Revista Produtor Itambé

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Publicação Mensal da Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR/Itambé)

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LEIA MAIS: O sucesso do cooperativismo de leite naNova Zelândia.PÁGINA 6

DESTAQUE: Itambé come-mora certificação ISO 9000.Confira os detalhes.PÁGINA 5

E AINDA: Entenda por queBelo Horizonte está cercadapor um“cinturão branco”.PÁGINAS 8 e 9

Revista Produtor Itambé � ano 1 � número 1 � janeiro de 2010

SILAGEMCuidados para reduzir

perdas e garantir

qualidade

Cuidados para reduzir

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Revista Produtor Itambé – Publicação mensal daCooperativa Central dos Produtores Rurais deMinas Gerais (CCPR/Itambé).

DiretoriaPresidente: Jacques Gontijo ÁlvaresVice-presidente Administrativo: Marcos EliasVice-presidente Comercial: Valdinei Paulo de OliveiraVice-presidente de Abastecimento: Carlos Batista Alves de Souza

Equipe ResponsávelPaulo MartinsMônica SalomãoPriscila Martins

ColaboradoresMarne MoreiraFlávio FazenaroFernando PinheiroLeandro SampaioAlexandre Cota Lara Thiago Magalhães

Jornalista responsávelMônica Salomão - MG 10543/JP DiagramaçãoOrozimbo Machado de Souza Júnior – MG 10654/JPTiragem / Impressão13.775 mil exemplares / Log PrintPublicidadePriscila Martins - Tel: (31) 2126-3417

E-mail: produtor.itambe@itambe.com.brTwitter: proditambeTelefone: (31) 2126-3418

3Revista Produtor Itambé, ano 1, número 1, janeiro de 2010

Curtas04

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Giro Itambé

Aonde Seu Leite Chega

Análise

Com a Palavra, o Ténico

Cooperativa em Destaque

Nossa Gente

Produção Sustentável

Informativo da Qualidade

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14 Balaio Cultural.....

O Professor Falconi é grande amigoda Itambé e é parte do nosso sucesso.Por meio da consultoria do INDG, im-plantamos em 2001 um novo sistemade gestão e, desde então, temos pro-movido melhorias neste sistema quefazem toda a diferença. Essa parcerianos coloca no primeiro time das em-presas brasileiras, quando o assuntoé nível organizacional.

No seu novo livro, intitulado “O Ver-dadeiro Poder”, o Professor Falconidedicou o capítulo 7 para abordar a

necessidade de se investir em comu-nicação nas empresas e nós concor-damos. Até porque, desde o iníciodesta Administração priorizamosações nesta área. Assim que assumi-mos, fechamos uma parceria paraque cada um dos nossos cooperadospassasse a receber, todo mês, umexemplar da Revista Balde Branco – amelhor revista do setor leiteiro.

Além disso, de outubro de 2008 adezembro de 2009, junto com aBalde Branco circulou o encarteProdutor Itambé, com notíciassobre as cooperativas e os nossoscooperados. Também dinamizamosas reportagens produzidas por nósque são publicadas todos os mesesno Caderno Agropecuário do JornalEstado de Minas, distribuído aosnossos cooperados.

Em um ano, ficou evidente a necessi-dade de se criar uma forma de fazerchegar notícias com maior freqüência

aos cooperados. Por isso, lançamos oinformativo Produtor Itambé Online,que circula todas as sextas-feiraspara cerca de 2.600 endereçoseletrônicos, com informações curtassobre as 31 cooperativas vinculadas àCCPR/Itambé. Também criamos oRadar Técnico Itambé, que traz arti-gos e informações técnicas de inte-resse de todos.

Mas, a CCPR/Itambé é um Universogrande demais e precisamos investirna plena integração dos nossos co-ope rados. Por isso, o encarte deuorigem à Revista Produtor Itambé quevocê está recebendo. Ela já nascecomo a principal revista mensal dosetor em número de exemplares, de-pois da Revista Balde Branco.

Para o sucesso desse novo desafio,precisamos da sua participação, comcríticas e sugestões.

Boa Leitura!

Mensagem da DiretoriaFOTO: DIVULGAÇÃO

Esquerda para direita: Valdinei de Oliveira, Jacques Gontijo, Marcos Elias e Carlos Batista

Receba os informativos eletrôni-cos Produtor Itambé Online e

Radar Técnico Itambé, e fique pordentro de tudo o que acontece naItambé, em suas Cooperativas Singu-lares e no agronegócio. Cadastre-sepelo e-mail:produtor.itambe@itambe.com.br

De 25 a 30 de janeiro, a Capul,Cooperativa Singular da

CCPR/Itambé em Unaí/MG, realizacursos de Aplicação de Agrotóxicosem fazendas da região. Mais infor-mações (38) 9914-0864.

