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Relatório de Sustentabilidade - Usina Santa Adélia Safras 2009/2010 e 2010/2011
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Apresentamos com satisfação a primeira edição do Relatório de Sustentabilidade da Usina Santa Adélia S/A, referente as duas safras entre os anos de 2009 e 2011. [2.1] Em março de 2009, inserimos em nosso planejamento estratégico metas de médio e longo prazos para atendermos aos compromissos socioambientais voluntários, entre os quais o Protocolo Agroambiental e o Compromisso Nacional – Aperfeiçoamento das Condições de Trabalho na Cana-de-açúcar. Nossos planos de sustentabilidade incluem, além do atendimento aos requisitos legais, o compromisso da organização junto às comunidades e municípios onde está inserida. Num processo de envolvimento de diversas partes interessadas, ouvimos estrategicamente nossos fornecedores, representantes de sindicatos, instituições públicas e financeiras, clientes, colaboradores, acionistas e outros, cujas sugestões foram avaliadas, priorizadas e consideradas em nossa gestão e inseridas neste relatório. Nossos esforços concentram-se principalmente em três aspectos: o primeiro é atendermos à eliminação da queima controlada até 2014, aumentando as áreas de colheita mecanizada e reduzindo a queima da palha de cana-de-açúcar, conforme Protocolo Agroambiental, firmado em 2007; o segundo é a realocação de nossa mão de obra por meio de programas de qualificação e capacitação profissional para outras áreas; por último, reduzir a necessidade do uso de águas em nosso processo produtivo. Nesse caminho, concluímos a Estação de Tratamento de Efluentes em Jaboticabal. Em Pereira Barreto, a usina conta com o tratamento desde sua implantação em 2007. Fortalecemos nossas relações com as partes interessadas, buscando entender suas demandas e integrando-as ao planejamento estratégico da empresa. A Usina Santa Adélia é consciente de que a cultura de sustentabilidade é necessária para o sucesso e a continuidade do seu negócio. Por isso, reforça seu compromisso com a qualidade de vida desta geração, das futuras e entende que a base do desenvolvimento sustentável é nossa forma de pensar. No desafio de equilibrar o crescimento econômico com o desenvolvimento socioambiental, nossos profissionais estão comprometidos com a gestão sustentável em suas tomadas de decisões e cientes de que ainda há muito a ser realizado. Nossa historia até aqui foi de muito trabalho e temos pela frente grandes desafios, seguros de nosso processo de melhoria contínua. Boa leitura! Norberto Bellodi Diretor Superintendente
Mensagem do Presidente
3
Perfil da
Organização
4
Na década de 1930, no município de Jaboticabal, em São Paulo, a família
Bellodi iniciou o plantio de cana-de-açúcar na “Fazenda do Coco” para a
produção de rapadura, aguardente e açúcar.
Em 1943, rumo à industrialização, tratores substituem os antigos carros
de bois e novos equipamentos são adquiridos para a produção de açúcar
cristal.
[2.1]
Em 1958, a antiga “Fazenda do Coco” é rebatizada com o nome de Usina
Santa Adélia S/A. A verdadeira arrancada para o crescimento aconteceu
em 1974, quando a Usina passou por um processo de modernização,
investindo em tecnologia, equipamentos, automação e qualidade.
A partir de 1978, o melaço, que até então era vendido para uma
indústria de fermento, passa a ser usado pela Usina na produção de
Etanol.
Com o constante aperfeiçoamento tecnológico, associado ao empenho
de seus funcionários, a Usina Santa Adélia cresceu e desenvolveu-se.
No ano de 1992, teve início o processo de secagem de levedura,
subproduto obtido a partir do processo de fermentação de caldo de
cana-de-açúcar, destinada aos mercados, interno e externo, para
composição de rações animais.
Uma trajetória de sucesso
5
Em 2003, a empresa
adequou sua unidade
para geração e
exportação de
energia elétrica limpa
e renovável, por meio
da cogeração de
bagaço e da palha da
cana-de-açúcar, para uma exportação média horária de
aproximadamente 20 MW, com capacidade para abastecer uma cidade
com 70 mil habitantes.
Em 2004, a Usina Santa Adélia decidiu expandir suas atividades em busca
de maior competitividade e produtividade no mercado, sendo a cidade
de Pereira Barreto, São Paulo, escolhida para a instalação de uma nova
unidade.
Já em 2007, começa a moagem e cogeração de energia nessa unidade.
Com a ampliação de sua atuação, a empresa passou a moer 3 milhões de
toneladas de cana por safra, para a produção de etanol e exportação de
energia.
6
Na safra 2010/2011, a Usina Santa Adélia atingiu sua capacidade máxima
de produção chegando a 3.264 milhões de sacas de açúcar, 300 mil
metros cúbicos de etanol e 240 MWh de energia elétrica, atingindo uma
moagem recorde de 4.639 milhões de toneladas de cana.
Atualmente, é uma das principais produtoras do setor sucroenergético
da região Centro-Sul do Brasil. Sua capacidade de produção, na safra
de2010/2011, foi 3.264 milhões de sacas de açúcar, 300 mil metros
cúbicos de etanol e 240 MWh de energia elétrica, atingindo uma
moagem recorde de 4.639 milhões de toneladas de cana.
[2.2-2.6]
A Usina Santa Adélia S/A é de uma empresa de capital fechado,
associada ao sistema integrado da Copersucar, que, por meio desta
parceria, comercializa o açúcar e o etanol para os mercados interno e
externo, não possuindo assim marcas próprias.
Os principais produtos derivados da cana-de-açúcar da Usina Santa
Adélia são o açúcar cristal branco, produzido segundo padrões técnicos
da Copersucar, nos tipos: 2 (2A, 2B, 2C e 2G); 3 (3A, 3B e 3C); VHP e
VVHP, além do etanol anidro A1 e do etanol anidro A2, etanol hidratado
carburante (EHC), etanol anidro carburante (EAC), conforme
especificações da agência reguladora federal ANP (Agência Nacional do
Petróleo).
Por se tratar de uma cooperada do grupo Copersucar, as informações
referentes aos países atendidos não são de conhecimento da
organização.
7
2.7 Mercados atendidos (incluindo discriminação geográfica, setores atendidos e tipos de clientes/ beneficiários).
[2.3-2.4-2.5]
Com sede localizada na cidade de Jaboticabal, São Paulo, Brasil, e uma
filial, na cidade de Pereira Barreto, São Paulo, Brasil, a Usina Santa Adélia
desempenha um papel importante no mercado sucroenergético na
região Centro-Sul do Estado de São Paulo.
2.10 Reconhecimento do setor No período de cobertura deste relatório, a Usina Santa Adélia recebeu
diversos prêmios que reafirmam o seu compromisso com o
desenvolvimento do setor, fruto de um notório trabalho de seus
profissionais e da aplicação da mais alta tecnologia em seus processos.
Agrícola
Na safra de 2009/2010, o departamento agrícola foi contemplado com o
prêmio “Empresa Campeã de Produtividade Agrícola” da região Centro-
Sul do Brasil, classificando-se entre as 15 melhores empresas canavieiras
do País e alcançando excelente índice de produtividade e longevidade de
seus canaviais.
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Laboratório Industrial
Na safra de 2010/2011, o laboratório industrial, em Jaboticabal, obteve
100% de atendimento na auditoria de “Diferencial de Serviços” –
processo dirigido pela Copersucar, destacado como o principal ponto
forte da indústria.
Laboratório de Solos
Anualmente, o laboratório de análise de solo participa do “Programa de
Qualidade de Análise de Solo – Sistema IAC” e novamente na safra de
2010 foi contemplado com o uso dos selos para Análises Básicas e
Granulometria.
Indústria
A Usina Santa
Adélia foi
contemplada
com o Prêmio
Cana Invest
2010,
promovido
pela Revista Canamix, em Ribeirão Preto. A empresa foi premiada na
categoria “Eficiência Industrial”, pela tecnologia implantada no setor. A
escolha das usinas premiadas foi feita por meio de pesquisas entre
profissionais, pesquisadores e consultores especializados no setor
sucroenergético.
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Mão de obra No ano de cobertura deste relatório, a Usina Santa Adélia contou com uma média de 4 mil
funcionários, sendo cerca de 1.353 das contratações, por tempo determinado, que
corresponde aos empregados contratados para trabalhar na safra.
Em Jaboticabal, com o avanço da colheita mecanizada de cana crua, foi registrado um
aumento do número de empregados com a implantação do terceiro turno na safra 2010/2011.
Ainda em Jaboticabal, com a expansão da área de plantio, novos funcionários foram
contratados.
Na unidade de Pereira Barreto, assim como na de Jaboticabal, o crescimento da colheita
mecanizada demandou a contratação de um número maior de profissionais especializados no
período de 2010/2011.
[2.8]: Número de empregados no período de abrangência do relatório
[2.8]: Receitas, Capitalização Total e Ativo
10
[2.9] Durante o período de abrangência deste documento, não ocorreram mudanças na estrutura ou nas operações da organização.
11
Para o ano de 2009, os dados contábeis referem-se ao período de 2 de janeiro a 31 de
dezembro. Em 2010, os dados são referentes ao período de 2 de janeiro a 31 de março de
2011. Isto se deve à necessidade de se compatibilizar o ano-safra com o balanço contábil, e
ambos serão publicados a partir de 2011, com período de 1º de abril a 31 de março.
A redução da dívida patrimonial líquida sobre o patrimônio líquido deve-se principalmente ao
pagamento dos financiamentos realizados para a construção da unidade de Pereira Barreto,
que iniciou suas operações em 2007.
O incremento nas despesas com salários e benefícios de empregados deu-se, em grande parte,
pelo dissídio coletivo de 7%, nas safras 2009/2010 e 2010/2011, e pelas novas contratações
devido à expansão de áreas de produção agrícola.
[EC1]: Valor econômico direto gerado e distribuído, incluindo receitas, custos operacionais, remuneração de empregados, doações e outros investimentos na comunidade, lucros acumulados e pagamentos para provedores de capital e governos.
Desempenho Econômico
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Perfil do Relatório
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[3.1-3.2]
A Usina Santa Adélia divulga seu primeiro relatório de sustentabilidade elaborado de acordo
com o modelo GRI (Global Reporting Initiative). Esse documento contempla os resultados
obtidos nos anos-safra de 2009/2010 e 2010/2011, que compreende o período de 01º/04/2009
a 31/03/2011. O objetivo da organização, com a divulgação do relatório, é tornar público seus
valores éticos e compromissos socioambientais.
