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RELATÓRIO SOBRE O ESTADO DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO
outubro 2018
outubro 2018
Câmara Municipal de Tondela
Lugar do Plano – Gestão do Território e Cultura, Lda
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 3
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 6
2. BREVE ENQUADRAMENTO AO NOVO QUADRO LEGAL......................................................................... 7
3. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL ............................................................................................................ 9
4. ESTUDO DEMOGRÁFICO ......................................................................................................................... 13
4.1. Caracterização Geral ............................................................................................................................ 13
4.2. Evolução e Distribuição da População ................................................................................................. 17
4.3. Estrutura da População por Grupos Etários e por Género ................................................................... 21
4.4. Movimentos da População .................................................................................................................... 25
4.5. População por Nível de Instrução ......................................................................................................... 29
4.6. Nota Conclusiva .................................................................................................................................... 30
5. ESTUDO DA HABITAÇÃO .......................................................................................................................... 33
5.1. Nota Introdutória ................................................................................................................................... 33
5.2. Características Gerais .......................................................................................................................... 33
5.3. Volume Total de Alojamentos Familiares e Seu Uso ........................................................................... 36
5.4. Pressão Habitacional e Evolução dos Alojamentos Familiares e seu Uso .......................................... 39
5.5. Evolução dos Alojamentos Familiares / Famílias / Uso ........................................................................ 40
5.6. Condições dos Alojamentos ................................................................................................................. 45
5.6.1. Caracterização Geral ..................................................................................................................... 45
5.7. Nota Conclusiva .................................................................................................................................... 49
6. ESTUDO SOCIOECONÓMICO .................................................................................................................. 52
6.1. Nota Introdutória ................................................................................................................................... 52
6.2. Caracterização Geral da População Ativa ............................................................................................ 53
6.3. Análise das Atividades Económicas ..................................................................................................... 61
6.3.1. Setor Primário................................................................................................................................. 61
6.3.2. Setor Secundário ............................................................................................................................ 63
6.3.3. Setor Terciário ................................................................................................................................ 65
6.4. Nota Conclusiva .................................................................................................................................... 66
7. MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE ............................................................................................................ 68
7.1. Rede Rodoviária ................................................................................................................................... 68
7.2. Padrões e Fluxos de Mobilidade da População ................................................................................... 69
8. PATRIMÓNIO .............................................................................................................................................. 72
8.1. Património Classificado ........................................................................................................................ 72
9. AS COMPONENTES AMBIENTAIS ............................................................................................................ 75
9.1. Os Incêndios do Caramulo ................................................................................................................... 75
9.1.1. Intervenção Preventiva ................................................................................................................... 77
9.1.2. A Estratégia do PDM ...................................................................................................................... 79
9.1.3. A Ação da CMT .............................................................................................................................. 79
9.2. Os Incêndios de 2017 ........................................................................................................................... 79
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9.3. Reserva Ecológica Nacional ................................................................................................................. 80
10. NÍVEL DE EXECUÇÃO DAS INTERVENÇÕES PREVISTAS EM PROGRAMA DE EXECUÇÃO DO PDM
......................................................................................................................................................................... 81
10.1. Nível de Execução .............................................................................................................................. 81
10.1.1. Eixo – Inovação e Competitividade .............................................................................................. 82
10.1.2. Eixo – Atividades Agroflorestais e Desenvolvimento Rural ......................................................... 88
10.1.3. Eixo – Turismo, Cultura e Lazer ................................................................................................... 89
10.1.4. Eixo – Energia .............................................................................................................................. 93
10.1.5. Eixo – Sistema Urbano ................................................................................................................. 94
10.1.6. Eixo – Educação .......................................................................................................................... 96
10.1.7. Eixo – Sistema de Acessibilidade e Transportes ......................................................................... 97
10.1.8. Eixo – Sistema Ambiental ............................................................................................................ 98
10.1.9. Eixo – Desporto e Juventude ..................................................................................................... 100
10.1.10. Eixo – Novas Tecnologias ........................................................................................................ 101
10.1.11. Eixo – Saúde, Ação Social e Habitação ................................................................................... 102
10.1.12. Eixo – Segurança e Proteção Civil ........................................................................................... 103
10.1.13. Eixo – Modernização Administrativa ........................................................................................ 104
10.2. Nota Conclusiva ................................................................................................................................ 104
11. ESTUDO DA DINÂMICA URBANÍSTICA ................................................................................................ 109
11.1. Evolução dos Edifícios Licenciados .................................................................................................. 109
11.2. Análise Processos Urbanísticos ....................................................................................................... 117
12. REVISÃO DOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO TERRITORIAL ........................................................... 130
12.1. Âmbito Nacional ................................................................................................................................ 130
12.1.1. Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território .................................................. 130
12.1.2. Plano Nacional da Água ............................................................................................................. 131
12.1.3. Plano Rodoviário Nacional ......................................................................................................... 131
12.1.4. Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Vouga, Mondego e Lis (Rh4) .............................. 132
12.1.5. Plano de Ordenamento da Albufeira da Aguieira ...................................................................... 134
12.2. Âmbito Regional ................................................................................................................................ 136
12.2.1. Plano Regional de Ordenamento Florestal do Dão e Lafões .................................................... 136
12.2.2. Plano Regional de Ordenamento do Território do Centro ......................................................... 136
12.3. Âmbito Municipal ............................................................................................................................... 138
12.3.1. Plano Diretor Municipal de Tondela ........................................................................................... 138
12.3.2. Plano de Pormenor do Parque Industrial de Tondela ................................................................ 139
12.3.3. Plano de Pormenor do Parque Industrial de Tondela (2.ª Fase) ............................................... 140
12.3.4. Plano de Pormenor com Efeitos Registais da Ampliação da Zona Industrial Municipal da Adiça
................................................................................................................................................................ 142
12.4. Outros Planos e Instrumentos .......................................................................................................... 145
13. ÁREAS DE REABILITAÇÃO URBANA ................................................................................................... 146
13.1. ARU do Caramulo ............................................................................................................................. 146
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13.2. ARU de Tondela................................................................................................................................ 148
14. PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO URBANO .............................................................. 149
15. QUADROS COMUNITÁRIOS DE APOIO ............................................................................................... 155
15.1. Programa Operacional Centro 2020 ................................................................................................. 155
15.2. Programa Operacional Regional do Centro 2007 - 2013 ................................................................. 166
16. PLANO INTERMUNICIPAL DE MOBILIDADE E TRANSPORTES DE VISEU E DÃO LAFÕES ........... 169
17. Considerações finais ............................................................................................................................... 189
18. Bibliografia ............................................................................................................................................... 192
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
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1. INTRODUÇÃO
A Lei de Bases Gerais da Política Pública de Solos, de Ordenamento do Território e de Urbanismo (Lei n.º
31/2014, de 30 de maio), conjugada com o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (Decreto-
Lei n.º 80/2015, de 14 de maio) determina que a Câmara Municipal – entidade responsável pela concretização
da política de ordenamento do território e de urbanismo a nível local – deve fomentar a monitorização e
avaliação dos Planos Municipais de Ordenamento do Território (PMOT), consubstanciada em Relatório sobre
o Estado do Ordenamento do Território (REOT).
De acordo com o artigo 189.º do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial incumbe às câmaras
municipais, e no caso concreto à Câmara Municipal de Tondela, a elaboração de quatro em quatro anos de
um REOT, a submeter à apreciação da assembleia municipal. São relatórios que “traduzem o balanço da
execução dos programas e dos planos territoriais, objeto de avaliação, bem como dos níveis de coordenação
interna e externa obtidos, fundamentando uma eventual necessidade de revisão”.
Pretende-se, desta forma, identificar a tendência de evolução nos mais variados domínios e avaliar a
execução do Plano Diretor Municipal (PDM), fazendo a ponderação das vantagens e desvantagens das linhas
de desenvolvimento preconizadas na 1.ª revisão, considerando o devido enquadramento social, cultural,
ambiental e económico.
A importância deste documento reveste-se, portanto, no facto de constituir um processo contínuo, capaz de
analisar e avaliar a concretização das estratégias de desenvolvimento territorial municipal, uma vez que
permite monitorizar e, desse modo, redefinir medidas e ações que não tenham alcançado os objetivos
definidos.
Nesta senda, considerando as intenções que norteiam o modelo de ordenamento no concelho de Tondela, o
REOT pretende encetar a fundamentação da 2.ª revisão do PDM, mediante a apresentação de razões
justificativas para tal decisão.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
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2. BREVE ENQUADRAMENTO AO NOVO QUADRO LEGAL
Após a publicação da Revisão PDM de Tondela ocorrida em 2011, sucederam mudanças significativas no
ordenamento jurídico do sistema de planeamento territorial com a entrada em vigor da nova Lei de Bases
Gerais da Política Pública de Solos, de Ordenamento do Território e de Urbanismo – aprovada pela Lei n.º
31/2014, de 30 de maio - e que desencadeou o novo Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial
(RJIGT) – aprovado pelo Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio.
Uma das principais inovações da nova Lei de Bases diz respeito às mudanças de fundo introduzidas no
processo de classificação e qualificação do solo, designadamente no que concerne ao desaparecimento da
categoria de solo urbanizável e à indispensabilidade de fazer depender a transformação do solo e a sua
reclassificação como urbano de uma opção de planeamento e, particularmente, da demonstração da sua
viabilidade, e da programação e contratualização da operação urbanística entre Administração e particulares.
A nova Lei de Bases e o novo RJIGT introduzem, relativamente à legislação anterior, um novo conceito de
solo urbano: “… o que está total ou parcialmente urbanizado ou edificado e, como tal, afeto em plano territorial
à urbanização ou edificação”.
Neste âmbito, os PDM elaborados à luz da legislação anterior têm que proceder à respetiva revisão, efetuando
a uma nova delimitação de solo urbano; dispondo para tal um prazo máximo de cinco anos, sob pena de
suspensão.
De acordo com Oliveira, Fernanda Paula (2016), a Lei de Bases veio introduzir uma diferenciação entre
programas, “que estabelecem o quadro estratégico de desenvolvimento territorial e as suas diretrizes
programáticas ou definem a incidência espacial de políticas nacionais a considerar em cada nível de
planeamento” e planos, que “estabelecem opções e ações concretas em matéria de planeamento e
organização do território bem como definem o uso do solo”. Diferenciação que tem importância para vários
efeitos, sendo o mais relevante o da eficácia jurídica destes instrumentos: enquanto os programas apenas
vinculam entidades públicas, os planos vinculam as entidades públicas e ainda, direta e imediatamente, os
particulares (46.º, n.ºs 1 e 2 da Lei de Bases).
Desta forma, as normas que integram o conteúdo dos Planos Especiais de Ordenamento do Território (PEOT)
em vigor devem ser vertidas para os planos de âmbito municipal ou intermunicipal aplicáveis na área
abrangida pelos planos especiais, num prazo máximo de 3 anos, ou seja, até dia 29 de junho de 2017.
Entretanto, este prazo foi adiado até 13 de julho de 2020 pela complexidade envolvida, devendo ser
assegurada a conformidade entre os dois planos ao nível dos regulamentos e das respetivas plantas.
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O Decreto-Regulamentar n.º 15/2015, de 19 de agosto, estabelece os critérios de classificação e
reclassificação do solo, bem como os critérios de qualificação e as categorias do solo rústico e do solo urbano
em função do uso dominante, aplicáveis a todo o território nacional.
Este decreto regulamentar «cumpre o objetivo de estabelecer os critérios a observar pelos municípios,
comunidades intermunicipais e associações de municípios no âmbito dos procedimentos de elaboração,
alteração e revisão dos planos territoriais de âmbito intermunicipal e municipal, assim se permitindo que, num
domínio de elevada complexidade técnica, possam aqueles planos dispor de uma base harmonizada de
critérios.»
O decreto regulamentar trata, num primeiro momento, «os critérios a observar na classificação do solo,
assente na diferenciação entre as classes de solo rústico e de solo urbano.»
Quanto à qualificação do solo, «define-se, de acordo com os princípios fundamentais da compatibilidade de
usos, da graduação, da preferência de usos e da estabilidade, o conceito de utilização dominante de uma
categoria de solo como a afetação funcional prevalecente que lhe é atribuída pelo plano territorial de âmbito
intermunicipal e municipal.»
Por fim, uma nota para a Portaria n.º 277/2015, de 10 de setembro, que regula a constituição, composição e
funcionamento das comissões consultivas da elaboração e revisão do PDM.
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3. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL
O município de Tondela apresenta uma área de 371,22 Km2 e pertence em termos administrativos ao distrito
de Viseu. Em termos de Nomenclatura Comum de Unidades Territoriais para fins Estatísticos (NUTS) faz
parte da Região Centro – NUTS II e da sub-região de Viseu Dão Lafões – NUTS III – a nova NUT estabelecida
pelo Regulamento Comunitário nº 868/2014 (cfr figura seguinte). Anteriormente, o município de Tondela fazia
parte da sub-região de Dão Lafões. A única diferença entre as duas sub-regiões prende-se com a saída de
Mortágua da sub-região de Viseu Dão Lafões para integrar a região de Coimbra.
Figura 1. Localização de Tondela em Portugal continental, na Região Centro e sub-região de Viseu Dão Lafões
FONTE: DGT, CAOP 2016
Tondela constitui o segundo maior concelho do Distrito de Viseu, confinando com os concelhos de Vouzela,
Santa Comba Dão, Carregal do Sal, Mortágua, Águeda, Oliveira de Frades e Viseu como se pode observar
na figura seguinte.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 10
Figura 2. Concelhos limítrofes de Tondela
FONTE: DGT, CAOP 2016
O município de Tondela segundo a Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro, que organiza administrativamente as
freguesias, através da criação de freguesias por agregação ou por alteração dos limites territoriais, é
composto atualmente por 19 freguesias, conforme se pode observar no quadro seguinte. Antes desta
organização o município de Tondela era constituído por 26 freguesias, igualmente apresentadas no quadro
seguinte.
Quadro 1. Freguesias do município de Tondela antes e depois da divisão administrativa de 2013
Divisão administrativa até 2013 Divisão administrativa a partir de 2013
Designação km² Designação km²
Barreiro de Besteiros 36,99 Campo de Besteiros 7,93
Campo de Besteiros 7,93 Canas de Santa Maria 13,85
Canas de Santa Maria 13,85 Castelões 17,12
Caparrosa 16,53 Dardavaz 13,69
Castelões 17,12 Ferreirós do Dão 8,29
Dardavaz 13,69 Guardão 18,95
Ferreirós do Dão 8,29 Lajeosa do Dão 24,59
Guardão 18,95 Lobão da Beira 14,09
Lajeosa 24,59 Molelos 15,5
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Divisão administrativa até 2013 Divisão administrativa a partir de 2013
Designação km² Designação km²
Lobão da Beira 14,09 Parada de Gonta 6,73
Molelos 15,5 Santiago de Besteiros 15,75
Mosteirinho 17,49 Tonda 7,5
Mosteiro de Fráguas 10,28 União das freguesias de Barreiro de Besteiros e Tourigo 45,73
Mouraz 9,35 União das freguesias de Caparrosa e Silvares 24,57
Nandufe 4,4 União das freguesias de Mouraz e Vila Nova da Rainha 15,53
Parada de Gonta 6,73 União das freguesias de São João do Monte e Mosteirinho 65,13
Sabugosa 7,16 União das freguesias de São Miguel do Outeiro e Sabugosa 18,54
Santiago de Besteiros 15,75 União das freguesias de Tondela e Nandufe 15,75
São João do Monte 47,65 União das freguesias de Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas 21,98
São Miguel do Outeiro 11,38
Silvares 8,04
Tonda 7,5
Tondela 11,35
Vila Nova da Rainha 6,17
Vilar de Besteiros 11,69
Tourigo 8,73
FONTE: INE
Na figura seguinte é possível visualizar os atuais limites administrativos das 19 freguesias que compõem o
município de Tondela, bem como os limites anteriores à reorganização administrativa de 2013.
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Figura 3. Freguesias do município de Tondela antes (em cima) e depois da divisão administrativa de 2013 (em baixo)
FONTE: DGT, CAOP 2016
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4. ESTUDO DEMOGRÁFICO
4.1. Caracterização Geral
Constituem objetivos desta análise demográfica, o conhecimento das características socioculturais, evolução,
estratificação e perspetivas de crescimento da população de uma região. Os dados proporcionados pela
análise demográfica, permitirão a identificação de uma série de conjunturas e cenários de desenvolvimento,
bem como, das causas que estiveram na sua origem, apontando o melhor caminho para orientar e / ou
consolidar um quadro de intervenções estratégicas, no âmbito do presente Plano.
Recorreram-se, para a elaboração deste estudo, aos dados estatísticos do Instituto Nacional de Estatística
– INE, Censos desde 1960 a 2011, e ainda às Estimativas da População. Procurou-se sempre que possível,
proceder à análise de alguns indicadores desagregados por freguesia (conforme a Nova Reorganização do
Território), nos últimos decénios, com vista a enquadrar a estrutura e tendência de ocupação da população
no concelho.
Com efeito, a população do concelho de Tondela, que representava, em 2011, cerca de 10,4% da população
da Sub-região de Dão-Lafões (277 216 indivíduos), constituía o segundo concelho com maior peso, logo a
seguir a Viseu.
Da análise do quadro seguinte, constata-se, desde logo, um fenómeno de uma certa incapacidade de
estabilização da dinâmica demográfica no concelho, que vem revelando decréscimos da população ao longo
dos anos (1960-2011), com exceção do decénio intercensitário de 1970/1981.
Quadro 2. População residente, variação e densidade populacional (1960-2011)
Área Geográfica Carregal do Sal Mortágua Santa Comba Dão Tondela Agrupamento Centro
Área (km2) 117 251 113 373 852 23 508
População Residente (nº)
1960 13 468 13 024 13 273 38 917 78 682 1 880 764
1970 11 865 11 625 11 850 35 350 70 690 1 658 322
1981 11 137 11 291 14 099 35 906 72 433 1 763 119
1991 10 992 10 662 12 209 32 049 65 912 1 721 650
2001 10 411 10 379 12 473 31 152 64 445 1 791 781
2011 9 835 9 607 11 597 28 946 59 985 2 327 580
Variação (%)
60/70 -11,9 -10,7 -10,7 -9,2 -10,2 -11,8
70/81 -6,1 -2,9 19 1,6 2,5 6,3
81/91 -1,3 -5,6 -13,4 -10,7 -9 -2,4
91/01 -5,3 -2,7 2,2 -2,8 -2,2 4,1
01/11 -5,5 -7,4 -7 -7,1 -6,9 29,9
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Área Geográfica Carregal do Sal Mortágua Santa Comba Dão Tondela Agrupamento Centro
Densidade (hab/km2) 2011 84 38 104 78 304 83
FONTE: INE, Recenseamentos Gerais da População de 60 a 91 e Censos 2001 e 2011
No decénio 1960/1970, o concelho de Tondela apresentava um saldo negativo no crescimento populacional,
cerca de -9%, à imagem da dinâmica demográfica registada nos restantes municípios do agrupamento (-
10,2%), bem como, da Região Centro que rondava os -12%. Este decréscimo populacional resulta da
emigração maciça (principalmente para a França e Alemanha) e dos movimentos migratórios internos,
sobretudo para os grandes centros urbanos de Lisboa e Porto, o que contribuíram também, para acentuar as
assimetrias litorais/interior.
A única situação de crescimento da população concelhia (1,6%), a assinalar, verifica-se na década de 70, não
apenas consequência de uma diminuição da emigração, mas também pelo significativo fluxo populacional
das ex-colónias, fenómeno que se estendeu aos concelhos do agrupamento (2,5%) e a todas as regiões do
País. Neste decénio conseguiu-se esbater um período de regressão demográfica, generalizada a um número
significativo de municípios do País, ocorrida nos anos 60, consequência do forte fluxo migratório que já vinha
a registar e que atingiu o seu pico nesse período.
No período 1981/1991, o concelho volta a sofrer um decréscimo populacional significativo rondando os onze
pontos percentuais (-10,7%), quantitativo este, da mesma ordem do verificado nos concelhos do agrupamento
(-9,0%), mas consideravelmente superior ao registado na Região Centro (-2,4%). Pressupõe-se que estes
resultados se prendem com fatores que, embora de natureza distinta, têm similar influência nas implicações
que determinam, ao nível da dinâmica demográfica: por um lado, um forte êxodo populacional para as regiões
do litoral; por outro lado, um saldo fisiológico (Natalidade/Mortalidade) negativo, situação esta, que nem
mesmo o retorno de emigrantes, maioritariamente da Europa, conseguiu atenuar.
Relativamente ao decénio 1991/2001, pode-se constatar ainda, a tendência de crescimento negativo, que
caracteriza, há já duas décadas, o concelho de Tondela, muito embora, por valores não tão preocupantes
(2,9%). Este decréscimo aparenta relacionar-se com uma diminuição da emigração, simultaneamente com o
retorno de emigrantes, que se fez sentir na generalidade do Continente.
No último decénio, 2001/2011,constata-se que o concelho voltou a sentir uma regressão do seu quantitativo
populacional, estabelecendo-se nos 28 946 habitantes, menos 2 206 habitantes que no ano de 2001, que se
relaciona com o baixo número de nascimentos e a não substituição/renovação das gerações, e com a
emigração populacional, principalmente da população jovem, resultante da crise económica existente no país,
nos últimos anos.
A evolução mais recente da população residente e em particular desde 2011 até à atualidade, é suportada
por intermédio das estimativas anuais da população residente calculadas pelo INE e referentes a 31 de
dezembro de cada ano. É deste modo visível a contínua tendência de decréscimo populacional da população
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do concelho de Tondela desde 2011 que apresentava uma população estimada de 28 733 residentes para no
ano de 2015 apresentar um registo de 27 701 residentes o que correspondeu a uma diminuição estimada de
1032 indivíduos e a uma variação de -3,6%.
Gráfico 1. Evolução da população estimada no concelho de Tondela (2011–2015)
FONTE: INE, Estimativas anuais da população residente
O concelho de Tondela registava, em 2011, uma densidade moderada (78 hab./km²), abaixo dos 100
hab./km², em parceria com Carregal do Sal (84,1 hab./km²) e Mortágua (38,3 hab./km²).
Revelava um índice ligeiramente superior às médias registadas, quer nos concelhos do Agrupamento (304
hab./km²), quer na Região Centro (83 hab./km²), apresenta, contudo, uma densidade populacional abaixo da
verificada em Santa Comba Dão (104 hab./km²).
Figura 4. Densidade populacional no aglomerado de concelhos (2011)
FONTE: INE, Censos 2011
28.733
28.488
28.167
27.848
27.701
2011 2012 2013 2014 2015
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Com efeito, estes valores de ocupação espacial apresentam-se moderadamente baixos quando comparados
com o registo de outras unidades territoriais, nomeadamente do litoral, onde se verifica uma resistência à
tendência de recessão populacional (cfr. quadro seguinte).
Quadro 3. Densidade populacional em unidades territoriais do Litoral (1991/2001/2011)
Unidades Territoriais 1991 2001 2011
Baixo Vouga 195 214 217
Baixo Mondego 159 165 161
Pinhal Litoral 128 144 150
Região Centro 73 76 83
Continente 105 112 113
FONTE: INE, Recenseamento Geral da População 1991 e Censos 2001 e 2011
Tondela tem vindo a registar uma diminuição da densidade populacional ao longo das últimas décadas fruto
da diminuição populacional que tem ocorrido no território. Efetivamente, nos últimos momentos censitários, o
concelho de Tondela apresentava em 1991 uma densidade populacional de 86,33 hab/km2, em 2001 registava
83,91 hab/km2 e em 2011 apresentava 78hab/km2, tal como indicado anteriormente. Como seria expetável, a
densidade populacional do concelho de Tondela segundo as estimativas anuais do INE continua a apresentar
uma tendência de decréscimo entre 2011 e 2015 como se pode constar pelo gráfico seguinte.
Gráfico 2. Evolução da densidade populacional (n.º/km2) no concelho de Tondela (2011–2015)
FONTE: INE, Estimativas anuais da população residente
Relativamente à posição que o concelho de Tondela ocupa no agrupamento de concelhos, esta não se
restringe apenas, à existência de importantes eixos de acessibilidade (como são o IP 3 e a proximidade da A
25), devendo-se também, a fatores de ordem natural, relativos à proximidade da beleza paisagística da Serra
do Caramulo, do Rio Dão, e ainda, à aptidão dos solos para a agricultura, turismo, entre outras
potencialidades.
Atualmente, as vantagens em termos de acessibilidades atuais, como o IP 3 e a proximidade à A 25 poderão
induzir efeitos multiplicadores consideráveis no desenvolvimento do concelho, inclusivamente na alteração
dos padrões tradicionais de localização de atividades, com reflexos na estrutura atual da população.
77,4
76,7
75,9
7574,6
2011 2012 2013 2014 2015
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
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4.2. Evolução e Distribuição da População
Por Freguesias
Os graus de intensidade de ocupação e de crescimento da população do concelho de Tondela, determinam
fortes contrastes entre as zonas oeste-noroeste (W-NW) e sudeste-este (SE-E) do território municipal. Com
efeito, a zona mais Central e Oriental do concelho, correspondendo à União de Freguesias (UF) de Tondela
e Nandufe, Molelos, Lajeosa do Dão e Canas de Santa Maria polarizam aproximadamente 40% da população
concelhia correspondendo, algumas, às freguesias que em 2011, apresentavam densidades populacionais
mais elevadas, conforme se pode observar no quadro seguinte.
Quadro 4. População residente, variação e densidade populacional, por freguesia, no concelho de Tondela (1960-
2011)
Freguesias
População Residente (nº) Variação (%) Dens.
(hab.
/km2) 1960 1970 1981 1991 2001 2011 60/70 70/81 81/91 91/01 01/11
UF de Barreiro
de Besteiros e
Tourigo
2 007 2 055 2 069 1 768 1 632 1487 2,4 0,7 -45,1 -7,6 -8,8 32,5
Campo de
Besteiros 1 344 1 465 1 361 1 335 1 395 1 474 9 -7,1 -1,9 4,5 5,6 185,9
Canas Sta.
Maria 2 312 2 060 2 093 2 100 2 020 1 806 -10,9 1,6 0,3 -3,8 -10,6 130,4
UF de
Caparrosa e
Silvares
1 616 1 475 1 318 1 173 1 094 941 -8,7 -10,6 -11 -6,7 -13,9 38,3
Castelões 2 401 2 260 2 431 2 061 1 768 1 542 -5,9 7,6 -15,2 -14,2 -12,8 90,1
Dardavaz 1 312 1 050 1 221 1 085 962 782 -20 16,3 -11,1 -11,3 -18,7 57,1
Ferreiros do
Dão 777 685 505 412 410 441 -11,8 -26,3 -18,4 -0,5 7,6 53,2
Guardão 2 778 2 180 2 503 2 031 1 834 1 490 -21,5 14,8 -18,9 -9,7 -18,8 78,6
Lajeosa 3 202 2 810 2 646 2 534 2 209 1 940 -12,2 -5,8 -4,2 -12,8 -12,2 78,9
Lobão da Beira 1 605 1 425 1 424 1 264 1 207 1 124 -11,2 -0,1 -11,2 -4,5 -6,87 79,8
Molelos 2 943 2 905 3 036 2 574 2 640 2 346 -1,3 4,5 -15,2 2,6 -11,1 151,4
UF de S. João
do Monte e
Mosteirinho
2 202 1615 1777 1597 1319 1079 -26,6 10 -10,1 -17,4 -18,1 16,6
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Freguesias
População Residente (nº) Variação (%) Dens.
(hab.
/km2) 1960 1970 1981 1991 2001 2011 60/70 70/81 81/91 91/01 01/11
UF de Mouraz
e Vila Nova da
Rainha
2 180 1 655 1 715 1 578 1538 1354 -24 3,6 -7,9 -2,5 -11,9 87,2
UF de Tondela
e Nandufe 3 925 3950 4147 3641 3580 5130 1,6 4,9 -12,2 -1,6 43,2 325,7
Parada de
Gonta 1 073 760 891 757 812 754 -29,2 17,2 -15 7,3 -7,1 112
Santiago
Besteiros 1 672 1 790 1 758 1 569 1 473 1 331 7,1 -1,8 -10,8 -6,1 -9,64 84,5
UF de S.
Miguel Outeiro
e Sabugosa
2 154 1 980 1 854 1 684 1 592 1458 -8,0 -6,3 -9,1 -5,4 -8,4 78,6
Tonda 1 492 1 425 1 351 1 317 1 115 984 -4,5 -5,2 -2,5 -15,3 -11,7 131,2
UF de Vilar
Besteiros e
Mosteiro de
Fráguas
1 922 1 805 1 809 1 569 1 552 1 483 -6,0 0,2 -13,2 -1,0 -4,4 67,5
Concelho 38
917
35
350
35
906 32 049 31 152 28 946 -9,2 1,6 -10,7 -2,8 -7,1 78
FONTE: INE, Recenseamentos gerais da população de 60 a 2011.
Para esta situação concorrem diversos fatores, entre os quais se destacam as acessibilidades privilegiadas,
nomeadamente o IP3, a EN2 e a proximidade da A25, o elevado potencial agrícola e uma maior dinâmica
industrial (Vale de Besteiro).
Saliente-se, desde já, que a UF de Tondela e Nandufe, sede de concelho, apresenta a densidade mais
elevada (325,7 hab./km2), cerca de quatro vezes superior à média concelhia, quantitativo este, só equiparável
com densidades populacionais de Autarquias da Região Litoral. Paralelamente, encerra o núcleo urbano
principal do concelho – a Cidade de Tondela – polarizador de bens e serviços, e, por conseguinte, de uma
qualidade de vida algo diferenciada do restante território.
Acresce ainda, destacar as freguesias de Campo de Besteiros, Molelos, Tonda, Canas de St. ª Maria e Parada
de Gonta que registavam, em 2011, uma densidade populacional entre os 100-200 hab./km2.
Relativamente à zona Noroeste e mais Ocidental do concelho, caracterizada por extensas áreas florestais e
de índole mais rural, assiste-se a densidades populacionais mais baixas e mais diferenciadas entre si, como
a União de Freguesias de S. João do Monte e Mosteirinho, União de Freguesias de Caparrosa e Silvares
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(pertencentes à Serra do Caramulo), Dardavaz, União de Freguesias de Barreiro de Besteiros e Tourigo e
Ferreirós do Dão apresentando valores bem inferiores à média concelhia (78 hab/km2).
Figura 5. Densidade populacional, por freguesia, no concelho de Tondela (2011)
FONTE: INE, Censos 2011
A figura demonstra de forma clara, que as freguesias, cuja densidade populacional se posiciona
substancialmente acima da média concelhia, são aquelas que se localizam tendencialmente ao longo do
Itinerário Principal (IP 3) ou que por ele são seccionadas. Constituem exceção, apenas Campo de Besteiros,
Guardão e Castelões que, possuindo densidades superiores à média concelhia, se encontram mais
deslocalizadas, em relação a este fator.
Quanto à evolução populacional registada no concelho, verifica-se que a dinâmica demográfica registada
entre os cinco decénios (1960-2011) aponta para variações consideravelmente relevantes podendo-se, de
certa forma, aferir a tendência para uma diminuição da dinâmica demográfica, dado que se assiste a situações
de decréscimo populacional, principalmente, neste último decénio (2001-2011).
No decénio 60/70 o concelho registou um decréscimo considerável da sua população residente, consequência
do forte fluxo migratório (tanto para o litoral como para o Brasil e Europa) que então ocorreu e que caracterizou
um período de regressão demográfica generalizada a um número significativo de municípios do País.
A situação de crescimento populacional, pouco significativo, verificado na década de 70, consequência da
diminuição da emigração, mas fundamentalmente devido ao fluxo da população das ex-colónias, fenómeno
que se verificou, grosso modo, em quase todas as regiões do País, deu lugar, no período de 1981/1991, a
um balanço demográfico negativo (-10,7%), da ordem do registado na década de 60.
No decénio de 1991/200, regista-se ainda uma tendência negativa do crescimento populacional no concelho
de Tondela (-2,8%), pese embora, a um ritmo menor.
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Relativamente às variações de crescimento ocorridas nas freguesias do concelho, verifica-se que:
• Na década de 70, período característico de acentuado fluxo populacional, a grande maioria das
Freguesias registava decréscimos populacionais, tendência oposta ao generalizado incremento
demográfico, então verificado, no restante território nacional. De facto, apenas algumas freguesias
do Vale de Besteiros (União de Freguesias de Barreiro e Tourigo, Campo e Santiago de Besteiros) e
a sede de concelho (União de Freguesias de Tondela e Nandufe) apresentavam uma variação do
crescimento populacional positiva;
• No período 81/91, apenas a freguesia de Canas de Sta. Maria, revelou ter crescido (0,3%) em relação
ao decénio anterior (1,6%), muito embora a um ritmo relativamente inferior. Todas as outras
freguesias registaram uma regressão populacional, sendo, porém, de salientar que, esta tendência
em Campo de Besteiros, União de Freguesias de Caparrosa e Silvares, Lajeosa, União de Freguesias
de Mouraz e Vila Nova da Rainha, União de Freguesias de S. João do Monte e Mosteirinhos, União
de Freguesias de S. Miguel do Outeiro e Sabugosa, e Tonda ocorreu a níveis inferiores à média
concelhia (-10,7%);
• Globalmente, quase todas as Freguesias apresentavam, em 2001, um quantitativo populacional
inferior ao registado em 1960, à exceção da sede concelhia, União de Freguesias de Tondela e
Nandufe, e de Campo de Besteiros, permitindo deparar com um cenário de regressão demográfica.
A União de Freguesias de Caparrosa e Silvares detém apenas, 941 indivíduos, tendo desde então,
perdido mais de metade do efetivo populacional que possuía em 1960 (cerca de 675);
• São três, as freguesias que, em 2001, registam um crescimento populacional positivo: Parada de
Gonta, Campo de Besteiros e Molelos, englobando 4847 indivíduos da população concelhia; A União
de Freguesias de Tondela e Nandufe, sede de concelho, e Molelos são as que abarcam um maior
número de habitantes residentes (6 220);
• No último decénio 2001/2011, as freguesias registam uma diminuição acentuada da população,
principalmente, nas freguesias de Guardão (-18,8%), Dardavaz (-18,7%) e UF de S. João do Monte
e Mosteirinho. A União de Freguesias de Tondela e Nandufe (43,2%), Ferreirós do Dão (7,6%) e
Campo de Besteiros (5,6%) registaram um crescimento populacional positivo.
A capacidade retenção/atração do concelho da sua população, nestes cinco períodos, traduziu-se de uma
forma diferenciada pelas suas freguesias. Tal situação terá derivado da conjugação de diversos fatores, aos
quais não serão alheios questões como a maior ou menor proximidade ao único centro de concentração das
principais funções urbanas, Tondela, o maior ou menor nível de acessibilidade às principais vias estruturantes
do Concelho, a estrutura produtiva e obviamente, fatores de ordem social e cultural.
Esta situação revela particular interesse pois determina que, em termos futuros, a tendência seja para uma
certa diminuição da população do Concelho, essencialmente como consequência do decréscimo do
crescimento natural, ao qual está evidentemente associado o envelhecimento da população e à não
renovação das gerações.
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Por Lugares
A população do concelho de Tondela distribui-se de forma desigual pelos 148 lugares que o constituem. Da
leitura do quadro, verifica-se que o concelho em 2011 apresentava apenas 1 aglomerado de “grande
dimensão”: a sede de concelho do extrato [> 2000]. Esta análise da distribuição dos lugares por escalões
dimensionais da população permite diagnosticar no concelho uma situação de repartição da sua população
por um considerável número de aglomerados maioritariamente de “pequena dimensão”.
Quadro 5. População residente no concelho, por lugares, no concelho de Tondela (2011)
Classes de População Lugares População
N.º N.º
<2000 148 24 275
> 2000 1 3 382
Isolado - 1 289
Total 148 28 946
FONTE: INE, Censos 2011
De acordo com os dados mais recentes referentes aos Censos 2011, Tondela registava uma população
residente de 8854 habitantes, cerca de 30% da população total do concelho.
4.3. Estrutura da População por Grupos Etários e por Género
A análise de uma população por Grupos de Idade e Géneros assume-se de grande importância quando se
pretende avaliar a sua vitalidade, conhecer a sua evolução futura e identificar as causas de alguns
desequilíbrios, entre escalões etários e géneros.
Permitirá desta forma, determinar indicadores importantes como os Coeficientes de Dependência e
Envelhecimento, que numa perspetiva dinâmica, contribuirão para a definição e programação equilibrada dos
equipamentos e serviços necessários à estrutura populacional da área-plano.
Quadro 6. Distribuição da população, por género e idade e relação de masculinidade, no concelho de Tondela (2001-
2011)
Classes
Etárias
Homens Mulheres Relação de Masculinidade
2001 2011 2001 2011 2001 2011
< 4 anos 670 473 635 457 1,06 1,03
05 - 09 718 605 700 532 1,03 1,13
10 - 14 907 720 815 656 1,11 1,09
15 - 19 1 016 740 983 750 1,03 0,98
20 - 24 1 075 784 1 062 705 1,01 1,11
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Classes
Etárias
Homens Mulheres Relação de Masculinidade
2001 2011 2001 2011 2001 2011
25 - 29 1 023 732 978 705 1,05 1,03
30 - 34 922 795 887 858 1,04 0,92
35 - 39 958 891 1 029 954 0,93 0,93
40 - 44 935 895 964 905 0,97 0,98
45 - 49 929 952 945 1050 0,98 0,90
50 - 54 843 976 1 010 973 0,83 1,00
55 - 59 921 909 1 019 1003 0,9 0,90
60 - 64 938 960 1 181 1090 0,79 0,88
65 - 69 1 053 935 1 174 1104 0,9 0,84
70 - 74 863 880 1 015 1105 0,85 0,79
75 - 79 615 741 822 1032 0,75 0,71
80 - 84 351 463 519 722 0,68 0,64
> 85 anos 226 279 451 615 0,5 0,45
TOTAL 14 963 13730 16 189 15216 0,92 14,19
FONTE: INE, Censos 2001 e 2011.
A evolução da estrutura etária do Concelho, representada no quadro anterior, reflete bem o fenómeno da
diminuição da natalidade, circunstância referida no ponto anterior. Com efeito, a sua leitura permite extrair
algumas ilações:
• A redução acentuada do estrato da população mais jovem (0-14 anos), na base da pirâmide,
combinada com o aumento do peso relativo dos escalões de maior idade (> 65 anos), traduz o
envelhecimento da população e por isso, a não renovação de gerações. Neste contexto, torna-se
relevante o aumento da população idosa (em 2001, os idosos representavam 22,8%, valor percentual
que ascende em 2011 a 23,9 % do total da população), resultante, quer de uma tendência de
envelhecimento natural da população, como também, consequência da melhoria das condições de
vida (assistência médica, social, etc.). Acresce ainda referir, que a população das camadas etárias
mais novas decresce devido a uma tendencial e contínua diminuição da natalidade, circunstância que
será aprofundada no capítulo seguinte desta análise;
• A tendência de retração da classe da população em idade ativa ([15-64 anos] – decréscimo de cerca
de 24,9% do total da população nos anos de 2001 e 2011), cenário este, mais evidente nos grupos
etários dos 20 aos 24 anos e dos 25 aos 29 anos, circunstância aparentemente associada à
acentuada emigração , devido à crise económica no país, que leva a população jovem à procura de
emprego no estrangeiro, e à taxa de natalidade tendencialmente decrescente, que se vem verificando
desde os anos 60.
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Figura 6. Pirâmide etária da população residente no concelho de Tondela (2011)
FONTE: INE, Censos 2011
Observando a pirâmide etária da população em 2011, é possível verificar que reflete um panorama de uma
população envelhecida, onde se verifica, através da base estreita da pirâmide, uma baixa taxa de natalidade.
Por outro lado, nas faixas etárias mais elevadas, a percentagem é bastante elevada.
Procuremos agora identificar a repartição o peso de cada género na estrutura etária da população, através
do indicador “relação de masculinidade”. Para o ano de 2001, salienta-se o facto da relação entre o n.º de
homens e o quantitativo de mulheres apresentar um comportamento de primazia da população masculina até
ao escalão [30-34] anos, inclusive. A partir da classe [35-39] anos, a população do género feminino revela-se
como predominante. Neste contexto, verifica-se que a população idosa é maioritariamente do género
feminino.
Dados do ano de 2011 revelam que a população masculina era mais numerosa que a feminina na classe dos
[0-14] anos, [20-29] anos e [50-54] anos. A partir desta, foi sempre a população feminina a deter mais peso,
sendo que a partir dos 70 anos é quando se regista uma maior disparidade entre os dois géneros.
Quando comparada a estrutura da população nos anos de 2001 e 2011 por género, verifica-se que se
encontra estruturada de forma idêntica, nos quais a população masculina detém um peso de 48% do total da
população concelhia e, por sua vez, a população feminina representa 52%.
Importa ainda tecer algumas considerações sobre a evolução de outros indicadores demográficos, igualmente
importantes, na análise da distribuição populacional por estratos etários. Através do indicador “Coeficiente de
Dependência” relacionar-se-á, por exemplo, o quantitativo das pessoas que na sua maioria, não produzem
riqueza (jovens e idosos), com o extrato da população em idade de produzir (População ativa), evidenciando
tanto maior desequilibro, quanto maior for o seu índice.
1500 1000 500 0 500 1000 1500
0 a 4 anos
5 a 9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 a 84 anos
> 85 anos
H M
Fonte: INE (2011); Recenseamento da população e da habitação; Lisboa.
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Quadro 7. Taxa de envelhecimento, coeficiente de dependência e relação de substituição de gerações no concelho de
Tondela (2001-2011)
Unidade
Geográfica Ano
Classes Etárias Índice de
Vitalidade /
envelhecimento
(a)
Coeficiente de
Dependência
(b)
Relação de
Substituição
de Gerações
c)
0 - 14 15 - 39 40 - 64 > 65
Tondela
2001 4 495 9 939 9 685 7 089 157,71 59,03 1,03
2011 3 443 2 979 14 648 7 876 228,7 64,2 0,20
Dão-Lafões
2001 45 002 98 408 86 592 56 298 125,1 54,76 1,14
2011 38 161 29 478 144 929 64 672 169,4 58,96 0,2
FONTE: INE, Censos 2001 e 2011. | a) Pop. (65 e + anos) / Pop. (0-14 anos) x 100 b) Pop. (65 e + anos + Pop. 0-14 anos) / Pop. (15-64 anos)
x 100 | c) Pop. (15-39 anos) / Pop. (40 - 64 anos)
Por sua vez, através do relacionamento entre os ativos mais novos e os mais velhos, obter-se-á indicações
sobre a capacidade que as gerações mais recentes têm, de vir a substituir as mais antigas. Quanto maior o
valor deste índice mais probabilidades existem de ser garantida a substituição da geração criadora. Se esta
relação for inferior à unidade, a substituição é posta em risco. Assim, da análise do quadro anterior é de
relevar o seguinte:
• Reforço da tendência para o envelhecimento, transmitida através da evolução crescente na última
década da “taxa de vitalidade / envelhecimento”. De facto, o referido índice cresceu de 157,7% em
2001 para 228,7% em 2011;
• Aumento do “coeficiente de dependência” (razão entre a população dos grupos etários
potencialmente ativos e os potencialmente não ativos ), circunstância que resulta basicamente do
decréscimo da população jovem entre 2001 e 2011, como consequência da constante diminuição da
natalidade, assim como, do n.º de dependentes jovens; Simultaneamente, o incremento do n.º de
idosos, neste período (19,7 %) fez com que o coeficiente de dependência se mantivesse considerável,
pois este grupo etário aumentou o seu peso. É, no entanto, atenuado o desequilíbrio entre “ativos” e
“inativos”;
• Ocorrência de uma grave descida no indicador “relação de substituição de gerações”, isto é, a
população com mais de 14 anos e menos de 40 anos decresceu, relativamente às classes etárias
entre os 40 e 64 anos, que em certos casos até aumentou o nº de indivíduos. Deste modo, o facto de
as camadas etárias potencialmente ativas, terem manifestado um grande “abalo” ao nível dos
escalões etários mais jovens, revelam uma oscilação decrescente do potencial demográfico durante
o intervalo 2001 / 2011, que entretanto, devido à tendência de envelhecimento já constatada, tem
ainda, probabilidade para se acentuar nas gerações vindouras, convergindo para o limiar da
insubstituibilidade no concelho.
Recorrendo às estimativas anuais do INE, o índice de envelhecimento continuou no período mais recente a
demonstrar um agravamento registando no ano de 2015 um índice de envelhecimento de 269,8, o que coloca
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 25
ao município um desafio cada vez maior na resposta às exigências desta camada etária e consolida cada vez
mais a incapacidade regeneracional do concelho de Tondela.
Gráfico 3. Evolução do índice de envelhecimento no concelho de Tondela (2011–2015)
FONTE: INE, Estimativas anuais da população residente
O reforço das camadas etárias mais envelhecidas e o recuo das camadas etárias mais jovens tem
consequências evidentes ao nível dos índices de dependência com reflexos na tendência recente de aumento
do índice de dependência de idosos e no decréscimo do índice de dependência de jovens no concelho de
Tondela. Com efeito, entre 2011 e 2015, o índice de dependência de dependência de idosos passou de 45
para 47,4 e o índice de dependência de jovens passou de 19,4 para 17,6.
Em resultado do comportamento evolutivo diferenciado dos índices de dependência de jovens e de idosos, o
índice de dependência total, que procura medir os encargos potenciais dos jovens e dos idosos sobre a
população em idade ativa manteve-se constante cifrando-se em 65 em 2015.
Gráfico 4. Evolução dos índices de dependência de idosos, de jovens e total no concelho de Tondela (2011–2015)
FONTE: INE, Estimativas anuais da população residente
4.4. Movimentos da População
O crescimento demográfico (crescimento efetivo) de um concelho encontra-se normalmente associado ao
comportamento dos movimentos da sua população, analisado nas suas duas vertentes: movimento natural
(análise à diferença entre nados-vivos e óbitos) e o movimento migratório (análise à diferença entre o número
232,1234,9
243,7
258,1
269,8
2011 2012 2013 2014 2015
45 45,2 46,1 46,9 47,4
19,4 19,2 18,9 18,2 17,6
64,4 64,4 65,1 65,1 65
2011 2012 2013 2014 2015
Índice de dependência de idosos Índice de dependência de jovens Índice de dependência total
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 26
de indivíduos que entraram no concelho e os que dele saíram, num dado espaço temporal). Só através da
análise conjunta destas duas variáveis demográficas, se obterá uma melhor compreensão dos fenómenos
evolutivos analisados no capítulo anterior destes estudos.
No que se refere à evolução do movimento natural (crescimento natural), a análise do quadro seguinte
demonstra que, do período 1960/70 para o de 1970/80, o saldo fisiológico sofreu uma significativa diminuição
(de 3 657 para 1 508 indivíduos), que teve como principal causa, uma “queda” do número de “nascimentos”,
uma vez que o quantitativo de “óbitos” se apresentou praticamente constante neste decénio. Em termos
relativos, constata-se, de forma similar, que a “taxa de crescimento natural anual média” decresceu para cerca
de metade entre os dois períodos (de 9,8 para 4,2).