Todas as quartas-feiras, das 6hàs 6h45, a Cooperativa

Agropecuária de Bom Despachotransmite pela Rádio Difusora Bon-despachense, frequência 1540 AM, oPrograma Cooperbom em Campo.

Estamos no Twitter. Acompanheos bastidores da redação, acesse

nossa página no endereço: www.twitter.com/proditambe

O ano começou cheio de novidades para os leitores da RevistaProdutor Itambé. No novo formato, reservamos esse espaço es-pecialmente para que você envie perguntas, comente a matériaque mais gostou e sugira os assuntos que quer ver nas próximasedições.

Sua participação é fundamental para o resultado do nosso tra-balho. Mande sua carta ou e-mail.

Revista Produtor ItambéCooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas GeraisRua Itambé, 40 – Bairro FlorestaCEP 30150-150Belo Horizonte – MG

Telefone: (31) 2126 3418Endereço eletrônico: produtoritambe@itambe.com.brNo Twitter: www.twitter.com/proditambe

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O leite captado pela CCPR/Itambéé industrializado nas cincounidades fabris – Goiânia, Gua-nhães, Pará de Minas, Sete Lagoase Uberlândia - e depois entregueem vários pontos de venda de todoo país e também do exterior.

Na Paraíba, o campeão de vendas éo leite em pó em embalagem pa-cote. Processado nas fábricas deGoiânia, Guanhães, Sete Lagoas eUberlândia, o produto é trans-

portado até João Pessoa e de lásegue até o município de Patos paraabastecer o Guedes Supermercados.No estabelecimento, o leite em pó ésinônimo de boas vendas.

Patos fica a 310 km de João Pessoa,capital da Paraíba, possui cerca de100 mil habitantes e é a terceiracidade mais importante do estado.Quem veste a camisa da Itambé paranos representar lá é a BrasilNordeste Representações.

Leite em pó, campeão devendas na Paraíba

FOTO: PAULO MELO

Guedes Supermercados / Patos-PB

5Revista Produtor Itambé, ano 1, número 1, janeiro de 2010

A Itambé, maior cooperativa de leitedo Brasil, conquistou, em novembropassado, a certificação internacionalISO 9000. Isso significa dizer que aCCPR/Itambé possui um sistema efi-ciente e padronizado de gestão daqualidade, orientado para satisfazeras necessidades do cliente e do con-sumidor final. Com essa certifi-cação, as possibilidades de novosnegócios aumentam consideravel-mente no país e no exterior.

Para se ter idéia da importânciadesse reconhecimento, vale regis-trar que o processo de certifi-cação envolveu cerca de 3 milcolaboradores e a elaboração demais de 1,5 mil documentos, alémde aproximadamente 4,5 mil re-gistros de anotações dos controles

de procedimentos realizados emtoda a Itambé.

Esse intenso trabalho teve início emsetembro de 2007, quando foi im-plantado na indústria o ProgramaItambé para Qualidade, Segurança eMeio Ambiente (QSMA). Segundo ocoordenador do QSMA, Maurício Pe-

tenusso, a primeira ação foi alinharas unidades industriais de forma quefossem seguidos por todas elas osmesmos padrões de qualidade, res -peito ao meio ambiente e cuidadocom as pessoas.

No último ano, as atividadestiveram como foco a preparaçãopara a auditoria e o conseqüentereconhecimento externo, o que en-volveu também o trabalho rea -lizado no Escritório Central. Em2010, os projetos do QSMA conti-nuam a todo vapor. “Encerradoesse ciclo, agora vamos trabalharpara conquistar a ISO 14000, acre-ditação do sistema de gestão ambi-ental, e a OHSAS 18000, certificaçãodo sistema de gestão de saúde esegurança do trabalho”, adi-anta Petenusso.

Itambé conquista certificação ISO 9000

Programa Itambé de Qualidade,Segurança e Meio Ambiente

6 Revista Produtor Itambé, ano 1, número 1, janeiro de 2010

Por Rafael Villela Bastos Junqueira*

Apesar de ocupar um pequeno es-paço territorial, aproximadamente ametade do Estado de Minas Gerais,a Nova Zelândia é o oitavo maiorprodutor de leite do mundo e omaior exportador de produtoslácteos, com mais de 30% do mer-cado internacional. Cerca de 95% daprodução é captado pela Coopera-tiva Fonterra, cuja importância paraa economia da Nova Zelândia é in-questionável, pois representa 7% doProduto Interno Bruto (PIB), e maisde 25% das exportações.

A primeira cooperativa de laticínios daNova Zelândia foi fundada em 1871,com o objetivo de produzir queijos.Igualmente às cooperativas de váriaspartes do mundo, a cooperativaneozelandesa foi criada com o intuitode possibilitar, através da união deforças, uma vida melhor ao produtor.Em 1930, o número de cooperativasde leite tinha aumentado para mais de400 cooperativas singulares, operandoem diversas regiões do País.

