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Não perca! Na próxima semana chega as bancas a nova edição da mais completa revista brasileira sobre o universo dos hots, customs e muscle cars.
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ANO 3
R$ 14,95
ISS
N 2
175
-44
89
Nº12
1° ROD & CUSTOM ROAD TOUR:CONFIRA TODOS OS DETALHES DESTE EVENTOPIONEIRO NO BRASIL!
HARLEY-DAVIDSON OLD SCHOOL: PINTURA EM DOIS TONS E MUITOS DETALHES INUSITADOS
PICAPE FORD 1933: A HISTÓRIA DE UM HOT ROD CUSTOMIZADO AO ESTILO CLÁSSICO45 ANOS DE MUSTANG: O PONY CAR QUE SE TORNOU UM DOS MAIORES ÍCONES DA FORDPONTIAC GTO: O MUSCLE CAR COM VISUAL INOVADOR E UM SISTEMA DE ÁUDIO DE QUALIDADE GOOD GUYS COLUMBUS 2009: AS NOVIDADES DE UM DOS MELHORES EVENTOS DO MUNDO!
CHEVYCAMAROCHEVY
CAMARO
TAMPAS DE VÁLVULASPRODUZA SUAS PRÓPRIAS JUNTAS DE
FAÇA VOCÊ MESMO
CUSTOMIZAÇÃO EM GRANDEESTILO E MECÂNICA V8 350
DEU A ESTE CLÁSSICOAMERICANO FÔLEGO PARA
DERRETER O ASFALTO
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Por Rogério Ferraresi Fotos VonGick / Divulgação
EVENTO VIVA LAS VEGAS
REALIZADO NOS EUA, O FAMOSO EVENTO REUNIU HOT RODS, BELAS PIN-UPS E O MELHOR DO ROCKABILLY MUNDIAL QUE, CURIOSAMENTE, CONTOU COM UM BRASILEIRO NO COMANDO DE UMA DAS BANDAS MAIS ELOGIADAS DA FESTA
L ocalizado na Tropicana Ave, o
Orleans Hotel, entre os dias 9
e 12 de abril, mais uma vez foi
palco do cultuado evento Viva
Las Vegas, realizado na cidade de mesmo
nome, no estado americano de Nevada. A
décima terceira edição do encontro, como
sempre, teve inúmeros atrativos, como a
presença das mais belas pin- ups, com suas
tatuagens e roupas características.
A área de exposição dos carros do
Shifters Car Show ficou aberta entre quin-
ta e sexta-feira, das 12 até as 24 horas. No
sábado foi permitida a entrada de veícu-
los das 6 às 10 horas e de pedestres, das
9 até as 18 horas. As pessoas que levaram
seus veículos e participaram dos qua-
tro dias do evento pagaram US$ 89,00,
tendo direito a entrada nos quatro dias
de shows de música realizados no hotel.
Quem apenas queria expor seu carro no
sábado desembolsou somente US$ 35,00,
mas sem direito a assistir às apresenta-
ções ou entrar com o veículo no evento
na quinta e na sexta-feira. Os pedestres
que queriam ver os carros no sábado pa-
gavam entrada no valor de US$ 5,00.
Permitiu-se a participação de modelos
feitos até 1963. Independente de serem
hot rods ou show cars, estes podiam ser
originais, pintados, restaurados, inacaba-
dos, com chapa à mostra ou customiza-
dos. Também podiam ser inscritos carros
de corrida antigos, rat rods e motos pro-
duzidas até o já citado ano, além de veí-
culos feitos em fibra de vidro (os três últi-
mos mediante análise dos organizadores).
Entre os automóveis que não eram acei-
tos (e os realizadores do evento deixavam
isso bem claro) estavam street rods high
tech, muscle cars, Volkswagens de todos
os tipos, low riders fabricados após 1963 e
carros japoneses em geral.
Os organizadores também foram explí-
citos no tocante ao que as pessoas podiam
ou não fazer no evento, evitando assim
muita confusão. Era permitido levar gelo,
alimentos, bebidas, crianças, câmeras (fo-
tográficas e de vídeo), sombrinhas, mochi-
las, cadeiras dobráveis, cobertores e sacos
de dormir. Também era possível ouvir mú-
sica nos carros, usar distintivos de clubes e
dançar. Porém, por motivos de segurança,
era proibido levar cães, fogos de artifício,
garrafas de vidro, bicicletas e, obviamente,
armas. Outras proibições diziam respei-
14 ROD & CUSTOM
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to a fazer churrasco, vender carros, fritar
pneus e, é claro, brigar.
