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Liderança Empresarial
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Sozinhos vamos mais rápido, mas unidos chegaremos mais longe.
Abrindo caminho
Tecnologiaque cabe na
palma da mão
A moda da confecção
Private Label
As muitasfaces do coaching
Treviso registra maior crescimento de Santa Catarina
Com força das entidades representativas, Sul ganha obras e nova perspectiva de crescimento
CRICIÚMA | SC | Nº 37 | R$ 9,99
LIDERANÇAEMPRESARIAL
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Movimentamos sonhos
ApresentaçãoA Revista Liderança Empresarial chega ao número 37
destacando as boas notícias registradas nos primeiros meses de
2013. Aprofundamos o projeto da Via Rápida, que teve suas obras
iniciadas e deve ser a grande via de desenvolvimento de Santa
Catarina. A inclusão das usinas de energia térmica a carvão nos
leilões de energia também segue a linha das boas novas deste início
de ano. O Engenheiro Fernando Zancan faz um detalhamento dos
benefícios que esta energia traz em comparação com outras fontes
energéticas, pelo caráter estratégico que o carvào exerce no país.
Soma-se ainda ao destaque de desenvolvimento as matérias sobre o
Plano Diretor de Criciúma e os prejuízos do atraso da BR-101 Sul.
Falamos ainda de coaching e como esta ferramenta de
treinamento se propõe a aprimorar a gestão nas empresas. Também
o caso de sucesso da Ufo Way, que atua no exclusivo segmento de
private label de confecções e tem ganhado cada vez mais destaque
no setor. Ainda sobre gestão, apresentamos um estudo feito sobre
Governança Corporativa
A edição 37 traz ainda casos de sucesso no segmento
de tecnologia e metalmecânica, artigos jurídicos, jovens
empreendedores, o destaque nacional sobre o município de Treviso,
a coluna da jornalista Joice Quadros e muito mais.
EXPEDIENTE | A revista Liderança Empresarial é uma publicação
da ACIC - Associação Empresarial de Criciúma. Edição Ana
Sofia Schuster | Assessoria de Imprensa ACIC. Projeto Gráfico
Fernando Mangili. Editoração Cibele Córdova. Fotos Novo Texto
Comunicação e Divulgação. Reportagens Ana Sofia Schuster,
Cibele Córdova e Paula Darós Darolt. Contatos 48 3461-0900
acicri@acicri.com.br | novotexto@agencianovotexto.com.br
Vendas Vilma Martinhago - 48 3461-0903. Rua Eernesto Bianchini
Góes, 91 - Próspera - CX Postal 73 - CEP 88815030 - Criciúma - SC
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Ana Sofia SchusterEditora
Sumário
12
18
25
29
26 36
20
34
3022
Engatando a primeira
Serra da Rocinha: uma luta que se estende há décadas
Carvão volta ao foco da matriz energética
Artigo - Quais as perspectivas para 2013?
A Operação Hidrotérmica e as Térmicas a Carvão Mineral
Esmalglass lança insumos para impressão HD
Prejuízos do atraso da BR-101 Sul chegam a R$ 32,7 bi
A moda da confecção Private Label
Treviso registra maior crescimento de SC
Zonas industriais como foco no Plano Diretor
A interligação do Extremo Sul do Brasil com obra integrante
do rol de investimentos do Programa de Aceleração do
Crescimento – PAC
Região Sul desenvolve mecanismos e programas de captação de recursos de agências e fundos para investimentos na área de infraestrutura
Estudo realizado pela Fiesc e Unisul aponta ainda prejuízos
sociais, psicológicos e de autoestima para a região e
conclusão das obras para 2017
Empresa de Criciúma atua nos territórios nacional e
internacional a partir de um modelo de negócios em expansão
no Brasil
Com PIB acima da média das demais cidades do estado,
Treviso é selecionada para destacar a qualidade de vida no
interior do Brasil
ACIC propõe emendas para o Plano Diretor Participativo
(PDP) que visam dar segurança às empresas da região
28 ACIC reúne lideranças em palestra com Ministra Ideli
Duplicação da BR-101 Sul, aeroportos, carvão mineral e
portos catarinenses pautaram a discussão com empresários
42
40
6632
38
54
60
53
44
48
Mais que jovens, são empreendedores
Cadastro Positivo muda para melhor o mercado de crédito
Mercado.Sul
Uma ferramenta que cabe na palma da mão
ICON inicia operação de Implementos Rodoviários
Paulo Bens amplia parcerias e negócios no Sul
As muitas facesdo coaching
Fazer o bem é uma questão de escolha...
Recorde de vendas impulsiona setor automobilístico
Consumidoresou pessoas?
50 Fenafashion traz o mundo da moda para Criciúma
51 2013 – Um ano importante para o Design em Criciúma
Presidente da Boa Vista Serviços afirma que novo cadastro
beneficia consumidores e fornecedores de empréstimos
Eles identificam oportunidades no dia-a-dia e procuram dar início a uma carreira profissional promissora
Por Joice Quadros
Os famosos aplicativos estão agradando o empresariado que busca no tablet ou smartphone, uma ferramenta de auxílio para o trabalho
Almejando o topo de vendas no ramo, Grupo ICON lança
uma novadivisão da empresa que já atua na América latina
com máquinas e equipamentos
Há 12 anos no mercado, empresário é referência em
consórcio imobiliário em Santa Catarina
Entrevista com a consultora e palestrante Vanessa Tobias
mostra que a moda do coaching vai além do ambiente
corporativo e chega aos lares e relacionamentos
Setor projeta crescimento para 2013 após decisão do
governo de seguir com as alíquotas reduzidas para o IPI
Evento espera receber mais de 10 mil visitantes qualificados
para a maior Feira Nacional para a Indústria da Moda no Sul
O sucesso das empresas já não está mais na competência
em vender um produto, mas na capacidade de estabelecer
relacionamentos e fazer parte das comunidades
08 | Liderança Empresarial
O Certificado Digital é uma credencial que identifica
entidades, empresas, pessoa física, máquinas,
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Editorial
Olvacir José Bez Fontana
César Smielewski
Nelcides José Damiani
Iraide Piovesan
Venício Neves Pereira
Delir João Milanez
Denizard Ferrão Ribeiro
Diomicio Vidal
Donato Zanatta
Eduardo Zini Bertoli
Flávio Spillere Junior
Gilmar Menegon
Hélcio Ramos de Jesus
Julio César M. Wessler
Lenir Dal Sasso Schambeck
Luiz José Damázio
Maria Julita Volpato Gomes
Marli Maria Aguiar
Michel Alisson da Silva
Rui Inocêncio
Tito Lívio de Assis Góes
Valcir José Zanette
Diretoria 2012 - 2013
Presidente
1º secretário
2º secretário
1º tesoureiro
2º secretário
Olvacir José Bez FontanaPresidente da ACIC
A ACIC – Associação Empresarial de Criciúma acompanha
com expectativa o início dos trabalhos do novo prefeito. Cumprida
a etapa das novas eleições, onde a cidade viveu em compasso de
espera por quase meio ano, é hora de ação e encaminhamentos.
Em parceria com a CDL, AMPE e AJE apresentamos propostas
e ouvimos os candidatos. Obtivemos o comprometimento do
prefeito eleito Márcio Búrigo com estas demandas tão necessárias.
Ouvimos dos candidatos ideias para muitas áreas. Soluções para
a saúde, encaminhamentos para a mobilidade, melhorias para
a educação e investimentos em infraestrutura. Acreditamos que
muitas possam ser implementadas e que dêem resultados. Neste
caso pode-se olhar o novo processo eleitoral como uma fonte de
boas idéias e de um bom debate sobre o futuro de Criciúma. E
é este ponto que a ACIC acredita ser o foco: o futuro da cidade.
Para onde vamos? Qual o plano para os próximos 30 anos?
A ACIC acredita que o momento é de baixar a guarda entre
derrotados e vencedores. O passo seguinte é de construção. Se
for desta maneira estaremos sempre juntos. Sugerindo, usando
nosso poder de influenciar e de construir junto. Queremos ser
parceiros no desenvolvimento, que será trilhado pelo novo
Plano Diretor, pela Via Rápida que surge como um novo eixo
de crescimento para a cidade e pelo trabalho efetivo do nosso
Conselho de Desenvolvimento Econômico, para ficar apenas
nestes que já estão encaminhados. Através da instalação de novas
indústrias trazer novos recursos para movimentar a economia da
cidade e que também vai elevar a renda da nossa população.
Feita esta lição básica de casa é certo que teremos um PIB maior
e voltaremos a galgar posições no topo das cidades mais ricas do
Estado. Neste contexto vale ressaltar o papel de cidade pólo de
Criciúma, que irradia a riqueza por toda a região, atraindo também
investimentos de forma regional.
Ressalto que esta retomada passa fundamentalmente pela
nossa união. Precisamos olhar para frente e trabalhar de forma
conjunta, município, governo do Estado, parlamentares e governo
federal para que os investimentos venham e os resultados
apareçam. Já perdemos tempo demais e o momento de começar
não pode ser outro senão agora.
10 | Liderança Empresarial
Desenvolvimento
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VIA RÁPIDA - NOSSA MAIOR OBRA
Orçada em R$ 100 milhões, rodovia supera investimentos como o da
Barragem do Rio São Bento e revela um novo marco do desenvolvimento
no Sul. Assim pode ser definida a Via Rápida, a qual as obras foram
iniciadas em fevereiro de 2013. A obra chega após anos sem grandes
investimentos na região, destacando investimentos federais como a
barragem do Rio São Bento e a BR-101.
Esta nova realidade é a prova de que a cobrança das entidades
e a representatividade de políticos e lideranças torna-se fundamental
para que a região obtenha recursos. O caso da Via Rápida é um
exemplo caro disto, em que desde o projeto, lideranças do Sul têm
se empenhado para que uma obra deste vulto saia do papel e se
transforme em realidade.
Ainda falando em desenvolvimento e recursos que o fomentem,
falamos ainda de BR-101, BR-285, Plano Diretor e a boa notícia referente
à inclusão da energia térmica a carvão nos leilões de energia do Governo
Federal. Todas as notícias mostram que as pedras estão rolando e os
caminhos sendo abertos. O futuro, porém, requer fiscalização destas
obras e viabilização de novos projetos.
12 | Liderança Empresarial
Engatando a primeira
������������ �����CRICIÚMA
A barragem representava o saneamento de um
problema histórico que assombrava as cidades da Amrec:
a falta de água. Após a mobilização da comunidade os
recursos do governo federal garantiram a construção, entre
Siderópolis e Nova Veneza.
Concluída esta etapa, em 2006, anos se passaram sem
grandes investimentos em obras estruturantes. A construção
do anel viário se transformou em novela de capítulos longos
e ainda sem prazo para acabar. Em meio às lentas obras
de duplicação da BR 101 sul e novas novelas como do
aeroporto regional sul, em Jaguaruna, um novo movimento
nascia, percebendo que de nada adiantava ter uma BR
duplicada e um novo aeroporto, se as cidades da região
estivessem praticamente sem caminhos rápidos para
escoar sua produção.
Desta percepção chegou-se à conclusão de que
Criciúma, como cidade pólo do sul, estava ilhada, ligada
DESENVOLVIMENTO
Há seis anos o sul de Santa Catarina via sua maior obra de engenharia ser concluída. A construção da Barragem do Rio São Bento, iniciada em 2001 foi um marco para a região, construída com investimentos de R$ 37 milhões, dos quais 79% do governo federal e 21% da Casan.
www.acicri.com.br | 13
à BR 101 e, por conseqüência ao resto do
mundo, por acessos truncados, esburacados
e cheios de carros. O trajeto entre a cidade e
a BR 101 transforma-se em uma experiência
de paciência e riscos de acidente.
Então no início da década começa-se
a perceber a necessidade de trabalhar uma
nova via de acesso para Criciúma. Esta via
serviria a um novo propósito também: abrigar
em seu curso empreendimentos industriais
para uma Criciúma já sem áreas específicas
a novos investimentos.
Desta percepção e necessidade nascia
a ideia de construir uma via expressa, mais
tarde batizada de Via Rápida, como uma
nova perspectiva para o desenvolvimento do
sul.
No ano de 2005, Criciúma ganhava
representatividade tanto no Legislativo, com
oito deputados, quanto no executivo estadual.
A pasta da secretaria de planejamento estava
sob o comando do empresário Olvacir Bez
Fontana. Convencido de que a via rápida
seria um novo eixo de desenvolvimento
para a região, o então secretário foi um
aliado estratégico para tirar do papel a ideia
da rodovia. O tema gerava polêmica entre
a própria comunidade, onde o ex-prefeito
e então deputado Décio Góes seguia a
linha de que a via expressa deveria ser um
prolongamento da avenida Centenário. Já a
secretaria de planejamento acreditava que a
via deveria seguir um novo traçado, com vistas
a pensamento de criar um trajeto com novas
perspectivas para a instalação de indústrias.
Após debates e audiências públicas venceu
esta segunda proposta.
Ainda no ano de 2005 o governo do
Estado elaborava um raro documento
que olhava para o futuro. No seminário
Santa Catarina 2015 foi elaborado o Plano
Catarinense de Desenvolvimento, junto à
secretaria capitaneada por Fontana. A região
possuía na época do governador, Eduardo
Pinho Moreira, que assumia no último ano
de mandato de Luiz Henrique da Silveira. No
sul a secretaria de desenvolvimento regional
era liderada por outro empresário, Édio Del
Castanhel. Ainda no governo do estado
outro nome despontava no trabalho ao novo
projeto: Ivo Carminati.
Retomando ao plano de desenvolvimento
de Santa Catarina, o trabalho deu várias
diretrizes para o planejamento do estado
em dez anos. Ali falava-se em aumento da
competitividade do estado. Mas como ser
competitivo sem infraestrutura? A resposta
do documento esta exatamente dar a
infraestrutura necessária ao crescimento de
empreendimentos, semperder o foco no
meio ambiente.
Cobrança de perto: Presidente da ACIC acompanha o dia-a-dia da via rápida em Criciúma
O QUE ERA NECESSÁRIO
Fortalecer o processo de ampliação e manutenção
da rede de rodovias pavimentadas do estado.
Manter a universalização do acesso e melhorar a qualidade do serviço de
energia elétrica.
Potencializar os sistemas logísticos de Santa Catarina de modo a aumentar a capacidade
de movimentação de cargas e consolidar o estado como
centro integrador da plataforma logística do Sul do país para
os mercados nacional e internacional
14 | Liderança Empresarial
Para promover estas e outras ações
definidas pelo grupo (veja quadro), o
mesmo documento sugere que sejam
criados mecanismos e programas de
captação de recursos de agências e
fundos para investimentos na área de
infraestrutura. E assim foi feito.
PLANOCATARINENSE DE
DESENVOLVIMENTO
PLANOCATARINENSE DE
DESENVOLVIMENTO
INICIATIVAS EMPREENDEDORAS
Potencializar os sistemas logísticos de Santa Catarina de modo a aumentar a capacidade de movimentação de cargas e consolidar o estado como centro integrador da plataforma logística do Sul do país para os mercados nacional e internacional
Manter a universalização do acesso e melhorar a qualidade do serviço de energia elétrica.
Ampliar a oferta de gás natural no estado, buscando atender novas regiões e segmentos.
Criar mecanismos e programas de captação de recursos de agências e fundos para investimentos na área de infraestrutura.
Criar programas e ações integradas para universalizar o acesso aos serviços de telefonia e comunicação.
Criar programas e ações integradas para universalizar o acesso aos serviços de telefonia e comunicação.
Promover a inovação e a agregação de valor nas cadeias
produtivas de Santa Catarina
Promover e apoiar a participação das empresas
catarinenses nos mercados interno e
externo
Implementar políticas de
apoio aos micro e pequenos
empreendimentos
Estimular o ensino técnico
��������������� ��em parceria com a iniciativa privada,
entidades de classe e municípios
Potencializa capacidaintegrador internacion
Fortalecer o processo de ampliação e manutenção da rede de rodovias pavimentadas do estado.
Ampliar e melhorar a infra-estrutura de saneamento básico visando a universalização do abastecimento de água, a ampliação dos serviços de coleta e tratamento de esgoto e resíduos sólidos.
www.acicri.com.br | 15
Com a definição do traçado por onde
passaria a via rápida, o passo seguinte
foi trilhar os caminhos do projeto. Na
secretaria de Planejamento ele foi gestado,
num relacionamento muito próximo com o
secretário em Criciúma, Édio Castanhel.
O trecho que separava Criciúma da BR
teria aproximadamente 15 quilômetros. A
polêmica ficaria por conta do local do início
da rodovia. Questionado por moradores
do Bairro Jardim Maristela, o projeto foi
aos poucos sendo moldado a minimizar
os impactos junto à comunidade, até
chegar à proposta final. Sairia da Próspera,
avançaria ao largo do bairro, sem cortá-lo ao
meio, e rumaria pelo interior do município,
passando por Içara, até à BR 101. E
como não transformar este novo trecho
em mais uma rodovia congestionada e
cheia de obstáculos? A resposta veio
com a proposta de duplicação das duas
faixas, sobrepostas por vários viadutos
que permitirão o tráfego de pedestres,
e evitarão a instalação de lombadas e
semáforos ao seu longo.
O projeto elaborado pela Prosul
Engenharia passou por pelo menos duas
alterações para adequar às definições
das audiências públicas feitas nos bairros
onde a obra vai passar.
Em paralelo às mudanças elaboradas
o andamento da obra seguia por duas
frentes: a captação dos recursos e os
licenciamentos. Um nome fundamental
neste processo foi do advogado Ivo
Carminatti, na presidência da SC Parcerias.
No órgão, ele tratou de dar andamento
ao processo buscando todos os
licenciamentos, uma vez que a proposta
inicial era de transformar a rodovia no
primeiro empreendimento estruturante feito
em parceria público-privada. A ideia barrou
no Tribunal de Contas do Estado, o que
obrigou o governo do Estado a mudar o
rumo do projeto.
Para Carminatti a obra é resultado de
um trabalho bem pensado, que teve todos
os seus passos bem resolvidos, desde a
idealização do projeto, passando pelos
licenciamentos e efetiva licitação. “Se fez
todas as etapas. Foi uma bela história.
Alguém tem que sonhar e alguém tem que
realizar. A cidade vai ser uma antes e outra
depois desta obra. Se há um consenso
entre todos é esta rodovia”, finalizou.
Totalmente licenciada, a rodovia
estava pronta para ser enquadrada no
projeto que buscava recursos no Banco
Mundial, o chamado BID IV. Esta seria
decisiva para alavancar não só esta, mas
todo um projeto do governo Raimundo
Colombo com vistas a dar mais um passo
no cumprimento do plano Santa Catarina
2015. No lançamento da obra, em
Criciúma, em fevereiro de 2013, Colombo
lembrou das dificuldades enfrentadas
para conseguir aprovação dos projetos
no governo federal no final de 2011,
permitindo que o Banco Mundial liberasse
os recursos para Santa Catarina.
Em setembro de 2012 o governo iniciou o processo de licitação internacional para as obras do BID IV. Entre elas a via rápida de Criciúma. A conclusão da licitação foi anunciada no mês de novembro, na sede da ACIC, em Criciúma, pelo vice-governador Eduardo Pinho Moreira, e pelo presidente do Deinfra, Paulo Meller. A licitação teve como vencedoras as empreiteiras Ivaí, R$ 77.173.955,91, e Setep, 15.754.824,21. (veja detalhes dos projetos no quadro).
Com a chancela do BID coube a Raimundo Colombo o papel de anunciar e dar início às obras. O evento foi sediado no bairro Jardim Maristela, em Criciúma, reunindo todos os personagens que fizeram parte da história da via rápida. Olvacir Bez Fontana, Ivo Carminatti, Édio Del Castanhel, Luiz Fernando Cardoso, Eduardo Pinho Moreira, Paulo Meller e
finalmente, Raimundo Colombo. Além destes, o presidente da ACIC, Olvacir Bez Fontana, destaca a participação do ex-governador Luiz Henrique da Silveira, que incentivu a realização do projeto em todos os mandatos, e também a equipe da Secretaria de Planejamento do Estado, da SC Parcerias e Deinfra que se emprenharam também no encaminhamento do projeto, licenciamentos e licitação da obra.
Para o presidente da ACIC, a evolução da Via Rápida ao longo dos últimos anos foi resultado do empenho de lideranças do sul no governo do estado. “Destaco a importância especial dos nossos empresários, que se envolveram na luta por esta obra, mostrando a força que temos de buscar e cobrar os nossos pleitos.”, resume Olvacir Bez Fontana.
O INÍCIO EFETIVO DAS OBRASO INÍCIO EFETIVO DAS OBRAS
22 mil veículos por dia (Atualmente na
SC 445 que liga Içara a BR 101 trafegam
diariamente entre 20 a 30 mil veículos).
A Via Rápida será uma continuidade da Avenida Centenário com duas pistas e duas faixas além de passeios e canteiros.
Seguirá com características urbanas pela rua Vitalino Scremin por um quilômetro até o cruzamento com a rua Matias Ricardo Paz, onde foi projetado um desmembramento, com a implantação de três viadutos, de forma a garantir a fluidez no tráfego em todos os sentidos.
A partir deste ponto a via passa a ter características rurais, com duas pistas e duas faixas por pista e acostamento.
Logo após a passagem superior sobre a rodovia, que já assegura espaço para a passagem da futura rodovia Leste oeste, a Via Rápida passa pela área onde deveria funcionar o Porto Seco.
Mais adiante foi projetada a intersecção com o anel de contorno viário. O projeto conta com a implantação de dois viadutos, garantindo assim que o fluxo nas duas vias flua livremente.