Conforme foi já abordado no capítulo anterior, este facto, designadamente nas décadas de 60 e 70, deve-se
sobretudo, ao fenómeno de elevada emigração, que levou à saída de número considerável da população dos
extratos com maior vitalidade, agravando o decréscimo de “nados-vivos”.
No período de 1981/91, continua-se a verificar uma tendência para a diminuição da “natalidade”, muito embora
não seja de menosprezar o facto do número de “óbitos” ter decrescido de forma acentuada (de 4 299 no
decénio de 1971/80, para 2942 em 1981/91). A “taxa de crescimento natural” foi reduzida para 0,2, ao que
corresponde um “saldo natural” de apenas 88 indivíduos.
Relativamente ao período censitário (1991/99), o quadro seguinte permite observar uma inversão do cenário
demográfico, em função das tendências evolutivas que se vinham estabelecendo. Com efeito, a “taxa de
crescimento natural média”, apresenta-se negativa (-3,45), consequência não apenas, da descida contínua
da “natalidade” (2 225 indivíduos), mas também, resultado do incremento do número de “óbitos” (3 314
falecidos).
Quadro 8. Evolução das variáveis associadas aos movimentos da população no concelho de Tondela
Variáveis 1961/70 1971/80 1981/91 1991/99 1999/2012
(1) Taxa de Natalidade -TN (%0) 21,4 16,3 8,9 7 6,7
(2) Taxa de Mortalidade – TM (%o) 11,6 12,1 8,6 10,5 13,4
(3) Taxa de Crescimento Natural – TCN (%) 9,8 4,2 0,3 -3,45 -6,7
(4) Taxa de Crescimento Migratório – TCM (%) -19,5 -2,7 -11,6 -6,5 -0,19
(5) Taxa de Crescimento Efetivo – TCE (%) -9,6 1,6 -11,4 -3 -0,86
Nascimentos (nº) 7 951 5 807 (*) 3 030 2 225 192
Óbitos (nº) 4 294 4 299 (*) 2942 3 314 385
Saldo Natural – SN (nº) 3 657 1 508 (*) 88 -1 089 -191
Saldo Migratório – SM (nº) -7 224 -1 016 190 -2 048 -54
(*) Valor calculado admitindo que a variação 81/91 é idêntica à verificada em 81/87 uma vez que o ano de 88 corresponde ao último ano
estatístico com informação disponível sobre emigração. | FONTE: INE – Estimativas Populacionais;
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
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(1) TN = numero de nascimentos /n / população residente média no período censitário x1000 | (2) TM = numero de óbitos /n / população
residente média no período censitário x1000 | (3) TCN = TN – TM | (4) TCM = valor calculado através das equações de concordância: P (ano
i +1)=P ano i +Saldo Natural + Saldo Migratório | (5) TCE = TCN + TCM | n = amplitude intercensos.
Alterações significativas no comportamento dos jovens casais (famílias), quanto à dimensão do agregado
familiar, associadas a um considerável deficit na evolução do crescimento migratório (onde o número de
indivíduos que partem, supera claramente, o quantitativo daqueles que se fixam no concelho), parecem
evidenciar as razões fundamentais da acentuada quebra dos valores de “nados-vivos”, em Tondela. Já no
que respeita ao acréscimo da “mortalidade” (a taxa de mortalidade, do período de 1981/91 para o de 1991/99,
cresceu de 8,66‰ para 10,50‰), as causas que aparentam estar na sua origem, prendem-se com o facto de
se estar perante uma população relativamente envelhecida.
A evolução do crescimento migratório revela um concelho tradicionalmente deficitário, onde o número de
indivíduos que dele sai supera largamente o quantitativo daqueles que nele se fixam. Este fenómeno
decresceu, porém, de intensidade no período 1999/2012, aparentemente devido a uma relativa diminuição da
emigração, resultado das melhorias socioeconómicas globais entretanto verificadas que promoveram
melhorias na capacidade de atração e fixação do concelho relativamente às suas próprias populações. Da
análise dos valores do quadro, não se parece vislumbrar, contudo, a curto prazo, uma tendência para um
maior equilíbrio, onde o concelho possa eventualmente nos próximos anos fixar pelo menos o seu saldo
fisiológico (saldo migratório nulo).
Por último, será de referir que, o crescimento efetivo, que evidencia realmente, os ganhos ou perdas da
população, tem vindo gradualmente a diminuir, essencialmente como consequência da diminuição do
crescimento natural. De facto, começa-se por registar no período 1960/70, uma taxa de crescimento efetivo
negativa que se encontra associada ao fenómeno migratório da década de 60.
Assistiu-se na década seguinte (1970/80) a uma evolução positiva deste índice (1,6) relacionada com uma
diminuição progressiva da emigração que, a partir fundamentalmente de 1974 (Revolução de 25 de Abril), viu
ainda, os seus valores decrescerem mais.
O estreitamento, que se voltou a constatar do índice de crescimento efetivo no período 1981/91, teve na sua
base o contínuo decréscimo da natalidade e do crescimento migratório. No período 1991/99, observa-se
ainda, uma taxa negativa de crescimento efetivo, muito embora com índices menos elevados (-3,0%), o que
se prende com quantitativos menos significativos de emigração. Igual facto é no período de 1999/2012 que a
taxa de crescimento efetivo diminuiu drasticamente (-0,86%).
Com o enfoque na evolução mais recente a taxa de crescimento efetivo continua em terreno negativo entre
2011 e 2015, pese embora se possa descortinar da análise do gráfico seguinte a existência de uma ligeira
recuperação em 2015 com um registo de -0,53%. Esta situação ficou a dever-se à evolução da taxa de
crescimento migratório, que teve o único registo positivo (0,24) de todos os indicadores em análise neste
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 28
período. Pese embora a taxa de crescimento migratório tenha efetivamente se posicionado em campo positivo
em 2015, é prematuro, desde já estabelecer uma tendência futura.
Gráfico 5. Evolução das taxas de crescimento natural, migratório e efetivo do concelho de Tondela (2011–2015)
FONTE: INE, Indicadores Demográficos
Os valores dos saldos natural e migratório revelam uma discrepância acentuada entre os dois indicadores,
com os óbitos a superiorizarem-se de forma expressiva aos nascimentos, e a população que sai do concelho
a ser em maior número do que aquela que se instala em Tondela. Esta situação, como é evidente, só pode
conduzir a uma diminuição da população concelhia. Mesmo que se admitisse um cenário em que as
migrações continuassem com um registo similar ao saldo migratório de 2015, não seria suficiente para debelar
as perdas sofridas na componente natural.
Gráfico 6. Evolução do saldo natural e do saldo migratório no concelho de Tondela (2011–2015)
FONTE: INE, Indicadores Demográficos
Em função desta análise, e em termos prospetivos, será previsível a manutenção do decréscimo relativo e
gradual da natalidade e consequentemente do crescimento efetivo, sendo provável que na próxima década
se assista a uma contínua desaceleração do ritmo de crescimento da população.
-0,76-0,67
-0,97-0,92
-0,77
-0,22 -0,19 -0,17 -0,21
0,24
-0,97-0,86
-1,13 -1,14
-0,53
2011 2012 2013 2014 2015
Taxa de crescimento natural (%) Taxa de crescimento migratório (%)
Taxa de crescimento efectivo (%)
-218
-191
-274-259
-214
-63 -54 -47-60
67
-300
-200
-100
0
100
2011 2012 2013 2014 2015
Saldo natural Saldo migratório
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 29
Conforme se pode observar através do gráfico seguinte, a taxa de mortalidade atinge valores bastante mais
elevados que a taxa de natalidade. De facto, em 2015 a taxa de natalidade cifrou-se nos 5,4‰ enquanto a
taxa de mortalidade ascendia aos 13,1‰. Pese embora tenham ocorrido algumas oscilações estes
indicadores mantiveram-se constantes ao longo deste último período compreendido entre 2011 e 2015.
Gráfico 7. Evolução da Taxa de Natalidade e Mortalidade no concelho de Tondela (2011–2015)
FONTE: INE, Indicadores Demográficos
4.5. População por Nível de Instrução
Recorrendo ao quadro seguinte, pode-se caracterizar o nível de instrução da população residente do concelho
de Tondela.
O nível de instrução predominante no concelho de Tondela é o ensino primário (1º Ciclo), representando
32,9%. A primeira ilação que se poderá tirar destes valores, sabendo que a natalidade tem vindo a diminuir
nas últimas décadas, é que são cada vez mais, as crianças que frequentam o 1.º Ciclo do Ensino Básico
(CEB).
Quadro 9. Grau de Instrução e Taxa de Analfabetismo (2011)
FONTE: INE, Censos 2011
Relativamente aos 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e ao Ensino Secundário, verifica-se a falta de continuidade
/ conclusão dos estudos que acima já tinha sido referida. De facto, apenas o 2º ciclo apresenta um valor
5,86,7
5 4,95,4
13,4 13,4
14,714,2
13,1
2011 2012 2013 2014 2015
Taxa bruta de natalidade (‰) Taxa bruta de mortalidade (‰)
Unidade
Geográfica
Nível de Ensino
Taxa
Analfabetismo
% Nenhum Pré-
Escolar 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário
Pós-
Secundário Superior
Tondela 6 023 2 277 9 541 3 994 4 140 3 073 151 2 024 6,18
Dão-
Lafões 58 406 25 774 81 103 37 075 40 373 31 915 1 670 26 698 7,11
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 30
considerável no que respeita ao número de pessoas que o concluíram, correspondendo a 13,7% da população
residente, enquanto que o 3º ciclo apresenta cerca de 14,3 % e o ensino secundário 10,6% da população
residente.
Os valores para a população com um nível de ensino além do secundário (ensino médio/superior) são pouco
significativos, registando 7,5% da população total. Estes números tornam-se ainda, mais expressivos, do
ponto de vista da formação de quadros superiores, se tivermos presente, que apenas 1 069 indivíduos de um
total de 2 199 acabaram o seu curso, encontrando-se ainda 953 a frequentar o ensino superior enquanto 177
pessoas não conseguiram completar estes graus de estudo.
Quadro 10. População no Ensino Superior no concelho de Tondela (2011)
Ensino Total
Ensino Superior
Bacharelato Licenciatura Mestrado Doutoramento
nº nº nº nº
Completo 1 069 223 678 147 21
Incompleto 177 69 66 38 4
A frequentar 953 0 726 207 20
Total 2 199 292 1470 392 45
FONTE: INE, Censos 2011
No que respeita à taxa de analfabetismo, Tondela, apresenta ainda um valor expressivo (e que é necessário
reduzir), que se situa nos 6,18%, o que atesta um acentuado caráter rural do concelho.
Pode-se de certo modo, concluir, que a área em estudo, se caracterizava por um nível de instrução baixo,
dado que aproximadamente 47% da população não possuía mais do que o ensino preparatório (1.º e 2.º ciclos
do ensino básico), e que apenas, cerca de 7,5% da população possui um grau de ensino, para além do ensino
secundário.
4.6. Nota Conclusiva
A análise da dinâmica demográfica torna-se fundamental quando se tratam questões relacionadas com os
processos de planeamento e de ordenamento do território, e que vão desde a programação de equipamentos
até à construção de um quadro de referência, que permita perspetivar e definir a evolução do concelho e
concomitantemente estabelecer as linhas de orientação determinantes à elaboração de instrumentos de
gestão territorial necessários a esse ordenamento.
Durante a análise e caracterização efetuada, foram identificados tendências e cenários que se sistematizam
de modo conclusivo nas seguintes ilações:
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 31
• Genericamente, são dois os fatores, que embora de natureza distinta, têm exercido influência na
regressão da dinâmica demográfica: por um lado, como consequência do decréscimo do crescimento
natural (essencialmente devido à gradual diminuição da natalidade, mas também resultante do
incremento do número de óbitos) e, por outro lado, devido ao fenómeno migratório que tem revelado
um crescimento negativo, pese embora apresentando já no último decénio, indícios de recuperação
(diminuição da emigração), aparentemente resultado de melhorias socioeconómicas globais
verificadas e que se traduziram no aumento da capacidade de atração e fixação no concelho;
• Globalmente, no decénio 2001-2011, continua a verificar-se a tendência de crescimento populacional
negativo, que se vem já desenhando desde a década de sessenta. Efetivamente, o concelho registou
na última década um decréscimo populacional de cerca de 7,1%, tal como, a situação verificada para
a sub-região em que se insere (Dão-Lafões), que apresentou um crescimento negativo da ordem dos
3,17 pontos percentuais;
• Aspeto marcante da demografia do concelho prende-se com a disposição intraconcelhia e a evolução
quantitativa: no mesmo período intercensitário (2001-2011), apenas três das dezanove freguesias do
município registaram evoluções positivas do seu quantitativo populacional. A sede concelhia
(freguesia de Tondela) apresentou o maior acréscimo populacional (43,2%), Ferreiros do Dão cresceu
cerca de 7,6% enquanto que Campo de Besteiros registou um crescimento moderado (5,6%).
• A população residente do concelho está concentrada maioritariamente (84,3%) em lugares de
dimensão populacional inferior a 2000 habitantes, registando-se que, apenas 15,7% da totalidade da
população residente se distribui por lugares de intervalo superior a 2000 habitantes;
• Constata-se uma redução acentuada do escalão da “população jovem”, decorrente de uma
progressiva quebra da taxa de natalidade e ainda, da retração da classe dos “potencialmente ativos”,
tendência esta, em que é acompanhada pelo escalão da população idosa;
• A estrutura etária da população concelhia evidencia ainda, de forma nítida, a entrada num período de
dinâmica demográfica entendido como “fase de envelhecimento” (onde a população idosa em 2011
ultrapassava o limiar de 20% relativamente ao totalidade da população); este alargamento dos
escalões etários superiores irá traduzir-se na natural intensificação da procura de equipamentos e
serviços de apoio ”terceira idade” (lares, centros de dia,…), havendo por parte da edilidade a
necessidade de programar todo um conjunto de serviços que se destinem a colher as pessoas idosas
que não possam ser autónomas (assegurando as suas necessidades básicas) e que permitam a
manutenção destas pessoas no seu próprio meio familiar e social;
• O quadro evolutivo traçado tem condicionado a capacidade regenerativa da estrutura populacional
do concelho. De facto, a manterem-se as atuais tendências demográficas é previsível um progressivo
aumento da população dependente, à medida que os ativos atuais transitam para os segmentos
etários terminais da estrutura concelhia;
Por fim, dever-se-á dar saliência ao facto, da dinâmica demográfica de Tondela poder sofrer alterações
profundas perante um conjunto de “fatores de mudança”, que poderão levar o concelho a desempenhar um
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 32
importante papel no contexto da região em que se insere, já que estes se refletem ao nível da estratégia de
desenvolvimento municipal e ao nível de uma nova reestruturação e dinamização socioeconómica.
Nomeadamente:
a) na melhoria qualitativa e na promoção do desenvolvimento municipal, pela dotação de uma imagem
urbana e qualificada da maioria dos centros dos aglomerados urbanos;
b) na cobertura total da rede de infraestruturas básicas, pelo tratamento dos efluentes domésticos e
industriais;
c) na dotação de acessibilidades privilegiadas no contexto regional / nacional – A25 e IP3;
d) na promoção municipal de zonas industriais, capazes de atraírem empresas de natureza diversificada
e não poluentes;
e) na promoção e fruição de um espaço de grande qualidade paisagística / ambiental / turística
(Caramulo);
f) então, dir-se-ia que Tondela constitui claramente um concelho em processo de transformação,
possuidor de um largo conjunto de recursos endógenos e que progressivamente assumirá um papel
cada vez mais importante no contexto do desenvolvimento da região em que se insere, pese embora
apresente ainda, algumas carências.
Nestas condições, pode-se pensar (esperar) que a dinâmica populacional de Tondela possa vir a ser
profundamente alterada. Com efeito, a análise demográfica prospetiva está cada vez mais associada às
decisões estratégicas e às mudanças conjunturais da socioeconómicas do país, o qual se integra cada vez
mais, num espaço mais vasto capaz de exercer influência na dinâmica e comportamentos demográficos.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 33
5. ESTUDO DA HABITAÇÃO
5.1. Nota Introdutória
Dar-se-á ao setor da “Habitação”, tratamento específico no âmbito das diversas funções a analisar, pois
assume-se de particular importância equacionar e avaliar corretamente as condições de habitabilidade da
população da área em estudo. A existência ou não de população desalojada, a ocupação de alojamentos
precários ou barracas, o fenómeno de segunda habitação, as condições sanitárias e de conforto, são entre
outros, fatores que refletem as condições de vida de uma comunidade, constituindo o seu conhecimento uma
base para o desencadear de ações e medidas para a resolução dos problemas de alojamento, fomentando
de modo sustentado o desenvolvimento económico e social.
Não se tratando especificamente de um setor da estrutura produtiva, a “Habitação”, constitui, no entanto, um
ramo importante do tecido produtivo de qualquer região uma vez que lhe estão associados, os ramos da
construção civil e imobiliário. A “Habitação” constitui essencialmente uma necessidade primária e um direito
básico de qualquer cidadão, devendo, portanto, ser encarada como um ramo das estruturas de consumo.
A informação, na qual se baseou o presente estudo, reporta-se aos Censos 2001 e 2011. Foram ainda
consultados dados mais recentes do INE como as Estatísticas das Obras Concluídas (2000-2015). Para
facilitar a análise deste tema, os dados serão desagregados às freguesias do concelho de Tondela, conforme
a Nova Reorganização Administrativa do Território
5.2. Características Gerais
Edifícios Existentes
De acordo com os Censos 2001, existiam 15 262 edifícios no concelho de Tondela, representando cerca de
11,8 % do quantitativo de Edifícios Existentes na sub-região de Dão - Lafões. Por sua vez, os Censos de 2011
indicam um acréscimo do número de edifícios existentes, contabilizando 16 328 edifícios no concelho de
Tondela, denotando-se uma ligeira descida em relação ao nº de Edifícios na sub-região de Dão Lafões, que
corresponde a 11,1% (ver quadro seguinte).
Como se pode verificar, ainda no contexto do agrupamento de concelhos de Dão-Lafões, Tondela apresenta-
se como o segundo concelho com maior número de edifícios em 2001 e em 2011 (logo a seguir a Viseu), num
total de 15 concelhos que o integram.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 34
Quadro 11. Edifícios nos concelhos da Sub-região Dão-Lafões (2001 e 2011)
Área Geográfica
N.º de Edifícios
2001 2011
Aguiar da Beira 4 132 4 704
Carregal do Sal 5 461 6 105
Castro Daire 9 727 11 617
Mangualde 9 881 11 589
Mortágua 4 706 5 542
Nelas 6 684 7 398
Oliveira de Frades 4 565 4 898
Penalva do Castelo 5 033 5 132
Santa Comba Dão 5 955 6 434
São Pedro do Sul 9 220 10 374
Sátão 7 167 8 424
Tondela 15 262 16 328
Vila Nova de Paiva 4 024 4 152
Viseu 31 040 36 820
Vouzela 6 210 6 457
Dão-Lafões 129 067 145 974
FONTE: INE, Censos 2001 e Censos 2011
A análise dos edifícios, segundo o número de pavimentos em 2011 (quadro seguinte), mostra que no concelho
de Tondela, os edifícios de 2 pisos são amplamente dominantes, constituindo cerca de 65% do total dos
edifícios, valor este, que supera inclusivamente a média da Região Centro (46,9%). Pode-se, assim, aferir
que a tipologia característica no concelho é a de habitação unifamiliar de R/C+1.
Quadro 12. Edifícios (%) segundo o número de pavimentos (2011)
Área Geográfica
N.º de Edifícios Edifícios segundo o N.º de Pavimentos (%)
2011 1 2 3 + de 3
Região Centro 1 111 952 39,6 46,9 10,2 3,1
Sub-região Dão-Lafões 145 974 24,1 60,1 13,2 2,4
Concelho de Tondela 16 328 19,3 65,1 14,3 1,1
FONTE: INE, Censos 2011
Tal como acontece na Região Centro e na Sub-região Dão-Lafões, aqui, os edifícios de 1 piso são aqueles
que surgem em segundo lugar com cerca de 19,3% do total de edifícios presentes no concelho.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
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As características rurais do concelho de Tondela e a importância do setor primário na Sub-região de Dão-
Lafões, como fonte de rendimentos principal e complementar, aliadas ao tipo de exploração da terra em
sistemas de minifúndio, implicam uma base económica específica com expressão territorial própria
(povoamento disperso), onde não é de estranhar, para aquela área territorial, que a construção em altura seja
pouco significativa, regra a que o concelho de Tondela, não escapa.
A maioria dos edifícios são de Betão Armado – 8817 edifícios – equivalente a 53,9% dos edifícios do concelho.
Cerca de 22,4% dos edifícios têm Paredes de Alvenaria de Placa Solta (quadro seguinte).
Quadro 13. Número de Edifícios segundo os principais materiais utilizados na construção (2011)
Área
Estrutura da Construção
Total de
Edifícios
Betão
Armado
Paredes de
Alvenaria de
Placa Solta
Paredes de
Alvenaria
com Placa
Paredes de
Alvenaria
sem Placa
Outros
Região Centro 1 111 952 472 353 396 783 155 741 75 101 11 974
Sub-região de Dão Lafões 145 974 64 540 52 849 19 588 6 296 2 701
Concelho de Tondela 16 328 8 817 3 659 2 818 483 551
FONTE: INE, Censos 2011
Finalmente, uma vez que não existem dados sobre a idade do parque habitacional (alojamentos clássicos), e
sobre o seu estado de conservação, apenas se caracterizará neste capítulo a época de construção dos
edifícios. É do conhecimento comum, que a qualidade dos alojamentos é passível de relacionamento estrito
com a respetiva idade, com o seu grau de conservação e também com o seu nível de conforto e
modernização, a qual, resulta das alterações dos conceitos e tecnologias referentes à função habitar.
Por outro lado, só conhecendo com rigor o estado de conservação do parque habitacional e a sua localização
concreta, é possível aferir as potencialidades de rentabilização económica, social e cultural com vista à
orientação de um aproveitamento racional.
Da análise do quadro seguinte, cerca de 29,9% dos alojamentos ocupados como residência habitual no
concelho, têm mais de 50 anos e cerca de ⅓ dos alojamentos (29%) foram construídos até 1970. No último
decénio intercensitário, construiu-se apenas 641 novos alojamentos, representando cerca de 5,9% do total
de alojamentos familiares do concelho que se encontravam ocupados. O período mais significativo, em termos
de construção, incidiu na década de 70, resultante, na maior parte dos casos, de investimentos de emigrantes.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 36
Quadro 14. Número de alojamentos familiares ocupados como residência habitual segundo a época de construção
no concelho de Tondela
Antes de
1919
1919 a
1945
1946 a
1960
1961 a
1970
1971 a
1980
1981 a
1990
1991 a
2001
2001 a
2011
Total de Alojamentos Familiares
Ocupados como Res. Habitual
496 716 959 1 110 2 134 1 958 1774 641 10 951
FONTE: INE, Censos 2011
5.3. Volume Total de Alojamentos Familiares e Seu Uso
Segundo os Censos de 2011, existiam no concelho Tondela 17 699 alojamentos. Consideram-se como
alojamentos, os alojamentos clássicos que não sejam utilizados para outros fins para além da habitação, e
ainda, as barracas, as casas de madeira e instalações móveis e os alojamentos coletivos à data do
recenseamento. O quadro seguinte sistematiza as principais características do parque habitacional do
concelho e a sua distribuição pela população. Da sua análise ressalta que, do total dos alojamentos, cerca de
99,8 % eram familiares clássicos, e destes, encontravam-se 2 247 vagos, e 4 468 estavam afetos a uso
sazonal.
Realce-se também, que dos 2 247 alojamentos vagos, cerca de 14,9 % (336) estavam para venda, 8% (182)
para aluguer, 5,6 % (128) para demolição e enquanto, 71,2 % (1601) se encontravam noutras situações não
especificadas ou em estado de deterioração avançada.
Estas constatações vêm, de alguma forma, reforçar as aferições anteriormente realizadas sobre a idade
avançada de uma parte significativa do parque habitacional. Por outro lado, verifica-se ser relativamente
significativa a parcela do “stock” habitacional disponível no mercado (518 edifícios), representando cerca de
1,7 % do total de alojamentos clássicos, sendo ainda de relevar, que o número de fogos para aluguer (182
edifícios) era inferior ao quantitativo existente para venda.
Quadro 15. Caracterização do Parque Habitacional no concelho de Tondela (2011)
N.º Alojamentos N.º Famílias N.º População
Residente
N.º Total de Alojamentos 17699 11038 28943
Alojamentos Familiares 17673 11 034 28 427
Clássicos: 17666 11027 28 416
Ocupados 15419 11027 28 416
Residência habitual 10958 11027 28 416
Uso sazonal 4468 - -
C/ ocupante ausente - - -
Vagos 2247 - -
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N.º Alojamentos N.º Famílias N.º População
Residente
Para venda 336 - -
Para aluguer 182 - -
Para demolir 128 - -
Outros 1601 - -
Não Clássicos: 7 7 11
Barracas 0 0 0
Das quais ocupadas - - -
Outros 7 7 11
Dos quais ocupados - - 0
Alojamentos Coletivos 26 4 519
Hotéis e similares 10 1 1
Convivências 16 3 518
FONTE: INE, Censos 2011
Relativamente aos alojamentos não clássicos, não foram detetadas nenhumas barracas, destacando-se
apenas 7 outros alojamentos de qualidade precária (improvisados), que correspondiam a cerca de 0,03 % do
total de alojamentos do concelho e que albergavam famílias num total de 11 pessoas. Embora esta situação
possa não ser critica, há que a ter em conta na formulação de uma política habitacional que integre estratégias
com vista à melhoria da qualidade de vida das populações.
Pela interpretação do quadro seguinte, observa-se que Ferreirós do Dão e Parada de Gonta constituem as
freguesias que apresentavam menores percentagens (1%; 1,6% do total de alojamentos clássicos,
respetivamente) de alojamentos destinados a residência habitual. Em contrapartida, a União de Freguesias
de Tondela e Nandufe (21%), Molelos (10%), Lajeosa (8%) e Canas de Santa Maria (9,7%) registavam os
maiores valores percentuais de fogos de residência habitual.
Quadro 16. Número de alojamentos familiares, por freguesia, no concelho de Tondela (2011)
Zona Geográfica
Clássicos Não clássicos Alojamentos Coletivos
Residência
Habitual
Uso
Sazonal Vagos Barracas Outros
Hotéis e
Similares Convivências
União de Freguesias
de Barreiro
Besteiros e Tourigo
559 166 111 0 0 0 0
Campo Besteiros 555 181 105 0 0 4 2
Canas Sta. Maria 659 301 135 0 1 0 1
União de Freguesias
de Caparrosa e
Silvares
369 240 113 0 0 0 1
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Zona Geográfica
Clássicos Não clássicos Alojamentos Coletivos
Residência
Habitual
Uso
Sazonal Vagos Barracas Outros
Hotéis e
Similares Convivências
Castelões 600 270 179 0 0 0 1
Dardavaz 310 124 59 0 0 1 0
Ferreirós do Dão 182 109 37 0 0 0 0
Guardão 460 224 91 0 0 2 5
Lajeosa 744 279 214 0 1 2 0
Lobão da Beira 441 154 41 0 1 0 0
Molelos 896 360 202 0 0 0 0
União de Freguesias
de S. João do Monte
e Mosteirinho
418 208 48 0 0 0 0
União de Freguesias
de Mouraz e Vila
Nova da Rainha
537 284 113 0 0 0 0
União de Freguesias
de Tondela e
Nandufe
1966 562 317 0 0 1 5
Parada de Gonta 284 215 15 0 0 0 0
União de Freguesias
de S. Miguel do
Outeiro e Sabugosa
540 216 132 0 0 0 0
Santiago Besteiros 489 242 99 0 3 0 1
Tonda 380 147 104 0 0 0 0
União de Freguesias
de Vilar Besteiros e
Mosteiro de Fráguas
569 186 132 0 1 0 0
Concelho 9232 4468 2247 0 7 10 16
FONTE: INE, 2011
Onde mais se refletia a influência da existência de alojamentos de “uso sazonal” era na União de Freguesias
de Tondela e Nandufe (3,1%), Molelos (2%), Canas de Santa Maria (1,7%) e Lajeosa (1,5%).
Por sua vez, a maior ocorrência de alojamentos “vagos” é verificada na União de Freguesias de Tondela e
Nandufe (1,7%), Lajeosa (1,2%) e Molelos (1,1%). Os alojamentos “vagos” nas freguesias de Parada de
Gonta (0,08 %), Lobão da Beira (0,2%), União de Freguesias de S. João do Monte e Mosteirinho (2,1%)
definem a fraca dinâmica do mercado imobiliário nessas freguesias.
Quanto aos alojamentos coletivos, que compreendem os hotéis, pensões e convivências, o seu número não
tem praticamente significado, representando cerca de 0,14 % em 2011 do total de alojamentos clássicos.
Destes, 10 referiam-se a hotéis e similares, e 16 a convivências, albergando no seu conjunto 519 indivíduos.
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5.4. Pressão Habitacional e Evolução dos Alojamentos Familiares e
seu Uso
Pressão Habitacional
O quadro seguinte caracteriza as variáveis mais significativas associadas à pressão habitacional,
manifestadas durante o último intercensitário no concelho de Tondela. Neste quadro, as três componentes da
pressão habitacional foram extrapoladas segundo os seguintes métodos:
Quadro 17. Pressão Habitacional no concelho de Tondela (2001-2011)
População Residente (1) Famílias (2)
Saldo
Fisiológico
(3)
Saldo
Migratório
(4)
Dimensão Média das
Famílias
2001 2011 2001 2011 2001/2011 2001/2011 2001 2011
31 152 28 943 10 900 11 038 -384 -600 2,9 2,58
Pressão Habitacional
Total (5) Formação Normal (6) F.D. M. F. (7) Saldo Migratório (8)
138 -627,6 882,6 -117
(1) INE, Censos da População, 2001 e 2011
(2) Idem
(3) Estatísticas Demográficas de 2001 a 2011
(4) Estimativa com base nas equações de concordância: Crescimento Migratório = População entre Censos - Crescimento Natural
(5) Variação do Número de Famílias entre 2001 e 2011
(6) “Formação Normal”, calculada residualmente: (6) = (5) - (7) - (8)
(7) “Fator de Diminuição Média das Famílias” (FDMF) = Famílias 2011- (População 2011 / (População 01 / Famílias 01))
(8) Quociente entre o Saldo Migratório e a Dimensão Média das Famílias em 2001 e 2011
O “saldo migratório” é substancialmente negativo, pelo que, o seu efeito se traduz num acentuado
enfraquecimento da “procura” de alojamentos, tendência esta, que nem a diminuição relativa da dimensão
média das famílias entre 2001 e 2011, conseguiu inverter.
Em termos de dinâmica e perspetivas futuras se, se ponderar a evolução da habitação, reportando-a à
dinâmica da população, é significativo referir, que apesar de não ser previsível um crescimento populacional,
é de esperar uma contínua diminuição dos agregados familiares, sendo este o fator fundamental na
necessidade de habitação.
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Desta forma, se as carências habitacionais são pontuais, é, no entanto, de prever, tendo em conta inúmeros
fatores como a dinâmica socioeconómica local, a mobilidade geográfica e social, aspetos culturais e
psicológicos da estrutura demográfica do concelho, que a situação possa eventualmente, sofrer alterações.
Neste contexto, a perspetiva a adotar, deve basear-se no conhecimento aprofundado da dinâmica local, em
termos temporais definidos, de forma a adotar estratégias de intervenção que se coadunem, com as
necessidades locais.
5.5. Evolução dos Alojamentos Familiares / Famílias / Uso
De acordo com a informação contida no quadro seguinte, o número de alojamentos clássicos no concelho de
Tondela era significativamente superior ao número de famílias residentes tanto em 2001, como em 2011. Em
termos de crescimento relativo, assistiu-se aos incrementos do número de famílias em 1,2% e do número de
alojamentos em 7,2%.
Quadro 18. Evolução dos Alojamentos familiares e seu Uso no concelho de Tondela (2001-2011)
FONTE: INE, Censos 2001 e 2011
A acompanhar este acréscimo total de alojamentos, no mesmo período censitário (2001/2011), o número de
alojamentos ocupados registou um aumento na ordem dos 7,9%. Tal crescimento global dos alojamentos
clássicos deve-se essencialmente ao acréscimo de 984 alojamentos com “uso sazonal” - casas de férias ou
residências secundárias. Os de “residência habitual” e os “vagos” registaram, respetivamente, a aumentos de
2,1% e 18,3% que correspondem a acréscimos de 229 e de 348 alojamentos.
Estes acréscimos, quando analisados e comparados no contexto do conjunto de todos os alojamentos
clássicos, revelam um menor crescimento do tipo de alojamento ocupado por residência habitual em favor
dos alojamentos não permanentes.
Ano
Alojamentos Clássicos Famílias c/ Residência Habitual
Total
Famílias Total Vagos
Ocupados Alojam.
Clássicos Barracas
e Outros
Aloj.
Hotéis e
Convivências Com
Ocupante
Ausente
Uso
Sazonal Total Total
2001 16 112 1 899 - 3 484 14 213 10 821 67 12 10 900
2011 17 666 2 247 - 4 468 15 419 11 027 7 3 11 038
2001/2011 1 154 348 - 984 1 139 206 -60 -9 138
(%) 7,16 18,32 - 28,24 7,97 1,9 -89,5 -75 1,26
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Gráfico 8. Evolução dos Alojamentos familiares Clássicos e seu Uso no concelho de Tondela (2001-2011)
FONTE: INE, Censos 2001 e 2011
Outro indicador analisado, para efeitos de caracterização da situação habitacional, resulta da comparação
entre o número de famílias e o número de fogos de residência habitual, verificando-se que, em ambos os
anos estudados, este número era inferior ao quantitativo total de famílias (10 729 fogos para 10 821 famílias
em 2001 e 10 958 fogos para 11 027 famílias em 2011), pese embora, o ritmo de crescimento das famílias
com residência habitual em alojamentos clássicos neste decénio, tenha sido inclusivamente positivo. Verifica-
se, neste período, uma maior disponibilidade de alojamentos clássicos para habitação permanente e não
permanente de que resultou um relativo decréscimo do número de famílias a viver em barracas e outros
alojamentos mal definidos (de 67 para 7 famílias).
Da análise do quadro anterior, podemos desde já, constatar, que no concelho de Tondela, no decénio
intercensitário 2001 / 2011, o n.º de alojamentos e o n.º de famílias registaram acréscimos de 7,1 e 1,2%
respetivamente, valores estes, que, no entanto, se posicionam aquém dos registados quer na sub-região de
Dão-Lafões (15,4 e 5,7%), quer na Região Centro (15,4 e 7,8%).
De um modo geral, o n.º de edifícios cresceu a um nível inferior ao de alojamentos, o que poderá indiciar uma
relativa mudança de tipologias relacionadas com a construção em altura que se tem vindo a verificar nos
últimos anos. Neste particular, assume-se como principal responsável a sede concelhia, freguesia de maior
caráter urbano.
11,7 12,72
21,6225,29
91,4 89,29
0 0
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Vagos Uso Sazonal Residência Habitual Com Ocupante
Ausente
%
Evolução dos Alojamentos Clássicos em Tondela
2001
2011
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
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Gráfico 9. Evolução da Variação dos Alojamentos, Famílias e Edifícios no concelho de Tondela (2001/2011)
FONTE: INE, Censos 2001 e 2011
Efetuada uma análise destes indicadores, por freguesia, no quadro seguinte verifica-se que, à exceção de
Lajeosa (-0,6%), Lobão da Beira (-1,7%), Dardavaz (-5,9%) e Mosteiro de Fráguas (-8,2%), todas as restantes
freguesias registaram aumentos do n.º de alojamentos. Realçam-se neste campo, os acréscimos significativos
que aconteceram na sede concelhia (31,3%), Campo de Besteiros (24,7%), Sabugosa (15,6%), Mosteirinho
(15,3%), Vilar de Besteiros (14,4%), Silvares (11,8%) e S. João do Monte (11,6%). Não é, porém, de
menosprezar, o crescimento de alojamentos em Castelões (9,4%), Parada de Gonta (9,8%) e Molelos (10%),
na medida em que o fazem a um ritmo superior à média concelhia (9,2%).
Neste período, ocorrem situações em que, a uma variação negativa do n.º de alojamentos corresponderam
também, decréscimos do nº de edifícios: Lajeosa (-0,6%), Lobão da Beira (-0,9%), Dardavaz (-5,6%) e
Mosteiro de Fráguas (-8,3%). Estas freguesias, com exceção de Lobão da Beira e Mosteiro de Fráguas,
sofreram também um deficit no quantitativo de famílias, mas as freguesias de Guardão (-13,1%), Dardavaz (-
6,6%) e Castelões (-5,9%) é que denotaram um maior decréscimo de famílias. Enquanto, a freguesia de
Tondela, Campo de Besteiros e Ferreiro do Dão aumenta o seu nº de famílias (23,7%, 19% e 13%,
respetivamente).
Não se pode deixar de referir, que neste mesmo decénio (2001 / 2011), na freguesia de Campo de Besteiros,
foram construídos mais 113 edifícios (19,4%), a que correspondeu mais 24,7% de alojamentos (168
alojamentos). Esta dinâmica é tanto mais importante, pelo facto de ter ocorrido uma diminuição do n.º de
famílias em relação ao nº de edifícios e alojamento. Esta tendência é verificada noutras freguesias do
concelho: Mosteirinho, Mouraz, Nandufe, Parada de Gonta, Tourigo e Tondela.
9,2%
1,3%
6,9%
0,0%
1,0%
2,0%
3,0%
4,0%
5,0%
6,0%
7,0%
8,0%
9,0%
10,0%
Alojamentos Familias Edif icios
%
Variação de Alojamentos, Familias e Edificios - 2001/2011
2001/2011
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
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Quadro 19. Evolução dos Alojamentos / Famílias / Edifícios (2001-2011)
Zona Geográfica Alojamentos Famílias Edifícios
Famílias /
Alojamentos
2001 2011 % 2001 2011 % 2001 2011 % 2001 2011
União de Freguesias de Barreiro de
Besteiros e Tourigo 810 836
3,2
556 561 0,8 804 834 3,7 0,7 0,7
Campo Besteiros 679 847 24,7 479 570 19,0 582 695 19,4 0,7 0,7
Canas St. Maria 1032 1 096 6,2 709 665 -6,2 1021 1 085 6,2 0,7 0,6
União de Freguesias de Caparrosa e
Silvares 688 723 5,0 400 370 -7,5 496 680 37 0,6 0,5
Castelões 959 1 050 9,4 649 611 -5,9 943 1 044 10,7 0,7 0,6
Dardavaz 525 494 -5,9 333 311 -6,6 517 488 -5,6 0,6 0,6
Ferreirós do Dão 313 328 4,8 161 182 13,0 312 328 5,1 0,5 0,6
Guardão 722 782 8,3 536 466 -13,1 632 709 12,2 0,7 0,6
Lajeosa 1247 1 239 -0,6 780 754 -3,3 1244 1 236 -0,6 0,6 0,6
Lobão da Beira 647 636 -1,7 430 441 2,6 637 631 -0,9 0,7 0,7
Molelos 1325 1 458 10,0 927 897 -3,2 1294 1 424 10,0 0,7 0,6
União de Freguesias de S. João do Monte e
Mosteirinho 601 674 12,1 457 418 -8,5 594 673 20,8 0,8 0,6
União de Freguesias de Mouraz e Vila Nova
da Rainha 874 934 6,8 550 538 -2,1 855 925 8,1 0,6 0,6
União de Freguesias de Tondela e Nandufe
2228 2851 27,9 1634 1983 21,3 1662 1835 10,4 0,7 0,7
Parada de Gonta 468 514 9,8 271 287 5,9 459 514 12,0 0,6 0,6
União de Freguesias de S. Miguel Outeiro e
Sabugosa 829 888 7,1 562 544 -3,2 815 885 8,5 0,7 0,6
Santiago Besteiros 801 831 3,7 506 489 -3,4 793 822 3,7 0,6 0,6
Tonda 602 631 4,8 397 381 -4,0 587 607 3,4 0,7 0,6
União de Freguesias de Vilar Besteiros e Mosteiro de Fráguas
850 887 14,4 563 570 1,2 831 870 4,6 0,7 0,6
Concelho 16200 17 699 9,2 10900 11 038 1,2 15262 16 328 6,9 0,7 0,6
Dão-Lafões 150884 174 198 15,4 99001 104725 5,7 129067 145 974 13,9 0,7 0,6
Região Centro 1254701 1448644 15,4 848286 904770 6,6 992321 1111952 12,0 0,7 0,6
FONTE: INE, Censos 2011
Pese embora, o acréscimo dos alojamentos construídos ter superado o das famílias, a freguesia de
Mosteirinho apresenta ainda, uma relação Famílias / Alojamentos, à volta da unidade, o que aparenta indiciar
uma menor qualidade de vida, a que não é alheio o facto, desta se integrar em plena Serra do Caramulo,
onde extensas áreas florestadas, pontuadas por pequenas manchas de solos agrícolas, lhe confere um
caráter de vincada ruralidade.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
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Paralelamente, outras freguesias – 11 – registam uma ligeira diminuição da relação Famílias / Alojamentos,
o que se poderá traduzir numa melhoria da qualidade de vida da população, uma vez que se regista o que é
sempre um bom indicador de melhores condições de habitabilidade.
Da análise do quadro seguinte, no qual constam os dados da evolução dos edifícios licenciados entre os anos
de 2000 e 2015, retira-se que a esmagadora maioria das licenças concedidas (96%) destinaram-se a obras
de edificação, das quais cerca de 76% tinham como finalidade a construção de novos edifícios. Seguem-se
as licenças para reconstrução com 11% do total de licenças de obras de edificação emitidas neste período.
Quadro 20. Evolução dos Edifícios Licenciados no concelho de Tondela (2000-2015)
Ano
Total de obras de edificação Construções novas Ampliações, alterações e
reconstruções
Total Habitação
familiar Outros Total
Habitação familiar
Outros Total Habitação
familiar Outros
2000 363 281 82 254 203 51 109 78 31
2001 404 325 79 286 233 53 118 92 26
2002 363 289 74 251 200 51 112 89 23
2003 240 186 54 184 141 43 56 45 11
2004 247 188 59 185 143 42 62 45 17
2005 288 214 74 226 171 55 62 43 19
2006 193 135 58 138 98 40 55 37 18
2007 172 117 55 145 97 48 27 20 7
2008 132 112 20 123 107 16 9 5 4
2009 99 95 4 92 90 2 7 5 2
2010 81 76 5 77 72 5 4 4 0
2011 78 75 3 64 61 3 14 14 0
2012 40 34 6 33 29 4 7 5 2
2013 44 32 12 31 24 7 13 8 5
2014 36 27 9 25 21 4 11 6 5
2015 36 20 16 29 17 12 7 3 4
Total 2816 2206 610 2143 1707 436 673 499 174
FONTE: INE, Estatísticas das Obras Concluídas
Destes anos em análise, os dois últimos anos foram aqueles que registaram uma menor dinâmica, com um
total de 36 obras de edificação concluídas em cada ano. Pelo contrário, o ano de 2001 destaca-se por ter
registado mais de 400 obras concluídas.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 45
Gráfico 10. Evolução dos Edifícios Concluídos no concelho de Tondela (2000-2015)
FONTE: INE, Estatísticas das Obras Concluídas.
5.6. Condições dos Alojamentos
Constitui preocupação crescente, a necessidade da qualidade e segurança dos elementos construtivos,
privilegiando-se neste campo, o incremento das condições de salubridade, higiene e conforto dos edifícios
em geral e da habitação em particular, pelo que, a análise destes indicadores se reveste da maior importância,
quer na deteção de carências fundamentais na função “habitar” e por conseguinte na aferição da qualidade
de vida dos residentes, como também, no contributo para a adoção de estratégias de intervenção visando a
dotação global destas infraestruturas básicas.
5.6.1. Caracterização Geral
Tomando como unidade de análise, os alojamentos familiares ocupados, em 2011, era a seguinte a situação
detetada no concelho (quadro seguinte):
• A maior percentagem dos alojamentos – 58,2% – possui os quatro níveis de instalações observados
(energia elétrica, água, retrete e sistema de aquecimento); no âmbito de uma análise desagregada
por freguesia, evidenciam-se neste campo, União de Freguesias de Tondela e Nandufe (65,9%),
Lobão da Beira (65,7%) e Campo de Besteiros (62,8%).
• A disponibilidade de apenas dois tipos de instalação acontece em 145 alojamentos do concelho
(0,8%) e são 135 aqueles que, nesta data, dispunham apenas de uma das instalações em análise.
• Existiam ainda, no concelho, 26 alojamentos familiares, sem qualquer tipo de instalação, o que
significava que, existiam indivíduos a viver abaixo do limiar mínimo de dignidade e bem-estar, fator
gerador de segregação social indesejável;
363
404
363
240 247
288
193
172
132
9981
78
40 44 3636
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 46
• Não se pode ocultar o facto de, em pleno século XXI, existirem ainda, pessoas que não beneficiam
de alguns destes fatores de conforto, o que não se compatibiliza com os padrões mínimos de
qualidade de vida estabelecidos.