Entre os veículos presentes o entu-
siasta podia admirar diversos rot rods e
custons, mas um veículo em especial des-
tacou-se devido às inusitadas “soluções”
adotadas por seu proprietário. Esse carro
de quatro portas da década de 1920, com
placa de Montana, além de ser rebaixado,
tinha turbocompressor e trazia em sua
dianteira um faisão falso prestes a ser atro-
pelado. Em outras palavras, o Shifters Car
Show em nada deixou a desejar!
Outro aspecto interessante foi a compe-
tição burlesca, que escolheu a melhor pin-up
de 2009, e a programação musical do even-
to. Estrelas do rockabilly como Lew Willians,
Johnny Powers, Alton & Jimmy, Don Woody
e Al Ferrier foram algumas das grandes atra-
ções, bem como as lendas do rock Dale Ha-
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Por Rogério Ferraresi Fotos Arquivo/Valmir Carajeleascow
HISTÓRIA MUSTANG
CAVALO SELVAGEMMAIOR ÊXITO DA FORD DESDE O MODELO T, O MUSTANG FOI UM MARCO NA HISTÓRIA DO AUTOMÓVEL E, EM 2009, COMEMORA 45 ANOS DE ESTRADA
de linhas futurísticas e mecânica convencional, apre-
sentado em 1962.
No mesmo ano surgiu o T-5, protótipo experi-
mental projetado por Roy Lunn e Frank Theyleg, com
carroceria desenhada por Gene Bordinat, Jim Sipple e
John Najjar. Este último rebatizou o esportivo como
Mustang, pois era admirador dos aviões caça North
American Aviation P-51 Mustang, utilizados na II Guer-
ra Mundial. O veículo de dois lugares, com motor cen-
tral V4 de 2.000 cm3 e 90 cv (do Taunnus alemão),
tinha freios a disco, rodas de liga leve, suspensões in-
dependentes e foi construído na West Coast, empresa
especializada em custom cars. Para apresentá-lo ao
público, a Ford fez 20 mil livretos e os distribuiu no
GP de Fórmula 1 de Watkins Glen, realizado em Nova
Iorque. O piloto Dan Gurney fez uma demonstração no
circuito e, com o protótipo, atingiu 120 mph.
No ano seguinte surgiu o Mustang II. Este conver-
sível 2 + 2 tinha, basicamente, as mesmas linhas do fu-
turo Mustang de série, mas não contava com para-cho-
ques. Além disso, sua dianteira tinha faróis encobertos
por lentes acrílicas reforçadas com grades cromadas.
Um detalhe que chamava a atenção era o emblema do
Na década de 1950 os EUA eram um grande
importador de carros esporte europeus. A
reação a esta invasão começou com os fa-
bricantes americanos de modelos fora de
série, como Kurtis, Edwards, Glasspar e Woodill. Poste-
riormente surgiram, por parte das grandes indústrias, o
Corvette e o T-Bird, mas eles eram veículos caros, que
não competiam com os europeus de baixa cilindrada.
Tal situação começou a mudar em 1960, com o lan-
çamento dos compactos Ford Falcon, Plymouth Valiant
e Chevrolet Corvair. Este último era anticonvencional,
tendo motor traseiro arrefecido a ar. Apesar de ser con-
siderado inseguro, o Corvair ganhou versões esportivas
e, em pouco tempo, começou a tomar o mercado dos
esportivos europeus, chamando a atenção da Ford.
Nesta mesma época Lee Iacocca substituiu Ro-
bert McNamara, tornando-se vice-presidente da Ford
Motor Company (comandada por Henry Ford II) e di-
retor geral da subdivisão Ford. Atento ao sucesso das
versões especiais do Corvair, Iacocca concluiu que
deveria trilhar o mesmo caminho. Com um aporte de
US$ 40 milhões, o executivo começou um novo pro-
grama, cujo resultado inicial foi o Allegro, dream car
18 ROD & CUSTOM
18-23 Mustang 45 Anos REV.indd 1818-23 Mustang 45 Anos REV.indd 18 9/9/2009 18:59:179/9/2009 18:59:17
cavalo em disparada, fixado na grade do radiador. As
falsas entradas de ar laterais, localizadas logo após as
portas, simulavam as entradas de ar do Mustang/T-5.
Baseado no Falcon, esse protótipo era um carro de
concepção tradicional, com motor 289 V8 dianteiro,
carburador quadrijet e tração traseira.
