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Rima Barragem Ipojuca ›› 66
13 ESTUDOS E PROJETOS EXPECTATIVA DA POPULAÇÃO EM RELAÇÃO À IMPLANTAÇÃO DO PROJETO MA POPULAÇÃO I T R L 2 CE MODER. MI
14 REMANEJAMENTO DE POPULAÇÃO
TRANSFERÊNCIA OU RETIRADA COMPULSÓRIA DA POPULAÇÃO QUE HABITA HOJE A ADA MA POPULAÇÃO D T I L 4 CE MUITO ALTA CO / MI
15 REMANEJAMENTO DE POPULAÇÃO
RUPTURA DE ATIVOS/REDES SOCIAIS (RELAÇÕES DE VIZINHANÇA, AJUDA MÚTUA, TROCA DE FAVORES ETC.)
MA POPULAÇÃO D T R L 4 MP ALTA MI
16 REMANEJAMENTO DE POPULAÇÃO
CRIAÇÃO DE PÓLOS DE ATRAÇÃO MIGRATÓRIA E AUMENTO DA DEMANDA DE SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS SOCIAIS, OS CONSEQÜENTES RISCOS DE COLAPSO DESTES SETORES
MA POPULAÇÃO I P R AID 2 P BAIXA MI
17 REMANEJAMENTO DE POPULAÇÃO
PARALISAÇÃO, REDUÇÃO OU INCREMENTO DE ATIVIDADES ECONÔMICAS MA ATIVIDADES
ECONÔMICAS I T R L 3 MP ALTA MI
18IMPLANTAÇÃO DO
CANTEIRO / CONTRATAÇÃO DE MÃO
DE OBRA
DÉFICIT DE SERVIÇOS MÉDICO-HOSPITALARES NA CONSTRUÇÃO DAS OBRAS FACE AO INCREMENTO DA POPULAÇÃO
MA SAÚDE PÚBLICA I T R L 3 PP BAIXA CO / MI
19 IMPLANTAÇÃO DO CANTEIRO / OBRA CIVIL
GERAÇÃO DE EFLUENTES INDUSTRIAIS E DOMÉSTICOS COM POTENCIAL POLUIDOR DURANTE A OPERAÇÃO DO(S) CANTEIRO(S) DE OBRA
MF QUALIDADE D'ÁGUA D P R L 3 CE ALTA MI
20 IMPLANTAÇÃO DO CANTEIRO / OBRA CIVIL
GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE DIVERSAS TIPOLOGIAS DURANTE A OPERAÇÃO DO(S) CANTEIRO(S) DE OBRA
MF QUALIDADE D'ÁGUA D P R L 3 CE ALTA MI
21 IMPLANTAÇÃO DO CANTEIRO / OBRA CIVIL
AUMENTO DOS NÍVEIS DE RUÍDO , BEM COMO DE MATERIAL PARTICULADO E OUTROS POLUENTES DO AR
MF QUALIDADE DO AR D P R L 2 CE MODER. MI
22 EXPLORAÇÃO DE JAZIDAS E USO DE BOTA-FORAS
DEGRADAÇÃO DAS ÁREAS DE EMPRÉSTIMO E BOTA-FORA MF MORFOLOGIA D T R L 3 CE ALTA MI
23 EXPLORAÇÃO DE JAZIDAS E USO DE BOTA-FORAS
POSSIBILIDADE DE EXPOSIÇÃO E DESTRUIÇÃO DAS ESTRUTURAS HISTÓRICAS E PRÉ-COLONIAIS NÃO CONHECIDAS, E/OU DESTRUIÇÃO DE FONTES PRETÉRITAS DE MATÉRIA-PRIMA
MA PATRIMÔNIO CULTURAL D T R L 4 P MODER. MI
IMPORTÂNCIA CONTROLE DO IMPACTON° AÇÃO IMPACTANTE DESCRIÇÃO
DO IMPACTODIRECIONALIDADE
MF / MB / MANATUREZA
D / IFREQUÊNCIA
T / C / PREVERSIBILI-
DADER / I
ABRANGÊNCIAL / AID / RG / G
MAGNITUDE 1 / 2 / 3 / 4
INCERTEZARE / PP / P /
MP / CEIMPACTOS NEGATIVOS
I. NEGATIVOS NA FASE DE PLANEJAMENTO
I. NEGATIVOS NA FASE DE IMPLANTAÇÃO
Rima Barragem Ipojuca ›› 67
24 OBRA CIVIL
RISCOS DE ACIDENTES COM A POPULAÇÃO LOCAL E COM PESSOAL ALOCADO ÀS OBRAS EM DECORRÊNCIA DO TRÂNSITO PESADO E PRESENÇA DE MÁQUINAS
MA SAÚDE PÚBLICA I P R L 3 P MODER. MI
25OBRA CIVIL /
ESCAVAÇÕES NO LEITO DO RIO
RISCOS E DESCONFORTOS ASSOCIADOS À PROVÁVEL UTILIZAÇAO DE EXPLOSIVOS PARA DESMONTE DE MATERIAL ROCHOSO NO LEITO DO RIO
MA SAÚDE PÚBLICA D T R L 3 MP ALTA MI
26OBRA CIVIL /
ESCAVAÇÕES NO LEITO DO RIO
AUMENTO DA TURBIDEZ D'ÁGUA E CARREAMENTO DE PARTÍCULAS PARA JUSANTE DO PONTO DE BARRAMENTO
MF QUALIDADE D'ÁGUA D P R L 3 MP ALTA MI
27OBRA CIVIL /
CONSTRUÇÃO DA BARRAGEM
POSSIBILIDADE DE SOTERRAMENTO DE ESTRUTURAS HISTÓRICAS E PRÉ-COLONIAIS NÃO CONHECIDAS
MA PATRIMÔNIO CULTURAL D T R L 4 P MODER. MI
28OBRA CIVIL /
CONSTRUÇÃO DA BARRAGEM
INTERRUPÇÃO DA MIGRAÇÃO DE PEIXES MB ICTIOFAUNA D P I RG 1 PP MUITO BAIXA MI
29 LIMPEZA DO RESERVATÓRIO SUPRESSÃO DE REMANESCENTES FLORESTAIS MB FLORA
TERRESTRE D T I L 3 CE ALTA CO
30 LIMPEZA DO RESERVATÓRIO PERDA DE MATA CILIAR E VÁRZEAS ALAGÁVEIS MB FLORA
TERRESTRE D T I L 3 CE ALTA CO
31 LIMPEZA DO RESERVATÓRIO
PERDA DE HABITAT DE FAUNA TERRESTRE E DESLOCAMENTO DE INDIVÍDUOS DAS ESPÉCIES ANIMAIS PARA ÁREAS CONTÍGUAS DE MATA NÃO IMPACTADA, DENTRO DE UM MESMO FRAGMENTO FLORESTAL.
MB FAUNA D T I L 3 CE ALTA CO
32 LIMPEZA DO RESERVATÓRIO
POSSÍVEL GERAÇÃO OU INTENSIFICAÇÃO DE PROCESSOS EROSIVOS E CONSEQUENTE AUMENTO DO ASSOREAMENTO DO RESERVATÓRIO
MF SOLO D T R L 2 MP MODER. MI
33 ENCHIMENTO DO RESERVATÓRIO
TRANSFORMAÇÃO DO AMBIENTE LÓTICO PARA LENTICO OU MISTO MF HIDROGRAFIA D T I L 4 CE MUITO ALTA CO
34 ENCHIMENTO DO RESERVATÓRIO
AUMENTO DA PROPENSÃO A INSTABILIDADE DOS TALUDES NATURAIS MF SOLO D T I L 2 MP MODER. MI
35 ENCHIMENTO DO RESERVATÓRIO
ELEVAÇÃO DO NÍVEL DO LENÇOL FREÁTICO, COM O ALAGAMENTO DE ÁREA DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA
MF ÁGUA SUBTERRÂNEA D T I L 1 CE MODER. SNI
ABRANGÊNCIAL / AID / RG / G
MAGNITUDE 1 / 2 / 3 / 4
INCERTEZARE / PP / P /
MP / CE
IMPORTÂNCIA CONTROLE DO IMPACTON° AÇÃO IMPACTANTE DESCRIÇÃO
DO IMPACTODIRECIONALIDADE
MF / MB / MANATUREZA
D / IFREQUÊNCIA
T / C / PREVERSIBILI-
DADER / I
Rima Barragem Ipojuca ›› 68
36 ENCHIMENTO DO RESERVATÓRIO
PERDA DE ÁREAS COM POTENCIAL DE EXPLORAÇÃO MINERAÇÃO, ESPECIALMENTE AREIA MF RIQUEZA MINERAL D T I L 3 CE ALTA CO
37 ENCHIMENTO DO RESERVATÓRIO
POSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO DA SISMICIDADE NATURAL MF SISMICIDADE D T I RG 2 RE MODER. SNI
38 ENCHIMENTO DO RESERVATÓRIO
PERDA DE TERRAS PRODUTIVAS DE LAVOURAS DE SUBSISTÊNCIA E DE CULTIVO DE CANA-DE-AÇUCAR) MA POPULAÇÃO D T I L 3 CE ALTA CO
39 ENCHIMENTO DO RESERVATÓRIO PERDA DE INFRA-ESTRUTURA PÚBLICA E PRIVADA MA INFRA-
ESTRUTURA D T I L 2 CE MODER. CO
40 ENCHIMENTO DO RESERVATÓRIO
PERDA DA COMUNICAÇÃO VIÁRIA ENTRE AS DUAS MARGENS DO RIO, AFETANDO A REDE DE PERCURSOS DA POPULAÇÃO E A ATIVIDADE CANAVIEIRA
MA INFRA-ESTRUTURA D T I L 4 CE MUITO ALTA CO
41 ENCHIMENTO DO RESERVATÓRIO
PERDA DE CORREDEIRAS NO RIO IPOJUCA, APROVEITADAS PELA POPULAÇÃO LOCAL E COMO ATRATIVO TURÍSTICO DO MUNICÍPIO
MA TURISMO D T I L 2 CE MODER. CO
42 ENCHIMENTO DO RESERVATÓRIO
CRIAÇÃO DE UMA SITUAÇÃO DE RISCO POTENCIAL PARA AS COMUNIDADES, EM FUNÇÃO DA PRESENÇA DA BARRAGEM
MA SAÚDE PÚBLICA D P I AID 4 CE MUITO ALTA MI
43 ENCHIMENTO DO RESERVATÓRIO
