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Questões AIDS - IBFC
Prof Fernanda Barboza
1. (IBFC 2015) O Programa Nacional de DST e Aids do Brasil é reconhecidocomo uma das melhores respostas governamentais perante a epidemiologiade Aids no mundo. Entretanto, existem diversos desafios importantes nocombate à epidemia, na área da infância e da adolescência. Considerandoesses desafios, leia as frases e assinale a alternativa que corresponde àresposta correta.
I. Um dos desafios é a prevenção da transmissão vertical do HIV e da sífilis.
II. Um dos desafios é a prevenção da transmissão sexual entre adolescentes ea garantia dos direitos das crianças e adolescentes vivendo e convivendo comHIV/Aids.
III. O teste anti-HIV e o exame da sífilis (VDRL) fazem parte de um pré-natal dequalidade, sendo um direito de toda gestante.
V
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IV. Para poder prevenir a transmissão vertical da sífilis é importante que asgestantes façam no mínimo quatro exames de sífilis durante o pré-natal.
Estão corretas as frases:
a) Apenas as frases I, II e III estão corretas.
b) Apenas as frases III e IV estão corretas.
c) Todas as frases estão corretas.
d) Apenas as frases II e IV estão corretas.
Letra A
F
2. (IBFC 2013) De acordo com o protocolo clínico e diretrizes terapêuticas paraadultos vivendo com vírus da imunodeficiência humana (HIV)/Síndrome daImudeficiência Adquirida (AIDS), leia as afirmativas e a seguir assinale aalternativa correta.
I. A infecção pelo HIV é acompanhada por um conjunto de manifestaçõesclínicas, denominado Síndrome Retroviral Aguda (SRA), que se apresentageralmente entre a primeira e terceira semana após a infecção. Os principaisachados clínicos de SRA incluem febre, adenopatia, faringite, exantema,mialgia e cefaleia.
II. A infecção pelo HIV eleva o risco de desenvolvimento de tuberculose ativaem indivíduos com tuberculose latente. Recomenda-se a realização da ProvaTuberculínica anualmente, caso o exame inicial seja < 5mm.
V
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III. Uma das medidas que deve ser sistematicamente realizada na atenção dapessoa vivendo com HIV, destaca-se o aconselhamento do paciente a reduziras situações de risco relacionadas a exposições sexuais desprotegidas, excetopráticas orais.
IV. Adultos e adolescentes que vivem com HIV não podem receber todas asvacinas do calendário nacional, mesmo os que não apresentam deficiênciaimunológica importante.
a) I,II,III e IV estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
c) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas
d) Apenas as afirmativas I e II estão corretas
Letra D
F
F
Vacinação e HIV
Podem receber todas as vacinas do calendário nacional, desde que nãoapresentem deficiência imunológica importante. Maior imunodepressãoestá associado a maior risco relacionado a vacinas de agentes vivos.
O soropositivo deverá ser avaliado por um médico antes de tomarqualquer vacina.
É recomendado adiar a vacinação em pacientes sintomáticos ou comimunodeficiência avançada (CD4 < 200 cel/mm³).
Vacinação e HIV
Orientações gerais para adultos:1. Pneumococo: uma dose para pacientes com CD4 > 200cel/mm³ apenasum reforço após cinco anos.
2. Hepatite B: em todos os pacientes suscetíveis (Anti-HBsAg negativo,anti-HBc negativo)
3. Hepatite A: pacientes suscetíveis (anti-HVA negativo) e portadores dehepatopatias crônicas.
4. Febre amarela: conforme recomendação do calendário vacinal doMinistério da Saúde de acordo com a região.
Vacinação e HIV
Orientações gerais para adultos:
5. Difteria e tétano (dT): reforço a cada dez anos.
6. Influenza: anual.
Obs.: qualquer outra vacina deverá ser avaliada individualmente durante oacompanhamento médico.
Vacinação e HIV
• As crianças expostas verticalmente ao HIV devem receber as vacinasindicadas nesta tabela até 18 meses de idade. Após essa idade, e a mesmase mantenha negativa para o HIV deverá seguir o esquema básico vacinalda criança, recomendado pelo Ministério da Saúde/PNI à exceção dealgumas vacinas, como a varicela (deve ser aplicada nas criançassusceptíveis não infectadas, para a proteção de seus contatos domiciliarescom imunodeficiência) e a pólio inativada, que deve ser utilizada nascrianças que convivem com pessoas imunodeficientes.