Quadro 21. Instalações Existentes nos Alojamentos Familiares Ocupados (2011)
Freguesias
Instalações Existentes nos Alojamentos Familiares
E | R | A | S E | R | A R | A E | A | S R | S
N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %
União de Freguesias de
Barreiro de Besteiros e Tourigo
514 61,4 10 1,8 0 0 14 1,6 4 0,5
Campo Besteiros 532 62,8 6 0,7 0 0 8 0,9 0 0,0
Canas Sta. Maria 623 56,8 12 1,1 0 0 9 0,8 4 0,4
União de Freguesias de Caparrosa e
Silvares
330 45,6 4 1,0 0 0 3 0,4 3 0,4
Castelões 555 52,8 12 1,1 0 0 11 1,0 7 0,6
Dardavaz 280 56,7 12 2,4 0 0 3 0,6 2 0,4
Ferreirós do Dão 175 53,4 3 0,9 0 0 0 0,0 4 1,2
Guardão 429 54,9 7 0,9 1 0,1 8 1,0 4 0,5
Lajeosa 686 55,3 17 1,3 0 0,0 8 0,6 3 0,2
Lobão Beira 418 65,7 8 1,3 1 0,2 7 1,1 0 0,0
Molelos 851 58,3 11 0,8 0 0,0 17 1,1 1 0,0
União de Freguesias de S. João do Monte e
Mosteirinho
378 56 7 1,0 0 0,0 3 0,4 8 1,1
União de Freguesias de
Mouraz e Vila Nova da Rainha
498 53,3 14 1,4 1 0,1 9 0,9 7 0,7
União de Freguesias de
Tondela e Nandufe 1880 65,9 16 0,5 0 0,0 52 1,8 4 0,1
Parada de Gonta 276 53,7 3 0,6 0 0,0 2 0,4 0 0,0
União de Freguesias de S. Miguel Outeiro e
Sabugosa
524 59 5 0,5 1 0,11 4 0,5 1 0,1
Santiago Besteiros 457 55,0 5 0,6 0 0,0 9 1,1 8 1,0
Tonda 356 56,4 6 1,0 0 0,0 4 0,6 3 0,5
União de Freguesias de Vilar
Besteiros e Mosteiro de
Fráguas
542 61,1 5 0,6 1 0,1 6 0,7 6 0,7
Concelho 10304 58,2 163 1 6 0 177 1 69 0
FONTE: INE - Censos 2011-| E – Eletricidade | R – Retrete | A - Água | S – Sistema de Aquecimento
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 47
[…continuação…]
Freguesias
Instalações Existentes nos Alojamentos Familiares
R A | S A S S/ Inst. Total
N.º % N.º % N.º % N.º % N.º % N.º %
União de Freguesias de
Barreiro de Besteiros e
Tourigo
0 0 5 0,6 0 0 12 1,4 0 0,0 559 66,.8
Campo Besteiros
0 0 4 0 0 0 3 0,4 2 0,2 555 65,5
Canas Sta. Maria
0 0 6 1 1 0 3 0,2 1 0,0 659 128,0
União de Freguesias de Caparrosa e
Silvares
0 0 8 1,1 0 0 18 2,5 3 0,4 369 51,0
Castelões 0 0 3 0,3 1 0 10 0,9 1 0,0 600 121,5
Dardavaz 1 0,2 4 0,8 0 0 7 1,4 1 0,2 310 94,5
Ferreirós do Dão
0 0 0 0 0 0 0 0,0 0 0,0 182 23,3
Guardão 1 0,1 3 0 0 0 7 0,9 0 0,0 460 58,8
Lajeosa 0 0 11 0,9 2 0,1 14 1,1 3 0,2 744 117,0
Lobão Beira 0 0 4 0,6 0 0 1 0,2 2 0,3 441 69,3
Molelos 0 0 3 0 0 0 10 0,7 3 0,2 896 914,3
União de Freguesias de
S. João do Monte e
Mosteirinho
0 0 6 0,9 0 0 16 2,4 0 0,0 418 62,0
União de Freguesias de Mouraz e Vila
Nova da Rainha
0 0 2 0,2 0 0 5 0,5 1 0,1 537 57,5
União de Freguesias de
Tondela e Nandufe
0 0 3 0,1 1 0,03 6 0,2 3 0,1 1966 68,9
Parada de Gonta
0 0 0 0 0 0 3 0,6 0 0,0 284 75,3
União de Freguesias de
S. Miguel Outeiro e Sabugosa
0 0 3 0,3 0 0 1 0,1 1 0,1 540 60,8
Santiago Besteiros
1 0,1 2 0 0 0 4 0,5 3 0,4 489 84,9
Tonda 0 0 3 0 0 0 6 1,0 2 0,3 380 60,2
União de Freguesias de Vilar Besteiros e Mosteiro de
Fráguas
0 0 0 0 0 0 9 1,1 0 0,0 569 64,1
Concelho 3 0,0 70 0,4 5 0 135 0,8 26 0,1 10958 62
FONTE: INE - Censos 2011, | E – Eletricidade | R – Retrete | A - Água | S – Sistema de Aquecimento.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 48
No que diz respeito ao indicador “abastecimento de água” (quadro seguinte), constata-se que dos 10725
alojamentos com água canalizada existentes no Concelho, cerca de 64,2 % (equivalentes a 6888 alojamentos)
são servidos pela rede pública, o que traduz a insuficiência desta infraestrutura, havendo ainda um caminho
a percorrer, até à obtenção de níveis satisfatórios de dotação destes serviços. Com efeito, o grau de cobertura
da rede privada ainda é significativo (cerca de 35,7% dos alojamentos), correspondendo a 3837 alojamentos
que recorrem à rede particular.
Quadro 22. Instalações Sanitárias e de Abastecimento de Água nos Alojamentos Familiares (2011)
Zona Geográfica
Abastecimento de Água
C/ Água Canalizada no Alojamento C/ Água Canalizada no
Edifício mas s/ no
Alojamento
S/ Água
Canalizada no
Alojamento Rede Pública Rede Particular
Centro 797 820 90 573 891 6 030
Dão-Lafões 80 696 21 118 140 1 597
Tondela 6 888 3 837 34 199
Zona
Geográfica
Instalações Sanitárias (Retrete / Esgotos )
C/ Retrete no Alojamento S/ Retrete
ou Fora do
Aloj. mas
no Edifício
S/ retrete C/ Dispositivo de Descarga S/ Dispositivo de Descarga
Rede
Pública
Sistema
Particular
Outros
Casos
Rede
Pública
Sistema
Particular
Outros
Casos
Centro 604 610 263 241 10 283 2 614 3 976 2 020 743 7 827
Dão-Lafões 68 266 30 171 1519 341 753 490 113 1 538
Tondela 5 485 4 773 218 27 146 73 18 218
FONTE: INE, Censos 2011
Paralelamente, cerca de 0,3% do total de alojamentos, usufruem de água canalizada fora dos alojamentos,
correspondendo a 34 alojamentos.
Da análise do quadro anterior, conclui-se que ainda existem 199 alojamentos (1,8% do total de alojamentos)
onde não chega qualquer distribuição de água, o que significa que, os indivíduos desses alojamentos, vivem
em condições abaixo do nível mínimo de conforto e qualidade de vida.
O outro indicador importante a considerar na aferição das condições de habitabilidade e na identificação das
principais carências, refere-se à “existência de instalações sanitárias nos alojamentos”. Como se pode
verificar, dos 10 725 alojamentos com retrete existentes no concelho, 246 não dispunham ainda, em 2011, de
dispositivo de descarga.
Consegue-se uma melhor interpretação do grau de precariedade, no âmbito dos indicadores de sanidade e
salubridade, quando se verifica que, no concelho de Tondela, dos “alojamentos com retrete e que dispõem
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 49
de dispositivo de descarga, apenas cerca de 51,1% (5485) se encontravam conectados à Rede Pública de
Esgotos.
No que se refere aos alojamentos que, tendo retrete não beneficiavam de sistemas de descarga, observa-se
que, ascendiam a 27 alojamentos (cerca de 0,3%), aqueles que estavam conectados com a rede pública de
esgotos; aparecendo ligados a sistemas particulares surgem já, 146 alojamentos perfazendo 1,4% do total de
alojamentos, nestas condições.
Há ainda a referir, o número algo significativo de alojamentos do concelho (218) que estão sem retrete.
5.7. Nota Conclusiva
O setor da habitação tem sido determinante no desenvolvimento do tecido urbano em particular, e no
desenvolvimento local, em geral. Contudo, a abordagem da questão habitacional não poderá restringir-se
apenas, à importância que assume no ordenamento do território, tendo que considerar, numa perspetiva
integrada, também as questões da habitabilidade e qualidade de vida da população, sem no entanto, nunca
“perder de vista” que se trata de um ramo do tecido produtivo local, quer por lhe estarem associados os
subsetores económicos da “Construção Civil” e do “imobiliário”, quer ainda, pelo papel que representa em
termos de emprego e nas políticas sociais. Neste contexto, não se poderá falar em desenvolvimento, na sua
verdadeira aceção, se não forem satisfeitos os parâmetros mínimos de quantidade e qualidade de vida.
A análise efetuada permite, desde logo, apontar algumas considerações sobre a situação do setor no
concelho e eleger algumas pistas para a Edilidade poder definir um conjunto de orientações e medidas de
política a seguir:
• As características rurais do concelho de Tondela e a importância do “Primário” na Sub-região de Dão-
Lafões, como fonte de rendimento principal e complementar, aliadas ao tipo de exploração da terra
em sistemas de minifúndio, implicando uma base económica específica com expressão territorial
própria (povoamento disperso), estão na origem da tipologia habitacional predominante no município.
Com efeito, a habitação unifamiliar continua a deter uma clara predominância, onde 19,3% dos
edifícios eram de um só piso e 65,1% representava edifícios de dois pavimentos (R/C+1). É bem
patente nestes indicadores, o caráter difuso do modelo territorial e urbano da área de estudo;
• Há também a assinalar a fraca renovação do parque habitacional. Cerca de 29% dos alojamentos
ocupados como residência habitual foram construídos até 1970. No último decénio intercensitário
(2001/2011), foram apenas construídos cerca de 5,8% do total de alojamentos ocupados no concelho.
O período de dinâmica construtiva mais significativa identifica-se com a década de setenta,
aparentemente resultante (na sua maioria) do investimento de emigrantes;
• Relativamente à totalidade de alojamentos familiares clássicos (17 666), há a realçar que cerca de
12,7% se encontravam vagos e que 14,9% destes constituíam o “stock” habitacional disponível no
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 50
mercado para “venda” ou “arrendamento”. Cerca de 76,9% (1 729) do total de fogos clássicos
representava o quantitativo dos que estavam para demolição ou noutras situações não especificadas;
• A constatação de um assinalável saldo migratório negativo, conduz aparentemente, para a situação
de disponibilização de habitações, para um afrouxamento da procura e para desagravar os valores
da pressão habitacional;
• Relativamente aos indicadores associados às condições de vida e qualidade urbana, aponta-se
alguma melhoria quantitativa (no período em análise), que não necessariamente qualitativa (dadas
as deficiências ainda existentes quanto à cobertura das redes públicas) da percentagem de
alojamentos familiares com abastecimento de água e saneamento. Resultado comprovativo destas
insuficiências, prende-se com o facto de:
o Apenas 6888 alojamentos familiares do concelho usufruírem, nesta data, de abastecimento
de água da rede pública;
o Aproximadamente 0,14% dos alojamentos familiares não dispõem de qualquer tipo de
instalação, bem como, 1,3% dos alojamentos não possuem retrete ou tê-la fora deste (mais
propriamente 236 alojamentos), traduzindo condições de vida abaixo do limiar mínimo de
dignidade e bem-estar, que poderão constituir fator de segregação social indesejável;
Por tudo isto, a uma nova política de habitação terá de ser encarada, em termos de competências, tanto pela
Administração Local, como pela Administração Central. Sendo desejável que os investimentos públicos neste
setor ocorram em regime de cooperação, entre estes dois níveis é evidente que os planos de atuação se
desenvolvem em patamares distintos:
• à Administração Local, competirá encontrar as melhores “localizações”, planear as áreas
vocacionadas para habitação, produzir habitação social (quer como promotor, quer como agente
dinamizador de outros produtores) e zelar pela qualidade, conservação e reabilitação do parque
habitacional público e privado;
• a Administração Central, por seu lado, deverá atuar ao nível dos financiamentos, enquadramento
Jurídico / Administrativo / Técnico / Urbanístico dos incentivos ao desenvolvimento do ramo da
“Construção Civil”, garantindo os direitos e deveres das relações contratuais que regem o mercado;
A importância do papel do PDM, nesta matéria é reforçada por Abílio Cardoso (1991), que considera que “(…
) o estudo, o planeamento e a execução de políticas de habitação só podem ser realizadas no âmbito de
espaços territoriais que constituam unidades dotadas de alguma coerência e capacidade de isolamento a
influências exteriores, em que as diferenças de localização no seu interior sejam minimizadas, e maximizados
com outras unidades. A dimensão desses territórios depende da densidade e extensão das interdependências
espaciais e da orientação e eficiência dos sistemas de transporte, daí que a escala de atuação deva ser ao
nível do concelho ou agrupamento de concelhos ( …)”.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 51
A Autarquia deverá pois, equacionar a promoção de uma nova política de habitação, dinamizando a habitação
a custos controlados, a autoconstrução, o autoacabamento, a aplicação de instrumentos conducentes à
recuperação / reabilitação do parque habitacional, o estabelecimento de parcerias com os diversos agentes
do setor (Estado, Câmaras, IPSS’s, Cooperativas de Habitação, etc.), apostando de uma forma decisiva e
integrada, na melhoria da cobertura das infraestruturas básicas até níveis de satisfação aceitáveis e investindo
na renovação / dotação de equipamentos sociais e em arranjos de espaços públicos (sociais) dos bairros de
arrendamento público.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 52
6. ESTUDO SOCIOECONÓMICO
6.1. Nota Introdutória
“( … ) uma vez atingido um mínimo de condições materiais, o desenvolvimento económico passa a ser
sobretudo uma questão de iniciativa e de acesso a um conjunto de “infraestruturas imateriais” ( formação
profissional, informação investigação, tecnologia, etc. ), cuja construção passa pela capacidade de
organização e pela criação de instituições de animação económica bem inseridas na sociedade em que
devem atuar ( … )”.
Raul Gonçalves Lopes, 1989, citando Batista, M. et all, 1988
E com esta ideia, se enaltece a importância das infraestruturas básicas e da consequente qualidade de vida,
atingida pelos níveis mínimos desses bens materiais, que per si são suficientes para despoletar um processo
de desenvolvimento local sustentado.
Os municípios possuem um papel relevante nesse processo de promoção do desenvolvimento económico
local. Exige-se, portanto, dos agentes locais do setor privado (indústria, serviços de apoio à atividade
económica, banca, etc.), associativo e setor público (empresas municipais) projetos indutores do
desenvolvimento de pequenas iniciativas empresariais, orientando-as para o aproveitamento de
potencialidades e recursos locais.
Para tal é necessário um conhecimento pormenorizado da dinâmica do tecido socioeconómico local, e assim
os “Estudos Económicos” do concelho de Tondela, focalizar-se-ão na análise do mercado de trabalho
municipal, contemplando, não apenas, as características da oferta de mão de obra (população ativa), como
também, a estrutura produtiva global e sectorial, procurando-se desenvolver a sua caracterização económica
e social, contribuindo assim, para a definição de um modelo de organização municipal do território.
Esta análise estruturar-se-á em duas vertentes. Procurar-se-á inicialmente, obter uma visão global da
estrutura económica do concelho, identificando seguidamente, as tendências evolutivas dominantes e os
setores e atividades que têm desempenhado um papel mais preponderante no desenvolvimento económico
concelhio.
Um dos óbices principais à caracterização da estrutura produtiva reside na informação estatística, visto que,
em certos casos os elementos não se apresentam disponíveis e noutros (porventura na sua maior parte), a
desagregação geográfica ou sectorial (maioritariamente por concelho), não permite a clarificação necessária.
Longe de serem exaustivos, os indicadores não contemplam todas as unidades em análise, mas parecem
traduzir no entanto, a realidade socioeconómica do concelho.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 53
6.2. Caracterização Geral da População Ativa
Segundo os Censos 2011, dos 28 946 indivíduos residentes no concelho de Tondela, cerca de 11 790
habitantes tinham atividade económica, o que significa que a taxa de atividade na área em análise era de
41,5%, quantitativo que se posicionava 1,1% abaixo da taxa registada no agrupamento de concelhos da Sub-
região de Dão-Lafões e 3,8 % da Região Centro (quadro seguinte).
O total de pessoas empregadas ascendia a cerca de 37% do quantitativo de residentes e a 90,9% dos
indivíduos que possuíam atividade económica. No entanto, não será menos relevante referir que a taxa de
desemprego no concelho (10,8%) quase atinge a média verificada na Região Centro (10,9%) e continua
inferior à média da sub-região Dão Lafões (11,4%).
Quadro 23. Distribuição da população com atividade económica (2011)
FONTE: INE, Censos 2011
É ainda de realçar da análise do quadro anterior, o facto de 10,9 % da população do município com atividade
económica, possuir idade inferior a 25 anos, tendência esta, que não se afasta muito da realidade da Região
Centro (16,9%), naquele escalão etário. Porém, já se afasta da sub-região Dão-Lafões (30,1%). Não é menos
verdade que refletem ambas uma certa dificuldade de obtenção do 1.º emprego e consequentemente de
meios de subsistência que lhes permitam a constituição de família. Esta é uma situação que provoca em
vários casos e locais, a deslocação das populações para outros centros geradores de emprego e riqueza,
havendo uma certa incapacidade de fixação das populações.
Do total de residentes no concelho de Tondela sem atividade económica, o grupo da população “reformada”
era o que detinha um maior “peso”, ascendendo a cerca de 50,4%, valor este, sensivelmente superior ao
verificado em todo o agrupamento de concelhos do Dão-Lafões, que atingia naquela data, os 44,7% (quadro
seguinte).
Unidade
Geográfica
População com Atividade Económica Taxa de
Atividade (%)
Taxa de
Desemprego (%) Total < 25 Anos Empregada Desempregada
Tondela 11 790 1 293 10 719 1 071 41,53 10,82
% 10,9 % 90,9% 9% - -
Dão-Lafões 115 539 34 855 104 755 10 784 42,66 11,42
% 30,1% 90,6% 9,3% - -
Região Centro 1 034 655 175 501 940 211 94 444 45,38 10,98
% 16,9% 90,8% 9,1% - -
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 54
Quadro 24. População residente, segundo a condição perante a atividade económica (2011)
FONTE: INE, Censos 2011
O quantitativo percentual do grupo da população “doméstica” nesta classe, rondava os 11,3% (1927
indivíduos), enquanto o grupo “estudantes”, não ultrapassava os 10,9%. A fração sobrante da população sem
atividade económica no concelho subdividia-se entre os “incapacitados para o trabalho” (2,6 %) e “outros
casos” (4,3%), num total de 1172 pessoas.
Desagregando os valores da população desempregada na área-plano (1301 pessoas), pensa-se ser da maior
importância clarificar que, 230 indivíduos desta classe correspondendo a 17,6%, andava à procura do 1.º
emprego, donde se pode inferir, que pertenciam provavelmente aos escalões etários mais jovens. As
restantes 1071 pessoas procuravam nesta data, um novo emprego.
Quadro 25. População empregada, por setores de atividade, no concelho de Tondela (1991-2011)
Anos Total
Setor Primário Setor Secundário Setor Terciário
Total % Total % Total %
1991 11 480 3 671 32 3 898 34 3 911 34
2001 12 494 2 184 17,5 4 559 36,5 5 751 46
2011 10719 858 8 3 643 34 6218 58
FONTE: INE, Censos 1991, 2001 e 2011
A análise da evolução da população ativa do concelho permite aferir que Tondela desenvolveu a sua estrutura
socioeconómica, tendo por base o tradicional desenvolvimento do setor primário, seguindo os modelos
tipificados de crescimento económico em termos sectoriais.
De facto, desde 1991 até aos dias de hoje, o setor “Terciário” constituía o setor dominante, seguido do
“Secundário”. Esta tendência solidifica-se em 2011, com 91,9% dos ativos empregados nestes dois setores.
A evolução recente da distribuição da população ativa por setores de atividade revela no período 1991 a 2011,
manifestações e tendências, cujo contexto não se diferencia significativamente, em relação a áreas
geográficas com as quais Tondela se relaciona e integra.
Unidade
Geográfica
População com Atividade Económica População sem Atividade Económica
Total Empregada Desempregada Total Estudante Doméstica Reformada Incapacitados Outros
Tondela 11 790 10 719 1 301 16 926 1 846 1 927 8 538 441 731
Dão-Lafões 115 539 104 755 10 784 158 983 17 980 17 566 71 108 3 618 10 550
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Gráfico 11. População empregada, por setores de atividade, no concelho de Tondela (2011)
FONTE: INE, Censos 2011
Observa-se assim, que o setor primário é aquele que detém o menor quantitativo de população ativa
empregada na Sub-região Dão-Lafões e na Região Centro. Da mesma forma, verifica-se que de 2001 para
2011 há a perda mão de obra, e verifica-se no setor terciário um acentuado aumento de população nele
empregada (quadro seguinte).
Em termos relativos, verifica-se um acréscimo de cerca de 58 %, em relação a 2001, que representa 46% de
ativos afetos ao setor terciário, evidenciando desde já, uma evolução significativa deste setor no concelho,
perseguindo a tendência de terciarização que se verifica na sub-região de Dão-Lafões.
Já no que se refere ao setor secundário, assiste-se no período 2001/2011, a um decréscimo do seu “peso”
em relação ao conjunto da estrutura produtiva local, correspondendo a uma variação de cerca de -33,4%.
Quadro 26. Evolução da população ativa por setor de atividade (2001-2011)
Área Geográfica Setor Primário Setor Secundário Setor Terciário
2001 2011 2001 2011 2001 2011
Tondela 17,5 0,74 36,5 3,15 46 58
Dão-Lafões 11,2 6,9 34,9 41,9 53,9 51,1
Região Centro 6,8 5,2 38,1 42,3 55,1 52,3
FONTE: INE, Censos 2001 e 2011
A população ativa com profissão, no concelho de Tondela sofreu, no período de 2001/2011, uma diminuição
de 1755 trabalhadores, correspondendo a um crescimento negativo de cerca de 14,2%. O setor Terciário foi
responsável pelo maior salto quantitativo ao crescer neste mesmo intervalo, 1840 efetivos. Esta evolução
positiva, enquadra-se não só no contexto de acréscimo da população ativa, acima referido, mas também num
Setor Primário;
8%
Setor Secundário;
34%Setor Terciário; 58%
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cenário em que, o “Primário” tendo sofrido um crescimento negativo (-1 326), e são precisamente 858 efetivos
a exercer profissão, originou um fenómeno de “transferência” de trabalhadores para os setores Secundário e
Terciário.
O setor primário absorvia em 2011, o montante respeitante a 8% do total da população empregada no
município.
A sucessiva diminuição do peso do setor primário, aparenta possuir como principais causas, a acentuada
divisão da propriedade, que reduz a possibilidade de uma agricultura empresarial e produtiva ( extensiva e
mecanizada ), praticando-se quase exclusivamente uma agricultura de subsistência, e consequentemente o
facto, de se procurar nas atividades industriais ou terciárias, o rendimento principal.
Relativamente à análise dos setores de atividade económica, pelas diferentes freguesias (quadro seguinte) e
sob o ponto de vista do contributo da ‘mão de obra’ de cada freguesia para o total de ativos em cada setor,
denota-se que o “primário”, “empregava” em 2011, fundamentalmente ativos de Lajeosa (98), da União das
Freguesias de S. João do Monte e Mosteirinho (98), União de Freguesias de Barreiro de Besteiros e Tourigo
(82), Guardão (68), União de Freguesias de Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas (63), Santiago de
Besteiros (54) correspondendo a cerca de 53,9% da população ativa empregada no setor primário.
Para o total de ativos no setor secundário, contribui significativamente a mão de obra da União de Freguesias
de Tondela e Nandufe (645 ), Molelos (316), Campo de Besteiros (251), Canas de Sta. Maria (195), União de
Freguesias de S. João do Monte e Mosteirinho (196), e Santiago de Besteiros (194), que, no seu conjunto,
correspondem a 49,3% ativos que laboram neste setor.
Evidenciando um comportamento similar à evolução ocorrida no setor secundário, também o “terciário”,
encontra na União de Freguesias de Tondela e Nandufe (1 542), Molelos (552), Canas de Sta. Maria (432),
Guardão (337), Lajeosa (311), as responsáveis pela tendência de terciarização verificada na década
intercensitária 2001 / 2011, na medida em que representavam cerca de 51 % do total de ativos empregados
no setor.
Analisando-se agora, o peso relativo de cada setor de atividade nas diferentes freguesias do concelho,
verifica-se que o setor primário não constitui em nenhuma freguesia o principal setor gerador de emprego.
Relativamente ao setor secundário, evidenciam-se a União de Freguesias de S. João do Monte e Mosteirinho
(45,4%), e União de Barreiro de Besteiros e Tourigo (43,4%) e como aquelas onde este setor é fundamental
para o emprego da maior parte de ativos. Todas as restantes correspondem ao setor terciário.
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Quadro 27. População empregada por setor de atividade, por freguesia, no concelho de Tondela (2011)
Unidade Geográfica População Empregada Primário Secundário Terciário
N.º % N.º % N.º % N.º %
União de Freguesias de Barreiro de Besteiros e Tourigo
506 5,8 82 16,2 220 43,4 204 40,3
Campo Besteiros 581 6,7 28 4,8 251 43,2 302 52,0
Canas Sta. Maria 668 7,7 41 6,1 195 29,2 432 64,7
União de Freguesias de Caparrosa e Silvares
327 3,7 20 6,1 119 36,3 187 57,1
Castelões 504 5,8 44 8,7 188 37,3 272 54,0
Dardavaz 295 3,4 42 14,2 108 36,6 145 49,2
Ferreirós do Dão 127 1,5 18 14,2 48 37,8 61 48,0
Guardão 552 6,3 68 12,3 147 26,6 337 61,1
Lajeosa 574 6,6 98 17,1 165 28,7 311 54,2
Lobão da Beira 405 4,6 39 9,6 141 34,8 225 55,6
Molelos 887 10,2 19 2,1 316 35,6 552 62,2
União de Freguesias de S. João do Monte e Mosteirinho
431 4,9 98 22,7 196 45,4 137 31,7
União de Freguesias de Mouraz e Vila Nova da Rainha
503 5,7 31 6,1 170 33,7 302 60,0
União de Freguesias de Tondela e Nandufe
2231 25,6 44 1,9 645 28,9 1542 69,1
Parada de Gonta 253 2,9 26 10,3 80 31,6 147 58,1
União de Freguesias de S. Miguel Outeiro e Sabugosa
489 5,6 30 6,1 151 30,8 308 62,9
Santiago Besteiros 488 5,6 54 11,1 194 39,8 240 49,2
Tonda 339 3,9 13 3,8 103 30,4 223 65,8
União de Freguesias de Vilar Besteiros e Mosteiro de
Fráguas 560 6,4 63 11,2 206 36,7 291 51,9
Concelho 8 712 123,0 858 257,2 3 643 936,6 6 218 1 406,2
FONTE: INE – Censos 2011
Quanto à distribuição da população economicamente ativa (total de empregados e desempregados) pelas
freguesias do concelho, constata-se (quadro seguinte), que cerca de metade se concentrava na sede
concelhia, Molelos, Tondela, Canas de Sta. Maria e Campo de Besteiros.
Incidindo a análise sobre a situação da população ativa residente desempregada (quadro seguinte), pode-se
afirmar que a grande maioria de ativos desempregados (17,6 %), encontra-se à procura de novo emprego. A
procura de 1º emprego conta com 230 indivíduos.
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A União de Freguesias de Tondela e Nandufe (com 243 desempregados), Molelos (123), Canas de Sta. Maria
(87), Campo de Besteiros (81), Castelões (78), Lajeosa (69) e Guardão (45) eram as que registavam os
maiores índices de desemprego. Nestas áreas geográficas a situação de “procura de novo emprego”
encontra-se nos 52,3% dos casos de carência laboral.
Quadro 28. Distribuição e situação da população residente economicamente ativa, por freguesia, no concelho de
Tondela (2011)
Unidade Geográfica
População com Atividade Económica
Total < 25 Anos Empregada
Desempregada
Procura de 1º Emprego
Procura Novo Emprego
Total
União de Freguesias de Barreiro de Besteiros e
Tourigo 559 72 506 11 42 53
Campo Besteiros 662 70 581 12 69 81
Canas St. Maria 755 83 668 14 73 87
União de Freguesias de Caparrosa e Silvares
366 35 326 5 35 40
Castelões 582 61 504 15 63 78
Dardavaz 331 54 295 6 30 36
Ferreirós do Dão 142 19 127 1 14 15
Guardão 597 59 552 5 40 45
Lajeosa 643 77 574 15 54 69
Lobão da Beira 460 50 405 9 46 55
Molelos 1 010 93 887 22 101 123
União de Freguesias de S. João do Monte e
Mosteirinho 479 55 431 1 47 48
União de Freguesias de Mouraz e Vila Nova da
Rainha 572 62 503 14 55 69
União de Freguesias de Tondela e Nandufe
2 474 243 2 231 59 184 243
Parada de Gonta 281 36 253 7 21 28
União de Freguesias de S. Miguel Outeiro e
Sabugosa 562 71 489 10 63 73
Santiago Besteiros 544 59 488 8 48 56
Tonda 387 37 339 8 40 48
União de Freguesias de Vilar Besteiros e Mosteiro
de Fráguas 614 33 560 8 46 54
Tourigo 188 23 171 3 14 17
Concelho 8 791 1 293 8 712 230 1 071 1 301
FONTE: INE – Censos 2011
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Tanto em 2001 como em 2011, a população ativa é maioritariamente masculina. Essa diferença é mais
acentuada no setor secundário e mais ténue no setor terciário. Em 2001 no setor primário, e em 2011 no setor
terciário, a situação inverte-se em favor da população feminina.
O setor terciário em ambos os anos, detinha o maior número de mão de obra feminina. O setor secundário
passou a empregar menos mão de obra de ambos os géneros, designadamente 1099 mulheres e 2 544
homens.
Quadro 29. População ativa, por género e setor de atividade económica, no concelho de Tondela (2001-2011)
Setor de Atividade
2001 2011 Variação 2001/2011
da Feminização Homens Mulheres Homens Mulheres
Primário 1009 1175 496 362 -813
% 46,2 53,8 57,8 42,1 -69,1
Secundário 3444 1115 2 544 1 099 -16
% 75,5 24,5 69,8 30,1 -1,4
Terciário 2882 2869 2798 3420 551
% 50,1 49,9 44,9 55 19,2
FONTE: INE, Censos 2001 e 2011
O único setor que se fez sentir incrementos foi o setor terciário (467 indivíduos) verificados, em particular, nos
postos de emprego femininos que registou um acréscimo de cerca de 19,2%.
Analisando agora as tendências do tipo de profissão e situação na profissão da população residente ativa do
concelho (quadro seguinte) através da variação ocorrida entre 2001 e 2011, surgem como relevantes as
seguintes conclusões:
• Verifica-se uma reduzida variação (1,2 %) na classe dos “Membros de Corpos Legislativos, Quadros
Dirigentes da Função Publica e Quadros Dirigentes de Empresas”;
• Uma considerável quebra (e única) dos ativos residentes inseridos na categoria dos “Trabalhadores
da Agricultura e Pescas”, traduzida numa variação negativa, como seria de esperar, situada em cerca
de (-63,9%);
• Outras quebras de relativa importância, nomeadamente na categoria dos “Operadores de instalações
e máquinas e trabalhadores da montagem” (-30,4%), “Trabalhadores da Produção Industrial e
Artesãos” (-25,4%), “Profissões das Forças Armadas” (-25,2%) e “Empregados Administrativos” (-
17,2%);
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• A classe referente às “Profissões Intelectuais e Científicas” foi aquela que verificou um maior
acréscimo (79 %), passando de 621 para 1112 profissionais;
• Um crescimento relevante nas profissões “Pessoal dos Serviços e Segurança, dos Serviços
Domésticos e Trabalhadores Similares”, que se traduz numa variação, no período 2001/2011, de
cerca de 24%;
• Um acréscimo significativo de 14,3% (equivalente a 121 trabalhadores) no domínio das “Profissões
Técnicas Intermédias”;
• A classe que emprega a maior quantidade de população ativa em 2011 é a dos “Trabalhadores da
Produção Industrial e Artesãos (25%), seguida pelas “Trabalhadores Não Qualificados” (24%),
“Pessoal dos Serviços de Proteção e Segurança, dos Serviços Domésticos e Trabalhadores
Similares” (23%) e “Profissões Intelectuais e Científicas” (15%).
Quadro 30. População ativa, segundo o tipo de profissão, no concelho de Tondela (2001-2011)
Profissões ( C.I.T.P / 88 ) 2001 2011
Variação 2001/2011
Total (%) Total (%) (%)
1. Membros de Corpos Legislativos, Quadros Dirigentes da Função Pública e Quadros Dirigentes de Empresas
643 5,1 651 8 1,2
2. Profissões Intelectuais e Científicas 621 5 1 112 15 79
3. Profissões Técnicas intermédias 846 6,8 967 13 14,3
4. Empregados Administrativos 859 6,9 711 9 -17,2
5. Pessoal dos Serviços de Proteção e Segurança, dos Serviços Domésticos e Trabalhadores Similares
1428 11,4 1769 23 23,8
6. Trabalhadores da Agricultura e Pescas 2087 16,7 752 10 -63,9
7. Trabalhadores da Produção Industrial e Artesãos 2601 20,8 1 939 25 -25,4
8. Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem
1283 10,3 892 12 -30,4
9. Trabalhadores Não Qualificados 2031 16,3 1855 24 8,6
10. Profissões das Forças Armadas 95 0,8 71 1 -25,2
Total 12494 100 7668 139 -35,2
FONTE: INE, Censos de 2001 e 2011
Quadro 31. População residente empregada, segundo a situação na profissão, no concelho de Tondela (2001-2011)
Situação na Profissão 2001 2011
Total % Total %
Empregador 1 330 10,65 1 049 9,78
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Situação na Profissão 2001 2011
Total % Total %
Trabalhador por conta própria 1 251 10,01 879 8,2
Trabalhador familiar não remunerado 538 4,31 137 1,27
Trabalhador por conta de outrem 9 237 73,93 8 550 79,8
Membro ativo cooperativo 3 0,02 4 0,03
Outra situação 135 1,08 100 0,93
Total 12 494 100 10719 100
FONTE: INE, Censos de 2001 e 2011
Quanto à situação na profissão, a categoria dos “Trabalhadores por Conta de Outrem” assume-se como a
principal categoria de ativos, atingindo em 2011, 79,8% do total, registando uma variação de 2001 para 2011
de - 7,4%. A seguir posicionam-se as categorias dos “Empregadores” e “Trabalhadores por Conta Própria”
com 9,8 e 8,2% do total de ativos residentes, respetivamente. Estas categorias sofreram, de 2001 para 2011,
uma variação inversa, sendo que se registou um aumento dos “Empregadores” e um decréscimo de 29,7%
no caso dos “Trabalhadores por Conta Própria”.
6.3. Análise das Atividades Económicas
6.3.1. Setor Primário
O setor primário, como já foi referido anteriormente, tem vindo a sofrer uma redução substancial do seu peso
na economia do concelho, passando de uma situação, em 2001, em que se encontrava sensivelmente a par
dos outros dois setores, detendo cerca de um terço dos ativos do concelho, para, em 2011, passar a ser o
setor com menos peso na economia concelhia. De facto, entre 2001 e 2011 verificou-se um decréscimo 1326
dos ativos agrícolas (858 indivíduos).
Se for também, considerada, a forma incorreta como tem sido contabilizada a mão de obra feminina (que por
razões económico-culturais, é frequentemente excluída do grupo de “ativos” e remetida para o grupo das
“domésticas”), poder-se-á argumentar que a variação dos ativos masculinos é aquela que melhor evidenciará
as tendências evolutivas recentes. Tal procedimento virá consolidar o pressuposto acabado de avançar, face
à constatação de que o número de ativos agrícolas (masculinos) se reduziu de 2001 para 2011: uma
regressão de cerca de 34%.
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Quadro 32. População ativa empregada, por ramo de atividade no setor primário, no concelho de Tondela (2001-
2011)
FONTE: INE, Censos 2001 e 2011
A análise do quadro anterior, aponta, em 2011, para um número de ativos de 854, que encontravam no ramo
de “Agricultura, Produção animal, Silvicultura e Caça”, a sua atividade principal, equivalendo quase
integralmente à população concelhia empregada no setor primário. O quantitativo de trabalhadores da secção
relativa à “Pesca, Explorações de viveiros piscícolas e Atividades afins”, era res idual. Dever-se-á também,
sublinhar, que é a atividade da “Agricultura em geral, Criação de Animais e Culturas agrícolas associadas à
criação de animais”, que concentra mais ativos ligados ao setor (cerca de 90,4%), seguida dos ativos
relacionados com a Silvicultura, exploração florestal e atividades dos serviços associados, representando
precisamente de 8,7% dos trabalhadores agrícolas. Particularmente ilustrativa do decréscimo do peso
Agricultura, Produção Animal, Silvicultura e Caça, é a análise comparada entre os dados de 2001 e os
referentes a 2011, que evidencia no decénio 2001/2011 acentuadas diminuições dos ativos ligados a estas
atividades.
Chama-se a atenção para o acréscimo verificado no número de ativos afetos à “Silvicultura, exploração
florestal e atividades dos serviços associados” que, apesar de continuar com pouca representação (8,7 %)
verificou uma acentuada variação percentual (10,2 %).
Dentro deste cenário poder-se-á aventar / inferir que, paralelamente à diminuição da população ativa no ramo
da agricultura (e pecuária) poderá ter ocorrido uma correspondente redução no número de explorações e
consequente reestruturação fundiária, favorecendo o aumento das explorações de média/grande dimensão.
Ramos de Atividade 2001 % 2011 % 2001/2011
- Agricultura, Produção Animal, Silvicultura e Caça 2 179 99,8 854 99,5 -60,8
Agricultura em geral, Criação de Animais e Culturas
agrícolas associadas à criação de animais 2 101 96,2 776 90,4 -63
Atividade dos serviços relacionados com a agricultura e
criação de animais, exceto veterinária 10 0,5 3 0,4 -70
Caça, Repovoamento Cinegético e Atividades dos serviços
relacionados - - - - -
Silvicultura, exploração florestal e atividades dos serviços
associados 68 3,1 75 8,7 10,2
- Pesca, Explorações de Viveiros Piscícolas, atividades
dos Serviços relacionados com a Pesca 5 0,2 4 0,5 -20
TOTAL 2 284 100 858 100 -203,6
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6.3.2. Setor Secundário
Conforme foi já demonstrado (na primeira parte deste relatório), a análise da evolução ativa no “Secundário”
permitiu constatar um decréscimo no período intercensitário 2001/2011 (onde o número de ativos sofreu um
decréscimo de 2,5%), e em contrapartida, o “Terciário” notou um acréscimo de 12% do quantitativo de
população a exercer profissão no concelho de Tondela.
Esta realidade, impõe, por conseguinte, que seja efetuada uma análise mais pormenorizada, no sentido de
se averiguar quais os ramos de atividade que mais contribuíram para essa tendência.
A análise do quadro seguinte, permite identificar que é na “Indústria Transformadora” que se concentra a
maior percentagem de população ativa empregada no Setor Secundário, a qual representava em 2011, mais
de metade (62,2%) do total de ativos do setor secundário, constituindo por sua vez, o ramo de “Construção
Civil e Obras Públicas” aquele que, imediatamente a seguir, atrai o maior quantitativo dos ativos neste setor
(cerca de 35,4%).
Quanto aos ramos de atividade que no “Secundário” assumiram mais ativamente o seu desenvolvimento,
constata-se não existirem alterações significativas de 2001 para 2011. Com efeito, as “Indústrias
Transformadoras” e “Construção Civil e Obras Públicas”, veem o seu número de ativos a serem reduzidos (-
14,1% e – 35,3%, respetivamente) mas reforçaram a sua posição de maiores empregadores, relativamente
ao total de ativos no setor. Na “Indústria Transformadora” os fortes incrementos de mão de obra foram
verificados na “Indústrias Químicas, dos derivados do petróleo, carvão, borracha e plásticos” (com mais 220
empregados, correspondendo a um acréscimo de 93,2%).
A variação registada na “Indústria Transformadora”, no período 2001/2011, revela ainda que, os restantes
ramos de atividade sofreram decréscimos consideráveis dos seus contingentes de ativos, principalmente:
• “Outras indústrias transformadores”, registando (-94,6%) de população a exercer profissão no
concelho;
• A “Indústria pasta de papel e cartão e seus artigos, edição e impressão” com uma variação negativa
de 53,7%;
• A “Indústria da madeira e da cortiça e suas obras” com um decréscimo de (- 48,7 %) dos seus ativos.
Quadro 33. População ativa empregada, por ramos de atividade no setor secundário, no concelho de Tondela (2001-
2011)
Ramos de Atividade 2001 % 2011 % Variação
- Indústrias Extrativas 54 1,2 18 0,52 -66,6
- Indústrias Transformadoras 2527 55,4 2170 62,2 -14,1
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Ramos de Atividade 2001 % 2011 % Variação
Indústrias alimentares de bebidas e tabaco 338 7,4 312 9 -7,7
Indústria têxtil, vestuário, couro e calçado 132 2,9 98 2,8 -25,8
Indústria da madeira e da cortiça e suas obras 304 6,7 156 4,5 -48,7
Indústria pasta de papel e cartão e seus artigos, edição e
impressão 54 1,2 25 0,7 -53,7
Indústrias químicas, dos derivados petróleo, carvão,
borracha e plásticos 236 5,2 456 13 93,2
Indústria de outros produtos minerais não metálicos 128 2,8 109 3,1 -14,8
Indústrias metalúrgicas de base e de prod. metálicos 660 14,5 503 14,4 -23,8
Fabricação de mat. de transporte, equipamentos e
máquinas 545 12 504 14,5 -7,5
Outras indústrias transformadoras 130 2,9 7 0,2 -94,6
Produção e Distribuição de eletricidade, Gás e Água 74 1,6 65 1,9 -12,1
Construção Civil e Obras Públicas 1904 41,8 1231 35,4 -35,3
Total 4559 100 3484 100 -128,1
FONTE: INE, Censos de 2001 e 2011
(*). Relativamente ao total de população ativa empregada nos três setores de atividade.
Em função deste quadro evolutivo, será admissível adiantar duas grandes conclusões:
• A primeira, traduz a relativa dependência do sistema produtivo (secundário) local, da “Indústria
Transformadora” e esta por sua vez, em quatro dos seus ramos de atividade, onde apenas os setores
da “Fabricação de mat. de transporte, equipamentos e máquinas”, das “Indústrias Metalúrgica de
base e de prod. metálicos, das “Industrias químicas, dos derivados petróleo, carvão, borracha e
plásticos” e “Indústrias alimentares de bebidas e tabaco” são responsáveis por cerca de 81,8% do
emprego na “Indústria Transformadora” que corresponde a 50,9 % dos postos de trabalho no setor;
• A segunda, diz respeito ao papel que o subsetor da “Construção e Obras públicas” detinha e que
poderá ainda, vir a desempenhar no futuro, atendendo não só, ao reconhecido efeito multiplicador
que gera noutros subsetores complementares da atividade económica, como também na sua
capacidade endógena de gerar emprego.
Sendo o sistema produtivo local, maioritariamente fruto do desenvolvimento da “Indústria Transformadora”,
essencialmente ligada à história industrial dos ramos metalomecânico, alimentar, e da madeira, considera-se
importante proceder a uma análise mais aprofundada deste ramo de atividade, numa tentativa de identificação
das razões de expansão da atividade industrial no concelho, das empresas que protagonizaram esse
crescimento, bem como, dos ramos de atividade mais dinâmicos.
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6.3.3. Setor Terciário
O setor Terciário, conforme já foi constatado anteriormente, tem vindo progressivamente a assumir uma
importante posição no concelho, tornando-se em 2001 o principal empregador do concelho.
Da interpretação do quadro seguinte, é possível constatar que em 2011 (assim como em 2001), os principais
ramos de atividade do setor, centravam-se nos vulgarmente conhecidos como “Serviços Tradicionais” ligados
à componente do “Comércio, Alojamento Turístico e Estabelecimentos de Restauração” (38%), onde se
destaca, o subsetor do “Comércio a retalho”, que contribui com 22,2% dos ativos, e também, à área da
“Ensino, Saúde e Serviços Coletivos” (32,6%). Estas duas grandes áreas da atividade económica,
conjuntamente com a da “Administração Pública, Defesa e Segurança Social” (12,4%), constituem, de facto,
as protagonistas da dinâmica verificada no último período intercensitário (2001/2011), concentrando cerca
83% do total de ativos do “Terciário”.
Quadro 34. População ativa, por ramos de atividade no setor terciário, no concelho de Tondela (2001-2011)
Ramos de Atividade 2001 % 2011 % Variação
2001/2011
Comércio, Alojamento Turístico e Estabelecimentos de
Restauração 2252 41,7 1978 38 -12,2
Comércio por Grosso 312 5,7 323 6,2 3,5
Comércio a Retalho 1460 27 1156 22,2 -20,8
Alojamento e Restauração 480 8,9 499 9,6 4,0
Transportes e Comunicações 407 7,5 447 8,6 9,8
Transportes 279 5,2 330 6,3 18,3
Comunicações 128 2,4 117 2,2 -8,6
Activ. Financ., Imob. e Serviços Prestados às Empresas 409 7,6 178 3,4 -56,5
Bancos / Instituições Financeiras 72 1,3 72 1,4 0,0
Seguros 33 0,6 14 0,27 -57,6
Operações sobre Imóveis 12 0,22 34 0,65 183,3
Alugueres de maq. e equipamentos 5 0,09 9 0,17 80,0
Serviços Prestados às Empresas 287 5,3 49 0,9 -82,9
Administração Pública, Defesa e Segurança Social 420 7,8 647 12,4 54,0
Administração Pública e Defesa Nacional 420 7,8 647 12,4 54,0
Ensino, Saúde e Serviços sociais 1439 26,7 1700 32,6 18,1
Outros Serv. Coletivos, Sociais, Recreativos e Pessoais 166 3 54 1,03 -67,5
Famílias c/ empregados domésticos 305 5,7 209 4 -31,5
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Ramos de Atividade 2001 % 2011 % Variação
2001/2011
Org. internacionais, extraterritoriais e Activ. mal definidas - - - - -
Total 5398 100 5213 100 -85,6
FONTE: INE, Censos 2001 e 2011
(*) – Relativamente ao total de ativos empregados nos três setores de atividade (Primário, Secundário e Terciário).
Ainda da observação do quadro, consegue-se extrapolar, um pouco mais pormenorizadamente, as principais
dinâmicas ocorridas no período intercensitário em causa:
• Assiste-se a um crescimento dos ativos do setor no concelho (58%), destacando-se como setores
principais nesta evolução, as “Operações sobre imóveis” (183,3%), o “Alugueres de máq. e
equipamentos” (80%) e o da “Administração Pública, Defesa e Segurança Social” (54%).
• É de realçar a diminuição do nº de serviços de componente mais dinâmica, pela sua
complementaridade com a promoção e fomento industrial e com o investimento como é o caso do
subsetor das “Atividades Financeiras e Serviços prestados às Empresas” (Banca, Instituições
Financeiras, Seguros, Aluguer de Maquinaria e Equipamento e Serviços prestados às empresas) (-
56,5%);
• Os serviços dos “transportes e comunicações”, atividades cruciais no ordenamento do território e no
desenvolvimento a diversas escalas territoriais, apresentam um acréscimo de 9,8 pontos percentuais.
Pensa-se no entanto, que o valor pouco significativo constatado se deve, no período em análise,
essencialmente à diminuição de ativos na rubrica das “comunicações” (atividades dos correios,
telecomunicações, etc.).
6.4. Nota Conclusiva
As dinâmicas evolutivas recentes, deixam assim antever uma diminuição do volume de negócios e
provavelmente de um nível mais baixo de pessoal nas empresas (emprego), tanto no concelho, como na sub-
região. Desta forma, conclui-se que:
• No quantitativo da população residente (28 946 habitantes) 37% indivíduos estão empregados;
• Possui uma taxa de desemprego de 10,8%;
• O setor terciário mantém a liderança da população empregada por setor de atividade, correspondendo
a cerca de 58% em 2011, sendo a vertente do Comércio, Alojamento Turístico e Estabelecimentos
de Restauração que mais emprega, neste setor. Concentra-se, principalmente, nas freguesias de
Tondela, Molelos e Canas de Sta. Maria;
• Segue-se o setor secundário com 34% da população empregada por setor de atividade em 2011,
sendo o ramo das Indústrias Transformadoras que mais empregada, nomeadamente, as Indústrias
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de mat. de transporte e equipamentos e máquinas, e ainda, as metalúrgicas de base e produção de
metálicos. Concentra-se, principalmente, nas freguesias de Tondela, Molelos e Campo de Besteiros;
• O setor primário emprega uma pequena percentagem de indivíduos, cerca de 8% da população
empregada em 2011, principalmente, no ramo da Agricultura, Produção Animal, Silvicultura e Caça.
Concentra-se, principalmente, nas freguesias Lajeosa e S. João do Monte.