POSSIBILIDADE DE SUBMERSÃO DE ESTRUTURAS, EDIFICAÇÕES E SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS NÃO CONHECIDOS
MA PATRIMÔNIO CULTURAL D T R L 4 MP ALTA MI
44 OPERAÇÃO EM SITUAÇÃO EMERGENCIAL
ALTERAÇÃO DO REGIME HÍDRICO COM A REDUÇÃO DOS PICOS DE CHEIAS NATURAIS A JUSANTE, MAS TAMBÉM COM A ELEVAÇÃO DOS NÍVEIS DE ÁGUA A MONTANTE POR EFEITOS DO REMANSO
MF HIDROGRAFIA D P I AID 4 CE MUITO ALTA MI
45 OPERAÇÃO EM SITUAÇÃO ROTINEIRA
ALTERAÇÃO DO REGIME HÍDRICO COM A GERAÇÃO DE PERÍODOS DE VAZÃO REDUZIDA A JUSANTE DA BARRAGEM, CAUSANDO CONFLITOS PELO USO D'ÁGUA
MF HIDROGRAFIA D P I AID 3 CE ALTA MI
46 OPERAÇÃO EM SITUAÇÃO ROTINEIRA
PERDA DE ÁGUA NO RESERVATÓRIO POR EVAPORAÇÃO E INFILTRAÇÃO MF HIDROGRAFIA I P I L 1 CE MODER. SNI
47 OPERAÇÃO EM SITUAÇÃO ROTINEIRA
GERAÇÃO DE GASES DE EFEITO ESTUFA NO RESERVATÓRIO, EM DECORRÊNCIA DA DEGRADAÇÃO DA MATÉRIA ORGÂNICA PRESENTE NO SOLO E NA ÁGUA
MF AQUECIMENTO GLOBAL I P I G 2 CE MODER. CO
IMPORTÂNCIA CONTROLE DO IMPACTO
NATUREZA D / I
FREQUÊNCIA T / C / P
REVERSIBILI-DADER / I
ABRANGÊNCIAL / AID / RG / G
MAGNITUDE 1 / 2 / 3 / 4
INCERTEZARE / PP / P /
MP / CEN° AÇÃO IMPACTANTE DESCRIÇÃO
DO IMPACTODIRECIONALIDADE
MF / MB / MA
I. NEGATIVOS NA FASE DE OPERAÇÃO
Rima Barragem Ipojuca ›› 69
48 OPERAÇÃO EM SITUAÇÃO ROTINEIRA
ALTERAÇÕES NO CLIMA, DECORRENTES DA PRESENÇA DO LAGO MF CLIMA I P I RG 1 RE MODER. SNI
49 OPERAÇÃO EM SITUAÇÃO ROTINEIRA
AUMENTO DA CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA POR PRODUTOS QUÍMICOS E SUAS EMBALAGENS, ALÉM DA ENTRADA DE NÍVEIS ELEVADOS DE FÓSFORO E NITROGÊNIO PROVENIENTES DE ESGOTOS DOMÉSTICOS E FONTES NÃO PONTUAIS.
MF QUALIDADE D'ÁGUA I P R AID 3 P MODER. MI
50 OPERAÇÃO EM SITUAÇÃO ROTINEIRA
POSSIBILIDADE DO SURGIMENTO DE FLORAÇÕES DE CIANOBACTÉRIAS POTENCIALMENTE TÓXICAS MB BIOTA AQUÁTICA D P R RG 2 MP MODER. MI
51 OPERAÇÃO EM SITUAÇÃO ROTINEIRA
MUDANÇA DA CADEIA TRÓFICA AQUÁTICA (ADAPTAÇÃO AO AMBIENTE LÊNTICO) MB BIOTA AQUÁTICA D P I L 2 CE MODER. CO
52 OPERAÇÃO EM SITUAÇÃO ROTINEIRA AUMENTO DA POPULAÇÃO DE MACRÓFITAS MB BIOTA AQUÁTICA I P R L 1 CE MODER. MI
53 OPERAÇÃO EM SITUAÇÃO EMERGENCIAL
RISCO DE OBSTRUÇÃO PARCIAL OU TOTAL DO VERTEDOURO E/OU DESCARGA DE FUNDO POR ENTULHO E DEJEITOS PROVENIENTES DE ESCADA, EM CASO DE ENCHENTE
MA INFRA-ESTRUTURA I C R L 4 P MODER. MI
54 OPERAÇÃO EM SITUAÇÃO EMERGENCIAL
RISCOS DE ACIDENTES COM A POPULAÇÃO, PRINCIPALMENTE AFOGAMENTOS MA SAÚDE PÚBLICA I P R L 4 MP ALTA MI
55 IMPLANTAÇÃO DE PBA'S POSSIBILIDADE DE OCUPAÇÃO DESORDENADA DO ENTORNO DA ÁREA POR PARTE DA POPULAÇÃO MA ATIVIDADES
ECONÔMICAS I P R L 3 P MODER. MI
56 IMPLANTAÇÃO DE PBA'SDESENCADEAMENTO, REDUÇÃO OU INTENSIFICAÇÃO DE CONFLITOS PELO USO DA TERRA
MA ATIVIDADES ECONÔMICAS I T R L 3 P MODER. MI
57 OPERAÇÃO EM SITUAÇÃO ROTINEIRA
POSSÍVEL DIMINUIÇÃO DE RENDA DA POPULAÇÃO PESCADORA - DIFICULDADE EM PESCAR COM COVO O PITU (M. CARCINUS)
MA ATIVIDADES ECONÔMICAS I R L 1 MP BAIXA MI
58 OPERAÇÃO EM SITUAÇÃO ROTINEIRA
FACILIDADE DE DISSEMINAÇÃO DE DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA MA SAÚDE PÚBLICA I P R L 4 P MODER. MI
REVERSIBILIDADE: R = REVERSÍVEL - I = IRREVERSÍVEL R = REMOTA - PP = POUCO PROVÁVEL - P = PROVÁVEL - MP = MUITO PROVÁVEL - CE = CERTA
NATUREZA: D = DIRETO - I = INDIRETOFREQUÊNCIA: T = TEMPORÁRIO - C = CÍCLICO - P = PERMANENTE
ABRANGÊNCIAL / AID / RG / G
MAGNITUDE 1 / 2 / 3 / 4
INCERTEZARE / PP / P /
MP / CE
IMPORTÂNCIA CONTROLE DO IMPACTON° AÇÃO IMPACTANTE DESCRIÇÃO
DO IMPACTODIRECIONALIDADE
MF / MB / MANATUREZA
D / IFREQUÊNCIA
T / C / PREVERSIBILI-
DADER / I
MF = MEIO FÍSICO - MB = MEIO BIÓTICO - MA = MEIO ANTRÓPICODIRECIONALIDADE: INCERTEZA:
ABRANGÊNCIA:CONTROLE DO
IMPACTO:MX = MAXIMIZÁVEL - MI = MITIGÁVEL - CO = COMPENSÁVEL - SNI = SEM NECESSIDADE DE INTERVENÇÃO
MAGNITUDE: 1 = BAIXA - 2 = MEDIA BAIXA - 3 = MÉDIA ALTA - 4 = ALTA
L = LOCAL - AID = RESTRITO À AINDA - RG = REGIONAL - G = GLOBAL
Rima Barragem Ipojuca ›› 70
ara muitas dessas ações a Compesa irá se responsabilizar, para outras deverá fazer
contratos e parcerias com várias instituições, como universidades, empresas
especializadas, ONGs e, principalmente, a prefeitura de Ipojuca e mesmo o Governo
Estadual. Algumas dessas ações deverão ser mantidas por toda a vida útil da barragem.
Os Programas Ambientais ao serem executados possibilitarão prevenção, atenuação e
correções de impactos; outros são importantes para monitorar e acompanhar as mudanças que
ocorrerão no meio ambiente da região e outros devem ser implantados para que os benefícios da
Barragem sejam alcançados e que sejam promovidas as melhorias da qualidade de vida das
pessoas da região, principalmente, daquelas que contempladas pelo futuro abastecimento.
A avaliação dos impactos ambientais decorrentes da instalação e operação da Barragem
do Engenho Maranhão levou à elaboração de 15 Programas Ambientais e ainda oito
Subprogramas que se encontram relacionados a alguns Programas. Confira a lista dos Programas
no esquema abaixo:
P
Para que a Barragem Ipojuca possa ser construída e operada com sustentabilidade, o EIA propõe um conjunto de ações para diminuir e compensar as alterações negativas e melhorar as positivas. Essas ações são os Programas de Acompanhamento e Monitoramento que devem ser colocados em prática nas etapas de construção e operação da Barragem.
Rima Barragem Ipojuca ›› 71
A seguir vamos conhecer um pouco mais sobre cada Programa e seus respectivos
Subprogramas
1. Programa de Gestão da Obra
Objetivo
O Programa de Gestão Ambiental da Obra tem como objetivo garantir o cumprimento
e a implementação de todos os Programas Ambientais propostos para o empreendimento
visando à realização das medidas e ações de mitigação, compensação e monitoramento.