Por se tratar de uma ferramenta de gestão, sujeita a avaliações constantes, a empresa optou
pelo atendimento ao nível C de relatório da GRI. O documento não passará por auditoria de
terceira parte e será avaliado pela GRI Checked.
O presente documento será disponibilizado em versão digitalizada no site institucional da
empresa: www.usinasantaadelia.com.br.
[3.4]
Para garantir a transparência no conteúdo do relatório, foi criado um canal de comunicação por
meio do endereço eletrônico: gri@usinasantaadelia.com.br. Todas as partes interessadas
poderão solicitar esclarecimentos ou sugerir melhorias que possam aprimorar a gestão da
sustentabilidade da Usina Santa Adélia.
[3.3]
A publicação do relatório será bianual, ou seja, um relatório a cada dois anos cobrindo todo o
período. A cada novo documento, a Usina Santa Adélia reassumirá o compromisso de rever seus
processos internos e analisar a evolução dos indicadores relatados, buscando soluções para
possíveis mudanças e com olhar no futuro.
Perfil do Relatório
14
3.5 Processo para a definição do conteúdo do relatório
Para a elaboração do primeiro relatório de sustentabilidade, a Usina Santa Adélia contou com o
apoio de uma empresa de consultoria que ofereceu todo o suporte técnico para o
desenvolvimento do trabalho. O processo de definição do conteúdo do relatório ouviu as partes
interessadas, buscando a transparência com acionistas, fornecedores de cana, sindicatos e
demais parceiros.
Uma equipe interna, composta por profissionais das áreas de meio ambiente, qualidade,
comunicação, saúde e segurança, suprimentos e relações trabalhistas, foi recrutada para
trabalhar de forma integral na produção do relatório. Esse grupo foi o responsável pelo
levantamento das informações e da avaliação do que a empresa iria reportar neste primeiro
relatório GRI, a partir de uma lista dos indicadores mais representativos.
A primeira etapa foi a extração dos dados dos sistemas utilizados na Usina para a composição
dos indicadores e, em seguida, a aprovação das informações com os departamentos
responsáveis.
Uma das preocupações da Usina Santa Adélia, para a definição do conteúdo do relatório GRI, foi
a apresentação dos resultados dos compromissos socioambientais assumidos pela organização,
como o Protocolo Agroambiental, o Zoneamento e o Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as
Condições de Trabalho na Cana-de-Açúcar.
3.6 Limite do Relatório
Para a definição do limite do relatório GRI da Usina Santa Adélia, foi adotada a matriz de
Impacto e Influência. Para as unidades onde a Usina Santa Adélia exerce influência de controle,
serão relatados os dados operacionais, informação de gestão e estratégia:. Unidades Jaboticabal
e Pereira Barreto (quadrantes C1).
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Gráfico da Matriz de Impacto e Influência
[3.8] A Usina Santa Adélia não mantém joint ventures, subsidiárias, nem operações terceirizadas
que possam afetar significativamente a comparabilidade entre organizações ou período de
abrangência deste documento.
[3.9] Para a geração dos indicadores socioeconômicos deste documento, a Usina Santa Adélia
optou por centralizar as extrações dos dados a partir do seu principal banco de dados,
controlado pelo ERP Corporativo, baseado no período definido no perfil do relatório [item 3.1].
O levantamento dos indicadores ambientais relacionados às áreas administradas pelas unidades
da Usina Santa Adélia partiu das planilhas de controle e gestão dos compromissos assumidos.
Para áreas não administradas (fornecedores), cujos dados não estão em poder da empresa, os
mesmos foram estimados assumindo uma posição conservadora (considerando ineficiências
maiores).
Todos os dados passaram por compilação em reunião envolvendo a gerência, no dia 15 de
dezembro de 2010. Os dados foram revalidados e aprovados pela diretoria e gerência, em 23 de
maio de 2011.
16
*Fluxograma para coleta de informações para composição dos indicadores. [3.10] [3.11] [3.13] A partir de 2011, o período do fechamento do balanço econômico (ano fiscal) será
compatibilizado com o ano-safra, que corresponde aos meses de abril a maio. Nos anos
anteriores, o balanço econômico era realizado de janeiro a dezembro.
Apenas os dados contábeis e financeiros presentes neste relatório são auditados anualmente
pela Adner Consultoria.
A gestão de fornecedores
Atualmente, a Usina Santa Adélia conta com aproximadamente 200 fornecedores de cana que,
se fossem encaixados no gráfico, estariam distribuídos nos quadrantes 1 e 2 (ver gráfico
“Impacto Socioambiental” na pág. 14).Por este motivo, os dados de fornecedores relatados
neste documento limitam-se às iniciativas adotadas pela Usina Santa Adélia.
Produção de cana crua e queimada da Usina Santa Adélia e a participação de fornecedores:
17
Na última safra, a participação de cana de fornecedores representou 36% do total de
cana-de-açúcar moída. Em Jaboticabal, os fornecedores representam 45%, e em Pereira Barreto,
30%.
Em 2009/2010, a participação de fornecedores cresceu devido a maior disponibilidade de cana-
de-açúcar nas regiões próximas as nossas plantas industriais.
Relacionamento
A Usina Santa Adélia mantém regularmente uma agenda de encontros com os fornecedores de
cana-de-açúcar, com o objetivo de estimular o desenvolvimento de boas práticas sustentáveis,
por meio de reuniões e orientações técnicas.
Pioneirismo Pesquisa de caráter inédito deu início a uma série de ações dirigidas ao fornecedor
Dentro do período de cobertura do relatório, a Usina Santa Adélia desenvolveu um estudo
pioneiro no setor para mensurar o nível de satisfação dos seus fornecedores de cana-de-açúcar.
A partir de uma pesquisa quantitativa e qualitativa, foi possível identificar valores, detectar
problemas e elaborar planos de ações que vão atuar diretamente no fortalecimento da relação
com o fornecedor.
A parceria com os fornecedores representa, para a Usina Santa Adélia, cerca de 20 mil hectares
de terra, com um potencial de produção de 1,658 milhão de toneladas de cana por safra.
A pesquisa abrangeu mais de70 fornecedores de
cana, incluindo Jaboticabal e Pereira Barreto, a
partir de critérios que permitiram traçar o perfil de
cada zona e região, avaliar as práticas de plantio,
de preparo do solo, de colheita (manual e
mecanizada), do sistema financeiro, do fornecedor
online (gestor online), do atendimento, e
relacionamento, entre outros serviços.
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Adequação do canavial para colheita mecanizada
Com a proximidade do fim da colheita manual da cana-de-açúcar, a Usina Santa Adélia
antecipou-se e lançou, em 2007, o Manual do Fornecedor – Adequando o Canavial para a
Colheita Mecanizada. A iniciativa auxiliou o fornecedor na adaptação para este processo,
apresentando as vantagens da mecanização para minimizar o impacto ambiental devido à
dispensa da queima da cana.
Com o alto índice de mecanização, a publicação é utilizada até hoje como um guia referencial
que orienta fornecedores no preparo e na manutenção de sua propriedade para os bons
resultados da colheita mecanizada.
Escopo do relatório
Para efeito do cálculo de emissões indiretas de fornecedores, foi necessário estimar o uso de
fertilizantes, defensivos e combustíveis, uma vez que essas informações não fazem parte da
gestão interna da organização.
[3.7] Todas as informações dos indicadores sociais e trabalhistas limitam-se aos empregados
contratados diretamente, sejam safristas ou efetivos.
Outros fornecedores
O presente documento corresponde às atividades administrativas, agrícolas e industriais da
Usina Santa Adélia. Fornecedores de insumos e produtos como cal, ácido sulfúrico,ácido
fosfórico e enxofre foram posicionados dentro do quadrante [3] da matriz de Impacto e
Influência(ver gráfico “Impacto Socioambiental” na pág. 14), baixa influência e baixo impacto,
por esse motivo não foram mencionados neste relatório. É importante ressaltar que dados de
consumo foram utilizados como base de cálculos para a elaboração do Inventário de Emissões e
do Balanço de Eficiência Energética da empresa.
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Prestadores de Serviços
Durante a entressafra da cana-de-açúcar, ocorre a contratação de empresas especializadas para
a manutenção industrial. São atividades como pinturas, serviços de solda, calibrações e
aferições, entre outros. Esse número é de aproximadamente 180 pessoas. Estas empresas foram
classificadas dentro do quadrante [1] da matriz de Impacto e Influência (ver gráfico “Impacto
Socioambiental” na pág. 14). Foram avaliadas as qualificações em apenas alguns segmentos:
manutenção de pneus; cotésia e fungos; manutenção de extintores; facas de corte de base;
transporte de resíduos; mineradora (fornecedor da cal).
Atualmente, encontram-se ativos na carteira de fornecedores da Usina Santa Adélia 5.280
empresas, o que não significa, necessariamente, que a organização mantenha negócios com
todas.
20
Governança
Corporativa
21
A Usina Santa Adélia S/A é uma empresa de capital fechado, com uma estrutura de
governança definida pelo Estatuto Social, de acordo com a Legislação Brasileira.
[4.1] [4.2] [4.3] Em 9 de junho de 2008, foi aprovada a criação do Conselho de Administração da
Companhia, composto por 7 (sete) membros, eleitos pelos acionistas para um
mandato de 3 (três) anos, encerrando-se na Assembleia Geral Ordinária de 2011.
O Conselho de Administração é formado por Delphino Bellodi, Aldeyr Antonio Bellodi,
Norberto Bellodi, Aldeir Bellodi Pedro, Renata Dantas Bellodi Duarte dos Santos,
Luciano Dantas Bellodi e Antonio Sérgio Ferreira. Em razão da criação do Conselho de
Administração da Companhia, os Conselheiros renunciaram aos seus cargos de
Diretoria Executiva.
As eleições dos conselheiros ocorrem em Assembleia Geral Ordinária anual que elege
o Presidente do Conselho de Administração e os membros da Diretoria da Companhia.
Na formação do Conselho de Administração, existem membros independentes não
familiares.
Estrutura da Governança
Governança Corporativa
22
[4.4] Projeto Grande Desafio – Todos na mesma direção
No ano de 2009, a diretoria da organização, juntamente com a gerência, estabeleceu
metas para os próximos 5 anos. O planejamento estratégico foi importante para
direcionar e orientar as ações no nível macro da empresa, orientar programas,
projetos e atividades e alinhar esforços para objetivos comuns.
