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Respiração, Apoio, Ressonância e Articulação
K a u ê C h i a r a m o n t e S i l v a
E-book de introdução
Sumário
1. Introdução________________________________1
2. Respiração ________________________________3
3. Apoio ____________________________________18
4. Ressonância e Articulação __________________23
5. Considerações Finais _______________________27
6. Referências _______________________________28
1. Introdução
Bem vindo(a)!
Considero a Técnica Vocal como um mundo novo pra mim. A cada livro que leio,
cada página que folheio é uma inspiração nova. E se tratando de inspiração,
busquei escrever um livro inspirador, um livro diferente, que pudesse emocionar
você! Muitas vezes, me parece que o mundo carece de leituras vivas, e na minha
opinião não existe nada mais inspirador e vivo do que trabalhar com as artes.
E é exatamente isso que sinto em relação a estas três áreas da Técnica,
Respiração, Apoio, Ressonância e Articulação, porquê literalmente mexe com
nossas emoções, no íntimo de nossos corações. Nesse e-book você encontrará um
potente material, uma estrutura que te ajudará a compreender e trabalhar o que é
mais importante. Considero um trabalho grande, porquê foram anos de empenho
que ainda continuam no meu aprendizado, e digo a você que irei fazer muita
coisa, irei escrever muitos livros ainda. Outra coisa que considero, eu fiz esse livro
pra mim também. Eu sou professor de Técnica Vocal e tenho uma apostila que
escrevi e sempre a atualizo para os meus alunos, e que utilizo ela para estudar
também. Por isso que esse livro vai me ajudar porquê eu vou lê-lo também,
quantas vezes forem necessárias.
Evoluir leva tempo, e não é fácil, mas com perseverança e dedicação irá longe, e
cada passo que der vai compreender que é uma vitória, e parte desses passos você
irá dar lendo este livro, e isso é gratificante. Porém, a responsabilidade de evoluir
é sua, nenhum livro por melhor que seja, faz algum milagre. A luta é sua, a
vontade é sua, e a disposição é sua também.
Por último quero deixar um muito obrigado por ter adquirido este e-book, por ter
dado esse voto de confiança, e saiba que tive muito cuidado para lhe entregar um
grande valor neste e-book.
Aproveite a leitura!
Até as próximas páginas!
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2. A Respiração
É muito comum começarmos uma aula de canto, ou mesmo um livro, pela
respiração, porquê nela está a responsabilidade pelo bom desempenho da
produção da voz fundamental, claro que se você tiver algum distúrbio vocal, antes
de iniciar um estudo, você precisa ir ao médico. Voz fundamental é a voz
produzida pelas pregas vocais, antes de chegar na cavidade oral (boca), e antes
disso acontecer, outras coisas ocorrem, são movimentos e interações importantes
entre órgãos e músculos que atuam em conjunto na respiração. Antes de me
aprofundar mais no assunto, eu ficava sem saber porquê minha voz não evoluía e
colocava a responsabilidade toda na fonação (produção da voz), quando na verdade
faltava um trabalho mais adequado e dedicado de respiração.
Outro coisa comum, quando se inicia os estudos e se explica a respiração, é o
aluno começar a fazer força para controlar a respiração, e isso não dá certo, e eu
sei que anos de estudo leva o aluno a compreensão disso. Por isso venho ensinar
neste e-book esta super dica. Primeiro você precisa conhecer o Aparelho
Respiratório e os músculos envolvidos na respiração. Respiração é o movimento
de inspiração e expiração, onde acontece as trocas gasosas entre o organismo e o
ambiente externo.
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O Aparelho Respiratório
O aparelho respiratório é o conjunto de órgãos responsáveis pelas trocas gasosas
no organismo composto pelas narinas, fossas nasais, faringe, glote, laringe,
traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos, e o pulmão que é o principal órgão do
aparelho respiratório.
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O Pulmão
Temos dois pulmões, são os principais órgãos da respiração, eles tem forma
piramidal, e são responsáveis principalmente por oxigenar o sangue e eliminar o
dióxido de carbono do corpo.