Nas três décadas seguintes, impul-sionado principalmente por avançostecnológicos na área de transporte erefrigeração - como o uso de tanquede expansão nas fazendas - as em-presas lácteas visualizaram grandesoportunidades de redução de custos,caso aumentassem o volume de pro-dução. Neste panorama de mu-danças, as cooperativas começarama se unir com o objetivo de setornarem mais eficientes e eficazespara melhor atender ao mercado in-ternacional. Esse processo de con-solidação foi bastante acentuado. Asmais de 400 cooperativas existentesna década de 30 foram reduzidas a168 na década de 60.

Durante essa época, as várias coope-rativas apresentavam dificuldadepara transacionar seus produtos compaíses que muitas das vezes estavamlocalizados do outro lado do mundo.Neste contexto, os laticínios, emparceria com o governo, criaram aNew Zealand Dairy Board (NZDB), em-presa responsável por toda a parte decomercialização dos produtos lácteosdo País no mercado internacional. Aunião das cooperativas em tornodessa empresa proporcionou ganhosde escala, o que favoreceu o acessodos produtos neozelandeses em novosmercados e aumentou o retorno fi-nanceiro para as cooperativas.

Entretanto, apesar da união das co-operativas na parte de exportação,era visível que economias de escala eescopo poderiam ser maximizadas.Nesse sentido, várias fusões ocor-reram e, em 1996, eram apenas 12cooperativas leiteiras atuantes noPaís. A consolidação da indústrialáctea continuou ocorrendo, e, no ano2000, as duas principais cooperativasneozelandesas, New Zealand DairyGroup e Kiwi Co-operative Dairies,eram responsáveis pela captação deaproximadamente 95% de todo o leiteproduzido no País (duas outrasmenores captavam os outros 5%).

Acompanhando a tendência de conso-lidação, igualmente visível na indús-tria alimentar e no varejo mundial, asduas principais cooperativas do País -ao lado do seu braço de exportação(NZDB) - decidiram se fundir com oobjetivo de somar suas forças paraatuar no mercado que cada dia setorna mais exigente e veloz. Foi entãoque surgiu a Coope rativa Fonterra:maior processadora de produtoslácteos do mundo. A formação dessagigante do setor lácteo, controlada

por aproximadamente 10.500 produ-tores de leite, colaborou para: 1) re-duzir a intensa competição que haviaentre as co-operativas; 2) gerar ga-nhos em eficiência que culminaramem redução do custo de produção ecaptação; 3) ganhar capacidade paraexploração de novos mercados; 4)permitir a formação de alianças es-tratégicas em países chaves; 5) viabi-lizar maiores investimentos na área dePesquisa e Desenvolvimento.

Atualmente a Fonterra se encontra emmomento ímpar na sua história. Emjulho de 2009 completou um ano que acooperativa revelou ao mundo umanova modalidade de transação de pro-dutos lácteos no mercado interna-cional, a plataforma GlobalDairy Trade.Outro tema que seguramente marcaráa história da cooperativa é a possívelalteração da sua estrutura de capital,atualmente em processo de discussão.

As mudanças que ocorreram na indús-tria láctea da Nova Zelândia desde seusprimórdios até os dias atuais con-tribuíram para que o País hoje seja con-siderado referência quanto àorganização de sua cadeia produtiva doleite. O modelo coope rativista en-raizado na cultura do setor é visto comoum dos grandes trunfos neozelandês.Como afirma uma professora da Univer-sidade Massey, da Nova Zelândia, “umacooperativa de sucesso significa produ-tores de leite de sucesso”.

Cooperativismo na Nova Zelândia

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*Rafael Junqueira é Administrador, Técnico em laticínios, MBA em logística empresarial eMestrando pela Massey University (Nova Zelândia).

7Revista Produtor Itambé, ano 1, número 1, janeiro de 2010

FOTO: DIVULGAÇÃO

Por Francisco Ferreira Sobrinho Médico VeterinárioGerente de Suprimento de Leite

Em mais de 30 anos de exercícioprofissional, sempre observamos adificuldade dos produtores em ado-tar ferramentas de gestão que fa-cilitem o gerenciamento da atividade.Quando se fala em custo de pro-dução, boa parte deles alega que opreço do leite é o responsável pelasua ineficiência e que, portanto,seria perda de tempo calcular ocusto da atividade. Bastaria verificarse a folha de leite deu ou não parapagar as despesas do mês.

Afirmativas como essa mostram quemuitos produtores ainda não enten-deram que, ao proceder assim,avaliam a atividade apenas no curtoprazo, deixando o médio e longo pra-zos totalmente vulneráveis. Falta,nesse caso, enxergar a atividadecomo um negócio que visa ao lucro eque, portanto, precisa de visão defuturo. E que, para ter uma visão defuturo, com o estabelecimento de

metas e boa gestão do negócio, énecessário medir e acompanhar osprincipais indicadores da atividade.

