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RELATÓRIO ANUAL 2017
www.bnu.com.mo
2 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
3 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
ÍNDICE
ECONOMIA DE MACAU ........................................................................................ 5
PRINCIPAIS ACTIVIDADES DO BNU .................................................................... 7
Estrutura da Demonstração de Resultados ................................................................... 8
Margem Financeira .......................................................................................... 8
Outros Proveitos .............................................................................................. 8
Produto Bancário ............................................................................................. 9
Custos Operacionais ................................................................................................... 10
Provisões .................................................................................................................... 10
Evolução do ROA, ROE e Rácio de Eficiência ............................................................ 10
Proposta de Aplicação de Resultados ......................................................................... 11
Estrutura do Balanço ................................................................................................... 11
Activos do Banco ........................................................................................... 11
Passivos do Banco ........................................................................................ 12
Rácio de Solvabilidade ................................................................................................ 13
ACTIVIDADE ........................................................................................................ 15
Banca de Retalho ........................................................................................................ 15
Banca Privada e Clientes Institucionais ....................................................................... 16
Banca de Empresas .................................................................................................... 17
Banca de Empresas de Jogo e Hotelaria..................................................................... 17
Agência de Hengqin .................................................................................................... 18
Cartões ....................................................................................................................... 19
Marketing .................................................................................................................... 20
Responsabilidade Social Corporativa .......................................................................... 22
Recursos Humanos ..................................................................................................... 25
Banca Telefónica ......................................................................................................... 25
Organização e Sistemas ............................................................................................. 26
Tesouraria ................................................................................................................... 27
Organização e Procedimentos .................................................................................... 27
Compliance ................................................................................................................. 28
Auditoria ...................................................................................................................... 29
Controlo Financeiro e Desenvolvimento Corporativo ................................................... 29
Operações ................................................................................................................... 30
Aquisição e logística .................................................................................................... 30
Gestão de Risco .......................................................................................................... 33
Gestão do Risco de Crédito......................................................................................... 36
ÓRGÃOS SOCIAIS ............................................................................................... 37
4 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .................................................................... 38
ACCIONISTAS COM PARTICIPAÇÃO QUALIFICADA ........................................ 41
PARTICIPAÇÕES ................................................................................................. 41
PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS ..................................................... 41
Informação Corporativa ............................................................................................... 41
Bases de Apresentação .............................................................................................. 42
Reconhecimento de Receita........................................................................................ 42
Empréstimos e Adiantamentos a Clientes ................................................................... 43
Carteira de Títulos e Acções ....................................................................................... 43
Provisões para Risco País .......................................................................................... 44
Instrumentos Financeiros Derivados Extrapatrimoniais ............................................... 44
Imóveis e Equipamento ............................................................................................... 45
Locação ...................................................................................................................... 46
Imparidade .................................................................................................................. 47
Fiscalidade .................................................................................................................. 47
Moeda Estrangeira ...................................................................................................... 48
Benefícios dos Colaboradores ..................................................................................... 49
Provisões .................................................................................................................... 50
Caixa e Equivalentes de Caixa .................................................................................... 50
PARECER DOS AUDITORES .............................................................................. 51
PARECER DO FISCAL ÚNICO ............................................................................ 52
CONTACTOS MAIS IMPORTANTES ................................................................... 53
5 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
ECONOMIA DE MACAU
Em 2017, a economia de Macau reverteu a tendência negativa dos anos 2014/16 e
registou um crescimento real de 9,1%, assinalando três trimestres consecutivos de
aumento do Produto Interno Bruto (PIB).
Como resultado desta evolução, o PIB per capita atingiu as 603.621 Patacas. As receitas
do sector do jogo continuaram a sustentar o crescimento do PIB em 2017. Também o
desenvolvimento de algumas actividades sustentáveis de alto valor, nomeadamente a
MICE (reuniões, incentivos, conferências e exposições) têm vindo a representar um
importante contributo na economia de Macau. No entanto, dependem fortemente de
factores externos, como o número de turistas que chegam a Macau e os montantes que
gastam, especialmente os da China Continental e de Hong Kong. Em 2017, registou-se
um aumento anual de 5,4% nas chegadas de visitantes.
Adicionalmente, no período dos últimos onze meses terminado em 30 de Novembro de
2017, o Governo da RAE de Macau registou um excedente orçamental de 27.872,8
milhões de Patacas. A taxa média de desemprego registada, em 2017, foi de 2,0%, um
ligeiro aumento face a 1,9% registado no ano anterior, confirmando-se uma situação de
pleno emprego em Macau, o que resulta numa maior pressão em termos do aumento de
salários e em maiores dificuldades, por parte das empresas, em obter e manter os
recursos humanos. Simultaneamente, a taxa de inflação caiu para 1,23% em 2017,
reflectindo um abrandamento do custo de vida.
Nesta conjuntura económica, apesar da forte concorrência no mercado, o sector bancário
em Macau continuou a ter um desempenho estável.
6 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
7 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
PRINCIPAIS ACTIVIDADES DO BNU
O Banco Nacional Ultramarino, S.A. (BNU) representa o Grupo CGD em Macau,
continuando a desenvolver a sua actividade de banca comercial e, simultaneamente, a
ser um dos dois bancos com responsabilidade pela emissão de moeda em Macau.
Apesar da situação económica menos favorável que Macau atravessou até ao final de
2016, e também ao aumento da competitividade nos spreads das taxas de juro no sector
bancário, o BNU continuou a registar um bom desempenho em termos de solvabilidade,
liquidez e rentabilidade.
O crédito concedido a clientes particulares e empresas foi o principal factor impulsionador
do crescimento da carteira de crédito, a qual registou um crescimento de 2,8% e 16,0%,
respectivamente.
A queda de 8,0% registada nos depósitos de clientes resultou da diminuição dos
depósitos de clientes institucionais com custos mais elevados, de modo a reduzir o custo
dos fundos, enquanto os depósitos da banca de retalho cresceram 14,3% em 2017.
Como consequência, em 2017, o rácio de transformação atingiu os 60,8% (2016: 51,2%).
Em 2017, a margem financeira do BNU registou uma ligeira diminuição anual de 1,5%,
devido à queda inesperada das taxas de juro HIBOR e MIBOR e ao aumento registado no
diferencial entre LIBOR/HIBOR, o qual teve um impacto no aumento dos custos dos
swaps de moeda, devido à liquidez colocada em USD, principalmente em depósitos e
títulos.
Apesar da melhoria geral na fidelização dos clientes e do aumento da venda cruzada de
produtos, registou-se uma queda de 4,5% nas comissões recebidas, principalmente
relacionadas com a rede CUP.
O rácio de crédito vencido diminuiu de 0,97% em 2016 para 0,95% em 2017, enquanto a
cobertura do crédito vencido com mais de 90 dias por provisões totais, atingiu 147,6% no
final de 2017.
O rácio de solvabilidade ascendeu a 17,8% em 2017, uma melhoria de 2,5 p.p. quando
comparado com o ano de 2016.
8 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
Estrutura da Demonstração de Resultados
Margem Financeira
Em 2017, a margem financeira diminuiu em 1,5%, ascendendo a 771,6 milhões de
Patacas, uma queda de 12 milhões de Patacas em relação ao valor de 783,6 milhões de
Patacas registados em 2016.
A prime rate manteve-se inalterada em 5,25% ao longo do ano.
A diminuição na margem financeira deveu-se principalmente à queda inesperada das
taxas de juro HIBOR e MIBOR e ao aumento registado no diferencial entre
LIBOR/HIBOR, o qual teve um impacto negativo significativo no aumento dos custos dos
swaps de moeda, devido a grande parte da liquidez do Banco estar colocada em USD,
principalmente em depósitos e títulos.
Outros Proveitos
Os outros proveitos, incluindo proveitos das operações financeiras, cresceram 32,4% em
2017, situando-se em 337,2 milhões de Patacas, um incremento de 82,5 milhões de
Patacas em relação ao valor de 2016.
Os principais componentes desta rubrica são os seguintes:
9 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
Os proveitos das operações financeiras que registaram um decréscimo de 14,7%
reflectindo uma redução nos resultados em moeda estrangeira;
As comissões líquidas e proveitos líquidos registaram um decréscimo de 12,4%,
devido, principalmente, a uma redução nas comissões relativas a empréstimos
sindicados e ao negócio de acquiring nas ATM’s;
As receitas de outros serviços bancários cresceram 432,7%, devido principalmente à
venda de uma das propriedades do Banco para a mudança de localização de uma
agência.
As comissões líquidas, acrescidas dos proveitos líquidos de outras operações bancárias,
representaram 88,9% dos outros proveitos (2016: 83,9%), enquanto que os proveitos das
operações financeiras representaram 10,4% dos outros proveitos (2016: 16,1%).
Produto Bancário
O Produto Bancário, que inclui a margem financeira e os outros proveitos, aumentou
6,8%, totalizando 1,109 milhões de Patacas em 2017, um acréscimo de 70,5 milhões de
Patacas, quando comparado com o exercício anterior.