As infraestruturas básicas e os equipamentos coletivos constituíram, durante longo tempo, o principal foco de
atenção e de investimento municipal, dando corpo aos pressupostos tradicionais da política regional, segundo
os quais, caberia ao setor público a criação de condições para o investimento económico e melhoria da
qualidade de vida, direcionadas sobretudo, para o incremento e melhoria do capital social investido no
ambiente construído.
A perspetiva de que, a meta e vocação principais dos municípios são predominantemente “sociais”, devendo
centrar o seu interesse essencialmente na “qualidade de vida”, na “proteção civil”, na “habitação”, na saúde”,
no “ensino jovem e recorrente”, nas “acessibilidades”, nos “transportes”, enfim... nas pessoas, em contraponto
ao “económico”, que mereceria melhor resposta das medidas da responsabilidade da Administração Regional
/ Central, tem subalternizado o papel das Autarquias na vertente ( estudos ) económica ao nível local.
Nesta faceta de “motor de arranque” do desenvolvimento, a capacidade de intervenção das autarquias,
poderá passar:
a) pelo fomento de programas e esquemas de formação profissional (até em colaboração com outros
municípios), utilizando a possibilidade de acesso a fundos comunitários;
b) pelo apoio e dinamização de iniciativas de difusão social de inovação (principalmente de novas
tecnologias);
c) pela promoção pública de solo industrial;
d) d) pela criação de base legais para organizações de pequena escala de génese associativa sedeadas
na comunidade;
e) e) pela descentralização dos serviços administrativos locais, entre outras.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
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7. MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE
A criação de dinâmicas em rede potenciam a concretização efetiva de um sistemas de transportes e de
comunicação que interligue os diversos lugares do território com as atividades económicas, propiciando o
crescimento das designadas economias de escala, que garantam fatores de sucesso e de competitividade,
apenas conseguidas por intermédio de melhores condições de acessibilidade e mobilidade, quer a nível
concelhio, quer supramunicipal.
Neste âmbito, seguidamente será apresentado o enquadramento rodoviário do concelho de Tondela,
entendendo-se pertinente aferir sobre as ligações das infraestruturas no estabelecimento de conexões intra
e extra município. Além disso, realizar-se-á a análise aos padrões e fluxos de mobilidade da população,
atendendo às características dos movimentos pendulares.
7.1. Rede Rodoviária
Tondela encontra-se numa situação privilegiada, favorecida por um conjunto de vias que permitem
estabelecer importantes ligações ao nível interconcelhio.
Figura 7. Rede Viária Estruturante no concelho de Tondela
FONTE: Relatório do Plano (2011)
Deste modo, tal como se pode observar na figura 7, as estradas mais preponderantes e motivadoras de
ocupação, dando lugar a espaços urbanos alargados são:
Estrada Nacional 2 (via desclassificada, passando a Ex-EN2)
Estrada Regional 228 (via desclassificada, passando a EM, Ex-ER 228)
Estrada Regional 230 e Estrada Regional 337 (desclassificadas, passando a Estradas Municipais)
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
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Por outro lado, as áreas de menor densidade viária e populacional, são, naturalmente, as que se encontram
marcadas pelo relevo correspondente à Serra do Caramulo.
Importa, ainda assim, referir que Tondela detém uma localização geoestratégica ímpar de transição entre o
interior e o litoral, potenciada por uma boa rede de acessibilidade que liga com facilidade a grandes centros
económicos.
7.2. Padrões e Fluxos de Mobilidade da População
A natureza, o ritmo e a intensidade dos movimentos pendulares constituem um importante contributo para a
dinamização da economia local.
Esse tipo de movimento populacional ocorre, em regra, na escala urbana ou regional e tem por contexto
temporal, o quotidiano dos indivíduos. Em busca de melhores condições de trabalho ou então por questões
académicas, muitas indivíduos são impulsionados a transpor frequentemente os limites territoriais do
município em que residem.
De facto, os movimentos pendulares podem ser indicadores que explicam relações entre lugares distintos, as
desigualdades sócio espaciais, as áreas mais e menos dinâmicas e melhor ou pior dotadas de equipamentos
e serviços.
Gráfico 12. População residente empregada ou estudante (N.º), por local de trabalho ou estudo, no concelho de
Tondela (2011)
FONTE: INE
O gráfico 12 apresenta a percentagem da população que trabalha ou estuda, segundo o local de trabalho ou
estudo. Deste modo, constata-se que 12 033 (77%) habitantes não necessitam de sair do concelho. Ainda
assim, há 3 228 (21%) pessoas que se descolam para outro município para trabalhar ou estudar.
77%
21%
2%
município de residência
nountro município
no estrangeiro
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
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Figura 8. População que entra e sai (%) do município, para trabalhar ou estudar, no concelho de Tondela (2001 e
2011)
FONTE: INE
Por sua vez, na figura 8 é possível observar a proporção de população residente que trabalha ou estuda,
segundo as entradas e saídas do município. Verifica-se, desse modo, que Tondela apresenta em 2001 e
em2011, um valor de população que sai para trabalhar ou estudar superior àquele que entra. Este fenómeno
reflete as recentes dinâmicas demográficas, nomeadamente as deslocações motivadas pela necessidade de
obtenção de níveis superiores ou especializados de ensino, mas pode também indiciar carência de emprego
dentro dos limites concelhios.
Gráfico 13. Modo de transporte mais utilizado nos movimentos pendulares no concelho de Tondela (2001 e 2011)
FONTE: INE
7.012
1.841
2.345
1.396
623
568
41
13
0
5.467
4.716
1.596
1.649
1.116
1.247
131
33
186
Automovel ligeiro - como condutor
A pé
Automovel ligeiro - como passageiro
Autocarro
Transporte colectivo da empresa ou da escola
Motociclo ou bicicleta
Outro
Comboio
Não se aplica
2011 2001
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
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No que respeita ao modo de transporte mais utilizado nos movimentos pendulares, verificando o gráfico 13,
relativamente a 2001 e a 2011 deteta-se o domínio do uso do automóvel como condutor, contrariando os
conceitos de sustentabilidade. De notar ainda que as deslocações a pé diminuíram para menos de metade
no último período censitário.
Este quadro pode evidenciar a necessidade de uma rede de transportes públicos mais alargada, dado a sua
utilização ser um costume reduzido, situação que não é alheia ao facto do concelho deter uma rede que
assegura essencialmente os serviços mínimos.
Nesta senda, importa destacar a relevância que o Decreto-Lei n.º 60/2016, que fixa as regras para a
implementação de serviços públicos de transporte de passageiros flexível (TPF), poderá ter em territórios
como o de Tondela, na medida em que constitui uma oportunidade de melhor operacionalização do sistema,
colmatando limitações no transporte público convencional, sobretudo em áreas mais isoladas e de menor
procura.
O TPF pode realizar-se através de percursos predefinidos e/ou flexíveis nas componentes de itinerários,
paragens e horários. De referir que enquanto transporte a pedido, o TPF pode ser efetuado por solicitação do
passageiro, diretamente ao longo do percurso, em paragens preestabelecidas, ou através de reserva.
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8. PATRIMÓNIO
O conceito de património tem uma evolução dinâmica e frequente. Desde os edifícios simples classificados
até às frentes urbanas de conjunto ou linguagens arquitetónicas populares e vernaculares, todos são sentidos
como identidade local, afirmação coletiva e sinal de pertença. Desta forma, impõe-se uma revisitação aos
conceitos e ao território, a fim de muito bem estruturado este importante item urbanístico social e cultural.
Portanto, o património poderá ser entendido como uma síntese de vários valores identitários que contribuem
para um sentimento de pertença e de identificação de um coletivo social, fornecendo-nos os elementos de
significação cultural, particularmente relevantes num contexto de globalização onde coexistem leituras
diferenciadas, que nos permitem situar em relação ao passado quando, muitas vezes, já nada resta dele.
8.1. Património Classificado
À data da 1.ª revisão do PDM em 2011, os elementos classificados e em vias de classificação no concelho
de Tondela apresentam-se descritos no quadro 35.
Quadro 35. Património classificado e em vias de classificação à data da 1.ª revisão do PDM (2011)
DESIGNAÇÃO FREGUESIA SITUAÇÃO 2011 CATEGORIA DE
PROTECÇÃO
Fachada da Igreja Velha de Canas de Stª Maria Canas de Santa
Maria Classificado Monumento Nacional
Capela Nossa Senhora do Campo Campo de Besteiros
Classificado Imóvel de Interesse
Público
Pelourinho de Canas de Stª Maria Canas de Santa
Maria Classificado
Imóvel de Interesse Público
Pelourinho de Janardo Guardão
Classificado Imóvel de Interesse
Público
Pelourinho de São João do Monte São João do Monte
Classificado Imóvel de Interesse
Público
Pelourinho São Miguel do Outeiro São Miguel do
Outeiro Classificado
Imóvel de Interesse Público
Pelourinho de Sabugosa Sabugosa
Classificado Imóvel de Interesse
Público
Pelourinho de Tondela Tondela Classificado Imóvel de Interesse
Público
Solar de Sant’Ana / Casa dos Lentes Tondela
Classificado Imóvel de Interesse
Municipal
Novo ciclo – Centro de Recursos e de Desenvolvimento do concelho de Tondela
Tondela Classificado
Imóvel de Interesse Municipal
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DESIGNAÇÃO FREGUESIA SITUAÇÃO 2011 CATEGORIA DE
PROTECÇÃO
Solar ou Casa de Vilar Besteiros Vilar de Besteiros Em Vias de
Classificação -
Paço de Fráguas Mosteiro de
Fráguas Em Vias de
Classificação -
Casa da Quinta do Casal Lobão da Beira Em Vias de
Classificação -
Igreja Matriz de Santiago de Besteiros Santiago de
Besteiros Em Vias de
Classificação -
FONTE: Planta do Património (2011)
No entanto, desde a 1.ª alteração do PDM, procederam-se às alterações exibidas no quadro 36.
Quadro 36. Património classificado e em vias de classificação desde a 1.ª revisão do PDM (2018)
DESIGNAÇÃO FREGUESIA SITUAÇÃO 2018 CATEGORIA DE PROTECÇÃO
Solar de Vilar, anexos e jardim Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas
Classificado Monumento de Interesse Público
Paço de Fráguas Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas
Classificado Monumento de Interesse Público
Casa do Terreiro, jardins envolventes, adega e tulha
São Miguel do Outeiro e Sabugosa
Classificado Monumento de Interesse Público
Troço de calçada romana de Guardão
Guardão Classificado Imóvel de Interesse Municipal
Lagar do Fial Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas
Classificado Imóvel de Interesse Municipal
Troço de calçada romana em Paranho de Besteiros
Caparrosa e Silvares Classificado Imóvel de Interesse Municipal
Anta da Arquinha da Moura Lajeosa do Dão Classificado Imóvel de Interesse Público
Estação de Arte Rupestre de Molelinhos
Molelos Classificado Imóvel de Interesse Público
Estação de arte rupestre de Alagoa
Barreiro de Besteiros e Tourigo; Castelões
Classificado Imóvel de Interesse Público
Castro de Nandufe Tondela e Nandufe
Em Vias de Classificação Em Vias de Classificação (com
Despacho de Abertura)
Casa do Figueiral Parada de Gonta Procedimento encerrado /
arquivado - sem proteção legal Não aplicável
Solar de Tomás Ribeiro Parada de Gonta Procedimento encerrado /
arquivado - sem proteção legal Não aplicável
Solar do Visconde de Britiande Parada de Gonta Procedimento encerrado /
arquivado - sem proteção legal Não aplicável
FONTE: DGPC (outubro de 2018)
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De destacar a classificação de três monumentos de interesse público, designadamente do Solar de Vilar,
anexos e jardim, do Paço de Fráguas e do Casa do Terreiro, jardins envolventes, adega e tulha, os quais
constam nas figuras 9, 10 e 11, respetivamente.
Figura 9. Solar de Vilar
FONTE: DGPC (outubro de 2018)
Figura 10. Paço de Fráguas
FONTE: DGPC (outubro de 2018)
Figura 11. Casa do Terreiro
FONTE: DGPC (outubro de 2018)
Salienta-se ainda a classificação de três imóveis de interesse público e de três imóveis de interesse municipal.
Em contrapartida, o Solar do Visconde de Britiande e o Solar de Tomás Ribeiro viram o procedimento
caducado por se considerar não terem valor nacional, assim como o processo relativo à Casa do Figueiral,
que cessou pelo estado de ruína inviabilizar a sua classificação.
Por sua vez, o Castro de Nandufe encontra-se em vias de classificação. Tratam-se de troços de muralha, que
geralmente se encontram espalhados pela encosta, como se pode verificar na figura 12.
Figura 12. Castro de Nandufe
FONTE: SIPA (outubro de 2018)
De facto, Tondela detém um conjunto alargado de bens imóveis de inestimável valor cultural, certificando a
presença de uma riqueza patrimonial identitária no território tondelense.
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9. AS COMPONENTES AMBIENTAIS
9.1. Os Incêndios do Caramulo
Os grandes incêndios florestais ocorridos em 2013 que atingiram o município de Tondela, em concreto entre
o período de 20 de agosto e 2 de setembro, assumiram uma dimensão extraordinária, afetando severamente
os povoamentos florestais, com claras e graves consequências sociais, culturais e económicas.
Como indicado no ‘Relatório dos Grandes Incêndios Florestais na Serra do Caramulo’ produzido pelo
Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Centro, arderam 6123ha, representando 16,5%
de área ardida no município, distribuídos pelas freguesias de Barreiro de Besteiros, Caparrosa, Guardão,
Mosteirinho, Santiago de Besteiros, Silvares e S. João do Monte. Esta última a mais fustigada, como se pode
verificar pela figura abaixo.
Figura 13. Enquadramento da área afetada pelos grandes incêndios de 2013 no concelho de Tondela
Através da análise do mesmo relatório observa-se que a maior percentagem de área ardida estava ocupada
com Florestas (62,5%) e Florestas abertas e vegetação arbustiva e herbácea (31,2%).
A figura seguinte, que representa a área agrícola de produção e as áreas florestais de produção e
conversação do município, extraída da primeira revisão do PDMT – Planta de Ordenamento, evidencia a
composição de um solo rural maioritariamente florestal, tendo ardido em 2013, também áreas agrícolas.
Áreas Florestais Percorridas por Incêndios (2013)
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
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Figura 14. Área afetada pelos grandes incêndios de 2013, com a sobreposição do solo rural, no concelho de Tondela
A gravidade atingida por estes grandes incêndios florestais fez-se refletir, como indicado no ‘Relatório dos
Grandes Incêndios Florestais na Serra do Caramulo’, a nível económico e social, com prejuízos resultantes
da perda de espécies lenhosas e a interdição ao uso habitual do regime cinegético, para o qual se compromete
a exploração racional na época venatória e onde deverão ser adotadas medidas de proteção dos exemplares
sobreviventes para recuperação das suas populações. E também ao nível ambiental, com uma grande
percentagem de área ardida afeta ao Perímetro Florestal do Caramulo, como se percebe pela figura abaixo.
Figura 15. Área afetada pelos grandes incêndios de 2013, com a sobreposição do Regime Florestal do Caramulo, no
concelho de Tondela
Áreas Florestais Percorridas por Incêndios (2013)
Área Agrícola de Produção
Área Florestal de Produção
Área Florestal de Conservação
Áreas Florestais Percorridas por Incêndios (2013)
Regime Florestal do Caramulo
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Ainda que se tenha assistido no município a um decréscimo da população ativa empregada no setor primário
entre 2001 e 20111, verificou-se, entre o mesmo período intercensitário, um aumento do número de ativos
afetos ao ramo ‘Silvicultura, exploração florestal e atividades dos serviços associados’, em 10,2%. O que
evidencia graves efeitos a nível económico e financeiro quando observada a perda da fonte de rendimento
dos trabalhadores afetos ao ramo bem como a redução da estrutura produtiva local.
Figura 16. Área afetada pelos grandes incêndios de 2013, com a sobreposição dos sistemas da REN, no concelho de
Tondela
A par das consequências acima indicadas verifica-se ainda como principais efeitos dos incêndios florestais a
sensibilidade e inexistência de coberto e vegetação do solo, o que poderá provocar a diminuição da
capacidade de retenção da água e consequentemente a erosão do solo, aumento o risco de ocorrência de
desabamento de terras e assoreamento das linhas de água. Este facto ganha maior importância quando se
verifica que as áreas ardidas são, na sua maioria, coincidentes com o sistema Áreas com Risco de Erosão,
da Reserva Ecológica Nacional (REN), como se observa pela imagem seguinte.
Face ao exposto, em 2013 procedeu-se à 2.º revisão do Plano Municipal de Defesa da Floresta contra
Incêndios (PMDFCI), a fim de concretizar as recomendações do Plano Nacional de Defesa da Floresta contra
Incêndios (PNDFCI).
9.1.1. Intervenção Preventiva
Os grandes incêndios florestais ocorridos em 2013 criaram uma situação de calamidade paisagística e
florestal. As chuvas sobre os solos sem coberto protetivo e parte do seu horizonte superficial orgânico deixam
1 Dados disponibilizados pelo INE. Censos 2001 e 2011
Áreas Florestais Percorridas por Incêndios (2013)
Leitos dos Cursos de Água
Faixa de Proteção à Albufeira
Zonas Ameaçadas pelas Cheias
Cabeceiras das Linhas de Água
Áreas de Máxima Infiltração
Áreas com Risco de Erosão
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iminente a possibilidade de deslocamento dos terrenos, pelo que urge, neste sentido promover a plantação e
reflorestação das áreas afetadas, a partir de normas que promovam a ocupação e utilização dos espaços
florestais de forma planeada, com recurso a instrumentos de licenciamento e fiscalização eficazes.
É hoje fundamental agarrar a debilidade provocada pela dimensão da área ardida e converte-la em
potencialidade através da melhor gestão florestal, garantindo a manutenção e capacidade do sistema
produtivo, a biodiversidade e a sustentabilidade do ecossistema, a par da prevenção da ocorrência e
proliferação de incêndios florestais.
Durante décadas a espécie dominante no município de Tondela foi o Pinheiro Bravo, contudo, esta espécie
tem vindo a desaparecer e a ser substituída por Eucaliptos, que, face às suas características e potencial
económico a curto prazo, conquistaram maior relevância na área da silvicultura. Contudo, e não obstante das
vantagens económicas, a produção intensiva e exponencial desta espécie apresenta-se prejudicial quando
encarada numa vertente ambiental e paisagística.
Neste sentido, pretende a Câmara Municipal, face ao sucedido, tomar medidas que garantam a biodiversidade
das espécies florestais, a salvaguarda da qualidade ambiental e paisagística, a minimização e propagação
do risco de incêndio, a par da racional exploração económica do solo rural.
Importa, por essa razão, estabelecer uma estratégia de valorização das áreas ardidas da Serra do Caramulo,
em particular para as três zonas mais afetadas pelos incêndios de 2013:
• Vila do Caramulo,
• Guardão, Santiago de Besteiros e Silvares e,
• São João do Monte e Mosteirinho.
Na Vila do Caramulo, pela componente turística que apresenta, sob envolvência natural e paisagística,
pretende a Câmara Municipal proibir a produção intensiva de eucalipto promovendo a plantação e
reflorestação dessa zona com recurso a espécies capazes de criar enquadramento à vila urbana do Caramulo
e seus equipamentos turísticos.
Na zona designada por Guardão, Santiago de Besteiros e Silvares pretende a Câmara Municipal estimular a
regeneração do Pinheiro Bravo.
Por sua vez na zona designada por São João do Monte e Mosteirinho, onde a plantação intensiva do eucalipto
é mais representativa, maioritariamente para fins económicos, entende a Câmara Municipal possibilitar, desde
que cumpridas as demais condicionantes/restrições previstas na legislação, seja permitida a plantação e
reflorestação de eucaliptos e de outras espécies de rápido crescimento.
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9.1.2. A Estratégia do PDM
A primeira revisão do PDM reconhece o valor estratégico desta unidade territorial, reconhecido pelo seu
potencial turístico, valor ambiental que está na génese do aglomerado urbano da Vila do Caramulo, sendo o
núcleo urbano mais importante desta zona de montanha. Esta condição natural de montanha, associada à
exposição solar, esteve na génese e desenvolvimento como Estância de Saúde que deu origem à Estância
Sanatorial do Caramulo.
Para além do valor patrimonial e de memória que o PDM reconhece, é também reconhecido na proposta do
plano como aspeto basilar a aposta no potencial turístico, numa ótica sustentável e diversificada,
reconhecendo a oportunidade estruturante que a Serra do Caramulo proporciona. A estratégia de
desenvolvimento do plano passa pelo reconhecimento de uma diversidade de fatores indutores de
desenvolvimento local, nos quais se destacam a floresta, o património, o turismo e o ambiente.
9.1.3. A Ação da CMT
O município, no sentido da concretização e valorização deste espaço, tem também na área da valorização do
espaço urbano, desenvolvido ações de incentivo de que é exemplo a delimitação da ‘Área de Reabilitação
Urbana do Caramulo’ aprovada pela assembleia municipal em 20 de dezembro de 2013 e publicado através
do Aviso n.º 3881/2014 de 19 de março de 2014.
Requalificar o Caramulo (espaço edificado e natural) no sentido do reforço turístico, cénico e natural desta
unidade de paisagem impõem uma atitude sensibilizadora, que politicamente se está a desenvolver junto dos
principais atores que intervêm nesta paisagem. Porém, impõe-se a adoção de medidas preventivas
interventivas, de ordenamento da paisagem que recuperem o valor ambiental e cénico desta serra.
9.2. Os Incêndios de 2017
Importa atentar que o ano de 2017 ficou também marcado por consequências devastadoras, afetando cerca
de 63 000 hectares do território tondelense, tal como é visível na figura 17.
Na época, o concelho de Tondela estimava ter prejuízos que rondavam os 30 milhões de euros, considerando
as habitações, as infraestruturas municipais, a indústria, o comércio e serviços, e não contabilizando os danos
florestais e dos pequenos agricultores.
De destacar que duas das quatro unidades da zona industrial da Adiça sofreram danos irrecuperáveis,
afetando, sobremaneira, o emprego e a atividade económica do concelho.
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Figura 17. Área ardida no concelho de Tondela (2017)
FONTE: ICNF
Neste contexto, é importante ter em reflexão a Lei n.º 76/2017, de 17 de agosto, correspondente à quinta
alteração ao Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28 de junho, bem como o Decreto-Lei n.º 10/2018, de 14 de
fevereiro que clarifica os critérios aplicáveis à gestão de combustível, no âmbito do Sistema Nacional de
Defesa da Floresta contra Incêndios, a fim de compatibilizar as suas orientações e, desse modo, contrariar o
cenário destruidor dos últimos anos.
9.3. Reserva Ecológica Nacional
No seguimento do ofício n.º 933, de 29-10- 2013, enviado à CCDRC, foi proposta em março de 2014 uma
correção material à delimitação da REN, aprovada e publicada pela Portaria n.º 5/2012, de 2 de janeiro, nos
termos do n.º 2 do artigo n.º 19.º do Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22 de agosto, com a redação que lhe foi
conferida pelo Decreto-Lei n.º 239/2012, de 2 de novembro.
Esta correção material proposta pelo município de Tondela e promovida por esta CCDRC vem corrigir
a delimitação da “zona ameaçada pela cheia” junto à povoação da Ribeira, na freguesia de Campo de
Besteiros, pretensão que teve como pressupostos os registos históricos da ocorrência de cheias naquela
zona, e a cota de máxima cheia nunca atingiu a que foi considerada na delimitação da REN.
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10. NÍVEL DE EXECUÇÃO DAS INTERVENÇÕES PREVISTAS EM
PROGRAMA DE EXECUÇÃO DO PDM
10.1. Nível de Execução
No processo de Revisão do PDM de Tondela foram elencadas um conjunto de propostas e de medidas de
intervenção, estruturadas segundo eixos de atuação de acordo com a análise prospetiva e tendo por base a
estratégia preconizada pelo município para o seu desenvolvimento e que assenta na valorização, através da
promoção da qualificação das pessoas, das organizações e dos espaços territoriais, da vertente rural, urbana
e ribeirinha, do estímulo de maior coesão e solidariedade social, do aumento da competitividade e da
confiança dos agentes económicos, sendo estas algumas das linhas mestras de intervenção que se pretende
para o desenvolvimento sustentável do concelho.
Assim, os eixos de intervenção definidos no PDM de 2011 são:
• Inovação e Competitividade;
• Atividades Agroflorestais e Desenvolvimento Rural;
• Turismo, Cultura e Lazer;
• Energia;
• Sistema Urbano;
• Educação;
• Sistema de Acessibilidade e Transportes;
• Sistema Ambiental;
• Desporto e Juventude;
• Novas Tecnologias;
• Saúde, Ação Social e Habitação;
• Segurança e Proteção Civil;
• Modernização Administrativa.
No Relatório do Plano e no Programa de execução e Plano de Financiamento é referido um conjunto de
iniciativas a desenvolver, quer em termos de construção e requalificação das infraestruturas (ex: rede viária,
rede de aguas, saneamento e estruturas associadas, energia etc.), quer no que diz respeito à construção e
beneficiação de equipamentos (ex: ensino, desportivos, culturais e sociais), bem como ações ligadas à
valorização dos recursos naturais, produtos endógenos e promoção turística. As iniciativas passam ainda pela
promoção de condições específicas o desenvolvimento das atividades económicas (ex: expansão e novas
zonas industriais), assim como ações relacionadas com o sistema urbano, seja o desenvolvimento de novas
áreas de expansão enquadradas em planos de pormenor, planos de urbanização ou operações de loteamento
e por fim ainda ações de requalificação e reabilitação urbanística (ex: ARU Caramulo, requalificação dos
centros históricos, arranjos urbanísticos, etc.)
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
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Pretende-se, assim, neste ponto proceder a uma avaliação do grau de implementação das ações do plano.
10.1.1. Eixo – Inovação e Competitividade
A Inovação e a Competitividade são fundamentais para o desenvolvimento de um território. O município tem
procurado promover ações específicas que tenham a capacidade de gerar a fixação de pessoas, atividades
e bens.
10.1.1.1. Infraestruturas de Apoio à Atividade Económica
O concelho de Tondela constitui-se como um dos municípios mais industrializados da região onde se insere,
beneficiando da boa acessibilidade dada pela A25 num território de transição entre o interior e o litoral.
Neste sentido, tem vindo a ser uma aposta do município, o fortalecimento do parque industrial existente e a
deslocalização de unidades que se encontram espalhadas pelo território e que não tem possibilidade de
expansão, através da dotação de novos espaços e/ou expansão destinados à instalação de unidades
industriais, de armazenagem, de serviços, sem embargo da possibilidade de instalação de outros usos
nomeadamente comerciais e de equipamento.
Na vigência do PDM’11 foram sendo efetuadas obras de requalificação dos Parques Industriais do município,
no sentido do apetrechamento do concelho com áreas empresariais dotadas das especificidades próprias que
as empresas dos mais variados setores entendem como elementos diferenciados e que acrescentam valor,
fazendo pender a decisão de localização num local em detrimento doutros. A sua requalificação prendeu-se
essencialmente pela dotação de melhores condições de acessibilidade e segurança ao nível da circulação
pedonal e motorizada.
Quadro 37. Inovação e Competitividade – Zonas Industriais
Eixos de
Intervenção
Medidas e Intervenções
Propostas no PDM
Nível de
Execução Obs.
Inovação e
Competitividade
Expansão de Zona
Industrial Municipal de
Vilar de Besteiros
Zona Industrial do Lagedo,
em Santiago de Besteiros ✓
O município tem vindo a adquirir terrenos para expansão dando
resposta à procura de lotes para a instalação de novas unidades, uma
vez que a parte urbanizada está 100% ocupada, tendo essa ocupação
ocorrido pela via do loteamento. Já foram adquiridos pelo município
cerca de 2 ha, pretende adquirir 6 ha para criar 8 lotes - expansão a
norte. Algumas empresas privadas também adquiriram terrenos para
a expansão das unidades existentes.
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Eixos de
Intervenção
Medidas e Intervenções
Propostas no PDM
Nível de
Execução Obs.
Zona Industrial de Molelos
/ Nadufe ✓
Esta ZI foi criada durante o período de discussão pública do PDM.
Existe um estudo com vista ao desenvolvimento de um projeto de
loteamento Municipal, estando em fase de levantamento cadastral.
Esta ZI ocorre na sua maioria em terrenos baldios na proximidade ao
IP5 e A23 e Nó da futura ligação Coimbra – Viseu.
Zona Industrial da Adiça ✓
Registou-se um aumento da sua ocupação urbana. O município
pretende amplia-la para poente tirando proveito das infraestruturas
existentes, contiguas à área do Plano de Pormenor do Parque
Industrial de Tondela (PPPIT).
Zona Industrial de
Caparrosa
Construção da Zona
Industrial da Naia, em
lobão da Beira
A natureza dos solos dificulta a sua infraestruturação, trata-se de uma
zona que no passado foi área de exploração de argilas, seguido de
aterro urbano. Trata-se por isso de solos bastante contaminados, em
que os custos de descontaminação são elevados logo neste período
ainda não foi executada.
Não executado; ✓ Executado; ✓ Em execução
Das intervenções previstas neste setor, no PDM, apenas as ações para a zona industrial do Langedo em
Santiago de Besteiros foram concretizadas. Já a das Zonas Industriais de Molelos - Nandufe e da Adiça
encontram-se em fase de execução.
10.1.1.2. Plano de Desenvolvimento Rural
Durante o período da vigência do PDM, o município não desenvolveu qualquer plano específico de
desenvolvimento rural, contudo, tem promovido uma série de ações que se encontram elencadas no quadro
seguinte, que procuram contribuir para o desenvolvimento rural e das atividades relacionadas, importa referir
que este tema envolve um processo de melhoria continuou.
Quadro 38. Inovação e Competitividade – Plano de Desenvolvimento Rural
Eixos de
Intervenção
Medidas e Intervenções
Propostas no PDM
Nível de
Execução Obs.
Inovação e
Competitividade
Plano de desenvolvimento
Rural ✓
Nesta matéria o município tem vindo a desenvolver várias ações, onde
se destaca o projeto de "Hortas Solidárias" para a promoção da
agricultura e que dá formação nesta área a pessoas desempregadas
ou em situação profissional instável. Para o efeito foi criado ainda o
Gabinete do Agricultor. O município nas suas políticas de combate ao
desemprego tem vindo a incentivar os jovens à produção, divulgação,
promoção e comercialização de produtos endógenos de vários
setores quer do setor agrícola, pecuário, artesanato e outros.
✓ Em execução
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
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Neste período começaram ainda a surgir alguns projetos ligados ao setor rural, nomeadamente a nível das
explorações agrícolas, pecuárias, envolvendo inclusive uma vertente turística e ambiental. Muitos destes
pequenos projetos têm sido apoiados pelo PRODER, nomeadamente através de candidaturas à ADICES
(Associação de Desenvolvimento Local).
10.1.1.3. Plano de Desenvolvimento Florestal
A floresta representa mais de 65% do território do concelho, sendo que está parcialmente em Regime
Florestal, nomeadamente afeta ao Perímetro Florestal do Caramulo. Apesar de não existir um plano de
desenvolvimento específico, o município tem tido a preocupação de aplicar nesta matéria as medidas de
gestão PROF – Dão Lafões, assim como implementar as medidas previstas no PMDFCI (2013-2017).
Tendo em conta a suscetibilidade à ocorrência de incêndios florestais e a um passado recente de grandes
incêndios florestais, como um elevado impacto na vida social e económica das populações, assim como no
ecossistema ambiental, o município tem procurado através de um regulamento próprio com normas
orientadoras, regular e mesmo impedir ações de reflorestação nas áreas ardidas com espécies de
crescimento rápido nomeadamente eucaliptos. Neste contexto, o município em parceria com outras entidades
tem vindo a encetar ações de reflorestação com espécies autóctones nas áreas ardidas em particular no
Caramulo, contribuindo assim para a recuperação sustentável desse território.
Quadro 39. Inovação e Competitividade – Plano de Desenvolvimento Florestal
Eixos de
Intervenção
Medidas e Intervenções
Propostas no PDM
Nível de
Execução Obs.
Inovação e
Competitividade
Plano de desenvolvimento
Florestal ✓
Nas áreas de Alto e de Muito Alto risco de incêndio e nas áreas
florestais percorridas por incêndios nos últimos 10 anos, os pareceres
do município relativos a pedidos de (re)florestação com espécies
novas (nomeadamente com a espécie de eucalipto) foram
desfavoráveis, de forma a ir ao encontro do previsto no PROF. Na
área ardida do grande incêndio da serra do Caramulo ocorrido em
2013, o município promoveu várias iniciativas destinadas a promover
a sua reflorestação com espécies autóctones e de acordo com o
previsto no PROF Dão Lafões. A título de exemplo, no ano de 2014
plantaram-se 10.000 árvores e em 2015 plantaram-se cerca de 5.000
árvores.
✓ Em execução
Podemos considerar que ao longo da vigência do Plano, o município de Tondela tem desenvolvido a sua
política de atuação neste domínio, promovendo de uma forma sistemática, a sustentabilidade daquele que
considera ser um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento da sua economia.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
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10.1.1.4. Implementação de uma Rede de Residências Seniores
O município aprovou a delimitação da Área de Reabilitação Urbana (ARU) do Caramulo, surgindo assim a
oportunidade de reabilitação do parque edificado existente, promoção da melhoria das condições de
acessibilidade e mobilidade, requalificação/valorização dos espaços públicos e espaços verdes, assim como
a criação de âncoras funcionais com adaptação/reabilitação dos antigos sanatórios em equipamentos de
apoio à população sénior.
Quadro 40. Inovação e Competitividade – Implementação de uma Rede de Residências Seniores
Eixos de
Intervenção
Medidas e Intervenções
Propostas no PDM
Nível de
Execução Obs.
Inovação e
Competitividade
Implementação de uma
Rede de Residências
Seniores
✓
O município aprovou a delimitação da área de reabilitação urbana do
caramulo - Assumindo que a vila do Caramulo desempenhou um papel
“motor” concelhio, pretende-se devolver a este povoamento a sua
devida importância, situação que poderá permitir atratividade e
qualidade urbana, através da definição de um quadro adequado,
coerente e consistente de medidas de gestão e de incentivo à
regeneração urbana, enquanto processo que não se esgota na
reabilitação das estruturas físicas (edificado e espaço público), mas que
compreende medidas de incentivo, não só direto (através do processo
que culmina na execução de obras) mas também por via da criação de
um ambiente favorável ao investimento e à atividade económica.
✓ Em execução
Uma vez aprovada e publicada em Diário da República, a ARU do Caramulo, irá partir-se para a Operação
de Reabilitação Urbana (ORU), que corresponde à estruturação concreta das intervenções a efetuar no
interior da respetiva área de reabilitação urbana. Para as operações de reabilitação, podem ser adotados os
seguintes modelos de execução:
▪ Por Iniciativa dos Particulares:
- Execução pelos particulares com o apoio da entidade gestora;
- Administração conjunta.
▪ Por Iniciativa das Entidades Gestoras:
- Execução direta pela entidade gestora;
- Execução através de administração conjunta;
- Execução através de parecerias com entidades privadas.
10.1.1.5. Cluster Termal
O Termalismo está em franca expansão com uma imagem um pouco diferente do passado, por um lado com
a emergência de um produto turístico como o Turismo de Saúde e Bem-Estar e por outro lado por se poderem
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
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associar outras atividades, nomeadamente ligadas ao Turismo de Natureza e à Gastronomia e Vinhos com a
capacidade de atração de novos mercado e clientes.
As Caldas de Sangemil querem estar na primeira linha dos locais a potenciar dentro do cluster termal existente
na região. Nesse sentido, o município, dando cumprimento ao PDM, sendo o atual concessionário do espaço,
remodelou recentemente a Casa das Termas de Sangemil, apresentando agora melhores condições. Sendo
um produto turístico estratégico para o município a estância termal em breve voltara a ser intervencionada.
Quadro 41. Inovação e Competitividade – Cluster Termal
Eixos de
Intervenção
Medidas e Intervenções
Propostas no PDM
Nível de
Execução Obs.
Inovação e
Competitividade Cluster Termal ✓
Foi efetuada a remodelação da Casa das Termas na estância termal
de Caldas de Sangemil, apresenta agora um conforto superior, capaz
de contribuir para inverter a tendência dos últimos anos de perda de
utentes dos equipamentos balneares destas Termas. É
concessionária do recurso e proprietária do Estabelecimento Termal
a Câmara Municipal de Tondela. Esta estância termal irá ser alvo em
breve de uma forte aposta por parte do município.
✓ Em execução
10.1.1.6. Cluster Desportivo
“O consumo desportivo pode ser dos tipos ativo e passivo. O consumo desportivo ativo está diretamente
relacionado com a prática de atividades físicas e desportivas. O consumo desportivo passivo está relacionado
com (i) a assistência ao vivo (ex. nos estádios e pavilhões), (ii) a assistência via media (ex. através da rádio,
televisão e jornais), e (iii) um estilo de vida desportivo (ou se quisermos, uma imagem desportiva pessoal)”.
(O Consumo Desportivo em Portugal, 2002)
O concelho de Tondela tem alguma tradição nos desportos motorizados (ex: automobilismo) muito por culpa
de o Museu do Automóvel se situar no Caramulo. Ao longo do ano ocorrem vários eventos relacionados com
esta matéria (ex: Caramulo Motorfestival, Rampa de Velocidade, etc.) que atraem milhares de pessoas, que
tem o apoio do município.
É preocupação do município o desenvolvimento do parque desportivo do concelho, tanto na reabilitação como
na construção de novos equipamentos, desta forma no período da vigência do Plano foram efetuadas diversa
obras de melhoramento do parque desportivo, conforme consta no quadro seguinte. Para além disso o
município em parceira com as associações existentes e as freguesias tem procurado desenvolver atividades
capazes de mobilizar regularmente os cidadãos para a prática de atividades físicas (ex: caminhadas solidarias
e ecológicas, torneios em diversas modalidades de futebol, etc.).
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
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Quadro 42. Inovação e Competitividade – Cluster Desportivo
Eixos de
Intervenção
Medidas e Intervenções
Propostas no PDM
Nível de
Execução Obs.
Inovação e
Competitividade Cluster Desportivo ✓
O município tem vindo a prestar apoio nas obras de manutenção dos
polidesportivos municipais bem como a apetrechar as freguesias com
novos - ex: Campo de Futebol do Bairro Novo (Nandufe) passou para
a gestão municipal, e foi beneficiado com relva sintética e iluminação.
Construção de Polivalentes de Relva Sintética em: Mouraz, Molelos e
Castelões.
✓ Em execução
O desporto acaba por apresentar uma dimensão empresarial, pelas sinergias que promove, em que todos
lucram, seja no comércio e serviços seja na indústria. Podemos concluir que o concelho está a ser capaz de
desenvolver essas sinergias, contudo trata-se de um processo contínuo.
10.1.1.7. Cluster Cultural
Através da agenda cultural o município oferece ao logo do ano um conjunto de eventos variados, com o
objetivo de dotar a população de uma oferta diversificada e de qualidade. A definição da agenda obedece a
uma logica concertada entre as freguesias, associações e outras entidades, com o objetivo de promover
atividades para diferentes públicos.
Para além disso a autarquia tem efetuado um conjunto de investimentos em equipamentos e infraestruturas
com vista a dotar este território de meios mais capazes para o desenvolvimento deste Cluster.
Quadro 43. Inovação e Competitividade – Cluster Cultural
Eixos de
Intervenção
Medidas e Intervenções
Propostas no PDM
Nivel de
Execução Obs.
Inovação e
Competitividade Cluster Cultural ✓
O município oferece ao longo do ano um conjunto de eventos, para
promover a cultura regional e local mas sobretudo as tradições, a
Agenda Cultural é composta por várias iniciativas que se realizam um
pouco por todo o concelho. A política cultural desenvolvida ao longo
dos anos, tem adquirido uma importância estratégica cada vez maior
no desenvolvimento local e mesmo regional. Para tal a autarquia tem
vindo a apoiar (ex: Reconversão do antigo cinema na "Oficina das
Artes" - Complemento às atividades da Associação Cultural e
Recreativa de Tondela) e prevê, para o futuro, um conjunto de
investimentos em equipamentos e infraestruturas, tendo em vista o
continuar dos seus objetivos de promoção e divulgação das
potencialidades culturais do concelho.
✓ Executado
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 88
Para além disso a autarquia tem efetuado um conjunto de investimentos em equipamentos e infraestruturas
com vista a dotar este território de meios mais capazes para o desenvolvimento deste Cluster.
10.1.2. Eixo – Atividades Agroflorestais e Desenvolvimento Rural
Localizado entre a Serra da Estrela e a Serra do Caramulo, este território apresenta uma grande área florestal
e uma diversidade de terrenos agrícolas associados a uma tradição na atividade pecuária, nomeadamente
avícola.
Para além do aumento da competitividade dos setores agrícolas e florestal, a promoção da sustentabilidade
dos espaços rurais e dos recursos rurais e naturais, apresenta-se como um objetivo estratégico para este
território com um carater rural ainda forte. Assim, o plano propunha intervenções nos seguintes níveis:
• Valorização dos Territórios de Baixa Densidade;
• Floresta dos Territórios de Baixa Densidade: Ambiente e Valorização Económica;
• Aumento da Resiliência do Território aos Incêndios e da Zonagem do território.
Quadro 44. Atividades Agroflorestais e Desenvolvimento Rural
Eixos de
Intervenção
Medidas e Intervenções
Propostas no PDM
Nível de
Execução Obs.
Atividades
Agroflorestais e
Desenvolvimento
Rural
Valorização dos
Territórios de Baixa
Densidade
✓
Floresta dos Territórios
de Baixa Densidade:
Ambiente e Valorização
Económica
✓
Aumento da Resiliência
do Território aos
Incêndios e da Zonagem
do território
✓
O município tem procurado impedir que a (re) florestação com
eucalipto seja efetuada. Por outro lado, o município tem vindo a
promover iniciativas de reflorestação com espécies autóctones
principalmente nas áreas afetadas pelos grandes incêndios do
Caramulo em 2013. O município implementou medidas previstas no
PMDFCI (ex: execução de toda a Rede Primária, procedeu á
execução de parte da Rede Secundária, nomeadamente de Faixas
de Gestão de Combustíveis associadas á Rede Viária, galerias
ripícolas e da rede de pontos de água; construção de um ponto de
água na freguesia de Guardão; construção de cais de abastecimento
de água para veículos de emergência, na margem do rio Criz, na
freguesia de Dardavaz; Procede anualmente a uma série de ações
de sensibilização, previstas no PMDFCI, promovidas junto da
população do concelho, de forma isolada e em colaboração com
outras entidades (Bombeiros, GNR e ICNF)).
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
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Eixos de
Intervenção
Medidas e Intervenções
Propostas no PDM
Nível de
Execução Obs.
Regadios (Manutenção) ✓ Foram feitas obras de recuperação da infraestrutura de regadio em
Santiago de Besteiros, decorrente dos danos causados pelos
incêndios de 2013 no Caramulo.
✓ Executado; ✓ Em execução
Numa sociedade que cada vez mais as populações estão a retomar às atividades relacionadas com o
ambiente rural, a autarquia tem procurado promover/incentivar a produção de produtos locais. A qualidade e
valorização destes produtos abrem possibilidades de aceder a mercados externos à região, mais relevantes
do ponto de vista económico.
Sendo a floresta um ativo muito importante já bem identificado, nesta matéria para além das medidas previstas
no PMDFCI que o município tem implementado, tem ainda procurado impedir as ações de reflorestação em
áreas ardidas e de alto risco de incendio com eucalipto. Bem como tem promovido ações de reflorestação
com espécies mais resistentes e menos suscetíveis ao flagelo dos incêndios florestais, como já referido
anteriormente.
Apesar da atividade agrícola ter sido alvo de abandono nos últimos anos, e caraterizar-se por ser uma
atividade de subsistência em que predomina a pequena propriedade, acaba por ter ainda importância para
aqueles dela ainda vivem. Assim, tendo em conta que o regadio de Santiago de Besteiros foi afetado pelos
incêndios de 2013 do Caramulo, o município efetuou obras de recuperação desta infraestrutura, que é ainda
importante para as populações que dela dependem.
Assim podemos concluir que os objetivos de valorização to território rural e das atividades inerentes estão a
ser seguidos, mas trata-se de um processo que de continuar de uma forma contínua.
10.1.3. Eixo – Turismo, Cultura e Lazer
O concelho de Tondela apresenta-se como um território com elevado potencial turístico, que o município tem
vindo a promover e que se revela estratégico na atração de visitantes e investimentos nesta área, seja pela
sua história, património arquitetónico e arqueológico, quer pela beleza paisagística da Serra do Caramulo,
pelas águas termais da Sangemil, bem como pela sua gastronomia e vinhos.
10.1.3.1. Saúde e Bem-estar
• Parque Termal, Lajeosa do Dão.
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10.1.3.2. Praias Fluviais
• Praia Fluvial de Sangemil e Praia Fluvial de S. João do Monte.
Quadro 45. Turismo, Cultura e Lazer – Saúde e Bem-estar | Praias Fluviais (manutenção e dinamização)
Eixos de
Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM
Nível de
Execução Obs.
Turismo
Cultura e
Lazer
Saúde e Bem-
Estar Parque Termal, Lajeosa do Dão ✓
Remodelação da Casa das Termas na
estância termal de Caldas de Sangemil. Em
breve o parque será alvo de uma forte
aposta por parte do município.
Praias Fluviais
(Manutenção e
Dinamização)
Praia de Fluvial de Sangemil
Praia de Fluvial de S. João do Monte
Não executado; ✓ Em execução
Como já referido em matéria de Saúde, tal como o Plano previa, foi feito um investimento recente nas Termas
das Caldas de Sangemil, contudo tendo em conta o potencial deste produto turístico, está previsto continuar
a recuperar e revalorizar o Parque Termal. Relativamente às intervenções nas praias fluviais ainda não foram
concretizadas
10.1.3.3. Espaços de Recreio e Lazer
• Construção de Espaços de Recreio e Lazer.
10.1.3.4. Rotas de Interesse Turístico
• Rota das Aldeias;
• Rotas Existentes (Manutenção e dinamização).
No âmbito da proposta de revisão do PDM definiu-se a proposta de construção de uma série de espaços de
recreio e lazer, sendo que a sua execução se apresenta no quadro seguinte.
Quadro 46. Turismo, Cultura e Lazer – Espaços de Recreio e Lazer | Rotas de Interesse Turístico
Eixos de
Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM
Nível de
Execução Obs.
Turismo
Cultura e
Lazer
Espaços de
Recreio e
Ferreirós do Dão ✓
Várzea do Homem - Dardavaz ✓ Elaborado Projeto
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 91
Eixos de
Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM
Nível de
Execução Obs.
Lazer
(Construção) Caparrosinha - Caparrosa
Mosteiro de Fráguas
Corveira - Barreiro de Besteiros
Rotas de
Interesse
Turístico
Rota das Aldeias
Rotas Existentes (Manutenção e
dinamização) ✓
Foram efetuadas ações de remarcação e
sinalização dos percursos pedestres
Não executado; ✓ Executado; ✓ Em execução
Dos Espaços de Recreio e Lazer propostos pelo PDM, foi concretizado o de Ferreirós do Dão, sendo que
para o de Várzea do Homem foi elaborado projeto.
