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SAO PAUlO ·
FUNDAÇÃO IBGE Pres idente : Isaa c Kerstenetzky
INSTITUTO BRASILEIRO DE ESTATíSTICA Diretor-Superi ntend ente: Rudolf W. F. Wuen sch e
.,
DEPARTAMENTO DE DIVULGAÇÃO ESTATíSTICA Diretor : Ovídio de Andrade Júnior
DIVISÃO EDITORIAL
Mário Fern andes Pau lo (res po n dendo)
SETOR DE PUBLICAÇõES ESTATíSTICAS REGIONAIS Che fe: Célia Côrtes de Fig ueiredo Murta
Texto: A lda l ita de Jesus Bar bosa Lim a de Medeiros , do Setor de Publicações Estatísticas Regionai s
Gcá , icos: Seto r de Represen tação Gráf ica
Dia gra m ação: Dé lcio Mendonça , do SERGRA F
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S.A.U. P refeitura Munici pal (Seniço de OIJras) D eleg acia de Pol icia ALA - Assistência ao Litoral Ancllieta
5 Fábrica de Gel o 6 - Posto de Puericultura 7 - Ca ixa Económica E stadual 8 - Banco Novo Mundo E·. A. 9 - Prefe itura Munici pal (sed e)
10- F'orum 11 - Coletoria Estadual 12 - P rédio da ex -cadeia Pública 13 - Correios e T e lég rafos 14 - Grupo Escolar e Ginás io Estadual 15 - Centro Telefónico (COTESP ) 16 - Sede do Litoral Norte da Secretaria d e Cul
tura, E sportes e Turismo do Esta do.
)/ I
17 - San ta Casa d e Misericórdia 18 - Cine Iperoig 19 - Posto ele S~úde 20 - Esc r itório Força e Luz - CESP 21 Tribuna ele Ubatuta 22 - Legislativo Municipal, Bibl ioteca, Museu, Junta
de Ali stamento Mili t ar, Serviço de Transporte e Turismo e Agência do I nstituto Brasi lei ro de Estatís t ica .
23 Est ação el e R~elio
24 Casa àa Agricultura (Colônia de Pescadores e Capitan ia dos Po r tos)
25 Sede do DER 26 Cruzeiro Hi stórico 27 Qu a dra de Esportes.
Coleção d e Monografias - N." 533
ASPECTOS FÍSICOS
POPULACÃO RESIDENTE
ECONOMIA
CULTURA
URBANIZAÇÃO
SA ú DE
VEÍCULOS
FINANÇAS
POLÍTICA
o Área: 748 km' ; altitu d e da sede: 3 rn; tentperatura ern o c: ntáxi?na , 31; ntíni?na, 15; precipit ação pluviométTica anua! : . . . 1 . 870 mm.
o 15 . 240 habitantes (Censo D emográfico d e 1970) ; densidade d e-11WgTáfica: 20,37 habitantes por quilómetro quadrado .
0 22 estabelecim entos industri ai s 193 comeTcia is; 750 imóveis ru mis (INCRA); 1 agên cia bancária , 1 d a Caixa Económica Estadual .
0 44 u n idades escolaTes d e en sino pri?nári'o co1nu1n, 3 estabeleci mentos d e ensino m édio ; 1 biblioteca ; 1 estação mdiodifuso ra ; 1 cinenut .. ; 1 1nuseu, 10 asso ciações cultttrais e esportivo-recreativas.
0 132 nws, 6 avenidas, 7 pmças, <i3 pmias, 4 j ardin s e 3 estmdas; 3 . 67 8 pTéclios, 2.120 ligações elé t Ticas domicitiaTes; 1.300 tocos de iluminação púb l ica, 630 apaTelhos t elefóni cos; 24 hotéis, 2 p en sões, 16 restaurantes, 36 bares e botequins, 3 boates .
0 1 h osp ita l com 32 l eitos, 1 pos to d e saúde, 1 posto ele p ue Ticu ltura, 1 pronto-socorr o; 4 médicos, 1 clen tista, 2 farmacêut icos , 8 enfermei ros; 2 f ar ?nácias.
0 (registrad os n a P re f eitura M u nici pa l em 1971) - 109 automóveis e j i pes, 18 ônibus, 64 caminhões, 10 cam ionetas, 12 " pick- u p s" ou f u rg ões e 24 v eiculas não esp ecifi cados.
o 0 Tçamento M unicipa l p am 1971 (em milhões d e cruzeiros) -Teceita estimada: 3,4 ; d esp esa fixada : 3,4.
e 9 vereadores.
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'ASPECTOS HISTóRICOS ·.
e O Topônimo UBATUBA, segundo seus historiadores, é corruptela da palavra tupi i batyba, que significa sítio onde abundam ubás, espécie de cana silvestre, ou lugar onde se r eúnem muitas canoas; ubá também traduz caniço próprio para flexas, e tuba quer dizer muitas.
O A História QuANDO da divisão do Brasil em Capitanias Heredit árias, o território do atual Município de Ubatuba ficou incluído no da Capitania que mais prosperou - a de São Vicen te -, doada por D . João III a Martim Afonso de Sousa. Até o início do século XVII , a r egião era h abitada pelos tamoios, que aí tinham numerosas e populosas aldeias, entre as quais se destacava a de I peroig .
e Elemento Europeu Ao QUE se sabe, o primeiro civilizado a ch egar em Ubatuba foi Hans Staden, que serviu como artilheiro no forte de Bertioga, n as lutas entre portugueses e t amoios. Numa das incursões indígen as, foi Staden aprisionado e levado p ara Iperoig, onde permaneceu cativo durante vários a nos, até que um fr ancês, Guilherme Moner , comandante de um n avio ali apartado, o resgatou. Isso aconteceu por volta de 1554, data da fundação de São Paulo .
Instigados pelos franceses , os tamoios confederados passaram a atacar os portugueses, pondo em risco, entre outros, os incipientes núcleos de colonização: São Vicente e São Paulo .
Nóbrega e Anchieta decidiram, então , procurar os indígenas em seu próprio reduto - Iperoig - a fim de tentar uma paz duradoura . Depois de Hans Staden, foram eles os primeiros brancos a visitar importante aldeamento tamoio.
Não confiando nas propostas dos jesuítas, os indígenas m antiveram Anchieta como refém, enquanto Nóbrega voltava a São Paulo, acompanhado de alguns selvagens, para negociar o armistício .