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O Diafragma
O músculo que leva a responsabilidade pela boa respiração, é o diafragma.
Músculo achatado e delgado em forma de cúpula, eu prefiro dizer cogumelo ou
paraquedas, que separa o tórax do abdômen, e sua base está em relação com o
contorno inferior da caixa torácica. O diafragma tem relação com as vísceras na
sua parte inferior, e com o pulmão e o pericárdio em sua parte superior.
Vários autores descrevem o diafragma de formas diferentes, que nos ajudam a
compreender melhor. Aqui não vamos estender muito porquê nosso foco é a
respiração e a inspiração.
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Fisiologia da Respiração
Na respiração natural, não deve ocorrer nenhum esforço e nenhuma tensão. Existe
uma contração muscular ativa na inspiração e um relaxamento na expiração.
Inspiração é a entrada do ar no pulmão, e a expiração é a saída, é isso que
caracteriza a respiração. A respiração deve ser nasal, exceto em frases rápidas,
quando não dá tempo de respirar pelo nariz.
Existem três tipos de respiração considerados naturais:
Uma superior (costal superior) que há uma excessiva elevação dos ombros e um
grande aumento no diâmetro do tórax, que utilizamos quando estamos ansiosos,
nervosos, ou após fazer um exercício físico cansativo. Outra inferior, que
utilizamos quando estamos em repouso. E uma última, chamada de Costo-
diafragmático-abdominal, que é indicada para o canto e para falar no dia-a-dia.
Normalmente, não somos educados para isso, dificilmente alguém vai ensinar para
uma criança que ela deve respirar assim ou assado.
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Nessa respiração, quando inspiramos, o diafragma empurra as vísceras para baixo,
e puxa o pulmão para baixo. A descida do diafragma, abre caminho para o pulmão
se acomodar, as costelas se afastam e dão espaço para o pulmão encher de ar.
Na expiração, o diafragma, com o auxílio dos músculos abdominais e intercostais,
dão suporte ao pulmão para que a coluna de ar seja produzida.
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Uma coisa precisa ficar clara, a sua Postura precisa estar correta, ou seja,
qualquer problema na coluna que você tenha ou está
com dor nas costas e não sabe o que é, precisa ter
cuidado. Converse com seu médico a respeito, porquê
para que a respiração ocorra corretamente, o peso do
corpo precisa estar dividido entre os dois pés, ou
entre os dois ísquios (ossinhos das nádegas), e a
postura da coluna precisa estar ereta, não como um
robô, mas reta, e com os joelhos um pouco flexionados.
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Lembra da super dica que eu comentei lá no começo? Vamos falar dela. Quando
imaginamos que na inspiração, o diafragma vai empurrar as vísceras para baixo,
nos vem na mente a ideia de força, pressão. Na verdade, a pressão, com certeza vai
acontecer sim, mas nós não devemos pensar dessa forma. Corremos o risco de cair
na tentação de fazer força porquê inconscientemente acreditamos que se fizermos
força, nós vamos ajudar o diafragma a empurrar o ar para cima.
Com essa ideia na cabeça, nós vamos tentar internamente, fazer alguma coisa para
“ajudar” o diafragma, só que de verdade, isso não acontece. Nós fazemos isso na
esperança de deixar nossa voz mais forte, mais estável, quando na verdade, isso
vai causar tensão desnecessária. Naturalmente já acontece uma pressão subglótica
por causa da aproximação das pregas vocais e fechamento da glote (espaço entre
as pregas vocais), e quando forçamos os músculos abdominais, geramos mais
pressão e tensão.
A Concentração Necessária
Depois de ter inspirado o ar para cantar, não faça força alguma, troque pela
palavra controle, é isso que precisa ser feito. Buscar o controle do ar, da
musculatura. Eu sei que isso é difícil, porquê é um movimento interno que não
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temos domínio, mas você vai conseguir. Eu aconselho, você imaginar que na sua
barriga não existe nada, e não está acontecendo nada, imagine que tudo está leve.
É mais um trabalho mental que com o tempo o seu corpo responde.
