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AVALIAÇÃO
Avaliação
Exame Final
Avaliação Continuada
Exame Final (70%)
(15%)1º
Mini-teste
CALCULO DE NOTA FINAL
max (média ponderada da avaliação contínua e exame final, exame final)
o aluno pode fazer a avaliação continuada que nunca será prejudicado.
Microeconomia II – 1GE
(15%)2º
Mini-testeNOTA MÍNIMA DE 5 VALORES
AVALIAÇÃO•
Os alunos que frequentam a disciplina pela primeira vez terão que frequentar 2/3 das aulas.
•
A inscrição nas turmas é
obrigatória, mesmo para alunos repetentes ou com regimes especiais.
•
As questões do mini-teste
são de escolha múltipla
•
Os alunos podem beneficiar do regime da avaliação continuada na época de recurso, desde que não constem da folha de presenças do exame da época normal.
AVALIAÇÃO
Calendarização da avaliação continuada:
Microeconomia II – 1GE
Para beneficiarem da avaliação continuada, os alunos terão que participar em todos os momentos de avaliação e obter pelo menos 5 valores.
Prova DataMini-teste 1 3 de Abril
Mini-teste 2 5 de Junho
A Empresa
Circuito económico
Mercados dos factores produtivos
Mercados dos bens e serviços
EmpresasFamílias
Procura de factores
produtivos
Custo
Receita
Oferta de bens e
serviços
Procura de bens e
serviços
Despesa
Oferta de factores
produtivos Rendimento
(remunerações dos factores produtivos)
Microeconomia II – 1GE
PROGRAMA - 2008/09•
Introdução
•
Capítulo 1. PRODUÇÃO PERÍODO LONGO
•
Capítulo 2 CUSTOS PERÍODO CURTO
•
Capítulo 3 CUSTOS PERÍODO LONGO
•
Capítulo 4 : MAXIMIZAÇÃO DO LUCRO PELO EMPRESÁRIO
•
Capítulo 5 MODELO PERFEITAMENTE CONCORRENCIAL
•
Capítulo 6 MONOPÓLIO
•
Capítulo 7 CONCORRÊNCIA MONOPOLíSTICA
•
Capítulo 8 OLIGOPÓLIO
INFORMAÇÕES ÚTEIS
Microeconomia II – 1GE
BIBLIOGRAFIAMicroeconomia, Robert S. Pindyck and Daniel L. Rubinfeld. Prentice-Hall, Inc. New
Jersey, 5ª. Ed. 2000. (Já
saiu a 6ª
edição em Inglês–
há
na Biblioteca –
E(a) 911)
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTARMicroeconomia e Comportamento, Robert H. Frank. McGraw-Hill. Portugal, 3.ª
ed. 1998
Microeconomics, David Besanko and Ronald R. Braeutigam. John Wiley and Sons 2002Microeconomics, Stephen Dobson, G. S. Maddala, and Ellen Miller.
McGraw-Hill, Inc. 1989
Economia da Empresa, José
Mata. Fundação Calouste Gulbenkian 2000.
OBJECTIVOSO objectivo central deste programa é
o de fornecer uma formação base de
microeconomia a alunos de gestão através:-
da inclusão de tópicos considerados essenciais a outras disciplinas da área.
-
do adequado enquadramento da disciplina num curso de gestão, justificando que seja salientada, sempre que possível, a perspectiva da vida económica actual (o mundo dos
negócios).
A Empresa
•
É
o agente económico que transforma factores produtivos e bens intermédios em bens;–
os bens são o resultado da actividade de produção, i.e., da combinação e transformação de factores e bens intermédios;
–
note-de que os bens intermédios são também o resultado de um processo de produção:
•
também eles resultam da combinação de factores e bens intermédios.
•
O objectivo último da empresa é
a maximização do lucro, a diferença entre:–
receitas: que resultam da venda dos seus produtos; e
–
custos: resultado do consumo dos factores produtivos e bens intermédios utilizados na produção.