Vacinação e HIV
• Tendo em vista a possibilidade de serem indicadas cinco vacinas injetáveisaos 12 meses de vida, estas vacinas podem ser programadas para seremescalonadas, dando sempre um mês de intervalo entre as de vírus vivosinjetáveis; considerar a epidemiologia de cada infecção e facilidadesoperacionais para priorizar quais vacinas aplicar em cada etapa.
• Em virtude do risco de administração de vacinas não indicadas paracrianças infectadas pelo HIV, contraindica-se vacinação desta faixa etáriaem campanhas.
Vacinação e HIV
1. Vacina BCG: Vacina com bactéria viva atenuada
• Deve-se administrar ao nascimento ou o mais precocemente possível;
• Criança que chega ao serviço, ainda não vacinada, poderá receber BCG seassintomática e sem sinais de imunodepressão;
• Não se indica a revacinação.
Vacinação e HIV
2. Vacina hepatite B (recombinante) Vacina recombinante(material genético do vírus, produzida por engenharia genética)
• Deve ser administrada a primeira dose ao nascer, preferencialmente nasprimeiras 12 horas;
• Se a mãe for HbsAg positiva: Aplicar simultaneamente, em local diferenteda vacina, a imunoglobulina humana hiperimune contra hepatite B ou até o7º dia de vida;
• Conforme as normas vigentes do PNI, o esquema deve seguir com vacinacombinada pentavalente (contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilusinfluenzae tipo b e hepatite B), aplicada aos 2, 4 e 6 meses de idade;
Vacinação e HIV
• Aplicar uma dose aos 15 meses com vacina pentavalente (DTP /Hib/HepB);
• Dosar anti–Hbs das crianças comprovadamente infectadas pelo HIV, 30 a60 dias após a última dose. Caso anti-HBs <10UI, repetir esquema com 0,1, 2 e 6 meses, usando dose dobrada de Hep B monovalente;
• Se a criança ou adolescente não foi ainda vacinado ou se tem esquemaincompleto: a vacina deve ser iniciada ou completar o esquema vacinal,de acordo com doses que faltarem.
Vacinação e HIV
3. Vacina poliomielite 1, 2 e 3 (inativada) – VIP- Vacina com vírusinativado
• Deve-se utilizar a vacina inativada (VIP), três doses com intervalo de doismeses, iniciando aos dois meses de idade. São necessários dois reforços:um aos 15 meses de idade e outro reforço entre 4 a 6 anos de idade;
Vacina rotavírus humano G1P1[8] (atenuada) –Vacina com vírus vivoatenuado;
• A 1ª dose deve ser aplicada entre 6 e 14 semanas de idade, podendo seestender até 15 semanas; 2ª dose entre 14 e 24 semanas, com tolerânciaaté 32 semanas. Após esta idade não deve ser mais aplicada;
• Crianças expostas e infectadas pelo HIV podem receber a vacina.
Vacinação e HIV
4. Vacina pneumocócica 10-valente (pneumo 10): Vacina compolissacarídeo da bactéria conjugado à proteína
• Indicada para todas as crianças de dois meses até 5 anos de idade. Devemreceber 3 doses no primeiro ano de vida, intervalo de dois meses entre asdoses e uma dose aos 12 meses de idade;
• Crianças entre 7 e 11 meses de idade, ainda não vacinadas: deverãoreceber duas doses da vacina conjugada com 2 meses de intervalo entreelas e uma dose adicional entre 12 a 15 meses de idade;
• Crianças que iniciam vacinação entre 12 a 59 meses de idade: devemreceber duas doses com intervalo de dois meses entre elas;
Vacinação e HIV
5. Vacina pneumocócica 23-valente polissacarídica (pneumo 23):Vacina com polissacarídeo da bactéria• Indicada para crianças de dois anos ou mais de idade, comprovadamente
infectadas pelo HIV.
• As crianças maiores de dois anos devem receber duas doses da vacinapolissacarídica, independente de terem recebido a vacina conjugada. Para aprimeira dose, deve-se respeitar o intervalo de 2 meses após a última dose dePneumo 10. Aplicar uma segunda dose de Pneumo 23, após 5 anos da primeiradose .
• Não se deve aplicar mais de duas doses da Pneumo 23;
• Crianças > 5 anos de idade e adolescentes não vacinados previamente contrapneumococo devem receber apenas a vacina Pneumo 23.
6. Vacina meningocócica C (meningo C)
• Vacina com polissacarídeo da bactéria conjugado à proteína;
• Aplicada aos 3 e 5 meses e um reforço após 12 meses de idade;
• A partir de 12 meses de idade, para os não vacinados anteriormenteou com esquema incompleto, estão indicadas duas doses comintervalo de 8 semanas entre elas;
• Aplicar uma dose após 5 anos da última.