O trabalho da musculatura, diafragma, músculos abdominais e intercostais,
seguem o mesmo padrão, porquê o tônus muscular que você precisa é somente
para ter controle. Outras coisas importantes, são a consciência que o pulmão
precisa ter do espaço interno que tem, entender que o pulmão com a ajuda do
diafragma irá produzir uma coluna de ar que precisas ser estável, e ter um
trabalho meditativo de respiração que vou explicar agora!
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Exercícios de Respiração
Exercícios de consciência respiratória
Como já disse, utilizaremos a respiração costo-diafragmático-abdominal, por ser a
mais indicada, porquê pela sua fisiologia dá mais liberdade e apoio para o pulmão,
e deixa livre a laringe que é onde estão situadas as pregas vocais. Para a boa
interação e comunicação entre os órgãos envolvidos na respiração, faça primeiro
um exercício de respiração meditativa. Fique em pé, com as pernas ligeiramente
afastadas, somente para dividir o peso entre as pernas, busque uma postura reta,
mas confortável, busque relaxar com rotação dos ombros e do pescoço.
Para compreender mais sobre a respiração que vamos utilizar, ainda em pé, incline
o corpo levemente para frente e inspire profundamente. Dessa forma, você pode
perceber que suas costelas se abrem. Ou, em pé sem inclinar o corpo, coloque as
mãos não lateral do corpo, logo abaixo do tórax, e inspire profundamente, sem
erguer os ombros, e sinta as costelas se abrindo. É importante que você interiorize
e grave bem isso, faça várias vezes. Entenda que o nosso corpo, grava as sensações
através da memória muscular.
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Exercícios de Estabilidade Vocal
Este exercício vai te ajudar na estabilidade da voz, uma melhor afinação, na
linearidade, sua voz vai ficar mais lisa sem nenhum trêmulo. Resumindo, sua voz
vai ficar firme. Existem outros exercícios de estabilidade, mas vamos tratar aqui
somente dos exercícios que envolvem especificamente a respiração.
Fique em pé, com as pernas ligeiramente afastadas. Inspire, segure o ar por 3
segundos, e solte o ar com controle, em forma de „‟SSSSSSSSSSSSSS” contínuo.
Como um pneu esvaziando. Vá aumentando gradativamente o tempo desse
esvaziamento.
Importante é que você não force este ar a sair, mas sim o controle. Deixe ele sair
devagar, tranquilo, pense mais na estabilidade desse ar. No começo é um pouco
desajeitado, mas com o tempo você consegue.
Uma outra coisa importante, divida seus estudos, porquê estudar muito esse
exercício e depois estudar os vocalises não é uma boa ideia, porquê sua
musculatura pode estar cansada, e você pode gerar tensão forçando a respiração.
Repita esse exercício algumas vezes, tire um tempo do dia para estudar respiração
com calma.
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Exercícios para tônus muscular
Da mesma forma, em pé, você irá inspirar, e soltar o ar em forma de
“SSSSSSSSSS” novamente. Porém vai ser em staccato, ou seja, destacado.
Ex: “SSS-SSS-SSS-SSS”. Inspira e solte o ar até acabar.
Esses exercícios podem ser feitos com som de “XXX”, ou seja, som de rádio fora
da estação (chiado). Tanto para o exercício contínuo como o exercício em staccato.
Se for estudar respiração, mais vocalise, faça 5 minutos de exercícios de respiração
somente. Se for estudar somente a respiração, faça mais tempo.
Todos os exercícios são multidimensionais a acabam por atuar em ambos os
aspectos, ou seja, o exercício que trabalha na estabilidade, também trabalha o
tônus muscular, e dão suporte para o apoio, que vamos falar a seguir.