Descrição
Este programa deve ser abordado considerando dois grupos de atividades principais:
● Supervisão de obras com enfoque ambiental (acompanhamento, controle e avaliações
funcionais, qualitativas e quantitativas), estruturadas como Atividades de Supervisão
Ambiental;
Programa de Gestão da Obra
Programa de Controle e Monitoramento Ambiental das Obras Ambiental das Obras
Programa de Limpeza da Bacia Hidrográfica Ambiental das Obras
Programa de Monitoramento dos Recursos Hídricos
Programa de Florestamento da Faixa de Proteção do Reservatório
Programa de Monitoramento da Fauna Vertebrada e Marginal
Programa de Educação Ambiental
Programa de Proteção ao Patrimônio Cultural
Programa de Realocação de Infra-estrutura
Programa de Prevenção de Processos Erosivos e Assoreamento
Programa de Reassentamento da População Diretamente Atingida
Programa de Monitoramento de Riscos e Acidentes
Programa Ambiental de Conservação e uso do Entorno do Reservatório
Programa de Comunicação Social
Programa de Recuperação de Áreas Degradadas
Rima Barragem Ipojuca ›› 72
● Gerenciamento da realização dos programas do PBA, viabilizando suas
implementações, as quais envolvem o desenvolvimento de processos da interação,
articulação e informação junto às comunidades e grupos de interesse.
Responsalibidade
O Programa de Gestão da Obra é de responsabilidade da
COMPESA, que poderá executar o programa com a participação
de seus próprios técnicos ou contratar empresa especializada.
2. Programa de Controle e Monitoramento Ambiental das Obras –
PCAO
Objetivo
As ações deste programa visam à proteção dos solos, flora e do manancial hídrico,
contra os impactos potenciais oriundos das atividades construtivas a serem executadas na fase de
implantação do empreendimento.
Descrição
O Acompanhamento e Monitoramento das Obras procurará garantir que as obras e
ações de implantação do empreendimento sejam desenvolvidas dentro de um padrão de
qualidade voltada à minimização dos impactos ambientais, fiscalizando e orientando a aplicação
das medidas preventivas e mitigadoras especificadas no presente Estudo Ambiental e demais
exigências formuladas pelos órgãos ambientais durante o processo de licenciamento.
A fiscalização permanente impede problemas ambientais e reverte a ocorrência de
irregularidade, controlando os processos erosivos, a recuperação de áreas degradadas, controle de
ruído, gases e material particulado, paisagismo, segurança da mão-de-obra, redução do
desconforto e acidentes e proteção da fauna e da flora.
Responsabilidade O Programa de Controle e Monitoramento Ambiental das Obras é de responsabilidade
da empresa construtora a ser contratada pela COMPESA, que poderá executar o programa com a
participação de seus próprios técnicos ou contratar empresa especializada para este trabalho.
Rima Barragem Ipojuca ›› 73
2.1 Subprograma de Gestão dos Resíduos Sólidos e Efluentes
Objetivo
Assegurar que a menor quantidade possível de resíduos seja gerada durante a construção
e que esses resíduos sejam adequadamente coletados, estocados e dispostos de forma a não
resultar em emissões de gases, líquidos ou sólidos que representem impactos significativos sobre
o meio ambiente.
Descrição
O Subprograma de Gestão dos Resíduos Sólidos constitui-se em um
conjunto de recomendações e procedimentos que visam, de um lado, reduzir a um
mínimo a geração de resíduos e, de outro lado, traçar as diretrizes para o manejo e
disposição daqueles resíduos e materiais perigosos ou tóxicos, de forma a minimizar
os seus impactos ambientais.
A COMPESA, através do Subprograma fornecerá as diretrizes do manejo
que devem ser dadas aos resíduos, a serem seguidas pela empresa a ser
contratada para execução das obras.
Responsabilidade
A empreiteira será responsável durante o período da obra e quando da fase de operação
essa passa a ser da COMPESA.
3. Programa de Limpeza da Bacia Hidrográfica
Objetivo
Erradicar a biomassa que possa em seus processos de degradação determinar a presença
de matéria orgânica com prejuízo para a qualidade da água e a instalação de processos de
eutrofização, restringindo o desmatamento ao mínimo necessário à implantação do reservatório.
Descrição
O presente Programa se caracteriza por um conjunto de ações e medidas que objetiva
limpar a área que será inundada de todos os materiais e resíduos que possam causar efeitos
negativos sobre a qualidade da água em função da formação do reservatório artificial.
A extensão da limpeza na área de inundação dependerá do tipo de vegetação, solo,
depósito de lixo e construções diversas que podem contaminar a água aumentando o processo de
eutrofização já ocorrente. A limpeza normalmente consta de demolição de construções civis tais
como fossas, residências, estábulos, etc., e remoção na bacia hidráulica da camada vegetal
Rima Barragem Ipojuca ›› 74
arbustiva e arbórea (árvores com diâmetros superiores a 15 cm), serviço esse feito, geralmente,
com trator de esteira.
Responsabilidade
A implantação do Programa de Limpeza da Bacia Hidráulica é de responsabilidade do
empreendedor – COMPESA, que poderá ser repassada para a construtora contratada para a obra.
4. Programa de Monitoramento dos Recursos Hídricos
Objetivo
Monitorar a qualidade das águas anterior à implantação do
empreendimento, durante a sua construção e após o término das obras com
relação aos parâmetros que podem ser afetados pelo empreendimento, e controlar
a operação hidrológica do reservatório de curto prazo, no que se refere a chuvas
locais e sobre o lago, vazões afluentes e defluentes (vertidas, captadas, ecológicas),
níveis de água e volumes acumulados no reservatório (periodicidade diária) e qualidade
da água.
Descrição
O monitoramento da qualidade da água em diversos pontos do rio, a montante e a
jusante, assim como o monitoramento da água do reservatório é fundamental para o objetivo
final do barramento que é o fornecimento de água à população de parte do município de Ipojuca.
O controle da água do reservatório prioritariamente para consumo humano e uso industrial
garantirá melhor qualidade de vida e o desenvolvimento econômico na região.
O programa deve ter a sua operação iniciada quando do início da construção da
barragem, com a instalação de réguas limnimétricas para a medição dos níveis da água a montante
e a jusante da barragem. Nessa ocasião deverá também ser instalado e operado o pluviômetro.
Com a conclusão da barragem e do vertedor, o Programa será ampliado com a medição
e o registro das vazões ecológicas liberadas para jusante e dos volumes captados no reservatório
para abastecimento de água.
O Programa de Monitoramento dos Recursos Hídricos será permanente, com duração
por toda a vida útil do reservatório. Basicamente, ele será constituído por três Subprogramas:
Subprograma de Monitoramento da Água Superficial; Subprograma de Monitoramento o Nível
de Água Subterrânea e Possíveis Contaminações do Lençol; Subprograma de Monitoramento de
Cianobactérias e Níveis de N e P.
Rima Barragem Ipojuca ›› 75
4.1 Subprograma de monitoramento o nível de água subterrânea e possíveis contaminações do lençol Objetivo
Monitorar o nível da água subterrânea por meio de poços de monitoramentos para se
observar as alterações de nível antes, durante e depois do enchimento do reservatório;
Verificar se há possíveis contaminações do lençol freático nas proximidades de fossas
sépticas dos núcleos rurais.
Descrição
O enchimento do futuro reservatório irá produzir mudanças transitórias e reajustes
permanentes no sistema hidrogeológico local. Durante o período de enchimento ocorre inversão
dos sentidos de fluxo subterrâneo em decorrência da elevação do nível de água do rio,
temporariamente promovendo-se um fluxo do reservatório para o sistema aqüífero.
De forma geral, em longo prazo ocorrerá elevação dos níveis d’água e do nível de
descarga de base local, aumento das cargas hidráulicas do aqüífero com conseqüente decréscimo
nos gradientes hidráulicos e re-equilíbrio com direcionamento do fluxo do aqüífero para os
cursos d’água.
Este programa é exclusivo da fase de Operação do barramento, após o enchimento do
reservatório.
Responsabilidade
A implantação e a manutenção de equipamentos de medição de chuvas e de níveis de
água, assim como a operação do programa e seus subprogramas é de responsabilidade da
COMPESA.
4.2 Subprograma de monitoramento da água superficial
Objetivo
Monitorar a qualidade das águas anterior à implantação do empreendimento,
durante a sua construção e após o término das obras com relação aos parâmetros
que podem ser afetados pelo empreendimento
Descrição
Neste programa devem ser estabelecidos e georeferenciados os locais
a serem amostrados, de acordo com as possíveis áreas críticas, a freqüência de
coleta e análise de amostras, e os parâmetros que devem ser analisados.
Rima Barragem Ipojuca ›› 76
Responsabilidade A equipe de execução das análises será composta por um biólogo com especialidade em
identificação e contagem de cianobactérias e um químico para análise do nitrogênio e fósforo na
água.
4.3 Subprograma de monitoramento da qualidade da água
Objetivo
Monitorar cianobactérias e níveis de nitrogênio (N) e fósforo (P) no reservatório da
Barragem do Rio Ipojuca - Engenho Maranhão.
Descrição
A substituição de ambiente lótico por lêntico ou misto aumenta os níveis de nitrogênio
e fósforo e aumenta as populações de cianobactérias potencialmente tóxicas.