2017 2016
69,575,4
27,3
20,6
3,24,0
Net Operating Income Structure(%)
Net Interest Income Net Commissions & Other Income Income from Financial Operations
30,5 24,6
Estrutura do Produto Bancário
MargemFinanceira
Comissões Liquidase Outros Proveitos
Resultado em OperaçõesFinanceiras
10 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
Custos Operacionais
Os custos operacionais, que incluem amortizações, cresceram 2,1% em 2017. Neste
contexto, os custos operacionais aumentaram 7,4 milhões de Patacas em 2017,
totalizando 364,2 milhões de Patacas.
Os principais componentes dos custos operacionais são os seguintes:
Os custos com o pessoal diminuíram 0,5%, totalizando 206,4 milhões de Patacas,
reflectindo um forte controlo nestes custos;
Os fornecimentos e serviços de terceiros, apesar do controlo de custos mais rigoroso
aplicado na adjudicação de contratos, registaram um acréscimo de 6,0%, atingindo
99.7 milhões de Patacas, devido, principalmente, à abertura de duas agências, uma
em Junho de 2016 e outra no final do mesmo ano;
As amortizações registaram um acréscimo de 4,5%, atingindo os 56,7 milhões de
Patacas.
Provisões
As provisões líquidas atingiram, em 2017, 38,8 milhões de Patacas, um valor inferior em
3,4 milhões de Patacas ao registado em 2016, devido à menor produção de novas
operações de crédito, quando comparado com o exercício anterior.
O crédito vencido com mais de 90 dias correspondeu, em 2017, a 0,95% do total da
carteira de crédito (2016: 0,97%).
O grau de cobertura do crédito vencido por provisões atingiu 147,6% (2016: 145,8%).
Evolução do ROA, ROE e Rácio de Eficiência
Em 2017, a rendibilidade dos capitais próprios foi de 11,5% (2016: 11,3%) e a
rendibilidade do activo, em 2017, atingiu 0,9% (2016: 0,8%). O Rácio de Eficiência foi de
32,9%, registando uma ligeira melhoria quando comparado com 2016.
11 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
Proposta de Aplicação de Resultados
Nos termos legais e estatutários, propõe-se para aprovação da Assembleia Geral Anual
que o lucro líquido de 616.307.566,46 Patacas seja aplicado da seguinte forma:
Para reserva legal, de acordo com o artigo 60 do Regime Jurídico do Sistema
Financeiro de Macau: 123.261.513,29 Patacas;
Para distribuição de dividendos aos accionistas: 308.153.783,23 Patacas;
Remanescente para reservas livres: 184.892.269,94 Patacas.
Estrutura do Balanço
Activos do Banco
Em 2017, a estrutura financeira do BNU manteve-se sólida, apresentando um nível
adequado de liquidez, rendibilidade e eficiência.
Os activos totais que, em 31 de Dezembro de 2017, eram de 66.600 milhões de Patacas,
registaram um decréscimo de 2,7%, quando comparado com o exercício anterior. O total
do crédito concedido, líquido de provisões para crédito vencido, registou um acréscimo de
2017 2016
11,5% 11,3%
0,9% 0,8%
32,9%34,4%
Evolução do ROE, ROA e Rácio de Eficiência
Return on Equity (Average) Return on Assets (Average) Cost to Income Ratio (Including Depreciations)Rendibilidade dos Capitais Próprios (ROE)
Rendibilidade doActivo Líquido (ROA)
Rácio de Eficiência (incluído Amortizações)
12 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
9,2%, atingindo 28.400 milhões de Patacas, representando 42,7% do total dos activos
(2016: 38,1%).
Os investimentos do Banco em obrigações representam 7,5% dos activos totais, com um
saldo de 5.000 milhões de Patacas a 31 de Dezembro de 2017, um aumento de 21,0%
quando comparado com o ano anterior.
O total das aplicações interbancárias totalizou 18.800 milhões de Patacas, um
decréscimo de 25,0% quando comparado com 2016.
Passivos do Banco
Em 31 de Dezembro de 2017, o total dos depósitos de clientes atingiu 47.200 milhões de
Patacas, o que corresponde a um decréscimo de 8,0% em relação ao exercício anterior,
principalmente como resultado da diminuição dos depósitos de clientes institucionais com
taxas de juro mais elevadas (-15,9%), enquanto os depósitos da banca de retalho
cresceram 14,3%.
Em 2017, o rácio de transformação atingiu os 60,8% em 2017 (2016: 51,2%).
29,0%
42,7%
28,3%
66,6 MM Patacas %
Estrutura do Activo
13 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
Os depósitos à ordem e de poupança representavam 53,6% dos depósitos totais (2016:
43,7%) e aumentaram 12,8% em 2017. Os depósitos a prazo representavam 46,3% dos
depósitos totais (2016: 56,3%), e diminuíram 24,3% em 2017.
Dada a sua posição de elevada liquidez, o Banco recorre muito raramente ao mercado
interbancário para financiar a sua actividade.
Os Recursos de Instituições de Crédito totalizaram 2.800 milhões de Patacas, um
acréscimo de 58,7% face a 2016, representando apenas 4,1% do total do passivo e
Capitais Próprios.
Rácio de Solvabilidade
Os fundos próprios eram, a 31 de Dezembro de 2017, de 6.316 milhões de Patacas,
(2016: 5.852 milhões de Patacas). O Rácio de Solvabilidade foi de 17,8% em 2017, uma
melhoria de 2,5 p.p. quando comparado com 2016. O rácio foi calculado de acordo com a
Circular datada de 7 de Outubro de 2015, emitida pela AMCM com o título de Rácio de
Solvabilidade, com o Aviso No. 011/2015.
10,4%
14,1%
0,5%
70,9%
4,1%
em %
66,6 MM Patacas
Estrutura do Activo
14 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
15 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
ACTIVIDADE
O BNU continuou a aproveitar as oportunidades resultantes do desenvolvimento
económico de Macau nos últimos anos. De facto, o BNU continuou a expandir-se,
desenvolvendo novos produtos e serviços que terão um impacto muito significativo no
desenvolvimento da actividade do Banco nos próximos anos.
Através da abertura da agência de Hengqin, o BNU continua a promover e apoiar o
relacionamento entre a República Popular da China e os países de língua portuguesa,
com especial destaque na internacionalização do RMB nos países lusófonos.
Adicionalmente, a agência de Hengqin ajuda a satisfazer as necessidades estratégicas
dos clientes, não só dos empresários de Macau com operações comerciais na região de
Guangdong, mas também dos clientes que estão a investir em propriedades na China
Continental.
Tal como nos anos anteriores, em 2017, sob a orientação de Team Leaders, as acções
definidas no “Plano de Acção” (PDA) têm estado a ser desenvolvidas e implementadas
progressivamente, verificando-se um impacto significativo na actividade do Banco no
corrente ano e nos próximos anos.
Banca de Retalho
2017 foi um ano de evolução adicional para a Banca de Retalho. Além dos produtos e
serviços de consumo tradicionais, foi dado ênfase aos produtos de consumo, com um
enorme sucesso. Foram estabelecidas parcerias com mais casas de gestão de activos,
proporcionando aos clientes escolhas mais amplas de Fundos de Investimento, além de
aumentar a receita de comissões para o Banco. O Serviço Online de Negociação de
Acções foi melhorado com a ferramenta “Financiamento de Acções”, a qual pode facilitar
aos clientes a melhor gestão dos seus investimentos.
16 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
Com o objectivo de proporcionar sempre aos clientes uma experiência de qualidade, o
projecto de remodelação e mudança das agências continuou; a implementação do
workflow electrónico para os Empréstimos Hipotecários simplificou e melhorou o processo
de aprovação. Para melhor servir as necessidades dos segmentos de clientes Gama Alta,
o Banco lançou o novo cartão de crédito Visa Infinite, que oferece benefícios e privilégios
exclusivos.
Em 2018, para dar resposta ao crescimento do negócio e para continuar com o objectivo
de acrescentar valor aos clientes, o Banco abrirá uma nova agência e relocalizar uma
agência na Taipa que apresentará uma imagem inovadora. Será implementada a
actualização do Sistema de Caixa para reforçar ainda mais o apoio às necessidades de
desenvolvimento de negócio.
Banca Privada e Clientes Institucionais
Em 2017, o Private Banking continuou a concentrar-se no desenvolvimento de negócios e
melhoria do relacionamento, oferecendo aos clientes uma variedade de soluções
financeiras, tais como Fundos de Investimento, Serviços de Custódia Financeira,
Administração Discricionária de Activos, Negociação de Títulos e produtos de banca
privada concebidos à medida.
Com a extensa rede global do Grupo CGD, a Banca Privada e Clientes Institucionais
oferece aos seus clientes referências e assistência cruzada de produtos e serviços
ajustadas às suas necessidades financeiras e de negócio.
A Banca Privada e Clientes Institucionais tem estado ainda fortemente empenhada em
dar apoio e a cooperar com o Governo da RAE de Macau para melhorar os padrões de
serviço de atendimento ao público.