No que concerne às Rotas de Interesse Turístico, não existe informação que tenha sido elaborada referente
às que estavam previstas. Contudo, nas existentes, o município tem efetuado ações de remarcação e
sinalização dos percursos pedestres, para além disso tem funcionado muitas vezes como promotor de
eventos a realizar nessas rotas em parceria com as juntas de freguesia e associações locais
10.1.3.5. Gastronomia e Vinhos
O concelho de Tondela localiza-se sub-região Demarcada do Dão, onde o setor vinícola tem grande
importância, associado a isso aparecem outros produtos como o Cabrito da Serra do Caramulo, sendo a
Gastronomia e os Vinhos produtos estratégicos.
Quadro 47. Turismo, Cultura e Lazer – Gastronomia e Vinhos
Eixos de
Intervenção
Medidas e Intervenções
Propostas no PDM
Nível de
Execução Obs.
Turismo
Cultura e
Lazer
Gastronomia e Vinhos ✓
O município tem vindo a apostar na promoção dos produtos endógenos
(ex: Semana Gastronómica do Cabrito e Serra do Caramulo), Feiras e
Marcados Tradicionais (ex: valorização dos produtos locais, em diversas
freguesias)
✓ Executado
De acordo com que o Plano prévia, sendo a Gastronomia e Vinhos um estratégico, o município tem apostado
na promoção destes produtos através de eventos como semanas gastronómicas, feiras tradicionais, etc., A
valorização dos produtos endógenos permite divulgar e diferenciar os territórios e esse é o caminho para os
próximos anos.
Ainda no âmbito do eixo de intervenção – Turismo Cultura e Lazer o Plano previa ações ao nível da
Requalificação Patrimonial e do Turismo em Espaço Rural, conforme seguidamente apresentado.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 92
10.1.3.6. Requalificação Patrimonial
• Moinhos;
• Projeto “Ambientes do Ar”;
• Aldeias.
10.1.3.7. Turismo em Espaço Rural e de Natureza
• Projeto “Montes de Aventura”;
• Ecopista;
• Valorização Turística da Albufeira.
Quadro 48. Turismo, Cultura e Lazer – Requalificação Patrimonial | Turismo em Espaço Rural e de Natureza
Eixos de
Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM
Nível de
Execução Obs.
Turismo
Cultura e
Lazer
Requalificação
Patrimonial
Moinhos
Projeto " Ambientes do Ar"
Aldeias
Turismo em
Espaço Rural
Projeto " Montes de Aventura"
Ecopista ✓
Valorização Turística da Albufeira
Não executado; ✓ Executado;
Nestes dois setores de atuação apenas a Ecopista (Dão) foi concretizada, este projeto inaugurado na sua
totalidade em 2011, permitiu a requalificação do património edificado, tendo também a vantagem de ter
mantido preservados alguns vestígios dos antigos caminhos de ferro. Para alem disso vem reforçar as
relações, Viseu-Tondela-Santa Comba Dão, qualificando dinâmicas e vivencias.
10.1.3.8. Cultura
Para além das ações já abordadas na matéria do desenvolvimento do Cluster Cultural, encontravam-se
propostas um número significativo de ações conforme o quadro seguinte apresenta o seu grau de execução:
• Arquivo Municipal;
• Centros de Interpretação;
• Espaço Internet de Canas de Santa Maria.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 93
Quadro 49. Turismo, Cultura e Lazer – Cultura
Eixos de
Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM
Nível de
Execução Obs.
Turismo
Cultura e
Lazer
Cultura
Centros de
Interpretação
Ferraria - Ribeira,
Campo de Besteiros
Tanoaria - Campo de
Besteiros
Arte Rupestre de
Molelinhos - Molelos ✓
Olaria (Projeto
Comum) - Molelos
Arquivo Municipal ✓ Recuperação de uma antiga escola primária para
instalação do Arquivo Municipal
Espaço Internet - Canas de Santa
Maria ✓
Não executado; ✓ Executado
O Plano identificava quatro centros de interpretação a serem efetivados, contudo apenas o da Arte Rupestre
de Molelinhos foi concretizado, através de um projeto de conservação e valorização do sítio Arqueológico.
No setor da cultura as duas ações previstas foram concretizadas nomeadamente o arquivo municipal tem
agora um novo espaço, com melhores condições de trabalho em vários níveis, colaboradores, utentes quer a
quer ao nível do arquivamento e tratamento da documentação.
Também o projeto Espaço Internet de Canas de Santa Maria foi concretizado, contemplou a realização de
obras de adaptação de um edifício e apetrechamento do espaço com equipamento informático.
10.1.4. Eixo – Energia
O concelho de Tondela possui condições naturais que lhe permitem produzir energias com base em recursos
renováveis, podendo contribuir positivamente para a economia, ambiente e proteção da floresta contra
incêndios, indo também de encontro aos objetivos energéticos de diminuição da energia proveniente de
combustíveis fósseis.
Assim, o Plano consagrava as seguintes propostas:
• Biomassa Florestal;
• Energia Eólica;
• Energia Solar;
• Ponto de Injeção da EDP;
• Projeto de Eficiência Energética e Ambiental.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 94
Quadro 50. Energia
Eixos de
Intervenção
Medidas e Intervenções
Propostas no PDM
Nível de
Execução Obs.
Energia
Biomassa
Energia Eólica ✓ Em construção novo Parque Eólico do Caramulo com 14 aerogeradores
Energia Solar
Ponto de Injeção da EDP
Projeto de Eficiência
Energética e Ambiental ✓
Projeto em desenvolvimento, além de ações de sensibilização de
ecoeficiência, foram criados parques de recarga para veículos elétricos
Não executado; ✓ Em execução
No que se refere à Biomassa Florestal, Energia Solar e ao Ponto de Injeção não existe informação do que
tem vindo a verificar-se nesta área de atuação. Já em relação à Energia Eólica, para além dos existentes,
encontra-se em construção um novo parque Eólico no Caramulo em que está previsto ser equipado com 14
aerogeradores.
Na matéria da Eficiência Energética e Ambiental, por um lado o município tem realizado ações de
sensibilização para um conjunto de problemas crescentes e generalizados que vêm afetando o meio ambiente
e, por outro lado, efetuado algumas medidas concretas, das quais podemos destacar: Criação de parques de
recarga de veículos elétricos, aumento de espaços verdes, alargamento do serviço na recolha seletiva de
RSU, combate ao desperdício de águas de rega nos espaços públicos, regulação dos fluxos de iluminação
de espaços e edifícios públicos, ações de reflorestação, produção de energia com base em fostes renováveis,
etc.
10.1.5. Eixo – Sistema Urbano
O território do concelho de Tondela é distinguido em duas áreas diferenciadas quanto à existência de uma
estrutura de suporte à ocupação do solo, nomeadamente: No Solo Urbanizado a execução do Plano faz-se
sobretudo através do recurso a operações urbanísticas previstas no Regime Jurídico de Urbanização e
Edificação (RJUE). No Solo de Urbanização Programada a execução do Plano processa se no âmbito das
Unidades Operativas de Planeamento e Gestão (UOPG).
10.1.5.1. Espaços Urbanizáveis
O Solo Urbanizável caracteriza-se pela sua vocação para uma ocupação com fins urbanos, sendo áreas
contíguas às zonas urbanas consolidadas. Assim face às dinâmicas e tendências de ocupação foram o PDM
definia os seguintes espaços urbanizáveis, conforme o sistematizado quadro seguinte.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 95
Quadro 51. Sistema Urbano – Espaços Urbanizáveis
Eixos de
Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM
Nível de
Execução Obs.
Sistema
Urbano
Espaços
Urbanizáveis
Tondela
Guardão
Canas de Santa Maria
Vilar de Besteiros
Lajeosa do dão
Lobão de Beira
Caparrosa
Sabugosa
Ferreirós do Dão
Dardavaz
Castelões
Não executado
Sendo que, conforme o artigo 76.º do Regulamento do PDM, “a intervenção em espaços integrados no solo
urbanizável só é possível no âmbito de ações previstas em Planos de Urbanização, Planos de Pormenor e
Unidades de Execução.” O Programa de Execução e Plano de Financiamento definia a efetivação de três
UOPG´s: Plano de Urbanização da Romeira, Plano de Urbanização da Naia e Plano de Pormenor da Quinta
das Carriças, contudo durante a vigência do Plano nenhuma foi concretizada.
10.1.5.2. Requalificação Urbanística
O PDM previa uma serie de ações de requalificação urbanística, em áreas que pelas suas características
necessitavam de uma revitalização, nomeadamente:
• Requalificação da Zona Histórica de Tondela;
• Requalificação Urbanística da Vila de Canas de Santa Maria;
• Requalificação Urbanística de S. Simão – Lobão da Beira;
• Arranjo Urbanístico da envolvente à igreja de Guardão;
• Arranjo Urbanístico do Monte do Calvário – Campo de Besteiros.
Pelo quadro seguinte podemos verificar que das ações propostas apenas a requalificação urbanística de S.
Simão não foi executada, todas as outras foram concluídas, dando cumprimento ao Plano.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 96
Quadro 52. Sistema Urbano – Requalificação Urbanística
Eixos de
Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM
Nível de
Execução Obs.
Sistema
Urbano
Requalificação
Urbanística
Requalificação da Zona
Histórica de Tondela ✓
Concluído o processo de requalificação das redes
de infraestruturas (ex: arruamentos e pavimento,
redes água e saneamento, mobiliário urbano,
etc.); Criação de 2 parques de estacionamento
Requalificação Urbanística da
Vila de Canas de Santa Maria ✓
Foram beneficiados arruamentos, redes de
infraestruturas e mobiliário urbano
Requalificação Urbanística de S.
Simão - Lobão da Beira
Arranjo Urbanístico da
Envolvente à Igreja do Guardão ✓
Arranjo Urbanístico do Monte do
Calvário - Campo de Besteiros ✓
Não executado; ✓ Executado
O projeto de Requalificação Urbana do Centro Histórico de Tondela permitiu introduzir novas infraestruturas
nomeadamente, redes de água, saneamento, águas pluviais, gás, elétrica e rede de comunicações e
mobiliário urbano, foram ainda eliminadas barreiras arquitetónicas, no sentido de privilegiar a circulação e a
segurança dos peões. Foi ainda reabilitado o Mercado Municipal.
A vila de Canas de Santa Maria tem agora uma nova imagem, decorrente das obras de requalificação ali
encetadas nomeadamente ao nível das redes de infraestruturas e da colocação de novo mobiliário urbano.
10.1.6. Eixo – Educação
As propostas de intervenção previstas no PDM assentam na reestruturação da rede escolar em conformidade
com a Carta Educativa, assumindo-se como um instrumento de planeamento prospetivo, tendo em conta a
oferta do concelho, dessa forma estavam previstas ações para os seguintes equipamentos educativos:
• EB1 de Santiago de Besteiros
• Centro Escolar
• Centro Escolar de Campo de Besteiros
Quadro 53. Educação – Equipamentos de Ensino
Eixos de
Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM
Nível de
Execução Obs.
Educação EB 1 de Santiago de Besteiros
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 97
Eixos de
Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM
Nível de
Execução Obs.
Centro Escolar (zona sul do concelho)
Centro Escolar - Campo de Besteiros ✓
Não executado; ✓ Executado
Neste domínio apenas o Centro Escolar de Campo de Besteiros foi alvo de intervenção, com a construção de
novos blocos de salas.
10.1.7. Eixo – Sistema de Acessibilidade e Transportes
O concelho de Tondela como já referido possui uma localização geoestratégica ímpar de transição entre o
interior e o litoral, potenciada por uma boa rede de acessibilidade que o ligam com facilidade a grandes centros
económicos.
10.1.7.1. Infraestruturas Rodoviárias
Relativamente à rede de infraestruturas rodoviárias o PDM proponha as seguintes intervenções na rede viária
com o objetivo de reforçar a acessibilidade numa perspetiva de potenciação funcional do território concelhio.
• Corredor de Ligação Externa: IP3;
• Requalificação da EM (Ex-ER337);
• Requalificação da Ponte sobre o Dão – Ferreirós do Dão;
• Requalificação da Ponte sobre o Asnes;
• Requalificação da EM (Ex-ER 230);
• Variante a São Miguel do Outeiro;
• Requalificação Ex-EN 2 Tondela – Canas de Santa Maria – Sabugosa – Parada de Gonta;
• 3.ª Fase da Circular de Acesso à EM (Ex-ER 230) (Carvalhal-Alto do Pendão);
• EM Carvalhal – Ermida (Tondela).
Quadro 54. Sistema de Acessibilidade e Transportes – Infraestruturas Rodoviárias
Eixos de
Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM
Nível de
Execução Obs.
Infraestruturas
Rodoviárias
Corredor de ligação Externa IP3
Requalificação da EM (ex - ER337) ✓ Beneficiação do pavimento e dotação de passeios
Requalificação da Ponte sobre o Dão -
Ferreirós ✓
Requalificação da Ponte sobre o Asnes
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 98
Eixos de
Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM
Nível de
Execução Obs.
Requalificação da EM ( ex - ER230) ✓
Variante - São Miguel do Outeiro ✓
Requalificação ex - EN2 Tondela - Canas de
Santa Maria - Sabugosa - Parada de Gonta ✓
3ª Fase - Circular de Acesso à EM (ex -
ER230) Carvalhal - Alto do Pendão ✓ Em fase de aprovação do projeto
EM Carvalhal - Ermida (Tondela) ✓
Não executado; ✓ Executado; ✓ Em execução
Das ações propostas, uma encontra-se em fase de aprovação do projeto (3ª Fase - Circular de Acesso à EM
(ex - ER230) Carvalhal - Alto do Pendão) e apenas duas não foram executadas, nomeadamente a
requalificação da Ponte do Rio Asnes e o novo IP3 embora este não seja da competência da Camara a sua
construção. O Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas (PETI3+) prevê a construção do IP3 com
um novo traçado. Esta obra integra o Corredor Internacional Norte, um dos seis eixos de desenvolvimento
prioritários previstos no plano de investimentos das Estradas de Portugal (EP) para o período 2015-2020.
Segundo a EP "devido ao valor muito significativo do investimento", foram ponderadas "alternativas
potenciadoras do património existente, face ao estudo que pressupunha um traçado novo na totalidade da
extensão". "Deve-se ponderar o faseamento da construção, nomeadamente, que considere a disponibilização
faseada dos diferentes troços, dando prioridade aos que se inserem em zonas cuja procura de tráfego é mais
elevada (Coimbra e Viseu), cuja receita de portagem contribuirá para o financiamento dos restantes troços",
adianta.
10.1.8. Eixo – Sistema Ambiental
Este eixo contempla não só a questão da infraestruturação no que respeita ao abastecimento de água e à
drenagem de resíduos, mas também a recolha, transporte e tratamento. Abrange ainda a construção de
espaços de fruição urbana aptificáveis às atividades humanas, sejam de trabalho como de recreio e lazer.
10.1.8.1. Infraestruturas Ambientais
Neste setor, apresenta-se no quadro seguinte as intervenções que o plano previa e o grau de execução das
mesmas.
• Remodelação da Rede de Água e Esgotos e Construção de dois reservatórios apoiado com sistema
de elevatórias e rede de adutoras;
• Rede de Água do Furadouro, Penedo e Corujeiro, Lajeosa do Dão.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 99
10.1.8.2. Drenagem e Tratamento de Águas Residuais
No tratamento de águas residuais, são apresentadas as seguintes intervenções:
• Requalificação de ETAR´s;
• Construção de ETAR´s.
10.1.8.3. Componentes Ambientais
O Plano previa as seguintes intervenções extensivas, que se consideram fundamentais para uma melhoria
da qualidade de vida e da imagem do concelho.
• Parque Urbano de Tondela
• Estrutura Ecológica Municipal
Quadro 55. Sistema Ambiental – Infraestruturas Ambientais
Eixos de
Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM
Nivel de
Execução Obs.
Sistema
Ambiental
Infraestruturas
Ambientais
Remodelação da Rede de Agua e Esgotos, construção
de 2 reservatórios apoiados com sistema de elevatórias e
rede de adutoras
✓ Em fase de adjudicação -
Caramulo
Rede de água do Furadouro, Penedo e Corujeiro -
Lajeosa do Dão ✓
Drenagem e
Tratamento de
Águas Residuais
Requalificação
de ETAR´s Requalificação da ETAR da ZI Adiça ✓
Construção de
ETAR´s
ETAR de Sangemeil ✓
ETAR de Castelões
ETAR da Cortiçada e Múceres
ETAR de Tondela ✓
ETAR da Ribeira e Vilar de Besteiros ✓
ETAR e Emissários de Litrela -
Pedronhe
ETAR de Dardavaz ✓
Componentes
Ambientais
Parque Urbano de Tondela ✓ 2ª fase concluída
Estrutura Ecológica Municipal ✓
Não executado; ✓ Executado; ✓ Em execução
Das duas ações propostas a nível das infraestruturas ambientais, uma foi concluída e a outra encontra numa
fase de adjudicação da obra, conforme se pode verificar no quadro anterior
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 100
A nível do domínio da drenagem e tratamento de águas residuais, foi concluída a requalificação da ETAR da
Zona Industrial da Adiça. O Plano previa (ver quadro anterior) a construção de oito ETAR´s, sendo que cinco
foram executas.
Relativamente às intervenções de componente ambiental as ações previstas estendiam-se à concretização
do Parque Urbano de Tondela e à implementação da estrutura ecológica definida no Plano. A estrutura
ecológica, para além de englobar áreas, valores e sistemas fundamentais para a proteção e valorização
ambiental, (incluindo o Espaço Termal), esta estrutura é constituída ainda por elementos resultantes da
humanização do território que representam a cultura e identidade locais. Aqui incluem-se os valores
patrimoniais (isolados, de conjunto e moinhos), espaços de recreio e lazer, praias fluviais e pesqueiras uma
vez que têm uma forte relação com a paisagem. Esta sobreposição permite usufruir da qualidade ambiental
que os sistemas que compõem a Estrutura Ecológica representam. Em meio preferencialmente urbano, a
sobreposição com a estrutura ecológica cria a oportunidade de desenvolver percursos em áreas não
edificadas e consequentemente contribuir, não só para a sua qualidade ambiental, como também para a
requalificação do espaço público. Significa ainda uma melhoria substancial para os percursos, uma vez que
a existência de uma rede contínua potencia a existência de redes de percursos pedonais e cicláveis, como
os já existentes: ecopista, ambientes do ar e as rotas.
A continuidade desta estrutura bem como a integração de valores culturais e cénicos reforçam-na por
potenciar o reconhecimento do seu valor cénico e de suporte às atividades de lazer, religiosas e de fruição
da paisagem. Assim, a definição e delimitação desta estrutura ecológica permitirá a formalização das
transformações que podem ocorrer nestes sistemas ecológicos e culturais.
No âmbito das propostas de execução deste domínio foi executada a 2ª fase do parque urbano de Tondela
que integra a estrutura ecológica municipal. Importa referir que o objetivo é a obtenção de um determinado
nível de qualidade de vida, a melhoria desta componente ambiental, não se esgota na concretização destas
intervenções, mas sim é um processo continuou, em que o município estará sempre a implementar novas
ações como até aqui tem feito.
10.1.9. Eixo – Desporto e Juventude
A atividade desportiva contribui para o desenvolvimento pessoal e fomenta as competências sociais, sendo
da competência das instituições dotar os territórios de equipamentos desportivos, promover a sua utilização
e das atividades de recreio e lazer.
O PDM apresentava as seguintes intervenções a concretizar:
• Requalificação de infraestruturas Desportivas;
• Construção de Campo de Relva Sintética;
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 101
• Construção de Polivalentes de Relva Sintética.
Quadro 56. Desporto e Juventude
Eixos de
Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM
Nível de
Execução Obs.
Desporto e
Juventude
Requalificação de infraestruturas Desportivas ✓
Construção
de Campos
de Relva
Sintética
Molelos ✓
Campo de Besteiros
Construção de Polivalentes de Relva Sintética ✓ Foi executado o de: Mouraz, Molelos, Castelões
Não executado; ✓ Executado; ✓ Em execução
Atualmente o desenvolvimento do parque desportivo do concelho está fortemente marcado por uma difusão
de polidesportivos, em quais o município tem feito obras de beneficiação, nomeadamente a colocação de
relva sintética. Das ações propostas no Plano apenas em Campo de Besteiros a intervenção não foi
executada.
10.1.10. Eixo – Novas Tecnologias
As novas tecnologias, constituem uma ferramenta importante no mundo atual, reforçando a coesão social e
o desenvolvimento pessoal e estimulando ao mesmo tempo o diálogo multicultural.
Neste sentido o plano, previa as seguintes intervenções:
• Criação de Espaços Tecnológicos;
• Criação do Polo Tecnológico.
Quadro 57. Novas Tecnologias
Eixos de
Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM
Nível de
Execução Obs.
Novas
Tecnologias
Criação de Espaços Tecnológicos ✓ ex: Espaço Internet - Canas de Santa Maria
Criação do Polo Tecnológico
Não executado; ✓ Em execução
Como já referido anteriormente, o município executou o espaço internet de Canas de Santa Maria, não
obstante, a Câmara Municipal tem vindo a executar melhorias também nos espaços existentes sempre que
se justifique. Relativamente à criação do Polo tecnológico, neste período ainda não foi concretizado.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 102
10.1.11. Eixo – Saúde, Ação Social e Habitação
O município de Tondela encontra-se empenhado na identificação e na procura de resolução dos problemas
sociais da população. Neste âmbito o PDM identificava os seguintes níveis de atuação, com determinadas
ações previstas:
10.1.11.1. Saúde
• Unidade de Cuidados Continuados
10.1.11.2. Ação Social
• Serviço de Apoio Domiciliário;
• Elaboração da Carta Social;
• Construção de Equipamentos Sociais.
10.1.11.3. Habitação Social
• Construção / Aquisição de Habitação a Custos Controlados
Quadro 58. Saúde, Ação Social e Habitação
Eixos de
Intervenção
Medidas e Intervenções Propostas no
PDM
Nível de
Execução Obs.
Saúde, Ação
Social e
Habitação
Saúde Unidade de Cuidados
Continuados
Ação Social
Serviço de Apoio Domiciliário ✓
Elaboração da Carta Social ✓
Habitação
Social
Construção / Aquisição de
Habitação a Custos
Controlados
✓
Foram adquiridos imoveis ao abrigo de habitação a
custos controlados para realojamento de residentes em
bairros degradados (ex: Bairro da Noruega)
Não executado; ✓ Executado; ✓ Em execução
Neste eixo de intervenção, das ações previstas, apenas a Unidade de Cuidados Continuados não foi
executada, todas as outras foram executadas ou estão em execução, conforme se pode verificar pelo quadro
anterior.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 103
10.1.12. Eixo – Segurança e Proteção Civil
O concelho de Tondela, pelas suas características geomorfológicas e socioeconómicas apresenta um
conjunto de aspetos onde a Segurança e a Proteção Civil assumem um papel importante, no sentido de
prevenir riscos coletivos inerentes a situações de acidente ou catástrofe, e eliminar os seus efeitos, proteger
e socorrer as pessoas e bens em perigo.
Neste sentido, o município tem vindo a desenvolver um conjunto de ações conforme previsto no PDM:
• Revitalização dos Edifícios de Proteção Civil;
• Modernização de Equipamentos destinados à Proteção Civil.
Quadro 59. Segurança e Proteção Civil
Eixos de
Intervenção
Medidas e Intervenções
Propostas no PDM
Nível de
Execução Obs.
Segurança e
Proteção
Civil
Revitalização dos Edifícios da
Proteção Civil ✓
Foram efetuadas obras de beneficiação nos Quarteis dos
Bombeiros de Tondela e de Vale de Besteiros, foram
renovando as suas frotas. Para além disso, o município
estabeleceu protocolos de ajuda financeira com as duas
corporações.
Modernização de Equipamentos
destinados à Proteção Civil ✓
✓ Executado
Relativamente à segurança e Proteção Civil, a autarquia para alem do que estava previsto no Plano e que foi
executado (ver quadro anterior), não obstante tem vindo a desenvolver um conjunto de tarefas que visam a
melhoria constante das condições de proteção e segurança do território. Desde a melhoria e implementação
de sinalização rodoviária, iluminação pública, beneficiação de pavimentos, dotação de passeios e eliminação
de barreiras arquitetónicas.
Ao nível da segurança rodoviária têm sido estabelecidas parcerias com as escolas, efetuando-se campanhas
de prevenção rodoviária juntos dos mais novos, incentivando a adotarem procedimentos de segurança e de
proteção que contribuam para a redução de riscos e acidentes.
Segundo o serviço municipal de proteção civil de Tondela, o investimento na prevenção aos incêndios
florestais tem sido contínuo, dotando o território de uma rede de infraestruturas fundamentais, sendo várias
as ações neste domínio, desde a abertura e beneficiação de caminhos florestais, criação de pontos de água,
ações de silvicultura preventiva e desrame, onde as viaturas mecanizadas são cruciais. Inseridos na política
nacional de combate aos incêndios florestais e em estreita colaboração com as Associações de Bombeiros
locais, têm sido inúmeras as iniciativas a que o município tem aderido, não só na prevenção dos incêndios
florestais como no seu combate, através da atuação das brigadas de vigilância móvel
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 104
10.1.13. Eixo – Modernização Administrativa
Neste domínio, o município pretende simplificar o relacionamento dos cidadãos e empresas na sua interação,
aumentando a qualidade dos serviços públicos prestados numa lógica de eficiência, modernidade e
transparência.
Neste setor o Plano apresentava as seguintes intervenções propostas:
• Eficiência Organizacional
• Portal do Município
• Rede Municipal de Comunicações
Quadro 60. Modernização Administrativa
Eixos de
Intervenção
Medidas e Intervenções Propostas
no PDM Nível de Execução Obs.
Modernização
Administrativa
Eficiência Organizacional ✓
Portal do Município
Rede Municipal de Comunicações
Não executado; ✓ Em execução
Das intervenções previstas no plano, apenas têm sido efetuadas ações no âmbito da eficiência organizacional,
contudo estamos perante um conjunto de ações a implementar ao logo do tempo no processo de melhoria
continua.
10.2. Nota Conclusiva
Quanto à avaliação do nível de concretização das ações propostas no PDM em vigor, verifica-se que a maioria
das intervenções forma já executadas ou estão em fase de execução.
Quadro 61 . Quadro Síntese - Final
Eixos de Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM Nível de
Execução
Inovação e Competitividade
Expansão de Zona Industrial Municipal de Vilar de Besteiros
Zona Industrial do Lagedo, em Santiago de Besteiros ✓
Zona Industrial de Molelos / Nandufe ✓
Zona Industrial da Adiça ✓
Zona Industrial de Caparrosa
Construção da Zona Industrial da Naia, em lobão da Beira
Plano de desenvolvimento Rural ✓
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Eixos de Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM Nível de
Execução
Plano de desenvolvimento Florestal ✓
Implementação de uma Rede de Residências Seniores ✓
Cluster Termal ✓
Cluster Desportivo ✓
Cluster Cultural ✓
Atividades Agroflorestais e
Desenvolvimento Rural
Valorização dos Territórios de Baixa Densidade ✓
Floresta dos Territórios de Baixa Densidade: Ambiente e Valorização Económica ✓
Aumento da Resiliência do Território aos Incêndios e da Zonagem do Território ✓
Regadios (Manutenção) ✓
Turismo Cultura e Lazer
Saúde e Bem-Estar Parque Termal, Lajeosa do Dão ✓
Praias Fluviais (Manutenção e Dinamização)
Praia de Fluvial de Sangemil
Praia de Fluvial de S. João do Monte
Espaços de Recreio e Lazer (Construção)
Ferreirós do Dão ✓
Várzea do Homem - Dardavaz ✓
Caparrosinha - Caparrosa
Mosteiro de Fráguas
Corveira - Barreiro de Besteiros
Rotas de Interesse Turístico
Rota das Aldeias
Rotas Existentes (Manutenção e dinamização) ✓
Gastronomia e Vinhos ✓
Requalificação Patrimonial
Moinhos
Projeto " Ambientes do Ar"
Aldeias
Turismo em Espaço Rural
Projeto " Montes de Aventura"
Ecopista ✓
Valorização Turística da Albufeira
Cultura Centros de
Interpretação
Ferraria - Ribeira, Campo de Besteiros
Tanoaria - Campo de Besteiros
Arte Rupestre de Molelinhos - Molelos ✓
Olaria (Projeto Comum) - Molelos
Arquivo Municipal ✓
Espaço Internet - Canas de Santa Maria ✓
Energia
Biomassa
Energia Eólica ✓
Energia Solar
Ponto de Injeção da EDP
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Eixos de Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM Nível de
Execução
Projeto de Eficiência Energética e Ambiental ✓
Sistema Urbano
Espaços Urbanizáveis
Tondela
Guardão
Canas de Santa Maria
Vilar de Besteiros
Lajeosa do dão
Lobão de Beira
Caparrosa
Sabugosa
Ferreirós do Dão
Dardavaz
Castelões
Requalificação Urbanística
Requalificação da Zona Histórica de Tondela ✓
Requalificação Urbanística da Vila de Canas de Santa Maria ✓
Requalificação Urbanística de S. Simão - Lobão da Beira
Arranjo Urbanístico da Envolvente à Igreja do Guardão ✓
Arranjo Urbanístico do Monte do Calvário - Campo de Besteiros ✓
Educação
EB 1 de Santiago de Besteiros
Centro Escolar (zona sul do concelho)
Centro Escolar - Campo de Besteiros ✓
Infraestruturas Rodoviárias
Corredor de ligação Externa IP3
Requalificação da EM (ex - ER337) ✓
Requalificação da Ponte sobre o Dão - Ferreirós ✓
Requalificação da Ponte sobre o Asnes
Requalificação da EM (ex - ER230) ✓
Variante - São Miguel do Outeiro ✓
Requalificação ex - EN2 Tondela - Canas de Santa Maria - Sabugosa - Parada de Gonta ✓
3ª Fase - Circular de Acesso à EM (ex - ER230) Carvalhal - Alto do Pendão ✓
EM Carvalhal - Ermida (Tondela) ✓
Sistema Ambiental
Infraestruturas Ambientais
Remodelação da Rede de Água e Esgotos, construção de 2 reservatórios apoiados com sistema de elevatórias e rede de
adutoras ✓
Rede de água do Furadouro, Penedo e Corujeiro - Lajeosa do Dão
✓
Drenagem e Tratamento de Águas
Residuais
Requalificação de ETAR´s
Requalificação da ETAR da ZI Adiça ✓
Construção de ETAR´s
ETAR de Sangemeil ✓
ETAR de Castelões
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Eixos de Intervenção Medidas e Intervenções Propostas no PDM Nível de
Execução
ETAR da Cortiçada e Múceres
ETAR de Tondela ✓
ETAR da Ribeira e Vilar de Besteiros ✓
ETAR e Emissários de Litrela - Pedronhe
ETAR de Dardavaz ✓
Componentes Ambientais
Parque Urbano de Tondela ✓
Estrutura Ecológica Municipal ✓
Desporto e Juventude
Requalificação de infraestruturas Desportivas ✓
Construção de Campos de Relva
Sintética
Molelos ✓
Campo de Besteiros
Construção de Polivalentes de Relva Sintética ✓
Novas Tecnologias Criação de Espaços Tecnológicos ✓
Criação do Polo Tecnológico
Saúde, Ação Social e Habitação
Saúde Unidade de Cuidados Continuados
Ação Social Serviço de Apoio Domiciliário ✓
Elaboração da Carta Social ✓
Habitação Social Construção / Aquisição de Habitação a Custos Controlados ✓
Segurança e Proteção Civil
Revitalização dos Edifícios da Proteção Civil ✓
Modernização de Equipamentos destinados à Proteção Civil ✓
Modernização Administrativa
Eficiência Organizacional ✓
Portal do Município
Rede Municipal de Comunicações
Não executado; ✓ Executado; ✓ Em execução
Considerando que o Plano previa um total de 99 medidas e intervenções e que 37 foram executadas, 20 estão
em fase de execução e 42 não foram efetuadas, podemos considerar que o nível de execução do plano atual
é superior a 50%.
Assim considera-se importante o desenvolvimento destas medidas com vista a atingir os objetivos
estratégicos do plano, nomeadamente:
• aumentar a competitividade económica do concelho,
• promover a consolidação dos espaços urbanos,
• promover a sustentabilidade do solo rural,
• aumentar a competitividade dos setores agrícola e florestal,
• reforçar a rede de complementaridade dos aglomerados,
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 108
• requalificar espaços com vocação privilegiada para a estadia, o recreio e lazer associados à
valorização do património arquitetónico, arqueológico e natural, com o intuito de potenciar, a nível
económico e turístico a individualidade do concelho.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 109
11. ESTUDO DA DINÂMICA URBANÍSTICA
No presente capítulo, de modo a compreender a dinâmica urbanística do concelho de Tondela e a sua
evolução, recorreu-se à informação do Sistema de Indicadores de Operações Urbanísticas (SIOU) do Instituto
Nacional de Estatística (INE), utilizando-se para o efeito, os indicadores referentes aos edifícios licenciados
por tipo e destino de obra entre 2001 e 20162. Não obstante esta abordagem ser relativa ao período de
vigência do atual PDM, desde de abril 2011 até à data, esta enquadra-se com o quadro evolutivo de anos
anteriores, de forma a possuir uma perspetiva mais alargada da dinâmica urbana no concelho.
Procede-se igualmente ao estudo dos dados da gestão urbanística municipal, na qual são abordados
primeiramente os compromissos urbanísticos, e numa segunda fase são analisadas detalhadamente as
operações urbanísticas que resultam dos mesmos, correspondentes às obras de edificações, operações de
loteamento, e às operações urbanísticas promovidas pela administração pública.
11.1. Evolução dos Edifícios Licenciados
Para aferir a dinâmica urbanística do município de Tondela nas últimas décadas recorreu-se à informação do
Sistema de indicadores de Operações urbanísticas (SIOU) do Instituto Nacional de Estatística (INE),
utilizando-se para o efeito, os indicadores referentes aos edifícios licenciados por tipo e destino de obra entre
2001 e 2016.
No período compreendido entre 2001 e 2016, segundo os dados fornecidos pelo INE (ver quadro seguinte),
foram alvo de licenciamento 2232 edifícios, o que corresponde a uma média de 140 edifícios por ano.
Quadro 62. Edifícios licenciados, por tipo e destino de obra, no concelho de Tondela (2001-2016)
Tipo de
Obra Destino Obra
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2013
2015
2016*
Co
ns
tru
ção
no
va
Habitação familiar 174 138 130 134 98 143 123 68 43 55 31 33 32 29 34 31
Agricultura 7 5 1 8 11 1 2 1 4
Indústria extrativa 1 1
Indústria transformadora
1 3 2 4 4 5 2 1 2 1 1 1
Estabelecimento hoteleiro e de turismo no espaço rural
1
2 Dados provisórios
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Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 110
Tipo de
Obra Destino Obra
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2013
2015
2016*
Estabelecimento de restauração e de bebidas
1 1 1
Unidades comerciais de dimensão relevante
4 2 3 1
Comércio tradicional
1 1 2 4 2 1 1 1
Escritórios 3 1 1
Transportes 1 1
Equipamentos de apoio à infância
1
Atividades recreativas e culturais
1
Culto e inumação 2
Uso geral 35 35 26 32 28 36 24 1 3 5 3 1 9 11 12 8
Am
pliação
Habitação familiar 1 10 11 24 22 4 5 14 7 7 10 1 1 1
Agricultura 1 1 1 1 1 1
Indústria extrativa 1
Indústria transformadora
3 2 1 2 2
Estabelecimento hoteleiro e de turismo no espaço rural
1 1 1 1
Estabelecimento de restauração e de bebidas
1 1 1
Centros comerciais
1
Comércio tradicional
1 1 1
Escritórios 2
Parques de estacionamento e interfaces
2
Equipamentos de apoio à infância
1
Equipamentos de apoio à terceira idade
2 1
Uso geral 1 1 5 5 8 3 1
Alt
era
ção
Habitação familiar 2 2 8 18 17 1 5 6 1 2
Indústria transformadora
1
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 111
Tipo de
Obra Destino Obra
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2013
2015
2016*
Estabelecimento hoteleiro e de turismo no espaço rural
1
Unidades comerciais de dimensão relevante
1
Comércio tradicional
2 6 2
Escritórios 4
Serviços médicos 1
Ensino e pesquisa científica
1
Uso geral 2 4 1 1 1
Reco
ns
tru
ção
Habitação familiar 86 14 15 23 14 1 3 10
Agricultura 1
Indústria extrativa 1
Estabelecimento hoteleiro e de turismo no espaço rural
1
Unidades comerciais de dimensão relevante
2
Escritórios 1
Parques de estacionamento e interfaces
1
Atividades recreativas e culturais
2
Uso geral 6 1 2 1 3
Dem
olição
Total 19 23 28 9 3 7 11 1 3
Total Geral 327 241 239 294 238 193 150 69 58 93 70 45 69 52 52 42
FONTE: INE, SIOU, Obras Licenciadas, 2001 – 2016
* Dados provisórios
No gráfico seguinte é possível observar a evolução dos edifícios licenciados desde 2001 até 2016, a qual
apresenta uma tendência de decréscimo, tendo registado entre o ano de 2009 e 2010 um pequeno aumento,
voltando a decrescer até 2016.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 112
Gráfico 14. Evolução dos edifícios licenciados no concelho de Tondela (2001–2016)
FONTE: INE, Inquérito aos Projetos de Obras de Edificação e de Demolição de Edifícios, 2001 - 2016
Em termos do tipo de obra, a maior parte dos edifícios licenciados neste período foram referentes a
construções novas (75%) seguido das ampliações e das reconstruções com 8%, enquanto no que se refere
ao destino da obra, cerca de 77% foram destinados a habitação familiar (ver gráficos seguintes). Constata-se
que cerca de 58% dos edifícios licenciados dizem respeito a construções novas de habitação familiar. As
ampliações destinadas a habitação familiar também possuem expressão no total de licenciamentos com um
valor de 5%.
Gráfico 15. Distribuição dos edifícios licenciados, por tipo de obra, no concelho de Tondela (2001-2016)
FONTE: INE, SIOU, Obras Licenciadas, 2001 - 2016
327
241 239
294
238
193
150
6958
93
70
45
69
52
52
42
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
75%
8%
4%
8%
5%
Construção nova
Ampliação
Alteração
Reconstrução
Demolição
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 113
Gráfico 16. Distribuição dos edifícios licenciados, por destino de obra, no concelho de Tondela (2001-2016)
FONTE: INE, SIOU, Obras Licenciadas, 2001 - 2016
O gráfico seguinte revela a evolução dos vários tipos de obra no município de Tondela entre 2001 e 2016.
Apesar de apresentarem várias flutuações, com maior ou menor expressão, é visível uma tendência de
decréscimo em todos os tipos de obras.
Gráfico 17. Evolução dos edifícios licenciados, por tipo de obra, no concelho de Tondela (2001–2016)
FONTE: INE, SIOU, Obras Licenciadas, 2001 - 2016
As construções novas são, por norma, o tipo de obra mais executada nos diferentes anos do período
compreendido entre 2001 e 2016, variando entre os 50% e os 100%. As reconstruções tiveram uma maior
predominância no período temporal inicial e as ampliações foram registadas ao longo do período referido num
registo pouco notório, mas com alguma predominância em relação aos outros tipos de obra menos
executados.
77%
15%
2%2%
1%1% 2%
Habitação familiar
Uso geral
Agricultura
Indústria transformadora
Comércio tradicional
Unidades comerciais dedimensão relevante
Outros
0
50
100
150
200
250
Construção nova Ampliação Alteração Reconstrução Demolição
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
2009 2010 2011 2012 2013 2013 2015 2016
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 114
Gráfico 18. Distribuição dos edifícios licenciados, por tipos de obra, no concelho de Tondela (2001-2016)
FONTE: INE, SIOU, Obras Licenciadas, 2001 - 2016
No que diz respeito ao destino de obra, a habitação familiar registou em todos os anos uma posição cimeira
em relação a outros fins, com valores compreendidos entre os 58% do total de edifícios licenciados em 2013
e os 99% em 2008. Num plano secundário aparecem invariavelmente, os edifícios licenciados destinados a
“uso geral”, bem como os classificados como “Não aplicável”, para a “Agricultura”, para a “Indústria
Transformadora”, entre outros.
Gráfico 19. Distribuição dos edifícios licenciados, por destinos de obra, no concelho de Tondela (2001-2016)
FONTE: INE, SIOU, Obras Licenciadas, 2001 - 2016
Através do gráfico seguinte é possível constatar que os edifícios licenciados destinados a habitação familiar
apresentaram uma tendência de decréscimo até 2016, destacando-se uma ligeira subida entre os anos de
2003 a 2004 e os anos de 2009 a 2010.
68%76%
69%62% 63%
98% 100% 100%
79%
68%
50%
78%68%
88%94% 98%
7%9%
12%16%
10%
16%
10%
18%
22%
12%6%
4%9%
10%
3%5%
10%
6%
30%7%
8% 8%
8% 3%
14%
8% 10% 10%4% 5% 8%
16%
4%
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2013 2015 2016
Construção nova Ampliação Alteração Reconstrução Demolição
80%68% 69% 68% 63%
76%82%
99%86% 83% 77%
91%
64%58%
67%76%
13%
15% 15% 13% 18%
19%16% 7%
5%6%
2%
19%23%
23%19%
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2013 2015 2016
Habitação familiar Uso geral
Agricultura Indústria transformadora
Comércio tradicional Unidades comerciais de dimensão relevante
Outros
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 115
Gráfico 20. Evolução dos edifícios licenciados destinados a habitação familiar no concelho de Tondela (2001-2016)
FONTE: INE, SIOU, Obras Licenciadas, 2001 - 2016
No quadro seguinte apresenta-se a evolução de um conjunto de características dos edifícios licenciados de
construções novas para habitação familiar no concelho de Tondela ao longo do período compreendido entre
2001 e 2016.
Quadro 63. Evolução das características dos edifícios licenciados de construções novas para habitação familiar no
concelho de Tondela (2001–2016)
Ano Nº Edifícios Área de
Habitação (m2) Área Habitável
(m2)
Área Habitável das Divisões
(m2)
Área Habitação por Piso (m2)
Área Habitável por Fogo (m2)
2001 174 76710 29920 26,06 225,62 124,67
2002 138 52054 20796 21,64 171,80 104,50
2003 130 39297 18082 19,51 140,85 96,18
2004 134 34810 15572 20,87 126,12 107,39
2005 98 30364 14425 22,16 143,23 113,58
2006 143 37216 17517 22,06 118,90 102,44
2007 123 32897 19136 27,77 123,21 134,76
2008 68 17505 10971 26,96 119,90 161,34
2009 43 11832 6914 28,11 140,86 160,79
2010 55 14932 8867 27,71 132,14 161,22
2011 31 7813 3865 24,94 132,42 124,68
2012 33 17225 8162 25,11 220,83 120,03
2013 32 11103 4701 23,86 160,91 142,45
2014 29 9674 3299 20,36 163,97 109,97
2015 34 10779 3941 21,07 153,99 115,91
2016* 31 10068 4154 22,58 176,63 118,69
FONTE: INE, SIOU, Obras Licenciadas, 2001 – 2016
* Dados provisórios
263
164164
199
151
147
123
6850
77
54
41
4430 35
32
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2013 2015 2016
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 116
O gráfico seguinte ilustra a evolução da área de habitação e da área habitável dos edifícios licenciados de
construções novas que têm como destino a habitação familiar entre 2001 e 2016, a principal ilação a retirar é
a tendência de decréscimo generalizado das duas variáveis. No período em apreço, a área de habitação
média foi de 25.892 m2 e a área habitável média atingiu os 11.895m2.
Gráfico 21. Evolução da área de habitação e da área habitável (m2) dos edifícios licenciados de construções novas
para habitação familiar no concelho de Tondela (2001–2016)
FONTE: INE, SIOU, Obras Licenciadas, 2001 – 2016 * Dados provisórios
Nos próximos gráficos, observa-se também a evolução da área de habitação por piso e da área habitável por
fogo dos edifícios licenciados de construções novas para habitação familiar. Apesar das oscilações ocorridas,
no cômputo geral estas duas variáveis mantiveram um relativo equilíbrio ao longo do período compreendido
entre 2001 e 2016, com uma área média de habitação por piso de 153 m2 e uma área média habitável por
fogo de 125 m2.
No que respeita á evolução da área habitável das divisões dos edifícios licenciados, verificou-se ao longo do
período uma média de 24 m2 de área habitável.
Gráfico 22. Evolução da área de habitação por piso e da área habitável por fogo (m2) dos edifícios licenciados de
construções novas para habitação familiar no concelho de Tondela (2001–2016)
FONTE: INE, SIOU, Obras Licenciadas, 2001 – 2016
0
10.000
20.000
30.000
40.000
50.000
60.000
70.000
80.000
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Área de Habitação (m2) Área Habitável (m2)
0
50
100
150
200
250
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Área Habitação por Piso (m2) Área Habitável por Fogo (m2)
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 117
* Dados provisórios
Gráfico 23. Evolução da área habitável das divisões (m2) dos edifícios licenciados de construções novas para
habitação familiar no concelho de Tondela (2001–2016)
FONTE: INE, SIOU, Obras Licenciadas, 2001 – 2016
* Dados provisórios
11.2. Análise Processos Urbanísticos
Processos Urbanísticos (Alvarás de Utilização, Alvarás de Construção, Informações Prévias e
Comunicações Prévias)
A Câmara Municipal de Tondela tem organizado desde 2011 uma base de dados de apoio à gestão
urbanística materializada por intermédio de tabelas anuais onde se explicita a operação urbanística, os
diferentes atos administrativos, a identificação do número do processo, a data, a identificação do requerente,
a localização da pretensão e todo um conjunto de informações necessárias ao acompanhamento dos
processos que dão entrada nos serviços camarários. A análise destes dados reveste-se de uma grande
importância para a compreensão dos processos urbanos e edificatórios no município de Tondela, já que
identifica os principais polos territoriais onde a dinâmica urbanística mais se expressou e estabelece ao
mesmo tempo os blocos territoriais de dinâmica socioeconómica e de atratividade do concelho.
A Câmara Municipal de Tondela tem registo, desde 2011 até 20 de abril de 2017, de 1365 processos
urbanísticos, onde inclui Alvarás de utilização, alvarás de construção, informações prévias e comunicações
prévias. Analisando apenas até ao final de 20163, é possível observar uma tendência de decréscimo em que
foi atingido o valor máximo no ano de 2011 com 296 processos, por sua vez em 2014 foi atingido o valor
mínimo (169 processos). O concelho de Tondela engloba 19 freguesias, Molelos, é a que tem maior número
de entrada de processos (12%), perfilam-se de seguida a UF de Tondela e Nandufe (8%) e Santiago de
Besteiros (8%) e em menor número temos a freguesia de Ferreiró do Dão com 1% (cfr quadro e gráficos
seguintes).
