvimento do aluno e traçar novas possibilidades de intervenção pedagógica. O
desenvolvimento do aluno deverá ser observado/analisado no contexto comum de ensino e no
atendimento educacional especializado.
Referências Bibliográficas
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para Construção de Currículos Inclusivos. Curitiba, 2006.
5. LEGISLAÇÃO
Segue-se, neste item, a legislação vigente, articulada ao currículo da Educação Básica, cuja
prática se define como uma ação didático-pedagógica intrínseca às diversas disciplinas
curriculares:
Lei nº 9394/96, LDB que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Resolução nº 07/10 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9
(nove) anos.
Deliberação nº 03/06 – CEE Normas para Implantação do Ensino Fundamental de 9 (nove)
anos – Sistema Estadual de Ensino do Paraná.
Deliberação nº 08/06 – CEE – Alteração do art. 9º da Deliberação nº 02/05 CEE/PR
Deliberação nº 007/99 - Normas Gerais para Avaliação do Aproveitamento Escolar,
Recuperação de Estudos e Promoção de Alunos, do Sistema Estadual de Ensino , em Nível
do Ensino Fundamental e Médio.
Deliberação nº 01/06 – CEE/PR – Normas para o Ensino Religioso no Sistema Estadual de
Ensino do Paraná.
Instrução 003/2015 – SUED/SEED - Instrução para elaboração do Projeto Político-
Pedagógico e Proposta Pedagógica.
6. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
O Projeto Político Pedagógico do Colégio se concretizará na medida em que todos os
elementos envolvidos na elaboração do mesmo sejam responsáveis pelo seu cumprimento. Os
integrantes da equipe técnico pedagógica (diretor, diretor auxiliar, professor pedagogo),
deverão atuar em consenso, com harmonia de propósitos, coordenando os trabalhos dos
demais segmentos da escola, para que aconteça de maneira satisfatória, favorecendo ao
máximo o andamento do mesmo. Todos os planos de ação dos professores, assim como da
equipe pedagógica deverá contemplar o que fora suscitado neste projeto. A cada etapa do
trabalho realizado é importante a reflexão, a fim de que se avalie o progresso obtido e a
retomada dos pontos críticos com os devidos ajustes.
A comunidade escolar possui papel fundamental. Nesse sentido, ela deve estar envolvida no
processo de elaboração, implementação, avaliação conforme os dispositivos legais. Assim
sendo, a avaliação do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Antonio Tupy
423
Pinheiro – Ensino Fundamental, Médio e EJA acontecerá partindo de um diagnóstico que
contemple a apreensão da realidade, sobre o processo ensino aprendizagem.
Desse modo, ao final de cada ano letivo, será discutido e analisado coletivamente os pontos
levantados, assim como os possíveis encaminhamentos e possíveis soluções, objetivando a
reorganização e/ou implementação do Projeto Político Pedagógico.
424
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARROYO, Miguel G. Ofício de Mestre: imagens e auto imagens. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
BRASIL, Leis de Diretrizes e Bases,1996.
BRASIL. Constituição Federal, 1988.
D’ADESKY, Jacques. Racismos e anti-racismos no Brasil: pluralismo étnico e multiculturalismo. Rio de Janeiro: Pallas, 2001.
DEMO, Pedro. Desafios Modernos da Educação. Petrópolis: Vozes, 1993.
FREIRE, P. Educação e atualidade brasileira. São Paulo: Cortez Editora, 2001.
FREIRE. Paulo. Conscientização- Teria e prática da libertação ao pensamento de Paulo
Freire. Editora Centauro. São Paulo. 1980.
GABRIEL PENSADOR. Estudo errado. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Gabriel,_O_Pensador>. Acesso em: 15 abr. 2007.
GONÇALVES, Josélia Maria. A Educação Fiscal como instrumento de cidadania. Revista Vox, n.2, p.9-23, janeiro-julho de 2010.
GRAMSCI, Antonio. “Notas críticas sobre uma tentativa de Ensaio Popular de Sociologia”. In: Id. Concepção Dialética da História. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1966.
HOFFMANN, Jussara. Avaliação Mediadora: uma prática em construção da pré escola à universidade. Porto Alegre: Mediação, 1998.
HOFFMANN, J. Avaliação mito & desafio, uma perspectiva construtivista. Porto Alegre: Mediação, 1991.
LIMA, Elvira de Souza. “Currículo e desenvolvimento humano”. In: MOREIRA, Antonio Flávio e ARROYO, Miguel. Indagações sobre currículo. Brasília: Departamento de Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental, nov. 2006, p.11-47.
LIBÂNEO, J. C. Didática. 15.ed. São Paulo: Cortez, 1999.
LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 14. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
_______. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 8. ed. São Paulo: Cortez, 1998.
________. Avaliação educacional escolar; para além do autoritarismo. Tecnologia Educacional, v.13, p. 6-15, 1984.
425
LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Sobre a Lei 9394/96 de 20 de dezembro de 1996.
MANACORDA, M. O princípio educativo em Gramsci. Porto Alegre: Ed. Artes Médicas Sul, 1990.
SANCHEZ, A. Filosofia da Práxis. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1977.
SANTOS, Boaventura de Sousa (Org.). Conhecimento prudente para uma vida decente. São Paulo: Cortez, 2004
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 8ª ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2003.
TONET, Ivo. Educação contra o capital. Maceió: Edufal. 2007.
VASQUEZ, A. S. Filosofia da Práxis. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1977.
426
ANEXOS
1. Normas de uso do laboratório de informática
• Agendar o laboratório previamente;
• Apresentar a justificativa previamente com as pedagogas, da aula que será
ministrada no laboratório;
• Prestar atenção que administração local e o laboratório não substituem a presença
dos professores;
• Não levar mochilas, lápis, canetas e borrachas para o laboratório;
• Não portar alimentos e bebidas no laboratório, esta regra serve para todos;
• A senha portanto é de responsabilidade do professor que seus alunos saibam
preservar sua senha;
• Não liberar aluno para realizar pesquisas e impressões no laboratório em horário de
aula, para isso existe o contra turno;
• O laboratório tem função única e exclusiva para trabalhos de aula, pesquisas e aulas
ministradas;
• As impressões não devem ser feitas para assuntos particulares, impressões
particulares devem ser pagas;
• Os computadores da secretaria devem ser usados somente pelos funcionários
administrativos do setor, professores e outros funcionários devem utilizar o laboratório;
• Agendamento de pesquisa de alunos somente com apresentação de carteirinha e no
contra turno;
• Alunos devem estar de uniforme, caso contrário não poderão utilizar o laboratório;
2. Aprovação pelo Conselho Escolar427
Profissionais da escola
Flavia Cristina Coleti
Isabel Cristina Maricato Nobokuni
Roseli Vaz Falleiros
Ana Paula Fontoura S. da Silva
Adelir Correa P. Stadler
Ediane Gomes de Lima
Luiz Carlos Vieira dos Santos
Lucinda Neves
Alcineia Terezinha Gomes Batista
José Paulo Martins
Maria de Fatima Borges
Silvana Aparecida de Oliveira Bruno
Ana Claudia dos Santos
Viviane Bayer
Comunidade atendida pela escola
Maria Betin Zimmy
Luciana de Oliveira Razera
Indianara dos Santos
Idalia Maria Siejka
Terezinha Aparecida Fernandes
Nelson Fante
Vines Maria Stortti
Beatriz de Fatima Monteiro de Mattos
Charlize Severino Santos
Gabriel Cezar de A. Araujo de Souza
Movimentos sociais organizados
Maria Poluha Klein
Marcelo Vosgerau
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