17 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
Banca de Empresas
A Banca de Empresas está estruturada em diferentes equipas de acordo com a linha de
negócio do cliente, a fim de melhor satisfazer as suas necessidades em áreas como
construção, engenharia, comércio, PMEs, importação e exportação e serviços públicos.
Para melhor explorar futuras oportunidades de negócio com clientes, foram organizados
seminários e eventos de networking. Os projectos desenvolvidos incluem serviços de
pagamento electrónico, serviços de acquiring por internet, pacotes de serviços de apoio
às PMEs, criação de um cartão para atendimento prioritário de empresas ao balcão,
abertura de agência para clientes institucionais seleccionados, intensa penetração em
vendas cruzadas para clientes existentes e encaminhamento de negócios para outros
Departamentos Comerciais do Banco. O BNU também assumiu o seu papel de
responsabilidade social como um dos mais importantes bancos de Macau a apoiar as
PMEs a retomar as suas actividades após a destruição causada pelo tufão Hato em 2017.
A cooperação comercial com outras instituições do Grupo CGD, com os Países de Língua
Portuguesa (PLP), Macau e a China continental está a progredir satisfatoriamente através
do encaminhamento de negócios intragrupo, participação em seminários organizados
pelo Governo e visitas de altos cargos oficiais dos PLP. O International Desk
desempenhou um papel importante na facilitação da comunicação e coordenação de
negócios entre empresas dos PLP, Macau e China, bem como o serviço de liquidação de
trade finance em RMB, em estreita cooperação com a agência do BNU em Hengqin.
Banca de Empresas de Jogo e Hotelaria
O objectivo desta Direcção é providenciar produtos e serviços bancários especialmente
concebidos para o sector do Jogo e Hotelaria.
A receita bruta do sector do jogo em Macau apresentou um aumento de dois dígitos em
2017, após um crescimento negativo durante 26 meses. O número de turistas e a
ocupação hoteleira também apresentaram uma boa recuperação. Através da oferta duma
ampla gama de serviços bancários e a manutenção dum estreito relacionamento com os
operadores do jogo e o sector hoteleiro, em 2017, o Banco aumentou quer o volume de
negócios, quer a quota de mercado nas áreas do serviço bancário, nomeadamente, nas
18 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
caixas automáticos, terminais NRT e serviço de acquiring a comerciantes em todos os
principais hotéis. Novos projectos de cooperação e oportunidades de negócio estão em
estudo com os principais operadores do sector do jogo e hotelaria.
Agência de Hengqin
Com o objectivo de apoiar o desenvolvimento e o investimento das empresas e
residentes de Macau na China Continental, bem como promover o comércio e
investimento entre a República Popular da China (RPC) e os Países de Língua
Portuguesa (PLP), onde o Grupo CGD possui uma forte presença, a agência de Hengqin
foi formalmente inaugurada em 18 de Janeiro de 2017.
O BNU foi pioneiro entre os bancos de Macau ao estabelecer uma unidade de negócios
na RPC. O sucesso da abertura da agência de Hengqin foi um símbolo importante da
cooperação económica entre Guangdong e Macau.
A agência de Hengqin beneficiou da estrutura do acordo "CEPA", com o negócio de RMB
a ser licenciado imediatamente após a sua abertura. No futuro, o BNU continuará a ajudar
e apoiar as empresas e residentes de Macau na expansão dos seus investimentos na
China. Com o apoio do Grupo CGD e da sede do BNU, Hengqin prosseguirá com a sua
missão, oferecendo uma vasta gama de produtos e serviços em depósitos, crédito e
financiamento comercial, para facilitar a cooperação económica mais próxima entre
Guangdong e Macau; a realização do grande conceito de “Uma Faixa, Uma Rota” e “Área
da Grande Baía de Guangdong-Hong Kong-Macau”; e apoiar a consolidação de Macau
como plataforma para a cooperação económica e comercial dos Países de Língua
Portuguesa com a China Continental.
19 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
Cartões
No ano de 2017, a Direcção de Cartões, comprometida com o reforço da segurança e a
prevenção da fraude, envidou todos os esforços no sentido de cumprir com os vários
mandatos ou novos requisitos emitidos pela AMCM e pelas várias Associações de
cartões.
Em relação aos produtos, o Banco lançou um novo cartão de crédito BNU Visa Infinite
para os clientes Gama Alta, proporcionando uma experiência incomparável de conforto,
prestígio e privilégios aos respectivos titulares. Também é o primeiro e único cartão de
crédito em Macau a incorporar o ícone Lounge Key, que dá acesso directo aos lounges
VIP dos aeroportos em todo o mundo, dispensando a necessidade de apresentação de
qualquer outro cartão adicional.
No que respeita à emissão de cartões, com o objectivo de providenciar um melhor serviço
aos clientes, foram melhoradas as características dos vários cartões, como sejam os
cartões de crédito American Express (AMEX), Cartão Visa Ásia Miles e Cartão de Crédito
UnionPay Triple Currency. Estas iniciativas contribuíram para o aumento da base de
cartões, em torno de 10% para cartões de crédito e de 8% para cartões de débito.
No negócio de acquiring, após o processo de renovação das ATMs, os novos terminais
foram implementados, resultando numa melhor qualidade dos serviços. Continuando a
tendência de expansão, o Banco associou-se a um novo comerciante de internet e
também incorporou comerciantes de alta qualidade no portfólio do BNU.
Como perspectiva para 2018, o Banco oferecerá uma série de benefícios tanto para os
titulares de cartões como para os comerciantes. Para reforçar a imagem de Banco
inovador, os pagamentos móveis, pagamentos através de código QR (quick response) e
20 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
outros pagamentos contactless são outros objectivos importantes para este ano. A fim de
melhorar a qualidade dos serviços, juntamente com outros novos produtos, aperfeiçoar a
eficiência operacional será um objectivo adicional para fortalecer os serviços dos cartões.
Marketing
2017 marcou o 115º aniversário do BNU em Macau. Foi um ano verdadeiramente
produtivo e emocionante, com o lançamento de novos produtos, alargamento dos canais
de comunicação, celebrações com os clientes e a comunidade e contribuições para a
sociedade.
Para comemorar o 115º aniversário do BNU com a comunidade, o BNU realizou um
concurso de design para criação do logótipo do Aniversário do Banco. Esta iniciativa teve
também como objectivo a promoção e o desenvolvimento do sector de desenho gráfico,
estimular a criatividade em Macau, bem como incentivar todos os cidadãos interessados
de Macau em participar na celebração do aniversário do BNU, através da apresentação
de projectos criativos.
21 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
Para melhorar o conjunto de produtos de investimento, o BNU lançou um novo produto -
"Financiamento de Acções". Trata-se de um descobert em conta, garantido por acções,
que disponibiliza fundos até 70% do valor de mercado da carteira de acções do cliente no
BNU. O produto tem a flexibilidade de permitir que os clientes usem os fundos para
comprar acções adicionais ou retirar os fundos da conta para outros fins. O financiamento
de acções está disponível para acções no índice Hang Seng de Hong Kong, índice S & P
500 dos Estados Unidos, índice japonês Nikkei 225 e acções seleccionadas nos
mercados de Austrália e Singapura.
Com a crescente popularidade das redes sociais, para além do Facebook, o BNU lançou
também a sua conta oficial no WeChat. O BNU está a usar estes canais digitais para
facilitar as comunicações com o público, disponibilizando informação sobre produtos,
ofertas de cartões de crédito, notícias sobre o Banco, avisos importantes e outros.
O empenho do BNU em fornecer os mais altos níveis de qualidade de serviço e
satisfação do cliente num ambiente excepcionalmente competitivo, foi reconhecido pelo
sector financeiro. O Banco foi premiado pelo seu duradouro e firme compromisso para
com os seus clientes, partes interessadas ecomunidade.
22 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
Por último, mas não menos importante, para apoiar as PMEs e pessoas afectadas pelo
tufão HATO, o BNU lançou, num curto espaço de tempo, um programa de financiamento
para apoio pós-tufão.
Responsabilidade Social Corporativa
O BNU tem procurado, ao longo da sua história, promover o bem-estar e as
necessidades da sociedade local, participando e contribuindo activamente para o
desenvolvimento harmonioso da sociedade de Macau. Em 2017, o BNU concedeu mais
de 70 patrocínios para instituições de caridade locais, universidades e associações,
nomeadamente:
1. Apoio aos necessitados através de parcerias com as principais organizações
de caridade locais
Contribuiu com uma percentagem dos gastos efectuados pelos clientes com o
cartão de crédito de afinidade BNU Tung Sin Tong para actividades de caridade;
Doou para o programa de ajuda alimentar da Casa da Misericórdia de Macau;
Visitou o Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia de Macau e o Centro Kai
Hong da Associação de Apoio aos Deficientes Mentais de Macau.
