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REGULAMENTO DE PUBLICIDADE E DEFESA DA PAISAGEM URBANA
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PREÂMBULO
A paisagem urbana é um valor ambiental e cultural que contempla um conjunto de
elementos de carácter sensorial, naturais e construídos, públicos e privados,
temporários e permanentes, que configuram uma determinada imagem de cidade,
entre os quais se destacam: as construções, os espaços públicos, os espaços de
complemento, os espaços livres de edificação e o espaço aéreo.
Identificam-se como agentes que interferem com a percepção visual e a qualidade
da paisagem urbana e ambiental, os suportes publicitários, os toldos, o mobiliário
urbano, a sinalização e as outras instalações acessórias às construções.
Em particular, o fenómeno da publicidade interfere com o equilíbrio da paisagem, a
linguagem e os costumes.
Os suportes publicitários, quando dentro de certos parâmetros que o presente
Regulamento estabelece, podem enquadrar-se na paisagem urbana. Quando
desordenados, são elementos perturbadores, colidindo com o direito colectivo dos
cidadãos a usufruírem de uma paisagem urbana equilibrada e com o direito
individual a utilizá-la, no seu interesse.
É, considerando a necessidade de proteger a paisagem e de regulamentar os usos
que sobre ela incidem, que se estabelece o presente Regulamento, que visa de um
modo abrangente:
- A protecção e a promoção dos valores culturais, ambientais e patrimoniais do
concelho, bem como dos seus elementos naturais e construídos;
- O desenvolvimento da participação da sociedade civil e do sector privado, tanto
na responsabilidade de manutenção como na melhoria da paisagem urbana;
- A coordenação de todas as partes que intervêm na paisagem urbana;
- A criação de uma imagem urbana coerente e equilibrada que permita
transformar o Município de Vila Nova de Gaia num conjunto coeso facilmente
identificável.
Nos termos do artigo 117º do Código de Procedimento Administrativo, foi ouvida a
Associação Portuguesa das Empresas de Publicidade Exterior e, nos termos do
artigo 118º do mesmo Código e do disposto no artigo 3º do Decreto-lei nº 555/99, de
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16 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 177/2001, de 4 de Junho foi o projecto
de Regulamento submetido a apreciação pública.
Assim, nos termos do disposto no artigo 241º da Constituição da República
Portuguesa e ao abrigo da alínea a) do nº 2 do artigo 53º da Lei nº 169/99, de 18 de
Setembro, com a redacção pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, a Assembleia
Municipal aprova, sob proposta da Câmara, o seguinte Regulamento:
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CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 1º Lei Habilitante
O presente Regulamento é elaborado ao abrigo do disposto no artigo 11º da Lei nº
97/88, de 17 de Agosto e do artigo 3º do Decreto-Lei nº 555/99, de 16 de Dezembro,
alterado pelo Decreto-Lei nº 177/2001, de 4 de Junho.
Artigo 2º
Objecto e finalidade 1 - O presente Regulamento visa garantir o direito colectivo dos cidadãos a
usufruírem de uma paisagem urbana equilibrada, assim como o direito individual a
utilizá-la no seu interesse, desde que a qualidade e a densidade dessa utilização
não afectem a harmonia dos conjuntos urbanos ou naturais, sobretudo quando estão
em causa aspectos característicos do Município.
2 - O presente Regulamento tem por finalidade:
a) A protecção, controle e manutenção dos valores fundamentais da paisagem
urbana e do Município;
b) A promoção do uso ordenado e racional da paisagem urbana enquanto
instrumento decisivo para a sua conservação;
c) O reconhecimento do carácter dinâmico da paisagem urbana, introduzindo o
conceito de gestão, tanto dos usos públicos como dos usos privados que nela se
produzem.
3 - A Câmara Municipal poderá proceder à elaboração de outro elemento de gestão
de publicidade e defesa da paisagem, na figura de um Plano Municipal Regulador de
Publicidade e da Paisagem Urbana.
4 - A Câmara Municipal poderá proceder à criação de um parâmetro de indexação
ao valor do solo, dos valores das taxas correspondentes aos vários licenciamentos
definidos no âmbito do presente Regulamento, por forma a introduzir diferenciação
entre áreas mais urbanas e áreas mais periféricas.
5 - A Câmara Municipal poderá, também, nos termos da lei, estabelecer regimes de
isenção e/ou redução das taxas correspondentes aos vários licenciamentos
definidos no âmbito do presente Regulamento, por forma a acolher empresas novas
ou outras que se venham a instalar na área do Concelho.
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Artigo 3º Uso regular e excepcional da paisagem
1 - Considera-se uso regular da paisagem urbana as intervenções executadas nos
termos previstos no presente Regulamento, desde que não prejudiquem o direito
colectivo à fruição da paisagem nem o direito individual do seu uso.
2 - Considera-se uso excepcional da paisagem urbana todas as outras intervenções
- que interfiram temporariamente, com o direito colectivo de usufruir de uma
paisagem urbana harmoniosa ou com o direito individual do seu uso - quando
esgotada a possibilidade do uso regular, e desde que cumpridas as condições
expressas no presente Regulamento.
Artigo 4º Noções
Para efeitos do presente Regulamento entende-se por:
a ) Identificação: toda a acção destinada a difundir entre o público a informação
da existência de uma actividade no próprio local onde a mesma é desenvolvida,
ou que tenha como objectivo indicar o acesso, abrangendo nomeadamente:
i) As mensagens indicativas da denominação social de pessoas singulares
ou colectivas e da respectiva actividade, bem como os logótipos ou marcas
comerciais que correspondam ao único produto objecto da mesma;
ii) As bandeiras, brasões, escudos e demais símbolos, representativos de
países, estados, organismos públicos, partidos políticos, centros culturais e
religiosos, clubes desportivos e entidades semelhantes;
b) Publicidade: é qualquer forma de comunicação feita por entidades públicas ou
privadas no âmbito de uma actividade comercial, industrial, artesanal ou
profissional, com o objectivo de promover, directa ou indirectamente, a
comercialização ou alienação de quaisquer bens, serviços, ideias, princípios ou
iniciativas;
c) Cobertura: conjunto de elementos de remate superior e encerramento do
volume edificado.
d) Fachada: o paramento vertical de um edifício, com todos os elementos
arquitectónicos que o constituem, dividindo-se nos seguintes tramos:
i) Rés-do-Chão: é a parte correspondente ao piso que tem contacto directo
com a cota de pavimento do espaço público adjacente, bem como aos pisos
subterrâneos que, devido ao desnível da via pública ou do terreno, possam
ficar a descoberto. Nos rés-do-chão com arcadas, considera-se rés-do-chão
o espaço definido pela galeria, incluindo o respectivo tecto e a fachada;
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ii) Pisos superiores: pisos situados sobre o rés-do-chão, bem como os pisos
de sobreloja que não se encontrem no interior de galerias, e sótãos;
iii) Coroamento de uma fachada: plano vertical formado pelo limite superior
dos últimos vãos e a cota máxima do seu plano principal;
e) Vão: elemento que liga o exterior ao interior de um edifício, normalmente
preenchido por uma caixilharia constituída por estrutura reticulada rígida e por
material transparente, translúcido ou mesmo opaco.
f) Pala: corpo integrante do edifício, balançado e, em regra, perpendicular ao
plano da fachada;
g) Empena: paramento vertical de uma edificação, normalmente isento de
aberturas, implantado sobre a estrema da respectiva parcela ou lote. As
empenas podem ser de dois tipos:
i) Consolidada: quando não colmatável, total ou parcialmente;
ii) Não consolidada: quando não se integre na alínea anterior;
h) Vedação de obra: elementos não permanentes destinados à protecção da
obra, evitando a acessibilidade ao interior e acautelando o espaço público;
i) Espaço livre: porção de solo livre de edificação e/ou função urbana específica;
j) Espaço de complemento: porção de solo, livre de edificação ou não, com
função urbana definida - singular ou múltipla, permanente ou não – relacionada
com o complemento da vida cultural do sítio;
k) Espaços verdes: todos os espaços incluídos em áreas de RAN e REN, jardins
e parques públicos ou outras áreas similares, nos termos definidos no Plano
Municipal de Ordenamento do Território em vigor;
l) Espaço aéreo: todo o espaço na vertical do contorno perimetral da
propriedade, até à altura máxima de capacidade construtiva;
m) Sítio: espaço construído ou não, que, pelas suas características naturais,
ambientais, paisagísticas ou históricas, caracteriza, de forma patrimonial, o
território onde se implanta.