A título de exemplo, podemos citar aimportância de dois indicadores parao controle de custos da produção deleite. O primeiro é o Intervalo entrePartos (IP), que exige apenas a ano-tação da data do parto das vacas,mas significa muito para a gestão daatividade. Quando se mede esse in-tervalo e se constata que é longo,situando-se, por exemplo, na casados 18 meses, há prejuízos decor-rentes da menor produção de leite,de mais vacas secas no rebanho e domenor número de bezerros nascidos.

O outro indicador é o Controle Lei-teiro (CL), a ser feito pelo menos umavez ao mês. Ao medir o volume deleite de cada vaca, é possível esta-belecer dietas diferenciadas para gru-pos de maior e menor produção,fundamental na medida em que a ali-mentação do rebanho é um dos itensde maior peso no custo de produção. Exemplos como esses mostram que a

boa gestão da atividade depende demedidas simples, mas de grandevalia na redução de custos. Por-tanto, o recado é um só: não percatempo, entre em contato com umtécnico da CCPR/Itambé, que podeorientá-lo sobre como administraresses e outros indicadores impor-tantes no custo da produção deleite. Bom trabalho!

A importância da gestão

Francisco Ferreira Sobrinho

PASSANDO O BASTÃO

Depois de 30 anos de dedicação àCooperativa Central dos ProdutoresRurais de Minas Gerais (CCPR/Itambé),o gerente de Suprimento de Leite,Francisco Ferreira Sobrinho, passa obastão a partir de fevereiro para oengenheiro agrônomo Armindo JoséSoares Neto.

Na última reunião de 2009, a equipeda Gerência de Suprimento de Leiteentregou a Sobrinho uma placa emreconhecimento ao importante tra-balho que ele desempenhou ao longo

de todos esses anos junto à Coope-rativa Central e seus cooperados.Leia a mensagem na íntegra:

Francisco,“O líder não é alguém que nasce paraser líder, mas aquele que trabalhapara que todos se transformem emlíderes” (autor desconhecido).

Sua experiência, compromisso ededicação ao longo dos anoscontribuíram de forma expres-siva para o desenvolvimento dapecuária leiteira nacional. Paranós, que tivemos o privilégio de

fazer parte da sua equipe,ficam as lições de comprometi-mento, ética, profissionalismo eamor ao trabalho.O nosso muito obrigado!

Equipe de Suprimento de Leite eAmigos da Itambé.

Belo Horizonte, 16 de dezembro de 2009.

8 Revista Produtor Itambé, ano 1, número 1, janeiro de 2010

Quem olha para Belo Horizonte, asexta cidade mais populosa do país,100% urbana e detentora do quartomaior Produto Interno Bruto (PIB)entre os municípios do território na-cional, segundo dados do InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), não imagina que seu entornoé formado por um “cinturão branco”quando o assunto é produção deleite. E mais, que grande partedesse processo se deve ao impor-tante trabalho da CooperativaAgropecuária da Grande Belo Hori-zonte (COOPAGBH), Cooperativa Sin-gular do Sistema Itambé há 41 anos.

Fundada em 1968, a partir da fusãoda Cooperativa de Vale das Areiascom produtores das regiões de NovaUnião e Bom Jesus do Amparo, aCOOPAGBH abrange hoje 25 municí-pios, num raio de 150 km da capitalmineira. Administrada pelo presi-dente, Artur Eduardo Vilela, pelo Di-

retor Comercial, Gumercindo Gual-berto Parreiras, e pelo diretor Adminis-trativo-Financeiro, José Mauro daSilva, diariamente a coope rativa, queconta ainda com mais cinco fun-cionários, capta 42 mil litros de leiteadvindos de 130 cooperados ativos.

A produção média por produtor é de350 litros/dia. A fidelidade dos co-operados da COOPAGBH à Coopera-tiva Central dos Produtores Rurais deMinas Gerais (CCPR/Itambé) chega aquase 100%. Do total de leite cap-tado pela cooperativa, mais de 60%do volume atende as determinaçõesda Instrução Normativa 51 e cercade 60% preenche os requisitos exigi-dos pela Cooperativa Central para opagamento por qualidade.

Tamanha é a representatividade daCOOPAGBH, que ao cruzar os índicesdo Censo Agropecuário do IBGE em2006, referentes à “quantidade pro-

duzida de leite de vaca no ano nosestabelecimentos agropecuários”,constatamos que ¼ do volume cap-tado nos municípios de sua base éentregue para ela.

