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APOIO METEOROLÓGICO NA PREVENÇÃO
E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS
RELATÓRIO DE JULHO 2016
Departamento de Meteorologia e Geofísica
Divisão de Previsão Meteorológica
Vigilância e Serviços Espaciais
Divisão de Clima e Alterações
Climáticas
Rua C - Aeroporto de Lisboa —
1749-077 LISBOA
Tel. +351 218 447 000
Fax. +351 218 402 370
E-mail: informacoes@ipma.pt
Conteúdos
Caracterização meteorológica e climatológica do mês.
Índices meteorológicos de perigo de incêndio florestal, FWI.
Índices de risco de incêndio, RCM, ICRIF: Análise de resultados do mês.
Quantidade de Carbono e de CO2 Equivalente libertado pelos Incêndios florestais.
Anexo I, mapas diários das classes de risco, RCM.
Anexo II, mapas diários do risco IOT25.
Incêndios Florestais: Apoio Meteorológico
Relatório de Junho 2016
APOIO METEOROLÓGICO NA PREVENÇÃO E COMBATE AOS INCÊNDIOS FLORESTAIS
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Índice
RESUMO ........................................................................................................................... 6
1. CARACTERIZAÇÃO METEOROLÓGICA E CLIMATOLÓGICA ............................................... 7
1.1 Caracterização Meteorológica do mês de julho ............................................................ 7
1.2 Caracterização Climatológica ....................................................................................... 9
(A) EVOLUÇÃO DIÁRIA DA MÉDIA DA TEMPERATURA DO AR EM PORTUGAL CONTINENTAL
EM JULHO DE 2016 ........................................................................................................... 9
2. VALORES OBSERVADOS DO RISCO DE INCÊNDIO FLORESTAL: ANÁLISE DE RESULTADOS 10
2.1 ÍNDICE METEOROLÓGICO DE PERIGO DE INCÊNDIO FLORESTAL, FWI.......................... 11
2.1.1 Índice FWI e Sub-Índices do FWI: Índice de Seca e a Taxa Diária de Severidade .................... 11
2.1.2 Sub - Índices do FWI: Índice de Combustíveis e Índice de Propagação Inicial ......................... 13
2.1.3 Evolução da média diária do FWI ............................................................................................. 14
2.2 Índice de Risco Conjuntural Meteorológico, RCM: Mapas das classes de risco de
incêndio observadas ao nível do concelho ....................................................................... 15
2.2.1 Evolução da média do risco de incêndio desde 2006 .............................................................. 15
2.2.2 Evolução diária do risco de incêndio, RCM. ............................................................................. 16
2.3 O Índice de Risco ICRIF .............................................................................................. 17
3. AVALIAÇÃO DAS PREVISÕES DO ÍNDICE METEOROLÓGICO DE RISCO INCÊNDIO
FLORESTAL, FWI. ............................................................................................................. 20
4. QUANTIDADE DE CARBONO LIBERTADO NA ATMOSFERA POR INCÊNDIOS FLORESTAIS 21
ANEXO I - Mapas diários das classes de Risco de Incêndio, RCM, observado ao nível do
concelho em julho de 2016 ............................................................................................. 25
ANEXO II - Mapas diários do IOT25 (ICRIF Over Threshold) ao nível de concelhos de
Portugal Continental, em julho de 2016 .......................................................................... 28
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Índice de Figuras
Figura 1 – Valores médios mensais da humidade relativa e intensidade do vento. ............................... 8
Figura 2- Evolução da Temperatura e Distribuição espacial do índice de seca. ..................................... 9
Figura 3 – Valor médio do índice de seca. ............................................................................................ 11
Figura 4 – Evolução da taxa diária de severidade. ................................................................................ 12
Figura 5 – Evolução diária do índice FFMC............................................................................................ 13