7. Vacina contra influenza (Influenza)
• Vacina fragmentada com vírus inativado;
• Aplicar a partir dos 6 meses de idade. Crianças com menos de 9 anosde idade, ao receberem a vacina pela primeira vez, requerem duasdoses com intervalo de 4 a 6 semanas. Utiliza-se 0,25ml até 35 mesesde idade e 0,5 ml após esta idade;
• Vacinar, em dose única, anualmente, devido às mudanças dascaracterísticas dos vírus influenza decorrentes da diversidadeantigênica e genômica a cada ano.
8. Vacina varicela (atenuada)
• Vacina com vírus vivo atenuado;
• Deve ser aplicada aos 12 meses de idade para crianças e adolescentes suscetíveis e infectados pelo HIV, nas categorias clinicas N, A e B com LT-CD4+ acima de 15%. Recomenda-se uma segunda dose, com intervalo de três meses.
• Independente da classificação clínica e imunológica deve-se considerar a vacinação em casos em que a crianças esteja com ausência de imunossupressão grave, ou seja, com LT-CD4+ <15% em ≤ 5 anos e nos > 5 anos com LT-CD4+ <200 cels/mcL.
10. Vacina febre amarela (atenuada)
• Vacina com vírus vivo atenuado;
• Deve ser aplicada aos 9 meses de idade, levando-se em consideraçãoas restrições mencionadas abaixo;
10. Vacina febre amarela (atenuada)
Atenção:
A eficácia e segurança da vacina contra febre amarela para os pacientesportadores do HIV não são estabelecidas. Portanto, para ser recomendada énecessário levar em consideração a condição imunológica do paciente e a situaçãoepidemiológica local, conforme orientação do Ministério da Saúde.
Alteração imunológica < 13 anos
Recomendação da Vacina
Ausente Vacinar
Moderada Oferecer vacina
Grave Não vacinar
Alteração imunológica > 13 anos LT-CD4+
Recomendação da Vacina
>350 Vacinar
200 a 349 Oferecer vacina
< 200 Não vacinar
3. (IBFC 2013) A síndrome da imunodeficiência Adquirida (AIDS) é uma doençaque representa um dos maiores problemas de saúde da atualidade, em funçãodo seu caráter pandêmico e de sua gravidade. Leia as frases abaixo e assinale aalternativa que corresponde à resposta correta.
I. A contagem de linfócitos T CD4+ é um importante marcador dessaimunodeficiência, sendo utilizada tanto para estimar o prognóstico e avaliar aindicação de início de terapia antirretroviral.
II. Uma das prioridades do Programa Nacional de DST e Aids é a redução datransmissão vertical do HIV.
III. O período de identificação do contágio pelo vírus depende do tipo deexame (quanto à sensibilidade e especificidade) e da reação do organismo doindivíduo. Na maioria dos casos, a sorologia positiva é constatada de 30 a 60dias após a exposição ao HIV.
V
v
v
IV. Os testes rápidos HIV-1/2 são testes qualitativos, de baixa especificidade esensibilidade para a detecção de anticorpos para o vírus da imunodeficiênciahumana dos tipos 1 e 2, necessitando de comprovação com outros métodosespecíficos. Podem ser realizados apenas com amostras de sangue total.
Estão corretas as frases:
a) Apenas as frases I e II estão corretas.
b) Apenas as frases I e IV estão corretas.
c) Apenas as frases I, II e III estão corretas.
d) Todas as frases estão corretas.
Letra C
F
Diagnóstico HIV
• Os testes sorológicos baseiam-se na detecção de anticorpos e/ou antígenosdo HIV presentes ou não na amostra do paciente.
• Em adultos, esses anticorpos aparecem no sangue dos indivíduosinfectados, em média de quatro a 12 semanas após a infecção.
• Os testes sorológicos utilizados no diagnóstico da infecção pelo HIV são oElisa, a imunofluorescência indireta, o western blot, o imunoblot e oimunoblot rápido.
Diagnóstico HIV
• Reação de ensaio imunoenzimático: o principal teste utilizado nodiagnóstico sorológico do HIV é o ensaio imunoenzimático, conhecido comoElisa. Nas últimas décadas, foram desenvolvidas quatro gerações de ensaiosimunoenzimáticos.
Diagnóstico do HIV
• Testes moleculares:
A detecção molecular de ácido nucleico se baseia na detecçãoe/ou quantificação do material genético do HIV (RNA do HIV no sangueou DNA pró-viral em células infectadas) por meio da amplificação doácido nucléico com o uso da reação em cadeia da polimerase (PCR). Ostestes moleculares são especialmente úteis para o diagnóstico emcrianças com idade inferior a 18 meses e na infecção aguda em adultos.