Neste ponto a via segue cruzando o interior do município de Criciúma na Segunda, Terceira e Quarta Linha.
O afastamento entre as pistas permitirá que a triplicação e a quadriplicação sejam feitas entre elas, sem a necessidade de desapropriações futuras.
O projeto segue até o encontro com a BR 101, no quilômetro 385. Neste ponto foi projetado uma intersecção do tipo trevo completo, aproveitando os dois viadutos implantados, prevendo a execução de mais dois, fazendo com que todos os movimentos sejam feitos sem cruzamento entre os movimentos.
A interseção também previu a ligação ao acesso sul do Balneário Rincão, permitindo a ligação entre os dois municípios.
Extensão 10422,95 m
DEMANDA
CARACTERÍSTICAS
16 | Liderança Empresarial
SOBRE A VIA RÁPIDA
Modal ferroviário de SC pode ser exemplo
Ao governador Raimundo Colombo,
a presidente Dilma Rousseff destacou
que o Governo Federal vai investir em
aproximadamente 1,6 mil quilômetros de
malha ferroviária no Sul do Brasil. Em SC, três
projetos estão em discussão para estabelecer
uma logística mais eficiente e sustentável.
Enquanto 25% de toda a carga brasileira é
transportada por trens, no Estado Catarinense
esse número não passa de 5%, cabendo
ao sistema rodoviário escoar 76% de toda
a produção. “Há setenta anos que não se
investe em ferrovias e o prejuízo por esse erro
é muito grande. O Brasil perde 80 bilhões de
dólares por ano ao aproveitar pouco essa
forma de transporte”, afirmou o governador.
O número também é significativo: os
prejuízos somam R$ 32 bilhões por ano
apenas com a ausência de duas ferrovias:
uma litorânea integrando os portos e a
outra fazendo a ligação da região Oeste
com o Leste do Estado. Além do maior
custo logístico, a presença de caminhões
nas estradas e a falta de controle no peso
transportado piora as condições das rodovias
em Santa Catarina e aumenta a insegurança
no tráfego.
Autoridades defendem que é
fundamental um traçado ferroviário capaz de
descongestionar as rodovias, para o transporte
de cargas, principalmente no que diz respeito
ao escoamento dos produtos catarinenses,
tanto para consumo interno quanto externo.
Com as obras prontas, Santa Catarina sai na
vanguarda, torna-se mais competitiva e será
palco do melhor modelo logístico do país.
Execução dos projetos, que devem durar, aproximadamente 10 meses, e licitação. Tudo deve acontecer até o final deste ano:
Com um total de 42 milhões de toneladas de cargas transportadas e investimentos que ultrapassam R$ 46,5 milhões, a Ferrovia Tereza Cristina, sediada em Tubarão, poderá trilhar um novo caminho. Concessionária privada de uma malha com 164 quilômetros de extensão, e atuando em 14 municípios no sul do Estado, está, hoje, isolada do sistema ferroviário nacional. A principal expectativa da FTC é a implantação dos projetos Ferrovia Litorânea e Ferrovia Leste-Oeste, que além de integrá-la à malha ferroviária brasileira, se constituirão em importantes corredores de cargas, ao permitir ampliar o acesso ferroviário aos portos e ao extremo Oeste de Santa Catarina, contribuindo, significativamente, para o desenvolvimento do Estado. Essa ampliação proporcionará o transporte de muitos outros produtos como cerâmica, granéis agrícolas e minerais, fertilizantes, metalúrgicos e siderúrgicos, produtos frigorificados, madeiras e derivados, carga geral e contêineres.
DESENVOLVIMENTO
Os traçados de uma nova malha ferroviária no Estado ganharam notoriedade nos últimos dias e é chegado o momento em que se tem consciência política, de que é preciso ter uma malha ferroviária como alternativa logística
Próximas ações
FerroviaTereza Cristina
Ferrovia Litorânea Ferrovia Leste-OesteDeverá ter 235,6 quilômetros de extensão,
no segmento Imbituba – Araquari, permitindo
interligar os portos de Imbituba, Itajaí e São
Francisco do Sul, além de incorporar a
Ferrovia Tereza Cristina ao Sistema Ferroviário
Nacional. Valor para execução, estimado em
R$ 17,6 milhões. Está com seus estudos em
fase final, o projeto básico completo está
previsto para junho e o projeto executivo para
dezembro.
Conhecida como a ferrovia da integração,
com projeto de 848 quilômetros de extensão,
no segmento Itajaí – Chapecó – Dionísio
Cerqueira, e que deverá escoar a produção do
oeste do Estado para os portos catarinenses,
integrando os modais de transporte.
Sai do oeste do Paraná, passando por
Chapecó e chegando ao Rio Grande do Sul.
As obras já estão previstas no Programa
de Aceleração do Crescimento (PAC)
e no Plano Nacional de Logística e
Transportes, e o estudo de viabilidade
ambiental já foi iniciado. Também estão
previstos para o novo sistema ferroviário
catarinense contornos ferroviários em
Joinville, Itajaí e Jaraguá do Sul. E a
revitalização da ferrovia entre Mafra e São
Francisco do Sul é outra obra prevista.
Ferrovia Norte-Sul
18 | Liderança Empresarial
Serra da Rocinha: uma luta que se estende há décadas����������������� ���TIMBÉ DO SUL
Em meio a muita luta e o sonho do
desenvolvimento, está a Associação
Empresarial de Criciúma – ACIC, levantando
bandeiras pelo Sul e Extremo Sul do
estado, unindo municípios e associações
empresariais para juntas fomentar o
crescimento econômico e promover
emprego e renda. Em janeiro, foi a vez de
apoiar a Associação Empresarial do Vale do
Araranguá – ACIVA, na pavimentação da BR
– 285, que liga a divisa do Rio Grande do Sul
com Santa Catarina ao segmento de Timbé
do Sul, conhecida como Serra da Rocinha,
uma luta que permeia décadas.
Em janeiro, a ACIC acompanhou
a apresentação do edital de licitação
para as obras da Serra da Rocinha em
Timbé do Sul. O evento contou com a
participação da Ministra chefe da Secretaria
de Relações Institucionais, Ideli Salvatti,
do Superintendente do Departamento de
Infraestrutura e Transporte (DNIT), João Jose
dos Santos, do presidente do Departamento
Estadual de Infraestrutura (Deinfra), Paulo
Meller, além de deputados e prefeitos que
se engajaram pela causa. A população da
região do vale também esteve presente na
sessão solene.
A obra consiste na pavimentação de 22
quilômetros da rodovia federal, incluindo a
implantação de um contorno na área urbana
de Timbé do Sul, com extensão de 4 km
com duas pontes e quatro viadutos. Para o
presidente da ACIVA, Alceu Pacheco, a luta
pela Serra da Rocinha parece finalmente
estar chegando ao fim. “É um sonho secular.
É uma luta de todos há mais de 20 anos”,
comenta.
A Ministra salientou que a obra, somada
às belezas naturais da região devem
impulsionar o turismo em Timbé do Sul.
“Esta obra por si só vai gerar um atrativo
turístico. Não tenho dúvidas também, que
as praias do sul catarinense e gaúcho, serão
beneficiadas com esta obra. Contando ainda
com as obras da Serra do Faxinal e Serra do
Corvo Branco, vamos potencializar o turismo
em todo o sul do estado”, explica.
Ideli destacou ainda, que outras obras
como Aeroporto Regional de Jaguaruna,
ampliação do Aeroporto de Forquilhinha e
Porto de Imbituba, deverão formar um triangulo
pólo entre as cidades do sul, bem como o
já existente entre Florianópolis, Blumenau e
Joinville, impulsionando o desenvolvimento
econômico. “Quando um empresário vem
para um município se instalar, a primeira coisa
que ele pergunta é se o local tem infraestrutura
para o escoamento da produção. Estas obras
trarão boas oportunidades. É a hora do Sul”,
complementa.
Para o secretário de Estado do
Desenvolvimento Regional de Araranguá,
Heriberto Afonso Schmidt, a obra, que é
uma das bandeiras de luta da 22ª SDR,
proporcionará a ligação de municípios pólos
da região Norte do estado do Rio Grande
do Sul e do extremo Sul de Santa Catarina
e proporcionará o desenvolvimento do
turismo.
O Presidente do Departamento Estadual
de Infraestrutura (Deinfra), Paulo Meller, citou
a importância da parceria entre Governo
Federal e Governo do Estado, através do
DNIT e Deinfra, para o desenvolvimento de
Santa Catarina. “Esta obra trará um novo eixo,
uma nova opção de mobilidade e inúmeros
benefícios aos dois estados”, assegura.
DESENVOLVIMENTO
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Promover o desenvolvimento econômico é sempre uma das causas mais debatidas entre as associações comerciais e empresariais. Desta vez não foi diferente, o presidente da ACIVA, afirma que a obra é uma das ações mais importantes para o desenvolvimento da região do vale. “Não tínhamos nenhum acesso pavimentado e vamos acabar com o isolamento à divisa com o Rio Grande do Sul. A rodovia servirá de acesso também para o escoamento de soja que vem de São Borja, além de ser um atalho para veículos que vem da Argentina”, explica Pacheco.
Para Pacheco,a união de forças do sul formam um associativismo muito forte e representativo para o governo. “Foi muito importante recebermos o apoio da ACIC e de outras associações empresariais. A Serra da Rocinha já é uma luta de muito tempo e a ACIC nos apóia desde o mandato do Sr. Santos Longaretti. Não temos a pretensão de ser monopolista de movimentos. Por muitas vezes tivemos o apoio também das CDL’s além de forças
políticas que auxiliam nas nossas causas”, afirma.O presidente declara que a ACIVA luta pelo interesse
comum. “Não queremos promover só o que é bom para o empresariado. Queremos qualidade de vida, bem estar da população e das camadas menos favorecidas”, finaliza.
O vice-presidente da ACIC, César Smielewski, acompanhou o evento em Timbé do Sul e comenta que a entidade trabalha auxiliando o desenvolvimento econômico não só de Criciúma, mas de toda a região. “Não vivemos em uma ilha. O que há de se fazer é que toda a região cresça. Por isso, a ACIC leva todas as bandeiras que venham atender o Sul como esta em Timbé”, declara.
Nos próximos meses, a ACIC irá promover um encontro com todos os prefeitos e associações empresariais da região para elencar as principais necessidades do sul. “Vamos unir nossas forças e lutar pelas prioridades que a região precisa para alcançar o desenvolvimento”, finaliza.
A BR-285 é uma Rodovia Federal que inicia em Araranguá, Santa Catarina e
termina na cidade gaúcha de São Borja, na divisa com a Argentina, cortando os dois
Estados no sentido leste-oeste. Ela é um importante elo entre a região produtiva de
grãos do Planalto Gaúcho e o pólo turístico do Litoral Sul de Santa Catarina.
No Rio Grande do Sul a mesma passa por 29 municípios e em Santa Catarina
por 04 Municípios - Timbé do Sul, Turvo, Ermo e Araranguá. Ela possui no total
744,30 quilômetros de extensão, sendo que apenas 30,4 quilômetros ainda não
receberam pavimentação. Destes, 22 quilômetros ficam no lado catarinense, e 8,4
no Rio Grande do Sul.
ASSOCIAÇÕES EMPRESARIAIS APÓIAM A CAUSA
ENTENDA A OBRA
divisa SC x RS
orçamento
programa do governo
CONFIRA ASVANTAGENS
Interligaçãodo Extremo Sul
do Brasil
Facilitação do trânsito e atração de turistas para
a região, gerando mais emprego e
renda
Melhoria doescoamento da
produção dos dois estados SC/RS
A obra, integrante do rol de investimentos do Programa de Aceleração do
Crescimento - PAC, inclui duas pontes, quatro viadutos e a implantação de um
contorno na área urbana de Timbé do Sul, com extensão de quatro quilômetros,
para separar o tráfego de longa distância e o tráfego local. O prazo para execução
dos serviços é de 900 dias a partir da assinatura da ordem de serviço.
A obra está orçada em aproximadamente R$ 42 milhões para o trecho gaúcho
e R$ 75 milhões para o trecho catarinense.
20 | Liderança Empresarial
“O atual cenário vivenciado pela
Região Sul e os prejuízos devido ao atraso
das obras de duplicação da BR-101 Sul
são irreparáveis. Além de econômicos,
estamos falando também em prejuízos
sociais, psicológicos e de autoestima, e
sobre tudo isso não conseguiremos voltar
no tempo. Temos que pensar, então, em
como será daqui para frente”. Este foi o
alerta do professor Valter Alves Schmitz
Neto durante reunião promovida em
março, em Criciúma, pela Federação das
Indústrias do Estado de Santa Catarina
(FIESC).
O estudo faz parte de uma parceria da
Fiesc com a Universidade do Sul de Santa
Catarina (Unisul), a partir de reivindicações
dos empresários da região, entre elas a
Associação Empresarial de Criciúma –
(ACIC). Além do professor Valter, o estudo
foi conduzido também pelos professores
Gean Carlos Fermino e Jaison Coelho e
demonstram por meio de metodologia
científica que deixaram de ser geradas na
região, até dezembro de 2012, riquezas
equivalentes a R$ 32,7 bilhões. Valor
correspondente a 4,6 vezes o Produto
Interno Bruto (PIB) registrado de 2005 a
2009 no Sul.
Dentre as macro obras de infraestrutura,
o retardamento no início e atraso na
conclusão das obras de duplicação
da BR-101 Sul constitui-se no principal
fator gerador dos baixos índices de
desenvolvimento no Sul de Santa Catarina.
A obra de duplicação, com base na Ordem
Estudo realizado pela Fiesc e Unisul aponta ainda prejuízos sociais, psicológicos e de autoestima para a região e conclusão das obras para 2017
�����������������CRICIÚMA
Prejuízos do atraso da BR-101 Sul chegam a R$ 32,7 bi
de Serviços autorizada em 2005, foi orçada
em 800 milhões de dólares e previsão de
término para 2009. A pesquisa estima,
porém, conclusão para 2017, ou seja, com
oito anos de atraso e um custo adicional de
534 milhões de dólares.
DESENVOLVIMENTO
O presidente da Fiesc, Glauco José
Côrte, defende que “a infraestrutura
adequada é condição básica para a
competitividade do setor industrial e que
o documento é uma peça estratégica
para que as lideranças catarinenses
busquem não só a aceleração dos
trabalhos de conclusão das obras, como
também compensação pelas perdas. É
uma questão de justiça com o Sul, que
teve seu desenvolvimento retardado”.
De acordo com o presidente da ACIC,
Olvacir José Bez Fontana, o estudo foi
bastante profundo e estratificou as principais
necessidades da região. “Devemos
aproveitá-lo agora pra recuperar parte do
que foi perdido e, principalmente, nosso
espaço diante das outras regiões. Vamos
disseminar esses dados para motivar
as lideranças políticas e empresariais a
concluírem o que falta. A ACIC pretende
criar um movimento de multiplicação da
região como potencial e não apenas
de crescimento em tamanho”, pontua
Fontana.
Diante dos números encontrados pela
Fiesc/Unisul foram realizados encontros com
as associações empresariais de Araranguá,
Içara, Criciúma, Jaguaruna, Braço do Norte,
Tubarão e Imbituba para identificação e
priorização de investimentos e obras macro
estruturantes para incrementar o processo
de desenvolvimento regional, gerando
riqueza e agregando valor.
Entre elas: modernização do Porto de
Imbituba; conclusão da BR-285, a qual
interliga São Borja (RS) ao litoral catarinense;
interligação da Ferrovia Teresa Cristina com
a malha nacional, ao Norte; implementação
de equipamentos, estruturas e infraestrutura
turísticas integradas no Sul de Santa Catarina
e celeridade nos processos e nas obras da
Rodovia SC-100 (Litorânea), por exemplo.
Para o estudo “Impacto econômico do
atraso nas obras de duplicação da BR-101
Sul sobre o desenvolvimento econômico no
Sul de Santa Catarina” foram selecionados
e comparados 44 indicadores competitivos
entre cidades de referência ao sul e ao norte,
utilizando-se as metodologias que tomam
como base o Índice de Vantagem Competitiva
- do professor de Harvard Michael Porter,
e um modelo matemático desenvolvido
pelos autores do trabalho, que levou em
consideração a variação do PIB em relação
aos investimentos nas obras de duplicação.
O documento confrontou índices como:
taxa média de crescimento populacional,
desenvolvimento humano, incidência de
pobreza, taxa de natalidade e mortalidade,
balança comercial, número de empresas,
de pessoas por companhia e de empregos
formais, taxa de criação de empresas
e empregos e salários médios, sendo
constatado que o desenvolvimento do Norte
de Santa Catarina é 31,6% superior ao do Sul.
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22 | Liderança Empresarial
Zonas industriais como foco no Plano DiretorAssociação Empresarial de Criciúma – ACIC propõe emendas para o Plano Diretor Participativo (PDP) que visam dar segurança às empresas da região
�����������������CRICIÚMA
A partir de recursos assegurados no
Banco Interamericano de Desenvolvimento –
BID, no Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social – BNDES, na Corporação
Andina de Fomento – CAF, além de recursos
próprios do orçamento do Estado, o
secretário de Infraestrutura de Santa Catarina,
Valdir Vital Cobalchini, anunciou em janeiro
de 2013 que o estado “vai virar um canteiro
de obras”. Um investimento projetado em
mais de R$ 2 bilhões e que serão aplicados
no biênio 2013-2014, principalmente em
rodovias, restaurações e revitalizações da
malha rodoviária, transporte aéreo e portos.
A Associação Empresarial de Criciúma
- ACIC vêm acompanhando todos os
projetos que envolvem o Sul do estado,
pautando suas atividades no que se refere
ao Aeroporto Regional de Jaguaruna, o
Porto de Imbituba, Trecho Sul da BR-101,
Via Rápida, Anel Viário, entre outros, em
um processo de mobilização em busca do
desenvolvimento regional.
Em Criciúma, a ACIC é responsável
também pela elaboração do Plano Diretor
Participativo (PDP) que, no dia 28 de
dezembro de 2012, passou a vigorar em lei.
Transformando-se em um projeto polêmico
e com apelo popular, o PDP estava em
discussão desde o ano 2000, contabilizando
um total de 123 reuniões do governo
municipal com delegados, vereadores
e representantes da sociedade, até a
elaboração de sua versão final. Enviado pelo
governo do município, o projeto de lei estava
na Câmara de Vereadores desde 15 de
dezembro de 2009, quando em novembro
de 2012 foram aprovadas 146 emendas.
De acordo com o prefeito em exercício
em 2012, Clésio Salvaro, a sanção da lei do
PDP só foi possível após o parecer técnico
da Secretaria de Infraestrutura, Planejamento
e Mobilidade Urbana, por meio da Divisão
de Planejamento Físico e Territorial (DPFT)
e do parecer jurídico da Procuradoria Geral
do Município. “O Plano Diretor estabelece
com clareza as diretrizes para as áreas
residenciais, industriais e comerciais em
Criciúma e onde é possível empreender
com segurança. Está em condições de ser
sancionado, não sendo mais apenas um
projeto, mas uma lei”, destacou Salvaro.
A ACIC participou diretamente de
seis emendas do PDP, que de acordo
com o assessor da presidência, Mario
Gaidzinski, representam melhorias para as
áreas industriais da região. “A ACIC propôs
inicialmente 13 emendas que vieram a ser
condensadas em apenas seis para a versão
final. Basicamente, elas fazem menção a
correções de alguns vícios de origem e
ao aumento das zonas industriais, dando
segurança às empresas já instaladas e às
futuras que ainda virão”, explica Mario.
Durante as mais diversas ações neste
contexto, a ACIC participou também
de visitas de campo realizadas junto à
consultora responsável, Hardt Planejamento,
em que foram visitadas todas as áreas onde
foram propostas as mudanças, sejam elas
de zoneamento, parâmetros urbanísticos,
entre outros.
De acordo com o vice-presidente da
ACIC, César Smielewski, a sanção do PDP
significa um passo de extrema importância
para o desenvolvimento da cidade, pois
abre espaço antes não existente para as
empresas. “São dois pontos importantes
que se referem ao fato de não haver mais
a insegurança jurídica, e que a partir de
agora haverá geração de novas áreas
para a instalação de empresas. Previsão,
inclusive, para os próximos 15 anos. A ACIC
lutou muito pela viabilização dessas áreas,
as quais destacamos seis: Anel Viário; Jorge
Lacerda; Luiz Rosso; Via Rápida; Sebastião
Toledo dos Santos e BR-101”, comemora
Smielewski.
A participação da ACIC
DESENVOLVIMENTO
www.acicri.com.br | 23
A ACIC verificou a necessidade das Zonas Industriais serem trabalhadas em seção específica do Plano Diretor, procurando viabilizar o
crescimento sustentável e sustentado do município de Criciúma. As propostas da ACIC são:
O QUE DIZEM AS PROPOSTAS
Art. 139. Nas vias que delimitarem duas zonas, ambos os lados
poderão pertencer à zona que tiver maior índice de aproveitamento
(IA), estabelecido no Anexo 10:Tabela dos Parâmetros de Uso e
Ocupação do Solo Municipal desta Lei, exceto nos limites com as
Zonas Industriais (ZI) e nas Zonas de Especial Interesse (ZEI).
Parágrafo Único. A delimitação física das zonas de uso é
determinada pelo seu perímetro, definido em projeto, por uma linha
que deverá percorrer vias de circulação, limites de lotes e poligonais
topográficas, assim definidas:
I - (...)
II - (...)
III - (...)
