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Introdução
Esfregaço, exame a fresco de matéria orgânica (células vivas) na qual as
mesmas são preparadas em lâmina de vidro. Tal procedimento requer uma
preparação específica para cada tipo de matéria orgânica que será examinada
e para qual propósito se dedica, cabendo ao examinador escolher a melhor
forma de fixar as células em análise na lâmina.
Neste método de análise foram atribuídos dois métodos distintos de fixação da
matéria orgânica (células bacterianas provenientes da língua e tecido epitelial
de revestimento da mucosa bucal), a fixação pelo calor (fixação física) e a
fixação por reagentes químicos (fixação química).
Objetivo
Objetivo Geral: Visualizar, identificar, caracterizar e ilustrar células da mucosa
bucal e bactérias provenientes da língua.
Objetivo Específico: Visualizar na objetiva 5x, identificar, caracterizar e ilustrar
na objetiva de 40x o tecido epitelial pavimentoso não queratinizado das células
epiteliais da mucosa bucal
Visualizar na objetiva de 5x, identificar, caracterizar e ilustrar na objetiva de 40x
as bactérias provenientes da língua.
Materiais e Reagentes
Lâminas e Lamínulas
Cotonetes
Bico de Bunsen
Álcool 70%
Álcool 95%
Violeta Genciana
Safranina
Papel Filtro
Conta Gotas
Becker 250 ml
Microscópio Óptico ou de Luz
Água da torneira
Procedimentos
1. Antes de ser iniciado o procedimento deve-se ocorrer a identificação da
lâmina,para que não ocorra dúvida em questão do lado que foi feito o
procedimento e troca da sua lâmina com um colega.Com um cotonete
em mãos proceder à captação de células bacterianas da região superior
da língua,essa captação foi feita através de esfregaço,ou
seja,esfregando o cotonete na parte superior da língua, (região esta
escolhida devido à grande presença de bactérias provenientes do seu
constante contato com meio externo do corpo, através da fala e da
ingestão de alimentos).
2. Espalhar levemente o material coletado na lâmina, fazendo para isso
movimentos em sentido único, da direita para a esquerda ou o oposto e
em duas camadas,não podendo ocorrer o erro de passar o cotonete
duas vez no mesmo lugar,pois assim não ocorrerá o acumulo de células.
preferência cobrindo a área a ser visualizada e deixando um espaço
para possíveis manuseios da lâmina;
3. Fixe-o pelo calor, passando a lâmina na chama de um bico de bunsen,
exatamente três vezes com a amostra virada para cima e em
movimentos rápidos para que não aqueça de mais.
4. Novamente com um cotonete, esfregue a parte interna da bochecha e,
depois,passe sobre a região da lâmina em que previamente foi colocado
o material coletado da língua;
5. Mergulhar a lâmina em álcool 70% para fixar as células;
6. Coloque uma gota de corante (violeta genciana, que tem como
finalidade corar organelas basófilas, ou seja, organelas ácidas que
reagem a substâncias (no caso o corante) básicas colorindo-o com um
tom bem forte, como por exemplo, o núcleo das células que contém
ácidos nucléicos) sobre o material e aguarde 3 minutos. De preferência
aguarde com a lâmina na posição horizontal evitando o escorrimento do
corante.
7. Remova o corante, passando a lâmina em um pequeno fluxo de água
corrente. A lâmina deverá estar na posição vertical, para que o material
contido nela não seja despejado juntamente com corante;
8. Remover o excesso de corante em álcool 95% rapidamente. Mergulhar a
lâmina no álcool;
9. Lave em água rapidamente;
10.Cubra a lâmina com safranina (outro tipo de corante, porém utilizado
para corar organelas acidófilas, ou seja, organelas básicas que reagem
a substâncias ácidas, como por exemplo, o citoplasma) por 1 minuto.
Este terá um tom bem mais leve em relação ao núcleo;
11.Lave novamente com água corrente;
12.Coloque sobre a chapa de aquecimento por alguns segundos,até que
seque completamente a lâmina que será observada ao microscópio;
13.Decorrida a focalização correta das células presentes na lâmina,
proceder para a observação em 40x, de um determinado grupo de
células;
14.Realizar a ilustração da área visualizada na objetiva, em papel
adequado e colorir a ilustração exatamente como visualizado na lâmina;
15.Após, proceder para a visualização na objetiva de imersão 100x, para
isso faça a retirada da lâmina do microscópio (sem alterar o foco) e
pingar uma gota do óleo utilizado para imersão da objetiva;
16.Realizar a ilustração da área visualizada na objetiva.
Resultados e Discussão
Durante o início da visualização ao microscópio óptico ou de luz na objetiva 5x,
notou-se de imediato a possibilidade de visualização do núcleo das células
epiteliais da bochecha, isso devido ao destaque da forte cor presente (violeta
escuro). Notou-se também um agrupamento, já esperado, das células epiteliais
comprovando assim o seu “formato” ou, tipo de tecido ser considerado um
epitélio de revestimento estratificado (por conter várias camadas de células)
pavimentoso não-queratinizado (representa que o tecido faz parte de uma área
que reveste cavidades úmidas).
À proporção que foi mudando-se de objetiva de 5x para 10x e
consequentemente para 40x, notou-se uma pequena diferença entre os
núcleos observados, no qual alguns deles encontravam-se no formato
arredondado e outros mais alongados. Tal diferenciação é devida à forma do
desenvolvimento da célula, pois quanto mais alongada for a célula mais
alongado será o seu núcleo, esta particularidade é ocasionada pela
característica do núcleo seguir o crescimento da célula, dando assim a
aparência de um “bastão” quanto este encontra-se em uma célula prismática
e/ou um circulo quando encontra-se em uma célula de formato cúbico. Contudo
tal observação só pôde ser fundamentada com um aprofundamento dos
assuntos em bibliografias do gênero, pois mesmo com a coloração do núcleo e
do citoplasma serem bem diferenciadas, alguns núcleos encontravam-se muito
próximos uns do outros e de imediato cogitar-se-ia a não presença de
membranas plasmática as delimitando, mas como tal fato é infundado nota-se
que pelo fato das células serem unidas por junções celulares, e estas por sua
vez estabelecidas através das membranas, percebe-se que o fator que
influencia a não possibilidade de sua visualização é além da não coloração da
mesma a não focalização proporcionada pelo microscópio, ou seja, a
capacidade de visualização do microscópio de luz “zoom” não esta a nível de
estruturas tão microscópicas, podendo diferenciar apenas as membranas não
justapostas (uma ao lado da outra).
Ao proceder para a objetiva 100x pode-se visualizar alguns microorganismos,
bactérias da língua, porém não com tanta perfeição quanto à visualização das
células epiteliais.
Conclusão
O objetivo desta prática foi realizado com pleno êxito. Ocorrendo apenas
alguns erros durante a realização do foco, devendo esta falha estar vinculada a
algum defeito no microscópio óptico ocasionado por mau uso ou falta de
manutenção.
Referências bibliográficas
JUNQUEIRA, Luiz C.; CARNEIRO, José. Histologia Básica. 11. ed. Rio de
Janeiro, Guanabara Koogan, 2008. 66p.
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