3 Considera-se que os dados de 2017 são meramente indicativos, dado que se trata de dados parciais.
0
5
10
15
20
25
30
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 118
Quadro 64. Processos Urbanísticos (Alvarás de Utilização, Alvarás de Construção, Informações Prévias e
Comunicações Prévias), por freguesias, no concelho de Tondela (2001–2017)
Unidade Territorial 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017* Total
Campo de Besteiros 12 17 11 8 10 11 3 72
Canas de Santa Maria 16 16 12 13 10 12 1 80
Castelões 14 11 15 15 13 13 3 84
Dardavaz 12 17 7 10 11 11 2 70
Ferreirós do Dão 4 6 0 2 2 0 1 15
Guardão 11 20 10 4 8 6 2 61
Lajeosa do Dão 24 18 17 12 9 15 4 99
Lobão da Beira 21 5 10 5 8 10 4 63
Molelos 39 29 20 23 23 26 7 167
Parada de Gonta 13 10 12 6 6 8 2 57
Santiago de Besteiros 20 28 25 12 10 11 2 108
Tonda 13 14 7 4 10 10 0 58
UF de Barreiro de Besteiros e Tourigo 7 9 0 10 10 4 1 41
UF de Caparrosa e Silvares 18 6 10 6 6 10 2 58
UF de Mouraz e Vila Nova da Rainha 7 27 8 12 10 20 0 84
UF de São João do Monte e Mosteirinho 11 7 6 6 4 0 2 36
UF de São Miguel do Outeiro e Sabugosa 11 12 12 5 4 2 4 50
UF de Tondela e Nandufe 26 30 10 10 14 15 5 110
UF de Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas 17 6 6 6 6 9 2 52
Concelho de Tondela 296 288 198 169 174 193 47 1365
FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela
* dados de 2017 até 20/04/2017
Gráfico 24. Evolução dos processos urbanísticos no concelho de Tondela (2011–2017)
FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela
* dados de 2017 até 20/04/2017
296 288
198169 174
193
47
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 119
Gráfico 25. Distribuição dos processos urbanísticos, por freguesias, no concelho de Tondela (2011–2017)
FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela
* dados de 2017 até 20/04/2017
Alvarás de Utilização
Em relação aos Alvarás de utilização, entre o ano de 2011 e 20 de abril de 2017 verificaram-se no município
de Tondela 766 alvarás de utilização. Analisando os dados até ao final do ano de 2016, mais uma vez, a maior
parte destes alvarás de utilização localizam-se na freguesia de Molelos, cerca de 13%. Da análise do gráfico
é possível verificar que existe um decréscimo de alvarás de utilização no período 2011-2016, mantendo-se
mais ou menos estável desde o ano 2013.
Quadro 65. Alvarás de Utilização, por freguesias, no município de Tondela (2001–2017)
Unidade Territorial 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Total
Campo de Besteiros 9 14 6 4 6 7 3 49
Canas de Santa Maria 11 11 7 6 5 10 1 51
Castelões 8 6 9 9 8 8 3 51
Dardavaz 4 11 3 6 6 9 39
Ferreirós do Dão 3 5 1 1 10
Guardão 5 12 3 1 6 3 30
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 120
Unidade Territorial 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Total
Lajeosa do Dão 19 11 10 8 5 9 1 63
Lobão da Beira 15 3 6 2 6 4 1 37
Molelos 28 18 7 17 15 15 3 103
Parada de Gonta 7 7 6 3 4 6 2 35
Santiago de Besteiros 12 14 16 6 8 5 1 62
Tonda 7 10 3 3 5 8 36
UF de Barreiro de Besteiros e Tourigo 3 4 5 5 2 19
UF de Caparrosa e Silvares 9 3 5 3 3 4 1 28
UF de Mouraz e Vila Nova da Rainha 1 12 4 6 5 10 38
UF de São João do Monte e Mosteirinho 5 3 3 3 2 1 17
UF de São Miguel do Outeiro e Sabugosa 4 6 6 2 2 1 2 23
UF de Tondela e Nandufe 11 13 5 5 7 7 2 50
UF de Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas 8 3 3 3 3 4 1 25
Concelho de Tondela 169 166 102 93 101 112 23 766
FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela
* dados de 2017 até 20/04/2017
Gráfico 26. Evolução dos Alvarás de Utilização no concelho de Tondela (2011–2017)
FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela
* dados de 2017 até 20/04/2017
169 166
10293
101112
23
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 121
Gráfico 27. Distribuição dos Alvarás de Utilização, por freguesias, no concelho de Tondela (2011–2017)
FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela
* dados de 2017 até 20/04/2017
Alvarás de Construção
Analisando o quadro seguinte, podemos verificar que entre o ano de 2011 e 20 de abril de 2017, estão
registados 526 alvarás de construção. Em maior número são os referentes à freguesia de Molelos, seguido
com 50 alvarás registados na UF de Tondela e Nandufe. Através do gráfico referente à evolução do número
de alvarás de construção, verificamos que entre 2011 e 2016 existe um decréscimo pouco relevante, no ano
de 2011 existiam 98 alvarás e no ano de 2016 existiam 70 alvarás de construção.
Quadro 66. Alvarás de construção, por freguesias, no concelho de Tondela (2001–2017)
Unidade Territorial 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Total
Campo de Besteiros 3 3 5 4 4 4 0 23
Canas de Santa Maria 3 5 5 7 5 2 27
Castelões 6 4 6 6 5 4 31
Dardavaz 6 4 4 4 4 2 2 26
Ferreirós do Dão 1 1 1 2 5
Guardão 2 6 7 3 2 2 22
Lajeosa do Dão 5 6 7 4 4 5 2 33
Lobão da Beira 5 2 4 3 1 5 1 21
0 20 40 60 80 100 120
Campo de Besteiros
Canas de Santa Maria
Castelões
Dardavaz
Ferreirós do Dão
Guardão
Lajeosa do Dão
Lobão da Beira
Molelos
Parada de Gonta
Santiago de Besteiros
Tonda
UF de Barreiro de Besteiros e Tourigo
UF de Caparrosa e Silvares
UF de Mouraz e Vila Nova da Rainha
UF de São João do Monte e Mosteirinho
UF de São Miguel do Outeiro e Sabugosa
UF de Tondela e Nandufe
UF de Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 122
Unidade Territorial 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Total
Molelos 9 10 13 6 8 10 3 59
Parada de Gonta 6 3 6 3 2 2 22
Santiago de Besteiros 7 10 9 5 1 4 1 37
Tonda 4 4 4 1 5 2 20
UF de Barreiro de Besteiros e Tourigo 3 4 5 5 2 19
UF de Caparrosa e Silvares 9 3 5 3 3 4 1 28
UF de Mouraz e Vila Nova da Rainha 1 12 4 6 5 10 38
UF de São João do Monte e Mosteirinho 5 3 3 3 2 1 17
UF de São Miguel do Outeiro e Sabugosa 4 6 6 2 2 1 2 23
UF de Tondela e Nandufe 11 13 5 5 7 7 2 50
UF de Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas 8 3 3 3 3 4 1 25
Concelho de Tondela 98 102 96 74 70 70 16 526
FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela
* dados de 2017 até 20/04/2017
Gráfico 28. Evolução dos alvarás de construção no concelho de Tondela, 2011 - 2017
FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela
* dados de 2017 até 20/04/2017
Por intermédio do gráfico seguinte, verifica-se que a maior parte dos alvarás de construção ocorreram nos
anos iniciais. Molelos foi a freguesia com maior incidência de registos de alvarás de construção, destacando-
se das demais, seguida de UF de Tondela e Nandufe.
98102
96
7470 70
16
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 123
Gráfico 29. Distribuição dos alvarás de construção, por freguesias, no concelho de Tondela (2011–2017)
FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela
* dados de 2017 até 20/04/2017
Informações Prévias
No que concerne ao número de Pedidos de Informação Prévia (PIP), entre 2011 e 20 de abril de 2017,
verificaram-se no município de Tondela um total de 60 PIP. Da análise do quadro e do gráfico é possível
observar que no ano 2011 foi quando se verificou o maior número de PIP, por outro lado no ano de 2013, não
se verificou nenhuma entrada nos serviços da Câmara de pedidos de informação prévia.
Quadro 67. Informações Prévias, por freguesias, no concelho de Tondela (2001–2017)
Unidade Territorial 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Total
Campo de Besteiros 0
Canas de Santa Maria 2 2
Castelões 1 1 2
Dardavaz 1 2 3
Ferreirós do Dão 0
Guardão 4 2 1 2 9
Lajeosa do Dão 1 1 1 3
Lobão da Beira 1 1 2 4
Molelos 2 1 1 1 5
0 10 20 30 40 50 60 70
Campo de Besteiros
Canas de Santa Maria
Castelões
Dardavaz
Ferreirós do Dão
Guardão
Lajeosa do Dão
Lobão da Beira
Molelos
Parada de Gonta
Santiago de Besteiros
Tonda
UF de Barreiro de Besteiros e Tourigo
UF de Caparrosa e Silvares
UF de Mouraz e Vila Nova da Rainha
UF de São João do Monte e Mosteirinho
UF de São Miguel do Outeiro e Sabugosa
UF de Tondela e Nandufe
UF de Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 124
Unidade Territorial 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Total
Parada de Gonta 0
Santiago de Besteiros 4 1 1 2 8
Tonda 2 2
UF de Barreiro de Besteiros e Tourigo 1 1 1 3
UF de Caparrosa e Silvares 2 2
UF de Mouraz e Vila Nova da Rainha 4 3 7
UF de São João do Monte e Mosteirinho 1 1 2
UF de São Miguel do Outeiro e Sabugosa 3 1 4
UF de Tondela e Nandufe 1 1 1 3
UF de Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas 1 1
Concelho de Tondela 22 16 0 2 2 10 8 60
FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela
* dados de 2017 até 20/04/2017
Gráfico 30. Evolução das Informações Prévias no concelho de Tondela (2011–2017)
FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela
* dados de 2017 até 20/04/2017
Da análise do gráfico seguinte é possível verificar que a grande maioria dos pedidos de informação prévia,
foram registados na freguesia de Guardão (15%), seguida da freguesia de Santiago de Besteiros (13%) e a
UF de Mouraz e Vila Nova da Rainha (12%), em relação aos restantes, Campo de Besteiros, Ferreirós do
Dão e Parada de Gonta não se verificou nenhum PIP.
22
16
0
2 2
10
8
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 125
Gráfico 31. Distribuição das Informações Prévias, por freguesias, no concelho de Tondela (2011–2017)
FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela
* dados de 2017 até 20/04/2017
Comunicações Prévias
De acordo com a informação retirada através da análise do quadro e gráficos seguintes podemos evidenciar
entre 2011 e 20 de abril de 2017 um reduzido número de comunicações prévias no município de Tondela
(apenas um total de 13 comunicações). Destaca-se o ano de 2011 com 7 comunicações, 2012 com 4, e
posteriormente 2015 e 2016 com apenas uma comunicação em cada ano.
Das 19 freguesias pertencentes ao município de Tondela, apenas 6 tiveram registo de comunicações prévias,
destacando-se a UF de Tondela e Nandufe, com 3 registos no ano de 2011 e 4 no ano de 2012. Segue-se a
freguesia de Dardavaz com 2 registos. Com apenas 1 registo compreendem as freguesias de UF de Vilar de
Besteiros e Mosteiro de Fráguas, UF de Mouraz e Vila Nova da Rainha, Santiago de Besteiros e Lobão da
Beira, enquanto as restantes não tiveram nenhum registo.
Quadro 68. Comunicações prévias, por freguesias, no concelho de Tondela (2001–2017)
Unidade Territorial 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Total
Campo de Besteiros 0
Canas de Santa Maria 0
0 2 4 6 8 10
Campo de Besteiros
Canas de Santa Maria
Castelões
Dardavaz
Ferreirós do Dão
Guardão
Lajeosa do Dão
Lobão da Beira
Molelos
Parada de Gonta
Santiago de Besteiros
Tonda
UF de Barreiro de Besteiros e Tourigo
UF de Caparrosa e Silvares
UF de Mouraz e Vila Nova da Rainha
UF de São João do Monte e Mosteirinho
UF de São Miguel do Outeiro e Sabugosa
UF de Tondela e Nandufe
UF de Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 126
Unidade Territorial 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Total
Castelões 0
Dardavaz 1 1 2
Ferreirós do Dão 0
Guardão 0
Lajeosa do Dão 0
Lobão da Beira 1 1
Molelos 0
Parada de Gonta 0
Santiago de Besteiros 1 1
Tonda 0
UF de Barreiro de Besteiros e Tourigo 0
UF de Caparrosa e Silvares 0
UF de Mouraz e Vila Nova da Rainha 1 1
UF de São João do Monte e Mosteirinho 0
UF de São Miguel do Outeiro e Sabugosa 0
UF de Tondela e Nandufe 3 4 7
UF de Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas 1 1
Concelho de Tondela 7 4 0 0 1 1 0 13
FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela
* dados de 2017 até 20/04/2017
Gráfico 32. Evolução das comunicações prévias no concelho de Tondela (2011–2017)
FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela
* dados de 2017 até 20/04/2017
7
4
0 0
1 1
0
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 127
Gráfico 33. Distribuição das comunicações prévias, por freguesias, no concelho de Tondela (2011–2017)
FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela
* dados de 2017 até 20/04/2017
Loteamentos
Da análise evolutiva referente aos loteamentos, expressa no gráfico seguinte, verifica-se que foram somente
aprovadas duas operações no concelho de Tondela, desde a entrada em vigor do PDM, em 2011, até ao final
do ano de 2016.
Este reduzido valor denuncia uma ligeira descida quando confrontado com os registados durante período de
2001 a 2010, em que foram aprovados 15 loteamentos, sendo que o maior número foi registado no ano 2005
(5 / ano), entre os quais se destacam o Fial, a Quinta do Paço e o Centro Paroquial, com as respetivas áreas
de 2,7ha, 1,9ha, e 2,7ha.
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Campo de Besteiros
Canas de Santa Maria
Castelões
Dardavaz
Ferreirós do Dão
Guardão
Lajeosa do Dão
Lobão da Beira
Molelos
Parada de Gonta
Santiago de Besteiros
Tonda
UF de Barreiro de Besteiros e Tourigo
UF de Caparrosa e Silvares
UF de Mouraz e Vila Nova da Rainha
UF de São João do Monte e Mosteirinho
UF de São Miguel do Outeiro e Sabugosa
UF de Tondela e Nandufe
UF de Vilar de Besteiros e Mosteiro de Fráguas
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 128
Gráfico 34. Evolução dos loteamentos no concelho de Tondela (2001–2016)
FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela
Avaliando o uso e destino dos loteamentos, durante o período de 2001 a 2010, estes, maioritariamente, foram
ocupados por moradias unifamiliares, embora seja observado uma maior ocupação territorial pelos
loteamentos destinados à habitação coletiva, unifamiliar e ao comércio/serviços.
Quanto ao período decorrente entre os anos de 2011 e de 2016, foram somente aprovados dois loteamentos
que têm por fim a implantação de fogos de habitação. Estes loteamentos dizem respeito ao Proc. Loteamento
n.º 1/2011 – Quinta da Ínsua, na União de Freguesias de Tondela e Nandufe e o Proc. Loteamento nº 1/2012,
na freguesia de Molelos.
No que respeita às operações que envolveram a criação de lotes para indústria, reportam-se essencialmente
as de iniciativa municipal que se realizaram unicamente no decénio anterior.
Relativamente à distribuição e localização geográfica destas operações, no período de 2001 a 2010, verifica-
se que a maioria incidiu na União de Freguesias de Tondela e Nandufe (5) e Molelos (3), cuja preferência é
ainda observada nos últimos anos dado que os dois únicos loteamentos licenciados foram nestas mesmas
duas freguesias, tal como referido.
Não obstante a posição de destaque destas duas freguesias, Campo de Besteiros, Castelões, Lobão da Beira,
União das freguesias de Caparrosa e Silvares e União das freguesias de São Miguel do Outeiro e Sabugosa
foram outras onde se desenvolveram-se algumas destas operações, durante o decénio anterior. Para as
restantes freguesias, de 2001 até 2016, não se realizou qualquer loteamento (gráfico seguinte).
1
0
3
2
5
0
4
0 0 0
1 1
0 0 0 0
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
Loteamentos
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 129
Gráfico 35. Loteamentos, por freguesias, no concelho de Tondela (2001–2016)
FONTE: Divisão de Equipamentos Públicos, Reabilitação Urbana e SIG, Câmara Municipal de Tondela
33%
20%13%
13%
7%
7%
7%
União das freguesias de Tondela eNandufe
Molelos
Campo de Besteiros
Lobão da Beira
Lajeosa do Dão
União das freguesias de Caparrosae Silvares
União das freguesias de São Migueldo Outeiro e Sabugosa
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12. REVISÃO DOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO
TERRITORIAL
Os PMOT devem, no âmbito da sua elaboração, traduzir ou incorporar o quadro de desenvolvimento do
território estabelecido nos instrumentos de natureza estratégica de âmbito nacional e regional, tal como
previsto na alínea a) do artigo 75.º do RJIGT.
A elaboração dos PMOT obriga a identificar e a ponderar os planos, programas e projetos com incidência na
área em estudo, considerando aqueles que existam e os que se encontrem em preparação, de forma a
assegurar as necessárias compatibilizações, facto que é mencionado no n.º 4 do artigo 76.º do RJIGT.
12.1. Âmbito Nacional
12.1.1. Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território
No ano de 2007 foi publicado o Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT) através
da Lei n.º 58/2007, de 4 de setembro de 2007. Ainda no mesmo ano, o PNPOT foi alvo de duas retificações
por intermédio da Declaração de Retificação n.º 80-A/2007, de 7 de setembro de 2007 e da Declaração de
Retificação n.º 103-A/2007, de 2 de novembro de 2007.
O PNPOT constitui o quadro de referência para o desenvolvimento de um conjunto de instrumentos de gestão
territorial que intervêm nos domínios temáticos e gerais que vêm desenvolver e concretizar as suas
orientações universais, e âmbitos de intervenção. Apresenta um modelo territorial articulado com a Estratégia
Nacional de Desenvolvimento sustentável que estabelece uma visão estratégica do território nacional com
objetivos gerais de desenvolvimento económico, coesão social e proteção ambiental.
A Resolução de Conselho de Ministros n.º 44/2016, de 23 de agosto, determinou a alteração do PNPOT, a
fim de responder à necessidade de promoção da coesão territorial assente no reforço da estruturação urbana
do território nacional e na valorização do interior. Deverão ser levados em linha de conta os resultados e
recomendações da Avaliação do Programa de Ação 2007-2013 e ter presente o enfoque na dimensão
territorial das políticas públicas constantes do Portugal 2020.
Neste seguimento, a alteração ao PNPOT afirma que Tondela faz parte de um conjunto de cidades médias
que se destacam pela sua capacidade de estruturação supramunicipal, contribuindo para uma estrutura
policêntrica polarizada na Região Centro.
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Ademais, considerando o diagnóstico estratégico realizado, o PNPOT identificou 5 desafios territoriais a que
a política de ordenamento do território deverá dar resposta nas próximas décadas:
1. Gerir os recursos naturais de forma sustentável
2. Promover um sistema urbano policêntrico
3. Promover a inclusão e valorizar a diversidade territorial
4. Reforçar a conetividade interna e externa
5. Promover a governança territorial
Isto posto, atualmente a proposta de alteração foca-se na elaboração de um novo programa de ação com o
horizonte a 2030, assente num sistema de racionalização, monitorização e avaliação, capaz de dinamizar a
concretização das estratégias de organização e desenvolvimento territorial, que importa considerar aquando
da elaboração de qualquer PDM.
12.1.2. Plano Nacional da Água
O Plano Nacional da Água (PNA) define a estratégia nacional para a gestão integrada da água. Estabelece
as grandes opções da política nacional da água e os princípios e as regras de orientação dessa política, a
aplicar pelos planos de gestão de regiões hidrográficas e por outros instrumentos de planeamento das águas.
O primeiro PNA, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 112/2002, de 17 de abril, foi elaborado no quadro legal definido
pelo Decreto-Lei n.º 45/94, de 22 de fevereiro, e visava a implementação de uma gestão equilibrada e racional
dos recursos hídricos, que sempre foi assumida como uma das prioridades políticas em matéria de ambiente
e ordenamento do território. No entanto, a sua revisão impôs -se face ao decurso do tempo e à mudança do
quadro legal, entretanto ocorrida com a entrada em vigor da Lei da Água (Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro
com as alterações subsequentes).
Neste contexto, o Decreto-Lei n.º 76/2016, de 9 de novembro, aprovou o novo Plano Nacional da Água, nos
termos do n.º 4 do artigo 28.º da Lei da Água.
Tendo como referência os princípios e os objetivos consagrados no artigo 28.º da Lei da Água, o novo PNA
pretende definir as grandes opções estratégicas da política nacional da água, a aplicar em particular pelos
planos de gestão de região hidrográfica (PGRH) para o período 2016 -2021 e os programas de medidas que
lhes estão associados. Esta revisão reflete, igualmente, as grandes linhas prospetivas daquela política para
o período 2022 -2027, que corresponde ao 3.º ciclo de planeamento da Diretiva Quadro da Água.
12.1.3. Plano Rodoviário Nacional
O Plano Rodoviário Nacional (PRN) foi originalmente implementado em 1945 por intermédio do Decreto-Lei
n.º 34593, de 11 de maio de 1945, tendo sido sujeito a revisão em 1985 por meio do Decreto-Lei n.º 380/85,
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de 26 de setembro de 1985. Já em 1998, o PRN é alvo da 2.ª revisão conforme o Decreto-Lei n.º 222/98, de
17 de julho de 1998 (vulgarmente conhecido por PRN2000) e sujeito quase de imediato à Declaração de
Retificação n.º 19-D/98, de 31 de outubro de 2008.
Figura 18. Excerto do PRN 2000 – Rede rodoviária no concelho de Tondela e envolvente
FONTE: Infraestruturas de Portugal
Posteriormente, o PRN2000 foi sujeito a duas alterações, a primeira em 1999, de acordo com a Lei 98/99, de
26 de julho de 1999, e a segunda em 2003, de acordo com o Decreto-Lei n.º 182/2003, de 16 de agosto de
2003.
12.1.4. Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Vouga, Mondego e Lis (Rh4)
Nos termos da Diretiva Quadro da Água e da Lei da Água, o planeamento de gestão das águas está
estruturado em ciclos de 6 anos. Os primeiros Planos de Gestão de Região Hidrográfica (PGRH), elaborados
no âmbito deste quadro legal, estiveram vigentes até ao final 2015.
A Lei da Água (Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro) transpôs para a ordem jurídica nacional a Diretiva Quadro
da Água (DQA - Diretiva 2000/60/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de outubro), alterada e
republicada pelo Decreto-Lei n.º 130/2012, de 22 de junho, estabelecendo um quadro de ação comunitária
no domínio da política da água. Tem por objetivo proteger as massas de água superficiais interiores, as
massas de água costeiras, as massas de água de transição e as massas de água subterrâneas, tendo fixado
o ano de 2015 como prazo para os Estados-Membros atingirem o «bom estado» e «bom potencial» das
massas de águas.
Tais objetivos ambientais devem ser prosseguidos através da aplicação dos programas de medidas
especificados nos planos de gestão das bacias hidrográficas tendo sido aprovado para o efeito os Planos de
Gestão das Bacias Hidrográficas que integram a região hidrográfica 4 (RH4), designados PGBH do Vouga,
Mondego e Lis e das Ribeiras do Oeste Resolução do Conselho de Ministros 16-B/2013, de 22 de março (1.º
ciclo de planeamento).
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Terminado o 1.º ciclo de planeamento houve a necessidade de proceder à atualização e revisão necessária
para o 2º ciclo de planeamento, para vigorar no período 2016-2021, o que implicou em relação a cada região
hidrográfica, várias fases de trabalho dentro dos prazos previstos na LA.
Este processo resultou na Resolução do Conselho de Ministros n.º 52/2016, de 20 de setembro, republicada
pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 22-B/2016, de 18 de novembro, que aprova os Planos de Gestão
de Região Hidrográfica (PGRH) de Portugal Continental para o período 2016-2021 (2.º ciclo). O município de
Tondela encontra-se abrangido pelo PGRH do Vouga, Mondego e Lis (Região Hidrográfica 4).
O PGRH do Vouga, Mondego e Lis, enquanto instrumento de planeamento das águas, visa fornecer uma
abordagem integrada para a gestão dos recursos hídricos, dando coerência à informação para a ação e
sistematizando os recursos necessários para cumprir os objetivos definidos.
Figura 19. Delimitação geográfica da Região Hidrográfica do Vouga, Mondego e Lis
FONTE: PGRH Vouga, Mondego e Lis (2016)
Sucintamente, os objetivos estratégicos estabelecidos para a RH4 neste 2.º ciclo de planeamento prendem-
se com:
• Adequar a Administração Pública na Gestão da água;
• Atingir e manter o Bom Estado/Potencial das massas de água;
• Assegurar as disponibilidades de água para as utilizações atuais e futuras;
• Assegurar o conhecimento atualizado dos recursos hídricos;
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• Promover uma gestão eficaz e eficiente dos riscos associados à água;
• Promover a sustentabilidade económica da gestão da água;
• Sensibilizar a sociedade portuguesa para uma participação ativa na política da água;
• Assegurar a compatibilização da política da água com as políticas setoriais.
12.1.5. Plano de Ordenamento da Albufeira da Aguieira
O Plano de Ordenamento da Albufeira da Aguieira (POAA) é um PEOT, tendo sido publicado através da
Resolução do Conselho de Ministros n.º 186/2007, de 21 de dezembro, que tem a natureza de regulamento
administrativo e prevalece sobre os planos intermunicipais e municipais de ordenamento do território.
Genericamente, o POAA estabelece a definição e a regulamentação dos usos preferenciais, condicionados e
interditos na sua área de intervenção. Assim, o ordenamento do plano de água e da zona envolvente procura
conciliar a forte procura desta área com a conservação dos valores ambientais e ecológicos existentes,
principalmente, com a preservação da qualidade da água. Pretende, ainda, o aproveitamento dos recursos
naturais existentes, através de uma abordagem integrada das potencialidades e das limitações do meio, com
vista à definição de um modelo de desenvolvimento sustentável para o território. O POAA estabelece como
usos principais o abastecimento municipal, rega, indústria e produção de energia e estabelece como usos
secundários a pesca, banhos e natação, navegação a remos e à vela (atividades permitidas com restrições).
Figura 20. Planta Síntese do POAA (2008)
FONTE: DGT
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Na figura 20 é visível a Planta Síntese do POAA. Contudo, refira-se, desde já, que a abrangência territorial
do POAA no concelho de Tondela possui pouca expressão, estando confinado a uma pequena parcela no
extremo sul do concelho.
Face ao novo quadro jurídico vigente, a existência do POAA invoca a necessidade de cumprir o disposto na
Lei de Bases Gerais da Política Pública de Solos, de Ordenamento do Território e de Urbanismo, aprovada
pela Lei n.º 31/2014, de 30 de maio. Esta introduz alterações no quadro legal do ordenamento do território e
urbanismo, entre as quais, estabelece que o regime de uso do solo é fixado nos planos territoriais de âmbito
intermunicipal e municipal, através da classificação e qualificação do solo, passando apenas estes a vincular
direta e imediatamente os particulares.
Desta forma, as normas diretamente vinculativas dos particulares que integram o conteúdo dos planos
especiais do ordenamento do território – entenda-se aquelas que se referem aos regimes de usos permitidos,
condicionados ou proibidos do solo atendendo ao regime de salvaguarda que se pretende garantir e não às
regras gerais de gestão - em vigor devem ser vertidas para os planos de âmbito municipal ou intermunicipal,
situação esta que o município de Tondela prontamente concretizou.
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12.2. Âmbito Regional
12.2.1. Plano Regional de Ordenamento Florestal do Dão e Lafões
Os Planos Regionais de Ordenamento Florestal (PROF) revestem a natureza de planos sectoriais que
desenvolvem regionalmente as orientações preconizadas no sistema de planeamento florestal português. O
município de Tondela encontra-se abrangido pelo PROF Dão-Lafões (Decreto Regulamentar n.º 7/2006 de
18 de julho).
Figura 21. Mapa Síntese do PROF Dão-Lafões
FONTE: PROF Dão-Lafões (2006)
A revisão dos PROF em vigor, determinada pela ocorrência de factos relevantes constantes da Portaria n.º
78/2013, de 19 de fevereiro, é da responsabilidade do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas
(ICNF). Através da Portaria n.º 364/2013, de 20 de dezembro e do Despacho n.º 782/2014, de 17 de janeiro,
ficaram definidos os conteúdos detalhados dos PROF "de 2.ª geração", bem como a sua nova abrangência
geográfica, tendo sido reduzido o seu número (de 21 para 7). O município de Tondela integrará o PROF de
“2.ª geração” do Centro Litoral.
12.2.2. Plano Regional de Ordenamento do Território do Centro
Os Planos Regionais de Ordenamento do Território (PROT) estabelecem, designadamente, as opções
estratégicas de organização do território regional e as grandes opções de investimento público com impacte
territorial significativo, constituindo o quadro de referência estratégico para os planos de âmbito intermunicipal
e municipal.
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A Proposta do Plano Regional de Ordenamento do Território do Centro não chegou a ser aprovada, mas as
respetivas orientações para os diferentes setores foram alvo de avaliação e levadas em consideração na
Revisão do PDM de Tondela.
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12.3. Âmbito Municipal
12.3.1. Plano Diretor Municipal de Tondela
A Revisão do PDM de Tondela foi ratificado por intermédio do Aviso 9560/2011 e publicado no Diário da
República, 2.ª série, n.º 80, de 26 de abril de 2011. Desde a entrada em vigor do PDM de Tondela, foi sujeito
a uma correção material, nomeadamente a 1.ª Correção Material por intermédio da Declaração n.º 130/2016,
publicada no Diário da República, 2.ª série, n.º 182, de 21 de setembro de 2016 que teve como objetivo corrigir
o limite do espaço de atividades económicas – área industrial, armazenagem e serviço (ZIM de Tondela).
Nos termos definidos no Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio, nº. 1 do artigo 122.º do RJIGT, a correção
material dos programas e dos planos territoriais são admissíveis para os seguintes efeitos:
a) Acertos de cartografia, determinados por incorreções de cadastro, de transposição de escalas, de
definição de limites físicos identificáveis no terreno, bem como por discrepâncias entre plantas de
condicionantes e plantas de ordenamento;
b) Correções de erros materiais ou omissões, patentes e manifestos, na representação cartográfica
ou no regulamento;
c) Correções do regulamento ou das plantas, determinadas por incongruência destas peças entre si;
d) Correção de lapsos gramaticais, ortográficos, de cálculo ou de natureza análoga; ou
e) Correção de erros materiais provenientes de divergências entre o ato original e o ato efetivamente
publicado na 1.ª série do Diário da República.
A 1.ª Correção Material à revisão do PDM de Tondela prendeu-se com os acertos de cartografia determinados
pela transposição de escalas, nomeadamente no Espaço de Atividades Económicas, Zona Industrial de Adiça
(ZIM da Adiça).
Esta necessidade surgiu no âmbito da ampliação do Parque Industrial de Tondela - ZIM Adiça, e em concreto
da construção de novo arruamento a poente do Espaços de Atividades Económicas e da operação de
loteamento em terreno de propriedade da Câmara Municipal de Tondela. Arruamento que pretendia
estabelecer continuidade dos arruamentos existentes no Parque Industrial de Tondela - ZIM Adiça, fazendo
a ligação à rua do Campo de Futebol, junto a uma exploração avícola existente, e seguidamente a norte, até
ao cruzamento com o Meal.
Contudo, tal arruamento, ainda que compatível com o regime de edificabilidade previsto no regulamento do
Plano para Área de Indústria, Armazenagem e Serviços e Área Florestal de Produção, onde se desenvolve,
veio revelar e determinar a necessidade de acerto na Planta de Ordenamento, uma vez que o espaço afeto a
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Área de Indústria, Armazenagem e Serviços se encontrava erroneamente demarcado, não compreendendo,
por motivo de transposição de escala, a totalidade da operação de loteamento em causa.
O loteamento, que integra a definição do arruamento, demarcado com base em levantamento topográfico à
escala 1:1000, apresenta-se, por essa razão mais rigoroso, em comparação com a Planta de Ordenamento,
realizada sob cartografia oficial, com data de edição entre 1990 e 2000, à escala 1:25000.
Posto isto, a correção material incidiu sobre a alteração, na Planta de Ordenamento, da classe de solo rústico
para urbano, designadamente de Área Florestal de Produção para Área de Indústria, Armazenagem e
Serviços, correspondendo a uma área de 13154 m2.
Figura 22. Extrato da Planta de Ordenamento da área sujeita à 1.ª Correção Material ao PDM, inicial (esquerda) final
(direita)
FONTE: Planta de Ordenamento da Revisão do PDM de Tondela
Mais recentemente, o município de Tondela desenvolveu o processo de alteração, publicado no Diário da
República, 2.ª série — N.º 158 — 17 de agosto de 2017, por adaptação ao PDM de Tondela por força das
normas que integram o conteúdo dos PEOT em vigor deverem ser vertidas no PDM.
12.3.2. Plano de Pormenor do Parque Industrial de Tondela
O Plano de Pormenor do Parque Industrial de Tondela (PPPIT) foi aprovado pela Assembleia Municipal de
Tondela em 19 de outubro de 1990, tendo sido ratificado por despacho do Exmo. Sr. Secretário de Estado da
Administração Local e Ordenamento do Território, de 8 de setembro de 1991 e publicado no Diário da
República, 2.ª série, n.º 278 de 3 de dezembro de 1991.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
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Mais recentemente, em 2016 foi aprovada a 1.ª Alteração do PPPIT através do Aviso 16092/2016, o qual foi
publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 247, de 27 de dezembro de 2016 e que consistiu na alteração
das disposições dos artigos 3 e 8 do regulamento.
A necessidade da 1.ª alteração do PPPIT resultou da impreterível necessidade de ampliação das instalações
de vários estabelecimentos industriais aí existentes, que as disposições do PPPIT em vigor não admitiam,
por incompatibilidade com os índices de utilização, cércea e os afastamentos aos limites dos lotes previstos
no regulamento do plano.
Para fazer face a esta necessidade, o município de Tondela promoveu num primeiro momento em 2013 a
Suspensão do PPPIT com o concomitante estabelecimento de Medidas Preventivas, conforme Aviso n.º
11035/2013, de 30 de julho de 2013, o qual foi publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 170, de 4 de
setembro de 2013, fundamentado no relevante interesse público de âmbito local/regional e nacional.
Posteriormente, em 21 de setembro de 2015, a assembleia municipal de Tondela, em reunião ordinária,
deliberou, por unanimidade, aprovar a prorrogação da suspensão do PPPIT e das correspetivas medidas
preventivas pelo prazo de um ano, tendo para o efeito sido publicado o Aviso n.º 4596/2016 no Diário da
República, 2.ª série – n.º 66, de 5 de abril de 2016.
Estes procedimentos foram acompanhados pelo processo de alteração do PPPIT de modo a debelar os
constrangimentos postos à dinâmica industrial e à capacidade de ação do município.
12.3.3. Plano de Pormenor do Parque Industrial de Tondela (2.ª Fase)
O Plano de Pormenor do Parque Industrial de Tondela – 2.ª Fase foi aprovado pela Declaração de 29 de maio
de 1996 e publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 161 de 13 de julho de 1996.
No ano seguinte à publicação da Revisão do PDM de Tondela, foi aprovada a 1.ª Alteração ao Plano de
Pormenor do Parque Industrial de Tondela – 2.ª Fase através do Aviso 10664/2012, publicado no Diário da
República, 2.ª série, n.º 153, de 8 de agosto de 2012.
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Figura 23. Planta de Implantação do Plano de Pormenor do Parque Industrial de Tondela (2.ª Fase)
FONTE: DGT
A 1.ª Alteração ao Plano de Pormenor do Parque Industrial de Tondela – 2.ª Fase consistiu na necessidade
de possibilitar o aumento da disponibilidade imediata de área industrial, otimizando a organização das
infraestruturas viárias e a constituição de mais um lote, para o qual existia pretensão de ocupação imediata
por investidores privados. A alteração ao Plano de Pormenor serviu ainda para corrigir o somatório da área
do Plano que se encontrava incorretamente publicada.
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12.3.4. Plano de Pormenor com Efeitos Registais da Ampliação da Zona
Industrial Municipal da Adiça
Nos termos do n.º 1 do artigo 76.º do Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio, foi deliberado por unanimidade,
em reunião extraordinária pública da Câmara Municipal de Tondela, realizada em 17 de janeiro de 2017,
elaborar o Plano de Pormenor com efeitos registais para ampliação do Parque Industrial Municipal de Tondela,
numa área de 18,78 ha.
Este plano está qualificado como sujeito a Avaliação Ambiental Estratégica dado que implica a requalificação
de solo rústico em solo urbano de acordo com o decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de junho, alterado pelo
Decreto-Lei n.º 58/2011, de 4 de maio, e as operações urbanísticas a realizar para a sua implementação
deverão estar sujeitas a Avaliação de Impacte Ambiental, nos termos do decreto-Lei n.º 151-B/2013, de 15
de junho.
A elaboração do plano foi alvo de publicação em Diário da República, 2.ª série, n.º 27, de 7 de fevereiro de
2017 por intermédio do Aviso n.º 1493/2017, no qual se fixou o prazo de vinte dias para formulação de
sugestões e para apresentação de informações, sobre quaisquer questões que pudessem ser consideradas
no âmbito do procedimento de elaboração deste plano.
A Zona Industrial Municipal de Tondela (Adiça) ocupa cerca de 42 ha e sobre a qual foram desenvolvidos dois
PP: o PP do Parque Industrial de Tondela em 1991 (alvo de alteração em 2016) e o PP do Parque Industrial
de Tondela (2.ª Fase) em 1996 (alvo de alteração em 2012).
A área de expansão pretendida que se encontra delimitada na figura seguinte (levantamento topográfico à
escala 1:5000), é de aproximadamente de 19 ha e incide na categoria de Espaços Florestais na subcategoria
de Área Florestal de Produção, em solo rural (rústico de acordo com o novo quadro jurídico vigente) conforme
classificação constante na Planta de Ordenamento do PDM de Tondela.
Em linhas gerais, a elevada procura de lotes industriais por parte de investidores empresariais que tem
incidido sobre o espaço de atividades económicas da zona industrial Municipal Tondela (Adiça), junto ao IP3,
a sul da cidade de Tondela, sem espaço disponível justificam a urgência da expansão desta área, sob pena
de os mesmos procurarem territórios alternativos. A intervenção é estruturante para o reforço do
desenvolvimento económico contribuindo determinantemente para a atração e fixação populacional num
concelho interior do país integrado numa realidade de baixa densidade e em perda populacional.
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Figura 24. Área de intervenção do Plano de Pormenor com efeitos registais para ampliação da Zona Industrial da
Adiça
FONTE: Relatório do Plano (fevereiro 2018)
De acordo com a informação técnica relativa à ampliação da Zona Industrial da Adiça apresentada na
Deliberação da Câmara Municipal de Tondela de 17 de janeiro de 2017, «a 1ª Revisão do PDM de Tondela
propunha a delimitação de um novo espaço de atividades económicas a norte da cidade, na proximidade de
um nó com o IP3. Porém, estudos geológicos e levantamentos de campo desenvolvidos para o efeito,
demonstram uma natureza de solos que desaconselham a sua implantação nesta área face aos impactes
ambientais que daí resultariam, para além do investimento e esforço económico acrescido que a Câmara
Municipal teria que assegurar, fatores estes que desaconselham o seu desenvolvimento.»
Deste modo e face à urgência na execução de lotes de dimensões variáveis decorrente do interesse efetivo
demonstrado por diversos atores económicos ligados a diferentes ramos de atividade, nomeadamente
automóvel e agroalimentar, constituiu-se como imperativo a apresentação de soluções convincentes e
atrativas, que permitam enquadrar e acolher estas atividades num curto prazo.
Para além da oportunidade e do interesse que os agentes económicos demonstram no efetivo
desenvolvimento das suas atividades neste concelho, a expansão do espaço de atividades económicas da
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zona industrial Municipal é aquela que neste momento representa condições de maior eficácia e menor custo
de investimento público. As redes de infraestruturas existentes, quer a nível de abastecimento de água,
saneamento (incluindo a Estação de Tratamento de Águas Residuais - ETAR), e rede elétrica, dão garantias
para a expansão pretendida da zona industrial, sendo apenas necessário o prolongamento das redes
existentes não incorrendo em custos adicionais de redimensionamento, permitindo desta forma desenvolver
no mais curto prazo de tempo e com menores custos de investimento público.
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12.4. Outros Planos e Instrumentos
No presente ponto pretende-se destacar um conjunto de planos e regulamentos de âmbito municipal que
surgiram após 2011 e que assumem especial importância em matéria do ordenamento do território.
A primeira referência vai para o Regulamento Municipal de Urbanização e Edificação de Tondela (RMUET)
aprovado pelo Regulamento n.º 245/2015 e publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 92 em 13 de maio
de 2015. O RMUET «estabelece as normas de concretização e de execução do Regime Jurídico da
Urbanização e Edificação aprovado pelo Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, na sua redação atual,
bem como os princípios aplicáveis a todos os atos urbanísticos de transformação do território do concelho de
Tondela, sem prejuízo da legislação em vigor nesta matéria, dos planos municipais de ordenamento do
território eficazes ou de regulamentos específicos que se lhe sobreponham.»
O RMUET tem por objeto (cfr n.º 2 do artigo 2.º):
a) Fixar, ao nível municipal, as regras procedimentais em matéria de controlo prévio das operações
urbanísticas, das normas materiais referentes à urbanização e edificação, complementares às regras
definidas nos Planos Municipais de Ordenamento do Território e demais legislação em vigor,
designadamente, em termos de defesa do meio ambiente, qualificação do espaço público, estética,
salubridade e segurança das edificações;
b) Estabelecer as competências dos técnicos e atividade fiscalizadora;
c) Regular o novo procedimento de legalização das operações urbanísticas.
A revisão do PMDFCI de Tondela 2013-2017 aprovado em 19/07/2013 foi aprovado por despacho, exarado
em 27/01/2016 pelo Sr. Vice-Presidente do ICNF, nos termos do Regulamento do PMDFCI, publicado em
anexo ao Despacho n.º 4345/2012, de 27 de março. O PMDFCI tem um período de vigência de 5 anos,
contados a partir da data de aprovação (19/07/2013), conforme estipulado no artigo 9.º do Regulamento
supracitado.
O PMDFCI de Tondela pretende concretizar, à escala municipal, as recomendações quer do PNDFCI, quer
do Decreto-Lei n.º 124/2006 de 28 de junho, com a redação atual, nomeadamente no que se refere ao Sistema
Nacional de Defesa da Floresta. Trata-se de um importante instrumento para o concelho de Tondela em
virtude da problemática que os fogos florestais assumem no concelho, não esquecendo o ano de 2013 que
foi particularmente nefasto a este nível.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 146
13. ÁREAS DE REABILITAÇÃO URBANA
De acordo com os objetivos assumidos pelo Regime Jurídico da Reabilitação Urbana (RJRU), Decreto-Lei n.º
307/2009, de 23 de outubro, alterado e republicado pela Lei n.º 32/2012 de 14 de agosto a Reabilitação
Urbana é uma das componentes indispensáveis no desenvolvimento dos meios urbanos e da política de
habitação, a qual visa a requalificação e revitalização, procurando um funcionamento globalmente mais
harmonioso e sustentável.
Este Regime Jurídico procura dar respostas a questões que dificultavam o procedimento da reabilitação
urbana e propor soluções. Veio, igualmente, criar novas perspetivas de reabilitação urbana e colocar aos
municípios a responsabilidade pela delimitação de ARU, fundamental para a elaboração de uma estratégia
de reabilitação urbana.
A ARU, definida, pela legislação Lei 32/ 2012 de 14 de agosto, no seu artigo 12.º, e alínea n.º 1, como sendo
uma área que, em virtude da insuficiência, degradação ou obsolescência dos edifícios, das infraestruturas,
dos equipamentos de utilização coletiva e dos espaços urbanos e verdes de utilização coletiva, justifica uma
intervenção integrada, posteriormente concretizada através de ORU.
A reabilitação urbana em áreas de reabilitação urbana resulta da aprovação da delimitação da ARU e da
aprovação da ORU a desenvolver dentro dos limites da ARU, através de instrumento próprio ou de um plano
de pormenor de reabilitação urbana (artigo7.º do RJRU). Uma vez que a aprovação da delimitação da ARU
não ocorre em simultâneo com a aprovação da ORU, o município dispõe de 3 anos (a contar da data de
aprovação da ARU) para aprovar a correspondente operação de reabilitação urbana, sob pena de caducidade
da delimitação em causa, tal como determina o artigo15.º do RJRU.
Neste contexto, o município de Tondela encetou esforços no sentido de proceder à delimitação de duas ARU
no concelho: a ARU do Caramulo e a ARU de Tondela. Ambas dotadas dos elementos necessários à sua
delimitação, de acordo com os requisitos do artigo 13.º do RJRU, designadamente: a) memória descritiva e
justificativa, que inclui os critérios subjacentes à delimitação e os objetivos estratégicos a prosseguir; b) planta
com a delimitação da área abrangida e c) quadro dos benefícios fiscais associados aos impostos municipais.
13.1. ARU do Caramulo
A aprovação da delimitação da ARU do Caramulo foi aprovada em reunião ordinária da Câmara Municipal de
Tondela de 12 de dezembro de 2013. Por sua vez, a Assembleia Municipal de Tondela, em sessão realizada
no dia 21 de dezembro de 2013, deliberou, nos termos do n.º 1 do artigo 13.º do RJRU, aprovar a delimitação
da ARU do Caramulo, que inclui a Memória Descritiva e Justificativa, a Planta de Delimitação e o Quadro de
Benefícios Fiscais, nos termos do n.º 1 do artigo 13.º do RJRU, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 307/2009 de
23 de outubro, alterado e republicado pela Lei n.º 32/2012 de 14 de agosto.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 147
A ARU do Caramulo foi alvo de publicação no Diário da República, 2.ª série, n.º 55, de 19 de março de 2014
por intermédio do Aviso n.º 3881/2014.
Figura 25. Delimitação da ARU do Caramulo
Fonte: Portal da Habitação
No entanto, a ARU do Caramulo caducou por não ter chegado a ter plena eficácia legal. Deste modo, o
município retomou o processo de reabilitação do aglomerado, através da delimitação de uma nova ARU, a
qual, naturalmente, tem em consideração a primeira proposta.
Neste âmbito foi deliberado, por unanimidade, em assembleia municipal de Tondela realizada em 22 de junho
de 2018, sob proposta da deliberação do executivo de 19 de junho de 2018, a Delimitação da Área de
Reabilitação Urbana do Caramulo.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 148
13.2. ARU de Tondela
A aprovação da delimitação da ARU de Tondela foi aprovada em reunião ordinária da Câmara Municipal de
Tondela de 12 de novembro de 2015. Por sua vez a Assembleia Municipal de Tondela em sessão realizada
no dia 30 de setembro de 2016, deliberou, nos termos do n.º 1 do artigo 13.º do RJRU, aprovar a delimitação
da ARU de Tondela, que inclui a Memória Descritiva e Justificativa, a Planta de Delimitação e o Quadro de
Benefícios Fiscais nos termos do n.º 1 do artigo 13.º do RJRU, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 307/2009 de 23
de outubro, alterado e republicado pela Lei n.º 32/2012 de 14 de agosto.