Foi durante o cativeiro que Anchieta escreveu, n a areia da praia, os 4. 172 versos do seu Poema à Vi7·gem. Uma cruz de madeira assinala, hoje, o local.
A Paz de Iperoig, como passou à História a pacificação dos tamoios, foi causa indireta da expulsão dos franceses e da fundação do Rio de Jan eiro e conseqüentemente da integridade territorial do Brasil.
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A l jândega - Sobrad o do Porto.
e Colonização
PoR voLTA de 1600, Iper oig começou a despertar o interesse dos europeus.
Nessa ocasião , sendo governa dor do Rio de J aneiro, Salvador Corrêa de Sá e Benevides, e donatária da Capitania de São Vicente a Condessa de Vimieiro, ali se foi estabelecer, com S ela famíli a e aderentes, a mando do Governador, o português Jordão Homem Albernaz da Costa (ou de Castro) , natural da Ilha Terceira, nos Açores . Haven do construído logo uma Capela, sob a invocação da Santa Cruz do Salvador, deve ser considerado o fundador da Cidade e do Município.
Os primeiros que, em 1610/ 11 , obtiveram sesm arias em território uba tubano foram Gonçalo
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Correia de Sá, Martins de Sá, Salvador Correia de Sá, Artur de Sá, Belchior Cerqueira, Miguel Pires de Isasa, Antônio de Lucena , In ocêncio de Inhatete e Miguel Gonçalves .
e Participação Francesa A PARTIR de 1870, um acontecimento do Velho Mundo passou a influenciar a vida do Município. Antes que defl agrasse a Guerra Franco-Prussiana, dezenas de famíli as de nobres franceses transferiramse com seus cabedais para Ubatuba, onde compraram grandes extensões de terras e organizaram fazendas, entregando-se ao cultivo do café, do fumo , da can a-de-açúcar, de frutas tropicais, de especiarias como a pimenta-do-reino e o cravo-da-índia. Alguns montaram olarias, out ros ingressaram n a Marinha Imperial. Em Ubatuba, construíram mansões senhoriais e um Teatro .
e Apogeu No FINAL do século passado, que m arcou, também, o final do Império, o crescimento de São Paulo agigantou-se. O Norte do Estado, com o Vale do Paraíba , tornou-se verdadeira potência económica. E o Sul de Minas, região vizinha, acompanhou esse surto de progresso.
Ubatuba tornou-se o p orto exportador por excelência dessa rica região económica, onde imperava o café. Como porto de grande movimento, era o ponto final, litorâneo, da chamada "rota do café", vinda do Sul de Minas e do Vale do P::,raíba. Por aí, nesse período áureo de floresciment o económico, entraram para m ais de 70 mil escravos. Tão intenso era o seu comércio ultramarino que muitos consulados estrangeiros aí se instalaram, para o serviço de "vistos". Houve um período em que 600 navios transa tlânticos entravam anualmente no Porto. Ubatuba figurava à frente dos munic.ípios de maior renda da Província. Até a primeira máquina de tecelagem do Estado foi importada por Ubatuba para Taubaté .
e Declínio A MARCHA do café para o Oeste - regiões de Jundiaí e de Campinas - à procura de t erras virgens e férteis e a construção das ligações ferroviárias Rio de J aneiro-São Paulo e São Paulo-Santos e do Porto de Santos, fizeram definhar a antiga estrada da "rota do café" - que do Sul de Minas demandava o Porto de Ubatuba - e, n aturalmente, o próprio Porto e Cidade.
Querendo ainda freiar a decadência advinda das transformações económicas que se haviam operado
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na Província de São Paulo, os grahdes proprietários da região ubatubana (sobretudo os franceses) reconheceram que apenas uma providência poderia salvar o Porto, a Cidade e, por conseguinte, os seus interesses - um ramal ferroviário que ligasse Ubatuba a Taubaté - , no Vale do Paraíba, e, dali, alcançasse o Sul de Minas Gerais. Só assim Ubatuba conseguiria manter sua posição de porto regional , exportador da produção do Vale do Paraíba e da Região Sul-Mineira.
No dia 28 de setembro de 1890, tiveram início as obras de construção . Entretanto, com a falência do Banco de Taubaté, que apoiava o Grupo interessado no empreendimento, malogrou-se a iniciativa. As obras, cerca de 80 quilómetros de estrada construída e material ferroviário , foram abandonadas .
Alguns anos depois, houve uma tentativa infrutífera de concluir a estrada. Em 1917, novo Grupo financeiro pleiteou o privilégio da construção da importante via de comunicação. Como das vezes anteriores, não houve resultados práticos .
• Ressurgimento A ABERTURA de uma estrada de rodagem entre Ubatuba e São Luís do Paraitinga, aproveitando o velho caminho das t ropas, fez com que a Cidade fosse descoberta para o turismo, iniciando-se novo sur to de desenvolvimento . A estrada Caraguatatuba-Ubatuba, aberta em 1957, r eduziu con sideravelmente o tempo de viagem.
Visitantes, encantados com as belezas n aturais da região, ali começaram a passar as férias, adquirindo terrenos para construção de suas casas de praia. Assim, a Cidade renasceu num ritmo acelerado de progresso.
Atualmente, a construção da estrada de rodagem Rio-Santos CBR- 101) , já em fase adiantada , abre para Ubatuba excelentes perspectivas económicas, com o aproveitamento de uma das regiões turísticas mais belas do País.
e Formação Administrativa O DISTRITO foi criado no ano de 1554.
A Provisão de 28 de outubro de 1ô37 criou o Município e concedeu à sede a categoria de vila .
Em virtude da Lei provineial n.0 5, de 13 de março de 1855, a sede· municipal foi elevada à ::ate·goria de cidade.
Até 30 de novembro de 1944, o Município figu rava apenas com um distrito, Ubatuba. A partir de então, por efeito do Decreto-lei estadual n .0 14.334, passou a abranger o novo distrito de Picinguaba, criado com parte do território daquele.
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e Formação Judic iária CoMARCA de 1.a en t rância, criada por força da lei provincial n.0 46, de 6 de abril de 1872, com um Juiz de Direito e um Promotor de Justiça, tem seu foro movimen tado pela a tuação de 6 advogados.
