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RESSALVA
Atendendo solicitação do(a) autor(a), o texto completo será disponibilizado somente a
partir de 12/03/2018.
unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
Faculdade de Ciências e Letras Campus de Araraquara - SP
BRUNO MORIGGI
EVOLUÇÃO INSTITUCIONAL E
INOVAÇÕES RECENTES DO SETOR DE ENERGIA ELÉTRICA BRASILEIRO:
DILEMAS DA REGULAÇÃO
ARARAQUARA – S.P.
ANO 2017
BRUNO MORIGGI
EVOLUÇÃO INSTITUCIONAL E INOVAÇÕES RECENTES DO SETOR DE
ENERGIA ELÉTRICA BRASILEIRO: DILEMAS DA REGULAÇÃO
Dissertação de Mestrado, apresentado ao Conselho, Programa de Pós Graduação em Economia da Faculdade de Ciências e Letras – Unesp/Araraquara, como requisito para obtenção do título de Mestre em Economia. Linha de pesquisa: Economia
Orientador: Sebastião Neto Ribeiro Guedes
Co-orientadora:
Bolsa:
ARARAQUARA – S.P. ANO 2017
BRUNO MORIGGI
EEEVVVOOOLLLUUUÇÇÇÃÃÃOOO IIINNNSSSTTTIIITTTUUUCCCIIIOOONNNAAALLL EEE IIINNNOOOVVVAAAÇÇÇÕÕÕEEESSS RRREEECCCEEENNNTTTEEESSS DDDOOO SSSEEETTTOOORRR DDDEEE EEENNNEEERRRGGGIIIAAA
EEELLLÉÉÉTTTRRRIIICCCAAA BBBRRRAAASSSIIILLLEEEIIIRRROOO::: DDDIIILLLEEEMMMAAASSS DDDAAA RRREEEGGGUUULLLAAAÇÇÇÃÃÃOOO
Dissertação de Mestrado, apresentada ao Conselho, Programa de Pós em Economia da Faculdade de Ciências e Letras – UNESP/Araraquara, como requisito para obtenção do título de Mestre em Economia. Linha de pesquisa: Economia Orientador: Sebastião Neto Ribeiro Guedes
Co-orientadora: Bolsa:
Data da defesa: 12/09/2017
MEMBROS COMPONENTES DA BANCA EXAMINADORA:
Prof. Dr. Sebastião Neto Ribeiro Guedes Universidade Estadual Paulista (UNESP). Prof. Dr. Valdemir Aparecido Pires Universidade Estadual Paulista (UNESP). Prof. Dr. Francisco Constantino Crócomo Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP). Local: Universidade Estadual Paulista Faculdade de Ciências e Letras UNESP – Campus de Araraquara
“Dedico este trabalho em memória
de meu pai, que me ensinou acima
de tudo a nunca desistir de seus
sonhos, embora as adversidades
façam sejam inerentes da vida, a fé,
determinação e esperança deve
prevalecer em suas decisões”......
Agradecimentos
“A vida é o campo experimental onde têm lugar as lutas e onde cada um vence ou é
derrotado; mas é, também, o cenário onde o espírito se tempera verdadeiramente e
onde, pouca a pouco, com vontade entusiasmos grandes, vai se lavrando um novo e
elevado destino”... (Carlos Bernardo González Pecotche)
À Deus por tudo de precioso dado a mim nesta vida...
Aos meus familiares, minha mãe (Elza) e meu irmão (Thiago); e principalmente ao meu
pai (Geraldo), em memória que sempre acreditou em meu potencial, guiando-me pelos
caminhos tortuosos da vida.
Ao meu orientador Dr. Sebastião Neto Ribeiro Guedes, pela paciência, carinho e
contribuição científica, auxiliando me nos momentos mais complexos de minha vida
acadêmica.
Aos membros da banca de Qualificação e Dissertação; os professores doutores
Valdemir Pires, Cláudio César de Paiva e Francisco Constantino Crócomo; que
colaboraram cientificamente na elaboração deste trabalho, atentando para detalhes
importantes para a complementação desta pesquisa.