IV – Com exceção das Zonas Industriais que serão tratadas em subseção específica: “Subseção V das Zonas Industriais”.
Emenda nº 23 AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N° PLC/PE/19/2009
Acrescenta inciso IV ao parágrafo único do art. 139, conforme:
Art. 144. Zonas Industriais (ZI): destinadas ao uso industrial de grande
porte e de potencial poluidor, de acordo com as orientações dos órgãos
públicos fiscalizadores do meio ambiente, complementado com o uso de
serviços e comercial, relacionados à atividade industrial, sendo permissíveis
usos residenciais atrelados aos usos industriais, subdividida em:
I - (...)
II - Zona Industrial 2 (ZI2): zona que pela sua localização contígua
à infra-estrutura existente, à área urbanizada e de boa acessibilidade,
permite a concentração de indústrias de médio e grande porte com baixo
ou médio potencial poluidor, conforme legislação específica de órgãos
de meio ambiente.
§ 1º (...)
§ 2º (...)
§ 3º. A zona de transição definida no §2º deverá ser isolada através de uma “barreira verde”, ou outra forma de barreira física em conformidade com as exigências técnicas dos órgãos de planejamento municipal legalmente instituído e demais órgãos ambientais competentes, para fins de evitar conflitos decorrentes das atividades industriais em andamento ou mesmo da implantação destas.”
§ 4º. Os limites das zonas industriais conforme Anexo 9: Mapa de Zoneamento Municipal, poderá utilizar a totalidade das profundidades dos terrenos e/ ou glebas contidas nesta zona com testada voltada para as ruas, avenidas e rodovias, após
análise técnica do Órgão de Planejamento Municipal legalmente instituído.
I - O limite de zoneamento industrial – ZI-2 – localizado na Rodovia
Jorge Lacerda, conforme anexo 9: Mapa de Zoneamento Municipal, será
de 500 metros numa faixa paralela a esta rodovia, sendo que esta área
será limitada pela Z-APA (Zona – Área de Preservação Ambiental).
II - O limite de zoneamento industrial – ZI-2 – localizado na Rodovia
Luiz Rosso, conforme Anexo 9: Mapa de Zoneamento Municipal, será de
300 metros numa faixa paralela a esta rodovia.
III - O limite de zoneamento industrial – ZI-2 – localizado na Rodovia
Sebastião Toledo dos Santos / SC 445, conforme Anexo 9: Mapa de
Zoneamento Municipal, será de 300 metros numa faixa paralela a esta
rodovia.
IV - O limite de zoneamento industrial – ZI-2 – localizado no Anel
Viário, entre o trecho da SC 443 e da SC 446, conforme Anexo 9: Mapa
de Zoneamento Municipal, será de 300 metros numa faixa paralela a estas
rodovias.
V - O limite de zoneamento industrial – ZI-2 – localizado no Anel
Viário, entre o trecho da Rodovia Jorge Lacerda e a Avenida Universitária,
conforme anexo 9: Mapa de Zoneamento Municipal, será de 300 metros
numa faixa paralela a esta rodovia.
VI – Caso as profundidades dos terrenos e/ou glebas ultrapassem as
faixas definidas nos incisos anteriores, permanecem as disposições do §
3º, deste artigo.
Emenda nº 24 AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N° PLC/PE/19/2009
Dá nova redação ao § 3º e acrescenta § 4º ao artigo 144, conforme:
continua
24 | Liderança Empresarial
Emenda nº 26 AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N° PLC/PE/19/2009
Emenda nº 28 AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N° PLC/PE/19/2009
Emenda nº 27 AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N° PLC/PE/19/2009
Acrescenta parágrafo único ao artigo 150, conforme:
Acrescentar no Anexo 10: Tabela dos Parâmetros de Uso e Ocupação do Solo Municipal, no quadro ZI-2 (Zoneamento Industrial 2), dentro do quadro permitido, a Indústria Tipo 3 – I3.
Acrescenta parágrafo único ao artigo 150, conforme:
Art. 148. Após estudos técnicos ambientais de ocupação,
após análise técnica do Órgão de Planejamento Municipal
legalmente instituído e dos órgãos públicos de meio ambiente
e aprovação do Conselho de Desenvolvimento Municipal –
CDM, tais áreas deverão ser recuperadas de acordo com os
condicionantes e exigências das atividades pretendidas para a
instalação, respeitando as características sócio urbanas e/ou rural
e ambientais do entorno em que está inserida.
Parágrafo único. As glebas contidas na Zona Especial Interesse da Recuperação Ambiental Urbana (ZEIRAU), conforme Anexo 9; Mapa de Zoneamento Municipal, localizadas nas proximidades da Rodovia Jorge Lacerda, da Ferrovia Teresa Cristina e da SC 445, serão definidas, preferencialmente, para o uso industrial, caso as diretrizes e condicionantes da área e futuro uso assim o permitam, onde os parâmetros urbanísticos a serem adotados serão os mesmos da Zona Industrial 2 (Zl-2)”.
Art. 150. A Zona de Especial Interesse de Estudos Posteriores (ZEIEP): Compreende o zoneamento dos terrenos ou glebas voltados
para futuros projetos de vias, diretrizes viárias, anéis viários e demais correlatos. Estas áreas serão objeto de estudos posteriores, após
análise técnica do Órgão de Planejamento Municipal legalmente instituído e aprovação do Conselho de Desenvolvimento Municipal.
Art. 150. A Zona de Especial Interesse de Estudos Posteriores
(ZEIEP): Compreende o zoneamento dos terrenos ou glebas
voltados para futuros projetos de vias, diretrizes viárias, anéis
viários e demais correlatos. Estas áreas serão objeto de estudos
posteriores, após análise técnica do Órgão de Planejamento
Municipal legalmente instituído e aprovação do Conselho de
Desenvolvimento Municipal.
Parágrafo Único: Os terrenos com testada para as vias marginais da futura via rápida, entre a Rodovia Alexandre Belloli (1ª Linha) e o limite municipal Criciúma - Içara serão considerados de uso industrial, com os parâmetros urbanísticos referentes à zona de uso ZI-2 (Zoneamento Industrial 2), a faixa será de 500 metros paralela a esta rodovia.
Emenda nº 25 AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N° PLC/PE/19/2009
Acrescenta parágrafo único ao artigo 148, conforme:
Visualize a íntegra do Plano Diretor na página da Prefeitura de Criciúmawww.criciuma.sc.gov.br
Carvão volta ao foco
da matriz energética
O governo brasileiro evitou um recente
colapso de energia no pais acionando
as usinas térmicas a óleo, gás e carvão
mineral. Com as reservas hidráulicas
em níveis muito baixos, estas fontes
térmicas conseguem segurar o sistema
em operação porque não dependem
de condições climáticas. “A crise que se
vislumbra no setor elétrico está fazendo
com que o governo se volte para o carvão
mineral para que este minério contribua
para que se evite racionamento de
energia e apagões”, pondera Ruy Hülse,
presidente do Sindicato da Indústria da
Extração do Carvão do Estado de Santa
Catarina (Siecesc).
No estado catarinense, as minas de
carvão mineral vendem mais de 95% de
sua produção para a geração de energia
na Usina Termelétrica Jorge Lacerda, da
Tractebel Energia, em Capivari de Baixo. A
entrega contratual é de 200 mil toneladas
mês do mineral, mas, devido a crise de
energia, esta compra está na faixa de
260 mil toneladas mês. Na avaliação do
engenheiro de Minas Cláudio Benetton
Zilli, Assessor Técnico do Siecesc,
apesar de já ter chovido o suficiente para
equilibrar a geração hidráulica, o governo
mantém estratégicamente esta produção
maior de energia térmica para evitar
novas ameaças ao sistema, mantendo
mais altos os níveis
dos reservatórios das
hiderelétricas.
Neste contexto,
volta à mesa das
prioridades a discussão
em torno dos Leilões
de Energia A-5 com a
participação do carvão
mineral, suspensos
desde 2008 no país.
Em mobilização
do setor dia 19 de
março, em Brasília,
o governo federal
admitiu a realização
de novos leilões, com
a participação do
carvão mineral. Para
dar continuidade ao
assunto, está havendo
uma congregação de
esforços das Federações das Indústrias
de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul,
bem como das Assembleias Legislativas
destes dois estados produtores de
carvão mineral. Na Fiesc, o presidente
Glauco Côrte instituiu o Comitê do Carvão,
coordenado pelo engenheiro Cláudio
Benetton Zilli e, na Assembléia Legislativa,
o deputado estadual Joarez Ponticelli,
ao tomar posse na presidência da casa,
destacou as usinas térmicas a carvão
mineral entre as suas prioridades. Dia 22
de março o carvão mineral foi tema de
reunião da Fiesc, em Florianópolis, e um
próximo encontro sobre o tema está
marcado para o dia 02 de abril, em Porto
Alegre (RS). Na oportunidade, deverão
estar reunidas lideranças dos dois estados
para análise da situação e definição de
estratégias de trabalho pela valorização
do carvão mineral.
���������������CRICIÚMA
www.acicri.com.br | 25
A crise que se vislumbra
no setor elétrico está
fazendo com que o
governo se volte para o
carvão mineral para que
este minério contribua para
que se evite racionamento
de energia e apagões
Ruy Hülse, presidente do Siecesc
DESENVOLVIMENTO
26 | Liderança Empresarial
A Operação Hidrotérmica
e as Térmicasa Carvão Mineral
Em 2009, publiquei esse artigo e creio ser oportuno revisita-lo
face ao momento atual onde se discute, devido ao baixo nível
dos reservatórios, o planejamento do sistema elétrico nacional.
Na mídia aparece as usinas térmica como caras e sujas. Aparece que
elas vão aumentar o custo da energia. Ocorre que na realidade é que
elas tem uma função vital na segurança energética do Brasil e seguro
tem um custo, o que podemos discutir é se o menor.
O sistema elétrico brasileiro tem característica operacional própria
e original entre os grandes sistemas do mundo, em função da
elevadíssima proporção de energia hidráulica que utiliza.
Nas usinas hidráulicas o aflúvio aos reservatórios depende da
meteorologia, com ciclos anuais e plurianuais. A otimização do uso
da energia hidráulica requer confronto entre valores presentes e
futuros, especialmente quanto à água acumulada nos reservatórios.
As usinas termelétricas têm, nesse contexto, papel relevante de
otimização do uso dos recursos hídricos, apesar de sua pequena
contribuição à geração total de eletricidade.
Cada usina termelétrica, conforme sua tecnologia e condições
de suprimento de combustíveis, caracteriza-se pela sua maior ou
menor flexibilidade na geração de energia complementar à de
origem hidráulica. Classifica-se, em função disso a sua capacidade
em uma parcela flexível e outra inflexível.
A coordenação da operação hidrotérmica brasileira, conforme
hoje se conhece, consolidou-se a partir do fortalecimento da
integração física dos sistemas elétricos sul e sudeste impulsionado
pela construção de Itaipu. Também da lei de Itaipu de 1973 veio o
princípio de ‘‘rateio de ônus e vantagens decorrentes do consumo
de combustíveis fósseis para geração de energia elétrica’’ e criou-se
a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) que hoje tida é um
dos vilões do custo da energia elétrica.
Na prática a programação da geração térmica complementar
é feita anualmente com base em metodologia que envolve grande
número de informações e é aplicada através de complexo modelo
de computação. Dessa programação resulta a expectativa de
consumo de combustíveis e o respectivo rateio do seu custo
total. Com essa complementação termelétrica, é possível realizar a
otimização do sistema, porque, se a térmica for flexível, quando há
água em abundância numa região, as usinas térmicas deixam de
ser despachadas e gera-se energia elétrica barata com a água que
ia ser jogada fora.
O mecanismo de otimização dos sistemas elétricos interligados,
trouxe ganhos significativos e dispêndios moderados. Fazendo uma
analise do período de 1985 a 1999, com dados do GCOI, o benefício
da operação do sistema hidrotérmico resultante do aproveitamento
de energia hidrelétrica secundária propiciado pela capacidade
flexível das usinas térmicas, e medida pelo valor da geração térmica
evitada, foi de US$ 345 milhões anuais. No mesmo período o
dispêndio médio com a aquisição de combustíveis para a geração
térmica foi de US$ 153 milhões. Em termos relativos as despesas
com a compra de combustíveis por esse mecanismo girou em torno
de 2% do faturamento total das concessionárias de distribuição do
sistema interligado que, em termos finais, traduz-se por tarifas mais
baixas para o consumidor final. Quantificando com outro método
o sistema de operação de forma cooperativa, o resultado do todo
traz mais energia do que a soma do máximo das partes. Isso fez
com que o país evitasse se sobreequipar e sobreinvestir em US$
10 bilhões em duas décadas, atendendo um mercado 24% maior
do que poderia ser atendido se o sistema fosse operado com cada
usina buscando se maximizar.
A necessária ampliação na capacidade instalada de geração, que
está sendo preponderantemente hidráulica, necessitará de energia
firme. Deve-se levar em conta que a capacidade de armazenagem
Eng. Fernando Luiz ZancanPRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DO CARVÃO MINERAL - ABCM
www.acicri.com.br | 27
de água nos reservatórios – entenda-se energia - está caindo,
em face da redução dos reservatórios por exigência ambiental: as
usinas hidráulicas antigas tinham reservatórios com capacidade de
armazenamento de 0,51 Km2/MW e hoje temos apenas 0,06 Km2/
MW. Teremos a cada vez mais a necessidade e a conveniência da
operação hidrotérmica otimizada. Espera-se uma participação de até
30 % da potência total instalada de térmicas no sistema interligado.
Portanto, aumentado-se as hidráulicas
teremos que inexoravelmente crescer
as térmicas, mas a elevada participação
hidráulica na matriz ainda deverá
perdurar ao longo das próxima década.
Tratando-se especificamente das
usinas térmicas, cabe ressaltar que na
Lei 9648/98 a CCC foi praticamente
extinta, restando apenas no sistema
isolado, que tem um conceito diferente
e não deve ser usada para efeito de
comparação.
O novo modelo do setor elétrico,
criado pelo governo Lula, que tem como
uma de suas principais premissas a
modicidade tarifária, reconheceu o
modelo hidrotérmico e suas vantagens
para a Sociedade.
O modelo de leilão para a energia
nova implementado pela MME com
gestão da EPE traz, no seu bojo, o
pagamento da disponibilidade das usinas
e ao mesmo tempo o pagamento do despacho (combustível)
inserido na tarifa paga pelo consumidor, valor variável conforme a
necessidade do sistema. A velha CCC volta de outra forma. Com
a MP 579/12, reduziu-se a conta da energia, mas os encargos
continuam a existir incluindo o pagamento dos combustíveis das
usinas térmicas. O custo do seguro é pago pelos consumidores
que precisam de garantia de energia e isso faz parte do modelo
hidrotérmico brasileiro.
Hoje temos grandes discussões sobre o aumento das tarifas,
que estão em níveis de primeiro mundo. Creio que os resultados do
modelo de leilão de energia nova devam ser reavaliados. O mercado
é muito criativo e muitas vezes as condições de contorno, ocultas
ou que não bem avaliadas pelo órgão gestor desta política, levam a
distorções no resultado esperado. Vejamos: assimetrias tributárias e
distorções nos dados de entrada nos modelos de leilão levaram a
instalação de um parque térmico exclusivamente a óleo combustível
que, se despachado acima do previsto na modelagem, elevarão o
custo final da energia ao consumidor. Portanto a modicidade tarifária
estará comprometida. Outras conseqüências são: a) o excesso de
oferta no nordeste e carência no sul e sudeste devido a restrições
de transmissão e, b) a incerteza do custo de combustível devido
à volatilidade dos preços do petróleo e do gás, que são a base
desta expansão até 2014. Entendemos que isso é um processo
de aprendizagem e, portanto, sujeito a ajustes. Leilões regionais,
modificação dos parâmetros do leilão no calculo do ICB, tal como
o uso da matriz originaria do calculo da garantia física para o calculo
do COP/CEC devem ser considerados como forma de otimização
do modelo. O MME já está fazendo leilões de reserva para biomassa
e para eólicas, porque não fazer para outras fontes? Porque não
avançar em projetos estruturantes? A visão de planejar o Pais com
usinas renováveis sem capacidade de estocar energia (eólicas, hidro
sem reservatório, PCHs) como usinas de segurança do sistema
precisa ser reavaliada. As mudanças climáticas não podem ser a
principal razão para a expansão. A baixa hidraulicidade de 2012/13
confirma a importância das térmicas e o acerto da operação do
modelo hidrotérmico.
É importante manter os benefícios da otimização hidrotérmica. Reconhecendo-se a característica essencial do nosso sistema hidrotérmico que é a necessidade de geração térmica flexível ajustada à hidrologia de cada ano. Mister se faz viabilizar a implementação de um parque térmico de usinas a carvão mineral. Adicionalmente ao exposto sobre a importância da operação hidrotérmica para o Brasil, especificamente quanto a térmicas flexíveis, cujo combustível pode ser estocado, cabe salientar as vantagens macroeconômicas do aproveitamento do carvão mineral nacional para o abastecimento de energia elétrica em nosso País, em especial: combustível em moeda nacional (sem influência do câmbio), menor impacto na balança de transações correntes, geração de emprego e renda e disponibilidade de reservas para suprir cerca de 18 mil MW em mais de 100 anos o que contribui para a segurança energética do Brasil.
Temos a certeza que se adotarmos a política energética correta, sem “demonizar” ou agregar externalidades ao custo da geração a carvão – como taxação ou compensação de gases de efeito estufa – num país que precisa crescer e usar todas suas fontes de energia para tal, teremos uma matriz equilibrada que contemplará, a modicidade tarifária - preservando nossa competitividade industrial – a segurança energética e a preservação ambiental.
28 | Liderança Empresarial
ACIC reúne lideranças em palestra com Ministra Ideli Salvatti
ACIC reúne lideranças em palestra com Ministra Ideli Salvatti
Lideranças políticas e empresariais
da região Sul reuniram-se na Associação
Empresarial de Criciúma – ACIC no dia 22
de fevereiro para a palestra com a Ministra
das Relações Institucionais, Ideli Salvatti,
sobre o tema “Programas de Incentivo do
Governo Federal para o Setor Produtivo”. No
evento foram abordados temas relacionados
à duplicação da BR-101, investimento nos
aeroportos, influência dos portos catarinenses,
a competitividade do setor financeiro com
reduções dos juros bancários e das taxas de
energia, por exemplo, entre outros assuntos.
De acordo com o presidente interino
da ACIC, César Smielewski, as reuniões
e discussões da entidade ultrapassam a
microeconomia, sendo a macroeconomia um
destaque, já que as ações governamentais
são as maiores incentivadoras para a decisão
e realização de investimentos pela classe
empresarial. “Aproveitamos a oportunidade
e importância da Ministra na hierarquia da
Administração Federal para externar aquilo
que é recorrente nas pautas da ACIC, já que
esta desempenha uma inegável influência
na região e suas bandeiras conseguem
unanimidade por privilegiar, justamente, a
coletividade”, pontua Smielewski.
Para a Ministra, o Sul tem sido prioridade
nas discussões do Governo Federal e
Entre os tópicos discutidos, a Ministra também ressaltou que estão previstas reformas para o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços – ICMS e para o gás natural. “Estamos enfrentando uma verdadeira guerra fiscal no maior imposto do país que é o ICMS. Não tem sido simples, mas prevemos reformas. Além disso, prevemos mudanças para o gás natural, insumo que juntamente com a energia é o que mais impacta de modo significativo na vida econômica e empresarial brasileira”, avalia.
Para o vice-presidente da ACIC, Delir Milanez, umas das principais movimentações da região Sul envolve o setor cerâmico, e são necessárias reavaliações sobre as concessões do gás natural, assim como para as taxas de câmbio. “Estamos preocupados, pois há uma desindustrialização, ou seja,
um sucateamento da indústria nacional. Precisamos ampliar as discussões sobre o tema”, complementa.
O presidente do Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina - Siecesc, engenheiro Ruy Hülse, também aproveitou a oportunidade para solicitar apoio do Governo Federal para o carvão. “Com as recentes dificuldades energéticas enfrentadas pelo país, demonstra-se a necessidade de utilização de todas as fontes de energia. Sugerimos, portanto, que o carvão mineral seja incluído nos leilões de energia, e que sejam concedidas as mesmas vantagens para nos tornarmos competitivos como, por exemplo, linhas de crédito para modernização das minas”, relata Hülse.
Após o evento, foi realizada uma entrevista coletiva com a imprensa do município de Criciúma.
Aspectos econôminos para ampliar o desenvolvimento
�����������������CRICIÚMA
Duplicação da BR-101 Sul, aeroportos, carvão mineral e portos catarinenses pautaram a discussão com empresários
por isso a importância do debate com o
setor empresarial. “Estamos em constante
preocupação em oferecer ao Sul as mesmas
condições de desenvolvimento de outras
regiões de Santa Catarina e também do Brasil.
Este debate respeita o papel relevante que
Criciúma possui frente à região, fazendo que
tenha a atenção que precisa”, destaca Ideli.