Artigo 5º Zonamento
Para efeitos do presente Regulamento o território do Município divide-se em três
tipos de zonas:
a) Zona de Protecção Específica, correspondente ao centro histórico da cidade
de Vila Nova de Gaia, a sítios, elementos construídos ou edifícios classificados e
respectivas áreas de protecção, bem como aos espaços verdes definidos neste
Regulamento;
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b) Zona Geral, correspondente às áreas edificadas do Município integradas em
Área Urbana ou Urbanizáveis, conforme definida no PMOT em vigor, com
excepção das integradas na Zona de Protecção Específica;
c) Zona Não Urbana, correspondente à restante área do território municipal.
CAPÍTULO II USO REGULAR DA PAISAGEM
SECÇÃO I DISPOSIÇÕES GERAIS
Artigo 6º Condições gerais
1 - Admite-se a colocação de elementos de sinalização ou iluminação em prédios
privados desde que autorizados pela Câmara Municipal e mediante consentimento
dos proprietários e titulares de direitos reais sobre os respectivos bens imóveis.
2 - Os proprietários mencionados no número anterior devem impedir a colocação de
quaisquer outros elementos que não se encontrem devidamente autorizados.
3 - A prossecução das actividades de publicidade e identificação, a realização das
obras com elas relacionadas e a ocupação do domínio público, encontram-se
sujeitas a licenciamento municipal, exceptuando-se os casos de dispensa previstos
no presente Regulamento, bem como os que, em situações especiais, venham a ser
determinados.
4 - Ao licenciamento e renovação de licença de actividades publicitárias e de
identificação são aplicáveis as taxas estabelecidas no Regulamento Municipal de
Taxas e Outras Receitas do Município de Vila Nova de Gaia.
5 - No caso de suportes constituídos por letras ou símbolos soltos, a taxa será
aplicada em função da área do rectângulo onde o todo da mensagem se inscreve.
6 - Os letreiros constituídos por inscrições sobre material transparente serão
equiparados, para efeitos de aplicação de taxa de publicidade, aos letreiros
compostos por letras ou símbolos soltos fixados individualmente.
7 - A dispensa de licenciamento não exonera a entidade instaladora da publicidade
ou da identificação, do cumprimento das obrigações impostas pelo presente
Regulamento nem das sanções aplicáveis em caso de incumprimento.
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8 - A entidade licenciadora poderá conceder, mediante concurso público, espaços
para afixação de mensagens publicitárias na via pública através da utilização dos
suportes publicitários referidos na Secção II do Capítulo III, devendo a sua
colocação obedecer ao disposto no presente Regulamento ou a Plano Regulador
aprovado.
9 - Ficam sujeitas a licenciamento todas as mensagens, publicitárias ou de
identificação, visíveis a partir da via pública.
10 - No licenciamento de ocupação do espaço público com suportes publicitários,
pode ser determinada a reserva de algum ou alguns espaços publicitários, num
máximo de 20% da superfície a licenciar, para a difusão de mensagens relativas a
actividades do Município, das empresas municipais, ou de outras actividades
apoiadas por estas instituições.
11 - Deve ser elaborado um estudo global, para áreas onde se verifique uma grande
concentração de construções destinadas a actividades idênticas e de tipologia
similar, nomeadamente zonas industriais, com o objectivo de uniformizar as
soluções de identificação.
Artigo 7º Características da licença
1 - As licenças de publicidade e de identificação são concedidas a título precário
com validade máxima de um ano, renovável caso não exista denúncia ou renúncia
do requerente ou da entidade licenciadora.
2 - A instalação dos seguintes suportes não carece de licença, mas apenas de
autorização municipal:
a) Placas e escudos, colocados sobre portas de acesso ou próximos delas, que
indiquem dependências públicas e sedes de representações oficiais
estrangeiras;
b) Símbolos de hospitais, farmácias, parques de estacionamento, hotéis e seus
similares;
c) Bandeiras ou estandartes e elementos similares, representativos dos
diferentes países, estados, organismos oficiais, centros culturais, religiosos,
desportivos, políticos, ordens profissionais e centros de actividades similares;
d) Anúncios colocados em portas ou vitrinas de estabelecimentos comerciais que
se limitem a indicar os horários, os motivos de um possível encerramento
temporário, a mudança de instalações, liquidações ou período de saldos e outros
similares, sempre que tenham carácter circunstancial.
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3 - Exceptuam-se do disposto no número anterior os casos em que a
obrigatoriedade de licenciamento resulte da legislação aplicável.
Artigo 8º Requerimento de licenciamento
1 - Os requerimentos de licença de publicidade e de identificação devem ser
apresentados pelas pessoas interessadas no desenvolvimento da actividade ou por
empresas de publicidade.
2 - O requerimento deve conter obrigatoriamente:
a) O nome, a identificação fiscal e a residência ou sede do requerente;
b) A indicação da qualidade de proprietário ou locatário;
c) A indicação exacta do local e do meio ou suporte a utilizar;
d) A indicação, quando se trate da identificação de uma actividade, da finalidade
a que se destina o prédio ou fracção através da apresentação da respectiva
licença de utilização;
e) O tipo de publicidade ou identificação requerida;
f) O período de utilização pretendida;
g) Autorização do condomínio, quando aplicável.
3 - O requerimento deve ser instruído com os seguintes elementos:
a) Memória descritiva com indicação dos materiais, formas e cores utilizadas e
referindo expressamente o cumprimento integral das condições fixadas no artigo
10º do presente Regulamento;
b) Fotografia a cores onde seja perceptível o estado original do espaço objecto
da intervenção e que abranja porção suficiente para caracterização da fachada
onde se pretenda efectuar a instalação;
c) Fotografia com indicação a tinta carmim do local previsto para afixação;
d) Planta de localização, à escala 1/1000 ou 1/2000, com indicação rigorosa a
carmim do local previsto para a instalação;
e) Documentação gráfica simplificada, que minimamente caracterize o impacto
da instalação no edifício e sempre que a instalação se encontre a uma altura
inferior a 5m em relação ao passeio, deve ser indicada a distância ao mesmo;
f) Descrição gráfica do meio ou suporte, através de plantas, corte e alçados, à
escala 1/50 ou 1/20, com indicação da sua forma, cor, dimensão e conteúdo;
g) No caso de tabuletas de dupla face, toldos e sanefas, para além dos
elementos referidos nas alíneas anteriores, deve ser apresentado perfil
transversal, devidamente cotado, que inclua o passeio.