Os dados que mostram o bom de-sempenho da cooperativa são mo-tivos de orgulho para toda adiretoria quando recordam os mo-mentos difíceis vividos no pas-sado. Para o presidente daCOOPAGBH, Artur Vilela, quecumpre seu primeiro mandato nocargo, mas há seis anos é membroda diretoria, as dificuldades en-frentadas ao longo da históriaserviram para fortalecer a coope-rativa e unir ainda mais as pessoasque acreditam no cooperativismo.“Na década de 80, a COOPAGBHquase foi fechada e em meadosdos anos 90 voltou a enfrentarsérias dificuldades. Nesse período,a captação diária era de apenas4,5 mil litros entregues por cercade 50 cooperados”, conta.

Fortalecida e com as dívidas regu-larizadas, hoje a Cooperativa daGrande Belo Horizonte é respon-sável por cerca de 40% das vendasdo Armazém da CCPR/Itambé emBH, já que não possui serviçopróprio, e 95% dos negócios sãofechados por telefone. “Temosuma sala no Armazém da Itambé,onde ficam dois funcionários res-ponsáveis pelo atendimento aosnossos cooperados e por toda alogística de entrega, trabalhadapor região para que os produtorespossam ratear o frete”, explicaVilela. Os produtores associadoscontam com o desconto dos impos-tos federais e facilidades no paga-mento, que pode ser descontadona Folha do Leite.

Cinturão Branco na Grande BH

Equipe de trabalho da Cooperativada Grande Belo Horizonte

FOTOS: PRISCILA MARTINS

9Revista Produtor Itambé, ano 1, número 1, janeiro de 2010

A assistência técnica prestada aoscooperados da COOPAGBH acontecede duas formas. A primeira, por meiode visitas às propriedades realizadaspor uma equipe formada por cincomédicos veterinários e umagrônomo. Como são profissionaisliberais contratados, 50% dos custossão arcados pelo produtor e a outrametade custeada pela cooperativa,que oferece ainda os serviços gratui-tos de um técnico da CCPR/Itambé.

A outra forma de assistência é feitapor meio do convênio com duas em-presas especializadas em consultoriapara gerenciamento de pro-priedades, o que inclui orientaçõessobre custos, reprodução, manejo,

controle da qualidade do leite e re-cria, entre outros pontos. Nessecaso, a cooperativa também arcacom 50% dos serviços contratadospelo cooperado. Da mesma formacomo ocorre na compra de insumos,os custos que cabem ao produtortambém podem ser descontados naFolha do Leite.

Além desses serviços, a COOPAGBHtrabalha com o aprimoramentocontínuo de seus cooperados pormeio da realização de Dias deCampo. De abril a outubro, pro-move cerca de cinco encontros coma presença de renomados profes-sores e técnicos das áreas debovinocultura e administração de

fazendas. “Como a abrangência dacooperativa é extensa, às vezeschega a 300 km de uma ponta aoutra, temos feito Dias de Camporegionais, com temas escolhidos apartir da demanda dos produ-tores”, ressalta o presidente.

Com faturamento mensal de R$ 2,2milhões, a diretoria da cooperativafaz questão de divulgar suaprestação de contas aos cooperados.Todos os resultados de captação,preço do leite e vendas de rações einsumos estão à disposição dos pro-dutores na sede da COOPAGBH deforma “explicativa e facilitadora”,como gosta de frisar o gerente Car-los Eduardo Duarte Motta.

Assistência aos cooperados

Diretoria (esq. para dir.):Gumercindo Parreiras, ArturVilela e José Mauro da Silva

10 Revista Produtor Itambé, ano 1, número 1, janeiro de 2010

Ofício passado de pai para filhoNascido e criado na Fazenda Cha-pada de Ipoema, em Ipoema, distritode Itabira-MG com os nove irmãos,quatro já falecidos, o produtor deleite Enio Lage começou a ajudar opai na “lida” do leite ainda pe-queno. Concluiu apenas o primárioporque, segundo ele, “não gostavamuito de estudar e os pais tambémnão cobravam”.

Aos 26 anos e noivo de Luiza AugustaFigueiredo Lage, o produtor com-prou a Fazenda Morro Vermelho, a10 km da propriedade da família.Um ano depois veio o casamento,mas a pedido do pai ele e a esposapermaneceram na Chapada de Ipo-ema para ajudar nos negócios.

Dividido entre o trabalho na pro-priedade do pai e a reforma de suafazenda, na década de 80, atravésde um programa de incentivo à pro-dução de leite, decidiu pegar umempréstimo no banco para investirna Morro Vermelho. “Com esse di- nheiro, consegui construir o silo eestruturar as instalações para iniciarminha produção”, diz Enio.

Em 2000, depois do falecimento dospais e com os quatro filhos já enca-minhados, três mulheres e um homem,Enio e a esposa decidiram se mudarpara a propriedade de 222 hectares.Com a ajuda do filho e de mais quatrofuncionários, além da produção deleite, complementa a renda com re-cria de gado. A ordenha das 60 vacasem lactação, que produzem média de600 litros/dia, é manual.