Para conquistar estes resultados, foi adotado o Projeto Grande Desafio, que resultou
nas seguintes metas:
1 - Reduzir custo para R$ 21,00 por Unicop:
É necessário buscar formas de economizar em despesas ou aumentar a receita com o
objetivo de chegar ao patamar de R$ 21,00 por Unicop (unidade de medida de
produção utilizada pela Copersucar).
2 - Moer 4,9 milhões de toneladas de cana:
Projeto para ampliar a moagem da empresa e reduzir o custo unitário de produção.
3 - Aumentar em 20% a venda de energia elétrica em Jaboticabal:
Projeto para ampliar a venda de energia elétrica, aumentando a geração de energia e
reduzindo seu consumo interno.
4 - Projeto GRI:
Projeto para a certificação da Usina junto ao GRI, quanto às responsabilidades social,
ambiental e econômica.
5 - Projeto Mudança de Atitude (PMA):
O objetivo do treinamento chamado PMA foi direcionar as atitudes em busca das
grandes metas da Usina Santa Adélia.
Treinamento para evolução das atitudes, comportamentos e desempenho de todos os
colaboradores, que servirão como base para atingir as demais diretrizes.
23
[4.8] A Usina Santa Adélia conduz todas as suas atividades, buscando sempre as
melhores práticas para o desenvolvimento sustentável.
Missão
Produzir energia e alimentos agroindustriais com qualidade e sustentabilidade.
Aspiração
Queremos ser a empresa mais rentável do setor, respeitando nossos valores.
Valores
Ética
Representa o modo de ser de nossa empresa.
Respeitamos os princípios morais da sociedade.
Excelência
Representa a melhoria contínua de nossos processos.
Pretendemos atingir e manter vantagens competitivas em nosso negócio.
Responsabilidade socioambiental
É agir respeitando e promovendo o bem-estar de todas as pessoas e comunidades que
se relacionam conosco, preservando o meio ambiente.
Orgulho de ser Santa Adélia
Orgulhamo-nos de pertencer a esta empresa, porque ela pratica seus valores.
Gostamos de nos sentir responsáveis por construir uma história de sucesso.
Engajamento dos Stakeholders
[4.14] [4.15] [4.16]
Para identificar e definir os diversos públicos de relacionamento da empresa, foi
promovido internamente um encontro entre a diretoria e o grupo responsável pela
elaboração do relatório.
24
O resultado desse processo possibilitou identificar as partes interessadas
(stakeholders) abaixo:
Acionistas;
Empregados das unidades de Jaboticabal e Pereira Barreto;
Copersucar;
Fornecedores de cana-de-açúcar de Jaboticabal e Pereira Barreto;
CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo);
Coca-Cola;
CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz);
UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar);
Prefeituras de Jaboticabal e Pereira Barreto;
Polícia Ambiental de Jaboticabal e Pereira Barreto;
Vigilância Sanitária de Jaboticabal;
Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Sindicato da Alimentação das cidades de
Jaboticabal e Pereira Barreto;
Sindicado do Transporte Rodoviário.
A partir da definição dos stakeholders, foram definidas estratégias para acessá-las. Um
dos objetivos deste acesso foi identificar os temas de maior materialidade, ou seja, de
maior relevância a partir das perspectivas dos públicos envolvidos.
A estratégia adotada pela organização para acessar as partes interessadas foi o diálogo
individual, por ser essa uma forma de abordagem mais clara e objetiva dos temas. Ao
todo, foram realizadas 29 reuniões com os stakeholders, no período de 1º de março a
9 de abril de 2010, nos municípios de Jaboticabal, Guariba, Pereira Barreto, São Paulo,
Araçatuba e Ilha Solteira, todos localizados no Estado de São Paulo.
A partir de 2011, será realizada uma reunião anual, no mês de dezembro, com a
diretoria da organização, para a apresentação das demandas das partes interessadas.
Caso sejam avaliadas como prioritárias e necessitarem de investimentos, serão
inseridas no plano anual de orçamento, no mês de março do próximo ano.
25
[4.17]
Os pontos a seguir referem-se ao processo de engajamento dos stakeholders
conduzido pela organização ao longo do período coberto pelo relatório.
Acompanhe os resultados desse trabalho na página seguinte:
26
STAKEHOLDERS PRINCIPAIS TEMAS INDICADORES
Copersucar e
fornecedores de
produtos
Práticas trabalhistas que asseguram os
direitos humanos dos empregados
Projeto de Formação e Qualificação
profissional dos Trabalhadores da Cultura da
Cana-de-açúcar
Rastreabilidade de todos os dados informados
no relatório
Biodiversidade: demonstrar o atendimento às
legislações e exigências desse tema.
HR4, HR5, HR6, HR7,
LA3 e LA4
Perfil G3: 3.9
EN12, EN13
CETESB de
Jaboticabal e
Araçatuba
Atendimento à Legislação Ambiental
Atendimento ao Protocolo Agroambiental
Garantir o transporte seguro da vinhaça
Corredores ambientais: facilitar o trânsito de
animais e aves
EN8, EN9, EN6, EN22,
EN24, EN20, EN25, EN30,
EN26
EC8, EN20, EN30, EN12,
EN10, EN3 e EN5
EN23, EN30
COCA-COLA E CPFL
Atendimento aos princípios de conduta para
fornecedores
Qualidade e segurança dos produtos e gestão
eficaz de processos
Inventário de Emissões Atmosféricas: assumir
o compromisso com a constante redução na
emissão de poluentes
Consumo de água: evidenciar o compromisso
com o uso racional da água
PR1, PR2, PR8
EC6, HR2
EN16-20, EN30
EN8, EN9, EN21
Fornecedor de cana
de Jaboticabal e
Pereira Barreto
Manutenção de Pontes e Conservação de
Estradas(Programa Melhor Caminho)
Assistência Técnica ao Fornecedor
Maior integração com a empresa
Desenvolvimento de projetos socioambientais
nas escolas
Coleta Seletiva do Lixo Reciclável
Parceria na realização de campanhas,
programas e ações sociais de apoio às
entidades beneficentes
EN26, SO1, EC1
EC8, EN12, EN30
EN30, EC1, SO1, SO5
EC1 – EM
EC1, SO6
Colaboradores –
empregados diretos
Programa de gestão de competências e
aprendizagem para empregados que estão
para se aposentar
Transparência nas tomadas de decisões
Gestão da comunicação interna: divulgação
das iniciativas internas e externas e
comunicação interpessoal da liderança
Atendimento regular das rotinas de trabalho
Manutenção da tradição da cultura da
empresa
Sugestões sobre as formas e relações de
trabalho
Aperfeiçoar a gestão do PPR (Programa de
Participação nos Resultados)
Planos de Cargos e Salários
Parcerias com os governos locais para o
desenvolvimento de ações socioambientais
LA2, LA11, LA5, EC1,
EC5, LA12
3 4.14
GRI: EC1 e LA8
Polícia Ambiental
Queima da palha
Relatório de nascentes recuperadas
Conservação de aceros
EN13, EN14
EN30
27
Prefeituras –
Jaboticabal e Pereira
Barreto
Divulgação das ações dos governos nos
veículos de comunicação da Usina
Parceria na realização de campanhas,
programas e ações sociais de apoio às
entidades beneficentes
Programas de formação e qualificação
profissional
Integração ao Conselho de Meio Ambiente
EC1
EC1, EC8
EC7, LA1, LA2, SO1
Sindicato dos
Trabalhadores
Rurais, da Indústria
da Alimentação e
UNICA
Empregabilidade
Projeto Renovação
Atendimento regular das rotinas de trabalho
Atuar em parceria
Plantio de Árvores
Controle de Queimadas
Benefícios para empregados
Atendimento integral à NR31
Elaboração do Código de Conduta e Ética
Saúde e Segurança do Trabalhador(EPIs e
Ergonomia)
Investimentos em infraestrutura
Alimentação
LA2, LA11, EC1, EC3,
EC7, EC5, LA14
EN11, EN12, EN30, EC8
EN16-18, EN19
EC3, LA3
EC1, EC3, HR8, LA6, LA7,
EN26, EC8, LA8
EN29
28
Compromisso com iniciativas externas
[4.11] [4.12] [4.13]
As atividades socioambientais da Usina Santa Adélia com seus públicos são uma
realidade inserida em seu planejamento estratégico. Uma das diretrizes da Usina
Santa Adélia é assegurar o equilíbrio entre suas atividades produtivas e suas
práticas ambientais, assegurando os princípios da sustentabilidade e o
atendimento aos anseios das partes interessadas.
Programa melhor caminho
A Usina Santa Adélia participa do Programa Melhor Caminho do governo do
Estado de São Paulo, que atua na conservação das estradas rurais (não
pavimentadas), de forma a preservar os recursos naturais. A empresa contribui
para o Programa, fornecendo maquinário, combustível e mão de obra para a
manutenção das estradas, viabilizando o transporte seguro de insumos agrícolas,
proporcionando o acesso ao transporte escolar das crianças, à saúde,
abastecimento e lazer dos centros urbanos.
O Programa Melhor Caminho foi instituído pelo Decreto nº41.721, de 17 de abril
de 1997, para a elaboração de convênios entre a Secretaria de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo e as Prefeituras Municipais. A proposta do
Programa é de interesse social e respaldada, ainda, pela Lei nº6.171, de 4 de julho
de 1988, regulamentada pelo Decreto nº41.719, de 16 de abril de 1997, que
dispõe sobre o uso, conservação e preservação do solo agrícola.
Zoneamento para cana-de-açúcar no Brasil
O Zoneamento Agroecológico é um criterioso estudo do clima e do solo das
regiões brasileiras que inovou ao considerar aspectos ambientais, econômicos e
29
sociais para orientar a expansão sustentável da produção de cana-de-açúcar e os
investimentos no setor sucroenergético.
Esse trabalho, pioneiro no País, responde à necessidade de disciplinar a expansão
da produção de cana diante da crescente demanda mundial por biocombustíveis e
do interesse de empresas nacionais e transnacionais em aportar recursos na
produção de etanol no Brasil.