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4 - Se o suporte publicitário requerido for o painel ou elemento semelhante é
dispensada a indicação do conteúdo da publicidade afixada.
5 - Quando a implantação pretendida se situe em zonas de protecção a
monumentos nacionais e imóveis de interesse público, os elementos referidos nos
números 2 e 3 devem ser entregues em triplicado, a fim de tornar possível consulta
à(s) entidade(s) tutelar(es).
6 - Deverá ser entregue, junto com o requerimento, documento autêntico ou
autenticado, comprovativo de que o requerente é proprietário, comproprietário,
locatário ou titular de outros direitos sobre os bens afectos ao domínio privado onde
se pretenda afixar ou escrever a mensagem publicitária ou de identificação.
7 - Para os casos não previstos no número anterior, o requerente deve juntar
autorização escrita do proprietário, bem como documento que prove essa qualidade.
8 - Os pedidos referentes a zonas comuns de prédios em propriedade horizontal ou
galeria serão, na ausência da autorização expressa do condomínio, analisados na
presunção do consentimento destes.
9 - A presunção a que se refere o número anterior pode ser refutada pela
administração do condomínio no prazo de 60 dias a contar da data de emissão da
licença ou do seu conhecimento, não podendo ser imputada à entidade licenciadora,
em qualquer caso, responsabilidade pelos danos decorrentes.
10 - Em casos específicos poderá ainda ser determinada a entrega de outros
documentos exigíveis, tais como:
a) Estudo de estabilidade da estrutura, quando a sua dimensão e condição
estrutural o justifiquem;
b) Contrato de seguro de responsabilidade civil (de entrega obrigatória no caso
de insufláveis e meios aéreos);
c) Termo de responsabilidade técnica e contrato de seguro de responsabilidade
civil, relativo a suporte que possa eventualmente representar um perigo para a
segurança de pessoas e bens.
11 - A entrega dos elementos complementares eventualmente exigidos deve ser
efectuada no prazo de 10 dias contados da data da notificação.
Artigo 9º
Decisão e notificação 1 - O pedido de licenciamento de publicidade ou identificação será liminarmente
rejeitado sempre que o requerimento não se encontre instruído com os documentos
elencados no artigo 8º.
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2 - Em caso de deferimento, a decisão sobre o pedido de licenciamento incluirá as
seguintes informações que constarão obrigatoriamente no alvará:
a) Prazo de duração da licença;
b) Prazo para comunicação da não renovação;
c) Obrigação de afixar no suporte, quando tal seja exigido, a chapa referida na
alínea f) do artigo 22º;
d) Obrigação de manter o meio ou suporte em boas condições de conservação,
funcionamento e segurança.
3 - As licenças com prazo igual ou superior a 30 dias renovar-se-ão
automaticamente, mediante o pagamento da taxa respectiva, exceptuando os casos
em que:
a) O titular for notificado de decisão em contrário, por escrito, com a
antecedência mínima até 20 dias antes do termo do prazo respectivo;
b) O titular comunicar a intenção contrária, por escrito, com a antecedência
mínima até 10 dias antes do termo do prazo respectivo;
c) O alvará de licença o referir expressamente.
4 - A licença para afixação ou inscrição de mensagens publicitárias ou identificação
caducará caso a respectiva taxa não seja liquidada nos 10 dias seguintes à
notificação ao titular da decisão de deferimento.
5 - A licença para a afixação ou inscrição de mensagens publicitárias ou
identificação pode ser revogada sempre que:
a) Ocorra a situação prevista no número 9 do Artigo 8º;
b) Situações excepcionais de imperioso interesse público assim o exijam;
c) O seu titular não cumpra as normas legais e regulamentares a que está sujeito
ou quaisquer obrigações a que se tenha vinculado com o licenciamento.
CAPÍTULO III REGRAS DE UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS NA COLOCAÇÃO DE MENSAGENS
SECÇÃO I Regras gerais
Artigo 10º
Regras de licenciamento Não é permitida a colocação de mensagens publicitárias e de identificação nas
seguintes situações:
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a) Descaracterizem os sítios reconhecidos nos termos das alíneas c), d), e), f),
g), h), i), j), l) e m) do artigo 4º deste Regulamento;
b) Provoquem a obstrução de perspectivas panorâmicas, dificultem o acesso
aos edifícios, ou produzam um impacto negativo nos lugares ou na paisagem;
c) Faixas de pano, plástico, papel ou material semelhante, suspensas sobre a
via, espaços públicos e fachadas;
d) Elementos fixados em postes, candeeiros, ou outro mobiliário não criado para
o efeito, bem como em ilhas para peões ou para suporte de sinalização;
e) Prejudiquem o enquadramento de monumentos nacionais, de edifícios de
interesse público, cultural ou arquitectónico e espaços de interesse paisagístico;
f) Interfiram no equilíbrio da composição arquitectónica dos edifícios ou dos
espaços onde se pretende a sua instalação;
g) Causem prejuízos a terceiros;
h) Afectem a segurança das pessoas ou de bens, nomeadamente na circulação
rodoviária, ferroviária e pedonal;
i) Reduzam a visibilidade das placas toponímicas, semáforos e sinais de
trânsito, ou apresentem disposição, formato ou cor que possam confundir-se
com a sinalização das estradas, ou contenham material reflector;
j) Prejudiquem a iluminação pública;
k) O licenciamento de mais do que um suporte pode ser condicionado por forma
a minimizar o efeito de massificação das mensagens publicitárias ou de
identificação;
l) A colocação de instalações, bem como o desenvolvimento de actividades
com carácter temporário, em espaços do domínio público municipal, a menos de
20 metros de um edifício classificado, excepto quando se refiram a actividades
culturais desenvolvidas nesse local;
m) Suportes publicitários em viadutos rodoviários ou ferroviários e passagens
superiores para peões ou infra-estruturas semelhantes;
n) Quando a distribuição de impressos ou produtos provoquem manifesta
perturbação da circulação de pessoas e veículos;
o) Nas proximidades das estradas nacionais definidas como tal no plano
rodoviário nacional, nos termos da legislação aplicável;
p) Quando fixadas em construções, sempre que perturbem os seus utentes ou
os dos edifícios contíguos, com vibrações, ruídos e ofuscações.
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Artigo 11º Condições de instalação de identificação e publicidade em edifícios
1 - Quando colocados no vão os suportes devem adequar-se aos seus limites.
2 - Quando colocados na fachada, os suportes não se podem sobrepor a elementos
arquitectónicos ou decorativos, bem como a elementos estruturais singulares.
3 - A iluminação, ventilação, segurança contra incêndios e o acesso aos locais não
podem ser restringidos ou prejudicados, devendo ser respeitadas as medidas
funcionais mínimas.
4 - Os suportes devem ser colocados, preferencialmente, em espaços
expressamente destinados para esse fim.
5 - As estruturas dos suportes, instalados nas coberturas, fachadas ou empenas de
edifícios e em espaços afectos ao domínio público, devem ficar encobertas, tanto
quanto possível, e ser pintadas em cor neutra.
Artigo 12º Condições de instalação de mensagens publicitárias e de identificação em
espaços de complemento e livres. 1 - É permitida a identificação de actividades, serviços, horários, propriedade e de
qualquer outra informação imprescindível para o correcto funcionamento ou
sinalização dos espaços de complemento.