BLOCOS ATUAIS(LICITADOS)
ESTADOS NÃOPRODUTORES (EX: SC)
MUNICÍPIOS NÃOPRODUTORES (REGIÃO
DE CRICIÚMA
2012
1,75%
7%
1,75%
7%
21%
21%
27%
27%
2013 EM DIANTE 2013 2020
BLOCOS NOVOS(QUE SERÃO LICITADOS)
www.acicri.com.br | 29
Quais as perspectivas para 2013? Marli Maria de Aguiar
Vice-presidente da ACIC
O fraco desempenho da economia
brasileira ficou evidente com a divulgação
dos números do PIB. A economia cresceu
0,9% em 2012, resultado que é o pior
desde a recessão de 2009 e inferior ao
obtido pela China (7,8%), Índia (5%),
México (3,9%), Estados Unidos (2,2%) e
Japão (1,9%). Apenas os países europeus
ficaram abaixo do Brasil. Mas o ponto mais
negativo, entre os números divulgados
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), foi a queda de 4%
nos investimentos. Sem a ampliação da
capacidade produtiva e logística, diminui o
potencial de crescimento da economia a
longo prazo e aumenta o risco de uma alta
na inflação.
Na esperança de reverter a queda, a
equipe econômica anunciou uma nova
tentativa de atrair investidores privados
para os projetos de rodovias e ferrovias,
oferecendo condições mais rentáveis
para os possíveis investidores privados.
Ao mesmo tempo, o governo tenta
aprovar uma lei que abre à iniciativa
privada o investimento em portos. É O RECONHECIMENTO DE QUE A ESTRATÉGIA DE USAR O ESTADO COMO INDUTOR DO CRESCIMENTO COLECIONOU APENAS UM PIB PÍFIO.
As contas públicas estão em rápida
deterioração. O relatório do Tesouro
Nacional mostrou em novembro um
rombo de nada menos de R$ 4,3 bilhões
na condução das finanças do governo
central, o primeiro resultado negativo desde
o meio de 2011. Em 12 meses, a meta do
superávit primário (sobra de arrecadação
para pagamento da dívida) ficou em
apenas 1,9% do PIB, quando deveria ser
de 3,1% do PIB.
O desequilíbrio das contas públicas leva
ao risco de atiçar ainda mais fortemente a
inflação, que também não conta com ajuda
da política monetária (política de juros),
porque a decisão do governo foi também
soltar as rédeas das emissões de moeda.
O prejuízo maior pode ser a percepção
de que os desequilíbrios da economia se
aprofundem e, com eles, se fragilize ainda
mais a confiança na política econômica.
Que alternativas as lideranças poderão
buscar para aumentar a capacidade de
investimentos em sua região?
Um país, um estado, uma região não
pode ser melhor, mais rica e mais bem
preparada do que as pessoas que a
compõem.
As lideranças de nossa região devem
se ater para as competências coletivas no
sentido de angariar recursos para o seu
desenvolvimento.
Uma das alternativas será buscar
junto ao Governo Federal uma fatia maior
na distribuição dos recursos oriundos da
receita para os Estados e Municípios.
Outra opção é o empenho no sentido
de que a divisão dos royalties do petróleo
conceda uma fatia maior dos recursos
arrecadados destinados a estados e
município onde não há produção.
Royalties são tributos pagos
mensalmente ao governo federal pelas
empresas que extraem petróleo, como
compensação por danos ambientais
causados pela atividade. Hoje, os royalties
perfazem 10% do valor do petróleo
produzido, sendo que nos blocos do pré-
sal, os royalties serão de 15%.
A expectativa dos não produtores
(como por exemplo Santa Catarina) é
ampliar de R$ 1,2 bilhões para mais de R$
8 bilhões, em 2013.
Uma distribuição em percentuais maiores para os Estados e Municípios exigirá uma maior responsabilidade, uma maior cobrança e, por conseguinte, uma gestão mais eficiente dos recursos e investimentos.
O Congresso Nacional derrubou em 07 de março os vetos da presidente Dilma Rousseff à lei que redistribui os royalties do pré-sal (12.734/12).
Com o fim dos vetos, Estados e Municípios não produtores de petróleo podem receber parte dos
royalties arrecadados com contratos de exploração já em vigor. Os vetos tinham o objetivo de manter esses recursos nas mãos dos Estados produtores - Rio de Janeiro, Espírito Santo e também São Paulo.
As lideranças políticas e empresariais do Sul de Santa Catarina têm para 2013 motivos muito fortes no sentido de colocarem suas competências coletivas em ação com o objetivo de buscar recursos significativos para o desenvolvimento de nossa região.
DESENVOLVIMENTO
Treviso registramaior crescimentode SCCom PIB acima da média das demais cidades do estado, Treviso é selecionada para destacar a qualidade de vida no interior do Brasil
30 | Liderança Empresarial
Após a divulgação do Produto Interno
Bruto (PIB) dos municípios pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
em dezembro de 2012, o município de
Treviso entrou em pauta nas mais diversas
discussões políticas e empresariais. O
município, inclusive, foi o selecionado
catarinense a participar do programa Globo
Repórter, da Rede Globo, que em janeiro
deste ano acompanhou a cultura e os
hábitos da população trevisana. O programa
cujo tema “A boa vida nas cidades do interior
do Brasil” foi transmitido em rede nacional
no mês de março.
Toda essa movimentação ocorre
porque Treviso registrou o crescimento
mais expressivo entre as cidades de Santa
Catarina, durante os anos de 2009 e 2010.
O índice de uma das cidades mais italianas
do Sul chegou a 71,52%, bastante acima
da média de Santa Catarina que registrou
crescimento de 17,47%. Nos dados
apurados pelo IBGE, constatou-se que 224
municípios (76,4%) obtiveram crescimento,
ao contrário dos 69 municípios com
resultado negativo.
O PIB é a soma de todas as riquezas
produzidas pela cidade e a agricultura,
agropecuária, avicultura, algumas unidades
fabris e o comércio constituem a base
econômica do município de Treviso. O
destaque, porém, refere-se à extração do
�����������������TREVISO
carvão mineral. De acordo com o prefeito,
João Réus Rossi, o carvão é o principal
motivador da atual qualidade de vida
da população local, contribuindo para o
aumento do poder aquisitivo das famílias.
“Aproximadamente 75% da economia
do município provém do carvão. Hoje, é
nossa maior fonte de renda. E foi ele que
desencadeou toda essa qualidade, apesar
de seu passado e de sua relação com o
meio ambiente. Mas evoluiu muito e hoje,
com toda a fiscalização, é possível uma
produção que esteja em sintonia e respeite
o meio ambiente. Temos que considerar
também a instalação de mineradoras que
empregam nosso povo e contribuem para
a melhoria das condições de vida”, explica
o prefeito.
O desenvolvimento da cidade de
Treviso, além do fator econômico, envolve
um conjunto de ações que, para o prefeito,
são os motivos para transformarem a
cidade em a melhor para se viver. O povo
acolhedor, a gastronomia e as belezas
naturais como trilhas, lagoas e cachoeiras
são potenciais turísticos. “Por aqui ainda
temos energia elétrica em todo o perímetro
urbano e rural, transporte escolar para
100% do município, 100% de cobertura de
coleta de lixo, temos equipes da saúde da
família que abrangem todo o município, e
as nossas estradas são boas. Damos essa
O carvão como princípio
Lugar para se viver
25,2% da população de SC está concentrada
em 5 cidades: Joinville, Itajaí, Florianópolis, Blumenau e Jaraguá do Sul. Juntas, estas detêm 37,9% do PIB
catarinense.
condição para o morador da zona rural se
deslocar para o centro da cidade para
trabalhar, retornando ao final do dia para
o campo com tranquilidade”, enumera o
prefeito.
O secretário de Planejamento de Treviso,
Ernany Moreti, explica que um dos maiores
desafios é crescer em todos os segmentos,
mas de maneira organizada e atraindo
investidores. “Ainda somos um município
novo devido à emancipação de Siderópolis.
Conquistamos nossa internet banda larga
em 2007, a primeira linha de telefone em
2010, casa lotérica em 2011 e agência
dos Correios em dezembro de 2012, por
exemplo. Temos hoje esta qualidade para
os moradores que já estão aqui. Para os
que virem no futuro, é preciso, porém, que
tenhamos mais investidores que possam
gerar mão-de-obra e ofertas de emprego”.
A funcionária de uma loja de moda
e confecção, Rosimere Maria Pagani,
acredita que o município evoluiu em
diversos aspectos nos últimos anos e a
divulgação em rede nacional é benéfico
para apresentar as belezas locais. “Nós
moradores, porém, ficamos um pouco
apreensivos com essa divulgação,
devido à alta demanda que possa
aparecer por aqui. Ficamos preocupados,
principalmente, com a segurança. Mas
mesmo assim acredito que a transmissão
é ótima para movimentarmos ainda mais a
economia daqui”, avalia.
De acordo com o prefeito de
Treviso, estão previstas algumas ações
que tendem a contribuir ainda mais
para o crescimento do município. Elas
fazem de um Plano de Desenvolvimento
Econômico para diversificar a economia
da cidade. A pavimentação da Rodovia
SC-447, que liga Treviso a Lauro Müller
e a possível construção de uma usina
termelétrica, um projeto da Usina
Termelétrica Sul Catarinense (Usitesc)
são os dois principais fatores. “Com
a rodovia vamos ter o planalto serrano
interligado ao litoral, ou seja, turismo
para o ano todo com o verão ligado
ao inverno. E quanto à termelétrica,
estimamos a geração 1.200 empregos
diretos e cerca de 5 mil indiretos”,
ressalta João.
Moreti acrescenta que o
prolongamento da ferrovia, de Siderópolis
a Treviso, também é fundamental para
atrair investidores para a região, pois
ligaria, por exemplo, o município ao Porto
de Imbituba. “Já temos o projeto pronto
e todos os estudos sobre os impactos
ambientais. O que falta é a aplicação de
fato”, pontua.
“Crescer continuamente, de maneira
ordenada e com qualidade é nosso
desafio maior. Para nós foi um orgulho
sermos reconhecidos entre as cidades
catarinenses para o programa em rede
nacional. Acredito que vai despertar o
interesse de grandes investidores. E
isso mostra que estamos no caminho
certo”, conclui o prefeito.
PERSPECTIVASPARA O FUTURO
32 | Liderança Empresarial
Uma ferramenta que cabe na palma da mãoOs famosos aplicativos estão agradando o empresariado que busca no tablet ou smartphone, uma ferramenta de auxílio para o trabalho
����������������� ���CRICIÚMA
A tecnologia está cada vez mais a nosso
favor e quando o assunto é ferramenta de
trabalho então, as empresas fabricantes de
celulares e computadores não poupam idéias
e lançam frequentemente produtos novos no
mercado. Com a chegada dos smartphones,
acessar a internet se tornou muito mais
rápido e fácil, facilitando também a vida do
empresariado que necessita diariamente
consultar agendas, e-mail e etc. Há cerca de
três anos, outro xodó dos “tecnomaníacos”
vem tomando conta do mercado digital. Os
tablet’s já ocupam o lugar dos computadores
portáteis como, notebooks e netbooks.
Anotar tudo em uma agenda já é coisa
do passado pra muita gente, hoje se tornou
prático depositar a confiança e a rotina
profissional na tela de um celular ou tablet. É
possível compartilhar informações e carregar
milhões de anotações, projetos e documentos
na palma da mão, deixando pra trás os antigos
portfólios, álbuns de fotografia ou até mesmo a
famosa agenda.
Neste universo de novidades, o
consumidor pode optar por celulares mais
equipados como os aparelhos da Apple,
com sistema IOS, ou de outras marcas
com sistema Android. A diferença está na
velocidade do processador, sensibilidade
ao toque, capacidade de armazenamento,
aplicativos, durabilidade da bateria entre outras
funções.
De acordo com o coordenador de
vendas da LJ informática, Lourival Henrique
Júnior, o Brasil ainda está atrasado para o uso
de tanta tecnologia. “Os produtos chegam
para nós bem depois que são lançados.
Outro problema é a internet. Não temos 3G
em todos os lugares e a velocidade é baixa”,
explica.
Mesmo assim, toda tecnologia tem
atraído os olhares do empresariado e dado
aquela “mão na roda”
na correria do dia-a-
dia. Para o profissional
da área de marketing,
jovem empreendedor,
Renan Fogaça, depois
da chegada dos
smartphones organizar
as tarefas da semana
fica mais fácil. “Além de
eu usar o Iphone como
celular para trabalho, ele
é portátil e eu levo para
todos os lugares. Tenho
tudo em um único aparelho,
faço fotos, recebo e mando
e-mails, faço pesquisas
rápidas na internet quando
encontro redes wifi ou 3G. É
muito útil”, comenta.
Os tablet’s e smartphones
já são ferramentas de trabalho
indispensáveis. Em 2012, a venda
destes aparelhos em Criciúma dobrou
e o perfil do comprador é variado.
“Quando o Ipad foi lançado era muito
caro, depois vieram outros tablet’s mais
baratos e ficou mais acessível para o
consumidor. No natal esgotamos nosso
estoque e vendemos para crianças, jovens,
mas para muito adulto que precisava para
usar no trabalho”, revela o coordenador de
vendas.
Segundo Lourival, diversas empresas
já têm adotado os aparelhos como
ferramenta para os funcionários. “Fizemos
vendas em conjunto para empresas. As
pessoas querem cada vez mais um
material leve e que se apresente melhor
para o cliente. Muitos representantes já
estão adotando o tablet ao invés do
portfólio ou o notebook”, conta.
www.acicri.com.br | 33
ELEMENTOS DA TECNOLOGIA
Confira alguns aplicativos que a equipe da revista
Liderança Empresarial selecionou para você, que
como todo profissional do milênio, vive atarefado.
É um scanner para cartões de visita. Em
um clic, você fotografa o cartão e o software
reconhece nome, empresa, e-mail e telefones
criando um novo contato automaticamente na
agenda do aparelho. É ideal para quem possui
muitos cartões de visita e não tem paciência
de procurá-los ou até mesmo espaço para
guardar. Compatível: iPhone e Android.
Sincroniza automaticamente todos os
seus documentos do Google Docs. É
compatível com os formatos do Office,
PDFs, fotos e vídeos. Indicado para
fazer apresentações de PowerPoint,
consultar planilhas e ainda escrever
textos no tablet da Apple. Os diferentes
tipos de arquivos ficam agrupados por
pastas. Compatível: sistemas iOS (iPad
e iPad 2).
O aplicativo nada mais é do que uma espécie
de HD virtual. Uma pasta que armazena
dados, podendo modificar e salvar pelo
aplicativo a qualquer momento sem ocupar
espaço na memória do aparelho. Compatível:
iPhone e Android.
É uma agenda digital que permite controlar
horários e compromissos. Para prestadores
de serviço que cobram por hora, permite
controlar o tempo para cada cliente ou
projeto. Compatível: iPhone.
Voltado para quem precisa editar e não
apenas ler os arquivos do programa Office,
da Microsoft. É compatível com a maioria das
versões do Office, de 1997 a 2007. Permite
criar textos no Word, planilhas do Excel e
apresentações do PowerPoint. Também é
um leitor de arquivos em PDF. Há uma versão
gratuita do programa, mas não permite a
edição dos arquivos. Compatível: sistemas
iOS e Android
De maneira criptografada, o aplicativo
permite realizar transferências do seu
computador do trabalho para um
e-mail ou exibi-lo no tablet. Desta
maneira, é possível acessar um
arquivo importante caso você tenha
esquecido de levar para uma reunião,
por exemplo. É preciso instalar
o programa no seu computador
também. Compatível: sistemas iOS e
Android.
Versão para dispositivos móveis da
rede social para negócios. Permite
ter acesso ao perfil de outros
empreendedores e executivos e
criar ou manter o próprio networking.
Compatível: iPhone e Android.
Aplicativo que permite verificar o horários dos
voos, se estão com atraso, informações do
trânsito e rotas para chegar aos aeroportos.
Compatível: iPhone e Android.
CamCard
HoursTracker LinkedIn
Vôos Online
Logmein
Memeo Connect Reader
Dropbox
DocumentsToGo
Aplicativo que permite acessar o
computador do escritório em qualquer
lugar. É uma boa ferramenta para o
empreendedor que passa o dia fora do
escritório supervisionando sua equipe
ou se reunindo com fornecedores e
precisa consultar algum documento
salvo no computador da sua sala.
Compatível: iPhone e Android.
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Uma empresa que produz um produto
com a marca de outra empresa. Este é o
princípio de um empreendimento Private
Label (PL) que pode atuar nos mais diversos
segmentos como acessórios, eletrônicos,
alimentícios, confecções e até mesmo
cartões de crédito. Trata-se de um modelo
de negócios em que a empresa detentora
de uma marca, geralmente grandes redes
varejistas, terceiriza o processo produtivo,
focando-se assim nas vendas e divulgação
da própria marca e não no ciclo operacional
da mercadoria.
Localizada em Criciúma, a Ufo Way
é uma empresa de confecção 100%
Private Label. Contando com um grupo de
aproximadamente 300 colaboradores diretos
e produção média de 200 mil peças por
mês, é administrada pelo fundador e diretor-
presidente, Valdir Moretto, e seus dois filhos
Dickson e Grasiela Moretto, diretores de
produção e administrativa, respectivamente.
A empresa, fundada em 1987, possui
parque fabril especializado no segmento de
jeans, trabalhando com diversas variações
dele em camisas, calças, bermudas, saias
e coletes, por exemplo.
O processo produtivo inicia com o
desenvolvimento de um protótipo, uma
peça modelo que será apresentada ao
cliente, de acordo com suas exigências
e necessidades. Basicamente, inicia no
setor de estilo, recebe cadastro no sistema
para ordem de produção, segue para
a modelagem, encaixe, corte, costura,
lavanderia, e customização para os
acabamentos e inserção das etiquetas
externas. Um período que leva de três a
quatro dias até a entrega do modelo para a
análise e aprovação do cliente.
Além de São Paulo e Fortaleza, a matéria-
prima é importada do Paquistão, segundo
o diretor de produção, Dickson Moretto.
Quando o protótipo é aprovado pelo cliente,
iniciam os procedimentos em larga escala
em um período que leva aproximadamente
45 dias. “Somos uma ferramenta na mão
de nossos clientes, uma empresa que
industrializa o produto e entrega na loja do
cliente já etiquetado e pronto para a venda.
Nós ditamos e vendemos moda, além
de um fast fashion comprometido com as
principais tendências mundiais, e o cliente é
o responsável pela divulgação da loja, pelas
�����������������CRICIÚMA
Eles são “fashionistas”
A moda da confecção Private Label
Empresa de Criciúma atua nos territórios nacional e internacional a partir de um modelo de negócios em expansão no Brasil
34 | Liderança Empresarial
Quando iniciou os trabalhos em 1987, Valdir Moretto, hoje aos 58 anos, não contava com nenhuma experiência no segmento da confecção. As primeiras atividades no ramo, inclusive, envolvia apenas comprar roupas de outras empresas e revender para outras lojas, principalmente do Sul, em Porto Alegre, e também na fronteira do país com o Uruguai.
“Nasci em Siderópolis e com origem no campo, com os pés no chão e no meio da mata. Sou o mais velhos de 12 irmãos. Aos 16 anos saí de casa para aprender mecânica, trabalhando um ano inteiro de graça para aprender a mexer com automóveis. Meu primeiro emprego foi na Jugasa”, relembra Valdir. Em 1974 passou a trabalhar na Prefeitura de Criciúma, acreditando hoje, que na época foi um dos funcionários os quais ajudaram na construção da Avenida Centenário.
“No dia 1º de abril de 1977 comecei a trabalhar na mina, e no dia 4 nasceu meu primeiro filho. Eu estava embaixo da mina e nunca esqueço como tudo aconteceu. Mais ainda quando fui para o Pará, em 1983, para trabalhar em uma mina na selva Amazônica. Foram quatro anos muito difíceis, pois não existiam recursos, comunicação, rodovias. Para chegar lá
só de barco ou avião. Foi uma superação também porque fiquei oito meses sem ver minha família”.
O retorno para Criciúma aconteceu em 1987, quando deu início às atividades voltadas às roupas. Para Valdir, foram muitos anos de aprendizado, experiência e dificuldades com negócios mal realizados e até de saúde. Porém, perseverança é uma palavra a qual ele se identifica muito. “Passei por muitas dificuldades neste meio tempo, mas sempre tive uma perseverança muito forte de vencer. E fui pegando conhecimento e absorvendo as experiências. E isso vale para qualquer atividade, ou seja, deve-se acreditar e ter prazer no que se está fazendo, com capricho e dedicação. Sem esquecer, de modo algum, de respeitar e valorizar as pessoas que estão a sua volta”.
As demais metodologias de trabalho da Ufo Way, em confecção, foram sendo reduzidas de forma gradual até a especialização em Private Label há aproximadamente dez anos. São duas unidades em Criciúma, incluindo um parque fabril que está sendo ampliado de sete para 12 mil m². A empresa também ampliou sua atuação nos segmentos de terraplanagem e transporte de cargas secas.
vendas e todo o trabalho de marketing da
marca. Não queremos ser a maior, mas
uma referência no segmento PL para as
grandes redes. Essa é nossa missão”,
destaca Dickson.
De acordo com Grasiela, a Ufo Way
atende a grupos importantes de magazines
do mercado nacional e internacional, além
de marcas de médio e pequeno porte.
Os desings são inspirações de viagens
de pesquisa, principalmente ao continente
Europeu, em busca de informações de
outras marcas que são referência no
mercado. “Montamos uma coleção sempre
dentro das necessidades e do foco de cada
cliente, sendo preciso, portanto, entender
a essência de cada um. Os últimos cinco
anos foram muito bons, com todas as
metas alcançadas e com perspectivas de
crescimento já definidas até 2020”, revela.
www.acicri.com.br | 35
UM HOMEM DE NEGÓCIOS
Esmalglass lançainsumos paraimpressão HD����������������� ���CRICIÚMA
Vista aérea da unidade fabril e equipe Esmalglass Morro da Fumaça
Na última edição da revista Liderança
Empresarial, trouxemos as três empresas
Criciumenses que foram premiadas pelo
Guia das revistas Você S/A e Exame por
estarem entre as 150 melhores empresas
para se trabalhar no Brasil. Nesta edição,
você vai conhecer outra vencedora do Sul,
que além de ter alto grau de satisfação
dos colaboradores, foi elencada pela
revista Mundo Cerâmico como a melhor
empresa fornecedora de colorifícios,
insumo fundamental para a produção do
porcelanato.