EM PRODUÇÃOO sucesso do Mustang II mostrou que a estratégia de
Iacocca era acertada. O carro normal já estava pronto
e, basicamente, só se diferenciava pelo teto mais alto e
pela dianteira, semelhante à do Allegro. Para aproveitar
a boa imagem dos protótipos, o nome Mustang foi man-
tido, muito embora existissem estudos para batizar o
novo veículo como Cheetah, Puma, Colt, Special Falcon,
Thunderbird II, Torino e Cougar (posteriormente utiliza-
do pelo “Mustang” da divisão Lincoln Mercury).
A produção teve início em Deaborn, Michigan, em 9
de março de 1964, mas a apresentação ocorreu na Feira
Internacional de Nova Iorque, em 17 de abril, quatro dias
depois da distribuição dos releases para a imprensa. Na
noite anterior à abertura da feira, porém, as estações de
televisão mostraram os primeiros comerciais do carro.
Ainda durante o evento (em que Henry Ford II mos-
trou o modelo e encabeçou o cortejo Magic Skyway, da
Disney, no qual os famosos da época foram transporta-
dos em automóveis Ford), iniciou-se a febre em torno do
Mustang. A montadora previa vender 20 mil unidades
ainda em 1964 (ou o dobro, no caso das projeções mais
otimistas), mas foram comercializados 22 mil Mustangs
logo no dia do lançamento. No fim do ano a montadora
havia colocado 121.538 mil carros nas ruas e ainda havia
filas de espera nas concessionárias.
Todo esse êxito levou Iacocca a assumir a presidên-
cia da subdivisão Ford em 15 de outubro de 1964, data
em que completou 40 anos de idade. Conforme explica-
va o próprio Iacocca no release de lançamento do Mus-
tang, “A Ford havia criado três veículos em um”. Afinal,
o comprador podia selecionar opções que permitiam a
montagem do carro de corridas, do esportivo de luxo e
do tradicional e econômico modelo rua, o qual poderia
ser considerado uma evolução estilística do Falcon.
A versão básica tinha motor 170 de seis cilindros em
linha e 101 cv. As próximas opções eram os V8 260, de
164 cv, e 289, de 210 cv. Havia ainda a possibilidade de
comprar o Mustang com o 289 High Performance, de
271 cv. O 170 e o 260 tinham, como item standard, a
caixa de câmbio mecânica de três velocidades. A trans-
missão automática Cruise-O-Matic, de três velocidades,
era disponível para todos os Mustang V8. Curiosamente
o câmbio manual de quatro marchas era reservado aos
carros de motor 170 6L e 289 V8 e não para o 260 V8.
MUITOS OPCIONAIS Foram produzidos 92.705 hardtops (preços a partir de
US$ 2.320,00) e 28.833 conversíveis (preços a partir
de US$ 2.557,64) em 1964. A numeração do chassi dos
Mustangs começou pelo carro 5F08F00001, sendo “5”
19ROD & CUSTOM
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Por Roberto Cardinale Fotos Marcello Garcia
EVENTO 1º ROD & CUSTOM ROAD TOUR
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É NA ESTRADA!EM UMA INICIATIVA PIONEIRA EM TODA A AMÉRICA DO SUL, A EQUIPE DA REVISTA ROD & CUSTOM DÁ O PRIMEIRO PASSO PARA AUMENTAR A VISIBILIDADE DOS HOTS, STREET RODS E MUSCLE CARS NO BRASIL
Se existe uma ideia que sempre
vinha à baila em nossas conver-
sas aqui na redação era, sem
dúvida alguma, a de organizar
algum tipo de evento que pudesse levar
os carros de que tanto gostamos para a
estrada. Porém, como temos a premissa
de não nos envolvermos diretamente na
organização de eventos, sempre dávamos
apoio aos clubes que quisessem realizar
passeios ou mesmo encontros, tal como
aqueles organizados pelo clube Amigos
do Hot, de São Paulo, SP. Assim, quando
infelizmente o AH paralisou suas ativida-
des, decidimos dar início a um projeto que
pairava pela cabeça de todos: colocar em
prática um road tour, como os promovi-
dos nos Estados Unidos!