2 - No perímetro do espaço de complemento pode ser colocada identificação relativa
às actividades aí existentes ou à identificação do local de acordo com as seguintes
condições:
a) Quando exista uma vedação, o suporte de identificação deve ser fixado na
vedação junto às zonas de acesso e de acordo com o estabelecido para as
fachadas de rés-do-chão;
b) Quando não exista vedação, ou quando esta for vegetal, o suporte deve ser
colocado sobre elemento autónomo.
3 - No interior dos espaços de complemento admite-se a identificação relativa a
actividades desenvolvidas nas construções aí situadas, devendo cumprir-se o
disposto no presente Regulamento relativamente à identificação em edifícios.
4 - A colocação de publicidade em espaços livres relativa a quaisquer actividades,
bens ou produtos, não pode comprometer a integridade do espaço onde se inserem,
nem pôr em causa a sua qualidade paisagística e ambiental.
5 - Em qualquer um dos casos previstos no presente artigo, deve cumprir-se, no
que respeita à situação e dimensões do suporte, as condições estabelecidas na
Secção II do Capítulo III, do presente Regulamento.
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SECÇÃO II Suportes publicitários e de identificação
Artigo 13º Letreiros
1 - Entende-se por letreiro, todo o suporte publicitário, de informação ou de
identificação, constituído por placa ou por letras ou símbolos recortados, fixos às
fachadas, seus coroamentos, empenas, ou à cobertura, podendo ser luminoso,
iluminado ou não iluminado.
2 – A instalação de letreiros está sujeita às seguintes condições:
a) Em edifícios classificados, o letreiro deve ser de material nobre, como a pedra,
o metal ou o vidro;
b) Quando colocados sobre a fachada, empena ou cobertura, os letreiros devem
ser compostos por letras, símbolos ou logótipos, recortados, fixados um a um e
sem fundo;
c) Quando colocados nas fachadas admite-se, em alternativa, um suporte
composto por mensagem fixa ou impressa sobre acrílico ou vidro temperado
transparente;
d) Em edifícios com galeria, e quando não for possível colocá-los na fachada, os
letreiros devem ser colocados entre colunas, e respeitar as seguintes condições:
i) Não sobressair da espessura das colunas;
ii) Deixar livre um espaço entre a coluna e o letreiro de modo a que o suporte
publicitário se leia como um elemento anexo à arquitectura do edifício;
iii) Garantir uma altura livre de pelo menos 2.60m.
3 - A instalação de letreiros nos planos das varandas é licenciável desde que
cumpridos os seguintes requisitos:
a) O letreiro não pode ter fundo e deve ser composto por letras e símbolos
soltos, dispostos numa só linha e fixados um a um;
b) O letreiro deve enquadrar-se no plano da varanda tendo em conta as suas
características de composição.
4 - No coroamento de edifícios será permitida a afixação de um único letreiro de
identificação, relativo a empresa que desenvolva a sua actividade no edifício, ocupe
pelo menos metade da área comercial do mesmo, nas seguintes condições:
a) A mensagem de identificação não se pode repetir em nenhum outro lugar do
edifício, salvo no rés-do-chão;
b) O projecto de intervenção deve detalhar os elementos estruturais de suporte e
justificar a solidez do conjunto, em especial perante a acção do vento.
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5 - Admite-se a colocação de um único letreiro de identificação por empena, não
podendo ser tangente, em nenhum ponto, aos limites desta.
6 - Admite-se a colocação de um único letreiro por cobertura desde que a actividade
a identificar ocupe no mínimo metade da área comercial do mesmo e quando
respeite as seguintes condições:
a) Quando colocado paralelamente ao plano da fachada sem sobressair
lateralmente dos seus limites;
b) Quando não exceda ¼ da altura maior da fachada;
c) A mensagem deve ter apenas uma linha de texto e as letras, sinais, figuras,
logótipos ou quaisquer outros motivos que a componham devem apoiar-se na
estrutura de forma independente.
7 - É permitida a colocação de letreiros em palas previstas no projecto de
arquitectura do edifício, devendo a mensagem de identificação ser colocada sobre a
superfície frontal da pala e deve ser formada por letras ou símbolos recortados e
sem fundo, ou pintados dentro do seu perímetro.
8 - É proibida a colocação de publicidade nas palas.
Artigo 14º Chapas
1 - Entende-se por chapa, todo o suporte de identificação, não luminoso, aplicado
em paramento, e cuja maior dimensão seja inferior ou igual a 0,60m.
2 - A instalação de chapas está sujeita às seguintes condições:
a) Admite-se a sua colocação no piso do rés-do-chão, em sobre-lojas, ou pisos
superiores;
b) Quando colocadas no rés-do-chão devem ser colocadas num dos paramentos
contíguos ao vão não ultrapassando a padieira ou, se for o caso, o nascimento
do arco.
Artigo 15º Tabuletas
1 - Entende-se por tabuleta, todo o suporte de identificação, fixado
perpendicularmente às fachadas dos edifícios, com duas faces.
2. A instalação está sujeita às seguintes condições:
a) Só se admite a sua colocação no rés-do-chão;
b) É permitida a fixação de uma só tabuleta por estabelecimento ou fachada
comercial;
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c) Nos edifícios onde existam galerias não é permitida a colocação de tabuletas
nas colunas,
d) O balanço não pode exceder metade da largura do passeio, nem ser superior
a 0,60m;
e) A dimensão máxima de qualquer lado do polígono que define a tabuleta não
pode exceder 0,60m;
f) As dimensões estabelecidas podem ser alvo de uma redução, nos termos da
alínea seguinte;
g) Na ausência de passeio, a colocação das tabuletas pode ser condicionada ou
interditada em função das características físicas e funcionais do espaço público;
Artigo 16º Pictogramas e grafismos
1 - Entende-se por pictogramas e grafismos, todas as inscrições ou colagens,
destinadas a veicular uma mensagem publicitária, de informação ou de identificação.
2 - Para efeitos do cálculo de taxas de publicidade, será contabilizada a área da
mensagem correspondente à publicidade, à identificação e à informação, não sendo
considerados os fundos meramente figurativos ou manchas de cor que não
contenham qualquer referência a marcas, produtos ou denominação social.
Artigo 17º
Toldos e sanefas 1 - Os toldos e sanefas constituem elementos de protecção contra agentes
climatéricos, de material flexível, e utilizados como suportes de identificação e
publicidade.
2 – Entende-se por toldo o elemento rebatível, composto por água e aba, aplicável a
vãos de portas, janelas e montras de estabelecimentos comerciais.
3 – Entende-se por sanefa um elemento vertical aplicável a arcadas ou vãos.
4 – A instalação de toldos e sanefas está sujeita às seguintes condições:
a) Os toldos e sanefas devem ser colocados nos vãos, não podendo ocultar
elementos decorativos;
b) Não é permitida a instalação de toldos em marquises ou em quaisquer outros
elementos salientes e fechados;
c) Nos toldos só são permitidas superfícies curvas quando o vão seja em arco;
d) A altura mínima do solo até à margem inferior das sanefas ou ferragens é de
2,20m;
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e) A saliência máxima, ou distância do plano da fachada do edifício ao extremo
do toldo, quando aberto, deve ser sempre igual ou inferior a 50% da largura do
passeio e nunca superior a 3m, quando o toldo se localize no rés-do-chão ou, a
1,50m, quando se localize nos pisos superiores;
f) Nas ruas pedonais, a saliência referida no número anterior não pode exceder
20% da largura da rua;
g) As cores, padrões, pintura e desenhos dos toldos e sanefas devem respeitar
os elementos envolventes e ser idênticos para todos os elementos do mesmo
tipo;
h) Na ausência de passeio, a colocação dos toldos pode ser condicionada ou
interditada em função das características físicas e funcionais do espaço público;
i) Nas zonas de salvaguarda os toldos devem ser de uma só água, sem sanefas
laterais e de cores neutras;
j) Só se permite a inscrição de publicidade nos toldos do rés-do-chão.