Para o produtor, trabalhar com leitefoi uma escolha acertada porque, como importante apoio da esposa, a ativi-dade lhe deu condições de estudar osfilhos e garantir o sustento da casa.

Orgulhoso, ele conta que a filha maisvelha é formada em matemática. A se-gunda fez curso técnico em contabili-dade e foi vereadora por doismandatos no município mineiro deOuro Branco. O filho, único a seguirseus passos, por opção só estudou atéo 2º grau e a caçula fez duas facul-dades, de fisioterapia e enfermagem.

Dos nove netos, Lucas, de 11 anos, jádisse ao avô que quer ser veterinárioquando crescer. “Ele é apaixonadocom roça, quando chega aqui colocabota, chapéu, dois canivetes e saipor aí a cavalo. Fica o dia inteirocom os empregados e acompanhatudo, conhece as vacas pelo nome”,alegra-se Enio com o desempenho deseu possível sucessor.

Nos momentos de lazer, o produtorgosta de assistir futebol na TV e ouvirmúsica caipira. Ele diz que não éfanático e por isso consegue dividir

sua torcida entre o Cruzeiro e oBotafogo. Como a esposa adoradançar, o casal está sempre presentenas rodas de viola promovidas peloMuseu do Tropeiro, centro cultural deIpoema. Cooperado da CCPR/Itambéhá sete anos, desde o fechamento daCoope rativa Agropecuária Cauêonde foi filiado por várias dé-cadas, Enio Lage diz que a fideli-dade é algo que sempre priorizouem sua vida e, por isso, enquantoproduzir leite vai entregá-lo aoSistema Itambé.

“Claro que o desejo de todo produ-tor é que o preço do leite aumente,mas isso eu sei que não é culpa daItambé e sim do mercado. Estoumuito satisfeito com o atendimento,os técnicos são excelentes profis-sionais, o pagamento é sempre emdia, temos facilidade de acesso à di-retoria e o poder de compra nos ar-mazéns é muito bom”, elogia.

FOTO: GILSON DE SOUZA

Enio Lage, cooperado do Sistema Itambé há sete anos

11Revista Produtor Itambé, ano 1, número 1, janeiro de 2010

Para garantir uma silagem de boaqualidade, passados os períodos deplantio e condução da cultura, o tra-balho sequencial deve ter foco nacolheita, fragmentação, transportee armazenamento do volumoso.

De acordo com o engenheiroagrônomo e coordenador de cap-tação de leite da CCPR/Itambé,Flavio Luis Fazenaro, o primeiropasso para garantir o sucesso da pro-dução é planejar a colheita para evi-tar que problemas como a quebra oua falta de máquina disponível, paraquem contrata serviço terceirizado,provoque perda do valor nutritivo daplanta devido ao atraso na colheita.

O ponto ideal de corte ocorrequando a forragem se encontra coma máxima produção de matéria secasomada à máxima qualidade nutri-cional, mas seu tempo de maturaçãovaria de acordo com a cultura culti-vada: milho – em torno de 35% deMatéria Seca (MS), ou quando a linhado leite atingir ½ grão; sorgo – cercade 30% de MS, ou quando os grãosforem perfurados com os dedos (as-pecto farináceo); cana-de-açúcar –em média, um ano e meio após oplantio; capins tropicais – de 30 a 60dias depois do plantio.

Quanto mais rápida for realizada acolheita para ensilagem, melhoresserão os ganhos e, portanto, é impor-tante ficar atento às condições dosequipamentos que serão utilizados.“Durante esse processo, o uso deequipamentos é intenso. Por isso,devem estar regulados e com amanutenção em dia. Além disso,para obter cortes homogêneos e notamanho correto, é necessário que asfacas da colhedora sejam afiadas di-ariamente”, recomenda o agrônomo.

Segundo Fazenaro, o corte deve sercontínuo, aproveitando ao máximo operíodo de trabalho, principalmentepor coincidir com o período chuvosopara a maioria das culturas. Esseprocedimento permite que a col-heita da área termine em menostempo, de forma a gerar uma massamais homogênea dentro do silo,mantendo a silagem com qualidadesnutricionais padronizadas.

Como a degradação começa a partirdo momento em que a planta é cor-tada, o cuidado com o transporte tam-bém é essencial, devendo o silo serfeito o mais próximo possível do localde colheita para facilitar o seu descar-regamento no período de utilização.