Participando pela primeira vez do
Guia, alcançar o prêmio ainda não era o
principal motivo da inscrição. De acordo
com o gerente de design e marketing
da empresa, Júlio César Napoli, estar
entre as 150 melhores empresas para se
trabalhar era uma meta traçada para 2015.
“Fizemos um planejamento estratégico e
estruturamos diversas metas para alguns
anos. Uma delas era estar no prêmio da
revista Você S/A e Exame, porém, veio mais
cedo do que esperávamos. Planejamos
para 2015, então no ano passado nos
escrevemos para ver como funcionava na
prática”, explica.
Em 2011, o Guia recebeu cerca de
600 inscrições de empresas de todo o
país, o que dificultou os trabalhos dos
jornalistas do Guia e os profissionais da
Fundação Instituto de Administração (FIA),
responsável pela metodologia do anuário
desde 2006. Juntos, Guia e FIA, realizam
um trabalho baseado em uma rigorosa
seleção e análise.
Para Júlio, na prática, concorrer ao
prêmio não é tão fácil quanto parece.
“Todos os nossos funcionários foram
entrevistados. Os diversos questionários
amplos e específicos demandaram tempo
e horas extras para responder”, conta.
Como de praxe, após a inscrição e
preenchimento de todos os questionários,
a Esmalglass também recebeu a visita dos
jornalistas do Guia. “Ficamos surpresos
também com a autenticidade do concurso.
Todo o material de questionário veio
lacrado. Já quando recebemos a visita
dos representantes da revista, sentimos
que gostaram da empresa, pelo asseio do
ambiente, mas, também não esperávamos
um resultado tão satisfatório”, revela.
Junto com a conquista, estar entre as
150 melhores para se trabalhar não quer
dizer ser uma empresa 100%. Como todas
as outras, a Esmalglass também recebeu
um relatório com sua pontuação e além
dos pontos altos e positivos na satisfação
do colaborador, conheceu também os
pontos a serem melhorados. “Gostamos
de receber o relatório e conhecer estes
pontos que podemos melhorar. Alguns
já estavam em planejamento e outros já
estamos nos moldando para alcançar
maiores patamares em qualificação”,
afirma.
Prêmio Mundo Cerâmico
Além de estar entre as 150 melhores para se trabalhar, em 2012, a Esmalglass foi lembrada mais uma vez pela revista Mundo Cerâmico, uma das mais conceituadas no ramo. A publicação, que premia os melhores fornecedores para empresas fabricantes de porcelanato, elencou pela 9ª vez, em 10 anos, a Esmalglass como melhor fornecedora de colorifícios.
“É muito gratificante recebermos pelo 9º ano este prêmio. Para estar na Revista Mundo Cerâmico, temos que ser citados pelos nossos clientes. O processo de seleção é direto, eles perguntam quem é o melhor fornecedor em determinado produto e aí sai o resultado”, explica.
36 | Liderança Empresarial
Há 35 anos no mercado mundial,
o Grupo Esmalglass – Itaca possui 11
sedes espalhadas por oito países. De
origem espanhola, o Grupo chegou ao
Brasil em 1988 e montou sua primeira
fábrica em Criciúma. Com o crescimento
em ritmo acelerado, em 1994 transferiu-
se para Morro da Fumaça onde opera
atualmente.
Hoje, a Esmalglass é uma das
líderes no mercado nacional em
desenvolvimento de produto: fritas,
esmaltes, corantes, tintas para
impressão digital e granilhas. Além disso,
a empresa fornece assistência técnica,
design de produto, auxilio e soluções
para o cliente.
Acompanhando toda tecnologia,
a empresa também está à frente
em insumos para impressão digital.
“A impressoras HD mudaram todo
o conceito de fabricação, pode-se
imprimir qualquer tipo de imagens e até
fazer porcelanatos em auto relevo e a
Esmalglass está sempre inovando neste
tipo de insumo”, comenta.
O Grupo, que passou por uma
recente reestruturação, está preste
a lançar na Espanha, novidades em
esmaltes e efeitos para impressão digital.
“Assim que os produtos forem lançados
na matriz, automaticamente começamos
a vender e produzir aqui em Morro da
Fumaça também”, finaliza.
LANÇAMENTOS
Há mais de 40 anos no mercado
industrial de máquinas e equipamentos, as
Empresas ICON construíram desde 1972
uma história de tradição e credibilidade,
baseada no trabalho em equipe,
dedicação e profissionalismo. Com fortes
clientes espalhados pela América latina,
a ICONpassa a ocupar um novo nicho
de mercadocom o lançamento da ICON
Implementos Rodoviários.Um projeto
ousado, feito por quem entende do
assunto e que mais uma vez, coloca uma
empresa criciumense entre as melhores
fornecedoras de equipamentos.
A empresa, que já produziu uma
linha de patrolas, aproveitou a vocação
e resolveu abrir um novo ramo dentro
do grupo com dois objetivos principais,
aproveitar melhor o parque fabril e
trabalhar com um produto de venda mais
regular. “O fato de termos produzido uma
linha de patrolas nos despertou esta ideia.
Como atualmente trabalhamos com um
mercado muito oscilante, decidimos optar
por trabalhar também com implementos
rodoviários já que é mais constante”,
explica o gerente comercial, engenheiro
Henrique Becker Serafim.
Optar por um ramo de grande
competitividade exigiu da ICON a
excelência em profissionais capacitados.
De acordo com o engenheiro Mauro
Losso, a empresa oferecerá produtos com
a mesma qualidade dos atuais produtos.
“Trouxemos técnicos especialistas para
fazer parte da equipe. A ICON é conhecida
por produtos de alta qualidade e nós
começamos um novo braço da empresa
com os melhores profissionais do ramo na
região”, comenta.
Mauro afirma que esta é uma linha
de implementos rodoviários segmentada,
que vem atender um público exigente em
estética e qualidade. “Oferecemos aos
clientes a possibilidade depersonalização,
customizando os implementos de acordo
com as necessidades de cada cliente”,
explica.
Com uma marca sólida ereconhecida
no Brasil inteiro, a ICON Implementos
Rodoviários já entrou no mercado com
confiança. “Queremos nos tornar líder do
ramo”, assegura Losso. Em 2013, o novo
ramos daempresa que já atinge vendas
nos três estados do sul, espera expandir
os negócios e aproveitar o mercado que
está aquecido com a copa em 2014.
“Visando o momento nos próximos quatro
anos, com o Brasil sendo sede da copa
do mundo, vamos ter um ponto alto da
construção civil. Portanto, concluímos que
era uma boa hora de entrar neste ramo”,
complementa Serafim.
Com um sistema de vendas por
representação, a ICON projetou para
este ano, concluir toda a estrutura de
vendas no país, complementar o mix
de produtos e consolidar a marca. “A
expectativa é de um mercado bastante
dinâmico. Temos um mixdiversificado na
linha dos implementos rodoviários e com
isso estamos confiantes.” Acrescenta o
gerente comercial.
38 | Liderança Empresarial
ICON inicia operação da unidade de Implementos Rodoviários
����������������� ���CRICIÚMA
Almejando o topo de vendas no ramo, Grupo ICON lança uma novadivisão da empresa que já atua na América latina com máquinas e equipamentos
Planejamento
A ICON Implementos Rodoviários entra
no mercado com 12 produtos e deverá
atingir até o final do ano, toda linha leve e
pesada para caminhões. Os produtos são
confeccionados sob medida e tem um
prazo de entrega de até 30 dias
Com poucos mesesa ICON Implementos
Rodoviários já vem contabilizando um
bom retorno do mercado e agradando
o consumidor. “Apesar de sermos novos
no ramo, já recebemos elogios de vários
clientes. A partir de2013 o mercado deve
aquecer e isso já está refletindo na empresa.
O mercado está respondendo com boa
receptividade”, afirma Losso.
A Retroterra Terraplanagem foi um dos
primeiros clientes da empresa,começou
comprando uma caçamba de 15 metros
cúbicos. Para o diretor técnico, Nidson
Colombo, a ICON passa segurança por
sua tradição no mercado. “Acredito que
fomos um dos primeiros clientes da ICON
Implementos Rodoviários e o fato de ser
www.acicri.com.br | 03
QUALIDADE APROVADA PELO CLIENTEuma empresa reconhecida nacionalmente
nos deixou muito seguros na hora de fechar
negócio”, comenta.
Com uma frota de 30 caminhões, a
Retroterra jáadquiriu três caçambas com
a ICON. “A empresa presta um excelente
serviço, além de estar sempre a disposição
para qualquer acabamento”, finaliza.
PRINCIPAISPRODUTOS DA LINHA LEVE
PRINCIPAISPRODUTOS DA LINHA PESADA
Caçamba Basculante
Caçamba Standard
Caçamba Basculante Reforçada
Caçamba Basculante Linha Minério
Caçamba Basculante Abertura Lateral
Caçamba Basculante Graneleira
Semirreboque Porta-Contêiner
Semirreboque Carga Seca
Semirreboque Graneleiro
Semirreboque Basculante
Semirreboque Basculante Vanderléia
Semirreboque base
CIPAISCIPAIS CIPAISCIPAIS
Cadastro Positivo muda para melhor o mercado de crédito Presidente da Boa Vista Serviços afirma
que novo cadastro beneficia consumidores e fornecedores de empréstimosBoa Vista Serviços S/A
40 | Liderança Empresarial
O consumidor brasileiro e as instituições
financeiras que concedem crédito tiveram
uma boa notícia com a publicação, no Diário
Oficial da União, do decreto que regulamenta
o Cadastro Positivo. “Trata-se de uma evolução
que traz grandes benefícios à sociedade
brasileira”, afirma Dorival Dourado, presidente
da Boa Vista Serviços, maior empresa de
capital nacional de informações e dados
sobre crédito, que administra o SCPC.
Dorival lembra que com o Cadastro Positivo
haverá um importante salto de qualidade no
mercado de crédito com a inclusão de mais
dados (inclusive os positivos) sobre o histórico
de pagamento dos consumidores. Com mais
informações sobre seu comportamento, o
consumidor poderá ter acesso ampliado e em
condições mais favoráveis aos empréstimos,
enquanto as empresas que concedem crédito
passam a ter mais ferramentas para medir o
risco das operações de maneira segura, entre
outras vantagens.
“O Cadastro Positivo é um mecanismo
transparente, que cria um novo paradigma no
setor”, garante Dorival Dourado. “O consumidor
– sobretudo o de menor renda que não tem
acesso ao crédito – ganha condições de
ingressar nesse mercado e como condutor
de seu histórico, já que poderá acompanhar
quem está utilizando suas informações (que
podem ser por ele excluídas ou incluídas).
Além disso, deve-se lembrar que a legislação
determina que a inclusão no cadastro só pode
ser feita com autorização do consumidor. Já
as concedentes têm a possibilidade de fazer
propostas diferenciadas aos clientes, além de
conhecê-los melhor com o acesso também a
informações positivas. O mercado, assim, só
tem a ganhar”.
Na avaliação do presidente da Boa Vista,
o Cadastro Positivo será adequado também
nesse momento em que o setor de crédito
vive um quadro de mudanças, com a entrada
de milhões de novos consumidores nos
últimos anos. Essa situação exige ferramentas
apropriadas para todos os participantes do
mercado e o Cadastro Positivo encaixa-se
nessa necessidade, como ficou comprovado
nos outros países em que foi adotado.
Dourado lembra que ainda há etapas
a cumprir em relação à regulamentação do
Cadastro Positivo, que será feita por órgãos
do governo. Ele ressalta que é necessária
especial atenção com a credibilidade do
mercado, com a constante fiscalização
do comportamento das empresas que
trabalharão com dados do Cadastro Positivo.
“É preciso que essas empresas sejam
comprovadamente idôneas, com atuação
dentro de elevados padrões de governança,
atendendo aos requisitos de confiabilidade e
segurança”, afirma o presidente da Boa Vista.
“Também é preciso monitoramento quanto
ao cumprimento da exigência de capital
mínimo para as companhias que trabalharão
com o Cadastro Positivo, para evitar que várias
empresas de menor porte se juntem e façam
uma ‘soma’ que permita chegar ao nível
exigido, apenas para atender à exigência – o
que pode significar a entrada de companhias
sem tradição nem confiabilidade para atuar
em um segmento tão importante”.
Com esses cuidados, assegura Dorival
Dourado, será possível garantir que uma
ferramenta importante como o Cadastro
Positivo produza todos seus impactos no
mercado de crédito: “Dessa forma, essa
nova ferramenta poderá criar uma nova
dinâmica no setor, com maior competição
entre os concedentes e reconhecimento dos
bons pagadores, com reflexos na melhora
da oferta e no acesso aos empréstimos por
parte, sobretudo das camadas de menor
renda da população”.
A Boa Vista Serviços, administradora do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), coloca ao seu alcance as melhores soluções para a tomada de decisões de crédito e gestão de negócios. É a única empresa do segmento de serviços de informações comerciais com controle nacional. São mais de 350 milhões de informações comerciais sobre consumidores e empresas e mais de 42 milhões de registros de transações.
A empresa também se destaca no mercado pela inovação e pelo contínuo investimento em tecnologia, além de sua capilaridade nacional conquistada por meio de parceria com mais de 2,2 mil entidades de classe, distribuidores, revendedores autorizados e escritórios regionais.
Com sua ampla oferta de soluções para todos os segmentos da economia, a Boa Vista também possui serviços e soluções
que ajudam o brasileiro a cuidar bem do seu nome, prevenindo-se contra fraudes e a usar o crédito de forma sustentável. A Boa Vista Consumidor Positivo é uma vertical da empresa que possui serviços voltados exclusivamente para o consumidor como a campanha “Acertando suas Contas”, maior iniciativa de promoção da sustentabilidade do crédito no País, o serviço de utilidade pública “SOS Cheques e Documentos”, que aumenta a prevenção contra fraudes, o serviço “Consulta de Débito” e diversas iniciativas de Educação Financeira.
A Boa Vista também apoia a efetiva implantação do Cadastro Positivo no país, contribuindo para que mais brasileiros tenham acesso ao crédito e os diferentes segmentos tracem suas estratégias de negócio a partir de uma melhor compreensão dos consumidores no mercado brasileiro.
A BOA VISTA SERVIÇOS Para mais informações, visite o site www.boavistaservicos.com.br ou ligue para (11) 3003-0101
Obras do Centro Empresarial seguem em ritmo aceleradoObras de ampliação do centro empresarial da ACIC correm dentro do cronograma
e deverão ser entregues até o final de novembro
Em poucos meses, a obra de
ampliação do centro empresarial da ACIC
foi ganhando corpo. Os trabalhos que
iniciaram em setembro de 2012, ocorreram
em ritmo acelerado e já partem para as
etapas de reboco externo, instalações
hidráulicas, elétricas e preventivo de
incêndio. De acordo com o engenheiro
responsável, Flávio Souza Neto, a obra
deverá ser entregue dentro do prazo.
“O andamento da obra segue em ritmo
satisfatório, tanto para a direção da ACIC e
fiscalização, quanto para nós da engenharia
Castanhel. Não tivemos nenhum imprevisto
e deveremos entregar a obra até o final do
mês de novembro”, afirma.
No bloco C, onde deverá abrigar o
novo auditório modular de 939,46 mt² e
com capacidade para 540 lugares, toda a
estrutura metálica já foi finalizada, incluindo
a de cobertura com a colocação das calhas
e rufos de acabamento. “Seguimos com os
trabalhos de alvenaria neste bloco, sendo
que estamos próximos a 100%, avançamos
também com o reboco externo. Neste bloco
já realizamos toda a tubulação para o sistema
preventivo de incêndio”, explica Souza.
Já no bloco D, que possui um espaço
de 2.164,3 mt², com três andares e salas
para entidades parceiras, foi concretado a
última laje do prédio e iniciado a alvenaria,
que está com 50% concluída no térreo.
“Paralelo a estes serviços seguem as
etapas de instalações hidráulicas, elétricas
e preventivo de incêndio. A estrutura de
concreto esta 90% concluída devendo ser
finalizada ainda no inicio do mês de abril”,
garante o engenheiro.
Para Flávio, um dos pontos mais
importantes na obra foi não ter registro
de nenhum acidente de trabalho. “Minha
avaliação para esta obra é a melhor
possível. Estamos com o cronograma em
dia, não tivemos nenhum imprevisto que
atrapalhasse o andamento e estamos tento
todo o suporte necessário tanto da direção
da Acic, quanto da fiscalização para
seguirmos com o trabalho. Porém, outro
ponto que deve ser destacado, é de que
não tivemos nenhum acidente de trabalho
até o momento”, enaltece.
Segundo o presidente da Associação
Empresarial de Criciúma – ACIC, Olvacir
Bez Fontana, as obras de ampliação
representam avanço para os trabalhos
dos empresários da região. “Trata-se
de uma obra importante porque irá abrir
novos espaços para as atividades do setor,
para convenções de vendas e realização
de grandes palestras, por exemplo,
fortalecendo nosso objetivo de ser a
biblioteca do empresário”, pontua Fontana.
Mensalmente, mais de 300 eventos
comerciais, de qualificação, entre outros, são
realizados nos 11 auditórios da ACIC. A partir
da ampliação, a entidade vai receber mais três
mil metros quadrados de área construída. As
obras contam com recursos do Funturismo,
com o apoio também da Secretaria de Estado
de Turismo, Cultura e Esporte e do Governo
de Estado de Santa Catarina.
A diretoria da ACIC, juntamente com a equipe responsável pela obra, decidiu em reunião no último mês, por algumas alterações na obra visando a melhoria da estrutura. O novo auditório modular receberá um camarim, e uma sala de apoio anexo ao palco. Além disso, foi contratado um escritório especializado em acústica para a realização de um projeto de tratamento e acústica para o novo auditório. “Estamos aguardando a conclusão deste projeto para darmos sequencia nas obras do bloco C. Devemos estar recebendo este projeto até o final do mês de março”, finaliza.
����������������� ���CRICIÚMA
MUDANÇAS NO PROJETO
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42 | Liderança Empresarial
A maior concentração de empreendedores brasileiros em estágio inicial encontra-se entre os 25 a 34 anos com uma porcentagem de 35,45%, seguida pela faixa etária entre 35 a 44 anos. Estas são estatísticas do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), programa de pesquisa de abrangência mundial sobre as atividades empreendedoras.
Entretanto, a participação de jovens no mercado de trabalho aumenta quando considerados os 19,54% empreendedores que estão entre a faixa dos 18 a 24 anos. Isso significa, segundo a pesquisa, que “o empreendedorismo é considerado pelos mais jovens como uma opção consistente de carreira”.
Em meio ao trabalho diário que envolve planilhas que contemplam preços de fornecedores, administração dos custos e gastos, relatórios de vendas e pesquisa de mercado, Laís Soratto, aos 24 anos, já administra seu próprio negócio. Os ensinamentos sobre cuidados com o dinheiro e a importância de um trabalho árduo vieram dos pais desde criança, mas a ideia partiu da época em que cursava Economia na Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Hoje, Laís comanda o primeiro restaurante de Criciúma especializado em gastronomia oriental, o Saikoo Sushi Bar.
“Mesmo se tratando de um pequeno restaurante, gosto de compará-lo a grandes empresas, sempre elaborando metas e projeções. Por meio do Saikoo tive muitas boas oportunidades e consegui fechar outros tipos de negócios, os quais irão permitir que ainda neste ano, inauguremos um outro tipo de restaurante”, comemora Laís.
Um olhar e vários clicksA fascinação pelas artes desde
criança, principalmente pela fotografia,
foi a motivação para Celso Pieri, há seis
anos, aliar sua vida pessoal à profissional.
Hoje, aos 25 anos, Celso atua como
fotógrafo de casamentos, eventos e
books fotográficos em diversas cidades
da região Sul, além de ministrar oficinas de
fotografia em universidade e possuir seu
próprio negócio, um estúdio fotográfico.
“É uma aprendizado a cada dia.
São com os obstáculos que venho
aprendendo a administrar e investir no
meu próprio trabalho. O mais bacana é
que em minha profissão a idade não pesa.
O que permite eu conquistar o cliente é o
meu portfólio e não se tenho muitos anos
de experiência”, destaca Celso.
Como fotógrafo, o jovem se considera
um empreendedor o que foi possível
também a partir do aperfeiçoamento,
na busca de inovações e em oferecer
aquilo que os clientes desejam. “Hoje me
considero assim depois de alguns cursos
que realizei pelo Sebrae. Minha profissão
é fotógrafo, possuo formação acadêmica
e, no momento, estou concluindo pós-
graduação em Arte e as Perspectivas
Contemporâneas. Os meus maiores
desafios são administrativos, já que no
início eu não sabia contabilizar o caixa,
os orçamentos e os lucros. Porém, tenho
aprendido muito e estou percebendo
nos últimos meses o resultado positivo”,
destaca Celso.
Para o presidente do Núcleo de
Eles identificam oportunidades no dia-a-dia e procuram dar início a uma carreira profissional promissora
�����������������CRICIÚMA
Mais que jovens,são empreendedores
www.acicri.com.br | 43
Inaugurado em novembro de 2009,
no Saikoo Sushi Bar o protagonista só
poderia ser o próprio sushi. Porém, são
várias opções desde buffet a kilo, festival
de sushi e à la carte, incluindo também
pratos quentes como o Yakissoba, Tepan
Yaki, e opções de entradas como ostras
gratinadas e empanados de frutos do mar.