Artigo 18º Suportes de identificação colectivos
1 - Os suportes de identificação colectivos destinam-se a assinalar a localização de
um conjunto de actividades que decorram no mesmo local ou edifício.
2 - Só se admite a sua colocação no piso do rés-do-chão, e na proximidade do
acesso ao local onde decorre a actividade, quando se verifique que este apresenta
fraca visibilidade da via pública.
Artigo 19º Publicidade electrónica
1 - Entende-se por anúncio electrónico, todo o sistema computorizado de emissão
de mensagens ou imagens publicitárias com possibilidade de ligação a circuitos de
TV e vídeo.
2 - Os anúncios electrónicos, quando colocados sobre fachadas estão sujeitos às
seguintes condições:
a) Devem respeitar as mesmas condições de instalação dos letreiros, definidas
no artº13º;
b) A distância mínima entre o solo e a parte inferior do anúncio é de 2,20m.
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Artigo 20º Bandeiras, bandeirolas e pendões
1 - Entende-se por bandeira, todo o suporte publicitário ou de identificação
constituído por mastro e elemento flexível e oscilante.
2 - Entende-se por bandeirola todo o suporte publicitário ou de identificação,
constituído por mastro e suporte rígido para inscrição de mensagem.
3 - Entende-se por pendão, todo o suporte de identificação ou de divulgação de
eventos, composto por material flexível, fixo na sua parte superior e inferior.
4 – A instalação dos suportes mencionados nos números anteriores está sujeita às
seguintes condições:
a) Quando relativos a eventos os suportes devem ser removidos no prazo de 8
dias a contar do fim do evento a que dizem respeito;
b) Os suportes não podem ficar balançados sobre a faixa de rodagem;
c) A parte inferior do suporte não poderá distar menos de 3m ao solo.
Artigo 21º Lonas
1 - Entende-se por lona, todo o suporte publicitário de grandes dimensões, composto
por material flexível e destinado a suportar mensagens de identificação e
publicidade.
2. É permitida a colocação de lonas sobre empenas, andaimes, edifícios em
construção, grandes superfícies comerciais ou de serviços e equipamentos, desde
que ocupem a totalidade da superfície, e respeitem os seus limites.
Artigo 22º Painéis e MUPIS
1 - Entende-se por painel, todo o suporte publicitário constituído por moldura e
respectiva estrutura, estático ou rotativo (dispositivos multi-face).
2 - Entende-se por MUPI (Mobiliário Urbano de Publicidade e Informação), as
estruturas biface, dotadas de iluminação interior, concebidas para servir de suporte à
fixação de cartazes publicitários ou informativos.
3 – A instalação de painéis e Mupis está sujeita às seguintes condições:
a) A composição tridimensional da mensagem não pode comprometer a
funcionalidade, segurança e qualidade do espaço envolvente;
b) A composição deverá salvaguardar sempre a qualidade, funcionalidade e
segurança do espaço onde se insere, podendo a entidade licenciadora definir, a
19
todo o tempo, um suporte tipo para uniformizar os suportes utilizados no
concelho;
c) As superfícies de fixação da publicidade não podem ser subdivididas;
d) A área de exposição do Mupi deve ter as dimensões máximas de 1,75m por
1,20m;
e) A colocação de Mupis apenas é admissível em espaço público;
f) Os titulares das licenças de publicidade relativas a painéis, devem fixar no
respectivo suporte publicitário uma chapa de identificação onde conste o número
de licença e o ano corrente, constituindo a sua falta contra-ordenação;
g) A altura dos painéis deve ser sempre igual a 3m e a largura a múltiplos de 4
admitindo-se dimensões inferiores, desde que a decisão seja devidamente
fundamentada;
h) A iluminação, quando exista, deve ser colocada no limite superior do painel,
devendo adoptar-se uma solução uniforme e homogénea para todos os suportes
instalados na obra;
i) A estrutura de suporte dos painéis, não se pode manter no local sem
mensagem por mais de 10 dias seguidos ou 30 intercalados, sob pena de
caducidade do licenciamento.
4 - Admite-se a colocação de painéis nos seguintes locais:
a) Espaços livres, não classificados como RAN ou REN no Plano Director
Municipal, e desde que o terreno se encontre vedado de modo a que a estrutura
do suporte fique ocultada pela vedação;
b) Em vedações de obras particulares, a partir do momento em que se obtenha o
licenciamento da mesma, e desde que a estrutura do painel fique ocultada pela
vedação;
c) Em empenas de edifícios, na condição de não ser colocada qualquer estrutura
anexa e desde que o painel se encontre fixado directamente na empena.
5 - Admite-se a colocação de painéis monoposte de grandes dimensões nos
seguintes locais:
a) Em terrenos livres, não classificados como RAN ou REN no Plano Director
Municipal, e desde que não se encontrem nas proximidades de zonas
habitacionais ou de zonas escolares;
b) Em zonas industriais ou de serviços, e desde que não se encontrem nas
proximidades de zonas habitacionais ou de zonas escolares.
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Artigo 23º Cartazes
1 - Entende-se por cartaz, todo o suporte de carácter temporário, de papel ou tela,
de pequena ou média dimensão, destinado à divulgação de eventos.
2 - A entidade licenciadora definirá locais e promoverá suportes destinados à sua
afixação exclusiva, sendo expressamente interdita noutros locais públicos ou de uso
público.
3 - Quando colocados em espaço privados carecem de autorização pela entidade
licenciadora.
Artigo 24º Publicidade relativa a venda e arrendamento
1 - Entende-se por publicidade relativa a venda e arrendamento os cartazes
informativos contendo contacto do proprietário ou mediador da venda ou
arrendamento.
2 - Os cartazes que anunciem a venda ou arrendamento de locais situados no
edifício devem obedecer às seguintes condições:
a) Por cada fachada de piso só é permitido um só cartaz;
b) O cartaz deverá situar-se nos vãos arquitectónicos dos locais em questão;
c) Na mensagem só poderá constar a informação relativa ao logótipo da agência,
o objecto do anúncio e o telefone de contacto.
Artigo 25º Direccionadores
1 - Entende-se por direccionador, todo o suporte, mono ou biface, indicativo da
proximidade de actividades ou instalações, dividindo-se em dois tipos:
a) De identificação - quando destinados a actividades de interesse público
enquadráveis no Decreto Regulamentar 22-A/98 de 1 de Outubro e no Decreto
Regulamentar 41/2002 de 20 de Agosto;
b) De publicidade - sempre que contenham denominação social ou comercial, ou
logótipos.
2 - A sua definição e localização é da competência das entidades licenciadoras.
3 - A entidade licenciadora instalará e manterá um sistema de direccionadores de
publicidade, procedendo à instalação de postes para a sua colocação, e
disponibilizando as placas, mediante o pagamento da taxa prevista na Tabela
Municipal de Taxas e Outras Receitas do Município de Vila Nova de Gaia.