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3. O apoio
Vamos falar de dois apoios. A técnica do apoio, e outro apoio muito necessário, o
pé. Sim, o pé que pisamos o chão e que sustenta nosso corpo em segurança. Ter
apoio no pé, foi assunto de um livro que li faz muito tempo, que dizia que o nosso
potencial vocal em todos os sentidos não vem de cima, e sim de baixo. Falo isso
porquê, grande parte das pessoas e principalmente os iniciantes, buscam as notas
esticando o corpo ou o pescoço para alcançar determinada nota, isso é um pouco
intuitivo, mas não ajuda em nada. Os joelhos flexionados, a divisão do peso do
corpo entre as pernas e a firmeza do pisar dos pés, faz muita diferença.
Quando sentimos que pisamos no chão de verdade, quando nos deixamos perceber
tudo isso, parte de nossa insegurança vai embora. Olhar o público e o ambiente
como um todo nos deixa mais seguros, pode testar, depois me conta nos
comentários do blog.
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Agora vamos falar da técnica do apoio...
Normalmente, os estudantes relacionam o apoio somente ao músculo diafragma.
Sim, ele é muito importante e dá apoio ao pulmão sim, mas agora vamos falar de
outro apoio. O diafragma, os músculos intercostais e abdominais também
participam do apoio, porém, o ponto do apoio que falaremos é a musculatura
pubiana, situada á 4 dedos abaixo do umbigo. O apoio facilita na sustentação das
notas longas. Para o apoio acontecer, você deve realizar uma pequena pressão na
região pubiana. Mas lembre-se daquela dica da respiração? De não pensar na
força? Pois é, precisamos pensar assim no apoio também,
porquê a força desnecessária irá gerar tensão subglótica,
ou seja, abaixo das pregas vocais. Pensemos no controle.
Vamos aos exercícios!
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Exercícios de Apoio
Os exercícios de respiração com som de “SSSSSS” contínuo e staccato, também
podem ser utilizados para a sensibilização do apoio, porém, o exercício em
“SSSSS” contínuo é mais eficaz para o desenvolvimento. Mas no apoio já entra a
fonação (produção da voz) que não trataremos nesse e-book. Para o apoio, você
pode cantar uma frase longa.
Ex: “O rato roeu a roupa do rei de Roma, o rato roeu a roupa do rei de Roma.”
Numa única nota, você pode cantar essa frase, sem interrupção, sem respiração no
meio da frase. Inspire, apoie e cante a frase até acabar o ar. O treinamento consiste
em cantar em uma única nota, com um tempo determinado, podendo utilizar um
metrônomo ou marcando o tempo batendo o pé, ou a mão, mas o metrônomo é
mais indicado. O objetivo é diminuindo o tempo, deixando ele mais tempo, assim
você melhora o seu tempo de sustentação de notas.
Dica: Articule bem as palavras para economizar o ar durante a frase.
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4. A Ressonância e Articulação
Vamos falar da ressonância e articulação, assunto de grande impacto na
performance e no desenvolvimento vocal. Depois que o som fundamental é
produzido pelas pregas vocais, ele é ampliado, ou amplificado, enfim. É no nosso
sistema ressonantal ou aparelho de ressonância, como quiser falar, composto pelo
trato vocal que o som ressoa. E são os articuladores que dão forma ao som.
Nosso trato vocal é formado pela laringe, faringe, palato mole e palato duro,
mandíbula, língua, lábios, dentes, cavidade oral, e cavidade nasal. São essas nossas
caixas de ressonância. Saiba que você é único(a), e que não existe nenhuma outra
pessoa com a voz igual a sua, justamente porquê não existe nenhuma estrutura
igual. É essa diferença que dá as características próprias da sua voz, e isso se
chama timbre. Timbre é o que caracteriza e diferencia os sons, ou nesse caso as
vozes. O que ocorre é que o som ressoa e é modificado por essa estrutura.
Em nosso sistema de ressonância, há também os articuladores, que dividem-se
entre articuladores ativos que realizam movimentos (língua, lábios, mandíbula,
palato mole e pregas vocais), e articuladores passivos (dentes, parede posterior da
faringe e palato duro).
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O som é modificado de acordo com os ajustes do trato vocal, que é muito versátil
e possibilita inúmeros ajustes. As vogais são produzidas sem a interrupção da
onda sonora, ou seja, a articulação delas é mínima. Já as consoantes são
produzidas por movimentos bem expressivos dos articuladores e criam obstáculos
para o som, por isso a “conversa” entre os articuladores, precisa ser bem estudada.