A presença de cianobactérias em ambientes dulciaquícolas pode trazer conseqüências
bastante danosas ao ambiente, quando esses organismos se reproduzem demasiadamente
provocando o fenômeno conhecido por “floração”. Há possibilidade de que esses organismos
em elevadas densidades populacionais, produzam substâncias tóxicas (cianotoxinas) que quando
entram na cadeia trófica provocam graves consequências, como mortandade de peixes,
contaminação humana através de contato primário com a água ou consumo de alimentos
provenientes dessas águas.
Este Subprograma deve ser iniciado antes das obras para servir de referência para o
monitoramento durante a fase de construção e de operação do reservatório.
Responsabilidade
A equipe de execução das análises será composta por um biólogo com especialidade em
identificação e contagem de cianobactérias e um químico para análise do nitrogênio e fósforo na
água.
5. Programa de Recuperação de Áreas Degradadas
Objetivo
Identificar e apresentar as medidas preventivas e corretivas a serem adotadas, para a
recuperação e conservação das áreas de exploração mineral, de execução de bota-fora, e na
implantação do canteiro de obras.
Rima Barragem Ipojuca ›› 77
Descrição O Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) é um instrumento gerencial
que visa estabelecer as diretrizes ambientais a serem empregadas, na
reabilitação das áreas impactadas na fase de implantação do
empreendimento, de maneira a minimizar os efeitos negativos dos
impactos gerados durante as obras, e reintegrar as mesmas à paisagem
local.
Normalmente entendido como recuperação de áreas de jazidas,
empréstimos e bota-fora, o PRAD se aplica a todas as condições e locais
onde a paisagem ou a condição natural do ambiente foi alterada para
execução de uma obra, como por exemplo, área de canteiro de obras,
oficinas e depósito de material coberto ou a céu aberto, que, após conclusão da obra, não fazem
parte da área de uso direto, mas é abandonada, devendo, portanto, ser recuperada, ou ter as
condições de alteração mitigadas por um conjunto de ações que vão do aterramento,
remodelagem da topografia à revegetação, ou ainda, redefinição do uso, como no caso de
transformação de uma área de pedreira em açude para contenção de água.
Responsabilidade
A implantação do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas é de responsabilidade
da COMPESA, que poderá ser repassada para a construtora contratada para a execução das obras
ou empresa especializada, com os termos de compromisso devidamente estabelecidos em
contrato.
6. Programa de Prevenção de Processos Erosivos e Assoreamento
Objetivo
Estabelecer e consolidar ações que permitam um efetivo controle dos processos
erosivos, bem como permitir o monitoramento visando à avaliação da eficiência dessas ações,
inclusive após a implantação da obra.
Descrição
O processo erosivo acarreta assoreamento de rios e de outros mananciais e o aumento
da turbidez da água. Este processo resulta em uma cadeia de eventos no ecossistema aquático em
conseqüência da redução da capacidade de penetração da luz solar. Com baixa luminosidade
ocorre redução da vegetação aquática, limitando a fonte de alimento na cadeia alimentar dos
peixes resultando no desequilíbrio do ecossistema aquático e perda de recurso para a pesca
Rima Barragem Ipojuca ›› 78
artesanal, típica do rio Ipojuca, equilíbrio já bastante comprometido com a poluição decorrente
de esgotamentos sanitários e produtos drenados das áreas agrícolas e de pecuária ao longo da
bacia.
O Programa de Prevenção de Processos Erosivos e Assoreamento está associado aos
Programas de Recuperação de Áreas Degradadas, de Monitoramento dos Recursos Hídricos e ao
Programa de Florestamento da Faixa de Proteção do Reservatório.
Dentre as diretrizes para o Programa devem ser considerados:
● Evitar a remoção da vegetação nativa, sempre que possível;
● Evitar revolvimento extensivo do solo;
● Proteger as áreas destituídas de vegetação com outra cobertura vegetal de crescimento
rápido.
Responsabilidade A implantação do Programa de Prevenção de Processos Erosivos e Assoreamento é de
responsabilidade da construtora, a ser efetivado durante toda fase de implantação e
desmobilização das atividades construtivas, devendo a COMPESA, assegurar
sua fiel execução.
7 Programa de Florestamento da Faixa de Proteção do Reservatório
Objetivo
Revegetar as futuras áreas de preservação permanente e aquelas sujeitas à
erosão.
Descrição
A cobertura vegetal tem papel importante na estabilidade do solo, pois amortece o
impacto da chuva e contém a energia (dissipa parcialmente a energia) do escoamento superficial.
Em conseqüência, aumenta o tempo disponível para absorção da água pelos solos e subsolos, ao
mesmo tempo em que minimiza a instalação de processos erosivos e as instabilidades dos
maciços de terra daí decorrentes.
A revegetação das áreas sujeitas aos fenômenos antes descritos, logo ao encerrar o uso
provisório, evitará o surgimento ou, ao menos, minimizará as conseqüências dos processos de
degradação. Vale ressaltar que o projeto deverá priorizar as espécies adaptadas à região,
Rima Barragem Ipojuca ›› 79
selecionando aquelas que mais se adaptem às características físico/químicas do solo nos locais de
plantio, condições de umidade e condições de insolação.
Responsabilidade A implantação do Programa de Florestamento da Faixa de Proteção do Reservatório é
de responsabilidade da COMPESA, que poderá ser repassada para a construtora contratada para
a execução das obras ou empresa especializada.
8. Programa Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório
Objetivo
Reafirmar os Programas Ambientais constantes no Plano
Básico Ambiental como instrumentos de planejamento, implementação
e monitoramento das medidas preconizadas no EIA, fazendo-os
integrante desse Plano de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório.
Descrição
O Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório é previsto pela
Resolução CONAMA 302/2002 que dispõe sobre os parâmetros, definições e limites de Áreas de
Preservação Permanente – APP de reservatórios artificiais e o regime de uso do entorno.
Na verdade, o Programa trata, em sua quase totalidade, da articulação dos Programas
Ambientais elaborados para integrar o Plano Básico Ambiental, que garantirá a construção e
operação do empreendimento de forma adequada e harmoniosa com o meio ambiente,
minimizando e compensando impactos e potencializando oportunidades de conservação e
valorização dos recursos ambientais.
Responsabilidade
A COMPESA, no âmbito do procedimento de licenciamento ambiental, deve elaborar o
plano ambiental de conservação e uso do entorno de reservatório artificial em conformidade com
o termo de referência expedido pelo órgão ambiental competente.
9. Programa de monitoramento da fauna vertebrada e marginal
Objetivo
Manejar as espécies animais (principalmente vertebrados terrestres) nas áreas a serem
desmatadas e/ou alagadas com o propósito de minimizar os impactos sobre a fauna silvestre.
Rima Barragem Ipojuca ›› 80
Descrição
De um modo geral são bastante expressivos os impactos na fauna silvestre, causados
pela implantação de reservatórios. Em geral as operações de resgate minimizam, com maior
eficiência, os impactos adversos diante da opinião pública. Todavia, os resultados perante a real
conservação da fauna, não traduzem a mesma eficiência. O resgate e a soltura de espécimes são
bastante discutíveis do ponto de vista conservacionista das populações animais, uma vez que a
soltura de espécimes capturados, em fragmentos adjacentes, sem um prévio estudo da capacidade
de suporte dos mesmos, não deve ser recomendada, haja vista o aumento populacional das
espécies resgatadas nestas áreas e o conseqüente desequilíbrio ecológico resultante da interação
competitiva (impacto predatório).
Assim, na maior parte das áreas a serem diretamente impactadas, os procedimentos mais
comuns serão o de afugentamento, natural ou induzido, para um ou mais remanescentes, de
preferência contíguos ao futuro reservatório.
Com relação à destinação de espécimes capturados da fauna, consideram-se as seguintes
possibilidades: soltura imediata nas margens ou áreas de destino animal; soltura após
confinamento mínimo e aproveitamento científico.
Responsabilidade
A implantação do Plano de Manejo da Fauna Durante a Supressão da Vegetação é de
responsabilidade da COMPESA, que poderá ser repassada para a construtora contratada para a
execução das obras ou empresa especializada e/ou profissionais habilitados.
10. Programa de Comunicação Social
Objetivo
Transmitir as informações básicas relativas ao empreendimento
evitando a divulgação de notícias equivocadas que geram falsas expectativas e
um clima de insegurança na região de implantação do projeto.
Descrição
A implantação da Barragem do Rio Ipojuca - Engenho Maranhão vai gerar grande
interferência na rotina da população local, gerando expectativas e demandas diferenciadas com
referência a implantação e operação do empreendimento. Para garantir a implantação do projeto
com o mínimo de incômodo de vizinhança torna-se imprescindível a implantação de um
Programa de Comunicação e Educação Ambiental com as comunidades locais e funcionários da
obra.
Rima Barragem Ipojuca ›› 81
A ausência de comunicação entre o empreendedor e as empresas responsáveis pela
implantação e operacionalização das obras pode complicar a implantação do projeto e acentuar
os impactos gerados pelo empreendimento. Falta de esclarecimentos adequados sobre o
cronograma das obras, mão-de-obra envolvida, aquisição e/ou desapropriação das terras,
remanejamentos da população, interrupção de estradas vicinais utilizadas para o tráfego da
população e transporte da produção canavieira etc., promovem expectativas e desentendimentos
permitindo a geração de conflito de interesses, dificultando as negociações e o ajuste da
população regional para a nova realidade local.
O Programa de Comunicação Social é um dos mais importantes na implantação
harmônica do empreendimento, na medida em que é pró-ativo, permitindo o estabelecimento de
uma aproximação com a população local, esclarecendo em tempo as suas principais dúvidas,
minimizando expectativas e reduzindo o incomodo de vizinhança inerente a qualquer obra civil.
Responsabilidade
A implantação do Programa de Comunicação Social terá início antes do início das obras
e mantido durante toda sua execução que é de responsabilidade da COMPESA, que poderá
repassar a execução para empresa especializada.