Figura 6 – Evolução média diária do FWI .............................................................................................. 14
Figura 7 – Média do Risco de Incêndio, RCM. ....................................................................................... 16
Figura 8 – Evolução diária da média do Risco de Incêndio, RCM.......................................................... 16
Figura 9 – Evolução diária da percentagem de área de risco, IOT25. ................................................... 18
Figura 10 – Percentagem de área de risco com valores de ICRIF superior a 25 (IOT25). ..................... 19
Figura 11 – Evolução diária da área de risco elevado (IOT25). ............................................................. 19
Figura 12 - O índice FWI observado e previsto. .................................................................................... 20
Figura 13 – Evolução diária da quantidade de CO2 equivalente e mapeamento das ocorrências....... 21
Figura 14 – Total de CO2 equivalente libertado para a atmosfera por incêndios. ............................... 22
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Lista de acrónimos
BUI – Índice do combustível disponível CONT- Continente DC - Índice de Seca DMC - Índice de Húmus DSR – Taxa diária de severidade FFMC – Índice dos combustíveis finos FRP – Potência radiativa do fogo (Fire Radiative Power) FWI – Índice meteorológico de perigo de incêndio florestal ICNF - Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas IPMA - Instituto Português do Mar e Atmosfera ICRIF - O índice meteorológico combinado de risco de incêndio florestal ISI – Índice de propagação inicial do fogo IOT25 – ICRIF com limiar> 25 (ICRIF over threshold≥ 25) IOT35 – ICRIF com limiar> 35 (ICRIF over threshold≥ 35) LSA SAF -Land Surface Analysis Satellite Application Facility P – Percentil PDSI – Índice de seca meteorológica de Palmer (Palmer Drought Severity Index) RCM – Índice de risco meteorológico e conjuntural de incêndio florestal RMSE – Erro médio quadrático (Root mean square error) RN - Região Norte
RC - Região Centro
RS - Região Sul
Unidades Temperatura do ar: T, em °C
Humidade Relativa do ar: HR, em %
Precipitação: RR, em mm (1 mm = l/m2)
Intensidade do vento: ff, em km/h
Tempo, horas UTC: Inverno = igual à hora legal, Verão = -1h em relação à hora legal
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Análise Meteorológica e Climatológica
O mês de julho foi muito seco e quente.
Registaram-se valores baixos da humidade relativa média mensal, em especial nas
terras altas, 49%.
O vento soprou em regime de nortada no litoral oeste, em especial na primeira metade
do mês e no litoral oeste a sul do Tejo. Na segunda metade do mês, o vento
predominou do quadrante leste no interior, soprando com maior intensidade nas terras
altas.
Índice de seca, DC, e a taxa diária de severidade, DSR.
Os valores médios do DC no Continente em julho foram inferiores à média do período
referência, 1999-2014, sendo o mais baixo desde 2003.
O valor acumulado do DSR desde 1 janeiro de 2016 foi o 4º mais baixo desde 2003.
O valor acumulado do DSR no mês de julho de 2016 foi o quinto mais alto desde 2003.
Índice meteorológico de perigo de incêndio florestal, FWI.
O valor médio do FWI no Continente, até ao dia 8, apresentou, em geral, valores abaixo
da mediana, subindo significativamente a partir do dia 9, atingindo valores entre o
percentil 75 e o 90 a partir do dia 11, na maior parte dos dias.
Risco de incêndio florestal, RCM
O valor médio do RCM em julho de 2016 foi o terceiro mais alto desde 2006.
Na segunda metade do mês, as classes de risco predominantes foram as classes de risco
Alto ou Muito Alto, atingindo, em alguns dias, o risco Máximo em vários concelhos do
interior Centro e em Monchique.
Risco de incêndio florestal, ICRIF
O valor médio da percentagem de área dos concelhos com risco elevado do índice ICRIF
(ICRIF> 25) foi superior ao valor médio do período de referência, 1999-2014, em
especial nas regiões Centro e Sul.
Resumo
Quantidade de Carbono e de CO2 equivalente libertado pelos incêndios
Em junho de 2016 foram libertadas 87579 toneladas de CO2 equivalente, sendo o
segundo valor mais baixo desde 2011.