Aos professores do departamento de Pós-Graduação em Economia da Universidade
Estadual de São Paulo (UNESP), destacando: Dr. Mário Augusto Bertella; Dr. Eduardo
Strachman; Dr. André Luiz Correa; Dr. Rogério Gomes; Drª Luciana Togeiro de
Almeida... pelas excelentes aulas expositivas, permitindo-me evoluir profissionalmente
e pessoalmente.... Reitero ainda, a todos meu eterno carinho, respeito e consideração.
Parabenizo ainda, aos professores Dr. José Ricardo Fucidji; Dr. Mário Luiz Possas; Dr.
Adilson Marques Gennari, pela valiosa contribuição no processo de crescimento e
desenvolvimento acadêmico de minha pessoa.
Aos amigos discentes do curso de pós-graduação em Economia pela Universidade:
Guilherme da Silva; José Victor Diogo; Raphael Guilherme Araújo Torrezan; Danielle
de Almeida Mota Soares; Charles Araújo de Souza; Mariana Gonçalves Mota;
Guilherme Amélio Milian; Gabriel Furlan Coletti; Kleber Alves da Silva Francelino;
nos embates diários enriquecedores para a compreensão do assunto abordado no
decorrer do curso de mestrado, também agradeço a todos pela amizade, e por fim pela
boa companhia em projetos relacionados a evolução do conhecimento científico.
Também gostaria de deixar um agradecimento em especial a minha amiga Sara Ceribelli
Daniel (in memória) pela alegria, dedicação, humildade e amizade.
E por fim gostaria de agradecer a todos os funcionários da Unesp, que diretamente e
indiretamente contribuíram para que meu sonho se tornasse realidade.
RESUMO
O setor elétrico brasileiro vem passando por um processo de reestruturação, com
profundas modificações no quadro institucional, financeiro, regulatório etc: as
mudanças concentram-se essencialmente na formulação de políticas energéticas e na
regulação da cadeia produtiva do setor. O presente trabalho pretende analisar as
mudanças institucionais na Matriz Energética Brasileira no período de 2001 a 2012,
tentando evidenciar se os processos de evolução e inovação atribuídos novo modelo
institucional estão condizentes com os conceitos teóricos da Nova Economia
Institucional. Na análise empregada procurou-se adotar uma metodologia qualitativa, a
fim de avaliar os impactos do novo modelo institucional sobre o setor elétrico. O
trabalho almeja demonstrar que ponto os conflitos entre os agentes econômicos do setor
energético tendem a afetar a busca pela eficiência produtiva.
Palavras-Chave: Setor Elétrico Brasileiro, Eficiência Econômica, Regulação,
Mudanças Institucionais e Matriz Energética no Brasil.
ABSTRACT
The Brazilian electric sector has been undergoing a restructuring process, with
profound changes in the institutional, financial, regulatory, etc., as changes mainly
concentrate on the formulation of energy policies and the regulation of the productive
chain of the sector. The present work has the objective of developing safety programs in
the Brazilian Energy Matrix from 2001 to 2012, trying to show if the processes of
evolution and innovation attributed to the new institutional model are consistent with
the theoretical concepts of the New Institutional Economy. In the analysis employed,
we tried to adopt a qualitative methodology, an end to evaluate the impacts of the new
institutional model on the electric sector. The work aims to demonstrate the point of the
conflicts between the economic agents of the energy sector tend to affect the search for
productive efficiency.
Keywords: Brazilian Electricity Sector, Economic Efficiency, Regulation, Institutional
Changes and Energy Matrix in Brazil.