11. Programa de Educação Ambiental
Objetivo
Desenvolver ações educativas, a serem formuladas através de
um processo participativo, visando capacitar/habilitar setores sociais,
com ênfase nos afetados diretamente pelo empreendimento, para uma
atuação efetiva na melhoria da qualidade ambiental e de vida na região.
Descrição
Diante da dificuldade da população, de modo geral, de entender e aplicar o uso
sustentável dos recursos do meio ambiente vê-se a escola como o local adequado para a tarefa de
conscientizar crianças e jovens sobre os problemas ambientais atuais e futuros de seu espaço de
vivência diária. O posicionamento correto do indivíduo frente à questão ambiental dependerá de
sua sensibilidade e da interiorização de conceitos e valores, que devem ser trabalhados de forma
gradativa e contínua e, sobretudo nas séries iniciais do ensino fundamental, devendo ocorrer
através da observação dos fatos cotidianos e dos problemas mais próximos. Assim, o Programa
de Educação Ambiental se tornará um instrumento de gestão na medida em que auxilia na
Rima Barragem Ipojuca ›› 82
formação de um cidadão capaz de uma observação crítica da sua realidade e um ator ativo na
construção de um ambiente urbano e natural preservado.
Para a elaboração do Programa deve ser adotada a concepção de que a educação
ambiental, no âmbito das atividades de gestão ambiental, deve ser entendida como um processo
que tem como objetivo proporcionar condições para a produção e aquisição de conhecimentos e
habilidades, bem como o desenvolvimento e assimilação de atitudes, hábitos e valores,
viabilizando a participação da comunidade na gestão do uso dos recursos naturais e na tomada de
decisões que afetam a qualidade dos meios natural e antrópico.
Neste sentido, o Programa de Educação Ambiental deve centrar seu foco em torno das
situações concretas vividas pelos diferentes setores sociais, reconhecendo a pluralidade e
diversidade culturais e ter um caráter interdisciplinar.
Responsabilidade
A implantação do Programa de Educação Ambiental é de responsabilidade da
COMPESA, que poderá ser repassada para a construtora contratada para a execução das obras
ou empresa especializada, com os termos de compromisso devidamente estabelecidos em
contrato, devendo ter início antes do lançamento do projeto construtivo e se prolongar por todo
tempo da obra.
12. Programa de Proteção ao Patrimônio Cultural
Objetivo
Estimar a quantidade de sítios arqueológicos existentes nas áreas a serem
afetadas diretamente pelo empreendimento e a extensão, profundidade,
diversidade cultural e grau de preservação nos depósitos arqueológicos com vistas
ao detalhamento do Programa de Resgate a ser executado na última fase de
licenciamento do empreendimento.
Descrição
Considerando-se a amplitude e a densidade das ocupações pré-histórica da área,
referidas através da documentação textual e dos sítios arqueológicos localizados durante a
pesquisa exploratória na fase de diagnóstico realizada em áreas de influência direta – AID e
diretamente afetada – ADA, as obras a serem realizadas para a implantação da Barragem no
Engenho Maranhão poderão potencialmente provocar danos em sítios arqueológicos.
Rima Barragem Ipojuca ›› 83
Por outro lado, o empreendimento projetado pressupõe o alagamento de uma extensão
de área gerando a possibilidade de propiciar impactos ou perda definitiva sobre o patrimônio
histórico-arqueológico regional.
12.1 Subprograma Prospecção Arqueológica
Este Subprograma deverá considerar as peculiaridades inerentes à implantação e uso de
cada área, estabelecendo uma grade amostral específica para cada uma delas, em função ainda do
tipo de terreno. Com base na grade amostral de cada área, deverão ser realizados cortes testes nos
diferentes compartimentos que integram cada uma das áreas do empreendimento passíveis de
sofrer intervenção de movimentação de terra.
O subprograma deverá ser implantado antes da construção da barragem. O relatório e
as fichas dos sítios deverão ser encaminhados ao IPHAN, juntamente com o pedido da liberação
do salvamento.
12.2 Subprograma de Resgate Arqueológico
Este subprograma deve ser detalhado com base nos resultados do Programa de
Prospecção intensiva e pretende a implantação do estudo do Patrimônio Arqueológico na área de
execução do empreendimento como forma de garantir a preservação do patrimônio cultural, o
qual engloba eventuais elementos pré-históricos e históricos da área de interesse e sua
salvaguarda.
12.3 Subprograma de Educação Patrimonial
A premissa básica para a preservação é o conhecimento e o interesse. Assim, para que a
população local contribua para a preservação, faz-se necessário que conheça, e que possa
identificar os vestígios de interesse arqueológico.
Deste modo o desenvolvimento de um programa de Educação Patrimonial tem como
público alunos e professores das escolas localizadas nas proximidades do empreendimento, os
profissionais ligados ao empreendimento e os proprietários das terras a serem prospectadas, de
modo a capacitá-los para o reconhecimento expedito de vestígios arqueológicos.
O subprograma poderá ser executado a partir da promoção de cursos, palestras,
produção de vídeo sobre os trabalhos de arqueologia, cartilhas em quantidade suficiente para
serem distribuídas durante as palestras nas comunidades e para os trabalhadores. As ações de
Rima Barragem Ipojuca ›› 84
educação patrimonial devem ser assumidas, posteriormente as fases de trabalho de campo dos
arqueólogos, pelos agentes multiplicadores, pela comunidade e pelo poder público.
12.4 Subprograma de Acompanhamento e Monitoramento Arqueológico e dos Bens Históricos
O monitoramento arqueológico visa o cadastramento e salvamento arqueológico, de
eventuais vestígios arqueológicos que não tenham sido detectados quer à superfície, quer durante
a prospecção de subsuperfície.
Responsabilidade
O Programa de Prospecção Arqueológica e seus Subprogramas deverão ser elaborados
por equipe de arqueologia e custeado pela COMPESA que deverá prever sua inclusão nos custos
da obra.
13. Programa de Relocação de Infra-estrutura
Objetivo
Recomposição específica de toda a infra-estrutura atingida pelas ações decorrentes da
implantação do Empreendimento.
Descrição
A implantação do Empreendimento resultará num conjunto de impactos à infra-
estrutura local e regional, sendo, portanto, necessário a execução de ações de recomposição dessa
infra-estrutura afetada, com vistas à compensação e/ou mitigação desses impactos.
A recomposição dessa infra-estrutura compreende, além da relocação de trechos e/ou
elementos afetados, a construção de trechos e/ou elementos complementares para atender às
novas necessidades de infra-estrutura no entorno do reservatório, resultantes da implantação e
operação do Empreendimento.
Importante ressaltar que, no âmbito deste Programa é considerada como recomposição
da infra-estrutura afetada, especialmente no que se refere ao sistema viário, a re-implantação de
estradas de rodagem e de pontes, bem como postes de eletrificação, iluminação pública e
telefonia, abrigos de parada de ônibus e prédios públicos e de interesse social como escola,
centros sociais, etc.
Rima Barragem Ipojuca ›› 85
Responsabilidade O responsável por este Programa será a COMPESA em parceria com as prefeituras
municipais inseridas na AII, ouvidos os usuários da infra-estrutura afetada, especialmente as
estradas vicinais de atendimento às usinas locais.
14. Programa de Reassentamento da População Diretamente Atingida
Objetivo
Assegurar a compensação pela perda de
bens, buscando a restauração ou a melhoria dos
meios de sobrevivência e dos padrões de vida das
pessoas reassentadas.
Descrição
O remanejamento pode se constituir em
fator de empobrecimento de populações, caso não
seja implantado um programa visando assegurar não
apenas o ordenamento dos traslados, mas que busque assegurar padrões de qualidade de vida
dignos, principalmente para os segmentos mais vulneráveis das famílias atingidas.
Do ponto de vista operacional, o remanejamento de populações requer a realização de
ações complexas, que se desdobram em um conjunto de atividades inter-relacionadas, tais como:
preparação para a mudança, traslado e reassentamento propriamente dito – implica apoio aos
reassentados na fase pós-traslados, de modo a garantir o bem-estar das pessoas, na fase de
transição/adaptação aos novos locais de residência.
Dada a complexidade que envolve os processos de remanejamento de populações, é
recomendável organizar as ações em quatro etapas distintas e complementares entre si:
Etapa 1 – Cadastro das famílias, imóveis e benfeitorias
Etapa 2 - Preparação da população para o a mudança
Etapa 3 - Elaboração do projeto de remanejamento
Etapa 4 - Organização da população na nova residência
Responsabilidade
A execução do Programa é de responsabilidade da COMPESA, podendo para isto
terceirizar a atividade através da contratação de empresa especializada.
Rima Barragem Ipojuca ›› 86
15. Programa de Monitoramento de Riscos e Acidentes
Objetivo
Administrar, realizar e controlar as atividades realizadas por terceiros, considerando e
fazendo cumprir as orientações estabelecidas pelo Plano de Gerenciamento de Segurança do
Trabalho.
Descrição A análise e o gerenciamento de riscos em uma obra hidráulica são ferramentas que
permitem a identificação dos problemas potenciais e o planejamento de ações que visem
minimizar os riscos de diferentes tipos de acidentes.
Na fase inicial da obra serão realizadas palestras de integração para funcionários das
empresas contratadas para conhecimento das principais normas e procedimentos de segurança
que deverão cumprir tendo como temas principais dentre outros que se fizerem necessários O
Programa de Monitoramento de Riscos e Acidente deverá ser desenvolvido durante toda a fase
de construção e operação do empreendimento.