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1. Caracterização Meteorológica e Climatológica
1.1 Caracterização Meteorológica do mês de julho
Na primeira metade do mês de julho, Portugal continental esteve predominantemente sob a influência de uma corrente de noroeste, com vento a soprar em regime de nortada moderada ou forte no litoral oeste, em especial no litoral a sul do Cabo da Roca, onde foi frequente registar-se rajadas da ordem 60 a 70 km/h. No litoral, em especial no litoral das regiões Norte e Centro houve nebulosidade e ocorrência de nevoeiros. Os valores da humidade relativa foram também elevados, com exceção das regiões do interior. Na segunda metade do mês, com a localização do núcleo principal do anticiclone dos Açores no Golfo da Biscaia ou na Bretanha, o Continente ficou sob a influência de corrente de leste e ar muito quente e seco, tendo-se registado valores muito elevados da temperatura do ar e valores muito baixos da humidade relativa. Episodicamente, no início do mês e na última década, devido a situações de instabilidade atmosférica, ocorreram aguaceiros e trovoadas, em especial no interior das regiões Norte e Centro e nos dias 5 a 7. Na Figura 1a e 1b apresentam-se os valores médios mensais da humidade relativa e da
velocidade média do vento no Continente para as seis regiões indicadas no gráfico. Estes
valores são calculados com base nos valores médios horários do vento e da humidade relativa
do ar na rede de estações meteorológicas de 2016 utilizadas no cálculo do índice meteorológico
de perigo de incêndio, FWI.
O valor médio da humidade relativa no Continente no mês de julho foi de 57 %, apresentando o
valor mais elevado nas regiões do litoral oeste da região Sul (LWS) com 73 %. Os valores mais
baixos ocorreram no interior das regiões Norte e Sul e nas terras altas acima dos 500 metros,
respetivamente, com 51% e 49 %. O valor médio mais baixo no mês de julho da humidade
relativa registou-se no Fundão, com 35 %. Relativamente ao mês de junho verificou-se uma
descida dos valores da humidade relativa média mensal, com principal enfâse nas terras altas.
A intensidade média do vento no mês de julho apresenta o valor mais elevado no litoral oeste a
sul do Cabo Raso, seguido das terras altas, com 11,9 km/h e 11,1 km/h, respetivamente. O
interior da região Norte registou o valor mais baixo da intensidade do vento, 7,6 km/h.
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(a)
(b)
Figura 1 – Valores médios mensais da humidade relativa e intensidade do vento. (a) Humidade relativa média em julho no Continente (linha a vermelho) e por região (barras a cinzento), (b) Intensidade média do vento em junho no Continente (linha avermelho) e por região (barras a roxo).
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1.2 Caracterização Climatológica
O mês de julho foi caraterizado como sendo um mês muito seco e quente. O valor da
temperatura máxima foi o mais alto desde 1931 e o 2º com a temperatura média mais elevada.
Nos períodos de 14 a 19 e 23 a 29, as regiões do Alto Minho, nordeste transmontano e vale do
Tejo estiveram em vaga de calor.
Na Figura 2a apresenta-se a evolução diária da média da temperatura do ar em Portugal
Continental no mês de julho. Verifica-se que em relação à temperatura máxima do ar apenas
3 dias registaram um valor de temperatura inferior ao valor normal no período de
referência, 1971-20000.
O número de dias com temperatura mínima 20°C foi superior ao normal. Os maiores valores
do número de dias com temperatura mínima igual ou superior 20 °C (noites tropicais)
ocorreram nas regiões do interior Centro, Lisboa e sotavento algarvio.
De acordo com o índice meteorológico de seca PDSI1, no final de julho verificou-se,
relativamente ao mês de junho, um ligeiro aumento da área em situação de seca fraca no
sotavento algarvio e Baixo Alentejo.
(a)
(b)
Figura 2- Evolução da Temperatura e Distribuição espacial do índice de seca. (a) Evolução diária da média da temperatura do ar em Portugal Continental em julho de 2016 (valores das 00 às 24 UTC), (b) distribuição espacial do índice de seca meteorológica. [1, IPMA, Boletim Climatológico de Julho].