Figura 26. Delimitação da ARU de Tondela
Fonte: Portal da Habitação
A ARU de Tondela foi alvo de publicação no Diário da República, 2.ª série, n.º 208, de 28 de outubro de 2016
por intermédio do Aviso n.º 13381/2016.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 149
14. PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO URBANO
Resulta do Acordo de Parceria e dos Programas Operacionais que os municípios que correspondem a centros
urbanos de nível superior ou Autoridades Urbanas devem apresentar um Plano Estratégico de
Desenvolvimento Urbano (PEDU), desde que pretendam contratualizar com o respetivo Programa
Operacional Regional as prioridades de investimento inscritas no eixo urbano, designadamente:
a) 4.5 - Promoção de estratégias de baixo teor de carbono para todos os tipos de territórios,
nomeadamente as zonas urbanas, incluindo a promoção da mobilidade urbana multimodal
sustentável e medidas de adaptação relevantes para a atenuação;
b) 6.5 - Adoção de medidas destinadas a melhorar o ambiente urbano, a revitalizar as cidades,
recuperar e descontaminar zonas industriais abandonadas, (incluindo zonas de reconversão), a
reduzir a poluição do ar e a promover medidas de redução de ruído;
c) 9.8 - Concessão de apoio à regeneração física, económica e social das comunidades
desfavorecidas em zonas urbanas e rurais.
O PEDU é o instrumento de programação com apoio global do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional
(FEDER) para o período 2014-2020, que suportará a contratualização com as Autoridades Urbanas e constitui
o elemento de integração dos seguintes instrumentos de planeamento, que suportam as diferentes prioridades
de investimento referidas:
▪ Plano de mobilidade urbana sustentável (com âmbito territorial de nível NUTS III).
▪ Plano de ação de regeneração urbana.
▪ Plano de ação integrado para as comunidades desfavorecidas.
Neste âmbito, o município de Tondela procedeu à elaboração do PEDU do município de Tondela no qual
estabeleceu um conjunto de investimentos apresentados no quadro seguinte.
O processo de seleção dos PEDU envolveu duas fases. Na primeira fase houve um investimento total elegível
acordado de 11.452.941,18€ com uma dotação do Fundo acordado de 4.000.000,00€, o que corresponde a
uma taxa de cofinanciamento global para esta 1.ª fase de 35%. Nesta 1.ª fase a generalidade dos
investimentos apresentam uma taxa de cofinanciamento de 85%, enquanto parte dos investimentos da
prioridade de investimento 06.05 (regeneração urbana) apresentam taxas de cofinanciamento na ordem dos
4% e 7%, em particular os investimentos dirigidos à propriedade privada. Na segunda fase, todos os
investimentos apresentam uma taxa de cofinanciamento de 85%.
No cômputo geral, os investimentos estabelecidos no PEDU do município de Tondela ascendem a um
investimento total elegível acordado de 12.761.176,47€ com uma dotação acordada do Fundo de
5.112.000,00€, correspondente a uma taxa de cofinanciamento de 40%.
Tondela REOT – Relatório sobre o Estado do Ordenamento do Território
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda 150
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 151
Quadro 69. Caracterização dos projetos e metas dos indicadores de desempenho do PEDU do concelho de Tondela
PI Designação
Investimento Total
Elegível (€) - Acordado
Dotação Fundo (€) - Acordado
Indicador de Realização PO
Indicador de
Realização PO (Meta
2018)
Indicador de
Realização PO (Meta
2023)
Indicador de Resultado PO
Indicador de Resultado PO
(Redução Emissões
GEE estimada)
Emissões nos
Transportes Rodoviários (ton CO2eq)
(Val. Ref. 2012)
Indicador de
Resultado PO (ton CO2eq) (Meta 2018)
Indicador de
Resultado PO (ton CO2eq) (Meta 2023)
Negociação 1.ª Fase
04.05
Corredor ciclável / pedonal norte de Tondela
400.000,00 340.000,00
Planos de mobilidade urbana sustentável implementados (n.º)
1 1
Emissão estimada dos gases com
efeito estufa (Ton CO2eq)
68 56,050,54 68 68
Implementação de um sistema de Transporte a pedido no concelho de Tondela
120.000,00 102.000,00
Planos de mobilidade urbana sustentável implementados (n.º)
1 1
Emissão estimada dos gases com
efeito estufa (Ton CO2eq)
173 56,050,54 0 173
Melhoria do Centro de Coordenação de Transportes
500.000,00 425.000,00
Planos de mobilidade urbana sustentável implementados (n.º)
1 1
Emissão estimada dos gases com
efeito estufa (Ton CO2eq)
173 56,050,54 0 173
06.05
Reabilitação de um antigo armazém vinícola - Centro de Interpretação e Funções de Apoio ao Empreendedorismo
1.000.000,00 850.000,00
Desenvolvimento urbano: Edifícios públicos ou comerciais construídos ou renovados em áreas urbanas(m2)
750,00 750,00
Aumento do grau de
satisfação dos residentes que
habitam em áreas com estratégias
integradas de desenvolvimento urbano (1 a 10)
N.a. N.a. 3 4
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 152
PI Designação
Investimento Total
Elegível (€) - Acordado
Dotação Fundo (€) - Acordado
Indicador de Realização PO
Indicador de
Realização PO (Meta
2018)
Indicador de
Realização PO (Meta
2023)
Indicador de Resultado PO
Indicador de Resultado PO
(Redução Emissões
GEE estimada)
Emissões nos
Transportes Rodoviários (ton CO2eq)
(Val. Ref. 2012)
Indicador de
Resultado PO (ton CO2eq) (Meta 2018)
Indicador de
Resultado PO (ton CO2eq) (Meta 2023)
Reconversão de um edifício para implementação de um centro de empreendedorismo de base local - Parque Tecnológico de Tondela - 1.ª fase
891.764,71 758.000,00
Desenvolvimento urbano: Edifícios públicos ou comerciais construídos ou renovados em áreas urbanas(m2)
650,00 650,00
Aumento do grau de
satisfação dos residentes que
habitam em áreas com estratégias
integradas de desenvolvimento urbano (1 a 10)
N.a. N.a. 3 4
Recuperação da frente ribeirinha do rio Dinha
941.176,47 800.000,00
Espaços Abertos criados ou reabilitados em áreas Urbanas(m2)
6.000,00 12.000,00
Aumento do grau de
satisfação dos residentes que
habitam em áreas com estratégias
integradas de desenvolvimento
N.a. N.a. 3 4
Intervenções de Reabilitação no Edificado de Propriedade Privada - Tondela - Através de Instrumento Financeiro
2.000.000,00 74.074,07
Desenvolvimento urbano: Edifícios públicos ou comerciais construídos ou renovados em áreas urbanas(m2)
750 1.500,00
Aumento do grau de
satisfação dos residentes que
habitam em áreas com estratégias
integradas de desenvolvimento urbano (1 a 10)
N.a. N.a. 3 4
Habitações reabilitadas em áreas urbanas (m2)
4 10
Aumento do grau de
satisfação dos residentes que
habitam em áreas com estratégias
integradas de desenvolvimento
N.a. N.a. 3 4
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 153
PI Designação
Investimento Total
Elegível (€) - Acordado
Dotação Fundo (€) - Acordado
Indicador de Realização PO
Indicador de
Realização PO (Meta
2018)
Indicador de
Realização PO (Meta
2023)
Indicador de Resultado PO
Indicador de Resultado PO
(Redução Emissões
GEE estimada)
Emissões nos
Transportes Rodoviários (ton CO2eq)
(Val. Ref. 2012)
Indicador de
Resultado PO (ton CO2eq) (Meta 2018)
Indicador de
Resultado PO (ton CO2eq) (Meta 2023)
Reabilitação do Edificado de Propriedade Privada - Refuncionalização dos Ex-Sanatórios e Outros - Através de Instrumento Financeiro
4.000.000,00 148.148,15
Desenvolvimento urbano: Edifícios públicos ou comerciais construídos ou renovados em áreas urbanas(m2)
1.000,00 3.000,00
Aumento do grau de
satisfação dos residentes que
habitam em áreas com estratégias
integradas de desenvolvimento urbano (1 a 10)
N.a. N.a. 3 4
Habitações reabilitadas em áreas urbanas (m2)
10,00 20,00
Aumento do grau de
satisfação dos residentes que
habitam em áreas com estratégias
integradas de desenvolvimento
N.a. N.a. 3 4
Reabilitação de um edifício para implementação de um pólo de dinamização das indústrias culturais - Através de Instrumento Financeiro
1.100.000,00 77.777,78
Desenvolvimento urbano: Edifícios públicos ou comerciais construídos ou renovados em áreas urbanas(m2)
0,00 1.500,00
Aumento do grau de
satisfação dos residentes que
habitam em áreas com estratégias
integradas de desenvolvimento urbano (1 a 10)
N.a. N.a. 3 4
09.08 Reabilitação de edifícios para habitação social -Tondela
500.000,00 425.000,00
Desenvolvimento urbano: Habitações reabilitadas em áreas urbanas (n.º)
3,00 10
Aumento do grau de
satisfação dos residentes que
habitam em áreas com estratégias
integradas de desenvolvimento urbano (1 a 10)
N.a. N.a. 3 4
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 154
PI Designação
Investimento Total
Elegível (€) - Acordado
Dotação Fundo (€) - Acordado
Indicador de Realização PO
Indicador de
Realização PO (Meta
2018)
Indicador de
Realização PO (Meta
2023)
Indicador de Resultado PO
Indicador de Resultado PO
(Redução Emissões
GEE estimada)
Emissões nos
Transportes Rodoviários (ton CO2eq)
(Val. Ref. 2012)
Indicador de
Resultado PO (ton CO2eq) (Meta 2018)
Indicador de
Resultado PO (ton CO2eq) (Meta 2023)
Negociação 2.ª Fase
04.05
Desenvolvimento de uma plataforma de informação de mobilidade e paineis informativos
160.000,00 136.000,00
Planos de mobilidade urbana sustentável implementados (n.º)
1 1
Emissão estimada dos gases com
efeito estufa (Ton CO2eq)
55 56.050,54 0 55
Promoção de uma única solução de pagamento de mobilidade
40.000,00 34.000,00
Planos de mobilidade urbana sustentável implementados (n.º)
1 1
Emissão estimada dos gases com
efeito estufa (Ton CO2eq)
14 56.050,54 0 14
Promoção e disponibilização de dados abertos de mobilidade (OPEN DATA)
100.000,00 85.000,00
Planos de mobilidade urbana sustentável implementados (n.º)
1 1
Emissão estimada dos gases com
efeito estufa (Ton CO2eq)
35 56.050,54 0 35
06.5
Reconversão de um edifício para implementação de um centro de empreendedorismo de base local - Parque Tecnológico de Tondela - 2.ª fase
1.008.235,29 857.000,00
Desenvolvimento urbano: Edifícios públicos ou comerciais construídos ou renovados em áreas urbanas(m2)
0,00 745,00
Aumento do grau de
satisfação dos residentes que
habitam em áreas com estratégias
integradas de desenvolvimento urbano (1 a 10)
N.a. N.a. 3 4
FONTE: PEDU do município de Tondela
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 155
15. QUADROS COMUNITÁRIOS DE APOIO
15.1. Programa Operacional Centro 2020
O Programa Operacional Centro 2020 encontra-se integrado no Portugal 2020 e é o instrumento de
programação para a aplicação dos fundos europeus para a região Centro de Portugal, no período entre
2014 e 2020. Tem uma dotação de 2,155 mil milhões de euros, dos quais 1,751 mil milhões de euros
correspondem ao Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e 404 milhões de euros
correspondem ao Fundo Social Europeu (FSE).
De acordo com os objetivos do Centro 2020, a Região Centro ambiciona tornar-se Innovation Follower,
representar 20% do PIB Nacional e convergir para os níveis de produtividade nacional, diminuir em
10% as assimetrias territoriais, ter 40% da população jovem com formação superior e ter uma taxa de
desemprego inferior a 70% da média nacional.
A Região Centro terá como prioridades, até 2020, sustentar e reforçar a criação de valor e a
transferência de conhecimento, promover um tecido económico responsável, industrializado e
exportador, captar e reter talento qualificado e inovador, reforçar a coesão territorial, estruturar uma
rede policêntrica de cidades de média dimensão, dar vida e sustentabilidade a infraestruturas existentes
e consolidar a capacitação institucional.
O Centro 2020 está estruturado em 9 eixos prioritários (mais um), mobilizando 9 objetivos temáticos e
27 prioridades de investimento. Apresentam-se de seguida os eixos prioritários:
• Eixo 1 - Investigação, desenvolvimento e inovação (IDEIAS)
• Eixo 2 - Competitividade e internacionalização da economia regional (COMPETIR)
• Eixo 3 - Desenvolver o potencial humano (APRENDER)
• Eixo 4 - Promover e dinamizar a empregabilidade (EMPREGAR e CONVERGIR)
• Eixo 5 - Fortalecer a coesão social e territorial (APROXIMAR e CONVERGIR)
• Eixo 6 - Afirmar a sustentabilidade dos recursos (SUSTENTAR)
• Eixo 7 - Afirmar a sustentabilidade dos territórios (CONSERVAR)
• Eixo 8 - Reforçar a capacitação institucional das entidades regionais (CAPACITAR)
• Eixo 9 - Reforçar a rede urbana (CIDADES)
• Eixo 10 - Assistência técnica
Em face deste novo Programa Operacional Regional do Centro 2014 - 2020, o concelho de Tondela
tem atualmente (com dados atualizados a 30.04.2017) 11 projetos aprovados com um investimento
total elegível de 1.933.721,64€ e um fundo total aprovado de 1.363.615,27€, correspondente a uma
taxa de cofinanciamento de 71% (cfr quadro seguinte). Destes 11 projetos, 3 são da responsabilidade
do município de Tondela, todos com uma taxa de cofinanciamento de 85%, correspondentes a 62% do
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 156
total de investimento total elegível para o concelho (1.196.850,57€) e a 75% do total do fundo total
aprovado (1.017.322,98€).
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 157
Quadro 70. Projetos aprovados no âmbito do Centro 2020 no concelho de Tondela (com dados atualizados a 30.04.2017)
Código da
Operação
Nome da Operação
Nome do Beneficiário
Despesas
elegíveis totais atribuíd
as à operaçã
o
Fundo Total
Aprovado
FEEI Eixo Prioritário Objetivo Temático
Prioridade de Investimento
Resumo da Operação
Data de Aprovaç
ão
Data de Início de
financiamento
Data de fim de
financiamento
Domínio de Intervenção
Taxa de Cofinanciam
ento
CENTRO-09-1406-FEDER-000008
Implementação do Sistema de Transporte a Pedido no Concelho de Tondela - Transporte de Passageiros a Pedido
MUNICÍPIO DE TONDELA
91020,00
77367,00
FEDER
09 - Reforçar a rede urbana (CIDADES)
04 - Apoiar a transição para uma economia de baixo teor de carbono em todos os setores
4.5- A promoção de estratégias de baixo teor de carbono para todos os tipos de territórios, nomeadamente as zonas urbanas, incluindo a promoção da mobilidade urbana multimodal sustentável e medidas de adaptação relevantes para a atenuação;
15/12/2016
30/11/2016
31/10/2017
Medidas ambientais destinadas a reduzir e/ou evitar emissões de gases com efeito de estufa (incluindo tratamento e armazenagem de gás metano e compostagem)
85,0
CENTRO-07-2114-FEDER-000046
Requalificação da fachada da Igreja Românica de Canas de Santa Maria
MUNICÍPIO DE TONDELA
190047,04
161539,98
FEDER
07 - Afirmar a sustentabilidade dos territórios (CONSERVAR)
06 - Preservar e proteger o ambiente e promover a eficiência energética
6.3- A conservação, proteção, promoção e o desenvolvimento do património natural e cultural;
13/04/2017
01/02/2017
31/08/2017
Proteção, desenvolvimento e promoção de ativos públicos culturais e patrimoniais
85,0
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 158
Código da
Operação
Nome da Operação
Nome do Beneficiário
Despesas
elegíveis totais atribuíd
as à operaçã
o
Fundo Total
Aprovado
FEEI Eixo Prioritário Objetivo Temático
Prioridade de Investimento
Resumo da Operação
Data de Aprovaç
ão
Data de Início de
financiamento
Data de fim de
financiamento
Domínio de Intervenção
Taxa de Cofinanciam
ento
CENTRO-03-5673-FEDER-000061
REABILITAÇÃO DA ESCOLA SECUNDÁRIA DE TONDELA – FASE 1
MUNICÍPIO DE TONDELA
915783,53
778416,00
FEDER
03 - Desenvolver o potencial humano (APRENDER)
10 - Investir na educação, na formação e na formação profissional para aquisição de competências e a aprendizagem ao longo da vida
10.5- Desenvolvimento das infraestruturas educativas e formativas;
22/02/2017
12/02/2017
31/12/2018
Infraestruturas educativas para o ensino escolar (ensino básico e secundário)
85,0
CENTRO-02-0651-FEDER-008554
Implementação do Sistema de Gestão da Qualidade
VALE - SOLUÇÕES PARA PRODUÇÃO, LDA
19800,00
14850,00
FEDER
02 - Competitividade e internacionalização da economia regional (COMPETIR)
03 - Reforçar a competitividade das pequenas e médias empresas
3.1- A promoção do espírito empresarial nomeadamente facilitando o apoio à exploração económica de novas ideias e incentivando a criação de novas empresas, inclusive através de viveiros de empresas.
Implementação do Sistema de
Gestão da Qualidade
27/10/2015
17/11/2015
16/11/2016
Desenvolvimento das atividades das PME, apoio ao empreendedorismo e incubação, incluindo apoio a empresas derivadas (spin-outs) e a novas empresas (spin-offs)
78,7
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 159
Código da
Operação
Nome da Operação
Nome do Beneficiário
Despesas
elegíveis totais atribuíd
as à operaçã
o
Fundo Total
Aprovado
FEEI Eixo Prioritário Objetivo Temático
Prioridade de Investimento
Resumo da Operação
Data de Aprovaç
ão
Data de Início de
financiamento
Data de fim de
financiamento
Domínio de Intervenção
Taxa de Cofinanciam
ento
CENTRO-04-3560-FSE-021118
ARQUINEW - Plano de internacionalização 2016 / 2018
ARQUINEW - ARQUITECTURA E PROJECTOS LDA
2089,43 1462,60 FSE
04 - Promover e dinamizar a empregabilidade (EMPREGAR E CONVERGIR)
08 - Promover a sustentabilidade e a qualidade do emprego e apoiar a mobilidade laboral
8.5- Adaptação dos trabalhadores, das empresas e dos empresários à mudança;
ARQUINEW - Plano de
internacionalização 2016 /
2018
03/11/2016
22/06/2016
21/06/2018
Adaptação dos trabalhadores, das empresas e dos empresários à mudança
85,0
CENTRO-04-3560-FSE-020752
MÓDULO GEOMÉTRICO ? Plano de internacionalização 2016 / 2018
MÓDULO GEOMÉTRICO - DESIGN, DECORAÇÕES E CONSTRUÇÕES LDA
1746,51 1222,56 FSE
04 - Promover e dinamizar a empregabilidade (EMPREGAR E CONVERGIR)
08 - Promover a sustentabilidade e a qualidade do emprego e apoiar a mobilidade laboral
8.5- Adaptação dos trabalhadores, das empresas e dos empresários à mudança;
MÓDULO GEOMÉTRICO
? Plano de internacionaliz
ação 2016 / 2018
03/11/2016
08/07/2016
07/07/2018
Adaptação dos trabalhadores, das empresas e dos empresários à mudança
85,0
CENTRO-02-0752-FEDER-021118
ARQUINEW - Plano de internacionalização 2016 / 2018
ARQUINEW - ARQUITECTURA E PROJECTOS LDA
260267,60
117120,42
FEDER
02 - Competitividade e internacionalização da economia regional (COMPETIR)
03 - Reforçar a competitividade das pequenas e médias empresas
3.2- O desenvolvimento e aplicação de novos modelos empresariais para as PME, especialmente no que respeita à internacionalização.
ARQUINEW - Plano de
internacionalização 2016 /
2018
03/11/2016
22/06/2016
21/06/2018
Serviços avançados de apoio a PME e grupos de PME (incluindo serviços de gestão, marketing e design)
78,7
CENTRO-02-0752-FEDER-020752
MÓDULO GEOMÉTRICO ? Plano de internacionalização 2016 / 2018
MÓDULO GEOMÉTRICO - DESIGN, DECORAÇÕES E CONSTRUÇÕES LDA
253922,60
114265,17
FEDER
02 - Competitividade e internacionalização da economia regional (COMPETIR)
03 - Reforçar a competitividade das pequenas e médias empresas
3.2- O desenvolvimento e aplicação de novos modelos empresariais para as PME, especialmente no que respeita à
MÓDULO GEOMÉTRICO
? Plano de internacionaliz
ação 2016 / 2018
03/11/2016
08/07/2016
07/07/2018
Serviços avançados de apoio a PME e grupos de PME (incluindo serviços de gestão, marketing e design)
78,7
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 160
Código da
Operação
Nome da Operação
Nome do Beneficiário
Despesas
elegíveis totais atribuíd
as à operaçã
o
Fundo Total
Aprovado
FEEI Eixo Prioritário Objetivo Temático
Prioridade de Investimento
Resumo da Operação
Data de Aprovaç
ão
Data de Início de
financiamento
Data de fim de
financiamento
Domínio de Intervenção
Taxa de Cofinanciam
ento
internacionalização.
CENTRO-02-0853-FEDER-003964
Implementação da NP EN ISO/IEC 17025 - Requisitos gerais de competência para laboratórios de ensaio e calibração e norma NP EN ISO 22000 - Sistemas de gestão da segurança alimenta
NUTRINOVA - NUTRIÇÃO ANIMAL, S.A.
19800,00
14850,00
FEDER
02 - Competitividade e internacionalização da economia regional (COMPETIR)
03 - Reforçar a competitividade das pequenas e médias empresas
3.3- A concessão de apoio à criação e ao alargamento de capacidades avançadas de desenvolvimento de produtos e serviços;
Implementação da NP EN
ISO/IEC 17025 - Requisitos
gerais de competência
para laboratórios de
ensaio e calibração e
norma NP EN ISO 22000 - Sistemas de gestão da segurança alimenta
11/08/2015
15/09/2015
14/09/2016
Processos de investigação e inovação nas PME (incluindo «vales», processos, conceção, serviços e inovação social)
78,7
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 161
Código da
Operação
Nome da Operação
Nome do Beneficiário
Despesas
elegíveis totais atribuíd
as à operaçã
o
Fundo Total
Aprovado
FEEI Eixo Prioritário Objetivo Temático
Prioridade de Investimento
Resumo da Operação
Data de Aprovaç
ão
Data de Início de
financiamento
Data de fim de
financiamento
Domínio de Intervenção
Taxa de Cofinanciam
ento
CENTRO-02-0853-FEDER-018258
NUTRINOVA | INOVAÇÃO ORGANIZACIONAL E MARKETING
NUTRINOVA - NUTRIÇÃO ANIMAL, S.A.
171799,63
77309,83
FEDER
02 - Competitividade e internacionalização da economia regional (COMPETIR)
03 - Reforçar a competitividade das pequenas e médias empresas
3.3- A concessão de apoio à criação e ao alargamento de capacidades avançadas de desenvolvimento de produtos e serviços;
NUTRINOVA | INOVAÇÃO
ORGANIZACIONAL E
MARKETING
12/01/2017
29/03/2016
28/03/2018
Investimento produtivo genérico em pequenas e médias empresas («PME»)
78,7
CENTRO-04-3560-FSE-018258
NUTRINOVA | INOVAÇÃO ORGANIZACIONAL E MARKETING
NUTRINOVA - NUTRIÇÃO ANIMAL, S.A.
7445,30 5211,71 FSE
04 - Promover e dinamizar a empregabilidade (EMPREGAR E CONVERGIR)
08 - Promover a sustentabilidade e a qualidade do emprego e apoiar a mobilidade laboral
8.5- Adaptação dos trabalhadores, das empresas e dos empresários à mudança;
NUTRINOVA | INOVAÇÃO
ORGANIZACIONAL E
MARKETING
12/01/2017
29/03/2016
28/03/2018
Adaptação dos trabalhadores, das empresas e dos empresários à mudança
85,0
FONTE: Centro 2020, In http://www.centro.portugal2020.pt/index.php/projetos-aprovados
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 162
O município de Tondela faz parte integrante da Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões – CIM
Viseu Dão Lafões - regendo -se pela Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro e demais disposições legais
aplicáveis. A Comunidade é composta pelos municípios de Aguiar da Beira, Carregal do Sal, Castro
Daire, Mangualde, Nelas, Oliveira de Frades, Penalva do Castelo, Stª Comba Dão, S. Pedro do Sul,
Sátão, Tondela, Vila Nova de Paiva, Viseu e Vouzela.
Considerando que o Acordo de Parceria que Portugal assinou com a Comissão Europeia propõe para
o período 2014 – 2020 a escala NUTS III como referência territorial para a concretização de
Investimentos Territoriais Integrados (ITI), através de Pactos de Desenvolvimento e Coesão Territorial
(PDCT), a CIM Viseu Dão Lafões estabeleceu com as Autoridades de Gestão dos Programas
Operacionais um PDCT em 31 de agosto de 2015 com um apoio global de Fundo de 39.613.322,33€.
Para o efeito a CIM Viseu Dão Lafões comprometeu-se a contribuir para o cumprimento das metas dos
Programas Operacionais através das metas dos indicadores de realização e dos indicadores de
resultado associados às prioridades de investimento / tipologias de operações contratualizadas na
Pacto.
Neste contexto a CIM Viseu Dão Lafões tem atualmente (com dados atualizados a 30.04.2017) 4
projetos aprovados (onde se inclui a componente da assistência técnica à entidade) com um
investimento total elegível de 1.149.287€ e um fundo total aprovado de 976.894€, correspondente a
uma taxa de cofinanciamento de 85% (cfr quadro seguinte).
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 163
Quadro 71. Projetos aprovados no âmbito do Centro 2020 para a CIM Viseu Dão Lafões (com dados atualizados a 30.04.2017)
Código da
Operação
Nome da Operação
Nome do Beneficiário
Despesas
elegíveis totais
atribuídas à
operação
Fundo Total
Aprovado
FEEI Eixo Prioritário Objetivo Temático
Prioridade de Investimento
Data de Aprovaçã
o
Data de Início de
financiamento
Data de fim de
financiamento
Domínio de Intervenção
Taxa de Cofinanciamen
to
CENTRO-06-1406-FEDER-000005
Elaboração do Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável da Região Viseu Dão Lafões
COMUNIDADE INTERMUNICIPAL VISEU DÃO LAFÕES
188235 160000 FEDE
R
06 - Afirmar a sustentabilidade dos recursos (SUSTENTAR)
04 - Apoiar a transição para uma economia de baixo teor de carbono em todos os setores
4.5- A promoção de estratégias de baixo teor de carbono para todos os tipos de territórios, nomeadamente as zonas urbanas, incluindo a promoção da mobilidade urbana multimodal sustentável e medidas de adaptação relevantes para a atenuação;
18/11/2015
02/11/2015 31/12/2016
Sistemas de transporte inteligentes (incluindo a introdução da gestão da procura, sistemas de portagem, sistemas TI de monitorização, de controlo e de informação)
85,0
CENTRO-07-2114-FEDER-000031
Sinalização Turística de Viseu Dão Lafões
COMUNIDADE INTERMUNICIPAL VISEU DÃO LAFÕES
110588 94000 FEDER
07 - Afirmar a sustentabilidade dos territórios (CONSERVAR)
06 - Preservar e proteger o ambiente e promover a eficiência energética
6.3- A conservação, proteção, promoção e o desenvolvimento do património natural e cultural;
12/01/2017
31/10/2016 31/12/2017
Proteção e promoção da biodiversidade, proteção da natureza e infraestruturas «verdes»
85,0
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 164
Código da
Operação
Nome da Operação
Nome do Beneficiário
Despesas
elegíveis totais
atribuídas à
operação
Fundo Total
Aprovado
FEEI Eixo Prioritário Objetivo Temático
Prioridade de Investimento
Data de Aprovaçã
o
Data de Início de
financiamento
Data de fim de
financiamento
Domínio de Intervenção
Taxa de Cofinanciamen
to
CENTRO-02-0651-FEDER-000048
EMPREENDER+ VISEU DÃO LAFÕES - Promoção do Empreendedorismo na Região Viseu Dão Lafões
COMUNIDADE INTERMUNICIPAL VISEU DÃO LAFÕES
502724 427315 FEDER
02 - Competitividade e internacionalização da economia regional (COMPETIR)
03 - Reforçar a competitividade das pequenas e médias empresas
3.1- A promoção do espírito empresarial nomeadamente facilitando o apoio à exploração económica de novas ideias e incentivando a criação de novas empresas, inclusive através de viveiros de empresas.
14/06/2016
01/11/2015 31/10/2017
Desenvolvimento das atividades das PME, apoio ao empreendedorismo e incubação, incluindo apoio a empresas derivadas (spin-outs) e a novas empresas (spin-offs)
78,7
CENTRO-10-6177-FEDER-000009
Assistência Técnica 2015/2016
COMUNIDADE INTERMUNICIPAL VISEU DÃO LAFÕES
347740 295579 FEDER
10 - Assistência Técnica
13 - Não aplicável (apenas assistência técnica)
13.1- AT 14/06/2016
01/01/2015 31/12/2016
Preparação, execução, acompanhamento e inspeção
85,0
FONTE: Centro 2020, In http://www.centro.portugal2020.pt/index.php/projetos-aprovados
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 165
Merece particular referência o Plano Intermunicipal de Mobilidade e Transportes (PIMT) que constitui
um instrumento que estabelece a estratégia global de intervenção em matéria de organização das
acessibilidades e gestão da mobilidade, definindo um conjunto de ações e medidas que contribuam
para a implementação e promoção de um modelo de mobilidade integrada mais sustentável compatível
com o desenvolvimento económico, indutor de uma maior coesão social e orientado para a proteção
do ambiente e eficiência energética, tanto a nível intermunicipal como a nível local. O PIMT encontra-
se em elaboração tendo estado recentemente em fase de discussão pública até dia 8 de maio de 2017.
No PDCT que a CIM Viseu Dão Lafões estabeleceu com as Autoridades de Gestão dos Programas
Operacionais consta um Quadro de Investimentos elaborado no contexto da preparação do Programa
de Ação do PDCT, onde os municípios e a CIM delinearam um conjunto alargado de intenções de
investimento relativamente a cada Eixo. No que concerne exclusivamente ao concelho de Tondela, não
se incluindo os investimentos potenciadores da CIM, o Quadro de Investimentos do PDCT é o seguinte:
Quadro 72. Quadro de Investimentos do PDCT para o concelho de Tondela
PI Designação do Investimento Valor Investimento
Total (€) Ano Início % Imp.
04.03 Piscina Municipal de Tondela 256.700,00€ 2015 100
04.03 Piscina Municipal de Campo de Besteiros
140.250,00€ 2015 100
09.01 Carta e Diagnóstico Social 8.585,00€ 2016 100
09.01 ArteINclusão 15.300,00€ 2016 100
09.01 Ateliers agregadores de gerações e de afetos
46.750,00€ 2016 100
09.01 Biblioteca Itinerante 8.500,00€ 2016 100
09.04 Aproximar Saúde e Teleassistência 29.750,00€ 2016 100
09.04 Envelhecimento Ativo 49.300,00€ 2016 100
09.01 Intervenções nos domínios da mediação familiar, apoio psicológico familiar, proteção de crianças e idosos
18.700,00€ 2016 100
09.01 Combate ao isolamento e fomento da retaguarda social
93.250,00€ 2016 100
09.01 Capacitação de cuidadores informais 21.250,00€ 2016 100
09.01 Programas de Apoio Parental 17.000,00€ 2016 100
09.07 Unidade de Cuidados Continuados 0 2016 100
09.07 USF Canas de St.ª Maria 0 2016 100
09.07 Extensão de Saúde de Campo de Besteiros
144.500,00 2016 100
06.03 Requalificação da fachada da Igreja Romântica de Canas de St.ª Maria
170.000,00€ 2016 100
06.03 Musealização dos antigos escritórios da Fábrica da Naia
0 - 100
10.01 Minis em Ação (com valências e atividades experimentais)
51.000,00€ 2016 100
10.01 Atividades do PEM - Projeto Educativo Municipal
76.500,00€ 2016 100
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 166
PI Designação do Investimento Valor Investimento
Total (€) Ano Início % Imp.
10.01 Centro de Ciência Viva (plano de valorização da intervenção pedagógica)
255.000,00€ 2016 100
10.01 Gabinete de Intervenção Pedagógica (ateliers de arte e apoio psicopedagógico)
110.500,00€ 2016 100
10.01 Apetrechamento / simuladores e laboratórios - Prgramas de Valorização de Práticas Simuladas
255.000,00€ 2016 100
10.01 Complementos alimentares para alunos carenciados
48.501,00€ 2016 100
10.05 Centro Escolar de Tondela 318.609,81€ 2016 100
10.05 Escola Básica de Tondela 0 2016 100
10.05 Escola Básica de Campo de Besteiros 0 2016 100
10.05 Escola Secundária de Tondela 778.416,00€ 2016 100
FONTE: PDCT da CIM Viseu Dão Lafões
Consta do Quadro de Investimentos do PDCT um total de 27 projetos para o concelho de Tondela com
um valor de investimento total de 2.913.362,00€.
15.2. PROGRAMA OPERACIONAL REGIONAL DO CENTRO 2007 -
2013
O município de Tondela foi beneficiário de um conjunto de investimentos realizados no âmbito do
anterior quadro comunitário de apoio por intermédio do Programa Operacional Regional do Centro 2007
– 2013 (Mais Centro). O Programa Mais Centro desdobrou-se em 4 Eixos Prioritários (sendo um deles
dedicado à Assistência Técnica), a saber: i) Eixo 1 - Competitividade, Inovação e Conhecimento, ii)
Eixo 2 - Valorização do Espaço Regional e iii) Eixo 3 - Coesão Local e Urbana.
De uma forma sintética apresenta-se de seguida a sistematização dos projetos aprovados no município
de Tondela no âmbito do Programa Mais Centro, recorrendo para o efeito à informação disponibilizada
pela CIM Viseu Dão Lafões.
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 167
Quadro 73. Listagem de projetos aprovados, no âmbito do contrato de subvenção global com o PO Mais Centro, no concelho de Tondela, até 30 de setembro de 2015
Eixo Regulamento Designação Projeto Investimento Elegível (€)
FEDER Aprovado (€)
Eixo 1 Área de Acolhimento Empresarial Requalificação da ETAR da Zona Industrial Municipal da Adiça 1.194.465,66 1.015.295,81
Eixo 1 Economia Digital e Sociedade do Conhecimento Espaço Internet de Canas de Santa Maria 73.506,59 62.480,60
Eixo 1 Economia Digital e Sociedade do Conhecimento Quadros Interativos 38.502,20 30.801,76
Eixo 2 Rede de Equipamentos Culturais Requalificação da Escola Básica n.º 1 em Arquivo Municipal 390.608,89 332.017,56
Eixo 2 Valorização e Qualificação Ambiental Arranjo Urbanístico do Monte do Calvário em Campo de Besteiros 408.857,29 347.528,70
Eixo 2 Valorização e Qualificação Ambiental Arranjos Urbanísticos envolventes à Igreja do Guardão 246.124,16 209.205,53
Eixo 3 Equipamentos para a Coesão Local Centro Recursos Culturais Tondela - 2a. Fase 242.694,40 206.290,24
Eixo 3 Mobilidade Territorial - Espaços Regionais C.M. Carvalhal - Ermida 214.219,63 182.086,68
Eixo 3 Mobilidade Territorial - Espaços Regionais C.M. Vila Nova de Tonda - Alto Pendão-Tondela 232.598,41 197.708,65
Eixo 3 Mobilidade Territorial - Espaços Regionais Estrada Municipal Carvalhal-Mouraz/ Zona Industrial Adiça Mouraz 216.993,87 184.444,79
Eixo 3 Mobilidade Territorial - Espaços Regionais Requalificação da antiga EN2 e estradas municipais confluentes em Canas de Santa Maria
1.210.762,09 1.029.147,78
Eixo 3 Mobilidade Territorial - Espaços Regionais Requalificação da E.M. 1510-Almofala/Abóboda -S. João do Monte/ Caramulinho 1.246.065,31 1.059.155,52
Eixo 3 Mobilidade Territorial - Espaços Regionais Requalificação da E.M. 1519 e das Estradas Municipais de ligação à E.R.228 717.056,59 609.498,10
Eixo 3 Mobilidade Territorial - Espaços Regionais Requalificação da E.M. Várzea do Homem/Molelinhos 935.421,19 795.108,01
Eixo 3 Mobilidade Territorial - Espaços Regionais Requalificação E.R. 230 Fungão/Molelos/Campo Besteiros /Caramulo e arruamentos contíguos
3.089.918,50 2.626.430,73
Eixo 3 Mobilidade Territorial - Espaços Regionais Variante de S. Miguel do Outeiro 329.737,58 280.276,94
Eixo 3 Requalificação da Rede Escolar Centro Escolar de Tondela 988.381,14 840.123,97
Eixo 3 Requalificação da Rede Escolar EBI Campo Besteiros 1.666.189,76 1.416.261,30
FONTE: CIM Viseu Dão Lafões, In http://cimvdl.pt/index.php/contratualizacao
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 168
Quadro 74. Listagem de projetos aprovados pelo PO Mais Centro, até 30 de setembro de 2015, por Regulamento Específico no concelho de Tondela
Eixo Regulamento Designação Projeto Aviso de Concurso FEDER Aprovado (€)
Eixo 3 Equipamentos para a Coesão Local Reconversão do Campo desportivo do Bairro Novo de Nandufe CENTRO-COE-2014-25 290.498,81
Eixo 3 Mobilidade Territorial E.M. 610 Troço Corveira - Vale do Porco CENTRO-MOT-2015-31 102.646,43
Eixo 3 Mobilidade Territorial E.M. Ferreirós do Dão/Lajeosa do Dão CENTRO-MOT-2015-31 230.651,72
FONTE: CIM Viseu Dão Lafões, In http://cimvdl.pt/index.php/contratualizacao
Projetos com aprovação condicionada em regime de overbooking.
Quadro 75. Listagem de projetos aprovados, pelo Mais Centro, no âmbito da Regeneração Urbana no concelho de Tondela, até 30 de setembro de 2015
Regulamento Designação Projeto Aviso de Concurso FEDER Aprovado
(€)
Rede Urbana para a Competitividade e Inovação NESTPOLIS - Polo de Biotecnologia, Saúde 385.258,75 327.469,94
Rede Urbana para a Competitividade e Inovação REC Oficinas Criativas 599.503,56 509.578,03
Parcerias para a Regeneração Urbana Arranjo urbanístico do Largo da Praça dos Besteiros 1.985.055,96 1.687.297,59
Parcerias para a Regeneração Urbana Arranjo urbanístico do Largo da Urbanização da Misericórdia 159.146,16 135.274,24
Parcerias para a Regeneração Urbana Conceção do Discurso Expositivo 452.046,48 384.239,51
Parcerias para a Regeneração Urbana Gabinete de Apoio à Reabilitação das Edificações 30.857,15 26.228,58
Parcerias para a Regeneração Urbana Novas Ruas para a Prosperidade (plano de comunicação) 257.543,07 218.911,61
Parcerias para a Regeneração Urbana Regeneração Urbana do Centro Histórico de Tondela 2.359.766,83 2.005.801,81
Parcerias para a Regeneração Urbana Requalificação/Ampliação dos Paços do Concelho 143.132,94 121.663,00
Parcerias para a Regeneração Urbana Construção de parque de estacionamento 360.281,74 306.239,48
FONTE: CIM Viseu Dão Lafões, In http://cimvdl.pt/index.php/contratualizacao
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 169
16. PLANO INTERMUNICIPAL DE MOBILIDADE E
TRANSPORTES DE VISEU E DÃO LAFÕES
O Plano Intermunicipal de Mobilidade e Transportes de Viseu Dão Lafões (PIMT) é um instrumento de
Planeamento e Gestão do Sistema de Transportes materializado num documento estratégico com
fortes bases operacionais que servirá como ferramenta de ação, de sensibilização da população e dos
stakeholders, de articulação entre os diferentes modos de transporte e a eficiência crescente dos
modos de transporte alternativos numa lógica de descarbonização progressiva da mobilidade da região.
Este Plano visa a implementação, de uma forma racional e eficaz, de um sistema integrado de
mobilidade, com o mínimo custo de investimento e de exploração possível, e que leve a uma diminuição
do uso do transporte individual (TI), garantindo simultaneamente a adequada mobilidade das
populações, a equidade social, a qualidade de vida urbana e a preservação do património histórico e
cultural da região.
O PIMT culmina com um Plano / Programa de ação onde se apresentam as intervenções a realizar em
cada território pelas diversas áreas temáticas: Transporte Público (TP), Modos Suaves (MS),
Transporte Individual Motorizado (TI), Eficiência Energética (EE), Ordenamento do Território (OT),
Promoção (PR) e Governação (GO). Estão definidas 47 ações propostas para as quais são
apresentadas 407 fichas de ações, sendo que grande parte das ações são de nível municipal e a sua
concretização será autónoma em cada município, mantendo os objetivos e prazos comuns.
Neste contexto, apresenta-se de seguida um resumo das fichas de ação para o concelho de Tondela,
verificando-se que existe um total de 28 fichas de ação para o concelho. O TI é a área temática com
maior número de ações (9), seguido do TP (7), dos MS (6), do OT (5) e finalmente a EE com apenas 1
ação.
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 170
Quadro 76. Resumo das fichas de ação para o concelho de Tondela no âmbito do PIMT Viseu Dão Lafões
Ação Designação Horizonte temporal
Descrição Objetivos Metas Indicadores
Área temática - Transporte Público (TP)
1.12.TND Reorganização do carregamento SIGGESC
Curto prazo (2019)
Para que seja possível reorganizar a rede e os serviços, o carregamento da informação dos serviços atuais que os operadores de transportes realizam na região deverá estar replicada na plataforma SIGGESC de acordo com operação comercial. Para tal deverá ser validada, com base na informação comercial dos operadores disponibilizada ao público – horários comerciais – com a estrutura da informação carregada no sistema SIGGESC e solicitar os ajustamentos necessários aos operadores para a simplificação da informação. Esta ação deve ser articulada com a ação relativa ao Transporte Escolar sendo recomendável que as carreiras que realizam este serviço sejam careiras municipais para diminuir o número de interlocutores nos ajustamentos da operação necessários no arranque de cada ano escolar.
OE2. Promover a integração física e
tarifária do Transporte Coletivo
OE3. Disponibilizar informação percetível
sobre a rede, serviços e tarifários de Transporte
Coletivo
M1. Aumentar 8% a quota atual de TC
(baseado na meta de duplicação
apresentada pela UITP)
I1. Quota em TC
1.27.TND Reorganização da Rede e Serviços
Curto prazo (2019)
A reorganização da rede e serviços de Transporte Públicos deverá considerar um conjunto de princípios de simplificação e de otimização de redes. Uma rede simplificada é melhor compreendida pelos utilizadores, em particular os menos frequentes e que poderão gerar mais viagens, potenciado assim a utilização do TP. Uma rede mais simples tem ainda a vantagem de consumir menos recursos de gestão, que poderão ser aplicados na melhoria do serviço ao passageiro. Esta ação implica um conhecimento da rede e dos serviços que as Autoridades de Transportes (CIM e municípios) não detêm e que iram adquirir ao longo do período transitório de implementação do RJSPTP. Desta forma, considera-se que ações de reestruturação mais profundas sejam realizadas numa fase de maior conhecimento da rede e dos serviços de transporte e, em particular, dos seus níveis de utilização.
OE1. Garantir acesso generalizado aos
serviços de Transporte Coletivo (regular e/ou a
pedido) OE2. Promover a integração física e
tarifária do Transporte Coletivo
OE4. Hierarquizar a rede de interfaces de
Transporte Coletivo
M1. Aumentar 8% a quota atual de TC
(baseado na meta de duplicação
apresentada pela UITP)
I1. Quota em TC I2. População
servida pela rede de TP
I3. Nº de veículos.quilómetro (VKM) percorridos
I4. Nº de passageiros
transportados em TP
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Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 171
Ação Designação Horizonte temporal
Descrição Objetivos Metas Indicadores
1.42.TND Definição de Níveis Mínimos de Serviço Público
Curto prazo (2019)
A reorganização da rede e dos serviços deve procurar atingir os níveis mínimos de serviço público previstos no RJSPTP e que se regem pelo seguinte conjunto de critérios: cobertura espacial/territorial adequada, cobertura temporal razoável, comodidade, custos acessíveis a todos os cidadãos e custos sustentáveis para o Estado, autarquias e operadores. Deverá ser validada a atualidade da informação do Censos 2011, ou seja, se nos locais identificados com 40 ou mais habitantes há efetivamente um número mínimo de 40 habitantes, e identificados os locais/população com necessidade de definição de serviços de transporte e cruzamento desta informação com os locais identificados com alunos residentes e que utilizam transporte escolar. A compilação da informação permitirá a definição dos serviços de transporte: regular/flexível, itinerário(s), paragens, horários e os dias de realização. Recomenda-se que a identificação das necessidades de mobilidade seja realizada pelos municípios, em articulação com a Comunidade Intermunicipal e o desenho de rede seja articulado com o operador de transporte.
OE1. Garantir acesso generalizado aos
serviços de Transporte Coletivo (regular e/ou a
pedido) OE2. Promover a integração física e
tarifária do Transporte Coletivo
M1. Aumentar 8% a quota atual de TC
(baseado na meta de duplicação
apresentada pela UITP)
I1. Quota em TC I2. População
servida pela rede de TP
I3. Nº de veículos.quilómetro (VKM) percorridos
I4. Nº de passageiros
transportados em TP
1.57.TND Articulação do Transporte Escolar
Curto prazo (2019)
O transporte escolar deve ser planeado à escala municipal e contratualizado à escala intermunicipal materializando uma solução otimizada, a partir dos serviços comerciais existentes e, se necessário, complementada por serviços especializados. A contratualização do serviço de transporte escolar à escala intermunicipal deverá permitir a maximização dos recursos existentes e a diminuição dos custos. Para uniformizar a informação necessária deverão ser georreferenciados os locais de residência dos alunos transportados e os respetivos estabelecimentos de ensino. Paralelamente deverão ser identificados os serviços comerciais existentes que permitem assegurar as deslocações dos alunos para as respetivas escolas: recomenda-se que a identificação dos serviços que realizam transporte escolar seja efetuada de acordo com o serviço comercial efetivamente realizado (após a concretização da ação de reorganização do carregamento do SIGGESCC). Complementarmente deverão ser definidos circuitos especializados para os alunos não servidos pela rede regular e ajustados em função das necessidades de mobilidade em territórios de baixa densidade.