23 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
2. Apoio ao Sistema educativo
Doou pelo terceiro ano, relativo ao compromisso de 10 anos de patrocínio de
10,65 milhões de Patacas, para a criação duma subvenção na Fundação de
Desenvolvimento da Universidade de Macau, com o objectivo de apoiar o ensino e
pesquisa académica dum professor catedrático;
Contribuiu com uma percentagem dos gastos efetuados com os cartões de crédito
de afinidade BNU para actividades de caridade, ensino e pesquisa das
organizações da Universidade de Macau, do Instituto de Formação Turística, do
Instituto Politécnico de Macau e do Instituto de Gestão de Macau;
Providenciou bolsas de estudo anuais à Universidade de Macau, ao Instituto de
Formação Turística, à Universidade de Macau de Ciência e Tecnologia, à
Universidade de São José e ao Instituto de Gestão de Macau;
Patrocinou 14 sessões de Seminários no Campus de PMEs organizadas pela
Associação de Indústria e Comércio de Macau, onde os representantes do BNU
compartilharam experiências e conhecimentos sobre o sector financeiro com
estudantes.
24 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
3. Desenvolvimento e promoção da língua Portuguesa
Patrocinou os eventos de Junho, no âmbito da celebração do Dia Nacional de
Portugal, organizado pelo Consulado de Portugal para Macau e Hong Kong;
Patrocinou o Programa de Verão de Língua Portuguesa da Universidade de
Macau.
4. Apoio às actividades culturais e desportivas
Patrocinou a Exposição de Pintura Portuguesa no Clube Militar de Macau;
Patrocinou os eventos da Associação de Divulgação da Cultura Cabo-verdiana
para os Países de Língua Portuguesa;
Participou em vários eventos desportivos de caridade, incluindo a Marcha da
Caridade do Fundo de Beneficência organizado pelo Macau Daily News.
25 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
Recursos Humanos
Em 2017, o emprego em Macau continuou a enfrentar uma escassez de recursos
humanos, uma vez que a taxa de desemprego se manteve em apenas 2,0%.
Tendo em conta as oportunidades para o desenvolvimento da carreira dos colaboradores,
a rotação interdepartamental continuou a ser um pilar na gestão dos Recursos Humanos,
baseando-se na natureza das responsabilidades, competências e aspirações dos
colaboradores.
Durante este ano, foram realizadas acções para acompanhar os resultados da Pesquisa
de Satisfação do Pessoal, a fim de melhorar o ambiente de trabalho.
Foram organizados cursos de formação internos e externos para melhorar os
conhecimentos do pessoal. Para reforçar o Programa de Orientação para Colaboradores,
a duração foi prolongada de três para cinco dias. Um conhecimento bancário mais
profundo e amplo é oferecido aos novos colaboradores para facilitar a adaptação à nova
carreira. Foram organizados cursos de formação em Sensibilização para a Segurança,
Plano de Continuidade do Negócio e Compliance para dar resposta aos requisitos das
autoridades reguladoras.
Banca Telefónica
No início de 2017, os procedimentos internos associados ao pedido de "aumento
temporário do limite do cartão de crédito" foram alterados, permitindo que o Call Center
também pudesse processar estes pedidos. Esta mudança traduziu-se numa melhoria
substancial na eficiência de todos os departamentos envolvidos. Adicionalmente, a
racionalização do processo proporcionou resultados mais rápidos, disponibilizando um
melhor serviço ao Cliente e melhorando a sua percepção junto destes.
26 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
O BNU também apresentou um novo canal de comunicação através da sua conta oficial
"WeChat", sendo as mensagens recebidas através deste canal tratadas pelo Call Center.
Na medida em que o uso das redes sociais se torna uma prática cada vez mais comum
na nossa sociedade, o BNU precisa adoptar estas plataformas populares para se manter
a par com o mercado e modernizar as interacções com os clientes. Usando este novo
canal, o BNU pode chegar a mais clientes e prestar-lhes assistência de forma mais
conveniente e eficaz.
Todos os esforços feitos pelos membros do Call Center ao longo do ano contribuíram
para manter a taxa de chamadas perdidas num nível relativamente baixo, ao mesmo
tempo que proporcionaram um serviço de atendimento de qualidade aos clientes.
Organização e Sistemas
O forte investimento do Banco na área de Informática e Tecnologia (IT) não tem apenas
como objectivo melhorar a eficiência, mas também elevar a experiência do cliente e
fortalecer as plataformas de vendas e de marketing. Em 2017, foram concluídos vários
projectos significativos, incluíndo uma solução de workflow para o crédito a empresas que
agiliza o respectivo processo de aprovação.
Por forma a alcançar o nível de serviço esperado pelos clientes, o workflow da área de
consumo foi também melhorado para incluir o processamento de pedidos de créditos
hipotecários.
Também foi implementada uma nova solução de caixas automáticos que permite ao
Banco introduzir novos serviços automaticos no futuro próximo. O projecto de arquivo
digital central foi integrado com o novo sistema de impressão e imagem digital,
27 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
possibilitando a criação de um ambiente de trabalho sem papel e bastante automatizado.
Também foi implementada a ferramenta KYC ATM (Know Your Customer ATM) em todos
os caixas automáticos, bem como nos quiosques de casinos, sendo os primeiros em
Macau. Um novo centro de dados de “backup Tier-3” começou a operar no terceiro
trimestre, garantindo aos nossos clientes uma maior disponibilidade de serviços.
Tesouraria
O ano de 2017 foi um ano exigente, uma vez que o aumento da taxa de juros dos EUA foi
maior do que a previsão em 2016, enquanto que as economias local e de Hong Kong
decidiram não seguir no mesmo sentido devido á abundância de liquidez nestes
mercados. Perante este desafio, a Tesouraria continuou a concentrar-se no portfólio de
títulos, mas com um risco de duração mais curto para preservar a Margem Financeira.
Para dar resposta às mudanças na procura de notas, o BNU expandiu a capacidade de
armazenamento de notas para enfrentar o aumento da circulação devido ao crescimento
da economia. Como um dos bancos emissores de notas em Macau, o BNU apoiou os
bancos locais a enfrentar os danos causados pelo tufão Hato. O BNU apoiou não apenas
as próprias agências, mas também satisfez a procura de outros bancos para substituir as
notas danificadas no menor prazo possível.
Organização e Procedimentos
Em 2017, o Projecto de Eficiência das Agências continuou a ser a tarefa fundamental do
departamento de Organização e Procedimentos com o objectivo de optimizar os fluxos de
trabalho das áreas comercial e de operações, tendo como referência as melhores
práticas do mercado. Foi obtida consultoria da matriz CGD, numa base contínua,
resumindo-se em seguida os principais processos optimizados ao longo do ano relativos
à automatização, simplificação, centralização e eliminação:
Desenvolvimento do workflow electrónico para empréstimos;
Avaliação da Banca de Empresas e Banca Privada, com identificação de
oportunidades de melhoria;
Início do arquivo central;
28 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
Implementação da automatização da compensação de cheques;
Gestão da Continuidade dos Negócios: avaliação do impacto nos negócios, renovação
completa do Plano de Continuidade de Negócios, conclusão da primeira fase do local
de backup da área de informática e realização de formação para todos os
colaboradores, uniformização de todos os formulários da banca de particulares e
empresas para melhorar a experiência do cliente e a eficiência operacional;
Melhoria do layout das agências e do ambiente de trabalho dos escritórios centrais.
Compliance
Em 2017, o BNU continuou a investir em recursos e esforços para garantir a sua cultura
de compliance e geriu os riscos inerentes à condução dos seus negócios. Através da
realização das seguintes iniciativas chave em 2017, o Departamento de Compliance
continuou a reforçar e fortalecer a adesão aos requisitos legais e regulamentares, bem
como às políticas e procedimentos internos:
Supervisão bancária consolidada;
Avaliação e auditoria de risco de Compliance;
Formação a todos os colaboradores do Banco sobre o Código de Conduta, Prevenção
do Branqueamento de Capitais e do Financiamento ao Terrorismo e de requisitos de
compliance;
Supervisão do compliance na realização dos negócios;
Controlo e triagem de transacções.
29 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
Auditoria
Em 2017, o Departamento de Auditoria Interna continuou a fornecer uma garantia
independente e objectiva, exercendo a função de consultoria com o fim de ajudar o banco
a alcançar os seus objectivos, através da avaliação e melhoria da eficácia dos processos
de gestão de riscos, e possibilitando o controlo e gestão através duma abordagem
sistemática e disciplinada. Os principais trabalhos realizados podem ser categorizados
em:
Acções de Auditoria (tanto programadas como não programadas)
Auditoria Continua
Investigações (especialmente em casos de fraude e phishing)
Teste de Controlo em Macro-Processos
Emissão de pareceres sobre regras, directrizes e projectos bancários internos do ponto
de vista do controlo interno, bem como a participação em diversas comissões de
segurança, incluindo o CSBE (Comité de Segurança Banca Electrónica) e o GSSI
(Grupo de Segurança de Sistemas de Informação).