O objetivo do ZAE Cana é orientar o futuro da produção de biocombustíveis no
País propiciando um crescimento equilibrado e sustentável da produção de
cana-de-açúcar. O conjunto de restrições ambientais, econômicas, sociais, de risco
climático e condições de solo ZAE Cana orienta a expansão da cana-de-açúcar em
7,5% das terras brasileiras, totalizando 64,7 milhões de ha. De acordo com os
critérios do ZAE Cana, 92,5% do território nacional não são indicados para o
plantio da cana.
Zoneamento Agroambiental Paulista
Em setembro de 2008, o Governo do Estado de São Paulo, por meio de suas
Secretarias de Meio Ambiente e Secretaria de Agricultura, definiu as diretrizes do
Zoneamento Agroambiental Paulista através da Resolução Conjunta SMA nº 88, de
19 de dezembro de 1988.
De acordo com o mapa do Zoneamento Agroambiental (ver página 30), o Estado
de São Paulo foi classificado da seguinte forma com relação às restrições
ambientais ao cultivo da cana-de-açúcar:
I - Adequada, que corresponde ao território com aptidão edafoclimática favorável
para o desenvolvimento da cultura da cana-de-açúcar e sem restrições ambientais
específicas;
II - Adequada com Limitações Ambientais, que corresponde ao território com
aptidão edafoclimática favorável para a cultura da cana-de-açúcar e incidência de
Áreas de Proteção Ambiental(APA); áreas de média prioridade para incremento da
30
Fonte: Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Secretaria de Estado de Agricultura e UNICA.
conectividade,conforme indicação do Projeto BIOTA FAPESP; e as bacias
hidrográficas consideradas críticas;
III - Adequada com Restrições Ambientais, que corresponde ao território com
aptidão edafoclimática favorável para a cultura da cana-de-açúcar e com
incidência de zonas de amortecimento das Unidades de Conservação de Proteção
Integral - UCPI;as áreas de alta prioridade para incremento de conectividade
indicadas pelo Projeto BIOTA-FAPESP; e áreas de alta vulnerabilidade de águas
subterrâneas do Estado de São Paulo, conforme publicação IG-CETESB-DAEE –
1997, e
IV - Inadequada, que corresponde às Unidades de Conservação de Proteção
Integral – UCPI, Estaduais e Federais; aos fragmentos classificados como de
extrema importância biológica para conservação, indicados pelo projeto BIOTA-
FAPESP para a criação de Unidades de Conservação de Proteção Integral - UCPI;às
Zonas de Vida Silvestre das Áreas de Proteção Ambiental -APAs; às áreas com
restrições edafoclimáticas para a cultura da cana-de-açúcar; e às áreas com
declividade superior a 20%.
O mapa abaixo demonstra o Zoneamento Agroambiental no Estado de São Paulo com destaque para a localização das duas unidades da Usina Santa Adélia.
31
Protocolo Agroambiental
A Usina Santa Adélia está entre o grupo de empresas do setor no Estado de São Paulo
que aderiram ao Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético que estabelece a
adoção de procedimentos técnicos pelas unidades produtoras de açúcar e etanol do
Brasil, com o intuito de promover a produção sustentável.
Com a adoção desse programa, as companhias passaram por um processo de
acompanhamento técnico, liderado pelo Comitê Executivo do Protocolo, composto
pelas Secretarias de Agricultura e Meio Ambiente e pela direção da UNICA.
Entre os princípios do documento, destaca-se o compromisso de antecipação dos
prazos legais para o fim da colheita da cana-de-açúcar com o uso prévio do fogo nas
áreas cultivadas pelas usinas. Anteriormente, prevista para acabar em 2021, a queima
da palha da cana nas áreas mecanizáveis será completamente eliminada até 2014. No
caso das áreas não mecanizáveis, a antecipação será ainda mais radical: de 2031 para
2017.
Além disso, as novas áreas
ocupadas por cana-de-açúcar, a
partir de novembro de 2007,
devem ser integralmente colhidas
sem o uso do fogo. Todas as áreas
destinadas para a ampliação da
moagem da Usina Santa Adélia
foram adequadas para a colheita
mecanizada.
Além do fim das queimadas, o Protocolo dispõe sobre outros temas relevantes como:
conservação do solo e dos recursos hídricos; proteção de matas ciliares; recuperação
de nascentes; redução de emissões atmosféricas; cuidados no uso de defensivos
agrícolas, entre outros.
32
Metas diretivas do Protocolo:
Redução dos prazos de queima da cana de 2021 para 2014 em áreas
mecanizáveis e de 2031 para 2017 em áreas não mecanizáveis;
Recuperação e proteção das áreas de matas ciliares e ao redor de
nascentes;
Planos técnicos visando à conservação do solo e dos recursos hídricos;
Plano de gerenciamento de resíduos e de poluentes atmosféricos.
Apesar do seu caráter voluntário, a Usina Santa Adélia empenha parte significativa de
seus esforços para a eliminação da queima em áreas mecanizáveis até 2014. Para isso,
na safra de 2010/2011, foram investidos R$ 19 milhões na aquisição de equipamentos
novos.
* Considerando a aquisição de equipamentos necessários para a mecanização (colhedoras, tratores, transbordos, caminhão-bombeiro e oficina móvel) e a sistematização de áreas.
[EN18]
Pela antecipação da mecanização pelo Protocolo Agroambiental, no período deste
relatório, a organização deixou de emitir mais de 8 mil toneladas de CO2.
Esse resultado representa o montante que seria emitido, se comparado à Lei Estadual
11.241/2001, caso as unidades não houvessem antecipado de forma voluntária a
mecanização e seguissem apenas o que estabelece a Legislação Paulista.
33
[EN 18]: Iniciativas para Reduzir as Emissões de Gases de Efeito Estufa e as Reduções Obtidas
[EN16]
O ano de 2010 foi caracterizado por uma seca atípica em todo o Estado de São Paulo e
com alto índice de incêndios não planejados, acidentais ou criminosos, totalizando
1.766 ha queimados sobre estas condições.
[EN16]: Total de Emissões Diretas e Indiretas de Gases de Efeito Estufa por peso
Fonte: Green house gases emissions in the production and use of ethanol from sugarcane in Brazil: The 2005/2006 averages and a prediction for 2020 Isaias C. Macedo, Joaquim E.A. Seabra, João E.A.R. Silva.
Matas ciliares
Entre os princípios da gestão ambiental da Usina Santa Adélia, está a conservação das
matas ciliares das áreas de produção, atendendo também ao Protocolo
Agroambiental.
A organização realiza de forma sistemática o levantamento e as medidas de proteção
das matas ciliares em áreas próprias e administradas pela Usina. Nas áreas de
parcerias, existem cláusulas contratuais que incentivam a proteção destas matas por
parte dos proprietários.
34
[EN11]: Localização e tamanho da área possuída, arrendada ou administrada dentro de áreas protegidas ou adjacentes a elas e áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas.
Projeto 25 X Mais Verde
Em 2005, a Usina Santa Adélia, em Pereira Barreto, iniciou o Projeto 25X Mais Verde,
no qual para cada árvore isolada retirada, foram plantadas outras 25 árvores nativas
da região.
Para a implantação da
cultura da cana-de-açúcar
na região de Pereira
Barreto, houve a
necessidade do corte de
árvores isoladas. De
acordo com a Portaria
DEPRN nº 44, de 1995 –
Supressão de Árvores Isoladas, fica estabelecido o plantio de 25 vezes mais árvores do
que às que foram retiradas.
Para o corte das, aproximadamente 7.250 árvores, a Usina Santa Adélia comprometeu-
se com o plantio de mais de 181.250 mudas (a tabela abaixo mostra como a Usina
Santa Adélia está atendendo às metas).
[EN12]: Descrição de impactos significativos na biodiversidade de atividades, produtos e serviços em áreas protegidas e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas.
35
Dia da Árvore é lembrado com plantio de mudas
Preocupada com o meio ambiente, a Usina Santa Adélia participa periodicamente de
ações em prol da preservação e manutenção ambiental em conjunto com entidades
públicas e privadas das regiões onde atua.
No dia 21 de setembro de 2010, a Usina
Santa Adélia Pereira Barreto contribuiu
para o plantio de mudas realizado por
alunos das Escolas Municipais de
Educação Infantil Emília, Sítio do Pica-
Pau-Amarelo, Tia Nastácia, Marquês de
Rabicó e Assumpta Scatena Garcia, em
parceria com a Secretaria de Agricultura
e Meio Ambiente de Pereira Barreto.
A ação foi realizada na Praia Municipal
“Pôr do Sol”, com cerca de 100 crianças.
Foram plantadas mudas de Jacarandá,
Ipê-Branco, Roxo e Amarelo.
36
Em junho de 2009, durante a Semana do Meio Ambiente, em Jaboticabal, foi realizado
o plantio de árvores nativas da região, com a participação dos filhos dos funcionários.
O evento abordou temas como: a caça e a pesca ilegal, com a Polícia Ambiental de
Jaboticabal; ações de conscientização ambiental, com as crianças;além da participação
dos funcionários do Laboratório de Entomologia, e a distribuição de folhetos
educativos para todo o público interno.
Fauna e Flora
A Usina Santa Adélia não possui uma rotina frequente para a avaliação dos impactos
relacionados à fauna e à flora. Em Jaboticabal, existe um levantamento de fauna
secundário, contido no Projeto Biota, para a área de influência do empreendimento.
Em Pereira Barreto, a Usina Santa Adélia elaborou o EIA-RIMA (Estudo de Impacto
Ambiental – Relatório de Impacto Ambiental), em setembro de 2008, para apresentar
os resultados do biomonitoramento de fauna e flora. O Programa envolve as áreas de
plantio e ampliação da Usina, áreas de reserva legal e/ou florestal e áreas de
preservação permanente da AID (Área de Influência Direta) em sete municípios da
região.
37
[EN14]
Segundo estudos, existem 483 espécies de mamíferos continentais no Brasil,
pertencentes a 11 Ordens diferentes. Das espécies de mamíferos da Mata Atlântica e
do Cerrado, 51 espécies de médio e grande portes (1 kg ou mais) poderiam ser
encontradas na Área de Influência Direta da expansão agrícola da Usina Santa Adélia
Pereira Barreto.
O levantamento de mamíferos de maior porte (mais de 1Kg) na AID foi realizado no
período de 25 a 28 de outubro de 2007, por meio de dois métodos:
a) Procura ativa por pegadas, método adequado para o levantamento rápido da
composição e da riqueza de espécies de grandes mamíferos terrestres (PARDINI et al.