I - Lista de Figuras
1 Custo de Transação e Estrutura de Governança 13
2 Relações entre Especificidade de Ativos e Custos de transações 15
3 Variáveis que afetam a Escolha Institucional 20
4 Novo Modelo Institucional do Setor Elétrico Brasileiro a partir de 2004. 53
5 Tipos de Contratação de Energia Elétrica no Ambiente de Contratação
Regulada (ACR) 63
6 Estrutura Institucional da Cadeia Produtiva do Setor Elétrico Brasileiro 65
7 Sistema de Transmissão de Energia Elétrica no Brasil 71
8 Relação entre agentes e consumidores 74
9 Ambiente de Comercialização de Energia 76
10 Ambientes Paralelos para Comercialização de Energia Elétrica
78
II - Lista de Gráficos
1 Evolução do Consumo de Energia Elétrica no Brasil, período de 1970 à
2012 44
2 Evolução da Produção e do Consumo Energético no Brasil no período de
1970 à 2007 49
3 Número Total de Agentes por Geração de Energia Elétrica no Brasil
segundo a ANEEL em 2010 68
4 Participação dos Encargos de uso de Sistema Elétrico segundo a ANEEL
em 2011 73
III -Lista de Tabelas
1 Atributos do Processo Contratual 9
2 Relação entre a Frequência e a Característica do Investimento 10
3 Relação entre a Frequência e a Característica do Investimento com o
tipo de Governança e Estrutura de Contrato 11
4 Evolução da Potência no Brasil em KW 25
5 Evolução da Energia Elétrica no Brasil período (1883 -1950) em KW 33
6 Potência das Usinas Geradoras de Energia Elétrica, período de 1957 a
1959 36
7 Produção Energética de Energia no Brasil no período de 1957 à 1959 39
IV- Lista de Abreviaturas
ACL - Ambiente de Contratação Livre
ACR - Ambiente de Contratação Regulada
AMFORP - American and Foreign Power Company
ANA - Agência Nacional de Águas
ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica
BEN – Balanço Energético Nacional
BIRD - Banco Interamericano de Desenvolvimento
BNDE - Banco Nacional de Desenvolvimento
BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
C&L - Coopers & Lybrand (consultora inglesa, responsável pelo estudo de reforma)
CADE - Conselho Administrativo de Defesa Econômica
CBEE- Companhia Brasileira de Energia Elétrica
CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica
CCPE - Comitê Coordenador do Planejamento da Expansão dos Sistemas Elétricos
CER - Cooperativa de Eletrificação Rural
CERJ - Companhia de Eletricidade do Rio de Janeiro
CESP - Centrais Elétricas de São Paulo
CGCE – Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica
CMBEU – Comissão Mista Brasil – EUA
CMSE – Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico
CNAEE - Conselho Nacional de Águas e Energia Elétrica
CSN - Companhia Siderúrgica Nacional
DNAE – Departamento de Água e Energia
DNAEE - Departamento de Águas e Energia Elétrica
DNPM - Departamento de Produção Mineral
EC - Empréstimo Compulsório sobre Energia Elétrica
ECT - Economia dos custos de transação (teoria)
ELETROBRÁS - Centrais Elétricas Brasileiras
EPE – Empresa de Pesquisa Energética
FFE - Fundo Federal de Eletrificação
FRE – Fundo de Reaparelhamento Econômico
FMI - Fundo Monetário Internacional
FURNAS - Centrais Elétricas de Furnas
GCE - Grupo de Gestão da Crise Energética
GCOI - Grupo Coordenador da Operação do Sistema Interligado
GCPS - Grupo Coordenador do Planejamento do Sistema
IEE - Indústria de Energia Elétrica
IUEE - Imposto Único sobre Energia Elétrica
LIGHT - Brazilian Light and Power Co.