21
Artigo 26º Publicidade móvel
1 - Entende-se por publicidade móvel, as inscrições publicitárias ou de identificação
colocadas em veículos automóveis, reboques ou outros meios de locomoção, cujo
proprietário tenha residência, sede, delegação ou qualquer outra forma de
representação no Município de Vila Nova de Gaia.
2 - Sempre que seja emitida mensagem sonora será cobrada cumulativamente a
taxa aplicável.
3 - Para efeitos do cálculo de taxas será contabilizada a área da mensagem
correspondente à publicidade ou identificação, não sendo considerados os fundos
meramente figurativos ou manchas de cor que não contenham qualquer referência a
marcas, produtos ou denominação social.
Artigo 27º Insufláveis e meios aéreos
1 - Entende-se por insufláveis e meios aéreos todos os suportes publicitários aéreos
dirigidos ou controlados por meios próprios ou por ligação ao solo.
2 - Os suportes de mensagens publicitárias aéreos não podem invadir zonas sujeitas
a servidões militares ou aeronáuticas, excepto se a pretensão for prévia e
expressamente autorizada pela entidade com jurisdição sobre esses espaços.
Artigo 28º Publicidade sonora
1 - Entende-se por publicidade sonora, para efeitos de aplicação do presente
regulamento, toda a divulgação publicitária efectuada através da emissão de
mensagens sonoras.
2 - Só é permitida a difusão de publicidade sonora entre as 9 e 19 horas, devendo
ser sempre respeitados os limites impostos pela legislação aplicável a actividades
ruidosas, de modo a não perturbar o sossego e a tranquilidade pública.
CAPÍTULO IV
ELEMENTOS COMPLEMENTARES DE USOS E ACTIVIDADES
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Artigo 29º Mobiliário Urbano
1 - Os elementos de mobiliário urbano são equipamentos colocados em espaços
exteriores de uso público, tais como: candeeiros, abrigos de passageiros, marcos do
correio, cabines telefónicas, bancos, papeleiras, quiosques ecopontos, “molok” e
outros elementos de função urbana específica.
2 – A instalação dos equipamentos previstos no número anterior está sujeita às
seguintes condições:
a) Não podem ser utilizados como suporte para a exibição de mensagens
publicitárias de nenhum tipo, excepto quando se tratem de mensagens de
identificação relacionadas com os mesmos, ou quando tenham sido criados para
o efeito;
b) As suas características e instalação não deverão comprometer a
acessibilidade e a mobilidade nem constituir-se como barreira arquitectónica,
devendo a sua localização ser criteriosamente definida;
c) As referidas instalações não podem prejudicar a visibilidade, quer dos
condutores dos veículos quer dos peões.
3 - A localização e as características das diferentes instalações fixas é determinada
pela entidade licenciadora, através do plano municipal regulador, ou de um estudo
de localização.
Artigo 30º Expositores
1 - Entende-se por expositores as estruturas amovíveis destinadas a expor produtos
para venda.
2 - É proibida a instalação de expositores fixos ou sobrepostos às fachadas.
3 - É proibida a exposição de produtos que afectem a estética dos locais, e/ou
prejudiquem a circulação de peões.
4 - O titular da licença ficará encarregue da manutenção dos expositores, sob pena
de ser ordenada a sua remoção imediata.
5 - Os expositores devem ser desmontados após o encerramento do
estabelecimento comercial.
23
Artigo 31º Esplanadas
1 - Entende-se por esplanada todo o espaço de estar, e normalmente adstrito a
estabelecimentos de restauração e bebidas, no qual são colocadas mesas, cadeiras
e guarda-sóis para uso público.
2 - É permitida a instalação de esplanadas, de acordo com as regras consagradas
no número seguinte, quando sejam cumpridos os regulamentos aplicáveis em
matéria de ocupação da via pública, barreiras arquitectónicas e acessibilidades.
3 - A instalação de esplanadas obedece às seguintes regras:
a) As coberturas devem ser de material têxtil ou similar e suportadas por
elementos ligeiros, totalmente desmontáveis;
b) As protecções laterais deverão ser realizadas com recurso a floreiras ou
materiais transparentes;
c) Só podem ser instaladas coberturas quando a largura dos espaços públicos
onde a esplanada se localize for igual ou superior a 5m;
d) As mesas, cadeiras e restantes elementos auxiliares das esplanadas,
instalados na via pública ou visíveis a partir dela, devem possuir desenho, cor e
materiais que se harmonizem com a envolvente;
e) Na zona de salvaguarda os equipamentos referidos na alínea anterior deverão
ser de materiais nobres, tais como, madeira, aço inox, ferro, entre outros;
f) Os guarda-sóis na zona de salvaguarda deverão ser de cor única, neutra e da
gama dos brancos.
4 - O mobiliário e os elementos integrantes das esplanadas, poderão ser utilizados
como suportes de publicidade e identificação, nas seguintes condições:
a) A mensagem deve encontrar-se inscrita directamente sobre o mobiliário,
devendo as inscrições ter um carácter unitário em toda a instalação;
b) Só pode ser publicitada uma marca comercial por esplanada.
5 - É permitida a colocação de um suporte de informação, devendo o mesmo situar-
se dentro do perímetro autorizado para uso da esplanada.
Artigo 32º Equipamentos de venda e armazenagem de produtos
1 - Os equipamentos de venda e armazenagem de produtos são instalações que
põem à disposição do consumidor um determinado produto ou serviço.
2 - É permitida a instalação de máquinas de venda automática, arcas frigoríficas ou
semelhantes, nos vãos dos edifícios não classificados, quando não sobressaiam do
24
alinhamento dos elementos de encerramento, e desde que não tenham elementos
sonoros e luminosos, exceptuando-se os inerentes ao funcionamento das mesmas.
3 - Nos equipamentos pode figurar o nome ou logótipo do produto ou produtos que
aí se podem adquirir.
Artigo 33º Vitrinas
1 - Entende-se por vitrina todo o mostrador envidraçado ou transparente, colocado
junto à entrada dos estabelecimentos.
2 - É autorizada a colocação de vitrinas junto à entrada de estabelecimentos
comerciais que não possuam montras ou em estabelecimentos do ramo alimentar
para exposição de menus, devendo ser localizadas junto à entrada e de preferência
encastradas.
3 - Deve ser garantida uma integração equilibrada das vitrinas na fachada dos
edifícios, designadamente com as caixilharias existentes.
4 - O seu limite superior não pode ultrapassar a padieira dos vãos contíguos e o
balanço não pode exceder os 0,30m relativamente ao plano da fachada.
5 - As vitrinas podem ser utilizadas como suporte de identificação.
CAPÍTULO V USO EXCEPCIONAL DA PAISAGEM
Artigo 34º
Causas de interesse público que legitimam o uso excepcional 1 - O uso excepcional da paisagem urbana através da publicidade só se considera
legitimado se visar alcançar um dos seguintes objectivos considerados de interesse
público:
a) Reabilitação de um elemento patrimonial concreto, público ou privado;
b) Aplicação em campanhas de fomento ou em programas de melhoria da
paisagem urbana;
c) Financiamento de obras ou acontecimentos de interesse municipal.
2 - Nos casos previstos no número anterior é necessário que, previamente à
concessão da licença, seja aprovado o acto de abertura ao uso excepcional e
declarada a aprovação da campanha ou o interesse público da actividade.
25
3 - O uso excepcional da paisagem só será permitida quando estas não tiverem
como objectivo o lucro.