2003);
b) Entrevista com moradores locais e também foram considerados outros indícios de
presença dessas espécies, como fezes, pelos, carcaças, bem como vocalizações e
avistamentos.
O levantamento de mamíferos de maior porte na AID apontou a presença de 24
espécies, sendo que, destas, 13 foram registradas por meio de pegadas e 11 foram
acrescentadas por meio de entrevistas com moradores locais.
A tabela abaixo demonstra as espécies de répteis e de mamíferos em ameaça de extinção encontradas na região de Pereira Barreto.
Espécies segundo a lista da Fauna Ameaçada de Extinção do Estado de São Paulo - Decreto Estadual 42.838/98). [EN15]: Número de espécies na Lista Vermelha da IUCN e em listas nacionais de conservação com hábitats em áreas afetadas por operações, discriminadas pelo nível de risco de extinção.
38
Espécies Segundo a Lista Nacional da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção (MMA/2003)
[EN15]: Número de espécies na Lista Vermelha da IUCN e em listas nacionais de conservação com hábitats em áreas afetadas por operações, discriminadas pelo nível de risco de extinção.
Das 24 espécies de mamíferos de maior porte na área de influência direta da expansão
em Pereira Barreto, 13 espécies figuram nas listas Nacional e Estadual de Espécies
Ameaçadas de Extinção.
39
Abundância das Espécies
As espécies mais frequentemente registradas foram o Tatu-Galinha (Dasypus novencinctus) e o
Cachorro-do-Mato (Cerdocyon thous), ambas possuem ampla distribuição e são capazes de habitar
diferentes ambientes florestais, além de bordas de matas e áreas alteradas e habitadas pelo
homem (CHEIDA et al., 2006: MEDRI et al., 2006).
O Tatu-Galinha possui a maior distribuição geográfica entre todas as espécies de Xenarthra,
alimenta-se de itens diversos, como material vegetal, vertebrados pequenos, ovos, carniça e,
principalmente, de invertebrados (MEDRI et al., 2006). O Cachorro-do-Mato é onívoro, generalista
e oportunista, cuja dieta é composta por frutos, pequenos vertebrados, insetos, peixes além de
carniça.
Aves
A única espécie encontrada na região de alta sensibilidade a alterações antrópicas, segundo Stotz
et al. (1996), foi a Saracura-Três-Potes Aramides Cajanea, encontrada na Fazenda Santa Gertrudes.
Nenhuma espécie é considerada endêmica do Brasil, segundo Sick (1997), porém todas são
nativas,não havendo nenhuma exótica ou introduzida.
Apesar do número bastante expressivo de espécies encontradas na região de atuação, em Pereira
Barreto, deve-se levar em conta o tamanho da área de amostragem e a pequena quantidade de
espécies de alta e média sensibilidades. Ás espécies beneficiam-se dos fragmentos de mata e até
mesmo das pastagens, porém não são encontradas nas áreas cultivadas com cana.
Água
A água é uma substância vital para o ser humano. O ciclo da água tem sofrido
alterações em decorrência das ações do homem, e a escassez de água limpa já é um
dos grandes desafios do século 21. Desde 1992, em Jaboticabal, a água não é mais
utilizada no processo de limpeza da cana-de-açúcar e, em Pereira Barreto, desde o
início das operações no ano de 2007.
40
O Uso da água no mundo
Em Jaboticabal, as áreas industrial e agrícola não estão incluídas nas regiões
consideradas críticas em relação às águas superficiais. As captações, tanto superficiais
como subterrâneas, são devidamente outorgadas pelo DAEE (Departamento de Águas
e Energia Elétrica), indicando haver disponibilidade para atendimento, conforme os
cálculos hidrológicos apresentados, ressaltando-se haver represamento do córrego
para regularização de vazão (também outorgado). A Portaria 152, de 22 de janeiro de
2007, com validade de 5 anos, do DAEE, outorga a captação.
Os dados relativos à captação são devidamente registrados pelo sistema de gestão da
empresa, sendo verificados nas renovações de outorgas e licenças, e eventualmente
em inspeções dos organismos de controle.
Para a minimização do impacto da captação de água sobre o corpo d’água, a mesma
não é feita a fio d'água, havendo um barramento que permite a regularização da vazão
do córrego.
Em Pereira Barreto, a Usina capta águas do Rio São José dos Dourados, em área sob
influência do Reservatório da Hidrelétrica de Ilha Solteira, que possui cerca de 21
bilhões de metros cúbicos, de tal maneira que a captação feita é desprezível. A
captação é devidamente outorgada pela Agencia Nacional da Água, por tratar-se de
área de domínio federal, através da Resolução 536, de 2004, com validade até 2014.
41
[EN8]: Total de retirada de água por fonte.
* TCM: tonelada de cana moída Fonte: PIMS-PI [EN10]: Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada.
Baseado na capacidade de recirculação de torres e aspersões, em m3 por hora, multiplicada pelos dias efetivos de safra.
42
Gestão de Práticas Trabalhistas
O cumprimento dos direitos humanos está inserido nas práticas trabalhistas da Usina
Santa Adélia, na busca pelo desenvolvimento profissional e na melhoria da qualidade
de vida de seus colaboradores.
Compromisso Nacional
A Usina Santa Adélia aderiu ao Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições
de Trabalho na Cana-de-açúcar, firmado em 2009, por meio de uma Mesa de Diálogo –
uma iniciativa do governo federal, com empresários do segmento sucroenergético e
trabalhadores rurais.
Por meio deste documento, a Usina trabalha para ampliar as condições de trabalho no
campo que extrapolem as obrigações legais.
A adesão ao documento tem caráter voluntário, e as empresas que firmaram o
compromisso são submetidas a um sistema de verificação do cumprimento dos termos
do documento e, por conseguinte, são reconhecidas na medida do seu
comprometimento.
Atualmente, a Usina contrata diretamente seus trabalhadores da cultura da
cana-de-açúcar. Para a contratação desses trabalhadores, a empresa não adota a
vinculação entre a produtividade destes e remunerações extras adicionais para os
fiscais.
LA1: Total de trabalhadores por tipo de emprego, contrato de trabalho e região.
43
LA2: Número total e taxa de rotatividade de empregados, por faixa etária, gênero e
região.
Os números da rotatividade não apresentam anormalidades significativas. A oscilação
retratada representa uma característica do setor sucroenergético, na qual há uma
movimentação natural de força de trabalho, principalmente do trabalhador da cultura
da cana-de-açúcar.
Com a sucessiva mecanização, há uma tendência na diminuição de contratos por
tempo determinado, podendo ocasionar uma alteração da rotatividade apresentada
neste documento, em comparação com os próximos relatórios.
Em parceria com a UNICA, a Usina Santa Adélia realiza o Projeto Renovação, que busca
capacitar seus funcionários que hoje trabalham na colheita de cana-de-açúcar para
desempenhar outras funções dentro da empresa (ver texto pág. 47).
A representatividade do trabalhador da cultura da cana-de-açúcar tem diminuído de
forma natural, uma vez que os processos de mecanização estão crescendo. Devido a
isso, boa parte da mão de obra rural vem sendo suprida por trabalhadores da região,
não havendo a necessidade da contratação de imigrantes.
Na aferição da produção, a Usina Santa Adélia informa o preço antecipadamente ao
trabalhador da cultura da cana-de-açúcar. Para isso, utiliza na medição o compasso
44
com ponta de ferro, na presença dos mesmos, respeitando as normas constantes de
convenções e acordos coletivos.
Um dos desafios da empresa é aumentar o número de campanhas informativas junto
ao trabalhar rural sobre a importância da reidratação, assim como das demais ações
que possam promover a saúde e segurança dos funcionários.
Nesta linha, a empresa busca melhorar os mecanismos de aferição da produção do
corte manual da cana-de-açúcar, assim como as condições de transporte e o
desenvolvimento das comunidades nas quais os trabalhadores estão inseridos.
Saúde e Segurança
Na Usina Santa Adélia, os temas relacionados à saúde e à segurança de seus
funcionários são tratados como prioridade pela alta liderança. Uma equipe, composta
por engenheiro, técnicos de segurança e profissionais de enfermagem do trabalho, é
responsável por acompanhar e implantar novas práticas que possam garantir a
integridade de seus empregados nas duas unidades.
Desde 1999, a Usina incorporou, nas rotinas de trabalho de todos os departamentos
da empresa, o “STOP™” (Programa de Treinamento de Segurança por Observação).
Desta forma, a empresa consolidou uma cultura de segurança otimizada que vem
reduzindo significativamente o número de acidentes.
Em 2010, a Semana da Saúde, em Jaboticabal,
contou palestras sobre temas como
alimentação saudável e IMC, saúde bucal,
Gripe A H1N1, Dengue e Tuberculose. Os
funcionários tiveram a oportunidade de realizar
testes de Glicemia, Colesterol, Câncer de
Mama e Útero, IMC (Índice de Massa Corporal)
e HAS (Hipertensão Arterial Sistólica).
45
Outra medida adotada pela empresa é a Ginástica Laboral antes do início do trabalho,
que ajuda a promover a saúde dos funcionários e evita lesões por esforços repetitivos
e doenças ocupacionais, principalmente no campo. A prática é realizada desde o ano
de 2002.
Entre fevereiro e março de 2011, foi
realizada, em Pereira Barreto, a SIPAT
(Semana Interna de Prevenção de
Acidentes do Trabalho). Em cinco dias de
evento, profissionais de diversas áreas
proferiram palestras sobre o uso dos
equipamentos de trabalho, direção
defensiva, DSTs, alcoolismo, entre outros
assuntos.
LA7: Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e óbitos relacionados ao trabalho, por região.
46
A ocorrência de acidentes, em Jaboticabal, com os Trabalhadores da Cultura da
cana-de-açúcar, apresenta uma redução significativa de 8,07% na Taxa de Frequência
de Acidentes com Afastamento. Apesar do aumento de 13,72% no número de horas,
ou seja, 90.919 horas de trabalhadores expostos aos riscos, isto não refletiu em um
aumento proporcional no número de acidentes.
Com os demais trabalhadores,os números demonstram uma redução extremamente
significativa. Mesmo com o aumento das horas/homens trabalhadas de 20,93%,
resultando em 515.590 horas de trabalhadores expostos ao risco, houve uma redução
de 51% na Taxa de Frequência de Acidentes com Afastamento.