ASPECTOS FíSICOS UBATUBA compõe, com Caraguatatuba, Ilhabela e São Sebastião, a Microrregião denominada Costa Norte Paulista. Os 748 quilômetr o::; quadrados de área municipal estão situados en t re os municípios de Caraguat a tuba, Na tividade da Serra, São Luís do Pa raitinga, Cunha e Parati - RJ.
A sede municipal, a 3 m do n ível do m ar , tem sua posição geográ fica determinada pelas seguin tes coorden adas: 23° 26' 13" de la titude Sul e 450 04' 08" de lon gitude W. Gr. Dista 160 quilômet ros, em linha r et a , da Capital do Estado .
Natureza p redominante do solo: terren o sedimenta r sílica- argiloso, formando uma camada de 30 a 80 cm sobre a ar eia.
Topografia aciden tada, pa rte da costa brasileira bastante r ecortada com t odas as caract erísticas de um relevo jovem, com altos e baixos, planícies e montanhas abr up tas per ten cen tes a serra do Mar , cuj a cr ist a serve de divisa, r och as de gn aisses e blocos de folheamen to de origem vulcânica. Os pontos mais altos são o Pico do Corcovado, o Morro do Félix e o do Caxambu, com altitudes que variam de 700 a mais de 1 . 000 metros.
Fazem parte do Município as ilhas da Pon ta , An chieta (antigo p resídio com mais de 350 alqueir es, é a maior de todas) , Comprida , das Couves, do Mar Virado, Mara nduba, das Palmas, das Cabras, Promirim , Redonda, dos Porcos , Pequen a, do Negro e Rapada.
Avan çam sobre o ma r as "pontas" Grossa , a mais impor tante, Aguda , das Toninhas, Jamant a, Camburi, Arpoador , entre out ras.
Avenida I pem·ig
Além da linda baía de Ubatuba, a de Ubatumirim, a de Picinguaba, a do Flamengo, a da Fortaleza, a do Mar Virado, há muitas outras.
Favorecido por uma rede fluvial constituída por dezenas de cursos de água, na maioria piscows e navegáveis em pequenas canoas, Ubatuba tem nos rios Tabatinga, Cla ro, Grande de Ubatuba, o mais importante, Iriri, Puruba, da Fazenda, do Canto, Acaraú, Comprido e Maranduba, os cursos principais.
Várias quedas-d'água enfeitam esses cursos: da Escorregosa (aproveitável para energia elétrica), da Escada (perto da divisa com o Estado do Rio) , do Promirim, da Ponte Preta e, a mais procurada para banho, elo Ipira nguinha , no ba irro elo mesmo n ome.
O clima é tropical úmido. A temperatura anual oscila ao redor dos 24°C, diferindo , apenas , cerca de 7° a t emperatura m édia entre o m ês mais quente e o mais frio. Em 1971, a temperatura máxima registrada foi de 31° e a mínima de 15°C .
ASPECTO'- DFMQr:PAFICr.s
CoM uma população de 7. 500 h abitantes em 1890, ch egou a 10 .400 em 1920, mas ressentindo-se el a decadência resultante de desequilíbrio econômico, no
POPU LACÃO RECENSEADA
12 Mil hab itantes
~ URBANA
9--- IIII RURAL
6
3
1950 19 60
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censo Demográfico de 1940 registrou apenas a existência de 7.250 habitantes. Dez anos depois, segundo o Censo de 1950, a população passara a 7.941 habitantes, sendo de 9,5% o crescimento verificado . O de 1960 encontrou 10.294 habitantes, com o apreciável incremento de 29,6%. Em 1970, com 15.478 habitantes o acréscimo atingiu a 50,4 %.
A população residente, neste último ano, compreendia 15.240 habitantes, dos quais 9 .122 na zona urbana ( 4. 598 do sexo m asculino) e 6.118 na zona rural (3.324 homens). A densidade demográfica era de 20,37 habitantes por quilómetro quadrado.
Foram cadastrados 5.417 domicílios , sendo 3.074 ocupados, 577 vagos e 1.766 fechados.
e Registro Civil EM 1970, foram registrados 526 nascimentos , dos quais 55 ocorridos em anos anteriores e 26 natimortos . Verificaram-se 91 óbitos em geral, sendo 25 de menores de 1 ano, e realizaram-se 129 casamentos.
e Notas Para o Turista SITUADA no Litoral Norte do Estado - na chamada Costa do Ouro - Ubatuba goza do privilégio de oferecer clima ameno e noites agradáveis, graças à proximidade da serra do Mar, que margeia toda a costa, orlando-a de verde. Litoral recortadíssimo formando uma sucessão de baías, angras e enseadas. Disso resulta a infinidade de praias, quase todas próprias para o banho de mar. As poucas que não o são oferecem belíssimos espetáculos e em suas areias avermelhadas as crianças se deleitam, procurando conchas de delicadas formas e caramujos esquisitos.