As primeiras conversas aconteceram no
Encontro de Águas de Lindoia, quando tive-
mos uma reunião com os responsáveis pelo
clube Curitiba Roadsters, que sem dúvida
alguma é um dos mais atuantes de todo o
Brasil. Foi lá que ficamos sabendo que eles
iriam organizar o II Encontro Curitiba Roa-
dsters. Não poderíamos deixar passar esta
incrível oportunidade! Naquele mesmo dia,
LUGAR DE HOT
Road Tour Rod & Custom Rev cm dúvidas.indd 25Road Tour Rod & Custom Rev cm dúvidas.indd 25 11/9/2009 13:25:5111/9/2009 13:25:51
Por Rogério Ferraresi Fotos Marcello Garcia
PROJECT CAMARO TYPE LT 1973
RETURN OF THE SHARKSEM GRANDES ALTERAÇÕES MECÂNICAS, MAS COM MUITO BOM GOSTO, UMA OFICINA PAULISTANA RESGATA O ESTILO AGRESSIVO DO CAMARO DE SEGUNDA GERAÇÃO COM UM TYPE LT DE PARAR O TRÂNSITO
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55ROD & CUSTOM
52-56 Camaro TechRusty - REV.indd 5552-56 Camaro TechRusty - REV.indd 55 4/9/2009 16:17:004/9/2009 16:17:00
Por Rogério Ferraresi Fotos Douglas Sonders
PROJECT PONTIAC GTO
MUSCLE SOUNDMISTURE ALTA TECNOLOGIA COM UM MUSCLE CAR DOS ANOS SETENTA E O RESULTADO PODERÁ SER ESTE PONTIAC GTO MONTADO NOS EUA
Muitas vezes o entusiasta, ao modificar
seu carro, começa de modo simples, al-
terando um ou outro componente. Po-
rém, logo opta por fazer mais algumas
mudanças e, quando se dá conta, já customizou o veí-
culo por inteiro. É o caso de Charles Hamly, americano
que, em 1985, comprou um Pontiac GTO 1970 para usar
no dia a dia, sem qualquer intenção de recuperá-lo.
Durante sete anos o GTO, que era apenas um
“carro velho”, prestou bons serviços mas, com o
passar do tempo, pequenos problemas foram apare-
cendo, além de ocorrer o agravamento dos já exis-
tentes. Afinal, o GTO tinha mais de duas décadas de
uso constante e, por tal motivo, constituía-se como
um excelente candidato a virar matéria-prima de al-
gum ferro velho.
Após “quebrar a cabeça”, Charles resolveu restau-
rar sua joia, deixando-a absolutamente original.
Pode-se dizer, enfim, que a emoção falou mais alto
que a razão (e não é sempre assim?). Porém, na
metade do caminho, o proprietário percebeu que
não estava simplesmente trocando peças antigas,
como era de se esperar, e sim desenvolvendo up-
grades para os padrões modernos, com inclinação
para alta performance. Estava nascendo, portanto,
mais um street rod.
60 ROD & CUSTOM
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Por Rogério Ferraresi Fotos Marcello Garcia
PROJECT CHEVROLET FLEETLINE
CLASSIC CUSTOMDÉCADAS DEPOIS DE VER O CARRO DE SEUS SONHOS PELA ÚLTIMA VEZ, RODDER REENCONTRA A MÁQUINA QUE POVOOU SUA IMAGINAÇÃO NA INFÂNCIA E A TRANSFORMA EM UM LUXUOSO STREET ROD
Algumas experiências da infân-
cia nos acompanham por toda
a vida. Para quem gosta de car-
ros, a imagem do veículo que
pertenceu ao pai, ao tio ou a alguém pró-
ximo certamente faz parte das lembran-
ças dessa época. No caso de Luiz Carlos
de Oliveira, curitibano de 39 anos, o que
ficou foi a lembrança do Chevrolet Fleet-
master Aerosedan 1948 de seu vizinho.
O veículo, um dos primeiros fastba-
cks da marca (na época chamados “seda-
netes”), era muito comum no Brasil, mas
as unidades aqui existentes aos poucos
foram desaparecendo, tal como ocorreu
com outros “carros velhos”. A mudança
de gosto do consumidor (que nos anos
1950 passou a preferir modelos de três
volumes), o advento dos carros nacio-
nais e, por fim, as crises energéticas da
década de 1970 desvalorizaram sucessi-
vamente os modelos mais antigos, cujo
destino, em geral, eram os desmanches
e, por fim, as fundições.
CONDOMÍNIO DE ROEDORESConsiderando tudo isso, bem como o fato
do vizinho ter se mudado da rua em que
Luiz morava, o rodder achou que nunca
mais veria o elegante fastback. Mas ele
estava enganado: trinta anos depois de
seu desaparecimento, por um golpe de
sorte, nosso leitor conseguiu localizar o
tal homem que, mais incrível ainda, não
havia se desfeito do Chevrolet. Era o mo-
mento de agir.