MAE - Mercado Atacadista de Energia
MME - Ministério de Minas e Energia
ONS - Operador Nacional do Sistema
PAC - Programa de Aceleração do Crescimento
PCH - Pequena Central Hidrelétrica
PIE - Produtor Independente de Energia
PX - Bolsa de Energia (Power Exchange)
RGR - Reserva Global de Reversão
RESEB - Reforma Estrutural do Setor Elétrico Brasileiro
UHE - Usina Hidrelétrica
UTE - Usina Termelétrica
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 1
2 ESTADO, MERCADO E REGULAÇÃO EM UMA
PERSPECTIVA NEO INSTITUCIONALISTA
4
2.1 O Ambiente Institucional sob o enfoque de North 4
2.2 Particularidades do Custo de Transação e Estrutura de
Governança na análise de Coase e Williamson
6
2.3 Recursos Comuns, Regulação do Mercado e Ação
Coletiva sob a ótica de Elinor Ostrom, Garrett Hardin e
Mancur Olson
15
3 A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA REGULAÇÃO NO
SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO
23
3.1 Primeira Fase: Surgimento 23
3.2 Segunda Fase: Aprimoramento Institucional 27
3.3 Terceira Fase: Fortalecimento do Setor 34
3.4 Quarta Fase: Enfraquecimento do Setor 40
3.5 Quinta Fase: Privatização 42
3.6 Sexta Fase : Novo Modelo Institucional 46
4 A ESTRUTURA DO NOVO MODELO DO SETOR
ELÉTRICO
52
4.1 Novas Atribuições dos Agentes Existentes 54
4.1.1 Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) 54
4.1.2 Operador Nacional do Sistema (ONS) 56
4.1.3 Mercado Atacadista de Energia (MAE) 57
4.1.4 Ministério de Minas e Energia (MME) 58
4.2 Novos Agentes Econômicos 59
4.2.1 Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) 59
4.2.2 Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) 60
4.2.3 Empresa de Pesquisa Energética (EPE) 61
4.2.4 Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) 61
4.2.5 Ambiente de Contratação Regulada (ACR) 62
4.2.6 Ambiente de Contratação Livre (ACL) 64
4.3 Cadeia Produtiva do Setor Elétrico 64
4.3.1 Geração de Energia 66
4.3.2 Transmissão de Energia 70
4.3.3 Distribuição de Energia 73
4.3.4 Comercialização de Energia 75
4.4 O processo regulatório no novo modelo de gestão do Setor
Elétrico Brasileiro e seus Dilemas Institucionais
79
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 93
6 REFERÊNCIAS 96
1
1. Introdução
A crise energética ocorrida em 2001 no Brasil expôs as deficiências do modelo do
setor elétrico. O colapso no fornecimento energético no período influenciou toda a
cadeia produtiva, exigindo ações imediatas por parte do setor púbico para a preservação
da estabilidade política e econômica até então.
O modelo então vigente, centralizador, integrado iniciado, pela Lei 8361 de
1993 e consolidado pelo decreto nº1024 de julho 1994, autorizando a privatização das
empresas estatais se esgotara devido ao desmonte do sistema de planejamento em longo
prazo e também à prevalência de interesses oportunistas por parte dos agentes
econômicos. Mesmo com a criação de mecanismos institucionais bastante relevantes,
como a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), em 1996, responsável por gerir
o cumprimento das atribuições contratuais então estipuladas pelos agentes econômicos,
garantindo uma maior previsibilidade para fomentar o crescimento e desenvolvimento
econômico do país; com o Operador Nacional do Sistema (ONS) em 1998, incumbido
pela própria ANEEL de gerenciar o controle das instalações de geração e transmissão de
Energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN); e por fim, com o Mercado
Atacadista de Energia (MAE) em 1998, destinado somente à realização de compra e
venda de energia. Essas mudanças não foram suficientes para garantir a eficiência
econômica. Em relação à cadeia produtiva do setor elétrico, verificou-se que os setores
de geração e transmissão tornaram-se monopólios naturais, indisponível em sua base
concreta, podendo atribuir quaisquer valores tarifários diante de sua necessidade de
obtenção de lucro, sem contrapartida de investir proporcionalmente ao excedente gerado
em suas receitas.
A necessidade de solucionar estas falhas estruturais resultou em um novo marco
institucional fundamentado em conceitos organizacionais inovadores, alterando
consideravelmente as relações estabelecidas entre os agentes econômicos pertencentes
às cadeias produtivas de geração, distribuição, transmissão e comercialização. Dentre os
principais pontos que devemos ressaltar deste novo modelo instituído pela Lei 1.048,
promulgada no dia 15 de março de 2004, está a gestão descentralizada, compartilhada
entre as esferas públicas (agência regulatória) e a esfera privada (concessão parcial),
atribuindo deste modo uma necessidade de cooperação entre os agentes econômicos.
A introdução deste modelo institucional, possibilitou a expansão na geração da
2
energia, retomando assim os investimentos no setor energético, contribuindo para o
aumento da eficiência produtiva, reduzindo o custo e o preço da energia, obtendo-se
assim uma melhor qualidade nos serviços.