Entre as praias salientam-se as de:
I peroig - mais conhecida como Praia do Cruzeiro por se encontrar ali a Cruz que marca a estada do Padre Anchieta em Ubatuba, e onde, segundo os historiadores, ele esboçou a maior parte dos 4.172 versos de seu poema à Virgem; é uma praia de " tombo" mas ·ótima para banho e onde se realizam as competições natatórias inclusive a internacional prova Travessia, de Ubatuba. Defronte à cidade;
Perequê-Agu - em cujas areias monazíticas visit antes procuram a cura de seus males. É uma das melhores praias para as crianças; fica na baía de Ubatuba ;
Perequê-Mirim e Santa Rita - localizadas no mesmo braço de mar, o Saco de Perequê-Mirim (parte da grande enseada do Flamengo). ótimas praias balneárias. Na de Santa Rita,
encontram-se as ch amadas Pedras do Sino (idênticas às de Ilha bela), cuj a característica é retinirem à s emelhança do bronze;
En seada - parte, também, da grande enseada do Flamengo, é uma das mais procuradas do Município pelos turistas de maior poder aquisitivo. Destaca-se pelas águas ser en as, declive sua v e e ampla faixa de ar eia, além de um belíssimo panorama;
Toninhas e Grande - separadas por um esporão de serra, de onde se descortina bela paisagem ;
Tenório - fam osa pela fina contextura de sua areia branco-azulada . Suas águas são tran slúcidas. É bast an te procurada pelos turistas ;
Itaguá - por onde passa o trópico de Capricórnio : fica n a baía de Ubatuba, em fr ente à Cidade. Sua areias são monazí ticas ;
Lázar o - onde é grande o número de belas m ansões, sendo muito concorrida nos fins de seman a ;
Sununga - a mais br avia, apresenta mar const antem ente agitado . Não é praia balneária e sim local p ropício à pescaria. Paisagem deslumbrante . Aí se encontra a famosa Gr uta do Sununga, que deu nome à praia e que, em tupi , signifiCa Gr uta que Chora. Quando, dentro dessa gruta , se produzem ruídos, a água goteja do t eta . O local acha -se envolto em lenda . Segundo esta, n as mudan ças de lua, t errível serpente saia da gruta e raptava a m ais bela índia da t ribo . Reza ainda a lenda que o monstro foi desencantado pelo Padre Anchiet a, com o auxílio da Cruz;
.Maranduga - a do Sapé e a da Lagoinha - sepa r adas ap enas por riachos e juntas formam a m aior faixa de areia de Ubatuba - j á em grande par te urbanizada e com m uitas casas senhoriais, dista 30 quilômet ros da cidade, por estr ada asfaltada (futura BR-101 ) ;
Fort aleza- Dura-Itam ambuca-Félix e dezen as de outras complet am um cenário r ar amente encontrado em outra r egião do Brasil. Além das praias, Ubatuba oferece deliciosos
passeios. Ent re os r ecantos aprazíveis, m erecem ser visitados: Horto - vegetação luxuriante . Atravessa-o o rio
Grande, de águas transparentes e leito forr ado de pedras e areia branca. Perfume de flores silvestres. Ambiente caracteristicamente tropical;
Rios - Gr ande de Ubat uba e Lagoa n a cidade, e A car aú, n a praia de Pur uba - n avegáveis em parte, por pequenos barcos. Margens cobertas
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~ .... ....... .
~ ... ... , .... , ~ .... ...... ..
•,
ROTEIRO DAS PRAIAS
1 - Praia da Lagoa 2 - Praia Bra va do Frade 3 - Praia da Raposa 4 - Praia Cassandoquinha 5 - Praia Cassandoca 6 - Pra ia do Pulso 7 - Praia d a Maranduta 8 - Praia do Sapé 9 - Praia da Lagoinha
10 - Praia do Oeste 11 - Praia do Bonete 12 - Pra ia Grande do Bonete 13 - Praia· do Deserto 14 - Praia do Cedro 15 - Praia Brava ou Maria Godói 16 Praia d a Fortaleza 17 - Prainha da Fortaleza 18 - Praia Vermelha 19 - Praia Brava (da Fortaleza ) 20 - Praia Dura 21 - Praia da B arra ou Paln1ira 22 - Praia bomingas Dias 23 - Praia do Lázaro 24 - Praia f)a Sununga - Gruta que Chora 25 - Praia das Sete Fontes 26 - Praia ç.o Flamenguinho 27 - Praia do Flamengo 28 Praia d a Ribeira 29 - Praia élo Saco da Ribeira 30 - Praia d o Lambert - Instituto Oceanográfico 31 - Praia do Perequê-Mirim 32 - Praia d e E<anta Rita - Pedra do Sino 33 - Praia da Enseada 3~ - Praia de FO'ra 35 - Prainha 36 - Praia itapecerica 37 - Praia ·do Godói 38 - Pra ia das T on inhas 39 - Praia Grande 40 Praia do Tenório 41 - Praia Vermelha d o Sul 42 - Praia d o Cedro (da Ponta Grossa ) 43 - Praia do Itaguá 44 -· Praia do Iperoig ou do Cruzeiro 45 - Prainh-a (do Matarazzo) 46 - Praia ·do Perequê- Açu 47 - Praia da Barra Seca 48 - Praia Vermelha do Norte 49 - Praia do Alto 50 - · Praia ·do Itamambuca 51 - Prainha 52 - · Praia do Félix 53 - Praia :do Lúcio ou Brava 54 - Praia do Prumirim 55 - · Praia :do Léo 56 - Praia do Meio 57 - Praia do Puruba 58 - Prainha d a Justa 59 - Praia elo Ubatumirim 60 - Praia da Almada 61 - Praia do Engenho 62 - Praia Brava 63 - Praia da Fazenda 64 - Praia da Picinguaba - Sede de Distrito 65 - Praia Brava do Camburi 66 - Praia do Cmnburi
Nota: Antes d a Ponta da Lagoa, a partir do rio Tabatinga, divi sa Sul do Municipio, existe a inda as praias d as Galhetas, d a Figueira." d a P onta Aguda e a Mansa.