Em Pereira Barreto, a ocorrência de acidentes com os Trabalhadores da Cultura da
Cana registrou um aumento extremamente significativo na Taxa de Frequência de
Acidentes, de 148,16%. Houve uma redução no número de horas/homens trabalhadas
de 131,65%, porém houve aumento no número de acidentes, de 7,14%.
A ocorrência de acidentes, em Pereira Barreto, com os Trabalhadores de outros
processos, teve uma expressiva redução, mesmo com o aumento nas horas/homens
trabalhadas, de 17,5%, resultando em 415.813 horas de trabalhadores expostos ao
risco. Foi observada uma redução de 32,99% na Taxa de Frequência de Acidentes com
Afastamento.
As reduções registradas nas Taxas de Frequencia de Acidentes com Afastamentos são
resultado dos esforços para reciclagem do Programa Stop em algumas áreas críticas da
empresa e outras ações de saúde e segurança desenvolvidas pela empresa.
CIPA/CIPATR
A CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e a CIPATR (Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes do Trabalhador Rural) são responsáveis pelas ações de
melhorias e saúde ocupacional no local de trabalho. Os membros dessas comissões são
eleitos pelos funcionários. No total, 114 funcionários integram as CIPAS.
47
[LA6]: Percentual dos empregados representados em comitês formais de segurança e saúde.
Alimentação balanceada
De olho no bem-estar e na saúde de seus empregados, a Usina Santa Adélia possui dois
refeitórios modernos que garantem a padronização das refeições dos restaurantes da
empresa, com qualidade e bom atendimento.
Atualmente, são servidas por dia cerca de 2.330 refeições. O trabalhador da cultura de
cana-de-açúcar também tem atenção especial. Na lavoura, ele recebe a comida em
temperatura adequada com a mesma qualidade da alimentação servida nos refeitórios
da Usina.
Renovação
A Usina Santa Adélia requalifica os trabalhadores rurais por meio do
Projeto Renovação – uma iniciativa do Programa de Requalificação dos
Trabalhadores da cana-de-açúcar, desenvolvido pela UNICA, em parceria
com o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial).
Com o Programa, os trabalhadores passam por diversos treinamentos para
desempenhar funções como motoristas canavieiros, operadores de
colhedora, eletricistas, mecânicos e soldadores. Ao implantar o
Renovação, a Santa Adélia reafirma o seu comprometimento com ações
de responsabilidade social e melhoria contínua das condições de trabalho.
No período de abrangência deste relatório, cerca de 80 trabalhadores se
inscreveram-se no processo de seleção do Programa, sendo que 14
48
participaram efetivamente do Projeto. Durante o curso, os trabalhadores
passaram por um método de qualificação profissional no SENAI e, após o
curso, realizaram estágio nas áreas de Caldeiraria e Oficina Mecânica.
Ao término do projeto, que incluiu avaliação comportamental e técnica,
foram efetivados 13 participantes que, hoje, ocupam cargos de Auxiliar de
Mecânico, Auxiliar de Eletricista, Lubrificador, Soldador e Lavador.
Incentivo ao estudo
Entre as políticas internas que contribuem para o desenvolvimento e a
formação de seus profissionais, a Usina Santa Adélia disponibiliza aos seus
empregados a Bolsa de Estudos. Com o benefício, o empregado fica
responsável pelo pagamento de 40% da mensalidade, matrícula e
transporte, sendo a organização responsável pelo reembolso de 60% dos
mesmos itens.
Formação para a vida
A Usina Santa Adélia, em parceria com o SENAI (Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial), desenvolve o programa Aprendiz, que
desenvolve jovens, maiores de 14 anos e menores de 24 anos, para o
mercado de trabalho.
O programa proporciona ao aprendiz atividades que contribuem para sua
formação e o desenvolvimento de habilidades sociais e profissionais.
Desta forma, esses jovens são formados para a ocupação de funções
complexas e com o conhecimento tecnológico de sua área de atuação.
Operador Mantenedor
Implantado em 2006, o programa Operador Mantenedor leva até o
empregado a importância do senso de propriedade, ou seja, mostra ao
profissional que, muito além de usar o equipamento, é necessário cuidar
dele.
49
O objetivo do programa é desenvolver nos motoristas/tratoristas o senso
de propriedade com equipamentos e ações práticas que os envolve nas
manutenções do cotidiano, capacitando-os para identificar e relatar as
anomalias antes que se tornem falhas e capacitando-o para também
gerenciar seu equipamento/veículo. Ações como checklist, que é a vistoria
do equipamento antes e após o uso, são estimuladas, visando a ações
preventivas no trabalho por parte do colaborador.
O programa representa uma estratégia de excelência
na produção que contribui para a qualificação dos
funcionários e também do seu desenvolvimento profissional,
ao mesmo tempo em que diminui o tempo de manutenção dos
aparelhos, conservando-os.
Escolinha de Motoristas
Desde 2007, a Usina Santa Adélia desenvolve a Escolinha de Motoristas -
treinamento de formação profissional para trabalhadores da cultura da
cana-de-açúcar e serventes agrícolas.
Após um processo seletivo, os empregados passam pela etapa teórica
sobre todos os processos que envolvem a atividade de motorista. A
segunda etapa consiste em atividades práticas, nas quais todos os
participantes são acompanhados, individualmente, por um monitor. Ao
todo, são 240 horas de treinamento.
Os aprovados ao final do programa
poderão ser transferidos para a função
de motorista ou tratoristas.
50
Inventário de Emissões
O Inventário é uma ferramenta que permite, por meio de cálculos, utilizando
metodologia reconhecida nacional e internacionalmente, quantificar o volume de
Gases de Efeito Estufa lançados na atmosfera.
Para efeito de cálculo do inventário, a Usina Santa Adélia considera as emissões
antrópicas diretas e indiretas. Emissões Antrópicas são aquelas fruto de atividades
humanas, como consumo de combustível, fertilizantes e queimas. As emissões são
consideradas diretas, quando resultam de atividades administradas pela própria
organização, e indiretas, quando advindas de atividades externas como as de
fornecedores de cana-de-açúcar.
Para a elaboração deste documento, não foram consideradas as emissões do ciclo de
vida de um determinado produto ou processo. Ou seja, não foram consideradas as
emissões resultantes do processo para se obter ou produzir um determinado insumo,
combustível ou equipamento.
Os biocombustíveis vêm ganhando projeções nacionais e internacionais, e muitos
países já iniciaram a discussão de políticas que definem mandatos compulsórios ou
voluntários para o uso destes combustíveis. Contudo, nessas discussões, o requisito
fundamental para o biocombustível é que ele seja capaz de reduzir, pelo menos, 60%
de emissões de GEE, quando comparado com combustível fóssil. O gráfico abaixo
mostra o cenário atual da produção de biocombustíveis no mundo. (Fonte: UNICA)
51
O inventário de Gases do Efeito Estufa (GEE) considera todas as emissões diretas de
produção de cana-de-açúcar, desde o plantio até o processamento na indústria. Os
dados são relativos às duas unidades. Para as emissões antrópicos nas áreas agrícolas
administradas pela Usina Santa Adélia, os dados de consumo de fertilizantes
nitrogenados, calcário, combustível e outros foram obtidos a partir de documentos e
relatórios internos. Para as emissões antrópicas das áreas agrícolas de fornecedores de
cana-de-açúcar, os dados de consumo de fertilizantes nitrogenados, calcário e
combustível foram estimados. Já as quantidades de cana moída crua ou queimada,
tanto para áreas administradas como para fornecedores, foram obtidas a partir dos
controles internos das unidades.
Para o cálculo do inventário, foram considerados:
Consumo de diesel;
Palha queimada e não queimada, representado pelas quantidades de cana crua
e queimada moída;
Consumo de fertilizantes nitrogenados;
Consumo de calcário;
Utilização de vinhaça e torta de filtro como insumos agrícolas.
[EN16]: Total de emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa, por peso.
52
A tabela abaixo demonstra a somatória das emissões diretas e indiretas por unidade:
Na última safra (2010-2011), houve aumento das emissões diretas de GEE da ordem de
7.842 ton de CO2 eq na unidade de Jaboticabal; isto se deu devido à expansão de 2.310
ha em sua área de plantio. O aumento da área de plantio caracteriza-se pelo intenso
uso de máquinas e fertilizantes, necessários para a preparação e adequação destas
novas áreas para o plantio da cana-de-açúcar, apesar do aumento de 1.721 ha colhidos
mecanicamente sem queima.
Em Pereira Barreto, na última safra (2010-2011), foi registrado aumento de 3.426 ton
de CO2 eq de emissões diretas; isto se deu pelo aumento de 3.249 ha em sua área de
plantio. Entre os fatores que levaram a um aumento menos expressivo que a unidade
de Jaboticabal, foi a diminuição da área de cana queimada, além do uso menor de
fertilizantes nitrogenados e calcário, quando comparados com a unidade de
Jaboticabal.
Com relação às emissões indiretas, houve aumento das emissões dos fornecedores de
Jaboticabal da ordem de 2.758 ton de CO2 eq; isto se deu pelo aumento de 556 ha em
sua área de produção. Já em Pereira Barreto, houve diminuição das emissões de seus
fornecedores da ordem de 1.646 ton de CO2 eq; isto se deu pela diminuição de 444 ha
em sua área de produção.
53
O gráfico acima mostra as emissões diretas e indiretas divididas por metro cúbico de
etanol produzido a partir de sacarose total, cujos resultados estão apresentados em kg
de CO2eq/m3. Na unidade de Jaboticabal, as emissões decorrentes da expansão em
2010/2011 resultaram em um aumento efetivo de 18 kg de CO2eq/m3. Em Pereira
Barreto, o efeito da expansão nas emissões não foi sentido. Houve redução de 17 kg
de CO2eq/m3 devido, principalmente à redução absoluta no uso de fertilizantes
nitrogenados e calcário por ha.
BOX: METODOLOGIA DE CÁLCULO UTILIZADA PARA O INVENTÁRIO DE EMISSÕES DESTE RELATÓRIO
A emissão direta de CO2 dos itens apresenta fatores baseados no IPCC (2006), com o Potencial de Aquecimento Global
(GWP) atualizado de acordo com IPCC (The FourthAssessmentReport, 2007) para as emissões de metano e óxido
nitroso.