1PDSI - Palmer Drought Severity Index - Índice que se baseia no conceito do balanço da água tendo em conta dados da quantidade de
precipitação, temperatura do ar e capacidade de água disponível no solo; permite detetar a ocorrência de períodos de seca e classifica-os
em termos de intensidade (fraca, moderada, severa e extrema).
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2. Valores Observados do Risco de Incêndio Florestal: Análise de Resultados
Nos capítulos seguintes, faz-se a análise dos resultados do índice meteorológico de perigo de
incêndio florestal, FWI e dos índices de risco de incêndio RCM e ICRIF, no mês de julho de
2016, que diariamente são calculados no IPMA.
Os valores históricos do FWI e dos sub-índices, assim como os percentis foram obtidos a
partir do reprocessamento do índice canadiano de Risco de Incêndio Florestal, FWI, no
período de 1999 a 2014. A comparação entre os valores médios do FWI e dos sub-índices no
Continente e nas regiões, calculados operacionalmente, e os valores históricos (1999-2014)
desses índices é feita utilizando 68 estações meteorológicas, que correspondem àquelas que
se mantiveram em funcionamento naquele período.
A análise dos resultados dos índices de risco constituintes do sistema canadiano de perigo de
incêndio florestal, FWI, do índice de Risco conjuntural e meteorológico, RCM, e o índice
meteorológico combinado de risco de incêndio florestal, ICRIF, far-se-á ao nível do território
do Continente e das regiões Norte, Centro e Sul.
Na região Norte, incluíram-se os distritos de Viana do Castelo, Braga, Bragança, Vila Real e
Porto;
Na região Centro, incluíram-se os distritos os distritos de Viseu, Guarda, Aveiro, Coimbra,
Castelo Branco, Leiria, Santarém e Lisboa;
Na região Sul, incluíram-se os distritos de Setúbal, Portalegre, Évora, Beja e Faro.
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2.1 Índice Meteorológico de Perigo de Incêndio Florestal, FWI.
2.1.1 Índice FWI2 e Sub-Índices do FWI: Índice de Seca e a Taxa Diária de Severidade
A Figura 3a mostra que o valor médio de DC (448) em julho de 2016, no Continente, era
inferior ao valor médio (707) do período de referência, 1999-2014, sendo o mais baixo da
série dos anos de 2003 a 20016.
Os valores médios de DC nas regiões Norte (376), Centro (420) e Sul (552) foram os segundos
valores mais baixos, a seguir ao ano de 2007 e ao ano de 2011 na região Sul (Figura 3b).
(a)
(b)
Figura 3 – Valor médio do índice de seca. (a) Continente, (b) Regiões Norte, Centro e Sul.
2 FWI = Fire Weather Index – índice meteorológico de perigo de incêndio florestal, desenvolvido pelo Serviço
Meteorológico Canadiano. Para mais informações consultar www.ipma.pt
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A análise dos valores acumulados do DSR nos últimos 14 anos (2003 a 2016), desde janeiro
até 31 de julho, Figura 4a e no mês de julho, Figura 4b, verifica-se:
No final de julho ano de 2016 o valor acumulado de DSR, desde 1 de janeiro, é o quarto
mais baixo dos últimos 14 anos e o ano de 2005 apresenta o valor mais elevado de DSR;
Considerando o valor acumulado do DSR no mês de julho, verifica-se que, em 2016, é o
quinto mais alto, inferior ao dos anos de 2004 - o mais elevado, 2005, 2010 e 2012.
(a)
(b)
Figura 4 – Evolução da taxa diária de severidade.
Evolução da taxa diária de severidade no Continente de 2003 a 2016, (a) janeiro a julho, (b)
de 1 a 30 de julho.