Curioso, Luiz quis saber, ao longo de
todo aquele tempo, o que havia sido feito
do Fleetline. O então proprietário respon-
deu que logo após a mudança havia des-
montado o Chevrolet e iniciado sua refor-
ma. E esta reforma, é claro, nunca havia
sido concluída devido à falta de recursos
financeiros. O leitor demonstrou seu inte-
resse pelo carro e foi vê-lo. Naturalmente
o veículo estava bem diferente da imagem
gravada em sua memória: coberto de pó,
com estofamento estragado e havia se
tornado uma espécie de condomínio de
roedores, mas ainda era possível deline-
ar o arrojado desenho característico dos
Chevrolets da década de 1940.
Assim, nosso leitor fez uma ofer-
ta para o carro e, em 14 de setembro
de 2005, o Fleetline acabou mudando
de dono. O sedanete foi levado à Ofi-
cina Joemilton, também de Curitiba, e
sua restauração ficou aos cuidados de
Maicon Perotoni. Como o Chevrolet já
estava parcialmente desmontado, Luiz
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As motos chopper nasceram
praticamente da mesma ma-
neira que os hot rods, tendo
como maiores responsáveis
por essa criação os soldados que retorna-
vam da Segunda Grande Guerra e customi-
zavam suas próprias máquinas.
Basicamente eram Harley-Davidson e
Indian, que posteriormente receberiam o
nome chopper, pois eram retiradas todas
as peças “desnecessárias” das motos (daí o
significado da palavra), tais como os enor-
mes bancos que davam lugar a diminutos
selins. Outra alteração que se tornou popu-
lar foi o alongamento da suspensão dian-
teira. Muitos destes “bikers” substituíam
a roda dianteira por modelos com banda
mais fina e faziam o contrário com o trasei-
ro. Tais alterações se transformaram numa
marca registrada das choppers.
Mas somente com o lançamento do
filme Easy Riders em 1969 é que as motos
ao estilo chopper ganharam visibilidade.
Assim, as pessoas que assistiram ao filme,
no mundo inteiro, foram em busca de má-
quinas americanas usadas para fazer suas
próprias choppers. Por essa mesma época
surgiram alguns profissionais que começa-
ram a se dedicar a esse tipo de customiza-
ção. Atualmente Arlen Ness é considerado
um dos magos da montagem dessas motos.
O INÍCIOA Harley-Davidson é provavelmente a mais
famosa fabricante de motos do mundo,
além de ser sinônimo de chopper. A empre-
sa, criada em 1903 por Bill Harley e Arthur
Davidson, começou a produzir em um bar-
racão nos fundos da casa de um dos sócios,
em Wisconsin, onde até hoje se encontra o
prédio administrativo da empresa.
No mesmo ano William Davidson se
juntou à empresa e, no ano seguinte, o trio
abriu sua primeira revenda, que em pouco
tempo comercializou três motos. Em mea-
dos de 1905, em Chicago, a marca venceu
uma corrida de 15 milhas, além de ter con-
tratado seu primeiro funcionário. Sempre
inovando, produziu o primeiro catálogo
com motos já registrado no mundo em
1906. Além disso, durante a Primeira Guer-
ra Mundial, o primeiro soldado americano
a entrar em território alemão pilotava um
HD com side car.
Willie G. Davidson foi o responsável
pela criação da moto que deu novo fôlego
à fábrica de Wisconsin. Conhecido como
Willie G., ele credita às motos HDs o fato de
ter se tornado um designer, o que lhe per-
mitiu projetar, em 1985, o modelo Heritage
Softail. Aliando a moderna tecnologia com
detalhes dos anos 1950 (como cromados,
tanques grandes e outros itens de apelo
retrô), a Heritage Softail foi um dos maio-
res sucessos da empresa e ainda desperta
a admiração dos entusiastas da marca HD.
ESCOLA ANTIGAA motocicleta que ilustra esta matéria foi
customizada pela Lucky Friends Choppers
Garage, oficina localizada em Sorocaba,
no interior de São Paulo. Aficionados pela
86-92 Moto - Chopper REV.indd 8686-92 Moto - Chopper REV.indd 86 4/9/2009 17:25:364/9/2009 17:25:36
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Alguns dos detalhes desta Harley
Customizada foram criados pela
equipe da oficina Lucky Friends
com exclusividade para este
projeto. O estilo Old School é uma
das marcas registradas tanto nas
motocicletas quanto nos veículos
customizados por eles. Alguns
toques de irreverência também
marcam estes automóveis!
86-92 Moto - Chopper REV.indd 8886-92 Moto - Chopper REV.indd 88 4/9/2009 17:25:454/9/2009 17:25:45
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1º Rod & Custom Road Tour: só quem participou sabe descrever a emoção
desta aventura!"
ÚLTIMA IMPRESSÃO
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