As emissões causadas pela queimada da palha foram calculadas de acordo com os índices de Hassuani (2005), que
considera 14% de palha na cana-de-açúcar (matéria seca). Assume-se que 5% da palha da cana colhida mecanicamente
acaba sendo levada à indústria e queimada nas caldeiras. Assim, não há emissão de N2O nesses 5%. Assume-se também
que 10% da palha da área colhida com queima fica no campo e, portanto, emite N20.
Foi considerada apenas a emissão de N2O pelo uso da ureia. Emissões no seu processo de produção foram
desconsideradas.
As emissões relacionadas ao uso de resíduos da indústria, aplicados na produção de cana-de-açúcar, como torta de filtro
e vinhaça, foram estimadas segundo Macedo (2008).
A seguir, a lista de fatores de emissão utilizados.
Fonte Queima
Palha
Aplicação
Nitrogênio
Utilização
Calcário
Utilização
Vinhaça
Uso torta de
filtro
Palhada
Fator de Emissão
(Kg CO2eq/Kg fonte)
0,088 6,2 0,44 0,002 0,071 0,003
219237
277260
2009-2010 2010-2011
*Produção de Etanol a partir de Sacorose Total para a Unidade de Jaboticabal
Emissão de CO2eq por Volume de Etanol Produzido*(KgCO2eq/m³ Etanol)
Jaboticabal PB
54
BIBLIOGRAFIA:
Hassuani SJ, Leal MRLV, Macedo IC. Biomass power generation: sugar cane bagasse and trash. Piracicaba: PNUD Brasil
and Centro de Tecnologia Canavieira; 2005.
IPCC. The FourthAssessmentReport (AR4). 2007
IPCC. 2006 IPCC guidelines for national greenhouse gas inventories, Prepared by the National Greenhouse Gas
Inventories Programme. In: Eggleston HS, Buendia L, Miwa K, Ngara T, Tanabe K, editors. Japan: IGES; 2006.
MACEDO, I ; SEABRA, J. E. A. ; SILVA, J . Green house gases emissions in the production and use of ethanol from
sugarcane in Brazil: The 2005/2006 averages and a prediction for 2020. Biomass & Bioenergy, v. 32, p. 582-595, 2008.
MACEDO, I; SEABRA, J. E. A. ; Mitigation of GHG emissions using sugarcane bioethanol. In: Zuubier& de Vooren (ed),
Sugarcane ethanol: contributions to climate change mitigation and the environment. Wageningen:
WageningenAcademicPublishers; 2008b.
MEIRA FILHO, L.G; MACEDO, I; Contribuição do etanol para a mudança do clima. In: Sousa: Macedo (coord.), Etanol e
bioeletricidade: a cana de açúcar no futuro da matriz energética. São Paulo: LUC Projetos de Comunicação, 2010.
Análise de Ciclo de Vida
A Análise de Ciclo de Vida (ACV) é uma ferramenta que permite a compreensão do
impacto das Emissões de Gases de Efeito Estufa ao longo da cadeia produtiva,
incluindo as emissões relativas à produção e ao transporte de insumos utilizados pela
organização. A ACV realizada pela Usina Santa Adélia considerou as emissões relativas
à produção e ao transporte dos seguintes insumos:
Óleo diesel;
Fertilizantes nitrogenados;
Calcário;
Defensivos Agrícolas;
Energia Elétrica da rede externa.
Este estudo não levou em consideração as emissões relativas ao transporte de açúcar
e etanol produzidos pelas unidades nem a emissão relativa ao uso do etanol nos
motores automotivos.
[EN17]: Outras emissões indiretas relevantes de gases de efeito estufa, por peso. Emissões Oriundas da Produção e Transporte de Insumos (Diesel, fertilizantes nitrogenados, calcário, defensivos agrícolas e energia elétrica da rede externa).
55
O aumento das emissões de GEE na cadeia de produção de insumos utilizados pela
unidade de Jaboticabal em 3.767tCO2eq, deu-se pelo incremento no uso de diesel,
calcário e fertilizantes nitrogenados. Em Pereira Barreto, houve redução das emissões
de GEE na cadeia de produção e transporte de insumos utilizados, na ordem de 7.999
tCO2eq, devido principalmente à redução de 30% no consumo de fertilizantes
nitrogenados e redução de 20% no uso de herbicidas.
ACV: Análise de Ciclo de Vida considera todas as emissões diretas e indiretas do processo de plantio e produção.
O gráfico acima mostra as Emissões de GEE, considerando a Análise de Ciclo de Vida para as unidades de Jaboticabal e Pereira Barreto.
[EN18]: Iniciativas para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa e as reduções obtidas.
77.070
91.446
83.762
77.543
2009-2010 2010-2011
Grupo Santa AdéliaEmissões Antrópicas* de Gases de Efeito Estufa
(tCo2eq)
Jaboticabal PB
56
A contribuição para a redução das emissões, a partir do uso de etanol em motores
biocombustíveis, dá-se quando comparamos as emissões totais nos ciclos de vida de
diferentes combustíveis. Para cada m3 de etanol, são evitados 2.183 ton CO2eq.
Quando multiplicamos a produção de etanol das diferentes unidades por 2.183 ton
CO2eq/m3 temos a contribuição do etanol na redução das emissões do GEE em
tonCO2eq. A significativa diferença observada entre as duas unidades deve-se ao fato
de a unidade de Pereira Barreto produzir apenas etanol, ao passo que a unidade de
Jaboticabal produz também o açúcar.
160.234201.599
408.791
463.596
2009-2010 2010-2011
Contribuição na Redução das Emissões a partir da Substituição da Gasolina pelo Etanol na Frota Flex
(tCo2eq)
Jaboticabal PB
57
Eficiência Energética
A eficiência energética mede a quantidade total de bioenergia produzida, dividida pela
quantidade total de energia fóssil consumida. Para efeito de cálculo, toda a energia
produzida é convertida em GJ (Gigajoule) a partir dos Açúcares Redutores Totais,
conforme tabela abaixo.
Por se tratar de um setor superavitário com relação ao balanço energético, portanto
produz mais energia do que consome, a relação de eficiência energética é um
importante indicador setorial. Em estudo apresentado pela UNICA, que compara o
balanço energético de diferentes culturas, a cana-de-açúcar destaca-se pela alta
relação.
*Nota: redução das emissões evitadas com etanol como substituto da gasolina e calculado de acordo com análise do ciclo de vida. Fonte: World Watch Institute (2006) e Macedo et al. (2008) – balanço
conversão
Produção de Açúcar sc 1
Pureza do Açúcar % 99,7
Peso Sacarose t 0
Produção de Álcool Anidro m³ 1
Teor Alcoolico °GL 99,71
Álcool a 100% m³ 1
Peso Sacarose t 1,5
Produção de Álcool Hidratado m³ 1
Teor Alcoolico °GL 95,1
Álcool a 100% m³ 1
Peso Sacarose t 1,4
Peso Total de Sacarose t 3
Açúcar Total sc 58
Álcool Anidro Total m³ 2
Álcool Hidratado Total m³ 2
58
energético. Produtividade: IEA – International Energy Agency (2005), MTEC e UNICA. GEE: IEA – International Energy Agency (2004) e Macedo, I. de C. et al. (2004 and 2008). Elaboração: ÚNICA
A eficiência energética da Usina Santa Adélia supera o valor observado pelo estudo da
UNICA, sendo 9,6 para a unidade de Pereira Barreto e 11,5 para a unidade de
Jaboticabal. A diferença entre as duas unidades deve-se principalmente à relação de
consumo de diesel entre as duas unidades. A unidade de Pereira Barreto utiliza de
forma mais intensiva esse combustível, principalmente, para fins de transporte de
vinhaça, uma vez que a unidade produz apenas etanol.
[EN6]: Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia, ou que usem energia gerada por recursos renováveis, e a redução na necessidade de energia resultante dessas iniciativas.