4 - No uso excepcional através da publicidade os suportes utilizados deverão
sempre conter indicação do motivo de interesse público que o motiva, devendo a
área reservada para esta informação, ocupar no mínimo 20% da área total de
exposição.
Artigo 35º Protocolo de Colaboração
1 - Entende-se por protocolo de colaboração o documento que formaliza o acordo
entre a entidade licenciadora, o promotor do uso excepcional e o proprietário do
local onde será feita a intervenção e que explicita as condições para a emissão da
licença.
2 - O protocolo de colaboração deverá conter a identificação das partes
intervenientes, o prazo de vigência, as determinações sobre a concessão da
autorização paisagística e a quantia fixada para a reparação do impacto paisagístico
provocado.
3 - Os protocolos e as autorizações concedidas para uso excepcional publicitário da
paisagem têm uma vigência temporalmente limitada sendo insusceptíveis de
prorrogação.
4 - O prazo do uso excepcional da paisagem urbana não pode ser superior a quatro
anos, nem ultrapassar os três meses posteriores à finalização do acontecimento que
o motiva.
5 - O protocolo deverá, ainda, respeitar as seguintes regras:
a) Reflectir o motivo de interesse público que justifica a sua celebração;
b) Explicitar os direitos que se conferem ao beneficiário, bem como as
respectivas obrigações;
c) Salvaguardar o compromisso de reparação do impacto paisagístico criado.
Artigo 36º Pedido e tramitação
1 - Os pedidos de autorização para o uso excepcional da paisagem urbana através
de actividades publicitárias em propriedade privada devem ser instruídos com:
a) Memória descritiva do projecto de intervenção, indicativa do fim pretendido
com a proposta e duração do uso excepcional;
b) Processo exigido no presente regulamento para actividades publicitárias;
26
c) Documento que comprove o consentimento de terceiros directamente
afectados;
d) Proposta em que se quantifique a reparação do impacto causado;
e) Uma apólice de seguro, quando exigido, que cubra os possíveis danos
resultantes da colocação e utilização dos elementos e suportes.
2 - A resposta aos pedidos de licenciamento de uso excepcional é da competência
da entidade licenciadora.
Artigo 37º Normas especiais para utilização do domínio público
1 - No caso de actividades publicitárias de uso excepcional, levadas a cabo em área
de domínio público, será adoptado o procedimento de licitação, que será regido
pelas normas especiais constantes do presente artigo.
2 - Os actos preparatórios e a adjudicação de actividades publicitárias de uso
excepcional em área de domínio público devem seguir o seguinte procedimento:
a) Aprovação da convocatória de concurso público para adjudicação de contrato
de patrocínio mediante a cedência de espaços publicitários públicos;
b) Publicação da convocatória no Diário da República e no jornal diário de maior
tiragem no Município;
c) Apresentação de propostas de patrocínios no prazo estabelecido na
convocatória;
d) Adjudicação pelo órgão que faz a convocatória, após informação favorável.
3 - Quando não se apresente nenhum candidato ao patrocínio, nos termos do
disposto no número 2 do presente artigo, o órgão responsável pela convocatória
pode negociar directamente o contrato de colaboração, após a apreciação do pedido
do promotor e a obtenção de informação favorável do órgão municipal com
competência em matéria de gestão paisagística.
Artigo 38º Licença
1 - A licença deverá ser emitida nas condições expressas no protocolo.
2 - O uso excepcional da paisagem urbana, definido no artigo 3º do presente
regulamento, carece de licenciamento, sem prejuízo do necessário licenciamento de
obras particulares, bem como das demais licenças legalmente exigíveis.
3 - A licença é obrigatória em todos os casos de uso excepcional da paisagem
urbana através da publicidade, quer esta se encontre instalada em propriedade
privada, quer em área do domínio público.
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4 - O termo do prazo previsto na autorização implica a caducidade do direito ao uso
excepcional.
Artigo 39º Cumprimento das condições do protocolo
1 - O promotor antes do início das obras necessárias à implementação da
intervenção pretendida, comunica as datas de início e de finalização das mesmas à
entidade licenciadora.
2 - Concluídas as obras mencionadas no número anterior, o órgão competente pela
fiscalização realiza as inspecções necessárias para comprovar a verificação das
condições estabelecidas no protocolo e propõe que se autorize o início do uso
excepcional da paisagem.
3 - No termo do prazo da autorização, o titular deve repor a seu cargo, sem
necessidade de qualquer notificação, a construção ou paisagem alteradas,
comunicando a finalização da operação de recuperação à entidade licenciadora, no
prazo de 7 dias.
Artigo 40º Nova licença
1 - Para a obtenção de uma nova licença deve ser formulado um novo pedido
através do procedimento estabelecido no presente regulamento.
2 - O facto do interessado ter sido titular de uma licença anterior não implica, em
caso algum, a existência de direitos adquiridos para a obtenção de uma nova
autorização.
TÍTULO VI
CONTRA-ORDENAÇÕES
Artigo 41º Disposição geral sobre infracções
Constitui contra-ordenação toda a acção ou omissão que viole as normas
estabelecidas no presente regulamento, e constitua violação do disposto no Decreto-
Lei n.º 330/90, de 23 de Outubro, com as alterações introduzidas pelos Decreto-Lei
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n.º 6/95, de 17 de Janeiro, e 275/98 de 9 de Novembro, bem como do disposto na
Lei 97/88, de 17 de Agosto.
Artigo 42º
Efectivação de responsabilidades 1 - A infracção às disposições do presente Regulamento dá lugar:
a) À reposição do estado original da situação alterada;
b) À indemnização pelos danos e prejuízos causados ao município;
c) À imposição de sanções, sem prejuízo da cobrança das taxas estabelecidas
para o efeito;
d) À execução forçada das obrigações que tenham sido ignoradas pelo
responsável, podendo ser ordenada a remoção imediata de qualquer instalação
de uso da paisagem urbana, bem como das instalações consideradas
clandestinas pelo presente regulamento.
2 - A execução forçada referida na alínea d) do número anterior, terá lugar nos
termos do disposto nos artigos 8º e 9º da Lei n.º 97/88, de 17 de Agosto, de acordo
com o seguinte procedimento:
a) Detectada a afixação ou inscrição de publicidade no domínio público em
violação do disposto no presente regulamento a entidade licenciadora pode, por
si mesma ou com recurso a terceiros, promover a respectiva remoção, bem
como a dos respectivos suportes ou materiais;
b) No caso de afixação ou inscrição de publicidade em propriedade privada, o
infractor é notificado para proceder à sua remoção, no prazo máximo de 3 dias;
c) Se, no caso previsto na alínea anterior, o infractor não for identificável haverá
lugar à afixação de editais, pelo mesmo período, nos Paços do Concelho de Vila
Nova de Gaia;
d) Após o decurso do prazo previsto para remoção voluntária a Câmara
Municipal pode, por si mesma ou com recurso a terceiros, promover a remoção
da publicidade e dos respectivos suportes ou materiais;
e) Os trabalhos de remoção serão realizados a expensas do infractor,
considerando-se perdidos a favor do Município todos os materiais apreendidos;
f) As quantias relativas às despesas geradas com os trabalhos de remoção,
quando não pagas voluntariamente pelo infractor no prazo de 20 dias a contar da
notificação para o efeito, serão cobradas coercivamente, servindo de título
executivo a certidão passada pela entidade licenciadora comprovativa das
despesas efectuadas;
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g) A entidade licenciadora não poderá ser responsabilizada por eventuais danos
que possam advir do acto de remoção;
h) Os funcionários incumbidos de proceder à remoção gozam de protecção,
competindo às autoridades policiais disponibilizar os meios e materiais
adequados;
i) Quando necessário, para efeitos da boa execução da operação de remoção,
a entidade licenciadora pode tomar posse administrativa do respectivo prédio
nos termos do disposto no artigo 107º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de
Dezembro;
j) O acto administrativo que tiver determinado a posse administrativa é
notificado aos titulares de direitos reais sobre o prédio, de acordo com as
disposições legais aplicáveis;
k) A posse administrativa tem lugar mediante a elaboração do respectivo auto
que, para além de identificar o prédio, indicará necessariamente os titulares
conhecidos de direitos reais sobre o mesmo, a identificação do acto
administrativo legitimador da intervenção e a descrição sumária dos meios de
publicidade a ser removidos e das construções existentes;
l) A posse administrativa mantém-se durante todo o período em que
decorrerem os trabalhos de remoção, caducando automaticamente após o termo
da operação.