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2.1.2 Sub - Índices do FWI: Índice de Combustíveis e Índice de Propagação Inicial
O índice do teor de humidade dos combustíveis finos, FFMC, indicador da adversidade diária
das condições meteorológicas, registou, em geral, na primeira metade do mês, valores acima
da mediana, exceto nos dias 6 a 8, devido à ocorrência de precipitação, e valores entre o
percentil 75 e percentil 90 na segunda metade do mês, Figura 5a.
Na (Figura 5b), apresentam-se os valores médios diários no Continente do índice de
propagação inicial, ISI, verificando-se que, a partir do dia 10, registaram-se, em média,
valores elevados, entre a mediana e o percentil 90. Estes valores elevados do ISI, devido aos
valores elevados da intensidade do vento de noroeste nas regiões do litoral oeste e na
região Sul, assim como nas das terras altas, contribuíram significativamente para o aumento
do índice FWI e por conseguinte para a intensidade dos incêndios.
(a)
(b)
Figura 5 – Evolução diária do índice FFMC. (a) Evolução diária do índice FFMC médio no Continente em julho de 2016 e comparação com os percentis (b) Evolução diária do índice ISI médio no Continente em julho de 2016 e comparação com os percentis.
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2.1.3 Evolução da média diária do FWI
A Figura 6a apresenta a evolução do valor médio diário do FWI de julho no Continente e os
percentis, P50,P75 e P90. Até ao dia 9 de julho, o valor médio do FWI esteve, em geral,
abaixo do percentil 50. A partir do dia 9, verifica-se uma subida muito significativa vindo a
registar-se valores do FWI entre o percentil 75 e 90 até ao dia 29, refletindo a adversidade
das condições meteorológicas para o combate aos incêndios nas duas últimas década de
julho.
A Figura 6b mostra que nas regiões do Norte e Centro e Sul, o comportamento do FWI foi
uniforme, com a subida a partir do dia 9 de julho, verificando-se valores acima do percentil
90 na região Sul.
(a)
(b)
Figura 6 – Evolução média diária do FWI Evolução diária do FWI médio em junho de 2016 e comparação com os percentis. (a) Continente, (b) regiões: Norte (RN), Centro (RC) e Sul (RS).
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2.2 Índice de Risco Conjuntural Meteorológico, RCM: Mapas das classes de risco de incêndio observadas ao nível do concelho
Os mapas com as classes de risco de incêndio, RCM3 (Anexo I) mostram que no mês de julho,
até ao dia 13, as classes de risco predominantes foram: i) Reduzido ou Moderado nas
regiões do Litoral Norte e Centro ii) Moderado ou Alto nas restantes regiões e, alguns dias,
Muito Alto na Beira Interior, iii) no dia 5, em todo o território, a classe de risco foi a de
Reduzido; a partir do dia 14 as classes de risco predominantes foram de iv) Alto ou Muito
Alto e, alguns dias, Máximo na Beira Interior e em Monchique.
2.2.1 Evolução da média do risco de incêndio desde 2006
Na Figura 7, apresenta-se o comportamento da média do risco de incêndio, RCM, no
Continente, nas regiões Norte, Centro e Sul, no mês de julho nos anos de 2006 a 2016.
O valor médio do RCM de julho de 2016, no Continente, foi de 2,9, o terceiro mais alto desde
2006, a seguir ao de 2010, com 3,3, e ao de 2012 com 3,0. Na região Norte o valor do RCM
foi o segundo mais elevado, só ultrapassado pelo do ano de 2010. Na região Centro o valor
do RCM foi o quarto mais elevado, ultrapassado pelos anos de 2010, 2012 e 2015. Na região
Sul o valor de RCM situou-se dentro da maioria dos anos, igual ao dos anos de 2009, 2011 e
2015 e inferior ao dos anos 2010 e 2012.
A Figura 8 mostra a subida significativa do risco de incêndio a partir do dia 9, verificando-se
valores de RCM nas regiões Norte e Centro superiores ao da região Sul a partir do dia 14 de
julho.