Controlo Financeiro e Desenvolvimento Corporativo
Em 2017, a Direcção de Controlo Financeiro & Desenvolvimento Corporativo (DIFCC)
continuou a assegurar que a elaboração das demonstrações financeiras do Banco
cumpra com as Normas do Relatório Financeiro emitidas pela RAEM. A DIFCC também
geriu a preparação do orçamento e informou a administração sobre as variações em
relação ao orçamento estabelecido e as razões para essas variações. Ao colocar em
prática os controlos financeiros, a DIFCC conseguiu monitorar o desempenho e avaliar o
progresso em direcção aos objectivos financeiros do Banco. Além disso, a DIFCC ajudou
a providenciar à administração a análise de custo-benefício de potenciais oportunidades
de negócios. A DIFCC apoiou e desenvolveu diferentes estudos e análises em apoio às
áreas comerciais. Foi assegurada uma comunicação regular à matriz de reportes para a
CGD.
30 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
Operações
A reestruturação da Direcção de Apoio Operacional foi realizada em Junho de 2017.
Como resultado, todos os trabalhos logísticos foram transferidos para o Departamento de
Suprimentos e Instalações, nomeadamente os processos de digitalização, de arquivo e
gestão da sala de correspondência. A Área de Importação e Exportação também foi
incorporada na Área de Administração de Créditos devido à natureza similar do
respectivo workflow. Como tal, parte das funções desempenhadas anteriormente pela
Direcção de Apoio Operacional foi já transferida para o Departamento de Suprimentos e
Instalações.
Com a implementação do Sistema de Liquidação Automática de Cheques (CCAS) da
AMCM, em 05/09/2017, junto com a implementação dos códigos QR (quick response)
nos próprios cheques, melhorou-se a extracção de informações úteis dos cheques e
agilizou-se o processo de apuramento de saldo diário, relatório e reconciliação na
compensação de cheques. A avaliação do workflow das operações actuais foi conduzida
de modo a reduzir o consumo de papel e maximizar a automatização das operações
para, desse modo, reduzir erros manuais e aumentar a eficiência dos serviços prestados
aos clientes. A título de exemplo, referem-se os cheques estrangeiros enviados para
liquidação e uniformização doutras instruções de pagamento de bancos locais.
Todas estas mudanças permitem que a Direcção de Apoio Operacional desempenhe as
suas funções, principalmente no apoio ao serviço a clientes, duma forma mais efectiva e
eficiente.
Aquisição e logística
Em 2017, houve uma reestruturação desta área, existindo agora uma área de PROCA
(Área de Procurement (Compras)), GESTI (Gestão de Imóveis), ALPAG (Logística e
Facturas) e ARSCA (Área de Arquivo e Digitalização) para apoiar as operações do banco.
ÁREA DE COMPRAS
Apoio na compra do novo imóvel, localizado no Jardim das Flores, na Taipa, em
Março, para a Nova Agência, com abertura agendada para o final do primeiro trimestre
ou início do segundo trimestre de 2018;
31 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
Devido à mudança da agência, houve apoio extraordinário na venda do imóvel da
Agência do Jardim das Flores;
Coordenar com os diferentes fornecedores e empreiteiros junto com a GESTI para
retomar as operações nas agências afectadas durante o tufão Hato;
Apoio na negociação dos melhores preços para o projecto e renovação do primeiro,
quarto e quinto andares do Edifício Sede.
GESTÃO DE IMÓVEIS
Apoio nas reparações após o tufão Hato de 23 de Agosto de 2017, para que as
agências afectadas retomassem, assim que possível, as operações, tendo sido, por
vezes, necessário recorrer à implementação de soluções de contingência, enquanto os
32 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
empreiteiros aguardavam a chegada dos materiais (ex.: colocação do painel de vidro
na janela do centro de formação);
Apoio no controlo e gestão dos trabalhos de renovação dos escritórios do Edifício
Sede;
Coordenação e estruturação do projecto de construção do novo Cofre na Horta Costa
para cumprir com a agenda para a chegada das novas notas para armazenamento em
Novembro;
Acompanhamento dos projectos de arquitectura no processo de adjudicação do novo
conceito de layout para a Nova Agência da Taipa, no Jardim das Flores, em Outubro;
Acompanhamento dos projectos de arquitectura e do layout a ser submetido ao
processo de adjudicação da Agência UMAC no início de Dezembro para cumprir com
a agenda.
LOGÍSTICA E FACTURAS
Separação da equipa de Operações, com o objectivo principal de esta se ocupar da
emissão de facturas, logística e sala de correio;
Revisão do registo de reserva de veículos para optimizar o uso dos carros e motoristas
no apoio às operações do banco.
33 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
ARQUIVO E DIGITALIZAÇÃO
Separação da equipa de Operações, com o objectivo principal de esta se ocupar da
digitalização e arquivo central dos documentos e gestão do depósito externo.
Lançamento do sistema ParaDM em Abril, tornando o processo de digitalização mais
eficiente e completar o backlog de primeira prioridade.
Reorganização do armazém e construção de mais prateleiras para o arquivo de
documentos; revisão dos documentos armazenados que já alcançaram o período de
armazenamento e geração do relatório para que o respectivo departamento averigue
se podem ser destruídos.
Apoio na recuperação dos documentos das Agências que sofreram inundações
durante o tufão Hato.
Gestão de Risco
Em 2017, os principais desenvolvimentos nas áreas geridas pela Direcção de Gestão de
Risco foram:
RISCO DE CRÉDITO E CONCENTRAÇÃO
Para ter um controlo mais profundo da carteira de crédito, foram definidos, pela primeira
vez, limites para NPE (Non-Performing Exposures), NPL (Non-performing Loans), Custo
de Risco e Cobertura de Imparidades de NPE. Além disso, os limites de crédito por
produtos e sectores económicos de actividade também foram controlados e avaliados.
Adicionalmente, em relação à concentração de risco de crédito, foi ajustado o limite de
Exposição a um único grande Grupo Económico como percentagem de fundos próprios.
RISCOS DE MERCADO E CAMBIAL
Dando continuação ao trabalho desenvolvido nos outros anos, em 2017 a Posição
Cambial foi controlada, numa base diária, através da avaliação dos respectivos limites por
moeda, valor de mercado e valor em risco.
Também numa base diária o risco de mercado é controlado através da avaliação das três
carteiras, nomeadamente, Tesouraria, Negociação e Investimento, através do seu valor
de mercado e valor em risco.
34 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
O BNU estabeleceu e implementou novos limites para cumprir com a Estrutura de Risco
da Sede, nomeadamente, o VAR da Carteira de Negociação Prudencial.
Em termos de Risco Cambial, foram estabelecidos pela primeira vez limites para o VAR
da Posição Cambial e para o Valor Líquido Absoluto Total da exposição ao Risco
cambial.
RISCO DE TAXA DE JURO
Na sequência do trabalho desenvolvido nos anos anteriores, o banco avaliou
mensalmente o impacto na Margem Financeira Líquida assim como nos Fundos Próprios,
se ocorresse um aumento de 200 pontos base nas taxas de juros.
Ao mesmo tempo, é avaliado o impacto da diminuição da diferença entre a “Prime Rate” e
a HIBOR a 3 meses na Margem Financeira Líquida.
De acordo com as responsabilidades do FGR, foram definidos pela primeira vez limites
para o risco de taxa de juros, nomeadamente para o Valor Económico do Capital Social
em Risco e o Impacto nos Resultados do Gap de Taxa de Juro (Repricing Gap)
acumulado de 12 meses.
Além disso, foram definidos mais dois limites: nomeadamente, o Impacto sobre a Margem
Financeira (impacto paralelo de 200 pontos base) e o Impacto sobre os Fundos Próprios
(impacto paralelo de 200 pontos base).
Finalmente, foi elaborado um Manual de Risco de Taxa de Juro, contemplando ambos os
requisitos da AMCM e da Sede.
RISCOS DE LIQUIDEZ, FINANCIAMENTO, SOLVABILIDADE E CONCENTRAÇÃO
Em 2017, foi avaliada a diferença do desfasamento entre activos e passivos a serem
controlados em base dos Gaps contratuais e estruturais, bem como pelos limites
estabelecidos para os Rácios de Liquidez e dos limites de liquidez por moeda.
Foi desenvolvida uma nova metodologia para testes de stress, que são realizados
trimestralmente para analisar a evolução dos fluxos de caixa num período de um ano.
Adicionalmente, para cumprir com a Estrutura de Risco da Sede, foi definido um novo
limite na Declaração de Apetite ao Risco, nomeadamente, Colateral Disponível para
Financiamento do Banco Central Local.
35 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
Também em 2017, foram definidos, pela primeira, vez novos limites para o Risco de
Solvabilidade que são especificados na Declaração de Apetite ao Risco, nomeadamente,
Rácio de Capital Total, Requisitos de Recursos Próprios para Risco de Crédito e Rácio de
Alavancagem.
RISCO OPERACIONAL
Em 2017, o fluxo normal de tarefas foi executado, nomeadamente, Registo de Eventos,
Principais Indicadores de Risco e Macro-processos.
Todas essas tarefas são avaliadas e controladas trimestralmente em Comités de Risco
Operacional. Em 2017, verificou-se um aumento dos eventos registados.
O evento mais importante em 2017 resultou das consequências do tufão Hato em
Agosto, que afectou as Agências do BNU e, como consequência, os eventos foram
registados em termos de Risco Operacional.