Como a maior parte dos programas de transformação de mercado envolve a
introdução/promoção de um novo equipamento no mercado ou a redução no uso de uma
tecnologia ineficiente, espera-se de tais programas uma redução de custos operacionais
para o consumidor. A transformação do mercado requer alterações contínuas e
duradoras, ao ponto em que o mercado não retroceda a níveis inferiores de eficiência. A
introdução de padrões de eficiência energética torna-se um fator crucial para o
desenvolvimento do mercado da mesma. (JANNUZZI, G. M.; KOZLOFF, K;
MIELNIK O.; COWART, R., 2001)
Nesse sentido, o presente trabalho pretende estudar as mudanças institucionais
no setor energético Brasileiro, tentando evidenciar se o processo de regulação do atual
modelo está em conformidade com a nova economia institucional.
A estrutura deste trabalho está distribuída em três capítulos e obedece ao
desenvolvimento lógico da metodologia adotada para análise do tema, são eles: o
capítulo inicial aborda elementos da nova economia institucional, que pode contribuir
para o entendimento dos fatos relatados ao longo do trabalho; o segundo capítulo
resgata a origem do setor elétrico brasileiro diante das mudanças institucionais que
ocorreram ao longo dos anos; e por fim o último capítulo mostra o novo modelo do
setor elétrico brasileiro, destacando suas características, os instrumentos institucionais,
a cadeia produtiva do setor, e os obstáculos para uma regulação eficiente do setor. A
metodologia utilizada no desenvolvimento da presente dissertação é a pesquisa
documental e a literatura histórica, tendo em vista as características e a natureza do
problema que se procura estudar. Por se tratar de mudanças institucionais no setor
energético, a análise consiste em apontar particularidades do setor energético brasileiro
que resultaram em mudanças institucionais, delineando suas justificativas – algumas
vezes teóricas e outras empíricas – e discutindo os resultados esperados pelo governo.
Neste sentido, a principal fonte de pesquisa são os dados e as informações secundárias,
relatórios, dissertações, teses, artigos etc. Além disso, foram consultados também
relatórios anuais entre o período 2001 a 2010 fornecidos pela Agência Nacional de
Energia Elétrica (ANEEL), que elabora estudos sobre a evolução do desempenho dos
índices de qualidade da distribuição energética, perdas técnicas na distribuição,
procedimentos da distribuição, qualidade do serviço energético, mercado de
3
distribuição, tarifas do uso do sistema de distribuição, tarifas do uso do sistema de
transmissão, valor nominal da energia, credencimanto da base de remuneração, tarifas
das distribuidoras de energia para o consumidor, encargos setoriais, reajuste tarifário e
geração de energia, que serão analisados.
Desta forma, este trabalho contribui para mostrar até que ponto as mudanças
estruturais e institucionais do setor energético, propostas pelo governo, compreendendo
o aparato regulatório e seu grau de alcance, são "suficientes" para a busca da eficiência
de mercado. Neste sentido, são verificados os possíveis efeitos das mudanças nos quatro
segmentos do setor (geração, transmissão, distribuição e comercialização), assim como
as consequências das interações entre esses segmentos.
93
5. Considerações Finais
O presente trabalho buscou como finalidade primordial verificar a relação que
existe entre mudanças institucionais do setor elétrico brasileiro e a Nova Economia
Institucional. Foram utilizados nesta investigação empírica estudos históricos sobre a
regulamentação do setor e abordagens teóricas referentes ao conceito geral definido pela
Nova Economia Institucional.