3 RCM= Risco Conjuntural Meteorológico – classes de risco de incêndio resultantes da integração do índice FWI
para Portugal Continental com o risco conjuntural (risco estrutural atualizado com as áreas ardidas do ICNF
(Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas). Para mais informações consultar www.ipma.pt
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Figura 7 – Média do Risco de Incêndio, RCM. Média do Risco de Incêndio, RCM, em Portugal Continental e nas regiões Norte, Centro e Sul no período de 2006 a 2016.
2.2.2 Evolução diária do risco de incêndio, RCM.
O valor médio diário do risco de incêndio RCM em junho de 2016, no Continente, esteve, em
geral, entre 1 e 2, tomando valores entre 2 e 3 nos últimos dez dias do mês (Figura 10).
Figura 8 – Evolução diária da média do Risco de Incêndio, RCM. Evolução diária da média do risco de incêndio em Portugal Continental e nas regiões Norte, Centro e Sul.
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2.3 O Índice de Risco ICRIF
No Anexo II mostram-se os mapas diários do IOT25 (ICRIF4 Over Threshold com o limiar 25),
ou seja, da percentagem de área dos concelhos de Portugal Continental com valores de ICRIF
acima de limiar 25, para o mês julho de 2016.
Da análise destes mapas, pode concluir-se que o mês de Julho foi caraterizado por um risco
relativamente baixo de 1 a 9 de Julho, tendo-se observado uma ligeira subida do risco no dia
3, seguida de uma descida significativa a 5 de Julho, em todo o país. A partir de 6 de Julho os
valores de risco de incêndio florestal aumentaram, gradualmente, em todo o país, até ao dia
9, a partir do qual os valores de risco IOT25 estiveram próximos do percentil 95 até ao final
do mês. No final do mês é observada uma descida do risco, especialmente nas regiões do
litoral Centro e Sul, de 25 para 27 de Julho, e nas restantes regiões de 29 a 30 de Julho.
Na Figura 9 apresentam-se os valores diários da percentagem de área do índice de risco
ICRIF acima do limiar 25, IOT25, nas três regiões do território continental - Norte, Centro e
Sul, comparados com os respetivos valores do percentil 95 para o mês de Julho no período
de referência 1999-2014.
Os valores diários de risco IOT25 observados nas regiões do Norte, Centro e Sul (Figura 9)
mostram um comportamento semelhante, com valores mais baixos no início do mês (exceto
a pequena subida a 3 de Julho), e valores próximos do percentil 95, desde o dia 10 até 28 de
Julho, com uma ligeira descida do risco no final do mês.
No período de 10 a 28 de Julho, na Região Norte (eixo secundário) observaram-se valores de
risco IOT25 sempre ligeiramente inferiores ao percentil 95, enquanto na Região Centro
observaram-se dois períodos em que foi ultrapassado o percentil 95, a 15 e de 24 a 26 de
Julho, e na Região Sul o valor do percentil 95 foi ultrapassado a 12 de Julho.
4 ICRIF = O índice meteorológico combinado de risco de incêndio florestal baseado em 3 sub-índices: índice
estrutural, associado ao tipo de coberto vegetal baseado no CORINE; índice ligado ao risco conjuntural
calculado diariamente com base no FWI; Um sub-índice que representa um agravamento do risco ligado ao
estado da vegetação, representada pelo valor do NDVI, calculado com base na melhor das imagens NOAA.
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O valor médio da área de risco elevado, IOT25, do mês de Julho de 2016, na região Norte, foi
semelhante ao respetivo valor médio do período de 1999 a 2014 (Figura 10) de Julho,
semelhante ao de 2015 e superior ao de 2014. Para a região Centro o valor médio do IOT25
para Julho de 2016, foi superior ao valor médio do período 1999 a 2014 e ao de 2014, mas
ligeiramente inferior ao respetivo valor médio de 2015. Na região Sul pode verificar-se que o
valor médio para Julho de 2016 foi nitidamente superior ao valor médio de Julho para o
período de referência, 1999 a 2014, e ao valore médio de julho de 2014, sendo ligeiramente
superior ao valor médio de 2015.
