PROPOSTAS E AÇÕES INCLUSIVAS: IMPASSES E AVANÇOS … · MERCADO DE TRABALHO Romeu Kazumi Sassaki...

Preview:

Citation preview

PROPOSTAS E AÇÕES INCLUSIVAS:

IMPASSES E AVANÇOS NO

MERCADO DE TRABALHO

Romeu Kazumi Sassaki

Seminário “Convivendo com a Diferença para Fazer Diferente”

ASSOCIAÇÃO MINEIRA DE REABILITAÇÃO

EXERCERE COMUNICAÇÃO DIRIGIDA

Belo Horizonte/MG, 21 de agosto de 2014

CONTEXTO:

BRASIL 2010

46 milhões de PcD

(todos os tipos de

deficiência e todas as

faixas etárias).

CONTEXTO: BRASIL 2010

Dos 46 milhões de

PcD, 18.000.000

estão em idade de

trabalhar

(16 a 65 anos).

CONTEXTO: BRASIL 2010

Dos 18 milhões em idade de trabalhar:

8.000.000 estão em situação de

inatividade definitiva

(por estarem muito fragilizadas por

doenças degenerativas ou em

aposentadoria por invalidez permanente

ou por não desejarem trabalhar e outros

motivos).

CONTEXTO: BRASIL 2010

10.000.000 PcD estão

em condições de trabalhar

(por terem escolaridade

compatível e qualificação

profissional requerida e

estarem com a situação

estabilizada em termos da

deficiência em si.

CONTEXTO: BRASIL 2010

Dos 10 milhões de PcD:

2 milhões já estão no

mercado formal de trabalho.

Mas, 8 milhões continuam

aguardando ser

contratados.

CONTEXTO: BRASIL 2010

Dos 8 milhões de PcD

desempregadas,

6 milhões poderiam obter emprego

competitivo mediante

processos tradicionais

de treinamento e colocação laboral.

Mas, 2 milhões só poderiam obter

emprego competitivo mediante

programas de emprego apoiado.

Abordagens de colocação laboral

Tradicional:

TREINE COLOQUE

Do emprego apoiado:

COLOQUE TREINE

CONTEXTO: BRASIL 2010

Dos 2 milhões de PcD que

não poderiam ser

contratadas por processos

tradicionais, apenas 3.000 pessoas

em todo o Brasil estão hoje recebendo

algum atendimento em cerca de 300

programas de emprego apoiado, cada

um atendendo em média 10 pessoas.

Propostas e ações

(de concepção pré-inclusivista)

garantidas pela legislação

federal pertinente a

de pessoas com deficiência na

área do trabalho e emprego,

caminhando lentamente para

objetivos inclusivistas.

LEGISLAÇÃO ASSUNTOS

Lei 4.824, 5/11/65 Recuperação de capacidade de trabalho

Lei 5.798, 31/8/72 Trabalhador readaptado

Lei 7.853, 1989 Reserva de mercado de trabalho em órgãos públicos e entidades privadas

Lei 8.213, 24/7/91 Lei de cotas (art. 93)

Decreto 129, 22/5/91 Convenção 159, da OIT

Decreto 3.298, 1999 Reabilitação profissional e acesso ao trabalho

Lei 9.867, 10/11/99 Cooperativas sociais

DL 198, 2001 Eliminação de todas as formas de discriminação

Decreto 3.956, 8/10/01 Eliminação de todas as formas de discriminação

Lei 11.180, 2005 Insere contratação de aprendiz na CLT

LEGISLAÇÃO ASSUNTOS

Decreto 5.598,

1/12/05

Contrato de aprendizes

DL 186, 9/7/08 Ratifica a CDPD com valor de emenda

constitucional. Artigo 27 – Trabalho e

emprego

Decreto 6.949,

25/8/09

Promulga a CDPD

Lei 12.470, 2011 BPC Trabalho, contrato de aprendizes,

microempresário individual

Instr. Normativa 98,

15/8/12

Fiscalização do trabalho para PcD

Decreto 7.612,

2012

Plano Viver Sem Limite, BB Crédito de

Acessibilidade, Pronatec, tecnologia

assistiva

Lei 12.613, 2012 Tecnologia assistiva para PcD no emprego

Convenção sobre os Direitos das

Pessoas com Deficiência

Artigo 27

TRABALHO E EMPREGO

1.Proibindo

a discriminação

baseada na

deficiência.

2. Proporcionando

um ambiente que

seja aberto,

inclusivo e

acessível.

3. Assegurando

que adaptações

razoáveis sejam

feitas para PcD no

local de trabalho.

4. Promovendo o emprego

de PcD no setor privado,

mediante políticas e

medidas apropriadas, que

poderão incluir programas

de

ação afirmativa, incentivos

e outras medidas.

5. Promovendo

oportunidades

de ascensão

profissional na

empresa.

6. Promovendo

manutenção do

emprego e programas

de retorno ao trabalho

(em caso de

afastamento por

doença ocupacional ou

acidente de trabalho).