Laís explica que devido à especificidade
da culinária, o custo de mercadoria de
um restaurante japonês chega a ser
cinco vezes mais alto quando comparado
aos ingredientes tradicionais. “Como,
por exemplo, o vinagre e o arroz. Sem
contar os insumos principais, os peixes,
que possuem forte volatilidade em sua
disponibilidade”.
Em busca de melhorias e do
aperfeiçoamento, a interação com os
clientes também são essenciais para a
jovem empreendedora. Em horários de
maior movimento, o restaurante chega a
atender 100 pessoas. “As pessoas foram
sempre muito queridas e receptivas.
Desde quando inauguramos, sempre
tivemos clientes que procuram nos dar
Ingredientessaudáveis
Jovens Empreendedores de Criciúma – AJE,
Eduardo Zini, enfrentar o mercado cada vez
mais competitivo é um desafio diário e que o
sucesso vai além do diploma no currículo. “A
cada dia, milhares de jovens são lançados
no mercado e enfrentam muitas dificuldades
em obter oportunidades de trabalho que lhe
possibilitem uma carreira promissora. Frente
a essa situação, cresce muito o número de
jovens que encaram o desafio de ter a sua
própria empresa e aproveitam o fato de terem
acesso fácil a informações com a facilidade
em quebrar paradigmas para conseguirem
inovar e se destacar no mercado em que
atuam”, pontua Zini.
Para Laís, a competitividade faz
parte do processo e não somente para
a nova geração, sendo importante o
aperfeiçoamento constante por meio de
cursos, consultorias, coachings e palestras.
Saber exercer uma boa liderança diante da
equipe composta por 15 colaboradores
é seu maior desafio. “Fico impressionada
com a quantidade de jovens que vêm se
destacando no mercado de trabalho. Mas
vejo que os jovens estão tirando de letra esta
competitividade. É imprescindível, porém, a
diferenciação do velho, buscando novos
atrativos, meios mais modernos, e grande
interação com o público”.
Laís também conta com o auxílio da sócia e mãe, Miriam Teresinha Soratto
dicas para melhorar nossos processos
e contam sobre restaurantes japoneses
que já foram mundo afora. Já tivemos,
inclusive, clientes que trouxeram receitas
de ótimos pratos para incluirmos aqui”,
finaliza Laís.
44 | Liderança Empresarial
O Brasil encerrou o ano de 2012
contabilizando resultados acima do
esperado para a venda de automóveis
e comerciais leves, acima também do
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
Totalizando 3.634.421 unidades vendidas,
no comparativo com 2011 significa
crescimento de 6,11%, de acordo com a
entidade que representa mais de sete mil
concessionários de veículos no Brasil, a
Federação Nacional da Distribuição de
Veículos Automotores – Fenabrave.
E para iniciar o ano de 2013, quando
considerados os emplacamentos por
região durante a primeira metade de janeiro,
o Sul ocupa a segunda posição do ranking
com 20,42% da parcela de automóveis e
comerciais leves, atrás apenas da região
Sudeste com 48,17%. Os números positivos
são consequências de incentivos do
governo brasileiro durante o ano passado,
com a redução máxima nas alíquotas do
Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI), as taxas de juros, as margens e
liberação de compulsórios, medidas estas
adotadas com o intuito de reverter a curva
negativa apresentada no início de 2012.
Após o recorde de vendas, o retorno
gradual das alíquotas de IPI para os
veículos leves foi anunciado, porém o
governo decidiu seguir com a mesma
redução até o fim de 2013, evitando assim
uma ruptura no crescimento das vendas
de veículos. De acordo com o presidente
da Associação Nacional dos Fabricantes
de Veículos Automotores (Anfavea),
Cledorvino Belini, as projeções de alta são
de 3,5% a 4,5% para as vendas internas.
Entre os municípios que compõem
a Associação dos Municípios da Região
Carbonífera – Amrec, os cinco primeiros
colocados em um ranking de frota de
veículos em 2012, de acordo com o
Departamento Estadual de Trânsito de
Santa Catarina - Detran, foram Criciúma,
que fechou o ano com uma frota 127.301
veículos; seguido das cidades de Içara
– incluindo Balneário Rincão – (37.943);
Orleans (15.618); Forquilhinha (15.265) e
Urussanga (14.898). O destaque fica para a
intensa procura por carros zero quilômetro
durante o final de 2012 e às projeções de
crescimento das concessionárias também
para 2013, mesmo com o retorno original
do IPI.
De acordo com o superintendente
do Grupo Jugasa (marcas Fiat e GM),
Claudenir Pires da Silva, além dos incentivos
do governo, o aumento das ofertas de
trabalho, a melhora do poder aquisitivo do
povo brasileiro e a facilidade de crédito são
fatores que contribuíram para o saldo positivo
nas vendas. E a região da Amrec tornou-se
referência no segmento de veículos novos e
seminovos devido a dois principais fatores.
“A região é uma potencialidade porque os
consumidores cuidam muito bem de seus
carros, o que prolonga a vida útil, além de
existirem três principais grupos muito fortes,
que disputam a queda dos preços entre si
para se destacarem diante da concorrência.
E quem ganha é o consumidor com preços
cada vez mais acessíveis”, destaca.
�����������������CRICIÚMA
Recorde de vendasimpulsiona setor automobilísticoSetor projeta crescimento para 2013 após decisão do governo de seguir com as alíquotas reduzidas para o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis
FROTA DE VEÍCULOSNOS MUNICÍPIOS - 2012
Criciúma127.301 veículos
Orleans15.618 veículos
Forquilhinha15.265 veículos
Urussanga14.898 veículos
TOTAL211.025 veículos
Içara (incluindo Baln. Rincão)
37.943 veículos
Fonte: Detran SC
Mercado regionalaquecido
A notícia positiva para consumidores
que não adquiriram veículos com o IPI de
2012 é que ainda há tempo para garantir
os preços mais baixos. O gerente
comercial da Gendai Veículos (Honda),
Leandro de Souza Pelegrin, ressalta que,
principalmente, no primeiro trimestre do
ano as concessionárias intensificam os
trabalhos com o estoque. “Esta época,
pós festas de final de ano, que deveria
ser de baixa nas vendas, mantém
assim uma boa procura pelos clientes.
Estamos falando de veículos fabricados
em 2012, mas que são modelos 2013,
com descontos de até quatro mil reais
em relação ao carro faturado em 2013
e consequentemente com o valor do
IPI original. E ao final de um ano, por
exemplo, o veículo do estoque estará
valendo o mesmo que o carro faturado
em janeiro que foi adquirido com o IPI
maior”, explica o gerente.
ESTOQUE AINDA GARANTE PREÇOS MAIS BAIXOS
O gerente de vendas da concessionária
Bourbon (Peugeot), Eduardo Nascif,
complementa que o carro passou a
ser uma necessidade básica da família
brasileira, então mesmo com o aumento
do IPI, em janeiro, existe uma projeção de
crescimento para todo o ano de 2013. “O
automóvel se tornou o sonho de consumo
de qualquer pessoa. O poder de ir e vir
no momento em que se deseja, com
comodidade e sem depender dos outros
é o maior atrativo”, destaca.
COMO FICA O IPI
1.0
1.0 a2.0
(gasolina)
7%
11%
13%
8%
0%
5,5%
6,5%
1%
2%
7%
8%
2%
2%e não mais 3,5%
7%e não mais 9%
8%e não mais 10%
2%e não mais 8%
COMERCIAISLEVES
início 2012 final 2012 jan - mar 2013 até o fim de 2013
1.0(flex)
3.634.421unidades vendidasno Brasil em 2012
Fonte: Fenabrave continua
46 | Liderança Empresarial
O Grupo Kolina possui unidades em Criciúma, Tubarão, Imbituba, Braço do Norte e Blumenau com a marca Volkswagen e unidades em Araranguá, Tubarão e Braço do Norte com a marca Chevrolet. De acordo com o gerente de vendas especiais da unidade de
Criciúma, Marcio Oliveira, nos últimos três meses de 2012 houve um crescimento de 20 a 30% nas vendas Volkswagen em comparação a 2011. Os veículos mais procurados foram Gol, Fox e Voyage, e a expectativa de crescimento na loja para 2013 é de 5%.
A unidade de Criciúma contabiliza maior número de vendas para os carros populares e um crescimento de 21% em 2012 para os veículos novos e seminovos em relação a 2011. O Novo Uno e o Mille são os campeões de vendas de 2012 e a expectativa junto às montadoras é altamente positiva até o ano de 2017,
segundo o superintendente Claudenir Pires da Silva. Além de Criciúma, a Unitá Fiat possui unidades em Tubarão, Içara e Laguna. A Fiat anunciou em dezembro de 2012 que bateu recorde anual de vendas no Brasil em apenas onze meses, mantendo-se na liderança do mercado pelo 11º ano consecutivo.
Em relação aos emplacamentos totais em Criciúma, a Bourbon manteve em 2012 uma estabilidade com taxa de 3,1% do mercado, mesma taxa de 2011, de acordo com o gerente de vendas, Eduardo Nascif. Os meses mais movimentados foram junho e outubro e
na unidade de Tubarão foram os meses de agosto e dezembro, sendo que o veículo mais procurado foi o Peugeot 308. A expectativa de crescimento é de 15% a 20% em 2013, com projeção de ótimas vendas para a linha Premium. A Bourbon Peugeot integra o Grupo Jugasa.
O campeão de vendas da marca
Hyundai, em Criciúma, é o lançamento HB20.
Segundo o gerente de vendas, André Savi
Darós, a concessionária deixou de trabalhar
com veículos importados, sendo que as
vendas atualmente são exclusivas para o
lançamento nacional da marca. “Estamos
com um volume de vendas fantástico, ainda
mais se tratando de um carro com pouco
tempo no mercado”, comemora. Após
o lançamento, em outubro, o número de
vendas da unidade dobrou e a expectativa
é de maior crescimento para os próximos
meses, com o lançamento do HB20 X e do
HB20 Sedan. O Grupo possui unidades em
Criciúma, Tubarão e Araranguá.
A retomada de alguns produtos de 2010; a
superação de fenômenos naturais ocorridos no
Japão e na Tailândia que abalaram a marca; as
renovações de algumas frotas e os incentivos
do governo contribuíram significativamente para
o crescimento das vendas em 2012, segundo
o gerente comercial da unidade Honda, em
Criciúma, Leandro de Souza Pelegrin. “Em 2012
e no mercado nacional, a Honda cresceu 45%.
Somente na Gendai de Criciúma o crescimento
foi de 66% quando comparado a 2011. O
Civic, modelo mais antigo da marca, é nosso
destaque e representa 45% do total das vendas
aqui no município”, pontua. Além de Criciúma, o
Grupo possui unidade em Tubarão e showroom
em Araranguá.
GRUPO KOLINA
UNITÁ FIAT
BOURBON PEUGEOT
ATUAL VEÍCULOS
GENDAI VEÍCULOS
por Davi Frederico do Amaral DenardiProfessor do curso de
Design Gráfico da Faculdade Satcdavi.denardi@portalsatc.com
O sucesso das empresas já não está mais na competência em vender um produto, mas na capacidade de estabelecer
relacionamentos e fazer parte das comunidades.
A ideia de cliente está se modificando rapidamente, e as empresas que estão tendo sucesso são aque-las que estão tratando seus clientes como pessoas
e não como consumidores.No início da industrialização, o foco do processo de
produção estava no atendimento das demandas de mer-cado. Havia pouca oferta de produtos e as empresas tinham sucesso quando conseguiam produzir em quanti-dade suficiente para atender essas necessidades.
Com o aumento do número de indústrias e o esta-belecimento de concorrências, o fator crítico de sucesso passou a ser as tecnologias de produção. Redução de custos, velocidade de produção e distribuição passaram a ser cruciais no sucesso das empresas.
Com o emparelhamento tecnológico dos processos industriais, o sucesso passou a ser das empresas que conseguiam identificar desejo de consumo e comunicar bem, convencendo seus clientes de que seus produtos de fato eram capazes de atender a esses desejos.
Com a saturação desse período de comunicação,
em muitos casos pautado mais por promessas do que por qualidade, o sucesso migrou das empresas que pro-metem mas têm dificuldade em satisfazer desejos, para as empresas que conseguiam estabelecer um equilíbrio entre promessa e realização, entre criação do desejo e a satisfação dele.
Assim, pode-se considerar que até hoje o sucesso estava relacionado de alguma forma com o consumo, com uma relação de desejo e satisfação. Mas esse pa-norama está mudando rapidamente. As pessoas não querem somente consumir, mas fazer parte de um pro-cesso amplo de mudança.
O processo de globalização fez com que as pessoas se vissem como parte de comunidades, ora globais, ora locais, e, em função disso, as preocupações passaram de uma perspectiva particular, da mera satisfação de de-sejos, para um ponto de vista comunitário. Já não se tra-ta de consumir, mas de consumir com responsabilidade.
As pessoas já começam a notar os efeitos de suas práticas de consumo em suas comunidades e no mundo
ConsumidoresouPessoas?
48 | Liderança Empresarial
como um todo. Elas são voluntárias em processos de coleta seletiva, em ações de redução do consumo de energia elétrica, de rodízios de automóveis para diminuir a poluição do ar, e elas vão valorizar as empresas que têm o mesmo cuidado.
Além disso, elas já se deram conta de que o proces-so de comercialização é uma via de mão dupla, e que a compra de um produto não satisfaz apenas o desejo do cliente, mas contribui com o crescimento das empre-sas.
Assim, elas não querem mais ser o ponto final da cadeia, a ponta do proces-so, mas fazer parte da equipe, e com isso, demandam respeito, atenção e afeto. Elas querem fazer parte das decisões empresariais, querem discutir e compartilhar a visão das corporações. Elas se deram conta de que são seres humanos, e querem que as empresas o tratem como tal.
Por isso, estreitar relacionamentos, através de canais de comunicação efetivos e próximos (como as mídias sociais) e demonstrar responsabilidade com as comuni-dades (através de ações sociais e ambientais) são hoje os fatores críticos de sucesso.
Mas não basta simular o relacionamento e nem mas-carar ações de cunho social, é preciso incorporar em todos os níveis empresariais a cultura do respeito (ao
cliente) e da responsabili-dade (com a comunidade) para que se possa fincar pé na sociedade atual e estar preparado para os novos paradigmas.
A prática do consumo vai sempre existir, porque as pessoas precisam de recursos para realizar seus sonhos e desejos, mas cada vez mais os próprios sonhos e desejos se tornam mais importantes que os meios para realizá--los. As pessoas consomem porque querem e precisam, mas são essencialmente pessoas, não consumidores.
diagramação:Laboratório de Orientação em Design
ilustração:Jan Raphael Reuter Braun
Já não se trata de consumir, mas de consumir com
responsabilidade.
“ “
revisão:Cláudio José Toldo (SC0640JP)
www.acicri.com.br | 49
50 | Liderança Empresarial
Fenafashion traz o mundo da moda para Criciúma
Representatividadena região
����������������� ���CRICIÚMA
A região Sul Catarinense é um importante
pólo produtor de moda do país. São
mais de 1000 indústrias do segmento
de confecção de artigos do vestuários,
máquinas e equipamentos e serviços.
O setor gera mais de 10 mil empregos
diretos e produz mais de R$ 2 milhões de
peças por mês, faturando R$ 1,5 bilhão ao
ano. A participação do mercado nacional
da moda, destaca-se principalmente na
produção de jeanswear, modinha, moda
praia, surfwear, fitness, street, moda
casual, clássica e moda íntima, aliada a
alta qualidade e tendências.
Depois do sucesso da feira Sul Metal
Mineração, Criciúma já espera centenas de
milhares de visitantes para a Fenafashion,
Feira Nacional para a Indústria da Moda. O
evento que acontece dos dias 23 a 26 de
julho deste ano, no pavilhão de exposições
José Ijair Conti, é o 1º no segmento aqui no
Sul de Santa Catarina e espera mais de 10
mil visitantes qualificados, já que a feira é
para o setor fabricante, um evento completo
para quem fornece e cria moda.
Mais uma produção da Fama Feiras, a
Fenafashion surgiu da necessidade de criar
um estreitamento entre o fornecedor de
insumos para a confecção do vestuário e o
produtor. De acordo com a coordenadora
do evento, Fabíola Taraskevicius, a Fama
Feiras produz eventos profissionais de
negócios em um segmento diferenciado.
“Nós queremos proporcionar ao produtor e
o fornecedor, um encontro de indústria com
indústria. Em nossas pesquisas prévias,
percebemos que muitos confeccionistas
trabalham com fornecedores de São
Paulo, justamente porque não conhecem
empresas daqui que oferecem insumos
básicos para a confecção”, explica.
O evento espera reunir 150 marcas e já
está com mais de 2 mil metros quadrados
de área comercializada. Além de empresas
da região de Criciúma, outras regiões do
estado, Rio Grande do Sul e São Paulo
também estarão presentes. “Vamos criar um
intercambio de informações nos quatro dias
de feira. Aproximar quem vende de quem
compra, mais de 40% das empresas vem
de fora”, revela.
Na lista de expositores, nomes de
empresas regionais também se destacam.
A proprietária da Botões e Botões,
de Criciúma, Irene Serafim, buscou
novidades e deverá trazer para a
Fenafashion, a tendência também
dos botões. “Vou buscar as últimas
tendências em Las Vegas, mas pelo
o que eu já vi em algumas coleções,
os botões dourados estarão em
alta e aqueles com cristais e spikes
também continuarão em alta”,
comenta a empresária.
Irene garante que vai chamara a
atenção do público no evento, além
de levar o que há de novo no universo
deste adereço tão importante na
roupa, a Botões e Botões investirá
em um estande com muito glamour.
“Eu costumo criar vitrines diferentes
para a minha loja e assim também
pretendo fazer no estande. Participei de
outro evento no ano passado e o nosso
estande era um dos mais bonitos, todos
paravam para olhar e até tirar fotos.
Vamos usar a criatividade e montar
o estande também nesse estilo na
Fenafashion”, declara Irene.
Outra indústria que já está com
presença confirmada na Fenafashion é a
D´Porto Estamparia. A empresa que tem
80% dos clientes na região Sul do estado,
atende também o norte e Rio Grande do Sul.
Para o diretor presidente, Daniel Serafim, a
feira abrirá um leque de oportunidades. “É
a primeira vez que vamos participar de uma
feira neste porte. É uma oportunidade muito
boa para o segmento. Já comentamos
outras vezes que Criciúma precisava deste
tipo de encontro entre o fornecedor e o
confeccionista”, comenta.
Empresas interessadas em reservar
estande ou mais informações pelos
telefones: (48) 34334003/ 84569804/
99010170 ou pelo e-mail:
reservas@famafeiras.com.br
Evento espera receber mais de 10 mil visitantes qualificados para a maior Feira Nacional para a Indústria da Moda no Sul
2013 – Um ano importante para o Design em Criciúma����� ��!�� "�� � �� COORDENADOR DO CURSO DE DESIGN, COM ÊNFASE EM PROJETOS DE PRODUTOS DA UNESC
Se em algumas empresas da região Sul de
SC, o Design já foi incorporado como estratégia
de diferenciação e melhoria da qualidade
de seus produtos no mercado, a nível
acadêmico,2013 se afirmará como um marco:
no início do mês de abril será inaugurado na
UNESC o LabDesign, Laboratório de Simulacão
de Modelos, com aproximadamente 290m2 de
área construída. Mais especificamente, este
laboratório de simulação de modelos terá como
objetivo a viabilidade física de novas propostas
de desenvolvimento de produtos, local onde
projetistas e técnicos tornam concretas idéias
inovadoras e soluções de problemas ,
resultantes de um processo de investigação
projetual.
A aproximação com a realidade produtiva
é parte determinante do currículo das escolas
de design, desde que a escola alemã Bauhaus
foi fundada em 1919 e até hoje influencia a
formação pragmática e profissional. Gropius,
arquiteto e primeiro diretor da escola, queria
unir os campos da arte e artesanato, criando
produtos altamente funcionais e com atributos
artísticos. Tratava-se de uma verdadeira escola
oficina, onde os vários ateliers se ocupavam
de áreas específicas, como metal,cerâm
ica,vidro,madeira,etc. A escola chegou a
desenvolver produtos que ainda hoje estão
disponíveis no mercado e deveriam subsidiar
as despesas da instituicão. Infelizmente a 2ª
Guerra interrompeu estes propósitos.
O LabDesign da UNESC reunirá em um
único espaco as máquinas que realizam
diversas operacões . Deverá permitir
também a experimentacão de materiais
e o desenvolvimento das habilidades de
representacão através de modelos, etapa
que antecede a prototipagem, reduzindo
possíveis equívocos de projeto e minimizando
riscos de futuros fracassos em termos de
produtos. Paralelamente, com o uso de
software de modelagem 3D, será possível
criar modelos resultantes de elaboracão
virtual. Este mesmo software hoje é utilizado
nas escolas européias de design e irá facilitar
o intercâmbio de informacões e profissionais
com diversos países. Um dos convênios em
andamento será com a Escola de Design de
Avellaneda, na Argentina.
Estes conhecimentos não serão
exclusivos dos futuros designers do Curso
mas serão oferecidos na forma de breves
cursos de extensão para profissionais que já
estão atuando na indústria, disseminando o
uso do novo software, já experimentado nas
escolas de Barcelona e Milão.