Artigo 43º Responsáveis
1 - São responsáveis pelas infracções previstas no presente Regulamento:
a) Em caso de obras, o proprietário, o construtor e o técnico responsável pela
execução técnica da obra, nos termos estabelecidos na legislação urbanística;
b) Em caso de defeitos de conservação ou adaptação, o proprietário do imóvel
ou, nos edifícios em regime de propriedade horizontal, o condomínio, o
proprietário ou ocupante que impedir a realização das obras;
c) No caso de actividades publicitárias, o anunciante, a agência de publicidade
ou qualquer outra entidade que exerça a actividade publicitária, o titular do
suporte publicitário ou o respectivo concessionário, bem como o proprietário ou
possuidor do prédio onde a publicidade tenha sido afixada ou inscrita, bem como
qualquer outro interveniente na emissão da mensagem publicitária;
d) Na realização de usos proibidos a empresa instaladora, ou a pessoa singular
ou colectiva que realize a obra ou instalação, sem licença ou autorização
prévias, ou com infracção das condições estabelecidas, bem como a empresa
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promotora ou a que beneficie directamente da obra ou instalação, o proprietário
do edifício ou do terreno em que se encontre instalada a obra ou instalação, o
director técnico da instalação e, em qualquer outro caso, o agente da infracção e
o proprietário do imóvel ou da instalação, se este a tiver consentido.
2 - Os infractores referidos no número anterior são solidariamente responsáveis
pelos prejuízos causados a terceiros, incluindo os resultantes da remoção, embargo,
demolição ou reposição da situação anterior.
3 - Os anunciantes de publicidade não são considerados responsáveis caso provem
não ter tido prévio conhecimento da actuação infractora.
Artigo 44º Contra-ordenações
1 - Constituem contra-ordenações:
a) A afixação e inscrição de mensagens publicitárias em bens ou espaços
afectos ao domínio público, ou deles visíveis, sem licença municipal;
b) A inscrição ou afixação de mensagens publicitárias em veículos automóveis
ou outros meios de locomoção que circulem na área do Município, sem licença
municipal;
c) A não afixação, no suporte publicitário respectivo, de chapa, de acordo com o
estabelecido na alínea f) do artigo 22º;
d) A divulgação publicitária sem a necessária autorização da Câmara Municipal
quando a ela haja lugar;
e) O desrespeito dos actos administrativos que determinem a remoção da
publicidade ilegal, a posse administrativa, o embargo, a demolição de obras ou a
reposição do terreno.
2 - As contra-ordenações previstas nas alíneas a) e e) do número anterior são
puníveis com coima graduada de um salário mínimo nacional até ao máximo de 10
vezes o salário mínimo nacional.
3 - A contra-ordenação prevista na alínea b) do número anterior é punível com coima
graduada de 50% do salário mínimo nacional até ao máximo de 8 vezes o salário
mínimo nacional.
4 - As contra-ordenações previstas nas alíneas c) e d) do número anterior é punível
com coima graduável de 20% do salário mínimo nacional até ao máximo de 5 vezes
o salário mínimo nacional.
5 - Em caso de reincidência os limites previstos nos números anteriores são
elevados para o dobro, nos termos legais.
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6 - A tentativa e a negligência são puníveis.
7 - Em caso de negligência, os montantes mínimos e máximos previstos nos
números anteriores podem ser reduzidos a metade.
Artigo 45º Sanções Acessórias
1 - Sem prejuízo do disposto no artigo anterior podem ainda ser aplicadas as
seguintes sanções acessórias:
a) Apreensão de objectos pertencentes ao agente e utilizados na prática da
infracção;
b) Interdição temporária de exercer a actividade publicitária no Município, até um
máximo de dois anos;
c) Privação do direito a subsídio ou benefício outorgado por entidades ou
serviços públicos;
d) Encerramento temporário das instalações ou estabelecimentos onde se
verifique o exercício da actividade publicitária, bem como o cancelamento de
licenças ou alvarás.
2 - As sanções acessórias previstas nas alíneas b), c) e d) do número anterior só
podem ser aplicadas em caso de dolo na prática das correspondentes infracções.
3 - As sanções acessórias previstas nas alíneas c) e d) do número 4 têm a duração
máxima de dois anos.
Artigo 46º Graduação de sanções
1 - A graduação das sanções atenderá aos seguintes critérios:
a) Gravidade da infracção;
b) Prejuízo causado aos interesses gerais;
c) Benefício obtido;
d) Grau de culpa;
e) Reincidência;
f) Capacidade económica do infractor.
2 - Na fixação das multas atender-se-á ao facto da prática da infracção não resultar
mais benéfica para o infractor que o cumprimento das normas infringidas.
32
CAPÍTULO VII ISENÇÕES
Artigo 47º Isenções
Estão isentos de licenciamento de publicidade ou identificação:
a) Os dizeres que resultem de disposição legal;
b) A indicação da marca, do preço ou da qualidade colocada nos artigos à venda;
c) Os distintivos de qualquer natureza, destinados a indicar nos estabelecimentos
onde estejam apostos, que se concedem regalias inerentes à utilização de sistemas
de crédito ou de outros análogos;
d) As montras, vitrinas ou mostradores de estabelecimentos comerciais ou
industriais que não entestem com a via pública;
e) Os anúncios destinados à identificação da localização de farmácias e serviços
públicos de saúde, quando não incluam qualquer expressão individualizadora;
f) As formas de propaganda político-partidária e sindical;
g) Todas as restantes situações previstas na legislação em vigor.
CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Artigo 48º
Norma revogatória 1 - É revogado o Regulamento Municipal de Publicidade de Vila Nova de Gaia
publicado em Diário da República, Apêndice nº33 – IIª série nº62 de 14 de Março de
2001.
2 - São, igualmente, revogadas as normas de outros regulamentos municipais que
se oponham ou sejam incompatíveis com o presente Regulamento.
Artigo 49º Remissões
As remissões feitas para os preceitos que, entretanto, venham a ser revogados ou
alterados, consideram-se automaticamente transpostas para os novos diplomas.
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Artigo 50º Entrada em vigor
O presente Regulamento entra em vigor após sua publicação nos termos legais.
Artigo 51º Disposições transitórias
As mensagens publicitárias e os usos privados da paisagem deverão ser adaptados
às condições estabelecidas no presente regulamento até 31 de Dezembro de 2010.
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