É necessário um trabalho dedicado.
Sem entrar muito a fundo no assunto fonação,
vamos falar um pouco da laringe. Na laringe
estão situadas as nossas pregas vocais, onde
nossa voz é produzida. Entenda que a laringe pode ser abaixada ou elevada de
acordo com a nota cantada e com o ajuste desejado, e esses movimentos também
interferem na ressonância. A faringe está depois ou atrás da cavidade oral, para
você visualizá-la, de frente para um espelho, abra a boca exageradamente, no
fundo da garganta você estará olhando para a parede da faringe. Ela é formada
por músculos que permitem aumentar ou diminuir os espaços da faringe, que
também influenciam na ressonância. Agora vamos falar do Palato Mole ou Véu
Palatino.
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O palato mole é móvel, pode ser abaixado ou elevado. Ele é muito importante para
a ressonância, é ele quem transforma os sons em nasais e orais. O abaixamento do
palato transforma os sons em nasais, ou seja, o som sai mais ou menos pelo nariz,
dependendo do ajuste palatal. Toda essas estru-
turas, possibilitam inúmeros ajustes. O palato
mole é muito versátil, o bom trabalho de ajuste
contribui desde a mudança de timbre, como faci-
lita o acesso para as notas agudas.
Não irei passar exercícios de ressonância. Mas
para sensibilizá-la você pode utilizar o exercício
bocca chiusa (boca fechada). Feche a boca, sem
encostar os dentes uns nos outros, e faça som
“Hummm”. Dessa forma você pode sentir um formigamento, ou cócegas nos
lábios, talvez perto do nariz. Sentiu? Essa é a ressonância. Para sentir o palato
mole, fale um longo “aaaaa” e transforme em “ãããããã”, ou seja “aaaaaãããã”. A sua
voz ficará nasal e você sentirá a garganta “fechar”. Esse é o abaixamento do palato,
ele encosta na parte de baixo. Também pode ser usado como exercício.
Estamos chegando ao fim deste e-book.
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5. Considerações Finais
Este é o primeiro de muitos e-books que pretendo escrever. Agradeço por ter
chegado até aqui, e espero ter contribuído para o seu aprendizado. Essa foi só uma
introdução ao assunto, de forma bem simples, mas que eu sei que é importante. A
técnica vocal é um meio, mas muitas outras coisas são necessárias para fazer um(a)
cantor(a). Muitas coisas nesse caminho nos ajudarão nessa grande jornada de
aprendizado e aperfeiçoamento.
Considero estes assuntos, a base do canto, e tudo que é base, significa alicerce.
Uma casa sem um bom alicerce, construída na areia, desmorona. Mas uma casa,
bem alicerçada, construída na rocha firme, permanecerá. É a mesma coisa com a
nossa voz.
Obrigado! Deus abençoe! Grande abraço!
Peço que se você gostou, entre no blog tecnicavocalmaster.wordpress.com, na
página “Testemunhos”, e comente, deixe sugestões. Sua opinião é importante
para o meu crescimento profissional e pessoal.
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6. Referências:
- BAÊ, TUTTI, 1964 – Canto: Equilíbrio entre corpo e som: princípios da
fisiologia vocal / Tutti Baê, Claudia Pacheco. – São Paulo: Irmãos Vitale
- CAMPIGNION, PHILIPPE – Respi-rações/ Philippe Campignion; ilustração
Godolieve denys-Struyf, tradução Lucia Campello Hahn. – São Paulo: Summus,
1998.
- MOLINARI, PAULA – Técnica vocal: Princípios para o cantor litúrgico/
Paula Molinari. – São Paulo: Paulus, 2007. – (Coleção liturgia e música/
coordenador Joaquim Fonseca)
Respiração, Apoio, Ressonância e Articulação
Acesse: tecnicavocalmaster.wordpress.com
www.facebook.com/tecnicavocalmaster
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