Os modelos de produtos auxiliam também
o marketing: podem facilitar a verificacão da
aceitabilidade dos produtos no mercado,
antes mesmo dos pesados investimentos
na fase de ferramentaria. O futuro usuário
conseguirá visualizar e manusear um produto
ainda em fase de estudo de viabilidade. Com
menos riscos para os fabricantes, o processo
projetual irá adquirir maior relevância na
concepcão de produtos , atendendo melhor
as espectativas, desejos e necessidades dos
consumidores. O espaco do Labdesign será
compartilhado com os cursos de Engenharia
de Materiais e Engenharia Mecânica na busca
permanente da inovacão tecnológica.
Parceria entre PM e empresas gera vigilância interativa
A Polícia Militar mantém um trabalho em
parceria com as empresas que tem gerado
resultados positivos para as duas partes.
O serviço é chamado vigilância interativa
e permite que a empresa seja incluída em
rondas diárias da Polícia Militar.
O projeto inicia com o treinamento dos
vigilantes sobre a sistemática da ronda, que
acontece diariamente entre as 22 e seis da
manhã. Nesta ronda o Policial mantém uma
comunicação diária com o vigilante, que
também informa sobre possíveis suspeitas
ou ocorrências da noite. Com base neste
relacionamento a Polícia cria uma rede
que tem como principal ponto positivo a
prevenção aos delitos contra empresas.
O serviço de vigilância Interativa não
possui custos para as empresas é e
considerado estratégico para a PM, pois
permite reduzir e antecipar as ocorrências
ligadas a este segmento da sociedade.
Atualmente mais de 20 empresas
aderiram ao sistema em Criciúma. O
objetivo é fazer com que mais empresários
treinem seus vigilantes para aderir às
rondas.
A parceria com a comunidade também
pode acontecer no âmbito residencial.
Neste caso incluiriam os guardas de
condomínios. Estes profissionais também
se transformam em aliados a polícia,
notificando casos e ajudando a prevenir
ocorrências.
As empresas e condomínios
interessados em aderir a estes projetos em
parceria com a PM podem contatar com a
ACIC ou com o próprio comando da Polícia
Militar em Criciúma.
As empresas de Criciúma que possuem vigilantes próprios podem aderir ao
projeto de vigilância interativa, implantado pela Polícia Militar no ano passado. Aqueles
estabelecimentos que possuem vigilante no período das 22 às 6 horas da manhã devem
fazer contato com a ACIC ou diretamente com a Polícia Militar. O primeiro passo é o
treinamento do vigilante com quatro horas/aula.
Após esta etapa inicia o trabalho de ronda diária feita pela PM, que colhe a assinatura
do vigilante, que comprova a ronda. De acordo com o Comandante do 9º BPM, Coronel
Márcio Cabral, esta ronda visa criar uma relação de confiança entre o profissional da
vigilância, que informa sobre situações suspeitas que possam acontecer durante o seu
turno. Com isso a ronda permite a prevenção dos delitos.
Atualmente 20 empresas já participam do programa. Este projeto é uma parceria da
Polícia Militar com as empresas, sem nenhum custo.
52 | Liderança Empresarial
CONDOMÍNIOS
O que é
Como funciona
Quem participa
������������ �����CRICIÚMA
FAZER O BEM É UMA QUESTÃO DE ESCOLHA...
... e destinar parte do Imposto de Renda ao Bairro da Juventude também
O esporte e o lazer são ferramentas de
transformação social, pois através deles as
crianças e adolescentes conseguem trabalhar
fatores como a coordenação motora, espírito
de equipe, criatividade, disciplina e autoestima.
Pensando nisso, o Bairro da Juventude
sempre busca fazer a diferença e se inclui em
projetos e ações que tem como foco trazer
oportunidades e bem-estar para os alunos.
O apoio da comunidade e do empresariado
se torna fundamental para que os objetivos
da Instituição também sejam alcançados.
Através do Projeto “Esporte e Lazer”, incluso
na Lei de Incentivo ao Esporte, as pessoas
físicas e jurídicas podem se tornar parceiros
do projeto, pois estas deduções não excluem
nem reduzem outros incentivos fiscais.
O Projeto “Esporte e Lazer” vai propiciar
atendimento a 690 crianças e adolescentes,
com idades entre 6 e 14 anos, que se
encontram em situação de vulnerabilidade
social. “Diversas práticas esportivas serão
disponíveis a esses alunos, sempre no
contraturno escolar para que os mesmos
possam utilizar o esporte como mais uma
oportunidade de aprendizado”, observa a
diretora executiva do Bairro da Juventude,
Sílvia Regina Luciano Zanette. As modalidades
esportivas oferecidas pelo projeto são futebol
de campo, futebol de salão, judô, tênis de
campo, tênis de mesa, vôlei e xadrez.
No caso de pessoas jurídicas é possível
contribuir por meio da Lei de Incentivo
como forma de doação ou patrocínio, no
valor de até 1% do imposto total anual sem
qualquer ônus para a empresa, desde que
tenha base de cálculo pelo lucro real. Já as
pessoas físicas, que fazem a declaração
do imposto de renda na forma completa,
podem doar 6% do imposto de renda
devido.
Segundo o proprietário da Radar, José
Altair Back, uma das empresas que colabora
com o Projeto Esporte e Lazer, o processo
de doação é muito tranquilo e todo ele é feito
pelo contador da empresa. “Este projeto é
uma ótima oportunidade para as empresas
saberem onde o seu imposto está sendo
investido. Incentivar os projetos do Bairro
da Juventude é ter certeza que o dinheiro
será bem utilizado e beneficiará crianças e
adolescentes da nossa região”, revela Back.
O depósito do Projeto “Esporte e Lazer”
pode ser feito diretamente nas agências do
Banco Brasil, na conta destinada ao projeto:
Agência: 3226-3 , Conta corrente: 16310-4.
Mais informações pelo e-mail: nei@
bairrodajuventude.org.br ou pelo telefone
(48) 3403-2700.
Além do acesso ao esporte, o Projeto
também vai oferecer às crianças e
adolescentes acompanhamento escolar,
reforço alimentar, serviços de saúde,
orientação sociofamiliar e ações que
promovem o civismo e a cidadania.
COMO SE TORNAR PARCEIRO DO “ESPORTE E LAZER”?
www.acicri.com.br | 53
#�������������CRICIÚMA
Paulo Bens amplia parcerias e negócios no Sul
54 | Liderança Empresarial
Mais de dez mil empregos diretos
gerados em diversos segmentos, a partir de
uma carteira que ultrapassa a marca de 100
clientes e cerca de 500 milhões de reais de
créditos liberados por meio do sistema de
créditos financeiros imobiliários. No intuito
de auxiliar os empresários do Sul de Santa
Catarina para a realização de seus projetos,
construção de novas indústrias, empresas e
pavilhões comerciais, a Paulo Bens Consórcios
completou 12 anos de atuação como único
representante autorizado da Rodobens
Consórcio no Sul de Santa Catarina.
Conforme o bacharel em Direito e
empresário, Paulo Bens, as parcerias
acontecem a partir dos esforços em oferecer
as melhores opções de consórcios e taxas
cada vez mais competitivas. “Buscamos
parceiros sólidos e que também estejam
comprometidos, principalmente, com
o município de Criciúma. Assim, nossa
participação vai do começo ao fim,
viabilizando desde o projeto de construção
de um empreendimento, por meio da
legalização da documentação e dos
aportes financeiros, até a efetiva construção
do pavilhão industrial”, destaca Paulo.
De acordo com o advogado e agente
da Propriedade Industrial credenciado no
Instituto Nacional de Propriedade Industrial
(INPI), Silvio Caetano, a parceria com o
Paulo Bens /Rodobens foi fundamental para
que o projeto da nova sede da Anel Marcas
e Patentes e Virtualiza Agência Interativa
saísse do papel. “Até então tínhamos apenas
um projeto e o desejo de realizar esta obra
que representará um grande passo no
nosso crescimento. Diante de todas as
opções de crédito disponíveis no mercado,
foi o Paulo Bens quem nos ofereceu a
melhor consultoria, com taxas realmente
atrativas, além de uma vantajosa agilidade
em todo o processo para a obtenção do
financiamento”, destaca Silvio.
Há 12 anos no mercado, empresário é referência em consórcio imobiliário em Santa Catarina
www.acicri.com.br | 55
Cada vez mais preocupada com a
valorização da qualidade de suas estruturas,
a fim de garantir a excelência de produtos
e serviços e o bem estar no ambiente de
trabalho, a Pedecril Solid Surfaces está
construindo uma nova fábrica, com entrega
prevista para 2014. A localização estratégica,
no Anel Viário de Criciúma, bairro Linha
Batista, irá facilitar a logística da empresa,
contando com novos maquinários,
ampliação da produção e redução do
tempo de conclusão dos pedidos.
De acordo com o fundador da Pedecril,
Célio Brogni, “a parceria com a Paulo Bens/
Rodobens chegou junto ao novo momento
da empresa, compartilhando com todas as
possibilidades de crescimento. E o Paulo
Bens é um grande empreendedor com
visão que tem acompanhado o crescimento
de nossa cidade e região”, destaca. O
novo layout da Pedecril conta ainda com
circulação interna e externa planejadas
para deduzir o trajeto dentro da empresa,
conforto acústico com redução de ruídos,
e soluções sustentáveis como tratamento
e reutilização de toda a água utilizada na
produção.
Aos 54 anos de idade e ainda com
uma extensa rotina de trabalho, Paulo Bens
acredita que o sucesso é resultado de
muito esforço e de ações transparentes.
“O empreendedor de verdade tem que
ser sério e muito trabalhador, porque não
existe sucesso de graça. Na velocidade
em que se pode crescer, também é
possível desaparecer. E estamos no
mundo para fazer história”, pontua.
O desempenho nas vendas e a
intensa satisfação de seus clientes,
considerado, portanto, um agente do
desenvolvimento regional e um parceiro
fiel do empresário, resultaram a Paulo
Bens a sétima premiação no Programa
Qualy Representações, da Rodobens, no
final de 2012.
A avaliação do Programa Qualy
envolve o número de vendas, de entregas
e pontualidade de cobrança, sendo que,
atualmente, Paulo é considerado um
representante com titulação Diamante,
consolidando-se como um consultor
com ampla experiência, inovação no
atendimento e de credibilidade.
Silvio complementa que é importante
que as empresas da região conheçam
os serviços da Paulo Bens, pois trata-se
de um facilitador para o desenvolvimento
da economia do Sul. “O Paulo Bens é um
profissional que conhece muito bem o
mercado, e isso é um grande diferencial,
pois pode oferecer soluções que se
ajustem perfeitamente às necessidades
das empresas do sul do Estado. O
comprometimento e seriedade com que
lidou com o nosso projeto foi determinante
para que a parceria fosse firmada com
êxito”, explica.
Há mais de uma década no mercado
da comunicação digital, a Virtualiza
Agência Interativa possui uma carteira
de clientes que abrange todo o Sul,
envolvendo diversos perfis de empresas
e projetos. Fundada em 2001, em
Criciúma, a Anel Marcas e Patentes atua
com o propósito de fomentar a cultura da
proteção da propriedade industrial das
empresas da região.
UM MOMENTOPARA CRESCER
UM EMPREENDEDOR
A parceria com a Paulo Bens foi de grande
importância, uma forma de financiar meu
empreendimento de uma maneira rápida e justa em
que minha empresa pudesse honrar. A maior prova
disso é minha obra com 4.402 m² feita em apenas
11 meses, sendo que já estamos negociando outro
empreendimento de grande porte. Obrigado ao Paulo
Bens por acreditar e apoiar a realização de um sonho
Fernando Serafim Marcello,proprietário Sisos Hall
As pequenas e médias empresas e a Governança Corporativa
Moair Barcelos
A globalização tem tornado o ambiente
de negócio das empresas cada vez mais
complexo e competitivo, exigindo por parte das
mesmas a busca permanente por melhorias
na gestão. Os desafios constantes de gerar
resultados baseados em princípios sólidos de
valores têm sido o principal paradigma a ser
rompido pelas administrações. Tais princípios,
necessariamente precisam ser percebidos
por todas as pessoas envolvidas nos
processos empresariais, de modo a agregar
o valor necessário a dar sustentabilidade aos
negócios.
Governança Corporativa é o sistema
pelo qual as empresas são dirigidas e
monitoradas, envolvendo os relacionamentos
entre Acionistas e/ou Cotistas, Conselho
de Administração, Diretoria, Auditoria
Independente, Auditoria Interna e Conselho
Fiscal, além de outras ferramentas como
o Planejamento Estratégico, Sistema
Orçamentário e outros.
Neste sentido, as Pequenas e Médias
Empresas (PME’s) disputam com as Grandes
Corporações a participação de mercado
e, para tanto, precisam se aculturar com as
Ferramentas de Governança Corporativa, a
fim de adotarem planos estratégicos bem
definidos e, assim, melhor se posicionarem
às necessidades do mercado.
O mundo tem convivido com crises
conjunturais de toda ordem, e recentemente
passou por período bastante turbulento em
virtude da crise financeira iniciada nos Estados
Unidos em 2008. Este fato, já bastante
dissipado, e outros de natureza política
e econômica, têm levado as empresas
a revisarem seus planejamentos futuros
com bastante otimismo e perspectivas,
haja vista a recuperação prevista pelos
mercados assolados pela crise e o potencial
de crescimento dos países emergentes,
particularmente o Brasil, que, aliado a
estabilidade política e econômica, está
o fortalecimento do mercado interno
alavancado pelos megaeventos da Copa
do Mundo de Futebol da FIFA e os Jogos
Olímpicos, previstos para 2014 e 2016,
respectivamente.
O aumento do nível de competitividade
para os próximos anos exigirá que as
Pequenas e Médias Empresas revejam seus
Modelos de Gestão, principalmente, quanto
às ferramentas a serem utilizadas para que
possam ter visão de futuro, planejamento,
gerenciamento consistente, equipe
comprometida e inovadora e capacidade para
mudanças bruscas nas suas estratégias.
Portanto, o cenário, que numa primeira
leitura parece ser de dificuldades para
as Pequenas e Médias Empresas, tendo
em vista suas limitações gerenciais é, na
verdade, uma ampla oportunidade das
mesmas se reaparelharem gerencialmente,
exatamente para fazerem das dificuldades,
oportunidades para crescerem sob todos os
aspectos operacionais.
Com vista a entender o grau de utilização
de Ferramentas de Governança Corporativa
pelas Pequenas e Médias Empresas, realizei,
recentemente, pesquisa neste sentido
junto as mesmas, de modo a permitir a
identificação do modelo de gestão utilizado e
propor alternativas viáveis e compatíveis com
suas realidades, que permitam às mesmas
melhor se estruturarem para os desafios,
ameaças e oportunidades que encontrarão
nos próximos anos.
56 | Liderança Empresarial
80%
70%
20% 35%
60% 65%
são Sociedades por Quotas de Responsabilidade Limitada
da cultura societária é a de Empresa Familiar
correspondem a empresas de pequeno porte
Números da pesquisa:
ainda não implantaram qualquer tipo de ferramenta de Governança Corporativa
correspondem a empresas de médio porte
já adotam algum tipo de ferramenta de Governança Corporativa
A seguir, os resultados obtidos do Questionário aplicado aos Administradores, Controllers ou Contadores das Empresas pesquisadas, respectivas análises, bem como a Conclusão.
Das empresas participantes, 80,0%
delas são Sociedades por Quotas de
Responsabilidade Limitada, demonstrando,
assim, o pouco interesse por Sociedades
Anônimas, que exigiriam a adoção de
maior número de Ferramentas de Gestão,
sobretudo as de cunho estatutário e legal.
Constatou-se através dessa análise que
a cultura societária predominante ainda é a
de Empresa Familiar (70,0%), característica
das empresas com baixo índice de utilização
de Governança Corporativa.
Do universo das empresas pesquisadas,
80% estão inseridas no propósito da pesquisa,
uma vez que 20% correspondem a empresas
de pequeno porte, de acordo com o critério
adotado nos seus respectivos seguimentos,
e 60% são de médio porte.
O Capital das empresas pesquisadas
é predominante Brasileiro, pois representa
95%.
50% das empresas pesquisadas faturam
anualmente acima de R$ 50 MM.
A contribuição social das Pequenas e
Médias Empresas é bastante expressiva, uma
vez seus quadros de pessoal, na maioria,
contempla mais de 100 Colaboradores,
mostrando, assim, a grande contribuição das
PME’s para a empregabilidade do País.
O nível de formação dos Administradores
ainda é relativamente baixo, uma vez que
45,0% deles possui o Ensino Fundamental
ou Médio, enquanto que 40,0% encontram-
se graduado ou graduando-se. Apenas
15% deles possuem formação após a
graduação.
A maioria das empresas consultadas
já aplica algum tipo de ferramenta, embora
de maneira isolada e descoordenada, pois
20,3% já possui alguma forma sistêmica
de informações gerenciais, 15,0% já adota
sistema orçamentário e 13,6% já possui
gestão profissionalizada, indicando, de certa
forma, tendências à busca por técnicas que
permitam melhor gerenciamento.
Das empresas consultadas, 35% delas
ainda não implantaram qualquer tipo de
Ferramenta de Governança Corporativa,
indicando, desta fora, que 65% já adotam
algum tipo de Ferramenta.
Das empresas que possuem algum
tipo de ferramenta implantada, a principal
dificuldade encontrada no processo de
implantação foi o desconhecimento da
sistemática de Governança Corporativa
(50,0%) e a falta de apoio da Alta Direção
(15,0%).
É notório os resultados obtidos por parte
das empresas que adotam algum tipo de
ferramenta de Governança Corporativa,
segundo as empresas pesquisadas,
principalmente quanto a velocidade do
processo decisório (32,1%), a assertividade
das previsões (21,4%) e melhoria do clima
organizacional (17,9%).
95% das empresas pesquisadas
concordam que a adoção das Ferramentas
de Governança Corporativa contribui para a
valorização da empresa.
Corroborando com a questão anterior,
90% das empresas pesquisadas acreditam
que empresas que possuem Governança
Corporativa são mais valorizadas.
Da mesma forma, é unânime o
entendimento das empresas pesquisadas
que o processo de Governança Corporativa
gera maior transparência e confiabilidade nas
informações gerenciais.
CONCLUSÃO
SOBRE O AUTOR
Natural de Criciúma, executivo e consultor em gestão empresarial, Moair Barcelos desenvolveu em 2012 o seu Trabalho de Conclusão de Curso de MBA em Direito Empresarial, que resultou em um artigo direcionado a classe empresarial. Graduado em Ciências Contábeis com Pós-Graduações em Controladoria, Direito Empresarial e Auditoria, Barcelos também é Certificado em English Business pela Kaplan International Center de San Francisco, CA, USA.
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As mudanças que vem ocorrendo
nos processos de gestão das grandes
companhias começam a refletir de
maneira efetiva nas Pequenas e Médias
Empresas, até porque a existência da
grande maioria dessas empresas se
dá justamente para atender as grandes
companhias, razão pela qual as PME’s
necessitam se adequar às metodologias
de gestão mais modernas para estarem
alinhadas com suas grandes parceiras.
A pesquisa ora apresentada
demonstra que este movimento já
começa a ganhar musculatura, haja vista
o número de ferramentas implantadas
nas empresas, embora ainda de
pequena proporção. Todavia, sabemos
que o de adoção das melhores práticas
de gestão, impacta diretamente na cultura
dos pequenos e médios empresariados,
exigindo esforço de toda ordem para a
implementação das mesmas.
Outro fato importante que levarão as
Pequenas e Médias Empresas melhor
se aparelharem, sobretudo em relação
às ferramentas de gestão, é exatamente
o movimento governamental com
vistas à modernização do modelo de
fiscalização, cada vez mais automático,
integrado e dinâmico, capaz de
identificar qualquer desvio ou equivoco
por parte das empresas, incorrendo em
ônus e outras consequências. Portanto,
esta é outra grande preocupação das
Pequenas e Médias Empresas que as
levará a se protegerem proativamente
com as ferramentas de Governança
Corporativa.
Outra importante vantagem na
adoção das boas práticas de governança
Corporativa é a valorização que a
metodologia proporciona a Empresa,
além de proporcionar facilidades a novas
parcerias societárias.
Como se constata, ainda há muito que
avançar para atingir um nível satisfatório
de emprego das boas práticas de
gestão. Diante desta constatação, faz-se
necessário alertar as Pequenas e Médias
Empresas sobre os riscos, sejam de
ordem fiscal, econômico e/ou financeiro,
a fim de que as mesmas possam rever
suas posições e encaminharem ações
no sentido da melhoria dos processos e
controles internos, de modo que possam
neutralizar ou eliminar tais impactos.
58 | Liderança Empresarial
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Junta Comercial e o registro de empresas
A formalização do registro das empresas
mercantis catarinenses e a determinação de sua
existência legal como pessoa jurídica acontece
por meio da Junta Comercial do Estado de
Santa Catarina – Jucesc. Em Criciúma, os
serviços da Jucesc ocorrem a partir de um
convênio com a Associação Empresarial de
Criciúma – ACIC, esta atuando como Escritório
Regional, capacitada para atender qualquer
município do estado, mas principalmente os
pertencentes à Associação dos Municípios da
Região Carbonífera - AMREC.
Mas o que seriam os serviços prestados
pela Jucesc? Responsável por conferir
garantia, publicidade, autenticidade,
segurança e eficácia aos atos submetidos
a registro, as atividades desenvolvidas pela
Jucesc são melhor compreendidas quando
comparadas à pessoa física. De acordo
com a analista técnica servidora da Jucesc,
Adriana Bongiolo Casagrande, “assim como
as pessoas físicas devem ser registradas ao
nascer no Registro Civil, onde se inscrevem
todos os atos importantes de sua vida como
o casamento, divórcio e óbito, por exemplo,
também para a pessoa jurídica mercantil foi
instituído um registro público, no caso as
Juntas Comerciais. E para isso há uma Junta
Comercial em cada unidade federativa, com
sede na capital”, explica.