11
por frondosas árvores, que mal deixam passar os raios de sol e formam uma sombra esverdeada à qual pássaros, borboletas e flores imprimem tons de conto de fadas;
Porto de Ubatuba - um dos mais belos locais da Cidade. Acompanhando o costão, por estrada bem conservada, o visitante enoontra em cada curva aspectos diferentes da deslumbrante paisagem. Aqui se encontram o Entreposto de Pesca e a Fábrica de Gelo do Estado;
Ponta Surutuba - local pontilhado de ranchos de pescadores, de onde se a vista toda a baía de Ubatuba , as ilhas ao longo da costa e, fechando o horizonte, os altos picos da serra do Corisco, contraforte da serra do Mar ;
Ponta Grossa - aspectos diferentes da região -primeiramente, os panoramas m arítimos em oldurados por troncos de grandes árvores; depois, fontes de água fresca e cristalina, frutos silvestres. Ora subindo, ora descendo, chega-se à pequenina Praia do Cedro. Dali, continuando através da mata , alcança-se o farol da Ponta Grossa;
Gruta do Saco das Andorinhas - ainda na Ponta Grossa . Do alto, avista-se, no fundo , uma espécie de câmara, toda revestida de pedras. A gruta é escura, bifurcando-se terra a dentro, o que torn a necessário o uso de lanternas;
P-ra ia GTande
Ilha Anchieta - ao sul, separada do continente por um estreito de pouco ma is de 400 m , conhecido pelo nome de Boqueirão. Cheia de coqueiros, lembra as ilhas dos Mares do Sul. Aqui se encontram as ruínas do antigo Presídio , construído em 1908 ;
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Pmia da Enseada
Pmia das Toninhas
Distri to de Picinguaba - perto de Parati , n o Estado do Rio de Janeiro. Seus moradores vivem da pesca. O acesso a Picinguaba exige viagem por mar (ou 50 km, aproximadamente, a pél que proporciona a vista de lindas ilhas, umas escarpadas, cobertas de vegetação, outras desnudas, de estranha conformação, como a Iiha da Celinha, como que partida por gigantesco machado, ou a do PromiTim, próxima à costa, que é habftada e constitui belíssimo local ;
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Pmia ele I p eroig
Estação Experimenta l - a 6 quilômetros do centro, com plantações de pimenta-do-reino, cravo-da índia, canela , baunilha, seringueira, dendê e outras , além de ser centro de estudos de melhor amento da can a -de-açúcar. Acha-se localizado, aqui, o 1.° Centro Rural de Ubatuba. Um riacho de águas cristalinas forma piscina natural;
Pico do Corcovado - com a sua lenda do Pret o Velho, que descobriu um veio aurífero ;
Cruz de Ferro - na estrada para Taubaté - com outra lenda milagrosa;
Fazenda da Jundiaquara magnífico panorama;
de onde se descortina
Cruz da Paz de I peroig - na praia do Cruzeiro;
Marco do Capricórnio (Trópico) - em Itaguá ;
Fazenda Velha - com o célebre alambique a vapor ;
Casas de Artesanato Caiçara;
Instituto Oceanográfico - na praia do Lambert (próximo ao saco da Ribeira) ;
Ruínas Históricas - da Fazenda do Tempo do Império; da 1.a Fábrica de Vidros do Brasil e do Mosteiro do Século XVI - localizadas n a p raia da L aqoinha;
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Cascata do Ip iranguin h a ;
Gruta do T empo dos Escravos - no morro do Perequê;
G ruta da Cassanga - na estrada para a Praia Vermelha. Entra-se de canoa;
Museu Regional - localiza-se na cidade. É histórico;
Cachoeira ela Ponte Preta - n a Serra do Mar. Es-trada para Taubaté;
Extração de Granito Verde (Monte Valéria ) ;
Represa An tiga - no bairro de Perequê -Açu;
Rio Escuro - no bairro do mesmo nome;
O Sobrado do Porto - construído por Ba ltazar Fortes e tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional , em 1967; e muitos outros .
Praia do L (izaro
Duas são as concepções clássicas de repouso -o estático, contemplação sim ples e serena da natureza, e o dinãmico, prática de esportes, passeios ao ar livre e distrações. Quando ambas se associam, a recuperação proporcionada ao corpo e ao espírito torna-se ideal . Em Ubatuba, consegue-se essa associação : a perene serenidade que a tudo envolve, o clima ameno, as belezas n atura is e a n atação, os passeios de lancha, o esqui aquático, o hipismo, o montanhismo, a caça, a pesca e uma extrema variedade de passeios.
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• As V ias de Acesso PODE-SE atingir Ubatuba por três itinerários:
1.0 ) São Paulo-São José dos Campos-Paraibuna-Caragua ta tuba-Uba tuba.
2° ) São Paulo-Taubaté-São Luís do Paraitinga-Ubatuba.
3°) São Paulo- Cubatão-Guaruj á-Bertioga-São Sebastião-Caraguatatuba-Ubatuba.
Os primeiros extasiam o turista. Pelo caminho, vão surgindo as antigas fazendas de café, com os imponentes casarões senhoriais, as capelas e ruínas das senzalas. Em seguida, a mata cerrada, e entre a densa vegetação, cursos de rios en cachoeirados.
Rodovia Federal -Rodovia Estadual -Ferrovia Parto Aeroporto
Logo depois , o Alto da Serra, de onde se descortina impressionante panorama.
A ligação com São Paulo faz-se por ônibus da empresa Expresso Rodoviário Atlântico, com uma Hrih â-qú.ê vai ·pe là ' lítoral 'cv!à . s aritos r - é· outra -pela· via Dutra . A viagem dura cerca de 5,30 horas .
Em fase de constr ução, a BR-101-Litorânea , ligará Ubatuba a Santos, de um lado, e ao Rio d2 J an eiro (Guan abara ) , de outro.
Dão acesso ao Município as rodovias est aduais SP-55 (Ubatuba- Caraguata tuba), totalmente asfal tada e a SP-125 (Ubatuba -Taubaté ) , parcialmente asfaltada .
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De ônibus, vai-se a:
Santos, em 7,00 horas; São José dos Campos, em 4,30 horas; Taubaté, em 4,00 horas; São Luís do Paraitinga, em 2,50 horas; Caraguatatuba, em 1,30 hora.
Todas essas ligações se realizam pelas linhas da empresa Expresso Rodoviário Atlântico de Taubaté .
Em 1971, achavam-se registrados, na Prefeitura Municipal, 109 automóveis e jipes, 64 caminhões, 18 ônibus, 12 "pick-ups" ou furgões, 10 camionetas e 24 veículos n ão discriminados.
e O Aeroporto
O AEROPORTo Gastão Madeira dispõe de pista asfaltada, com 820 x 50 metros e balisam ento no turno.
Efetua-se ligação com Brasília através de São Paulo.
e Porto de Mar
O PORTO dispõe de um trapiche de concreto, em forma de "T", com 42 m de comprimento por 8 de largura, esta amplia da na parte final para 20 m . Porto pesqueiro por excelênci<t, é utilizado por pescadores dã região e de outros estados.
POTtO
17
e A Hospedagem No PRÉDio da Câmara Municipal (Paço Nóbrega) funciona o Servico de Turismo da Prefeitura Municipal , que se encarrega de facilitar hospedagem, organizar passeios e orien tar os visitantes.
Seus hotéis: Ca içara, Recanto Transatlântico , Miramar, Felipe, Paprika, Toninhas, Le Pastis, Timotel, Zenaide, Atlântico , J angadeiro (todos com restaurantes) , São Nicolau, Le Beaulieu, P erez, Estrela , Parque, Residência , São Charbel, Fritz, Princesa, Enseada, Rancho da Lua , Picaré e Orrios (este em fase de acabamento).
Além dos restaurantes dos hotéis m encionados, come-se bem n a c antina Bambu, no Trianon, Lotys, Castelinho, e Chez Vava, entre outros.
Lanches na Casa de Chá , no Kibituba, no Ka fona e no K ruks Hamburger.
Algumas boates, como da Pesada, La Kaverna e Janga da.
Clubes n áuticos : Tamoios, Timon eiro e Pedra Verde .
Edijic io São Charbe/.