Os procedimentos foram implementados com sucesso e as Agências ficaram
completamente operacionais após cinco dias. Também foram reclamados os respectivos
montantes de perdas às Companhias de Seguros.
Além da actualização do Plano de Continuidade de Reclamações de Negócios, foi
elaborado um relatório, designado como Avaliação de Impacto nos Negócios (AIN),
evidenciando o impacto de um cenário adverso nos negócios do Banco.
RISCOS REPUTACIONAL, DE NEGÓCIOS E ESTRATÉGICO
Para 2018, foram definidos limites no âmbito da Declaração de Apetite ao Risco para
orientar as actividades comerciais do BNU, nomeadamente a Rendibilidade dos Capitais
Próprios, a Rendibilidade do Activo e o Rácio de Eficiência.
Em termos de Risco de Reputação, foi analisado o número e o tipo de reclamações dos
clientes, principalmente relacionados com os Cartões de Crédito e a Qualidade do
Serviço das Agências, bem como com Contas à Ordem, de Poupança e de Crédito. As
sugestões feitas pelos clientes foram tomadas em consideração pelo Comité de
Reclamações e Sugestões de Clientes. Foram igualmente recebidas referências
positivas de clientes, sobretudo no que diz respeito aos Serviços das Agências.
36 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
RISCOS DE PAÍS E SOBERANO
Pela primeira vez em 2017, de acordo com a Estrutura de Risco da Sede, foram
estabelecidos limites na Declaração de Apetite ao Risco, nomeadamente, Duração da
Carteira Soberana, Exposição ao Risco Soberano Nacional e Exposição à Dívida
Soberana.
Também foram definidos Limites Agregados para grupos de países com diferentes níveis
de risco, bem como Limites Individuais de Exposição para País e Região.
Trimestralmente, foram realizados Testes de Stress para verificar a quantidade adequada
de provisões para os Países. Adicionalmente, a alocação de códigos de país foi revista
para clientes de acordo com o seu status de devedor ou garante.
Gestão do Risco de Crédito
O Banco continuou a melhorar a sua avaliação do risco de crédito e a sinalizar com
sinais vermelhos para minimizar as perdas inesperadas nas operações de crédito.
No próximo ano, serão lançados diferentes projectos para reforçar mecanismos e
aumentar a qualidade e eficiência na avaliação e gestão de crédito.
37 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
ÓRGÃOS SOCIAIS
Mesa da Assembleia Geral
Presidente: Joaquim Jorge Perestrelo Neto Valente
Vice-Presidente: Liu Chak Wan
Conselho de Administração
Presidente: CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A., representada por José João Guilherme
desde 31 de Março 2017
Vice-Presidente: Pedro Manuel de Oliveira Cardoso
Administradores: Leandro Rodrigues da Graça Silva
Alberto Manuel Sarmento Azevedo Soares
Armando Mata dos Santos
Tse See Fan Paul
Tou Kei San desde 31 de Março 2017
Comissão Executiva
Presidente: Pedro Manuel de Oliveira Cardoso
Membros: Leandro Rodrigues da Graça Silva
Tou Kei San desde 31 de Março 2017
Fiscal Único: CSC & ASSOCIATES AUDITORS, LTD.
representado por Chui Sai Cheong
Secretário da Sociedade: Pedro Afonso Correia Branco desde 31 de Março 2017
38 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A.
BALANÇO ANUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017
MOP
39 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A.
BALANÇO ANUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017
MOP
MOP
40 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A.
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 MOP
CONTA DE LUCROS E PERDAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017
MOP
RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE
PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA
CECILIA KOU PEDRO MANUEL DE OLIVEIRA CARDOSO
41 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
ACCIONISTAS COM PARTICIPAÇÃO
QUALIFICADA
Nos termos do Regime Jurídico do Sistema Financeiro de Macau, participação
qualificada é aquela que, por forma directa ou indirecta, representa pelo menos 10 por
cento do capital ou dos direitos de voto da instituição participada ou que, por qualquer
outro modo, confere a possibilidade de exercer uma influência significativa na gestão
desta.
Accionistas com participação qualificada:
Caixa Geral de Depósitos, S.A. ----------------------- 99,425 %
PARTICIPAÇÕES
Lista das instituições em que o Banco Nacional Ultramarino, S.A. detém participação
superior a 5 por cento do respectivo capital social ou superior a 5 por cento dos seus
fundos próprios, com indicação do respectivo valor percentual:
Nada consta.
PRINCIPAIS POLÍTICAS
CONTABILÍSTICAS
Informação Corporativa
O Banco Nacional Ultramarino, S.A., com sede na Região Administrativa Especial de
Macau da República Popular da China (“RAEM”), é um banco autorizado a operar
segundo as regras emitidas pela Autoridade Monetária de Macau (“AMCM”). O Banco
tem sede na Avenida Almeida Ribeiro, n.º 22, Macau.
42 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
A principal actividade do Banco é a prestação de serviços bancários e financeiros em
conformidade com as regras emitidas pela AMCM. A empresa mãe do Banco é a Caixa
Geral de Depósitos, S.A., um banco público com sede em Portugal.
Bases de Apresentação
As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o Decreto-Lei Numero
32/93M de 5 de Julho (a “Lei”) e com as Normas de Relato Financeiro promulgadas pela
ERA de Macau (“Normas de Relato Financeiro de Macau”).
As demonstrações financeiras foram preparadas com base na convenção de custo
histórico, com excepção de terrenos e imóveis, que são avaliados ao justo valor. As
demonstrações financeiras são apresentadas em Patacas de Macau (MOP), que é a
mesma que a moeda funcional do Banco. Todos os montantes apresentados foram
arredondados à MOP mais próxima excepto quando indicado de outra forma.
Reconhecimento de Receita
A receita é reconhecida quando é provável que os benefícios económicos ingressem no
Banco e quando a receita possa ser calculada de forma confiável, nas seguintes bases:
(a) Os juros a receber são reconhecidos na demonstração de resultados à medida que
são gerados, excepto no caso de crédito vencido e adiantamentos a clientes, em que
são creditados numa conta transitória, e não são reconhecidos na demonstração de
resultados.
Por crédito vencido e adiantamentos a clientes entendem-se os créditos vencidos e
não pagos há mais de 3 meses. Os juros do crédito vencido e adiantamentos a
clientes são directamente creditados em proveito quando, subsequentemente,
recuperados.
(b) As taxas e comissões são reconhecidas quando tiverem sido prestados os serviços.
(c) Os dividendos são reconhecidos quando o direito a receber tal pagamento tiver sido
estabelecido.
43 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
Empréstimos e Adiantamentos a Clientes
Os empréstimos e adiantamentos a clientes são indicados no balanço após terem sido
deduzidas as provisões específicas e genéricas para possíveis perdas. São constituídas
provisões específicas para adiantamentos quando os gestores tiverem dúvidas quanto à
recuperação definitiva do respectivo capital ou juros. As provisões específicas são feitas
para se reduzirem os valores de empréstimos e adiantamentos que ainda se encontram
em divida, líquidas de qualquer garantia e até ao valor que se espera que seja realizável,
de acordo com a análise dos gestores do banco sobre as potenciais perdas em virtude
desses adiantamentos identificados. É constituída uma provisão genérica de 1% para
perdas em todos os empréstimos e adiantamentos a clientes e passivos contingentes. As
provisões são estabelecidas com referência aos requisitos exigidos pela AMCM e estão
baseadas em estimativas dos gestores do Banco, as quais são revistas periodicamente.
Os empréstimos e adiantamentos junto com as suas provisões são abatidos quando não
há perspectivas realísticas de recuperação e todas as garantias foram executadas ou
foram transferidas para o Banco.
Carteira de Títulos e Acções
Os investimentos em valores mobiliários cotados e não cotados são reconhecidos pelo
preço de custo, deduzidos de quaisquer perdas por imparidade.
Os investimentos em títulos de dívida são reconhecidos pelo seu custo amortizado,
menos quaisquer perdas por imparidade.
O Banco avalia no final de cada período de relato se existe evidência objectiva dum
investimento ou grupo de investimentos estar em imparidade. Sempre que existam
indicações objectivas de que um activo está em imparidade, o montante da perda por
imparidade é calculado como a diferença entre o valor do balanço de um activo e o
montante que a gestão considera recuperável, tal diferença é reconhecida na conta de
resultados. As perdas por imparidade são anuladas através da conta de resultados
(unicamente até o valor que o activo teria se a imparidade não tivesse sido reconhecida),
quando um aumento do valor recuperável do activo possa ser objectivamente atribuído a
44 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
algum facto ocorrido em data posterior ao reconhecimento da perda por imparidade na
conta de resultados.
Provisões para Risco País
Provisões para exposições transfronteiriças foram colocadas à parte e são mantidas de
acordo com os requisitos exigidos pela AMCM.
Instrumentos Financeiros Derivados Extrapatrimoniais
Os instrumentos financeiros derivados, incluindo swaps de taxa de juro, contratos
cambiais a prazo e contratos cambiais são utilizados principalmente para cobertura das
exposições do Banco às taxas de juro e riscos cambiais resultantes da actividade
operacional, financeira e de investimento.