A síntese da discussão empírica foi dividida em 3 capítulos. O primeiro capítulo
apresentou elementos relevantes contidos na Nova Economia Institucional, tais como o
custo de transação, estrutura de governança, lógica da ação coletiva, regulação de
mercado e a tragédia dos bens comuns. Os autores destacados no estudo procuraram
contribuir para a análise precisa do papel das mudanças institucionais no ambiente de
mercado. A escolha pela Nova Economia Institucional se deu propriamente por dois
aspectos: o organizacional e o modelo intra-organizacional. O aspecto organizacional é
definido como processos sociais, construídos por características herdadas da sociedade e
de seu modo de organização. O processo de consolidação decorre de restrições
existentes dentro dos processos da instituição, que resultam em inovações no ambiente
institucional, e evoluem conforme a natureza do processo de organização. No que se
refere ao seu foco de análise, o aspecto organizacional destaca em sua abordagem uma
concepção teórica mais macro-analítica, enfatizando a instituição como um todo, a
partir de suas regras (formais e informais), hábitos, rotinas e contratos. O modelo intra-
organizacional abrange os aspectos micro-analíticos do ambiente econômico,
destacando as práticas de gestão que ocorrem no interior de uma organização. O ponto
de análise do modelo intra-organizacional, procura realçar aspectos correlacionados ao
mecanismo de governança, com base nos elementos que o compõe, tais como firma,
mercado, hierarquia e nível de coordenação.
Quanto ao segundo capítulo, a presente dissertação procurou discutir a questão
das mudanças institucionais com o comportamento do indivíduo. Observou-se em um
breve resgate histórico do setor elétrico, uma relação dependente entre o agente
econômico e o Estado. As inúmeras crises institucionais no setor elétrico foram
resultado de uma ausência de articulação política e também de uma estrutura frágil,
incentivadora de comportamentos oportunistas por parte dos agentes econômicos.
Dentre os principais fatores de restrição identificados estão a ausência de instrumentos
de formação de preços confiáveis; a escassez de financiamento de projetos futuros; a
94
falta de mecanismos adequados de garantias contra flutuações de preços; e, por fim, a
existência de barreiras regulatórias para entrada no mercado.
Em relação ao terceiro capítulo, o estudo empírico pretendeu entender o
processo de consolidação do novo modelo institucional do setor elétrico com a Nova
Economia Institucional, explorando seus aspectos inovadores e também seus problemas
estruturais inerentes de organização que levaram a um nível de incerteza quanto ao
futuro no ambiente econômico. Verificou-se na análise que o modelo inovador
descentralizador, apresentava na prática, falhas próprias, principalmente em delegar as
suas atribuições como órgão regulador e também como fiscalizador da dinâmica da
cadeia produtiva.
Conclui-se com o trabalho que todos os modelos institucionais reguladores do
setor elétrico brasileiro surgiram de uma forma embrionária, sem planejamento de longo
prazo, com uma estrutura institucional totalmente adaptada, subordinada aos interesses
tanto do Estado, quanto dos agentes econômicos, e aos riscos presentes do ambiente
institucional de mercado, de incerteza e comportamento oportunista. Nota-se, ao longo
do estudo, que o principal dilema do atual modelo de regulação é a incompatibilidade de
duas vertentes: a primeira relacionada à questão restritiva das regras e normas e a
segunda relacionada a eficiência e liberdade de mercado. A primeira condição foi bem
representada ao longo da história pelo poder centralizador do Estado, representado em
sua essência pela Eletrobrás. Embora tenha apresentado um relativo sucesso ao longo de
um período de tempo que compreende quase cinquenta anos, sua capacidade se exauriu
com o colapso do Estado, tornando-se inviável no atual cenário econômico que se
apresenta, visto que sua própria natureza “soberana” tende a afastar potenciais
investidores privados do mercado. Do outro lado temos a segunda conjuntura
apresentada durante um período pelo poder descentralizador do Estado, representado em
sua natureza pelo processo de privatização. Nesta abordagem é denotada uma
participação mínima por parte do Estado. Neste caso o poder de mercado ficará
encarregado propriamente das “forças de mercado monopolistas”, que determinaram o
sentido da dinâmica capitalista. Em relação ao atual modelo podemos dizer que é um
misto dos anteriores, diferenciando principalmente na proposta de regulação econômica,
neste caso por incentivos econômicos. Em suma, a presente dissertação mostrou, quanto
à formação do marco regulatório brasileiro, que indicam uma sucessão de imperfeições
acentuadas quanto à delimitação dos princípios regulatórios e na definição de
compromissos, preços, remuneração, custos, regras e normas; mostra- se controverso na
95
sua concepção teórica quando associamos situações de conflitos e modo de regulação
por incentivo.