Responsabilidade
A implantação do Programa de Monitoramento de Riscos e Acidentes é de
responsabilidade da construtora, a ser efetivado durante toda fase de implantação e
desmobilização das atividades construtivas, devendo a COMPESA, assegurar sua fiel execução.
Durante a fase de operação a responsabilidade pela execução desse Programa passa a ser da
COMPESA.
Rima Barragem Ipojuca ›› 87
O futuro da região sem a Barragem
Você já sabe que a construção da Barragem do Rio Ipojuca irá causar impactos
negativos e positivos. Sabe, também, que os Planos e Programas foram elaborados para evitar,
diminuir, controlar e compensar os impactos negativos ou aumentar os benefícios dos impactos
positivos. Assim, para uma melhor análise das conseqüências que a barragem vai trazer, é preciso
estudar como a região deverá se comportar, no futuro, se a obra não for feita.
O cenário de não implantação é de difícil prognóstico, em virtude das inúmeras
possibilidades que podem acontecer na bacia nos anos subseqüentes.
No que diz respeito ao Meio Físico a não implantação do empreendimento manterá a
área de influência do empreendimento conforme descrito no capitulo sobre o Diagnóstico
Ambiental. Os processos geológicos e geomorfológicos continuarão seu curso natural e as
mudanças ocorrerão dentro do Tempo Geológico e não afetarão o meio ambiente dentro da
perspectiva humana.
Com relação aos setores que podem sofrer modificações na escala de tempo perceptível
ao ser humano (solo, relevo e seu uso potencial), a área permanecerá dividida em dois setores
distintos. No primeiro com uso praticamente exclusivo com canaviais, com raros fragmentos
florestados de vegetação secundária bastante antropizados, onde a cobertura vegetal nativa
encontra-se praticamente erradicada.
O segundo setor corresponde aos trechos com ocupação humana mais densa,
representados pela área final do reservatório onde se encontra o adensamento urbano da cidade
de Escada e, esparsamente, aglomerados rurais dos quais se destacam o Engenho Pará e o
Diante de tudo que foi visto até então neste RIMA, fica claro que o Projeto da Barragem do Rio Ipojuca terá um grande impacto (positivo e negativo) na região. Quanto aos negativos, estes poderão ser substancialmente amenizados a partir da implementação das medidas mitigadoras e dos programas ambientais. Neste capítulo você conhecerá as perspectivas futuras da região com e sem a construção da Barragem.
Rima Barragem Ipojuca ›› 88
Engenho Maranhão, ambos serão parcialmente inundados no processo de enchimento do
reservatório com a construção do barramento.
Considerando-se o quadro atual e a tendência natural de expansão urbana e o incentivo
dos municípios de Ipojuca e Escada para a implantação de indústrias em seus territórios, as áreas
atualmente utilizadas para produção canavieira deverão ser reduzidas ao longo dos próximos
anos. Neste cenário, as oportunidades de emprego e garantia de qualidade de vida da população
se apresentam como um futuro frágil onde se fortalece o modelo urbanístico em detrimento do
modelo rural de ocupação.
Com relação ao meio socioeconômico a não implantação do empreendimento pode
prolongar a situação atual com forte dependência da economia canavieira da área de influência, o
baixo índice de desenvolvimento humano municipal e a fragilidade da organização social rural.
A não implantação do empreendimento tem seu desdobramento mais relevante no
agravamento progressivo do déficit hídrico da Região Metropolitana do Recife onde o acréscimo
de vazão proveniente do reservatório do Rio Ipojuca – Engenho Maranhão se constitui como
uma peça importante no planejamento regional para atendimento da demanda até o ano de 2020
aproximadamente.
Prognóstico de cheias sem o empreendimento
Observa-se que todo ano o aumento de vazão é acompanhado pela elevação dos níveis
de água, afetando bairros do município de Escada localizados em cotas baixas e principalmente
aquelas comunidades que se assentaram irregularmente nas margens do rio, estrangulando-o,
assoreando-o com resíduos sólidos e ocupando suas áreas marginais de amortecimento de cheias.
As conseqüências dessa elevação dos níveis de água são na maioria das vezes pouco relevantes ao
ponto do governo municipal conviver com essa situação sem tomar uma medida rigorosa para
revertê-la. Contudo, com alguma periodicidade a enchente toma proporções de calamidade,
cobrindo casas e gerando uma situação de risco de vida inclusive para a população assentada nas
margens. Nos últimos 8 anos aconteceram duas cheias significativas (fevereiro de 2004 e junho de
2010), não só afetando a cidade de Escada, mas as cidades de Caruaru, Gravatá, Primavera e
Ipojuca, que convivem com o mesmo problema de ocupação irregular das áreas de preservação
permanente.
Esta situação de enchentes recorrentes na cidade de Escada é um ponto altamente
relevante para o Estudo Ambiental, uma vez que define o cenário referencial sobre o qual foram
avaliados os impactos ambientais.
Rima Barragem Ipojuca ›› 89
Hoje a cidade, sem a presença do empreendimento, é castigada regularmente por cheias
do Rio Ipojuca, que ora acontecem no primeiro trimestre do ano, ora no segundo trimestre.
O futuro da bacia do rio Ipojuca com a Barragem
Como já foi visto, na região onde se pretende implantar a barragem existe atualmente
uma demanda por infra-estrutura e recursos na qual a água é um requisito fundamental. Para que
a região consiga alcançar um desenvolvimento econômico sustentável, em primeiro lugar, é
preciso que os municípios localizados na área passem por um amplo processo de fortalecimento
que inclui, entre outros pontos, melhora na infra-estrutura hídrica.
Na fase de construção da Barragem é onde se esperam os maiores impactos sobre o
meio ambiente natural, envolvendo alterações físicas com a exploração de jazidas e uso de bota-
foras, movimentação de máquinas e veículos, desvio do rio, escavações no leito do rio,
lançamento em bota-fora e a construção propriamente dita da barragem e demais estruturas
constituintes do projeto.
No ambiente biótico as perdas ocorrerão no processo de limpeza prévia e
desmatamento da área de inundação do reservatório e na implantação do canteiro de obras, com
perda da já exígua vegetação ciliar e redução de parte as áreas periféricas dos poucos fragmentos
de cobertura vegetal existentes na região, diminuindo assim, as áreas disponíveis para
sobrevivência e diversificação da fauna associada. Por outro lado este impacto será
significativamente compensado com a implantação do florestamento da APP. O mesmo se pode
considerar quando da remoção do canteiro com a execução do programa ambiental de
recuperação da área degradada.
No meio socioeconômico a contratação de mão-de-obra se apresenta como um fator
positivo, mas em contraposição a fase de desmobilização desta mão-de-obra pode trazer um
impacto para a região, devidamente prevenidos e mitigados através dos Programas Ambientais
propostos.
No patrimônio histórico e arqueológico, estudos recentes na região e os resultados do
levantamento realizado no escopo deste estudo confirmam uma região com um patrimônio
significativo, com um conjunto de edificações de importância histórica, alguns já tombados pelo
IPHAN e de vestígios arqueológicos importantes para o resgate da história de ocupação dos
municípios de Ipojuca e Escada.
A fase de operação da Barragem corresponde ao impacto mais positivo do
empreendimento, especialmente por seu objetivo de levar água tratada em quantidade e qualidade
Rima Barragem Ipojuca ›› 90
para a população, hoje um grande problema para a Região Metropolitana, e em especial para
atendimento à área de SUAPE, dando ao barramento do rio Ipojuca uma importância social e
econômica relevantes para o Estado de Pernambuco.
Prognóstico de cheias com o empreendimento
Os potenciais impactos decorrentes do empreendimento estão associados a fenômenos
de remanso, ou seja, a uma sobre-elevação dos níveis de água a montante (a partir do ponto final
do reservatório) em função do encontro do rio com uma superfície “plana” que seria o espelho
d’água do reservatório.
No cenário de uma cheia de 25 anos nos meses chuvosos do ano, como a acontecida em
junho de 2010, o reservatório possivelmente se encontre na sua capacidade máxima na cota 77m,
com ponto máximo a montante localizado sob a ponte da BR-101. Sem ter volume de
amortecimento, a cheia transitaria pelo reservatório atingindo a cota 79,78m utilizando a
totalidade do vertedouro de serviço e passando 28cm acima da soleira do vertedouro auxiliar.
Com base na modelagem realizada no EIA observou-se que a curva de 25 anos atinge a
cota 81m na ponte, e a cota 81,5m em um ponto a 4km mais a montante, ou seja, já fora da
cidade de Escada. Em qualquer caso, estas cotas teóricas calculadas a partir de um modelo
hidrológico mostram sempre valores de nível de água abaixo da cota 82m.
Com base nessa modelagem, considera-se que com a construção do empreendimento
não vai trazer um efeito adicional negativo para a cidade de Escada em termos do que já acontece
atualmente nas cheias periódicas do rio Ipojuca. Os efeitos do reservatório em áreas a jusante
serão altamente benéficos em termos do amortecimento de cheias e imperceptíveis em áreas a
montante, notadamente na cidade de Escada.
Rima Barragem Ipojuca ›› 92
A água, considerada fonte de vida e saúde, é também um importante insumo da atividade
econômica. Em regiões com déficit desse recurso é de fundamental importância se ter uma
infra-estrutura hídrica compatível com as necessidades locais para promover o
desenvolvimento e melhorar as condições de vida dos habitantes da região.
Conclusões
Rima Barragem Ipojuca ›› 93
s estudos para elaboração do EIA/RIMA para implantação e operação da Barragem
e Reservatório do Rio Ipojuca – Engenho Maranhão, foram realizados por uma
equipe de 23 técnicos da ABF Engenharia entre os meses de agosto/2009 a agosto
de 2010, salientando que foi requerido um recesso no período de novembro/2009 à abril/2010
para geração de mapa cartográfico em escala 1:2000 a partir de restituição fotogramétrica
realizada sobre aerofotografias capturadas em abril de 2010.