Os juros resultantes dos instrumentos financeiros derivados de taxas de juros são
reconhecidos na demonstração de resultados como juros a receber ou juros a pagar. Os
ganhos ou perdas decorrentes da liquidação de instrumentos financeiros derivados em
moeda estrangeira são reconhecidos como ganhos ou perdas no período em que
ocorram. Os instrumentos financeiros derivados são registados nas rubricas
extrapatrimoniais.
45 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
Imóveis e Equipamento
Os imóveis e equipamento são reconhecidos pelo custo ou avaliação menos a
depreciação acumulada e quaisquer perdas por imparidade. O custo dos imóveis e
equipamento compreende o preço de compra e quaisquer custos directamente atribuíveis
de pôr o bem em condições de utilização para o uso pretendido.
As despesas incorridas após a entrada em funcionamento de imóveis e equipamentos,
tais como reparações e manutenção, são normalmente debitados na conta de resultados
no período em que ocorreu. Nas situações quando os critérios de reconhecimento são
satisfeitos, as despesas duma grande inspecção são capitalizadas no valor do balanço do
activo como substituição. Quando partes significativas de imóveis e equipamentos devem
ser substituídas periodicamente, o Banco reconhece as partes como activos individuais
com vidas úteis específicas e deprecia-los em conformidade.
Os terrenos e edifícios são avaliados pelo justo valor deduzidas quaisquer depreciação
acumulada e perdas por imparidade subsequentes.
As avaliações são realizadas com frequência suficiente para garantir que o justo valor
dum activo reavaliado não difira materialmente de seu valor de balanço. Qualquer
excedente ou deficite de reavaliação é tratado como um movimento na reserva de
reavaliação do activo. Se o total desta reserva for insuficiente para cobrir o deficite dum
activo, considerado individualmente, o excesso do deficite é imputado à conta de
resultados. Qualquer excedente de reavaliação subsequente é creditado na conta de
resultados na medida do deficite anteriormente debitado. Na alienação dum activo
reavaliado, o valor relevante à reserva de reavaliação de activos realizada em relação a
avaliações anteriores é transferido para lucros retidos como um movimento nas reservas.
Com excepção dos terrenos em propriedade, a depreciação é calculada linearmente para
amortizar o custo de cada imóvel e equipamento pelo seu valor residual ao longo da vida
útil estimada. As principais taxas anuais utilizadas para esse fim são as seguintes:
Terrenos em propriedade: Sem depreciação
Imóveis em propriedade: 2%
Terrenos e imóveis arrendados: O menor entre, o prazo de arrendamento e 2%
Melhorias em imóveis em propriedade e arrendados e software: entre 2% e 33⅓%
Equipamentos de escritório, móveis e acessórios: entre 10% e 50%
46 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
Um imóvel ou equipamento, incluindo qualquer parte significativa inicialmente
reconhecida, é desreconhecido após a alienação ou quando nenhum benefício
económico futuro é esperado do seu uso ou alienação. Qualquer ganho ou perda na
alienação ou baixa do activo reconhecido na conta de resultados no exercício em que o
activo é desreconhecido é a diferença entre o produto líquido da venda e o valor de
balanço do activo relevante.
Imóveis em construção representa, edifícios em construção, que são declarados ao custo
menos quaisquer perdas por imparidade e não são depreciados. O custo inclui os custos
directos da construção mais os custos de financiamento capitalizados dos empréstimos
relacionados durante o período de construção. Os imóveis em construção são
reclassificados para a categoria adequada de imóveis e equipamento quando concluídos
e prontos para utilização.
Locação
A determinação se um acordo é, ou contém, um contrato de arrendamento, é baseada na
substância do acordo e exige uma avaliação, se o cumprimento do acordo depende da
utilização de um bem específico e se o acordo transmite o direito de uso do activo.
Os arrendamentos são classificados como arrendamentos financeiros sempre que os
termos da locação transferem para o Banco substancialmente todas as recompensas e
riscos inerentes à propriedade dum bem arrendado. Todos os outros arrendamentos são
classificados como arrendamentos operacionais.
Os pagamentos de arrendamentos operacionais, líquidos de quaisquer incentivos
recebidos do locador, são reconhecidos como despesa na conta de resultados de forma
linear ao longo do termo da locação.
Os pagamentos de arrendamentos que não podem ser alocados de forma confiável entre
terrenos e edifícios, são incluídos no custo do terreno e dos imóveis como arrendamento
financeiro em imóveis e equipamento.
47 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
Imparidade
O Banco avalia no final de cada período de relatório se existe alguma indicação de que
um activo pode ter uma perda por imparidade. Se tal indicação existir, o Banco faz uma
estimativa do valor recuperável do activo.
Uma perda por imparidade é reconhecida na conta de resultados sempre que o valor de
balanço dum bem ao qual pertence, excede o valor recuperável. A perda por imparidade
é revertida se houver uma alteração favorável nas estimativas utilizadas para determinar
o valor recuperável. Uma reversão da perda por imparidade é limitada ao valor de
balanço que teria o activo se nenhuma perda por imparidade tivesse sido reconhecida em
exercícios anteriores. A reversão da perda por imparidade é creditada na conta de
resultados no exercício em que ocorre.
Fiscalidade
O Imposto sobre rendimentos inclui os impostos devidos e
diferidos. O Imposto sobre rendimentos relativo a itens
reconhecidos fora da conta de resultados é reconhecido fora da
conta de resultados.
Os activos e passivos fiscais actuais para os períodos corrente e anterior, são calculados
pelo valor esperado a ser recuperado ou pago à autoridade tributária, com base nas taxas
de imposto (e leis tributárias) que foram implementadas ou substancialmente
implementadas até o final do período do relatório, tendo em consideração as
interpretações e práticas prevalecentes nos países onde o Banco opera.
O imposto diferido é calculado usando o método do passivo, sobre as diferenças
temporárias no final do período do relatório decorrentes das bases tributárias de activos e
passivos e seus valores de balanço para fins de relatórios financeiros. As taxas de
imposto implementadas ou substancialmente implementadas até o final do período do
relatório são usadas para determinar o imposto diferido.
Os passivos por impostos diferidos são calculados na totalidade, enquanto os activos
fiscais diferidos são reconhecidos na medida em que é provável que lucros tributáveis
48 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
futuros estejam disponíveis contra os quais as diferenças temporárias possam ser
utilizadas.
O valor de balanço dos activos fiscais diferidos é revisto no final de cada período de
relatório e reduzido na medida em que não é provável que haja um lucro tributável
suficiente para permitir que todo ou parte do activo fiscal diferido possa ser utilizado. Os
activos fiscais diferidos não reconhecidos são reavaliados no final de cada período de
relatório e são reconhecidos na medida em que se tornou provável que um lucro
tributável suficiente esteja disponível para permitir que todo ou parte do activo fiscal
diferido seja recuperado.
Os activos e passivos fiscais diferidos são calculados com base nas taxas fiscais que se
espera estejam a vigorar no período em que o activo é realizado ou o passivo é liquidado,
com base em taxas de imposto (e leis tributárias) que foram implementadas ou
substancialmente implementadas até o final do período do relatório.
Os activos fiscais diferidos e os passivos fiscais diferidos são compensados se existir um
direito legalmente exigível para compensar activos tributários correntes contra passivos
tributários correntes e os impostos diferidos se relacionam com a mesma entidade
tributável e com a mesma autoridade tributária.
Moeda Estrangeira
Estas demonstrações financeiras são
apresentadas em patacas de Macau, que é a
moeda funcional do Banco. Cada entidade do
Banco localizada fora de Macau determina a
sua própria moeda funcional e os itens incluídos
nas demonstrações financeiras de cada uma
dessas entidades são calculados usando essa
moeda funcional. As transacções em moeda
estrangeira registadas pelo Banco e as suas
entidades localizadas fora de Macau são
inicialmente registadas usando as suas
respectivas taxas de moeda funcional
49 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
prevalecentes nas datas das transacções. Os activos e passivos monetários são
convertidos às taxas de câmbio funcionais prevalecentes no final do período do relatório.
As diferenças resultantes da liquidação ou conversão de itens monetários são
reconhecidas na conta de resultados.
Os itens não monetários que são calculados em termos de custo histórico em moeda
estrangeira são convertidos usando as taxas de câmbio nas datas das transacções
iniciais. Os itens não monetários calculados ao justo valor em moeda estrangeira são
convertidos usando as taxas de câmbio na data em que o justo valor foi calculado. O
ganho ou perda decorrente da conversão dum item não monetário calculado pelo justo
valor é tratado de acordo com o reconhecimento do lucro ou perda na mudança do justo
valor do item.
As moedas funcionais das agências fora de Macau são moedas diferentes da MOP. No
final do período do relatório, os activos e passivos da agência de Hengqin são
convertidos para patacas de Macau às taxas de câmbio vigentes no final do período do
relatório e, durante o ano, a conta de resultados é convertida em patacas de Macau à
taxa de câmbio média mensal. A diferença de câmbio resultante é reconhecida nos
capitais próprios e acumulada na reserva de conversão. Na alienação de tais agências, o
componente de capitais próprios relativo à sucursal é reconhecido na conta de
resultados.