Figura 9 – Evolução diária da percentagem de área de risco, IOT25. Evolução diária em Julho de 2016, da percentagem de área de risco com valor de ICRIF superior a 25 (IOT25), valor médio, percentil 95 e valor máximo do IOT25 para o período 1999 a 2014, na região Norte (laranja), região Centro (vermelho), região Sul (Castanho).
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Figura 10 – Percentagem de área de risco com valores de ICRIF superior a 25 (IOT25). Valor médio da percentagem de área de risco com valores de ICRIF superior a 25 (IOT25) em Julho de 2016, média de Junho nos anos 2015 e 2014 e no período de 1999 a 2014, nas regiões Norte, Centro e Sul.
A Figura 11 mostra que existe uma boa correspondência entre a evolução diária da área
de risco elevado (IOT25) e do número de ocorrências de incêndios florestais no mês de
julho.
Figura 11 – Evolução diária da área de risco elevado (IOT25). Evolução diária da área de risco elevado (IOT25) para Portugal Continental e o número diário de ocorrências, em Julho de 2016 Ocorrências fonte [ICNF, 1 de agosto de 2016].
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3. Avaliação das previsões do índice meteorológico de risco incêndio florestal, FWI.
A Figura 12 mostra a comparação entre os valores previstos do FWI para as 24, 48 e 72 horas
calculados com os valores previstos da temperatura, humidade relativa do ar, da intensidade
do vento e da precipitação acumulada em 24 horas (12 às 12 UTC) pelo modelo numérico de
previsão de área limitada ALADIN e os valores do FWI calculado com os dados observados
nas estações meteorológicas.
Verifica-se que as previsões do FWI, no mês de julho, foram sobrestimadas, apresentando
um desvio médio ou viés (Bias) positivo entre de 1.5 e 1.8 e um desvio médio quadrático,
RMSE, entre 9.6 a 12.0. Os valores do coeficiente de determinação, R2, foi relativamente
baixos, sendo de 0.61 e 0.55 para a previsão a 24 horas e a 48 horas, respetivamente e,
muito baixo de apenas de 0.24 para a previsão a 72 horas.
Figura 12 - O índice FWI observado e previsto. O índice FWI observado e previsto no mês de julho de 2016. Previsões a 24 horas (azul), a 48 horas (vermelho) e a 72 horas (verde).
Os maiores desvios do FWI previsto em relação ao observado estiveram entre 5 e 10,
incidindo na região Sul e no litoral oeste e aumentando para a previsão a 72 horas. Estes
desvios deveram-se sobretudo à subestima da previsão da humidade relativa nas regiões do
litoral, em especial no Algarve e à subestima da intensidade do vento, em especial nas terras
altas do interior e no litoral da região Sul.
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4. Quantidade de Carbono libertado na atmosfera por incêndios florestais
A Figura 13a apresenta (a preto) os valores diários da quantidade de CO2 equivalente
libertado na atmosfera por ação dos incêndios florestais (a vermelho), estimado com base
no produto FRP (Fire Radiation Power) da LSA SAF (Land Surface Analysis Satellite
Application Facility). Para mais informação consultar a página http://landsaf.meteo.pt.
O CO2 equivalente libertado para a atmosfera é estimado a partir do Carbono libertado para
a atmosfera (aproximadamente 4 vezes maior).
Incluiu-se na mesma Figura, a vermelho, a evolução diária das áreas ardidas (ha).
Ocorrências, [ICNF, em 1 de agosto de 2016].
O produto FRPPIXEL da LSA SAF serve também para localizar as áreas das ocorrências de
incêndios florestais, como se pode verificar na Figura 13b.
Verifica-se um desfasamento, a nível diário, entre as áreas ardidas por incêndios florestais e
o CO2 equivalente libertado, especialmente em áreas pequenas
.