11,1 11,59,8 9,6
2010 2011
Eficiência Energética (GJ/GJ)
Jaboticabal PB
59
SUMÁRIO DE CONTEÚDO DA GRI
3.12(c,b,a)
Índice Remissivo
Área
Aspecto
Descrição
GRI
Nível
Pg. Página
PI Parte
Interessada
1. Perfil Palavra
presidente Estratégia e análise 1.1 ABC 02 1.2 AB
2. Perfil organizacional
Nome da organização 2.1 ABC 04
Marcas 2.2 ABC 06 Estrutura operacional 2.3 ABC 07 Localização 2.4 ABC 07
Países 2.5 ABC 07 Natureza jurídica 2.6 ABC 06 Mercados 2.7 ABC 07 Porte 2.8 ABC 09
Mudanças 2.9 ABC 10 Prêmios 2.10 ABC 7 e 8
3. Parâmetros relatório
Perfil do relatório
Período coberto 3.1 ABC 13
Data último 3.2 ABC 13 Ciclo 3.3 ABC 13 Contato 3.4 ABC 13
Escopo e limite
Definição conteúdo 3.5 ABC 14
Limite 3.6 ABC 14 Limitações e exclusões 3.7 ABC 18 Operações terceirizadas
3.8 ABC 15
Técnicas medição 3.9 AB 15 Reformulações 3.10 ABC 16 Mudanças significativas
3.11 ABC 16
Sumário conteúdo
Índice remissivo 3.12 ABC 59
Verificação Terceira parte 3.13 ABC 16
4. Governança Compromissos Engajamento
Governança
Estrutura 4.1 ABC 21
Diretor executivo 4.2 ABC 21 Administração unitária
4.3 ABC 21
Recomendações 4.4 ABC 22
Remuneração 4.5 AB N/R Conflitos interesse 4.6 AB N/R Gestão das qualificações
4.7 AB N/R
Código conduta 4.8 AB 23 Gestão desempenho socioambiental
4.9 AB N/R
Autoavaliação governança
4.10 AB N/R
Iniciativas externas
Princípio precaução 4.11 AB 28 Cartas, princípios externos
4.12 AB 28
Participação em associações
4.13 AB 28
Engajamento
stakeholders
Relação das partes interessadas
4.14 ABC 24 Sim
Processo de identificação
4.15 ABC 24 Sim
Abordagem e gestão 4.16 AB 24 Sim Materialidade temas 4.17 AB 25 Sim
5. Protocolo de indicadores
Desempenho econômico
Desempenho Econômico
Valor econômico direto
EC1 Ess. 11 Sim
Risco e oportunidades mudança climática
EC2 Ess. N/R
Pensão e benefícios EC3 Ess. N/R Ajuda governo EC4 Ess. N/R
Presença mercado
Proporção menor salário e mínimo local
EC5 Adic. N/R
Proporção gasta com fornecedores locais
EC6 Ess. N/R
Proporção membros locais
EC7 Ess. N/R
Impactos econômicos
indiretos
Impacto de investimento em benefício público
EC8 Ess. N/R
Descrição impactos EC9 Adic. N/R
60
indiretos
5. Protocolo de indicadores
Desempenho
ambiental
5. Protocolo de indicadores
Desempenho
ambiental
5. Protocolo de indicadores
Desempenho
ambiental
Materiais Usados EN1 Ess. N/R Provenientes
reciclagem
EN2 Ess. N/R
Energia Consumo energia direta
EN3 Ess. N/R
Consumo energia indireta
EN4 Ess. N/R
Energia economizada EN5 Adic. N/R Iniciativas fornecer
produtos baixa energia
EN6 Adic. 58 Sim
Redução energia indireta
EN7 Adic. N/R
Água Total retirado fonte EN8 Ess. 41 Sim Fontes afetadas EN9 Adic. N/R Reciclada reutilizada EN10 Adic. 41 Sim Bio-diversidade
Localização e tamanho de áreas protegidas
EN11 Ess. 33 Sim
Impactos significativos áreas protegidas
EN12 Ess. 34 Sim
Hábitats protegidos restaurados
EN13 Adic. N/R
Gestão impactos bio- diversidade
EN14 Adic. 36 Sim
Espécies lista vermelha
EN15 Adic. 37 e 38
Sim
Emissões, efluentes e resíduos
Emissões diretas e indiretas GEE
EN16 Ess. 33 e 51
Sim
Outras emissões indiretas
EN17 Ess. 54 Sim
Iniciativas reduzir GEE
EN18 Adic. 32 e 56
Sim
Substâncias destruidoras camada ozônio
EN19 Ess. N/R Sim
NOx, SOX e outras emissões
EN20 Ess. N/R
Descarte água por qualidade
EN21 Ess. N/R
Resíduos por peso EN22 Ess. N/R Derramamentos
significativos
EN23 Ess. N/R
Resíduos perigosos EN24 Adic. N/R Corpos d´água
afetados
EN25 Adic. N/R
Produtos serviços
Mitigação de impactos EN26 Ess. N/R
% embalagens recuperadas
EN27 Ess. N/R
Conformidade Multas EN28 Ess. N/R Transporte Impactos
significativos transporte
EN29 Adic. N/R
Geral Investimentos e gastos em proteção
EN30 Ess. N/R
5. Protocolo de indicadores
Práticas
trabalhistas
Emprego
Tipo de emprego e contrato de trabalho
LA1 Ess. 42
Taxa de rotatividade LA2 Ess. 43
Benefícios LA3 Adic. N/R
Trabalhadores e governança
Empregados abrangidos por acordo coletivo
LA4 Ess. N/R
Prazo mínimo para notificação com antecedência
LA5 Ess. N/R
Saúde e segurança
no trabalho
Representação de empregados nos comitês
LA6 Adic. 47
Taxa de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e óbitos
LA7 Ess. 45
Assistência a doenças LA8 Ess. N/R
61
graves Acordos sindicatos LA9 Adic. N/R
Treinamento educação
Horas treinamentos LA10 Ess. N/R
Gestão fim de carreira LA11 Adic. N/R Análise desempenho LA12 Adic. N/R
Diversidade igualdade oportunidades
Composição governança
LA13 Ess. N/R
Proporção salário base homens e mulheres
LA14 Ess. N/R
5. Protocolo de indicadores
Direitos humanos
Práticas de investimentos e processos de
compras
Contratos cláusula direitos humanos
HR1 Ess. N/R
Fornecedores avaliados
HR2 Ess. N/R
Treinamento direitos humanos
HR3 Adic. N/R
Não discriminação
Casos de discriminação e as medidas adotadas
HR4 Ess. N/R
Liberdade Associação
Risco ao direito de exercer a liberdade associação
HR5 Ess. N/R
Trabalho infantil
Risco de ocorrência trabalho infantil
HR6 Ess. N/R
Trabalho forçado
Risco de ocorrência trabalho forçado
HR7 Ess. N/R
Práticas segurança
Equipe segurança treinada em DH.
HR8 Adic. N/R
Direitos indígenas
Casos de violação de direitos indígenas
HR9 Adis. N/R
5. Protocolo de indicadores
Desempenho
social
Comunidade Gestão impactos na comunidade
SO1 Ess. N/R
Corrupção
Avaliações de risco relacionadas à corrupção
SO2 Ess. N/R
Colaboradores treinados nas práticas anticorrupção
SO3 Ess. N/R
Medidas e respostas tomadas nos casos corrupção
SO4 Ess. N/R
Políticas públicas
Posição da organização quanto ao lobby.
SO5 Ess. N/R
Contribuição financeira a políticas públicas
SO6 Adic. N/R
Concorrência desleal
Número de ações por concorrência desleal
SO7 Adic. N/R
Conformidade Multas SO8 Ess. N/R
. Protocolo de indicadores
Responsabilidade sobre o produto
Saúde e segurança
cliente
Análise ciclo vida relacionado à saúde segurança
PR1 Ess. N/R
Casos de não conformidade
PR2 Adic. N/R
Rotulagem de produtos e serviços
Tipos de rotulagens obrigatórias
PR3 Ess. N/R
Casos de não conformidade relacionados à rotulagem
PR4 Adic. N/R
Resultados de pesquisa de satisfação de clientes
PR5 Adic. N/R
Comunicação de marketing
Códigos de comunicação
PR6 Ess. N/R
Casos de não conformidade de comunicação
PR7 Adic. N/R
Conformidade
Reclamações violação privacidade cliente
PR8 Adic. N/R
Multas PR9 Ess. N/R
*N/R: não relatado.
62
Expediente
Conselho Administrativo Aldeir Bellodi Pedro Aldeyr Antonio Bellodi Antonio Sérgio Ferreira Delphino Bellodi Luciano Dantas Bellodi Norberto Bellodi Renata Dantas Bellodi Duarte dos Santos Diretor Superintendente Norberto Bellodi Diretor Administrativo Antonio Sérgio Ferreira Diretor Industrial Marcelo Bellodi Diretor Agrícola Luis Marcelo Spadotto Equipe interna do Relatório Sustentabilidade Alexandre da Silva Dias Anselmo Jorge Miquelin Cássia Fernandes Idalina A. Thomazelli José Roberto Braido Leonardo Pinotti Luciano Candido da Rocha Maria José Almeida de Almeida Consultoria Daniel Lobo - Ecolog Consultoria Textos Desenvolvimento e Comunicação - RH Usina Santa Adélia Fotos Tadeu Fessel Vendramini Veiculação www.usinasantaadelia.com.br
!"#$%&'$"()*%+,-."/-0,',1)"2#(/3"4"56'"%+.'-07'89%"&':)';'")6"+);):"*0%-)0+'"-%";):)-1%$106)-<%";'"):<+5<5+'"*'+'")$'&%+'89%";)"
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Isenção de Responsabilidade: K%"?':%";%"+)$'<%";)":5:<)-<'&0$0;';)"0-?$50+"$0-L:")M<)+-%:"*'+'"6'<)+0'0:"'5;0%10:5'0:I)-<+)"%5<+%:I"):<'"
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Declaração Exame doDeclaração Exame doDeclaração Exame do
Nível de Aplicação pela GRINível de Aplicação pela GRINível de Aplicação pela GRINível de Aplicação pela GRI
A GRI neste ato declara que A GRI neste ato declara que Usina Santa Adélia S/AUsina Santa Adélia S/A apresentou seu relatório “Relatório de Sustentabi apresentou seu relatório “Relatório de Sustentabi-
lidade - Usina Santa Adélia (Safras 2009/2010 e 2010/2011)” para o setor de Serviços de Relatório da lidade - Usina Santa Adélia (Safras 2009/2010 e 2010/2011)” para o setor de Serviços de Relatório da lidade - Usina Santa Adélia (Safras 2009/2010 e 2010/2011)” para o setor de Serviços de Relatório da lidade - Usina Santa Adélia (Safras 2009/2010 e 2010/2011)” para o setor de Serviços de Relatório da
GRI, que concluiu que o relatório atende aos requisitos de Nível de Aplicação C.GRI, que concluiu que o relatório atende aos requisitos de Nível de Aplicação C.GRI, que concluiu que o relatório atende aos requisitos de Nível de Aplicação C.GRI, que concluiu que o relatório atende aos requisitos de Nível de Aplicação C.
Os Níveis de Aplicação da GRI comunicam quanto do conteúdo das Diretrizes G3 foi aplicado no Os Níveis de Aplicação da GRI comunicam quanto do conteúdo das Diretrizes G3 foi aplicado no Os Níveis de Aplicação da GRI comunicam quanto do conteúdo das Diretrizes G3 foi aplicado no Os Níveis de Aplicação da GRI comunicam quanto do conteúdo das Diretrizes G3 foi aplicado no Os Níveis de Aplicação da GRI comunicam quanto do conteúdo das Diretrizes G3 foi aplicado no
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gação exigidos para aquele Nível de Aplicação foram cobertos pelo relatório e que o Sumário de Congação exigidos para aquele Nível de Aplicação foram cobertos pelo relatório e que o Sumário de Congação exigidos para aquele Nível de Aplicação foram cobertos pelo relatório e que o Sumário de Congação exigidos para aquele Nível de Aplicação foram cobertos pelo relatório e que o Sumário de Congação exigidos para aquele Nível de Aplicação foram cobertos pelo relatório e que o Sumário de Con-
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G3 das GRI. G3 das GRI.
Os Níveis de Aplicação não fornecem um parecer sobre o desempenho de sustentabilidade da organizaOs Níveis de Aplicação não fornecem um parecer sobre o desempenho de sustentabilidade da organizaOs Níveis de Aplicação não fornecem um parecer sobre o desempenho de sustentabilidade da organiza-
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Amsterdã, Amsterdã, 10 Novembro 201110 Novembro 201110 Novembro 2011
Nelmara ArbexNelmara Arbex
Vice-Presidente Vice-Presidente
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Nelmara a Arbex
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