Benefícios dos Colaboradores
PROGRAMA DE SEGURANÇA SOCIAL
É obrigatória a participação dos colaboradores do Banco num programa central de
segurança social operado pela RAE de Macau. O Banco é obrigado a contribuir com um
montante fixo dos custos com salários para o programa central de segurança social. As
contribuições são debitadas na conta de resultados conforme se tornam pagáveis de
acordo com as regras do programa central de segurança social.
50 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
Provisões
Uma provisão é reconhecida quando o Banco tem uma obrigação presente (legal ou
construtiva) resultante dum acontecimento passado, e que seja provável que uma saída
futura de recursos seja necessária para liquidar tal obrigação, sempre que uma estimativa
confiável possa ser feita do montante da obrigação. As provisões são calculadas pela
melhor estimativa da gestão sobre qual o montante necessário para liquidar tal obrigação
à data do balanço, e descontado ao valor presente, quando o seu impacto é relevante.
Caixa e Equivalentes de Caixa
Para efeitos de demonstração dos fluxos de caixa, caixa e equivalentes de caixa
compreendem o numerário e as aplicações financeiras de curto prazo, incluindo
numerário, depósitos junto da AMCM e depósitos à ordem em bancos e outras
instituições financeiras, aplicações em bancos e outras instituições financeiras com
maturidade original igual ou menor que três meses.
Para efeitos da demonstração da posição financeira, caixa e equivalentes de caixa
compreendem o numerário e aplicações financeiras de curto prazo, incluindo numerário,
depósitos junto da AMCM e depósitos com bancos e outras instituições financeiras.
51 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
PARECER DOS AUDITORES
Relatório do Auditor Independente sobre a Informação Financeira Resumida
Aos Accionistas do Banco Nacional Ultramarino, S.A.
(Constituído em Macau com responsabilidade limitada por acções)
Examinamos as demonstrações financeiras de 2017 do Banco Nacional Ultramarino,
S.A., de acordo com as Normas de Auditoria e Normas Técnicas de Auditoria da Região
Administrativa Especial de Macau, e emitimos um relatório de auditoria a 12 de Março de
2018 com uma opinião sem reservas sobre o mesmo.
As demonstrações financeiras auditadas compreendem o balanço à data de 31 de
Dezembro de 2017, a demonstração de resultados, a demonstração das variações nos
capitais próprios, a demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e
um resumo das principais políticas contabilísticas e outras notas explicativas.
As demonstrações financeiras resumidas incluídas nas páginas 37 a 39 preparadas pela
administração, são um resumo das demonstrações financeiras auditadas. Acreditamos
que as demonstrações financeiras resumidas são consistentes, em todos os aspectos
relevantes, com as demonstrações financeiras auditadas.
Para uma compreensão completa sobre a posição financeira e o desempenho financeiro
do Banco Nacional Ultramarino, S.A., bem como o ambito da auditoria, as informações
financeiras resumidas devem ser lidas em conjunto com as demonstrações financeiras
auditadas e o relatório do auditor independente.
Bao, King To
Auditor Registado
Ernst & Young
Macau
12 de Março de 2018
52 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
PARECER DO FISCAL ÚNICO
Senhores Accionistas:
Nos termos do Artº. 32 e) dos Estatutos, o Conselho de Administração do Banco Nacional
Ultramarino, S.A., submeteu ao Fiscal Único, o Balanço, as Contas e o Relatório Anual
respeitantes às operações do banco no exercício de 2017. Adicionalmente foi também
enviado o relatório dos auditores externos preparado por “Ernst & Young”, sobre o banco,
relativas à sua actividade naquele mesmo exercício.
Ao longo do ano, o Fiscal Único manteve contacto regular com a Administração,
consultou sobre a actividade do Banco e recebeu sempre, e em tempo, a adequada
colaboração e esclarecimentos necessários.
Analisados os documentos remetidos pela Administração, constata-se que os
documentos reflectiram claramente a situação financeira e económica do Banco.
O Relatório do Conselho de Administração traduz de forma clara o desenvolvimento das
actividades do Banco no decurso do exercício em apreciação.
O Fiscal Único também examinou o relatório dos auditores externos, e concluiu que o
relatório evidencia de forma verdadeira a situação financeira e o desempenho do banco
no encerramento do exercício a 31 de Dezembro de 2017, bem como os resultados da
actividade referentes ao exercício findo naquela data, e que foram preparados em
observância dos princípios contabilísticos aplicáveis à actividade bancária.
Face ao exposto, o Fiscal Único decidiu dar parecer favorável à aprovação do:
1. Balanço e Demonstração de Resultados;
2. Relatório Anual do Conselho de Administração.
Macau, 16 de Março de 2018
CSC & ASSOCIATES AUDITORS, Limited
Representado por Chui Sai Cheong
53 BNU
RELATÓRIO ANUAL 2017
CONTACTOS MAIS IMPORTANTES
CAIXA GERAL de DEPÓSITOS
Av. João XXI,63
1000-300 Lisboa
Tel: 21795 30 00
Fax: 2179 050 51
http://www.cgd.pt
Swift: CGDIPTPLXXX
BANCO NACIONAL ULTRAMARINO,S.A.
Sede
Av. Almeida Ribeiro, n•.22
Tel: 2835 5111
Fax: 2835 5653
Telex: 88202BNUMC OM 88606 BNUFX OM
E-mail: enquiry@bnu.com.mo
bnucard@bnu.com.mo
online@bnu.com.mo
Website: http://www.bnu.com.mo
Swift: BNULMOMX
Centro de Cartões de Crédito
Av. Almeida Ribeiro, nº. 22
Tel.: 2833 5533
Fax: 2871 3119
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RELATÓRIO ANUAL 2017
Rede de Agências do BNU
Agência Central
Av. Almeida Ribeiro, 22
Tel.: 28355111
Fax: 28355130
Iao Hon
Rua 1 do Bairro Iao Hon,
Edf Iao Kai
Tel.: 28571921
Fax: 28400395
Kinglight Garden
Rua de Bragança Nº. 329,
R/C Edf. Kinglight Garden (AI/AH),
Taipa
Tel.: 28838028; 28839555
Fax: 28839328
Mercado Vermelho
Av. Almirante Lacerda,
Nº. 90-92
Tel.: 28371166
Fax: 28211619
Sidónio Pais
Av. Sidónio Pais, Nº. 20-20A
Tel.: 28584436
Fax: 28524589
Chun Fok
Rua do Pai Kok Nº 18-28,
R/C Chun Fok Village 2nd
Fase,
Taipa
Tel.: 28825892; 28825895
Fax: 28825799
São Lourenço
Rua da Praia do Manduco, Nº 3,
R/C, A
Tel.: 28572259
Fax: 28933200
Fai Chi Kei
Rua Comandante João Belo, No.23
R/C Edf. Teng Pou Kok
Tel.: 28260165
Fax: 28260637
China Plaza
Avenida da Praia Grande, Nº 754,
China Plaza, R/C D & E,
Macau
Tel.: 28718625; 28715668
Fax: 28718623
Horta e Costa
Av. Horta e Costa, Nº 80A
Tel.: 28517962
Fax: 28527853
Taipa (Flower City)
Rua de Coimbra, No.105
Taipa
Tel.: 28833633; 28833815
Fax: 28833622
Altira
Avenida da Kwong Tung, Nº 732,
R/C I, Taipa, Macau
Tel.: 28842531; 28842532
Fax: 28842535
Areia Preta
Av. Leste do Hipódromo, 89 D
Tel.: 28470032
Fax: 28470160
NAPE
Av. Sir Anders Ljungstedt Nº. 206
Jardim Brilhantismo, R/C, A
Tel.: 28723672; 28723676
Fax: 28723418
Rua da Barca
Rua da Barca, Nº 47,
Macau
Tel.: 28211570
Fax: 28210993
Chong Fu
Av. Da Amizade, Nº 711
Edf. Chong Fu R/C
Tel.: 28703478; 28702870
Fax: 28705180
Seac Pai Van
Estrada de Seac Pai Van, No. 970,
Edif. On Son R/C C, Coloane, Macau
Tel.: 28503162;
Fax: 28503163
Villa de Mer
Zona da Areia Preta, S/N, Villa de
Mer,
R/C, W, X, Macau
Tel.: 28767566
Fax: 28767556
COTAI
Shop Nº 2466ª, The Grand Canal
Shoppes,
The Venetian Macau Resort Hotel,
Estrada da Baía de N. Senhora da
Esperança,
The Cotai Srip, Taipa, Macau
Tel.: 28576001, 28576002
Fax: 28576603
Hengqin (Continental China)
Sala 3001 Bloco 2,
Edificio da sede em Hengqin
No. 88 Gangao Avenue Zona de Hengqin de
Zhuhai Província de Guangdong
Tel : (86-756)8868301
Fax :(86-756)8868109
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RELATÓRIO ANUAL 2017
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