Diagnóstico do HIV
• Os testes rápidos são ensaios imunoenzimáticos simples que podemser realizados em até 30 minutos.
TRANSMISSÃO
Sexual;
Parenteral:
- Transfusão sanguínea (95 em 100);
- Compartilhar agulhas/seringas (1 em 150);
- Acidente com agulha 0,03% se contato com mucosa 1%;
- Vertical (mãe – filho) – sem AZT (25 – 30%);
- Com tratamento (2-3%).
Acompanhamento laboratorial
- Carga viral (RNA viral no plasma) Objetivo ser <50 cópias por/ml ou indetectável
- Contagem de linfócitos TCD4+
• Determinam o PROGNÓSTICO
• Realizado a cada 6 meses
DROGAS ANTIRETROVIRAIS
• Suprimem níveis de replicação viral e viremia;
• Reduzem a excreção viral;
• Preservam contagem e função de CD4+;
• Principais causas da redução de morbilidade/mortalidade;
• Não conseguem erradicar o vírus;
• Maior sucesso se iniciado até 6 meses após a infecção;
• Em 2013 o MS determinou protocolo para tratamento de todasas pessoas com HIV +, independente da contagem de LT CD4,para minimizar a transmissibilidade, inclusive na gravidez.
DROGAS ANTIRETROVIRAIS
1 - Inibidores da transcriptase reversa análogos de nucleosídeos enucleotídeos (ITRN/ITRNt); (lamivudina (3CT) Zidovudine(AZT) Abacavir(ABC);
2 - Inibidores da transcriptase reversa não análogos de nucleosídeos(ITRNN); (nevirapina (NVP) ou efavirenz (EFZ));
3 - Inibidores da protease reforçados com ritonavir (IP/r). Ritonavir,Atazanavir (ATV), Lopinavir (LPV);
DROGAS ANTIRETROVIRAIS
A terapia inicial deve sempre incluir combinações de trêsantirretrovirais.
1ª e 2ª droga:
A associação zidovudina/lamivudina (AZT/3TC) está disponível emcoformulação no SUS, o que contribui para maior comodidadeposológica, devendo-se ingerir 1 comprimido 2 vezes ao dia. (acessouniversal)
3ª droga:
efavirenz, nevirapina, lopivavir + ritonavir ( avalia efeitos colaterais)
Profilaxia
• Uso de preservativo;
• Profilaxia pós exposição sexual de risco inicia até 40horas comzidovudina+lamivudina+ tenofovir e mantido por 28 dias;
• Profilaxia na gestação e parto zidovudina + lamivudina + lopinavir(ou nevirapina), parto cesáreo eletivo se CV>1000 cópias/ml, AZTvenoso durante o parto e AZT ao RN até 42 dias de vida, nãoamamentar e suspender lactação com cabergolina.
Profilaxia
• Profilaxia acidentes profissionais (risco 0,3% perfurocortante) e 0,03na exposição de mucosa- lavar exaustivamente o leito, aplicar álcool70%.
• Teste rápido HIV no paciente fonte da infecção e se + iniciarmedicação até 72h da exposição por 28 dias- zidovudina + lamivudina+ lopinovir ou tenofovir)
4. (IBFC 2014) Um dos três eixos do Pacto pela Saúde é o Pacto pela Vida e, entre asprioridades básicas enumeradas, está à redução da mortalidade materna e infantil.Um dos componentes para a execução dessa prioridade é a redução das taxas detransmissão vertical do HIV. Assinale a alternativa correta sobre o tema.
a) A carga viral não é um dos fatores associados ao risco de transmissão vertical doHIV e não auxilia na definição de via de parto.
b) A infecção pelo HIV não eleva o risco de desenvolvimento de tuberculose ativa emindivíduos com tuberculose latente.
c) As vacinas com vírus vivos não devem ser realizadas durante a gestação. Estãocontraindicadas a vacina tríplice viral e a vacina contra a varicela.
d) A transmissão do HIV por via intra útero é maior no 1º trimestre da gestação.
e) A vacina para tétano e difteria é contraindicada em gestantes soropositivas para oHIV.
Letra C
Revisão
• A maior parte dos casos de transmissão vertical do HIV (cerca de 65%)ocorre durante o trabalho de parto e no parto propriamente dito e os35% restantes ocorrem intra-útero, principalmente nas últimassemanas de gestaçãoe através do aleitamento materno.
• Está amplamente comprovado que o uso de terapia anti-retroviralcombinada é capaz de reduzir significativamente a carga viralplasmática do HIV para níveis indetectáveis.
Foco na Aprovação!!Obrigada!
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