Seguidas essas etapas, é hora deabastecer o silo. A forragem deve serdistribuída em camadas uniformes,com aproximadamente 30 cm de ma-terial picado que deve ser imediata-mente compactado. O mesmo processodeve ser repetido até que o silo estejacompletamente preenchido. Após 30dias do fechamento, a silagem já podeser utilizada para alimentar os animais.“A maior vantagem da silagem é con-servar o alimento sem perdas significa-tivas do teor de proteína da matériaseca por vários anos”, diz o agrônomo.Há 12 anos, o cooperado da CCPR/Ita-

mbé Marco Antônio Nogueira trocou asilagem de cana pela de milho e estáfeliz da vida com os resultados de suaprodução. Premiado por duas vezes no“Concurso Regional de Produtividade deMilho”, promovido pela Emater emparceria com a Embrapa, o produtor dePará de Minas/MG explica que o apri-moramento é conquistado ano a ano.“No primeiro ano plantei cinco hectarese consegui apenas 33 toneladas/ha.Para a produção deste ano, utilizamos40 hectares para o plantio e, se nãohouver contratempo, espero produzir2.500 toneladas de silagem”.

Para diminuir a margem de erros,Nogueira vai a campo para fazer oplantio do milho. “Há vários anos,planto, adubo e na época da co-lheita estou junto com os empre-gados. Esse é o trabalho da gente,vivemos disso e por isso prefironão delegar”, diz.

A propriedade Córrego do Pião tem134 vacas em lactação, que pro-duzem 2.600 litros/dia, e cada vacaconsome de 35 a 40 kg de silagem demilho diariamente. Para o produtor,o investimento valeu à pena.“Quando começamos com a silagemde milho a produção era de 12 litrospor vaca e agora estamos com 22litros”, conta animado.

Silagem: época de preparativos para a colheita

FOTO: GILSON DE SOUZA

Marco Antônio Nogueira trocou asilagem de cana pela de milho

12 Revista Produtor Itambé, ano 1, número 1, janeiro de 2010

Por Fernando Ferreira PinheiroMédico Veterinário e Analista de Captação de Leite da CCPR/Itambé

Prezado produtor, A partir de agora, o Informativo daQua lidade passa a fazer parte da re-vista Produtor Itambé, o que permi-tirá que todos os meses você recebainformações e dicas para melhorarcada vez mais a qualidade do leiteproduzido em sua propriedade.

O tema abordado nesta edição será aimportância da qualidade da água nomeio rural. Preservar a qualidade daágua é hoje um dos principais de-safios enfrentados por todos os se-tores produtivos.

Em todas as etapas da produçãode leite é importante estar atentoà qualidade da água, desde a ali-mentação dos animais, passandopela limpeza de utensílios eequipamentos de ordenha até ahigieni zação das instalações. Éimportante lembrar que depen-dendo do volume de leite pro-duzido e do sistema de produção,a necessidade de ingestão de águade uma vaca pode variar de 40 a120 litros/dia.

A qualidade da água começa peloscuidados em sua fonte. A águadeve proceder de um manancialprotegido de contaminações elivre da poluição ambiental. Por-

tanto, a escolha do ponto de cap-tação de água é muito impor-tante, levando em conside-raçãoa possibilidade de conta minaçãoexterna, principalmente no perí- odo chuvoso.

O objetivo deste informativo émostrar os dois principais tipos defonte de água, superficial e subter-rânea. Dentro de cada tipo serãodemonstrados os exemplos de fontede água, suas vantagens, pontos ne-gativos e cuidados a serem toma-dos. Cada propriedade tem a suafonte de água e, portanto, é impor-tante saber quais os cuidadosdevem ser tomados para manter aqualidade da água.

Qualidade da água no meio rural

Fonte Vantagens Pontos Negativos Captação,Tratamento e Cuidados

Rio, Córrego,açude erepresa

Geralmentepermiteobtergrandes vo-lumes deágua;

Possibilitaatender de-mandas ex-tras de água(irrigação,crescimentodo rebanho).

Presença dematériaorgânica, mi-crorganismos dosolo, sujeita àpoluição ambiental(principalmenteno período chuvoso).

Requer bombeamento para a sua captação.

Fazer a captação distante das margens e acerta distância do fundo do manancial uti-lizado.

Verificar riscos, potenciais de contaminação ede poluição em torno do local de captação.

Usar telas, caixas de decantação simples,tanque de decantação para fazer a clarifi-cação preliminar da água

Usar filtro lento em camada de areia e desin-fecção com cloro (0,4mg/L).

13Revista Produtor Itambé, ano 1, número 1, janeiro de 2010

Fonte: Manual da Qualidade da Água, Processos de captação e tratamento, CCPR-MG Itambé.

Fonte Vantagens Pontos Negativos Captação, Tratamento e Cuidados

Poço Artesiano

Água de boa quali-dade, não neces-sita de tratamentopreliminar.Pode apresentarvazão elevada.