(a)
(b)
Figura 13 – Evolução diária da quantidade de CO2 equivalente e mapeamento das ocorrências. (a)Evolução diária da quantidade de CO2 equivalente libertado na atmosfera por ação dos incêndios florestais, em todo o País, valores calculados com base no FRP (linha a preto, toneladas, t). Evolução diária da área ardida em todo o País (linha a vermelho, ha). (b) Mapeamento das ocorrências de incêndios florestais no mês de Julho de 2016, baseado no produto FRPPIXEL da LSA SAF. Área ardida, fonte [ICNF, 1 de agosto de 2016].
O valor total de CO2 equivalente libertado para a atmosfera por incêndios florestais em Julho
de 2016 é o segundo valor mais baixo, a seguir ao valor observado em 2014. O mesmo se
pode observar para todo o país na Figura 14.
No entanto, nos Distritos de Vila Real, Porto e Évora os valores estimados de CO2
equivalente libertado em Julho de 2016 foram os mais elevados desde 2011. No Distrito de
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Castelo Branco foi estimado o valor mais elevado de CO2 equivalente libertado por incêndios
florestal em Julho de 2016, sendo este valor o segundo mais elevado registado no Distrito,
depois do registado em 2011.
Figura 14 – Total de CO2 equivalente libertado para a atmosfera por incêndios. Total de CO2 equivalente libertado para a atmosfera por incêndios em Julho, nos anos de 2011 a 2016, para Portugal Continental, baseado no produto FRPPIXEL da LSA SAF.
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A Tabela 1 apresenta, em toneladas, os resultados das emissões de CO2 libertado nos
distritos de Portugal Continental em Julho de 2016 e, em Julho de 2011 a 2015.
Tabela 1- CO2 equivalente libertado pelos incêndios florestais em Portugal Continental em
julho de 2011 a 2016
Distritos 2011 2012 2013 2014 2015 2016
V. Castelo 2926,3 0,0 28,4 0,0 3131,6 1587,1
Bragança 35738,8 30082,5 149241,7 6161,5 45004,7 11938,2
V. Real 1195,0 363,6 5652,1 256,5 1810,1 7400,3
Braga 20595,9 410,3 1883,3 109,1 9379,3 3773,6
Porto 3698,4 394,5 760,7 0,0 723,5 4167,7
Viseu 27148,3 23147,8 12434,5 1582,5 8972,5 2821,0
Guarda 7579,2 12715,7 12716,9 8495,9 31787,4 11771,4
Aveiro 208,4 856,6 31439,1 4499,5 27,2 5613,2
Coimbra 3037,3 11629,9 1475,9 90,0 2068,3 571,3
C. Branco 36160,7 2160,6 7157,1 418,6 9581,8 22128,9
Leiria 9,0 8870,4 570,9 0,0 4169,8 65,4
Santarém 161,7 26400,2 2853,6 0,0 9237,6 8864,2
Portalegre 34,6 5778,1 2493,5 1471,3 145,3 2144,2
Évora 161,6 2107,7 1021,4 95,2 925,3 2485,8
Lisboa 126,1 1544,2 547,5 416,1 134,2 873,5
Setúbal 0,0 214,6 33,2 80,9 724,6 428,3
Beja 55,9 491,7 13767,1 1628,9 939,8 447,2
Faro 0,0 318655,9 170,1 26,6 36,9 497,2
TOTAL 138837,4 445824,5 244246,9 25332,7 128800,0 87578,6
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ANEXOS
ANEXO I - Mapas diários das classes de Risco de Incêndio, RCM, observado ao nível do concelho em julho de 2016
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Figura 1.AI – Mapas das classes de Risco de Incêndio observado a nível de Concelho no mês de julho
de 2016 (1 a 16).
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Figura 2.AI – Mapas das classes de Risco de Incêndio observado a nível de Concelho no mês de julho
de 2016 (17 a 31).
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ANEXO II - Mapas diários do IOT25 (ICRIF Over Threshold) ao nível de concelhos de Portugal Continental, em julho de 2016
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Figura 1.AII – Mapas diárias de IOT25 a nível de Concelho no mês de julho de 2016 (1 a 16).
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