No EIA foram atendidos todos os itens constantes no Termo de Referencia da CPRH,
bem como aqueles adicionais que constavam no TR da COMPESA, e que como no caso do
Estudo de Risco, complementam as apreciações ambientais contidas no estudo, fornecendo
maiores subsídios de análise para o órgão ambiental.
Com base nas informações levantadas e analisadas de forma multidisciplinar, e salvo
melhor juízo, podem ser destacadas as seguintes conclusões e recomendações do estudo:
No âmbito do planejamento regional e político – institucional, verificou-se que o
empreendimento está de acordo com os Planos Diretores dos municípios envolvidos -
Escada e Ipojuca -, bem como previsto planejamento da FIDEM e SECTMA por parte
do Governo do Estado.
As informações consultadas e os dados socioeconômicos analisados confirmam que se
trata de um empreendimento cuja necessidade é inquestionável, pois faz parte do
planejamento regional para atender as demandas crescentes de água da Região
Metropolitana do Recife.
No âmbito técnico-locacional observou-se que a alternativa locacional estudada
corresponde aquela onde os impactos ambientais são minimizados, sendo determinada
pelas limitantes físicas representada pela BR-101 e a cidade de Escada a montante, e o
Engenho Maranhão a jusante. Qualquer alternativa de locação do eixo ou altura de
barragem conduziria a impactos maiores sobre a população, ou à obtenção de uma vazão
regularizada ainda menor que a determinada neste estudo.
No âmbito jurídico legal não há nenhuma restrição quanto à questão fundiária, sendo
necessário apenas a implantação do projeto de reassentamento das populações atingidas.
No âmbito técnico-hidrológico, uma confirmação importante do estudo, foi a
determinação de uma vazão regularizada de 6,82m³/s, com 4,82m3/s utilizados para uso
O
Rima Barragem Ipojuca ›› 94
consuntivo, com nível de confiança de 95%1, e mais 2,0m3/s de vazão ecológica, deixada
para jusante, com mais de 99% de confiança, o que representa uma redução de 1,2m3/s,
ou seja, 15% a menos que as expectativas da COMPESA que giravam em torno de
8m³/s.
Contudo, deve ser salientado que a capacidade de regularização do Rio Ipojuca
nesse ponto é da ordem de 8,0m³/s; podendo o eventual excedente à vazão regularizada
pela Barragem do Rio Ipojuca no Engenho Maranhão ser aproveitado através da
regularização exercida por mais uma barragem a se construída a montante dessa. No
entanto, o aproveitamento do potencial total de vazão regularizada no Engenho
Maranhão, determinado no estudo da COTEC (8m3/s), não é possível assegurar pelas
limitações físicas da área que impedem a construção de um reservatório de maiores
dimensões. Por outro lado, este fato confirma a viabilidade (hidrológica) de construir um
segundo reservatório a montante de Escada, caso as condições técnicas e ambientais
sejam adequadas.
No âmbito do Projeto de Engenharia utilizado para subsidiar a elaboração do
EIA/RIMA, menciona-se que foi elaborado pela empresa COTEC, estando na época do
estudo em nível de detalhamento suficiente para direcionar as pesquisas ambientais,
porém, com algumas informações relevantes desatualizadas, ou questionáveis
tecnicamente, ao ponto de ser requerida a re-elaboração de uma nova base cartográfica
para a elaboração do estudo. Nesse sentido recomenda-se:
Tendo em vista as alterações ocorrentes ao longo do rio Ipojuca na área
de influência indireta do empreendimento (alteração no traçado do leito
do rio e prováveis assoreamentos decorrentes das últimas duas grandes
cheias; ocupação das margens; etc.), recomenda-se a revisão integral do
projeto, especialmente no que tange à topografia e estudos hidrológicos
mais aprofundados, e a conseqüente interferência com as moradias
ribeirinhas na cidade de Escada.
Recomenda-se igualmente que a hipótese de utilização de só um trecho de
21% da bacia empregada pela COTEC para o dimensionamento da
barragem, seja confirmada pela COMPESA através de complementações
no estudo hidrológico, principalmente no que tange a vazões extremas.
1 Já considerando a vazão ecológica de 2m³/s e as perdas por evaporação
Rima Barragem Ipojuca ›› 95
Frisa-se novamente que em função do pequeno porte do reservatório,
decorrente das limitações físicas representadas pela BR-101 e a cidade de
Escada, torna-se muito importante o aferimento rigoroso das vazões
extremas.
Contextualizando esta recomendação, podemos dizer que nos estudos hidrológicos
elaborados pela COTEC, observou-se que tanto as vazões regularizadas como o estudo de
vazões extremas estão baseados na utilização de um trecho da bacia de 680Km² compreendido
entre a cidade de Gravatá e o Engenho Maranhão, o que corresponde a 19% da área de
drenagem total da bacia de 3.433,58 km² (21% desconsiderando o trecho a jusante do ponto de
barramento).
Este procedimento em termos de vazão regularizada considera-se muito conservador,
porém, poderia chegar a ser aceitável após as devidas verificações e confirmações da hipótese,
que, outrossim, não aparecem registradas nos estudos hidrológicos fornecidos pela COTEC.
Já em termos de vazões extremas, considera-se que a utilização de somente 21% da bacia
para as análises, poderia estar sub-dimensionando o valor dos caudais máximos, mas ainda
quando a observação das duas últimas cheias significativas no rio, acontecidas em 2004 e em
2010, mostram que esta se configura desde terras do agreste a montante de Caruaru, onde o rio já
passa causando estragos na população ribeirinha.
Finalmente, no âmbito do ambiente natural observou-se que a vegetação ciliar e
fragmentos florestais existentes são de pequenas dimensões que serão proporcionalmente muito
ampliados com a implantação da APP e área de compensação e recuperação de áreas degradadas,
que, estabelecidas na forma de corredores ecológicos, permitirá uma melhor condição no
ambiente natural, favorecendo a ampliação da biodiversidade faunística e proteção do manancial
através da proteção das margens do rio Ipojuca.
Rima Barragem Ipojuca ›› 96
Adutora – conjunto de encanamentos e peças especiais, destinado a promover o transporte da água entre captação e reservatório de distribuição.
Afloramento – quando é possível ver rochas ou minerais, tais como corte de estrada, túneis, galerias subterrâneas, poços etc.
Afluente – água residuária, que desemboca num reservatório, rio ou instalação de tratamento de água.
Água Subterrânea – água doce sob a superfície da terra, forma um reservatório natural disponível para uso humano. Água que se infiltra nas rochas e solos.
Aluvião – depósitos originários de rios ou lagos, construídos de cascalhos, areias, argila e limo das planícies alagáveis e do sopé dos montes e das escarpas.
Análise Ambiental – exame de um sistema ambiental, a partir da qualidade dos componentes, para entender sua natureza e determinar as características essenciais.
Aqüífero, Reservatório de água subterrânea – estrato subterrâneo de terra, cascalho ou rocha que contém água em condições de uso e exploração pelo homem.
Área de influência – área externa de um território, sobre o qual se exerce influência de ordem ecológica e/ou socioeconômica.
Arbusto – planta baixa, tipicamente com muitos ramos partindo do solo ou próximo a este. Vegetal de menor porte (abaixo de 6 metros) em relação às árvores.
Área de empréstimo – local de onde se pode extrair algum bem mineral de uso em obra civil: barragem, aterro, manutenção de leito de estrada vicinal, encontro de viaduto e pontes, etc. Os materiais produzidos por áreas de empréstimo, são: areia, cascalho, saibro, terra, argila, rochas dependendo das necessidades da obra
Área de Proteção Ambiental (APA) – é uma Unidade de Conservação da Natureza de Uso Sustentável constituída por terras públicas ou privadas, sendo uma área em geral extensa, com um certo grau de ocupação humana, que passam a sofrer restrições para a utilização das propriedades privadas com o objetivo básico de proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais.
Áreas de Preservação Permanente – definidas pela Lei 4.771, de 15 de setembro de 1965 (Código Florestal).
Assoreamento – depósito de sedimentos em rios, lagoas e baías resultantes de processos erosivos nos solos e rochas, por ação das águas, ventos, processos químicos, físicos e do homem.
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Aterro – depósito de resíduos, minimizando os impactos sobre a saúde pública e o ambiente, como contaminação das águas subterrâneas e a criação de ratos ou insetos.
Bacia sedimentar – depressão da crosta terrestre onde se acumulam rochas sedimentares, que podem ser portadoras de petróleo ou gás, associadas ou não.
Bentos – organismos fixados no fundo do mar (bentos sésseis) e organismos móveis (bentos vagantes) que quando se deslocam, realizam pequenos percursos.
Biodiversidade ou diversidade biológica – Pode ser definida como a variedade e a variabilidade existente entre os organismos vivos e as complexidades ecológicas nas quais elas ocorrem. Refere-se, portanto, à variedade de vida no planeta Terra, incluindo a variedade genética dentro das populações e espécies, a variedade de espécies da flora, da fauna, de fungos macroscópicos e de microrganismos, a variedade de funções ecológicas desempenhadas pelos organismos nos ecossistemas; e a variedade de comunidades, habitats e ecossistemas formados pelos organismos.
Biota – conjunto de componentes vivos (bióticos) de um ecossistema.
Brejo – terreno plano, encharcado, que aparece nas regiões de cabeceiras ou em zonas de transbordamento de rios.
Capoeira – vegetação secundária que nasce após a derrubada das florestas virgens.
Comunidade biótica ou biológica – organismos com aspecto e composição definidos pelas propriedades do ambiente e pelas relações entre os organismos.
CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) – órgão do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) auxilia o presidente da República nas políticas nacionais do meio ambiente.
Corpo (de água) receptor – parte do meio ambiente na qual são ou podem ser lançados quaisquer tipos de efluentes, provenientes de atividades poluidoras.
Corredor ecológico – faixa de vegetação que serve de trânsito dos animais entre áreas de matas protegidas.
Cota altimétrica – termo da área da Geografia e Cartografia – é uma marcação de nível ou altitude de um terreno ou do relevo de uma dada região. São, portanto, números que representam a altitude acima do nível médio do mar.
Curva de nível – a curva de nível une pontos que, sobre o terreno, possuem idêntica altitude em relação ao nível do mar. Ao longo da linha que representa a curva de nível, figura a cota altimétrica.
Degradação ambiental – danos ao meio ambiente, onde se perdem/reduzem algumas propriedades, como a capacidade produtiva dos recursos ambientais.
Depressão – forma de relevo que se apresenta em posição de altitude mais baixa do que porções contínuas.
Diagnóstico ambiental – componentes ambientais de uma área (país, Estado, bacia hidrográfica, município) que caracterizam a sua qualidade ambiental.
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DNOS – Departamento Nacional de Obras e Saneamento.
Derrocamento – remoção de rochas de leito ou canal de rio para desobstruí-lo.
Ecossistema – sistema aberto que inclui os fatores físicos e biológicos do ambiente e suas interações, o que resulta na troca de energia e matéria entre esses fatores.
Efeito renda – efeito sobre a produção e o emprego decorrente do consumo dos trabalhadores que receberam a renda gerada pelo empreendimento.
Efluente – água que flui de um sistema de coleta (tubulações, canais, reservatórios, elevatórias), ou de estações de tratamento. São geralmente produzidos por indústrias ou resultante dos esgotos domésticos urbanos, que são lançados no meio ambiente.
Encosta – declive nos flancos de um morro, de uma colina ou uma serra.
Endemismo (Endêmica) – quando uma espécie tem sua distribuição geográfica restrita somente àquela região.
Enrocamento – é um maciço composto por blocos de rocha compactados. É muito utilizado na construção de barragens de gravidade de face ou de núcleo impermeável e na proteção da face de montante de barragens de terra, servindo, nesse caso, como proteção contra a erosão provocada pelas ondas formadas no reservatório e pelo movimento de subida e descida no nível da água.
Ensecadeira – é uma estrutura provisória e desmontável, destinadas a conter a água, ou a água e terreno, durante a execução dos serviços de escavação, podendo ser formadas pôr paredes simples ou duplas.
Erosão – remodelação das saliências ou reentrâncias do relevo, por diversos agentes, como água, chuva, gelo.
Erosão em sulcos – formação de valas e sulcos irregulares, promovendo a remoção da parte superficial do solo.
Escalas – indica o nível de redução das medidas reais adotadas para confecção do mapa. Quanto maior a escala do mapa, mais detalhes são representados e menores são os intervalos altimétricos. Numa escala de 1:10.000, 1 cm no mapa representa 10.000 cm no terreno, é maior que uma escala de 1:100.000 onde 1 cm no mapa representa 100.000 cm no terreno.
Eutrofização – enriquecimento das águas com aporte de fósforo e nitrogênio, geralmente advindos de processos de poluição, seja por esgoto ou fertilizantes agrícolas. Em grande magnitude, promove o desenvolvimento de uma superpopulação de microorganismos decompositores, que consomem o oxigênio, acarretando a morte de peixes e outros animais.
Evapotranspiração – é o fenômeno de perda de água pelo solo e transpiração das plantas.
Fauna – espécies animais encontradas em uma área que resultam da história da área e suas condições ecológicas presentes.
Fase sucessional – etapa da sucessão ecológica que representa a transformação lenta e gradual da estrutura e organização do ecossistema.
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Fotossíntese – síntese de substâncias orgânicas mediante a fixação do gás carbônico do ar, através da radiação solar.
Gamboa – local, no leito dos rios, onde se remansam as águas, dando a impressão de um lago sereno.
Geomorfologia – ciência que estuda e interpreta as formas do relevo terrestre e os mecanismos responsáveis pela sua modelação.
Gestão ambiental – ações governamentais ou empresariais para manter ou recuperar a qualidade do meio ambiente, assegurar a produtividade dos recursos e do desenvolvimento social.
Hidrogeologia – ramo da geologia e da hidrologia que estuda as águas subterrâneas quanto ao seu movimento, volume, distribuição e qualidade.
Hidrologia – ciência que estuda a ocorrência, distribuição e movimentação das águas, incluindo aspectos de qualidade da água, poluição e descontaminação.
IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) – agência ambiental. Executa as políticas ambientais públicas.
EIA (Estudo de Impacto Ambiental) – um dos documentos da avaliação de impacto ambiental. Apresenta ferramentas para analisar as conseqüências da implantação de um projeto no meio ambiente. O estudo é feito sob a orientação da agência ambiental responsável pelo licenciamento do projeto.
Indicador ecológico, espécie indicadora – espécies com exigências ecológicas definidas, que permite conhecer os ambientes de características especiais.
Jusante – trecho do rio localizado abaixo (em direção à foz) do local onde se toma como referência. Oposto de montante.
Licenciamento ambiental – autorização dada por uma agência ambiental para a construção ou ampliação de atividade que pode causar danos ao meio ambiente.
Lista nacional de espécies – enumera os animais que, por um motivo ou outro, causados pelo ser humano, correm o risco de desaparecerem do seu ambiente natural. A Lista é dividida em categorias de ameaça que levam em conta a redução da população de uma espécie e das alterações em seu ambiente natural. Assim, os animais podem estar: Criticamente em perigo: risco extremamente alto de extinção da natureza; Em perigo: risco muito alto de extinção da natureza; Vulnerável: risco alto de extinção da natureza.
Manguezal – são ecossistemas associados à água salobra resultante do encontro do rio com o mar, com flora e fauna típica de ambientes alagados, resistentes à alta salinidade da água e do solo.
Mata ciliar – mata (vegetação) localizada nas margens dos rios, lagos, nascentes e protege os corpos d’água de processos erosivos e de assoreamento. Como os cílios que protegem os olhos, a mata ciliar protege os rios. Também chamada de mata de geleira.
Meio ambiente – conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.
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Mineral – componente das rochas; cada mineral tem uma composição química e estrutura cristalina própria, como o quartzo.
Monocultura – plantio de uma única espécie em larga escala para exploração comercial.
Nome científico das espécies – foi padronizado para nominar as espécies. É composto por um par de nomes em geralmente latim, cujo primeiro termo encontra-se grafado em maiúscula referindo-se ao gênero e o segundo termo encontra-se grafado em minúscula referindo-se à espécie. Em alguns casos, acompanha-se de um terceiro termo, também grafado em minúscula, que corresponde à subespécie/variação.
Permeabilidade – capacidade de passagem de água através dos poros do solo.
Plano de manejo – conjunto de metas, normas, critérios e diretrizes, que tem por fim a administração ou o manejo dos recursos de uma dada área.
Populações tradicionais – grupos humanos isolados, constituindo comunidades de abrangência geográfica local, com dependência direta do meio ambiente onde se inserem. São exemplos: pescadores artesanais, caiçaras, seringueiros, ribeirinhos, extrativistas, pantaneiros.
Reciclagem – coleta de resíduos, que são submetidos a processo de transformação, para uso como matérias-primas na manufatura de bens.
RIMA (Relatório de Impacto Ambiental) – resume os estudos de avaliação de impacto ambiental. Deve esclarecer os elementos do projeto em estudo de linguagem acessível.
Sedimentos – partículas provenientes de processos erosivos, que são transportadas pelos rios e depositadas no fundo do mar ou dos próprios rios e corpos d’água. São responsáveis pela turbidez da água, quando se encontram em suspensão.
Sedimentação – ação de deposição de sedimentos ou de substâncias que podem ser mineralizadas. Resultantes da desagregação ou mesmo da decomposição de rochas.
Sistema Nacional de Unidades de Conservação – instituído, no Brasil, através da Lei nº 9.985 de 18 de julho de 2000, está se consolidando de modo a ordenar as áreas protegidas nos níveis federal, estadual e municipal.
Socioeconomia – tudo que está relacionado com temas de sociedade, economia e tudo que contempla a vida cultural.
Solo – parcela da superfície terrestre, que suporta e mantém as plantas. Sua superfície inferior é definida pelos limites da ação dos agentes biológicos e climáticos.
Sucessão – substituição de uma comunidade, por causa de modificação do ambiente e do desequilíbrio que pode ocorrer, uma vez atingido o nível de saturação.
Sucessão ecológica – mudança nas características (tipos de espécies) de uma comunidade biológica, ao longo do tempo.
Terraplanagem – conjunto de operações de escavação, transporte, depósito e compactação de terras necessárias à realização de uma obra; movimentação de terra.
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Topográfico – representação da forma, declividade, tamanho e altitude do relevo de uma determinada área.
Transecto – método de contagem de organismos existentes em uma determinada faixa.
Unidade de conservação – espaço territorial com características naturais relevantes. Instituído pelo poder público, com garantias adequadas de proteção.
Voçoroca – deslocamento de grandes massas de solo, formando sulcos de grande profundidade e largura.
Vertedouro, Sangrador ou Sangradouro – é uma estrutura hidráulica que pode ser utilizada para diferentes finalidades, como medição de vazão e controle de vazão, sendo estes os principais usos. Em barragens, o excesso de água deve ser descarregado para jusante de forma segura. Isto pode ser feito de diferentes formas, sendo a principal delas com o uso de vertedores.
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