ASPECTOS ECONôMICOS
EXTRAÇÃo de granito verde, produção e ben eficia m ento de pescado e a agricultura são as atividades económicas m ais significativas, no Município.
e Pesca UBATUBA é importante centro pesqueiro, onde se lo caliza a Colônia de Pesca Fernando Costa, Z- 10, que, em 1970, ocupou 648 pescadores e utilizou 395
18
•'
Praict do l t ctguá
canoas, 86 lanch as e botes , com a capacidade de carga totalizando 44 toneladas .
O m aterial de pesca constava de 295 redes de espera, 45 d e arrasto, 168 espinhéis , 32 cercas flutuantes e 58 arrastões de camarão e a produção obtida elevou-se a 4.079 toneladas de pescado, no valor de Cr$ 1,3 milhão, das espécies a seguir discriminadas:
ESPÉCIES (/UA:\ TTDADE \" ALOR (t) (Cr$ 1 000)
Sardinha. 3 8 5 982 Camarão. 54 229 Cavalinba . 4 l 20 Goete .. 12 15 ]?escada. 14 10 Tainha . 3 5 Cavnh . 3 5 Bonito. 1G 5 Carapau .. 3 4 Namor~do 2 4 Ca~ão. 2 4 Olbete . . 2 3 Galo . . . 3 3 Batata .. 2 3 Outros (J) i3 7 17
TOTAL . . . .. . . . ... 4 079 1 309
(1 ) Em "outros" incluem-se : corimã, dourado, espa da , lingu a do , lula , mistura , xaréu e garoupa.
A sardinha, como se vê, cobriu 75,5 % do valor t otal do pescado, o que a torna o produto básico da in dúst r ia pesqueira no Município. Com signifi-
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cativa diferença de valor, o cam arão representa 17,9 % e a cavalinha 1 , ~ % ; as demais espécies completam os 5,5 % restantes do mesmo vs lor.
Quanto à pesca não colonizada, cerca de 800 pescadores, no mesmo ano (1970) , se entregaram à faina no mar, utilizando as seguintes embarcações: 150 canoas a r emo e 12 baleeiras a motor, t otalizando 20,5 t a capacidade de carga.
O m at erial empregado constou de 25 r edes de arrasto e de 100 espinhéis. A produção obtida pode ser a ssim especificada :
Cam~riio. Goete .. Prscada. Cação . Bonito . Mi~tura.
ESPÉCIES
TOTAL.
I QUANTIDADE
12 6
10 4
12 23
68
VALOR (Cr$ 1 000)
20 7 7 5 1 7
50
Observa-se, neste tipo de pesca, ausência da sardinha . A pesca do camarão surge em primeiro lugar, representando 40 ,0% do valor total.
Assim, entre pesca colonizada e nãJ colonizada , elevou-se a produção a 4.147 toneladas, no valor de Cr$ 1. 359,0 milhares, classificando-se essa atividade como a principal no Município.
e Indústria EM 1970, como se verifica no quadro abaixo, contaram-se 22 estabelecimentos industriais, com um total de 170 pessoas ocupadas, calculando-se em Cr$ 3,1 milhões o valor total da produção:
NÚ.MERO PESSOAL ' 'ALOR DA CLASSES E DE ESTA- OCUPADO PllODUÇÃO GÊNEROS DE BELECI-INDÚSTRIA MENTOS EM
31-12-1969 EM 1969
M·soluto JRelativo !Cr$ I 000 %
Inrlli strias Extrativas de Produtos Min erais . . .. (1) 10 74 723 23,4
Indústrias de Transfor-mação .. 12 96 2 37J 76,6 Produtos alimentares . 7 58 2 146 69,4 Outras indústrias .. 5 38 224 7,2
TOTAL GERAl. 22 170 3 (93 10 0,0
( 1) Inclusive 3 estabelec imentos com ativcd ades paralisa das .
20
J
A indústria extrativa consta somente de granito verde.
Entre as indústrias de transformação, destacam-se os 7 estabelecimentos de produtos alimentares, 6 dos quais dedicados à salga de peixe.
, INDUSTRIA
VALOR DAPRODUÇÃ0-1969
[d] Prodvtos al ,mentores
• Extro'=ão de produtos minero;!.
D Outros gêneros
e Abastecimento de Carne EM 1969, foram abatidos 603 bovinos e 30 suínos, no valor global de Cr$ 301 ,6 milhares. O produto do corte, totalizou 133,4 toneladas, referentes principalmente à carne verde de bovino, com 124,0 toneladas e 98,6 % do valor. Os produtos r estantes consistiram em carne verde de suíno, couro seco de bovino e toucinho fresco.
Segundo fontes locais, foram abatidos , em 1970, somente 498 bovinos e o rendimento foi de 109 ,5 t . O principal abastecedor de carne verde em Ubatuba é o Município de São J osé dos Campos, com parcela superior a 50 %.
e Produção Extrativa Vegetal O coRTE de madeira alcançou valor de Cr$ 15,0 milhares, em 1970, e a produção de carvão vegetal o de Cr$ 5,0 milh ares.
O artesanato caiçara emprega muito cipó, troncos de árvores, sementes e outros produtos , tornando-se impossível qualquer estimativa de quantidades e valores.
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e Agricultura EM 1969, fora m cultivados 1 . 471 h ectares, sendo a produção avaliada em Cr$ 960 ,2 milha r es (18,9% superior a o valor da produção de 1968).
Os principais produtos for am , pela ordem de valor :
I VALOH
PRODUTOS AGlÜCOLAS
ÁREA CULTIVADA
(h a) I Absolu:-~ (Cr$ 1 000) I %
Banana. Mandioca . . . Laranja . Milho. Cana-•Jc-~çú c<.r
Feijão .
TOTA L.
120 15G
16 101) 40 40
1 4/1
- ,
675 138 6~
52 18 15
960
PRODUÇAO AGRICOLA
22
Valor da produção-1969
0 1 Banana
lmrtn Mandioca
~ Laranja
r---3 M i lho
c::J Ou:ros
70,3 14,'1 6,4 5,4 1,9 1,6
100,0
A safra de banana, principal produto agrícola, foi de 1 . 350. 000 cachos; a de mandioca, de 1. 155 toneladas; a de la ranj a, de 1.760.000 frutos; a de milho, de 258 toneladas; a de can a -de-açúcar , de 2.000 toneladas e a de feijão, de 26 toneladas .