Recomendações da

Organização

Internacional do

Trabalho

para a Boa Inclusão

Recomendações da OIT para a Boa Inclusão

“Recomendações para

Inclusão da Deficiência

na Agenda Pós-2015:

PcD e Trabalho Decente”

(OIT, 2014)

Recomendações da OIT para a Boa Inclusão

1. Esforços de

desenvolvimento devem

estar baseados em

princípios de igualdade de

oportunidades,

não discriminação

e acessibilidade.

Recomendações da OIT para a Boa Inclusão

2. Medidas específicas de

deficiência que capacitem

pessoas (tais como mulheres e

meninas com deficiência, PcD

intelectual e PcD psicossocial)

precisam ser tomadas junto a

medidas que promovam a

inclusão de PcD em programas e

serviços abertos à população

geral.

Recomendações da OIT para a Boa Inclusão

3. Consulta efetiva junto a PcD e

organizações representativas de

organizações e principais

agentes intervenientes deverá ocorrer

no início quando programas de

desenvolvimento e planos de

implementação estão sendo

projetados, a fim de que as questões

relevantes sejam levadas em conta

apropriadamente.

Recomendações da OIT para a Boa Inclusão

4. Capacitação de pessoal deverá ser provida

para aqueles envolvidos em elaborar leis e

políticas e em oferecer serviços que

incluam ou sejam destinados a PcD, em

particular aquele pessoal envolvido em

orientação profissional, treinamento

profissional, colocação e desenvolvimento

de oportunidades de emprego para PcD a

fim de garantir que esse se conscientize

das questões relacionadas à inclusão da

deficiência e aos direitos das PcD.

Base conceitual das recomendações da OIT

MODELO MÉDICO

DA DEFICIÊNCIA

MODELO SOCIAL

DA DEFICIÊNCIA

"Consertar" a pessoa "Consertar" a sociedade

Foco na deficiência, nas

limitações

Foco nas habilidades e

capacidades

Ajustamento ao padrão de

normalidade

Aceitação das diferenças

individuais

Deficiência precisa ser superada Ambiente precisa ser modificado

Incentiva a dependência Incentiva a independência

Decisão sem consultar a PcD Decisão centrada na PcD

Serviços baseados em

instituições

Serviços baseados na

comunidade

Exclusão Inclusão, participação, cidadania

Impasses contra PcD

no mercado de

trabalho:

Questionamento à Lei

de Cotas

Avanços pró-PcD no

mercado de trabalho:

Desenvolvimento do

emprego apoiado para

abrir vagas em órgãos

públicos e empresas.

Emprego Apoiado:

Fragmentos de sua

história no Brasil

1987-1988

O especialista de reabilitação

profissional LUIZ CARLOS

DUTRA, residente nos EUA,

começou a me enviar os primeiros

textos técnicos e notícias sobre o

emprego apoiado praticado

naquele país.

1994

Realizei a colocação

laboral de uma pessoa

com tetraplegia total,

aplicando a metodologia

do emprego apoiado –

Caso considerado como

o primeiro no Brasil.

Implantação do Programa de

Emprego Apoiado na então

Sociedade Pestalozzi de São

Paulo - hoje, Associação

Brasileira de Assistência e

Desenvolvimento Social

(Abads).

2006

Formação da Rede de

Emprego Apoiado (REA),

em São Paulo/SP

2008

Realizações da Rede de Emprego Apoiado

(REA)

1 Encontro sobre Emprego Apoiado.

1 Fórum de Emprego Apoiado.

2009

Realizações da Rede de Emprego Apoiado (REA)

2 Fórum de Emprego Apoiado, realizado em maio,

em São Paulo/SP.

3 Fórum do Emprego Apoiado, realizado em 9/10, em

São Paulo/SP.

2 Encontro de Emprego Apoiado, realizado em

novembro, em São Paulo/SP.

2010

2011

Livro:

EMPREGO APOIADO

Alexandre Betti

140 páginas

2014

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM

EMPREGO APOIADO

( 300 horas )

Início no dia 26 de junho

Na Universidade Federal de São Paulo

2014

II SEMINÁRIO „EMPREGO APOIADO

NAS INSTITUIÇÕES:

DO PARADIGMA À PRÁTICA”

Dia 19 de setembro de 2014

No Instituto APAE DE SÃO PAULO

2014

Flávio Gonzalez

Victor Martinez

Antonio Scotton

Apae de S. Paulo

Em 16/5/2014, a Rede de Emprego

Apoiado (REA) foi legalmente

transformada em

Associação Nacional do Emprego

Apoiado (Anea),

uma Oscip com objetivos de

desenvolver a prática da

metodologia do EA através de

treinamentos, consultorias,

colocações laborais etc.

MUITO OBRIGADO

POR SUA ATENÇÃO !!!

Romeu Sassaki

romeukf@uol.com.br

Recommended