OE1. Garantir acesso generalizado aos
serviços de Transporte Coletivo (regular e/ou a
pedido) OE2. Promover a integração física e
tarifária do Transporte Coletivo
M1. Aumentar 8% a quota atual de TC
(baseado na meta de duplicação
apresentada pela UITP)
I1. Quota em TC
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Ação Designação Horizonte temporal
Descrição Objetivos Metas Indicadores
1.72.TND Oferta em zonas de Baixa Densidade
Curto prazo (2019)
A exploração do serviço público de transporte de passageiros pode ocorrer em regime de exploração regular, flexível ou mista, em função das necessidades de transportes a satisfazer na área geográfica a servir. Numa perspetiva de otimização de recursos e redução de custos, à semelhança da contratualização de transporte regular e serviços de transporte escolar, recomenda-se que seja desenvolvida uma solução única para a região que integre as necessidades e os meios disponíveis em cada município. Para a concretização desta ação será necessário identificar as reais necessidades de deslocação e as restrições existentes, sejam de restrições de horários, mobilidade condicionada, entre outras. Paralelamente será necessário identificar os meios disponíveis (municipais, IPSS, outras entidades) e compatibilizar necessidades de deslocação com circuitos escolares já existentes. A compilação da informação recolhida permitirá definir circuitos para a população não servida por circuitos escolares: itinerário(s), paragens, horários e os dias de realização. Sendo a constituição das Autoridades de Transportes um processo recente, considera-se que a definição destes serviços deverá ser articulada com a rede regular, com o transporte escolar e integrada no procedimento de contratualização, deixando liberdade ao operador para definição da intensidade do serviço (regular/flexível), num enquadramento de serviços mínimos definido.
OE1. Garantir acesso generalizado aos
serviços de Transporte Coletivo (regular e/ou a
pedido) OE2. Promover a integração física e
tarifária do Transporte Coletivo
OE4. Hierarquizar a rede de interfaces de
Transporte Coletivo
M1. Aumentar 8% a quota atual de TC
(baseado na meta de duplicação
apresentada pela UITP)
I1. Quota em TC
1.77.TND Implementação de Circuitos Urbanos
Curto prazo (2019)
O novo regime jurídico impõe transportes urbanos para cidades a partir dos 50.000 habitantes. No entanto considera-se que a cidades de Mangualde, deve dispor de um circuito urbano de transporte público que promova uma mobilidade mais sustentável, assegurando as ligações dos principais polos atractores de viagens. Este circuito atuará como promotor de uma melhor mobilidade, disponibilizando às populações, que se deslocam à sede de concelho, um complemento de mobilidade, bem como, incentivar a utilização de transportes públicos em deslocações urbanas em detrimento do transporte individual. Desta forma serão disponibilizados à população serviços de proximidade promotores de uma mobilidade sustentável. Na cidade de Tondela o circuito urbano deverá assegurar a ligação entre o Centro de Coordenação de Transportes, as escolas, o Hospital, Centro de Saúde e Parque Urbano. Este circuito urbano deverá ser integrado na rede a concessionar na região de forma a maximizar os recursos e minimizar os custos associados.
OE1. Garantir acesso generalizado aos
serviços de Transporte Coletivo (regular e/ou a
pedido) OE2. Promover a integração física e
tarifária do Transporte Coletivo
OE4. Hierarquizar a rede de interfaces de
Transporte Coletivo
M1. Aumentar 8% a quota atual de TC
(baseado na meta de duplicação
apresentada pela UITP)
I1. Quota em TC
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 173
Ação Designação Horizonte temporal
Descrição Objetivos Metas Indicadores
Implementação do Circuito Urbano no Centro Urbano de Tondela (Ação 1.77.TND)
1.90.TND
Melhoria das Condições de Espera e Transbordo (Interfaces)
Médio Prazo (2022)
Para assegurar uma maior atratividade do sistema de transporte público, deverão ser criadas boas condições de conforto nos locais de espera e de transbordo. Desta forma, deverão ser promovidas as melhorias necessárias nas infraestruturas de apoio ao sistema de transporte público e no espaço envolvente, nomeadamente: ● Colocação/Renovação de abrigos confortáveis e modernos; ● Acessos para todos (pessoas com mobilidade condicionada); ● Disponibilização de informação sobre a rede e serviços nos interfaces e paragens ● Melhoria/Construção de interfaces nas sedes de concelho. Em sede de PEDU e PARU, 8 municípios apresentaram ações para criação de interfaces ou melhoria das condições da interfaces existentes. As medidas que fizeram parte da candidatura apresentam-se também no âmbito do PIMT, como medidas necessárias à promoção de uma mobilidade sustentável na região. As propostas de requalificação de interfaces não contempladas por financiamento, poderão ser incluídas, juntamente com a futura gestão do equipamento, na contratualização do serviço público de transportes da região.
OE1. Garantir acesso generalizado aos
serviços de Transporte Coletivo (regular e/ou a
pedido) OE2. Promover a integração física e
tarifária do Transporte Coletivo
OE3. Disponibilizar informação percetível
sobre a rede, serviços e tarifários de Transporte
Coletivo OE4. Hierarquizar a rede
de interfaces de Transporte Coletivo
M1. Aumentar 8% a quota atual de TC
(baseado na meta de duplicação
apresentada pela UITP)
I5. Nº de pontos de espera e
transbordo intervencionados
I6. Nº de interfaces construídos /
intervencionados
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Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 174
Ação Designação Horizonte temporal
Descrição Objetivos Metas Indicadores
Área temática - Modos Suaves (MS)
2.11.TND Eixos prioritários para os modos suaves - Tondela
Curto prazo (2019)
Propõe-se a implementação de melhorias nos eixos prioritários para os modos suaves definidos, de modo a serem conseguidas condições ótimas para circular a pé e de bicicleta. Estes atuam como o primeiro passo para estabelecimento de melhores condições para a circulação a pé e de bicicleta, e devem ser posteriormente ampliados pela beneficiação da rede pedonal em meio urbano e pela estruturação de redes cicláveis municipais. As intervenções devem seguir as melhores práticas para assegurar o cumprimento dos objetivos, sendo que a materialização destes eixos não implica necessariamente intervenções profundas no espaço público. Os eixos foram definidos em nível 1 e 2. Para Tondela foram definidos os eixos de nível 1 nos troços: Rua Dr. Teófilo da Cruz, Av. General Humberto Delgado, Rua Dr. Amadeu Ferraz de Carvalho, Rua Urbano Figueiredo da Cruz, Av. de Portugal, Rua Amália do Vale, Rua Dr. António Marques da Costa, Rua Eduardo António Coimbra, Rua José Bernardo da Silva (ligação à zona com industria). Do nível 2 nos troços: Rua Comandante João Matos Ferreira, Rua Tomaz Ribeiro, continuação até à Rua da Estação (ligação à Ecopista do Dão). A localização pode ser consultada em pormenor na cartografia de apoio apresentada.
OE5. Estruturar redes cicláveis urbanas de ligação aos principais polos geradores de
mobilidade OE6. Utilizar com
eficiência o espaço público incentivando a
opção pelo modo pedonal
M2. Aumentar 1% o Modo Pedonal
M3. Aumentar 2% o Modo Ciclável
I9. Extensão de eixos prioritários
criados/executados I7. Quota no Modo
Pedonal I8. Quota no Modo
Ciclável
Eixos Prioritários Modos Suaves (Ação 2.11.TND)
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Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 175
Ação Designação Horizonte temporal
Descrição Objetivos Metas Indicadores
2.25.TND Beneficiação da rede pedonal em meio urbano
Médio Prazo (2022)
Para um aumento da circulação de peões em meio urbano pode que ser feita uma abordagem mais alargada para beneficiação dos espaços pedonais e da rede pedonal, em geral, nos centros urbanos, agindo em complemento da aplicação dos eixos prioritários para os modos suaves. Desta forma, sugere-se que sejam elaborados planos municipais para beneficiação da rede pedonal em meio urbano, definindo quais os centros a beneficiar, em quais eixos, de que forma e qual a calendarização das intervenções. Para definir quais os eixos a beneficiar podem ser adotadas as estratégias que se adequem melhor para analisar sistematicamente as redes pedonais. A estratégia do desenvolvimento orientado ao transporte público pode servir para analisar a proximidade com terminais ou interfaces de transporte público e o desenvolvimento de caminhos pedonais à sua volta. Devem também ser definidas centralidades nos espaços urbanos, pelo menos uma “centralidade principal” em cada zona urbana, e a partir daí caminhos pedonais prioritários para serem requalificados. Em complemento a estas duas estratégias é possível analisar estas redes pedonais através da “permeabilidade à circulação pedonal”, com a aplicação do indicador RPP referido no PIMT. Podem ser consideradas também a implementação de zonas 30, assim como medidas suplementares de acalmia de tráfego. Os planos de beneficiação da rede pedonal a nível urbano devem ainda assegurar que as intervenções sigam as melhores práticas de aplicação. Sugere-se que sejam elaborados os planos a um curto prazo (2 anos – até 2019) para um período de aplicação (ou ciclo de intervenção) de 5 anos. No final desse período o plano deverá ser atualizado e o período de aplicação de 5 anos novamente iniciado.
OE6. Utilizar com eficiência o espaço
público incentivando a opção pelo modo
pedonal
M2. Aumentar 1% o Modo Pedonal
I10. Nº de planos realizados [1 por
município] I11. Extensão de vias beneficiadas I12. População
beneficiada [nº de habitantes numa área de influência
até 400m das intervenções]
I13. Nº de centros urbanos com intervenções
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 176
Ação Designação Horizonte temporal
Descrição Objetivos Metas Indicadores
2.39.TND Beneficiação da rede pedonal em aglomerados rurais
Médio Prazo (2022)
Diferente dos meios mais urbanos é a realidade em aglomerados mais rurais, onde em muitos locais é difícil a compatibilização de espaço pedonal e viário, seja por falta de espaço, incompatibilidade de funções da via ou outras condicionantes. Assim sugere-se que sejam elaborados planos para beneficiação da rede pedonal em aglomerados rurais. Estes planos devem ser desenvolvidos a nível municipal, com identificação dos aglomerados rurais onde será necessário intervir e sinalizados os mais urgentes, com uma calendarização adequada das futuras intervenções. As futuras intervenções devem ser planeadas seguindo os conceitos apresentados no PIMT de ligações principais, em especial aos terminais de transporte público (e.g. paragens de autocarro), com a possível criação de pequenas centralidades e análises de acesso pedonal a partir daí. Podem ser consideradas também a implementação de zonas 30, assim como medidas suplementares de acalmia de tráfego, estreitamento de faixas de rodagem, ou outros. Os planos devem ainda assegurar que as intervenções sigam as melhores práticas de aplicação e execução a nível de pormenores construtivos. Estes planos devem ser interligados com a ação “Mitigação de pontos de atravessamento para peões e ciclistas” e, também, com a ação “Estruturação de redes cicláveis municipais”.
OE6. Utilizar com eficiência o espaço
público incentivando a opção pelo modo
pedonal
M2. Aumentar 1% o Modo Pedonal
I10. Nº de planos realizados [1 por
município] I11. Extensão de vias beneficiadas I12. População
beneficiada [nº de habitantes numa área de influência
até 400m das intervenções]
I14. Nº de aglomerados rurais com intervenções
2.53.TND Estruturação de redes cicláveis municipais
Médio Prazo (2022)
Sugere-se a elaboração de um plano de rede ciclável a nível municipal para que sejam abrangidas as populações fora das sedes de concelho. Deve ser tida em consideração a ligação entre zonas urbanas e a outros aglomerados próximos. O plano de rede deve ter em atenção as opções com melhor relação de custo benefício, em termos da percentagem da população servida, potencial de uso, custo de investimento, e outros, com uma devida calendarização e definição de prioridades de intervenção. O desenho e pormenores construtivos terá um papel fundamental no desempenho da infraestrutura, pelo que devem ser tidas em consideração as melhores práticas e recomendações, algumas das quais enunciadas no PIMT. Esta rede deverá ser uma extensão aos eixos prioritários e deverá ligar aglomerados mais urbanos e efetuar a ligação destes com a rede ciclável intermunicipal (de lazer). Os planos devem ter em consideração as ações “Mitigação de pontos de atravessamento para peões e ciclistas”, “Beneficiação da rede pedonal em aglomerados rurais”.
OE5. Estruturar redes cicláveis urbanas de ligação aos principais polos geradores de
mobilidade
M3. Aumentar 2% o Modo Ciclável
I10. Nº de planos realizados [1 por
município] I15. Extensão de
ciclovias executadas
I16. População beneficiada [nº de habitantes numa área de influência
até 1000m das intervenções]
I8. Quota no Modo Ciclável
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 177
Ação Designação Horizonte temporal
Descrição Objetivos Metas Indicadores
2.67.TND Mitigação de pontos de atravessamento para peões e ciclistas
Médio Prazo (2022)
No território observam-se muitas vezes a existência de pontos perigosos para atravessamento a pé ou de bicicleta, que limita o acesso das populações e diminui a comodidade, interesse e segurança pela utilização dos modos suaves. Isto acontece em passagens superiores ou inferiores de canais rodoviários, em pontos de ligação entre zonas urbanas ou outros aglomerados mais rurais. Desta forma, é sugerido que sejam elaborados planos de mitigação de pontos de atravessamento para peões e ciclistas, para cada concelho. Estes planos devem consistir numa identificação e mapeamento destes pontos a nível municipal, devem propor soluções tipo e quais as que se aplicam em que casos e, ainda, definir uma calendarização para as intervenções a efetuar. Devem ser tidas em especial atenção as vias rodoviárias de maior volume e maior velocidade, assim como as zonas de atravessamento de localidades e/ou de pequenos aglomerados. Para estes casos podem ser adotadas medidas de aproximação como “portões de localidades”, gincanas, entre outros. Estes planos devem ser interligados com as ações “Estruturação de redes cicláveis municipais”, “Beneficiação da rede pedonal em aglomerados rurais” e “Rede Intermunicipal de Ecopistas”.
OE6. Utilizar com eficiência o espaço
público incentivando a opção pelo modo
pedonal
M2. Aumentar 1% o Modo Pedonal
I10. Nº de planos realizados [1 por
município] I17. Nº de locais beneficiados (%
face aos identificados)
I12. População beneficiada [nº de habitantes numa área de influência
até 400m das intervenções]
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Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 178
Ação Designação Horizonte temporal
Descrição Objetivos Metas Indicadores
2.81.TND Rede de estacionamento de bicicletas
Médio Prazo (2022)
Um importante apoio a quem usa a bicicleta como meio de transporte é poder deixar a bicicleta estacionada nos locais a que acede. Assim sugere-se que seja elaborado um plano para instalação de equipamentos para estacionamento de bicicletas em meio urbano. Este plano deve ter em consideração todas as particularidades deste tipo de equipamento, essencialmente a 4 níveis: (i) Locais a instalar; (ii) Tipologia do estacionamento; (iii) Tipos de equipamentos; (iv) Quantidade de lugares em cada local. Os locais a instalar devem ser bem definidos e espalhados ao longo de toda a zona urbana, tendo em consideração que a pessoa deseja sempre deixar a bicicleta o mais perto possível do destino. A tipologia do estacionamento depende do uso a que se destina o estacionamento de bicicleta, sobretudo no que se refere à duração, que pode ser de: (i) Estadia curta; (ii) Dia inteiro; (iii) Durante a noite. Dependendo desta tipologia, devem ser escolhidos o tipo de equipamentos, sendo que o seu design tem um papel fundamental na atratividade e utilização dos mesmos. Sobretudo devem ser evitadas os equipamentos que por norma apenas permitem o apoio da roda da bicicleta, os chamados de “dobra-rodas”. Alguns exemplos são os apresentados no PIMT. Os equipamentos são elementos de mobiliário urbano, podendo servir também por vezes para evitar a aplicação de balizadores (pilaretes ou outros). Deve ser ainda definido a quantidade de lugares em cada local a instalar equipamentos. Os planos podem ser desenvolvidos a nível municipal, tendo em consideração o desenvolvimento de redes cicláveis.
OE5. Estruturar redes cicláveis urbanas de ligação aos principais polos geradores de
mobilidade
M3. Aumentar 2% o Modo Ciclável
I10. Nº de planos realizados [1 por
município] I18. Nº de lugares de estacionamento
de bicicletas instalados I19. Nº de
interfaces de transporte com estacionamento
seguro para bicicletas (% face
ao total de interfaces) I20. Nº de
equipamentos públicos com
estacionamento de bicicletas (% face
ao total de equipamentos)
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 179
Ação Designação Horizonte temporal
Descrição Objetivos Metas Indicadores
Área temática - Transporte Individual Motorizado (TI)
3.11.TND Hierarquização e compatibilização da rede viária municipal
Curto prazo (2019)
O desenvolvimento da rede rodoviária em termos da sua extensão tem sido um objetivo comum aos vários PDM da região. Atingidos níveis de cobertura territorial muito significativos, verificam-se casos de desajustamento entre as características funcionais da via e a sua efetiva função desempenhada na rede. Este desajustamento induz ineficiência ao funcionamento global do sistema de acessibilidade e transportes, origina situações de conflito e acarreta custos de operação e manutenção acrescidos. Deverá ser estabelecida uma hierarquia para a rede rodoviária municipal, com critérios de classificação idênticos para todos os municípios que integram a CIM Viseu Dão Lafões, numa perspetiva de mobilidade intermodal. No caso em que a hierarquização da rede já existe, deverá ser revista com o objetivo da uniformização a nível da CIM. O Plano Intermunicipal de Mobilidade e Transportes apresenta uma sugestão de estrutura de hierarquia viária para a CIM Viseu Dão Lafões. Os critérios de classificação da rede viária deverão considerar as funções que cada via rodoviária atualmente desempenha no município ou se pretenda que venha a desempenhar. A rede a hierarquizar deverá integrar, para além da rede existente, as vias rodoviárias previstas a curto e médio prazo. O nível hierárquico e funções atribuídas às vias rodoviárias deverão estar refletidos nas condições de operação da via e no seu perfil viário. A rede hierarquizada deverá ser apresentada nos respetivos Planos Diretores Municipais e noutros Instrumentos de Gestão Territorial.
OE7. Sensibilizar para a necessidade de
concretização célere da rede viária estruturante
OE8. Diminuir o impacte do tráfego de veículos
pesados em meio urbano
OG6. Reduzir a sinistralidade
M8. Concretização da rede viária estruturante e segregação de fluxos
rodoviários M7. Redução anual dos Indicadores de
Gravidade e de Sinistralidade
Rodoviária Municipal
I23. N.º de municípios com hierarquia viária
definida e uniformizada
I27. Estatísticas da ANSR (Redução da
sinistralidade) I25. Nº de pesados
que atravessa o meio urbano
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 180
Ação Designação Horizonte temporal
Descrição Objetivos Metas Indicadores
3.25.TND Hierarquização da rede viária dentro do perímetro urbano
Curto prazo (2019)
Deverá ser efetuada a hierarquização da rede, a nível mais local, dentro do perímetro urbano de cada sede de concelho. A hierarquia da rede, a este nível, deverá ser constituída maioritariamente por vias do 4ª ao 6º Nível (níveis referidos no Plano Intermunicipal de Mobilidade da CIM Viseu Dão Lafões), considerando os objetivos pretendidos para a função das vias e a integração de outros modos de transporte. Nos casos em que esta hierarquização já existe, deverá ser revista considerando critérios de classificação uniformes a todos os concelhos, utilizando uma nomenclatura semelhante à da hierarquização a nível municipal, com aplicação a nível de funções urbanas: rede urbana de distribuição principal, rede urbana de distribuição secundária, rede urbana de distribuição local e de rede urbana de acesso local. A função das vias terá de ser refletida nas suas características geométricas, definidas pelo perfil transversal. A adaptação da via ao perfil desejado, em função do nível hierárquico, deverá ser realizada com algum bom senso tendo sempre em consideração as principais características do canal rodoviário e as funções pretendidas.
OE7. Sensibilizar para a necessidade de
concretização célere da rede viária estruturante
OE8. Diminuir o impacte do tráfego de veículos
pesados em meio urbano
OG6. Reduzir a sinistralidade
M8. Concretização da rede viária estruturante e segregação de fluxos
rodoviários M7. Redução anual dos Indicadores de
Gravidade e de Sinistralidade
Rodoviária Municipal
I23. N.º de municípios com hierarquia viária
definida e uniformizada
I27. Estatísticas da ANSR (Redução da
sinistralidade) I25. Nº de pesados
que atravessa o meio urbano
3.44.TND
Implementação de zonas de estacionamento de duração limitada
Médio Prazo (2022)
Deverão ser implementadas zonas de estacionamento de duração limitada em zonas centrais de comércio e serviços, que apresentem uma maior rotatividade da procura. A limitação da duração do estacionamento permite uma otimização da utilização de cada lugar, mantendo a atratividade da área comercial e aumentando a facilidade de acessos aos serviços. Refira-se que uma zona de estacionamento de duração limitada, não é sinónimo de estacionamento pago, podendo corresponder a áreas limitadas através da implementação de sinalização. Nos locais onde estas zonas já foram implementadas, será necessário proceder à verificação do cumprimento das mesmas e avaliar a eventual necessidade de estender a área de estacionamento limitado a mais zonas. Esta medida poderá ser realizada em paralelo com as medidas de requalificação do espaço público incluídas no PAMUS da CIM Viseu Dão Lafões e com o ordenamento da oferta de estacionamento e do espaço de circulação rodoviária.
OE6. Utilizar com eficiência o espaço
público incentivando a opção pelo modo
pedonal
M10. Eliminação do estacionamento ilegal
I32. N.º de veículos estacionados em
situação ilegal I33. Duração média de estacionamento
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 181
Ação Designação Horizonte temporal
Descrição Objetivos Metas Indicadores
3.57.TND
Implementação de parques de estacionamento dissuasores / bolsas periféricas
Médio Prazo (2022)
Deverão ser implementados parques de estacionamento dissuasores na periferia dos centros urbanos com maior pressão e junto de interfaces de transporte. Estes parques deverão incentivar a intermodalidade, permitir a redução da pressão de estacionamento em locais de maior solicitação e libertar espaço para os modos suaves, devolvendo às “centralidades” mais espaço e maior conforto para a vivência urbana. Complementarmente e mediante o resultado dos Planos de Mobilidade Empresarial que vierem a ser realizados, deverão ser criados/reservados lugares de estacionamento em pontos que permitam o incentivo de carpooling ou a transferência para o modo transporte coletivo. No caso do carpooling deverão ser avaliadas as possibilidades de implementação/utilização de parques de estacionamento reservados a carpooling onde já se verifique esta prática de forma “desorganizada”, em particular, mediante o estacionamento de longa duração na berma da estrada. Esta medida terá de estar associada à implementação de redes pedonais contínuas, entre as bolsas de estacionamento e o polo de atração (interfaces, serviços, comércio, etc.).
OE6. Utilizar com eficiência o espaço
público incentivando a opção pelo modo
pedonal OE9. Incentivar a
mobilidade partilhada (carpooling, bike sharing
e bike & ride)
M2. Aumentar 1% o Modo Pedonal
M4. Reduzir 11% na quota de TI
M10. Eliminação do estacionamento ilegal
I7. Quota no Modo Pedonal
I22. Quota em TI I32. N.º de veículos estacionados em
situação ilegal
3.71.TND
Fiscalização do estacionamento (complementada com informação sobre alternativas existentes)
Curto prazo (2019)
A fiscalização do estacionamento, complementada com disponibilização de informação sobre alternativas existentes, é uma medida essencial ao sucesso das ações propostas. A sua ausência implica a ineficiência das medidas aplicadas conforme se observou na fase de caracterização e diagnóstico do PIMT, revelando uma oferta suficiente para dar resposta à procura vs a necessidade de estacionamento “à porta” do destino final, conduzindo ao estacionamento ilegal. Deste modo deverão ser realizadas operações regulares de fiscalização, em particular nas áreas de maior pressão de estacionamento, onde se verifiquem habitualmente situações de estacionamento ilegal.
OE6. Utilizar com eficiência o espaço
público incentivando a opção pelo modo
pedonal
M4. Reduzir 11% na quota de TI
M10. Eliminação do estacionamento ilegal
I22. Quota em TI I32. N.º de veículos estacionados em
situação ilegal
3.85.TND
Ordenamento da oferta de estacionamento e do espaço de circulação rodoviária
Médio Prazo (2022)
No território de Viseu Dão Lafões, o ordenamento do estacionamento deverá incluir a desafetação da oferta excessiva de estacionamento e de espaço de circulação rodoviária para aumento do espaço de fruição comunitária (espaços de convívio, esplanadas, etc.) e evitar, de forma intuitiva, o estacionamento ilegal em 2ª fila ou ocupando os canais destinados a outros modos (passeios ou vias dedicadas). Esta medida deverá ser realizada em paralelo com as medidas de requalificação do espaço público incluídas no PAMUS de Viseu Dão Lafões.
OE6. Utilizar com eficiência o espaço
público incentivando a opção pelo modo
pedonal OG5. Melhorar o
desempenho ambiental e económico do sistema
de transportes
M4. Reduzir 11% na quota de TI
M10. Eliminação do estacionamento ilegal
I22. Quota em TI I32. N.º de veículos estacionados em
situação ilegal
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 182
Ação Designação Horizonte temporal
Descrição Objetivos Metas Indicadores
3.99.TND Inclusão de índices mínimos e máximos de estacionamento
Longo prazo (2027)
É necessário ajustar o equilíbrio na afetação de espaço público às atividades de circulação e estadia/estacionamento de pessoas e transportes motorizados. Deste modo os Planos e Projetos em desenvolvimento ou a desenvolver, deverão detalhar e parametrizar o dimensionamento de estacionamento público e privado, de veículos pesados, parques de estacionamento e zonamento (se aplicável), contribuindo assim para o referido ajustamento na afetação de espaço público, em detrimento da aplicação rígida dos parâmetros da Portaria n.º 216-B/2008.
OE6. Utilizar com eficiência o espaço
público incentivando a opção pelo modo
pedonal OE11. Assegurar um
planeamento urbanístico promotor da mobilidade
sustentável
M4. Reduzir 11% na quota de TI
M14. Inclusão das medidas nos IGT
I22. Quota em TI I37. Nº de
critérios/parâmetros transpostos para regulamento de
PDM
3.113.TND Implementação do Regulamento de Trânsito
Curto prazo (2019)
Deverá proceder-se à edição, aprovação e implementação do regulamento de trânsito nas sedes de concelho, que ainda não o possuam ou à sua revisão e atualização naqueles onde já se encontra implementado. Este regulamento, para além do ordenamento geral da circulação (sentidos de circulação, áreas de circulação restrita, etc.), deverão integrar normas relativas à circulação de pesados (restrição/permissão a pesados ou veículos especiais, horários de circulação, etc.) e ao estacionamento tanto de ligeiros, como de pesados em meio urbano (limitado/ilimitado, por períodos, cargas e descargas, etc.). O Regulamento de Trânsito deverá incluir um capítulo referente a Operações de Cargas e Descargas, que regulamente as restrições de circulação a pesados (locais de acesso, peso e dimensão dos veículos), os períodos horários e os locais permitidos para as operações de carga e descarga. A elaboração do Regulamento deverá ser apoiada por um técnico e um jurista, dado que terá de ser elaborado segundo a lei habilitante para o efeito. A estrutura do Regulamento deverá ser semelhante para todos os municípios, apenas diferenciado pelas especificidades de cada meio urbano, de modo a facilitar a sua leitura e interpretação por quem circula na região Viseu Dão Lafões.
OE6. Utilizar com eficiência o espaço
público incentivando a opção pelo modo
pedonal OE8. Diminuir o impacte do tráfego de veículos
pesados em meio urbano
OG5. Melhorar o desempenho ambiental e económico do sistema
de transportes
M5. Implementação do regulamento de
trânsito, em cada sede de município, no
primeiro ano do PIMT
I24. N.º de regulamentos de trânsito em vigor
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Ação Designação Horizonte temporal
Descrição Objetivos Metas Indicadores
3.128.TND
Levantamento, verificação e retificação da sinalização de encaminhamento e restrição do tráfego em meio urbano
Curto prazo (2019)
Deverá ser realizado um levantamento rigoroso no perímetro urbano de cada sede de município, verificando-se as falhas ou incoerências detetadas e que dificultam o encaminhamento do tráfego, em particular do tráfego de pesados. As incoerências deverão ser corrigidas por alteração ou colocação de sinalização, eliminando deste modo os constrangimentos detetados e que dificultam o encaminhamento de pesados. A sinalização terá de ser clara e precisa quanto à permissão de circulação e estacionamento/paragem e respetivas condições, de acordo com os regulamentos existentes. A sinalização terá também de orientar atempadamente os veículos de mercadorias, para as rotas obrigatórias ou permitidas a veículos de mercadorias e para as Zonas Industriais. A implementação de sinalização ou as respetivas alterações com vista à regulamentação das cargas e descargas deverá ser efetuada em conjunto com os proprietários/locatários das áreas comerciais e/ou industriais de modo a considerar as necessidades existentes.
OE8. Diminuir o impacte do tráfego de veículos
pesados em meio urbano
OG5. Melhorar o desempenho ambiental e económico do sistema
de transportes
M9. Elaboração de um mapa de sinalização rodoviária em meio urbano por sede de
município M5. Implementação do
regulamento de trânsito, em cada sede
de município, no primeiro ano do PIMT
I29. Nº de municípios com
sinalização mapeada I24. N.º de
regulamentos de trânsito em vigor
Área temática - Eficiência Energética (EE)
4.12.TND
Ajustar e aumentar as redes de bicicletas partilhadas – Bikesharing
Médio Prazo (2022)
A melhoria do desempenho ambiental e económico do sistema de transportes está também associada à implementação de novos conceitos de utilização de modos de transporte, como a partilha de bicicletas públicas (bikesharing). Na região de Viseu Dão Lafões, este conceito não é novo, tendo surgido com o projeto E3DL. Propõe-se, no entanto, um ajuste da rede de bicicletas partilhadas, introduzindo alguma flexibilidade no sistema, por implementação de um sistema de pontos de entrega (preferencialmente automático) disseminados por mais do que um local. As escolhas dos locais deverão ir ao encontro das necessidades detetadas em termos de mobilidade no centro urbano, seja ela diária ou turística. Mediante os locais escolhidos, o funcionamento do sistema e dos pontos de entrega poderá ter de ser avaliado através de um estudo de benchmarking sobre sistemas de bikesharing e de uma análise comparativa, nomeadamente custo benefício, do(s) sistema(s) que se considere mais adequado. Esta medida deverá ser acompanhada de medidas de promoção do bikesharing, não só junto dos turistas, como junto da população em geral, com vista ao incentivo à sua utilização.
OE9. Incentivar a mobilidade partilhada
(carpooling, bike sharing e bike & ride)
OG5. Melhorar o desempenho ambiental e económico do sistema
de transportes
M12. Aumento do número de bicicletas partilhadas face ao 1º
ano do PIMT
I34. N.º de sistemas de bicicletas partilhadas
implementados I35. N.º anual de utilizadores de
bicicletas partilhadas
Área temática - Ordenamento do Território (OT)
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Ação Designação Horizonte temporal
Descrição Objetivos Metas Indicadores
5.11.TND Contenção e preenchimento dos centros urbanos
Médio Prazo (2022)
A contenção da dispersão urbana é fundamental para uma melhor integração entre o ordenamento do território e o sistema de mobilidade. Paralelamente, o preenchimento dos perímetros urbanos definidos nos Instrumentos de Gestão do Território (IGT) deverá ser programado de modo a consolidar, de forma mais densa e mais diversa, os núcleos urbanos de maior importância onde existe uma maior oferta de funções e destinos. Todos os IGT deverão acautelar uma programação de encorajamento à instalação de pessoas e atividades em áreas de boa acessibilidade em simultâneo com o desencorajamento à instalação de pessoas e atividades em áreas de fraca acessibilidade. Dada a atual dinâmica demográfica e construtiva, o preenchimento dos interstícios em meio urbano deverá ser equacionado não apenas em termos de construção de edificado, mas também em termos de oportunidades de criar espaços públicos e espaços verdes de fruição e de socialização, como os enunciam os princípios relativos à estratégia de “Desenvolvimento orientado ao transporte público”. Para a execução desta medida deverão ser incluídos em todos os IGT de todos os municípios considerações de redução/isenção das Taxas Municipais (p.e. de Urbanização) e Imposto Municipal sobre Imóveis nas áreas que se pretenda priorizar, agravamento das Taxas Municipais e Imposto Municipal sobre Imóveis nas áreas não prioritárias. Adicionalmente podem consideradas permuta de terrenos e direitos de construção, consagradas ou não em IGT, podendo ser igualmente utilizados os sistemas perequativos consagrados na legislação nacional. Esta medida deverá ser incluída diretamente em IGT em revisão ou através de alterações aos já em vigor. Instrumentos de aplicação: PDM, PU, PP nos elementos legais constituintes; no domínio da programação / definição de Unidades de Execução e de contratos de urbanização, e na gestão urbanística.
OE11. Assegurar um planeamento urbanístico promotor da mobilidade
sustentável
M14. Inclusão das medidas nos IGT
I37. Nº de critérios/parâmetros
transpostos para regulamento de
PDM
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Ação Designação Horizonte temporal
Descrição Objetivos Metas Indicadores
5.25.TND
Definição de critérios de localização de polos geradores de viagens
Médio Prazo (2022)
A localização de grandes geradores de viagens, como sejam equipamentos públicos, urbanizações, polos comerciais (shoppings, retail parks), polos empresariais e industriais, e interfaces de transportes, tem um forte efeito nos padrões de mobilidade de pessoas e mercadorias. Verifica-se que os critérios seguidos para a localização destes polos não levaram suficientemente em consideração a integração na rede de transportes, traduzindo-se a situação atual numa mobilidade dominada pelo transporte motorizado individual. Propõe-se, no âmbito dos processos de revisão e atualização dos IGT, a aplicação de critérios objetivos de localização de polos geradores de viagem, que permitam a instalação destas unidades em locais de boa acessibilidade – pedonal, ciclável, transportes públicos – em detrimento de locais acessíveis apenas em transporte individual. Como medida de acompanhamento deverá ser elaboradora uma Carta de Acessibilidades que acompanhe os PDM, procedendo à classificação do território em categorias ordinais de acessibilidade multimodal, e definição de regras e parâmetros em sede de PDM (e PU e PP). Esta medida deverá ser perspetivada numa escala interconcelhia, conjugando as propostas de ordenamento de cada concelho, permitindo reforçar o papel de centralidades complementares com vista a promover um maior equilíbrio territorial. Para a execução desta medida poderão ser incluídos os princípios relativos à estratégia de “Desenvolvimento orientado ao transporte público”.
OE11. Assegurar um planeamento urbanístico promotor da mobilidade
sustentável
M14. Inclusão das medidas nos IGT
I37. Nº de critérios/parâmetros
transpostos para regulamento de
PDM
REOT TONDELA 2017
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Ação Designação Horizonte temporal
Descrição Objetivos Metas Indicadores
5.39.TND
Parâmetros de dimensionamento para a qualificação do espaço público nos centros urbanos
Médio Prazo (2022)
Esta medida, aplicável à elaboração ou revisão de Planos de Urbanização, Planos de Pormenor e de Reabilitação Urbana, e na ligação dos Planos na elaboração de Projetos de Reabilitação e Regeneração Urbana, visa ajustar o equilíbrio na afetação de espaço público às atividades de circulação e estadia/estacionamento de pessoas e transportes motorizados. Por um lado, a qualificação do espaço público em prol das pessoas desempenha um papel importante na promoção do transporte ativo (pedonal e ciclável). Por outro lado, um espaço público com condições mais restritivas de circulação e estacionamento de veículos, desempenha um papel importante na adoção de padrões de mobilidade alicerçados no transporte coletivo e ativo. Na ausência de um desenho urbano integrador das intervenções de iniciativa privada e pública, tem sido recorrente, no quadro do planeamento urbano, a utilização dos parâmetros de dimensionamento constantes na Portaria nº 216-B/2008 de 3 de março. Todavia, e conforme o preâmbulo desta Portaria, os valores de referência a utilizar deverão ser “os que estiverem definidos em plano municipal de ordenamento do território”. Neste sentido, é proposto que os Planos e Projetos em desenvolvimento ou a desenvolver adotem parâmetros de desenho urbano e de dimensionamento de estacionamento próprios, com o estabelecimento de índices máximos e mínimos, orientados para o referido ajustamento na afetação de espaço público, em detrimento da aplicação rígida dos parâmetros da Portaria n.º 216-B/2008. Deste modo os PDM (e em articulação com este, os PU e PP) devem detalhar e parametrizar dimensionamento de estacionamento público e privado, de veículos pesados, parques de estacionamento e zonamento (se aplicável). Para a execução desta medida poderão ser incluídos os princípios das estratégias de “Desenvolvimento orientado ao transporte público”, “Centralidades” e “Permeabilidade à circulação pedonal”. Deve ainda ser tido em consideração as restantes ações referentes à gestão e monitorização do espaço afeto a estacionamento.
OE11. Assegurar um planeamento urbanístico promotor da mobilidade
sustentável
M14. Inclusão das medidas nos IGT
I37. Nº de critérios/parâmetros
transpostos para regulamento de
PDM
REOT TONDELA 2017
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Ação Designação Horizonte temporal
Descrição Objetivos Metas Indicadores
5.54.TND
Reserva de espaço canal para modos suaves (viagens recreativas)
Médio Prazo (2022)
Para além de constituírem uma alternativa ao transporte individual em viagens utilitárias, os modos suaves – pedonal e ciclável – são um modo de transporte de excelência para realizar viagens recreativas. Sendo assente que o PIMT estará mais vocacionado para a mobilidade quotidiana, será de salientar a importância da mobilidade suave recreativa não só na saúde pública, mas na formação e alteração de comportamentos (“travel behaviour”) que trazem repercussão nas escolhas de mobilidade quotidianas. Os PDM, do ponto de vista mais orientador e municipal, e os PU e PP, no desenvolvimento para determinada área do concelho, devem contribuir para definição da referida rede de mobilidade suave. Analogamente ao que sucede na hierarquia da rede viária e definição das suas características, o mesmo deve ocorrer na rede mobilidade suave, e na articulação desta com a rede rodoviária. Neste sentido, recomenda-se que as propostas de PDM em elaboração e em atualização, considerem a viabilidade da implementação de canais pedonais e clicáveis nas vias existentes, e que, numa ótica interconcelhia, estruturem uma rede de caminhos e ciclovias de abrangência regional. Esta medida consiste, em grande parte, na contemplação da rede intermunicipal de ecopistas nos instrumentos de gestão do território, sobretudo na definição e reserva de corredores para o efeito. Também deverão ser incluídas nos IGT, tanto quanto possível, as rotas pedestres, na reserva de corredores e proteção de território.
OE11. Assegurar um planeamento urbanístico promotor da mobilidade
sustentável
M14. Inclusão das medidas nos IGT
I38. Reserva de canal para
percursos cicláveis e pedonais (Km)
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Ação Designação Horizonte temporal
Descrição Objetivos Metas Indicadores
5.68.TND
Definição de critérios para garantir condições de coexistência entre pessoas e veículos
Médio Prazo (2022)
O fenómeno de difusão urbana associada ao desenvolvimento da rede de acessibilidade rodoviária levou a que, nas principais vias de comunicação entre povoamentos, se verifique a ausência de condições para a circulação segura de peões e um acentuado efeito barreira, causado pela infraestrutura rodoviária, com sérias consequências sociais. Neste sentido, recomenda-se que as propostas de Plano em elaboração e em atualização considerem dotar as vias principais de condições adequadas de circulação e atravessamento pedonal. Os Regulamentos dos PDM deverão, sempre que possível, explicitar os parâmetros de localização de travessias pedonais e garantir a implementação de um canal pedonal com as dimensões mínimas legalmente estabelecidas. Os IGT contribuem de forma significativa para a melhoria das condições de coexistência entre pessoas e veículos no interior dos povoamentos através da criação de um quadro de parâmetros para a implementação de Zonas 30 e Zonas de Coexistência. Este quadro deverá ter em consideração a hierarquização detalhada da rede viária, juntamente com a tipologia de ocupação urbana existente permitindo, em conjunto com a Carta de Acessibilidades, o mapeamento de áreas propensas à implementação de Zonas 30 e Zonas de Coexistência. Os PDM devem definir normas orientadoras para intervenções, de novas vias, mas principalmente das existentes. Estas orientações devem ser seguidas e principalmente desenvolvidas no âmbito dos PU e PP. Deste modo, futuros projetos de execução contribuirão para a melhoria nas condições de coexistência entre pessoas e veículos.
OE11. Assegurar um planeamento urbanístico promotor da mobilidade
sustentável
M14. Inclusão das medidas nos IGT
I37. Nº de critérios/parâmetros
transpostos para regulamento de
PDM
FONTE: PIMT CIM Viseu Dão Lafões, Relatório da Fase 4 – Plano / Programa de Ação, dezembro 2016
REOT TONDELA 2017
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17. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Decorridos 7 anos desde a 1.ª revisão do PDM, urge agora efetuar o balanço do estudo produzido, a
fim de fundamentar a necessidade da 2.ª revisão.
Assim, interessa começar por destacar o decréscimo populacional registado no último período
censitário. Acresce que o nível de intensidade de ocupação e de crescimento da população determinam
fortes contrastes, influenciados pela acessibilidade aos centros urbanos, assim como pelo potencial
agrícola e ainda pela dinâmica industrial em determinadas áreas concelhias.
Deste modo, um dos maiores desafios está relacionado precisamente com as dinâmicas demográficas,
uma vez que o progressivo envelhecimento da população parece ser um dado adquirido. Este cenário
deve representar um alerta para a criação de serviços capazes de responder ao crescente número de
população idosa, sobretudo nas áreas que detêm um maior índice de envelhecimento.
Neste âmbito, destaca-se ainda a fraca renovação do parque habitacional para a qual tem contribuído
o saldo migratório negativo, que aparentemente, potenciou a disponibilização de habitações e o
enfraquecimento da procura. Neste matéria, o planeamento e a execução de políticas de habitação
assume-se essencial para minimizar as diferenças territoriais.
Por isso, a atração e fixação da população, especialmente dos jovens e ativos, para os territórios em
perda deve ser também um dos reptos. A inversão deste cenário estará dependente do papel proativo
no desenvolvimento de atividades económicas que permitam reduzir o ciclo de saída.
Neste contexto, o concelho de Tondela constitui-se como um dos municípios mais industrializados da
região através da dotação de novos espaços e da expansão de instalações. Contudo, face às
consequências devastadoras dos incêndios de 2017, o parque o industrial foi grandemente afetado,
destacando-se os danos irreversíveis em duas das quatro unidades da zona industrial da Adiça,
afetando, sobremaneira, o emprego e a atividade económica do concelho.
No entanto, nas suas políticas de combate ao desemprego, o município tem vindo a incentivar os jovens
à promoção, produção e comercialização de produtos endógenos de vários setores, como o agrícola,
o pecuário, o artesanato, entre outros.
Outro aspeto a considerar é, portanto, a suscetibilidade à ocorrência de incêndios florestais, à qual o
município tem procurado reverter através de regulamento próprio com normas orientadoras, impedindo,
por exemplo, ações de reflorestação nas áreas ardidas com espécies de crescimento rápido,
nomeadamente eucaliptos. Neste contexto, Tondela tem encetado ações de promoção da utilização
das espécies autóctones contribuindo, assim, para a recuperação sustentável do território.
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 190
Deste modo, é importante ter ainda em reflexão a Lei n.º 76/2017, de 17 de agosto, correspondente à
quinta alteração ao Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28 de junho, bem como o Decreto-Lei n.º 10/2018, de
14 de fevereiro que clarifica os critérios aplicáveis à gestão de combustível, no âmbito do Sistema
Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios, a fim de compatibilizar as suas orientações e, dessa
maneira, contrariar o cenário destruidor dos últimos anos.
Por sua vez, apesar da localização geoestratégica ímpar de transição entre o interior e o litoral
potenciada por uma boa rede de acessibilidade que liga com facilidade a grandes centros económicos,
a mobilidade intraconcelhia deve ser melhorada. O transporte de passageiros flexível poderá ter muita
relevância em territórios como o de Tondela, na medida em que constitui uma oportunidade de melhor
operacionalização do sistema, colmatando limitações no transporte público convencional, sobretudo
em áreas mais isoladas e de menor procura.
Importa ainda destacar que o concelho de Tondela se apresenta como um território com elevado
potencial turístico, o qual tem vindo a ser valorizado pelo município através de investimentos em
infraestruturas de apoio, na promoção de uma agenda cultural cada vez mais vasta, bem como no
fomento do termalismo como produto estratégico.
De facto, o turismo pode desempenhar um papel decisivo no desenvolvimento local e regional, uma
vez que a dinamização das potencialidades naturais e histórico-culturais, promovendo o
aproveitamento dos recursos endógenos, tende a potenciar a criação de sinergias entre as diversas
atividades económicas.
Ademais, no que respeita às alterações legislativas, há a necessidade de adaptar o PDM ao Regime
Jurídico de Instrumentos de Gestão Territorial, onde consta a obrigatoriedade de os planos municipais
deverem, no prazo máximo de cinco anos após a entrada em vigor do presente decreto-lei, incluir as
novas regras de classificação e qualificação previstas.
Além disso, ocorreram também alterações em planos de hierarquia superior de incidência territorial. O
ano 2016 deu lugar à revisão do Plano Nacional de Água, onde é afirmado que as medidas
preconizadas nos planos municipais devem ser compatibilizadas e articuladas com os instrumentos de
planeamento das águas. Decorreu ainda a 1.ª publicação do Plano de Gestão da Região Hidrográfica
do Vouga, Mondego e Lis.
Por seu turno, o Programa Nacional da Política do Ordenamento do Território, publicado em 2007, está
no corrente ano em processo de alteração e, portanto, deverá considerar-se o facto de este afirmar,
entre outros aspetos, que o PDM deve ter os conteúdos estratégico e regulamentar reforçados, assim
como as orientações e práticas consentâneas aliadas a um planeamento mais claro e firme no que
respeita à organização e regime de uso do solo e de salvaguarda de riscos.
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Ademais, entende-se também a necessidade de realizar uma análise rigorosa às áreas abrangidas pela
REN e RAN. Na elaboração da proposta de delimitação da RAN deve ser ponderada a necessidade de
exclusão de áreas com edificações legalmente licenciadas ou autorizadas, bem como das destinadas
à satisfação das carências existentes em termos de habitação, atividades económicas, equipamentos
e de infraestruturas. Na REN, as propostas de alteração da delimitação devem fundamentar-se na
evolução das condições económicas, sociais, culturais e ambientais, nomeadamente as decorrentes
de projetos públicos ou privados a executar na área cuja exclusão se pretende.
Além disso, a atualização da base cartográfica é outro dos fatores a considerar, uma vez que a 1.ª
revisão do PDM foi elaborada através de cartografia 1/2000 e 1/5000, referente a março de 2006. Neste
sentido, é premente a necessidade de suprimir as divergências entre a realidade e as plantas em vigor.
Por fim, acresce o facto de apenas 37% das propostas previstas no PDM em vigor terem sido
materializadas, o que se pode considerar um nível de concretização pouco satisfatório. De referir,
contudo, que várias ações estão em fase de execução. Atente-se, portanto, para a relevância da
continuação do desenvolvimento das medidas e intervenções, a fim de alcançar os objetivos
estratégicos do PDM.
Face ao exposto, o tempo decorrido propiciou um conjunto de alterações no território, sendo, deste
modo, indispensável encetar a 2.ª revisão do PDM, que deverá atender à necessidade de adequação
à evolução das condições económicas, sociais, ambientais e culturais.
REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 192
18. BIBLIOGRAFIA
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REOT TONDELA 2017
Câmara Municipal de Tondela | Lugar do Plano - Gestão do Território e Cultura, Lda. 193
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