Geralmente os atos levados à registro são
elaborados e entregues à Junta Comercial por
profissionais qualificados como contadores
e advogados, por exemplo. Entretanto,
qualquer empresário interessado pode levar
à Junta os seus atos para registro. Trata-se
de uma vantagem para o empreendedor
com o processo de descentralização dos
serviços da Jucesc, o qual prevê a ampliação
da atuação em todo o estado, com vistas a
melhor atender a demanda dos usuários.
“Foram criados, então, Escritórios Regionais
em cidades reconhecidas como pólo nas
regiões de Santa Catarina, possibilitando que
um processo seja protocolado e deferido
no próprio Escritório Regional. Com este
serviço oferecido em Criciúma, o usuário não
necessita enviar os atos a serem registrados
para a sede da Jucesc, em Florianópolis”,
destaca Adriana.
Os serviços oferecidos pela Jucesc envolvem autenticação de livros mercantis; registro, alteração e extinção de empresas mercantis; emissão de certidões: inteiro teor, simplificada e específica, observando que qualquer pessoa, sem necessidade de provar interesse, poderá solicitar estes documentos; registro e cancelamento de matrícula de leiloeiros, tradutores públicos e intérpretes comerciais, trapicheiros e administradores de armazéns gerais; e proteção ao nome empresarial.
As muitas faces do coaching
O que é coaching?Duas vertentes são encontradas no
Brasil desde a década de 90. Sempre foi
primeiro voltado para a empresa. Descobriu-
se uma forma de fazer o executivo performar,
atingir resultados, que era fazendo
perguntas. Percebeu-se que o executivo
atinge objetivos na vida também, então
pode-se ter coaching de vida pra qualquer
pessoa em qualquer idade. Contanto que
eu que eu tenha a paciência de fazer
as perguntas ao invés de dizer
quais são as respostas. Então
veio como o que a consultoria na
época não oferecia. A consultoria
te diz o que fazer. O coaching te
dá liberdade para que tu escolha
o que fazer e descubra sozinho,
com teus próprios meios.
E onde atua?Hoje temos coaching de vida,
executivo, grávidos e educacional. O
coaching de vida é a o foco principal
para os próximos anos. O coaching
de vida é um mix de ferramentas
de psicodinâmica, neurociências,
relações humanas, comunicação
interpessoal e coaching.
Coaching de vida:No coaching de vida
transformamos em uma metodologia
muito especial, que transformou a nossa
empresa em pioneira em coaching de
vida em grupo no Brasil. A gente faz
coaching executivo humanizado. A
empresa preocupada em quando demitir
o funcionário, garantir que o funcionário vai
estar pronto para essa demissão. Então
oferecer um desligamento consciente para
que essa pessoa possa fazer um projeto
de vida após a saída do trabalho. As
demissões são muito doloridas atualmente
e não precisam ser. Muitas vezes as
pessoas saem de um processo porque o
salário está diferente, aquela competência
não está bem clara, não correspondeu a
personalidade daquela pessoa, ao jeito
de ela ser. Então a adequação profissional
pode ser feita através do coaching executivo
humanizado, que leva em consideração os
objetivos da empresa e da pessoa. Não
tem como fidelizar alguém numa empresa
hoje sem casar os dois objetivos. Você tem
que casar os dois objetivos, da empresa
com o da pessoa, senão você não fica lá.
Coaching para grávidos?Trabalha-se uma equipe de onze
pessoas, desde o obstetra, o consultor de
estilo e imagem, nutricionista, pedagoda,
uma série de pessoas que vive em função
de educar a criança desde a barriga e
preparar os pais para que esta educação
continue.
O coaching é a ferramenta mais eficiente em treinamento de
pessoas?Eu considero que é
muito importante se pegar a
complementariedade de tudo o
que existe para garantir que haja
resultado. Não existe milagre no
processo de coaching. O que eu
considero mais poderoso é o fato
de que eu descubro o meu jeito
de realizar. Então eu descubro
o meu jeito, então tu consegue
realizar sempre.
Agora, é muito complicado
quando a pessoa tem um
objetivo, atinge o objetivo, mas
não está feliz. E isso acontecia,
eu percebia isso no meu início de
trabalho. As pessoas atingiam os
objetivos, conseguiam comprar
um carro, mas não estavam
felizes. Então tem o aspecto
emocional que nunca pode ser
abandonado. Tem coisas que são perdidas
na linha do tempo, que se tu não visitar tu
não vai ser feliz. Por isso o coaching é a
ferramenta muito necessária.
Você trabalha com uma técnica para traçar e atingir resultados. Como
Entrevista com a consultora e palestrante Vanessa Tobias mostra que a moda do coaching vai além
do ambiente corporativo e chega aos lares e relacionamentos. Vanessa Tobias, que é formada em
Administração de Empresas e mestre em Administração, esteve em Criciúma em evento promovido pela
RH Service em parceria com a Câmara da Mulher Empresária de Criciúma, onde falou para uma plateia de
600 pessoas. Nesta entrevista ela explica como focar em objetivos para chegar aos resultados
60 | Liderança Empresarial
O que nos move é o desejo de ser
siignificativo na sua vida e despertá-lo para
a responsabilidade de ser positivamente
significativo para alguém!
Vanessa Tobias
������������ �����CRICIÚMA
ela funciona?Existe um jeito de fazer. A primeira coisa
é tu ousar ter um sonho Aladim. Você tem
três desejos e pode pedir qualquer coisa.
Se você pudesse pedir qualquer coisa, o
que você realizaria? Se você tivesse dinheiro
sobrando, tempo sobrando, conhecimentou
pra dar e vender de qualquer área técnica
que exista no mundo, os relacionamentos
necessários pra realizar qualquer projeto e
todos aceitassem e te apoiassem, o que
você faria? Se tu conseguires corresponder
a estes cinco quesitos tu vai atingir uma
concepção do teu maior sonho. A partir da
descoberta deste maior sonho tu tens que
fazer um passo a passo de trás pra frente. A
maioria das pessoas começa a planejar do
começo pro fim. Mas tem que ser do fim pro
começo. E é esta a maior dificuldade que
geralmente as pessoas encontram. Elas
têm que visitar o sonho realizado, senão
não tem como fazer o planejamento.
Resumindo:Se você tivesse tempo e dinheiro,
conhecimento e relacionamento e não fosse
julgado, o que você faria? Visita o que faria no
futuro, colocando uma data ou um prazo para
isso acontecer. Depois que eu visito esse
sonho realizado é que o plano começa. Este
é o passo a passo. Tem que fazer mais ou
menos dez passos para uma meta grandiosa
por ano. Se você fizer uma meta pra 2016,
não precisa ir muito longe, traça oito metas
para serem realizadas em 2013. Destas oito
escolham quatro, destas quatro dez passos
para atingir cada uma do fim para o começo,
nunca de frente pra trás.
Vocês conseguem medir os resultados?
Acompanhamos todos os clientes
em um ano em 40 quesitos diferentes.
Quantitativos e qualitativos. Das metas que
eram para ser atingidas em cinco anos
são atingidas em dois. A gente não sabe
o poder do tempo nem do foco. A gente
melhora em mais de 50% as áreas da
vida em um ano. Nossos relacionamentos
melhoram em 80% (familiares e afetivos).
No trabalho a gente consegue realizar
o que a gente sonha e deseja, e ter
relacionamentos mais saudáveis com
colegas. A satisfação é superior a 30%
após um processo de coaching. Redução
de custos de 23% e lucro aumenta em 22%.
No caso de autônomos o salário aumenta
em mais de 55% em três meses depois de
um processo de coaching.
Como viver isso no dia-a-dia?Tudo que sai do nosso planejamento
vai exigir equilíbrio emocional, mais do
que qualquer coisa. Então foco é muito
importante, mas acompanhamento é mais
ainda. O mais importante é uma imagem
e a visita a esta imagem. Você tem que
trabalhar a cabeça. A neurociência nos
ensinou que se você vive uma emoção
forte, mesmo que seja no futuro a tua
cabeça aceita aquilo como verdade e
desenvolve as competências para que
você atinja aquilo.
É muito importante o acompanhamento
profissional. Nós acompanhamos uma vez
por semana, online e presencialmente.
Para que você manter a rotina é manter
o foco no que dá pra fazer e não deixar
passar mais um ano sem conseguir realizar
aquilo que tu mais sonha. As coisas que
vão acontecer na realidade tem técnica pra
enfrentar, em termos emocionais. E não
querer fazer tudo. Faz uma coisa de cada
vez e bem feita.
Se não atingir?O primeiro ponto é lembrar que a
gente não tem ponto fraco. A gente tem
ponto estratégico a melhorar. Se a gente
não atingir o objetivo no tempo certo, ou a
meta não era boa o suficiente ao ponto de
te fazer se dedicar a ela, e não sendo uma
estratégia boa o suficiente, tinha alguma
coisa pra melhorar que não foi melhorada.
Deve-se buscar meios de melhorar aquilo
com uma ação clara. Antecipe o como
fazer.
O coaching tem atingido a quem nas empresas?
Oitenta por cento é relacionamento entre
pares e chefias. Você não vai conseguir
produzir muito bem se tiver um ambiente
triste. Validações e elogios não são mais
comuns. Somos chamados para isso, para
resgatar a felicidade de quem ta lá dentro.
O coaching faz perguntas para garantir se
chegar nos resultados mais rapidamente. O
coaching não vai fazer processos internos,
mas vai te dar clareza sobre a necessidade
de se fazer os processos internos. Você só
pode aconselhar sobre aquilo que se tem
resultados.
O coaching é estratégico, tátil e
operacional. O objetivo e a linguagem é
que mudam. Na origem se trabalhava só
o estratégico, porque era muito caro. Hoje
o retorno financeiro vem. A tendência é
democratizar. Há um movimento muito
grande do coaching em transformar o país
em país de objetivos. Toda a família, toda
equipe tem que ter objetivos, tem que ter
sonhos. Hoje as empresas tem turnover
altíssimo porque não respeitam o sonho
das pessoas que trabalham lá. Se quem
é estratégico não começar a ouvir quem é
tático operacional vai ficar sozinho.
www.acicri.com.br | 61
Leis trabalhistas
Como é o cenário padrão hoje no que refere ao cenário das ações trabalhistas para as empresas?
O cenário atual das ações trabalhistas para as empresas é muito curioso, pois historicamente os reclamantes das ações são mais preparados e munidos de informações a cerca da legislação trabalhista que o próprio empresário. Buscando uma explicação lógica para isso, talvez possamos encontrar uma justificativa na diferença do foco de cada um, que no caso do reclamante, os resultados do seu trabalho cotidiano são seus direitos trabalhistas. Já o o resultado do trabalho do empresário, é a rentabilidade financeira e o aumento do patrimônio líquido de sua empresa. Por outro lado, ambos tem em comum a busca pelo resultado financeiro. Ao longo dos anos os reclamantes tem se servido de profissionais experientes e mais que isso, especialistas para a reclamação de seus direitos na Justiça. Além disso, como muitos sabem, a maioria das ações trabalhistas tem resultado em favor do reclamante, e com isso as empresas também passaram a optar por profissionais especialistas no Direito do Trabalho, visto que precisa estar adequadamente preparada para defender-se, e mais que isso, cercando-se do mesmo profissional para evitar que sua empresa tenha ações trabalhistas. Isso demonstra que a empresa que tem uma assessoria especializada, obtém melhores resultados, já na prevenção.
Como surge neste contexto um trabalho específico de direito trabalhista
para as empresas?O trabalho específico de direito trabalhista
deve funcionar como em toda área, ou seja,
ter um especialista no assunto atuando pré-
ven-ti-va-men-te. Usando um exemplo de
um avião, uma vez que se soubermos que o
comandante da aeronave não é especialista
na sua condução, certamente que iremos
desembarcar e não esperar levantar vôo. O
mesmo funciona na empresa, cada área deve
ter o especialista para diminuir o risco e usar
o valor do risco para prevenção.Vejamos uma
ação trabalhista de um funcionário que atuou
durante 05 (cinco) anos que redundou em
uma indenização de R$ 350.000,00 (trezentos
e cinqüenta mil reais) entre créditos trabalhistas,
fiscais, previdenciários , multas e correções.
Se dividir esse valor em 60 (sessenta) meses,
perfaz uma total de R$ 5.833,33 (cinco mil
oitocentos e trinta e três reais). Certamente
esse valor poderia ser utilizado para prevenir
não só essa, mas tantas outras causas
trabalhistas, assim como melhorar a imagem
da empresa na retenção e obtenção de
talentos profissionais, evitando desgaste
emocional que vai desde o depoimento
em audiência até contas bloqueadas, bens
penhorados, e coisas do gênero durante a
execução da sentença.
De que forma isso difere da tradicional assessoria jurídica empresarial?
A especialidade é a grande diferença!
Uma tradicional assessoria baseada nos
moldes tradicionais de atuação acaba sendo
uma clínica geral. Quando buscamos um
atendimento para nossa saúde, o primeiro
pensamento é a identificação de um
bom especialista, e atualmente estamos
encontrando mais empresários com
esse pensamento, de se assessorar com
especialistas e desenvolver a prevenção. O
grande diferencial de um especialista é ser
formalmente capacitado para aquele trabalho,
estar habitualmente atualizado na matéria,
e trabalhar full time com aquele assunto!
Isso facilita a busca de uma saída para um
problema, uma ação judicial e amplia o
conhecimento para uma boa defesa, prepara
o profissional para estar mais capacitado para
enfrentar os problemas relacionados com
a matéria e o empresário tem maior retorno
com o trabalho. Um outro diferencial entre os
funcionários e o empregador, é que ao buscar
os direitos, o reclamante se atende com um
profissional especialista em direito do trabalho,
portanto, devendo a empresa fazer o mesmo.
Trata-se de certa forma de uma advocacia preventiva?
Sim, exatamente! A advocacia preventiva
é a mola mestra para todas as operações
empresariais! Ao contrário de ter que
depender de ações, a firma de advocacia
que foca a prevenção, acaba trazendo
resultado para a empresa para qual atua, e
com isso o empresário diminui seus prejuízos.
O departamento jurídico tem de ser visto
como um departamento que gera resultados
financeiros para a empresa e não que
apenas busca ou defende direitos no Poder
Judiciário.
Esta deve ser uma tendência para as empresas, ou seja, pensar nos riscos futuros e minimizá-los?
Sim, na verdade já o é! Precisamos
colocar em planilhas o resultados da
prevenção. O importante é não deixar o
problema acontecer para depois tentar
corrigir, pois isso pode trazer resultados
e despesas que não são recuperáveis,
podendo causar, inclusive a bancarrota. Usar
uma ferramenta como o ROI – Return On
Investiment (Retorno sobre o investimento),
o que fará com que o empresário perceba o
real valor da prevenção.
Que outras observações faria sobre esta especialização?
A especialização na defesa trabalhista
é um campo do direito que está recebendo
especial atenção do empresário, pois
do outro lado da mesa, tanto na atuação
preventiva quando no caso de ação judicial,
existe um profissional especialmente
contratado para esse fim, e a empresa
estando igualmente preparada certamente
diminuirá seus riscos, gerando resultado
positivo em seu patrimônio.
62 | Liderança Empresarial
Advogada Raquel May Pelegrim, a qual integra o escritório Giovani Duarte Oliveira Advogados Associados em entrevista para a jornalista Ana Sofia Schuster
Imaginar um breve discurso de um
gestor direcionado aos seus liderados no
atual modelo de gestão participativa é ter
a sensação de certeza que palavras como
“colaboradores, parceiros”, entre outras,
virão à tona em seu vocabulário.
Porém pergunto-me nesse momento;
a quem posso chamar de colaborador?
Como identifica-lo? Haveria outra forma
de referir-me a ele sem ser previsível e
redundante?
Para que eu possa situar-me em
minha pequena e retórica dúvida, preciso
definir o que a Administração de Recursos
Humanos me elucida sobre a definição
“colaborador”.
O termo acima descrito é geralmente
utilizado para designar todas as pessoas
que “colaboram” com uma organização,
ofertando seus préstimos. Neste contexto
o “colaborador” é o trabalhador em
questão, é o prestador de serviços, que
está subordinado às regras e/ou normas
da instituição.
Logo tenho um ponto inicial em
minha singela explanação, a Prestação
de Serviços, seja ela feita pelo funcionário
ou por um terceirizado é algo diretamente
relacionado ao trabalho e atualmente “o
trabalho”, deverá ser de forma profissional
com a qualidade que lhe é conferido.
Pois, podemos chamar de profissional
todo aquele que exerce uma profissão, cujo
seu mérito fora adquirido por seus estudos,
profissionalizantes ou universitários ou
mesmo pelo seu aprendizado, “como
quem aprende um ofício por profissão”. É
de relevância esclarecer que a qualificação
profissional não está vinculada apenas ao
título habilitante, mas também a sua ética,
seu compromisso, sua excelência nas suas
atividades laborais.
Portanto, eis a questão: Devo referir-me
aos envolvidos com o processo laboral,
seja(m) ele(s), trabalhadores vinculados,
terceirizados, clientes, fornecedores,
entre outros, de “Colaboradores” ou de
“Profissionais”?
Penso então, que seria prudente o
gestor, sempre que referir-se aqueles que
se envolvem no ofício de uma empresa,
seja ele celetista ou liberal, sejam então
chamados ou apenas tratados como
profissionais, pois existe neste momento
uma clara prestação de serviço, cujo tempo
e o esforço investido faz parte do “custo
oportunidade”, ou seja, há remuneração,
compromissos, metas etc.
Por que não chamá-los ou tratá-los
de colaboradores, como pregam os bons
modos?
Porque pessoas que se envolvem
com a organização em que trabalham
e comprometem-se em cumprir metas,
buscar sua autoformação, estabelecer
procedimentos laborais, preocupar-se em
prevenir riscos, segregar suas ações, buscar
melhores oportunidades, relacionar-se
Alex-Sandro P. CardosoEmpresário no ramo de Alimentos –
Trem Bão Distribuidora de AlimentosPerito Judicial Imobiliário.
Historiador e Educador.Especialista em Gestão de Negócios
Professor de Pós-Graduação – CENSUPEGPalestrante
alexcardoso01@hotmail.com
Colaboradores ou ������������
com senso de equipe sem permitir perder
seu instinto de competitividade, opinam,
resolvem, solucionam... Estes, creio, agem
com características, métodos e contínuo
desenvolvimento interpessoal, que fortalece
seu intelecto, físico-comportamental,
conceituando o sentido profissional sob o
ponto de vista da gestão.
Joice Quadrosjoicedequadros@hotmail.com
Mercado Sul
66 | Liderança Empresarial
A ferrovia já foi um meio de transporte
tanto de passageiros como de carga
muito utilizado no Brasil, um país de
dimensões continentais, até a década
de 60. Entraram, então, em cena, o
lobby das rodovias e dos combustíveis
e o Brasil abandonou as ferrovias.
Agora, e já há algum tempo, em função
dos sérios problemas de infraestrutura
de logística do país, voltam à cena as
ferrovias. A Fiesc provocou um debate
com o governo federal sobre o tema e
o mapa (fig) que se coloca hoje para
Santa Catarina é o seguinte:
“Existe dinheiro do PAC para estes
projetos. O que precisamos é o trabalho
constante das lideranças políticas e
empresariais de Santa Catarina para
que todos eles saiam do papel e se
transformem em obras necessárias
para a infraestrutura. Até porque não
podemos pensar em triplicar a BR 101
daqui a dez anos”.
Carlos Menezes
Gerente Comercial da FTC
é o prejuízo acumulado da região Sul
do estado pelo atraso nas obras da
BR 101, segundo os cálculos de uma
empresa de consultora contratada pela
FIESC.
Empresário Cid Damiani, da empresa
Damyller, foi indicado pelos presidentes
de Sindicatos Patronais do Sul do estado
para concorrer à Medalha do Mérito
Industrial da Fiesc. A condecoração
acontecerá em evento especial, na
Fiesc, no mês de maio.
Já existe a ferrovia ligando Mafra, passando por Lages e interligando com o Porto de
São Francisco e com ferrovias gaúchas até chegar ao Porto de Rio Grande.
Já existe a ferrovia ligando Herval D´Oeste, Porto União, Mafra, Joinville, Aaraquari e o
Porto de São Francisco do Sul.
Este ano deve ficar pronto o projeto executivo da ferrovia ligando Imbituba a Araquari (
a obra deve levar cerca de cinco anos). De Imbituba a Içara já existe , onde a Ferrovia
Tereza Cristina (FTC) é concessionária. Concluída esta obra, interliga o Sul de Estado,
desde Içara, à malha ferroviária nacional.
Ainda neste segundo semestre deve ser feito o projeto da ferrovia ligando Dionísio
Cerqueira ao Porto de Itajaí, atravessando o estado catarinense. É conhecida como
a ferrovia do frango.
Outro projeto que deverá ser feito no ano que vem é o da ferrovia ligando Içara a Porto
Alegre. Com este projeto, liga o litoral brasileiro pela malha ferroviária.
A questão das ferrovias
Disseram
Número
Expressas
R$ 32 bilhões
Slides apresentados na FIESC durante evento sobre Ferrovias
pelo Sr. Mário Dirani, diretor de Infraestrutura Ferroviária do DNIT
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