Em 1970, de acordo com informação local, a área cultivada subiu par a 1 . 486 h ectares e o valor par a Cr$ 996,0 milhares; a ban an a continuou a lidera r os demais produtos com 1.370.000 cachos e 54,0% do valor.
Dois agrônomos p restam assist ência aos lavradores.
O Censo Agropecuário r egistrou 376 estabelecim entos com 1.115 pessoas ocupadas e 63 tratares.
e Produtos Hortigran jeiros A COORDENADORIA de Assistência Técnica Integr al da Casa da Agricultura de Ubatuba fez o seguinte levantamento da safra de 1970 :
PROD UTOS
I VALOR
QUAKTIDADB 1-------,----
lCr$ J 000) o/o (t) Absoluto 1
1
Relativo
-----~----------
Pimentão . l 917 8D5 47,7
Vagem. GS::J -tJ4 22,1
Pepiro. S40 269 14,4
Abóbora . 15± 159 8,5
Doringcla. 2G7 87 4,6
Outros produtos (J) 13-i 51 2,7
TOTA L. 4 301 875 1 C0,5
( 1) Incluem-se: jiló, tomate, pimenta-ho rtícola, pimentaelo- reino.
e Pecuária UBATUBA n ão é centro de pecuana. Pa ra abastecimento da Cidade foram impor tadas cerca de 600 cabeças de bovinos, em 1970 .
A população pecuá ri a, em 1969, er a de 146 cabeças, no valor de Cr$ 25,0 milha res, com predominân cia de bovinos (65 cabecas e 56,3% do valor). Há pequena criação de su ínos e búfalos .
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I'
A produção de leite limitou -se a •5 . 110 litros, no valor de Cr$ 2,6 milhares.
Quanto às aves, seu número foi calcula do em 5 . 650, no valor de Cr$ 24,0 milha res, e a produção de ovos em 5. 700 dúzias, avaliadas em Cr$ 6,8 milhares .
• Comércio SÃo em número de 193 os estabelecimentos comerciais no Município , não incluída uma cooperativa de consumo.
Há algum comércio com a Capital e municípios vizinhos, a lém de exportação de hortaliças para a Argentina, produtos hortigranjeiros para o CEASA, peixe enlatado para vários Estados e granito verde para a Europa e Ásia .
e Prestação de Serviços ENTRE os estabelecimentos de prestação de serviços , contam-se 16 r estaurantes, 36 bares e botequins, 5 salões de barbeiros, 1 de cabeleireiros para senhoras, 3 boates, 220 hotéis e 2 pensões.
e Bancos A AGÊNCIA do Banco Novo Mundo registrou os seguintes saldos, em 31 de dezembro de 1968 (em milha res de cruzeiros) : caixa - 175, empréstimos - 144, depósitos à vista e a curto prazo - 999, depósitos a médio prazo - 69.
Há 1 agência da Caixa Económica Estadual.
e Comunicações A EMPRESA Brasileira de correios e Telégrafos m antém no Município uma agência postal- telegráfica.
As comunicações telefónicas são feitas através da COTESP, que m antém intercâmbio com a CTB. Em 1970, h avia 630 telefones insta lados. Com a inauguraç.'í.o das duas Cent r ais Telefónicas - Ubatuba e Lázaro - expande-se o serviço automático, que contará com 15.000 terminais .
A Rádio Iperoig de Ubatuba, prefixo ZYR-205, transmite em ondas m édias e fr eqüência de . .... . 1.540 KHZ .
As imagens da TV-Globo, canal 4 e da TV-Tupi, canal 6, da Guanabara, são recebidas com grande nitidez . A do canal 13 é também captada.
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_d .... ' 1"'1
ASPECTOS CULTURAIS
e Ensino Primário EM 1971, funcionavam 3 grupos escolares CUbatuba, Itaguá e Saco da Ribeira) , a escola primária do SESI e 40 escolas isoladas, com um total de 77 professores.
No início do ano letivo, estavam matriculados 2. 570 alunos.
e Ensino Médio O ENSINO médio está a cargo de 3 estabelecimentos: Ginásio Estadual, Colégio Estadual, que funciona junto ao Ginásio, e Colégio Comercial de Ubatuba, onde se ministra curso de cont abilidade. Quarenta professores constituíam o corpo docente. No início do ano letivo de 1971, matricularam-se 802 alunos.
O Biblioteca A BIBLIOTECA Municipal possui um acervo de 5.1 00 volumes. Em 1971, foi visitada por 1. 587 pessoas, atendeu a 1. 728 consultas e emprestou 1 . 351 volumes.
e Museu O MusEu Regional de Ubatuba é predominantemente histórico . Em c ará ter semipermanente, mantém exposições de pintura, escultura e arte caiçara. Foi visitado por 15. 150 pessoas, em 1970 .
e Cinema CINE Iperoig, com capacidade para mil espec tadores, tela cinemascope , tem a sua maior freqüência na época de veraneio.
• Associações As 10 ASSOCIAÇÕEs existentes totalizam aproximada m ente 1.000 sócios e são: Tamoios I ate Clube, Ti moneiro r-{áutico Clube e Pedra Verde (esport ivos e recreativos) ; Água Branca do Bairro do Sertão do Quina, associação cultural , esportiva e recreativa, r eúne caiçaras típicos da zona rural. As demais : Associação Atlética Ubatuba , União Desportiva Perequ eaçu, Clube Atlético Itaguá, Esporte Clube Itaguá, Esporte Clube Anchieta e Lázaro Esporte Clube só prat icam o esporte.
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e Folclore SEM sofrer influências estranhas, Ubatuba conservou do passado tradições e costumes, de h á muito desaparecidos em outros lugares. Lendas, festas religiosas e profanas, danças, cânticos , super stições e até um vocabulário de conversacão en t remeado de palavras arcaicas, persistem formando rico e curioso folclore. Além das lendas da Gruta que Chora, do corcovado, da Cruz de Ferro, anteriormente mencionadas, citam-se as do T esouro da Prainha, da Cruz de Anchieta, da Lagoa das Areias de Ouro, da Mãe de Ouro, da Nossa Senhora Escravizada, do Tronco Seço e muitas outras .
Quanto a fes t as, destacam-se as Folias de Reis, realizadas por ocasião do Natal e Ano Bom; as de São Pedro, patrono dos pescadores, a 29 de junho, com bênção dos barcos e imponente procissão m arítima; a do Divino Espírito Santo, em fins de julho, com músicas e cânticos da Folia.