Alto custo da cons -trução;

A vazão pode serbaixa (menos de 5mil litros/hora);

Requer bombeamento para a captação,por meio de tubos de aço;Concretar em volta da tubulação;Aplicar cloro (0,2 a 0,4 mg/L) paramanter a qualidade da água nas caixasde armazenamento e nas canalizações.

PoçoRaso (cisterna,cacimba)

Água de boa qua-lidade, não neces-sita de tratamentopreliminar.

Baixo custo daconstrução

Maior risco de con-taminação em casosde falhas na cons -trução do poço;

A vazão é geral-mente baixa (menosde 2 mil litros/dia).

Requer bombeamento para a captação;Não construir próximo à fossa, cur-ral, esterqueiro e pomar;Impermeabilizar o interior do poçocom tijolos ou manilhas de concreto;Tampa de cimento, protegida emvolta contra enxurradas;Fazer uma desinfecção com cloro (1-2mg/L) por 12h logo após a cons -trução do poço;Aplicar cloro (0,2 a 0,4 mg/L) paramanter a qualidade da água nas caixasde armazenamento e nas canalizações.Observar regularmente as condiçõesde construção da tampa de concretoe da proteção em torno do poço;

Nascente(mina dee encostae minadifusa)

Água de boa qua-lidade;

Baixo custo decaptação;

Maior risco de con-taminação se hou-ver falhas nacaptação ou notratamento danascente;

Captar preferencialmente do interiordo lençol d’água (mina de encosta).Acumular a água em uma caixa oupoço (mina difusa) para possibilitar obombeamento.Aplicar cloro (0,2 a 0,4 mg/L) paramanter a qualidade da água nascaixas de armazenamento e nascanalizações.Em casos de mina difusa recomendam-se os processos de clarificação, filtraçãoe desinfecção pelo cloro (0,4mg/L)

14 Revista Produtor Itambé, ano 1, número 1, janeiro de 2010

Por Ângela Resende LadeiraCorrespondente da Capal

Nascido em Araxá e criado na “roça,o produtor rural, economista e ad-ministrador de empresas Fausto deÁvila, hoje aos 67 anos, está vivendosua primeira experiência como es-critor, com o livro infantil que contaa história do seu time do coração:Cruzeiro Esporte Clube.

A vida profissional de Fausto de Ávilafoi construída numa trajetória demuitas lutas e conquistas desde seuprimeiro emprego de carteiro dosCorreios; depois em Belo Horizonte,onde trabalhou em grandes empre-sas; até o início da década de 80,quando voltou para Araxá e ingressoupara valer na atividade agropecuária.

Nesse processo, nos últimos 20anos, pode-se destacar sua atuaçãona Cooperativa Agropecuária deAraxá (Capal), onde foi presidentee atualmente é diretor comercial;no Sindicato Rural de Araxá, ondeexerceu os mesmos cargos; além deser diretor da Faemg há vários anos.

Mas essa história muitos já co-nhecem. A novidade agora é queFausto se tornou escritor! O livro falado Cruzeiro, time do qual é torcedorfanático. Entretanto, quando aindavivia na fazenda, seu time do coraçãoera o Botafogo e Fausto faz questãode justificar por quê. “Naquela épocaas rádios de BH não chegavam à nossaregião, daí a influência dos times ca-riocas”, explica.

Ele lembra com emoção da épocaem que seu saudoso pai, Carlos deÁvila Júnior, flamenguista fanático,tentava, em vão, influenciar os fi-lhos a seguir sua paixão pelo rubro-

negro. Saía da fazenda e viajava detrem com eles para assistir aos jogosdo Flamengo em Uberaba e tambémaos treinos da seleção brasileira, nasCopas de 50 e 58, que estava con-centrada em Araxá.

Fausto se tornou um cruzeirenseconvicto quando, em 1964, mudou-se para BH para estudar. “Naquelaépoca o time, preparando-se para ainauguração do Mineirão, montouuma grande equipe, revelandocraques como Dirceu Lopes, Tostão,Raul e outros, tornando-se campeãobrasileiro em 66, diante do Santosde Pelé. E desde então, o Cruzeirosó vem me proporcionando grandesalegrias”, ressalta.

E como seu irmão Eduardo recusou-se a produzir o livro do Cruzeiro,apesar de ter escrito sobre váriasgrandes equipes brasileiras, inclu-sive o Atlético Mineiro (time para oqual, ainda criança, tornou-setorcedor em troca de uma balachita), Fausto conta que resolveu“empatar” o jogo, assumindo o de-safio de escrever. “Mas não tenho apretensão de ser considerado umescritor. Sou apenas um torcedorque conhece a história do seu timee tem o sonho de compartilharcom os colegas cruzeirenses, espe-cialmente o público infantil, paraque venham a ter alegrias, comotenho vivido durante todo esteperíodo”, enfatiza.

Paixão transformada em letrasFOTO: JOÃO LIMA

Fausto de Ávila, produtor de leite e escritor