Diante disso, o presente trabalho procura contribuir para tentar explicar a
seguinte indagação: Até que ponto o Estado seguirá promovendo um modelo
ineficiente, estruturado em falhas, composto por conflitos institucionais no ambiente de
mercado, altamente restritivo a investimentos a longo prazo, nocivo aos consumidores
finais, sem regras práticas tarifárias, com assimetria de informação entre os agentes
econômicos, com elevado grau de risco aos investidores privados? Embora as mudanças
institucionais possam permitir grandes avanços para a consolidação da estabilidade
econômica, como no caso podemos citar a usina de Itaipu um grande sucesso de
cooperação de ação coletiva entre três países (Brasil, Paraguai e Argentina), padrões
como o atual modelo institucional brasileiro tendem somente a gerar enormes
desigualdades no ambiente econômico. Assim uma das soluções para conter os
desequilíbrios próprios do ambiente institucional é fortalecer duas instituições: o
Estado-republicano e o mercado pleno. O Estado-republicano que no caso do Brasil
segundo as premissas da Nova Economia Institucional nunca foi republicano, e o
mercado pleno, que jamais foi mercado propriamente eficiente no que se refere as
práticas cooperativas. Dessa maneira, a adoção de processos inovativos institucionais e
regulatório para o cumprimento de contratos, compatibilizando os interesses do Estado
–republicano versus mercado pleno, passa a ser o grande dilema a ser gerenciado para a
consolidação de uma estrutura eficiente tanto economicamente quanto socialmente para
o país.
96
6. Referências AGENCIAS REGULADORAS; “ Agências Reguladoras: avaliação e perspectivas”. Seminário realizado na Câmara dos Deputados pela Ouvidoria Parlamentar, pela Comissão de Minas e Energia e pela Comissão da Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias, no dia 29 de abril de 2003. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de publicações 2004. AMARAL FILHO, José B de S.; “A reforma do Setor Elétrico Brasileiro e a questão da modicidade tarifária”. Tese (Doutorado) apresentada ao Instituto de Economia da UNICAMP para obtenção do título de Doutor em Ciências Econômicas- áreas de concentração Teoria Econômica- pág. 247, Campinas 2007. ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica); http://www.aneel.gov.br. Acesso 06/03/2016 ANTUNES, Flávia M.; “A Institucionalização do Modelo Regulatório do Setor Elétrico Brasileiro – O Caso das Distribuidoras de Energia Elétrica”. Dissertação apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Administração de Empresas do Departamento de Administração da PUC-RIO – pág.104, Rio de Janeiro, setembro de 2006; BIBLIOTECA DO EXÉRCITO; “Energia elétrica no Brasil (da primeira lâmpada à Eletrobrás) ”. Rio de Janeiro, Biblioteca do Exército, 1977 p. Coleção General Benício, v.154, publ. 474. BRASIL. Congresso Nacional. Comissão mista especial destinada a estudar as causas da crise de abastecimento de energia no país, bem como propor alternativas ao seu equacionamento; “A crise de abastecimento de energia elétrica”: relatório. - Brasília: Senado Federal, Secretaria Especial de Editoração e publicações, 2002, pág. 208. CARNEIRO, Ricardo; “Estado, mercado e o desenvolvimento do setor elétrico brasileiro”. Tese (doutorado) - Universidade Federal de Minas Gerais. Pág. 400, Belo Horizonte, 2000. CAVALCANTI DE SOUZA, Paulo R. “Evolução da indústria de Energia elétrica brasileira sob mudanças no ambiente de negócios: um enfoque institucionalista”. Tese (doutorado) apresentada como requisito parcial à obtenção do grau de Doutor em Engenharia pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas da Universidade Federal de Santa Catarina. pág. 171, Florianópolis Junho de 2002. CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica): http://www.ccee.org.br. Acesso 09/03/2016 CMEB (Centro da Memória da Eletricidade no Brasil). “Panorama do setor de energia elétrica no Brasil”. Rio de Janeiro, 1988. ISBN 85-85147-03-2. Acesso 15/03/2016 COASE, Ronald. H. (1937) “The Nature of the Firm”, Economica, 4, 386-405.
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