As dancas mais características são a de São Gonçalo, acompanhada de rezas cantadas ; a Con gada, a do Boizinho, Círandinha, Marraja, F ita, Moçambique, Andorinhas e a Xiba, a m ais popular e típica, em que os da n çarinos usam tam ancos com os quais marcam os compassos da música .
• Urbanização A CIDADE de Ubatuba possui 225 logradouros públi cos: 132 ruas, 73 praias, 7 praças, 6 avenidas, 4 jardins e 3 estradas. Dentre eles 11 acham-se parcialmente pavimentados, 52 dispõem de iluminação domicilia r , 37 estão ligados à r ede de abast ecimento de água e 5 à de esgoto sanitário . Há nos diversos logradouros, 665 focos de iluminação a m ercúrio .
As praças Exaltação da Santa Cruz, Nóbrega e 13 de Maio, a Avenida Iperoig (Beira-Mar) e a Rua Maria Alves são bastante movimentadas .
De acordo com os resultados preliminares do Recenseamento Geral de 1970, na zona urbana h avia 3. 678 prédios, dos quais 1. 445 ligados à rede de abastecimento de água, que possui 3 adutoras: de 4, 5 e 10 polegadas. Nas duas primeiras, a ligação é direta. Quanto à última, dispõe de filtro de areia .
Cerca de 250 prédios estão ligados à rede de esgoto sanitár io, em fase de r eimplantação dos canos .
Contam-se 2. 120 prédios com ligações elétricas. A voltagem da energia domiciliar é 220 e 110 e a freqüência 60 ciclos .
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ViBta parc ia l da Cidad e
e Assistência Médico-Sanitária A SANTA Casa de Misericórdia , a nexada à Casa de Saúde Municipal, dispõe de 32 leitos . Há uma Unida de Sanitá ria que reúne o Posto de Assist ência Médico-Sanitá ria e o Posto de Puericultura, um prontosocorro da Santa Casa e um Departam ento de Ma t ernidade.
Nas pr a ias m ais movimentadas , a Municipalidade m antém 4 subpostos de em ergência .
O pessoal de saúde compreende 4 m édicos, 2 fa rm acêuticos, 1 dentista e 8 enfermeiros.
Exist em 2 farm ácias.
• Assistência Social CoMo insti tu ições de assistência social, devem ser m encion adas: Ser vico Social da Prefeitur a Mun icipal, Con selho Municipa l de Obras Socias, Cen t ro Social Rural, Sociedade Pró Educação e Saúde, Lions Clube. Sociedade de Protecão à Infância e à J uventude, ·Socieda de São Vicen te de Paulo , Assist ência a o Litoral Anchiet a e Assistên cia Social Estrela do Litoral. -
e Religião Os TEMPLos ca tólicos existentes n o Município const am de uma Igrej a Ma triz, da Capela Nossa Senhora do Rosário e de 29 capelas, tipo or a tório .
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O culto protestante dispõe das 4 matrizes da Igreja Presbiteriana, Assembléia . de Deus, Brasil para Cristo e Cristã do Brasil ; e de 8 templos : 6 da Assembléia de Deus, 1 da Congregação Cristã do Brasil, 1 da Igreja Brasil pa r a Cristo e a . Sede das Testemunhas de Jeová; além de 16 salões.
Os espiritis tas se reúnem no Centro Espírita Irmã IperoJg e os umbandistas no salão do Núcleo Umbandista de Ubatuba.
l gmja M atTiZ
ASPECTOS ADMINISTRATIVOS E POLíTICOS
A P REFEITURA Municipal a rrecadou, em 1970, Cr$ 1,8 milhão e realizou despesas de Cr$ 1,8 milhão .
Para o exercício de 1971, a r eceita e a despesa previstas foram de igua l montante: Cr$ 3,4 milhões.
e Representação Polít ica O LEGISLATivo Municipal com põe-se de 9 edis . Em 1971, havia 3. 786 eleitor es inscritos.
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FONTES AS I NFORi'vi AÇóES divu/.gaclas neste trabalho jomm, em sua maioTia. jornecidas pelo Agente Municipal ele Estatísticas de Uba·tuba, A lcyr· Jose Quaglio.
TTtil1 "' or7n~. trr ·mhPm , rlnrin~ dos J1 Uh1irrt('flP~ Ac;;pPrtnc:: H ic; t.n .. ricos ele Ubatuba, Ein u.1na Fase do Perioclo Colonial, de Braz Keichü Kiatftke, dft Faculdade de Filosojia, Cienc.as e L etms do Sagrado Comção de J esus - Bauru-SP; Ubatuta - Governo Abreu Soare - Secretaria de Turismo; Ul:atulJa - A Pérola do Litora l Paulista, da Imob:li:iria Ubaw.ta Ltda. ; R eviste O Cr u zcL·o, de 19 jevereiro de 1949; Prejeitum M uni cipal da Estância Balneâria de Ubatuba (Serviço ele Esp ortes e Tur·ismo); Roteiro Turístico ele Ubatuba (Mapa T u r istico J-l istórico); elos arquiros ele clocuuwntaçâ.o m ·u.nici]Jal do I BE e ele diverSO$ órgüos do sistema estatístico nacional.
EST A publicaçcio jaz parte da série ele m.onograjias municipais organizadas 1:elo D cpaTtamento ele Divulgaçüo Estatística do 111 st ituto Brasileiro ele Estatística. A nota i11 troelutória, so bre aspectos ela evolução histórica elo Município, corresponde a u1na tentatira visando sintetizar~ co1n adequada sistetnatizaçlio , elententos esparsos eut diferentes docum.entos . Ocorrem,, ent alg·u ns casos, d irergências de opinião, contuns em. assuntos dessa natureza, 11ão senclo Taros os equívocos e contraclições veTijicados nas próprias jantes de pesquisa. Por isso , o IBE acolheria com. o m.aior interesse qualquer colaboração, especialmente de historir<dores e geógrajos.
MINISHRIO DO PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL
FUNDAÇÃO IBGE INSTITUTO BRASILEIRO DE ESTATfSTICA
Acabou - se de imprimi>· aos trinta dias do mês de nove1nbro de 1nil notiecentos e setenta e dois, nas Ojici nas do saviço G1·ájico da Fundaçüo IBGE - 5.700
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