Microeconomia II – 1GE
Período Curto e Período Longo
•
Curto prazo–
período de tempo em que a empresa não pode alterar pelo menos um dos factores de produção;
–
os factores cuja quantidade pode ser alterada designam- se por variáveis; os restantes são fixos.
•
Longo prazo–
período suficientemente longo para que todos os factores, incluindo o capital, sejam ajustados;
–
no longo prazo, a empresa pode alterar todos os factores de produção e, portanto, a escala de produção.
Microeconomia II – 1GE
A Função de Produção•
Traduz a relação entre a quantidade máxima de produção que pode ser obtida e a quantidade de factores de produção necessários para realizar essa produção;
•
A função de produção traduz uma relação ‘física’–
não relaciona valores, mas quantidades
de inputs com
quantidades
de outputs;
•
As funções de produção descrevem a forma como uma empresa pode produzir o conjunto dos seus produtos e definem-se para um determinado nível de conhecimentos tecnológicos e estado da técnica.
•
O conjunto das possibilidades de combinação dos factores produtivos designa-se por tecnologia.
Microeconomia II – 1GE
A Função de Produção
•
Q = f (L , K)
–
esta explicitação representa uma simplificação por incluir apenas dois factores produtivos: o capital (K) –
físico e não financeiro –
e o
trabalho (L) •
facilita a análise sem prejudicar as conclusões;
–
os bens intermédios estão representados apenas indirectamente:•
pressupõe-se que são eles próprios função dos factores de produção;
Microeconomia II – 1GE
Lei dos Rendimentos Marginais Decrescentes
e
•
Acréscimos sucessivos na utilização de um factor de produção, caeteris paribus, conduzem a acréscimos cada vez menores do produto total.–
não é
uma lei universal mas uma realidade empírica
amplamente observada;
•
Como evitar os rendimentos marginais decrescentes? Só
alterando o que se assume
constante, ou seja:–
haver progresso técnico;
–
aumentar a utilização dos restantes factores de produção.
Microeconomia II – 1GE
Conceitos Associados à Função de Produção
•
Produção total:–
quantidade total obtida de um bem, em unidades físicas;
•
Produtividade total de um factor de produção v1 (PTv1
):–
quantidade do bem obtida com cada quantidade do factor, medidos em unidades físicas, mantendo todo o resto constante;
•
Produtividade marginal de um factor produtivo v1
(Pmgv1
):–
traduz os acréscimos de produção proporcionados pelo introdução no processo produtivo da última unidade de factor variável, mantendo-se todo o resto constante
•
Produtividade média de um factor de produção v1 (Pmdv1
):–
obtém-se dividindo a produção total pela quantidade utilizada do factor de produção
1 1vPT v
1 1vPT v
Microeconomia II – 1GE
Produção em Período Longo: a Isoquanta•
Isoquanta: lugar geométrico das combinações óptimas de dois factores produtivos que permitem alcançar um determinado nível de produção
•
Mapa de isoquantas: conjunto das isoquantas de um determinado produtor. Corresponde à
representação gráfica de uma função
produção com dois factores produtivos variáveis.K
L
A
B
CA C: L, K , Q
A B: L, K, Q
Microeconomia II – 1GE
A Isoquanta
•
Diferenças entre isoquantas e curvas de indiferença:–
cada isoquanta está
associada a um número exacto de unidades
de produção;–
assim sendo, enquanto as curvas de indiferença são meramente ordinais, entre isoquantas é
possível determinar em quanto uma é
maior ou menor do que outra.K
L
A
B
CA C: L, K , Q
A B: L, K, Q
Microeconomia II – 1GE
Propriedades das Isoquantas
•
As isoquantas são negativamente inclinadas:–
resulta do pressuposto de rendimentos marginais sempre positivos;
•
As isoquantas não se cruzam:–
já
que uma determinada combinação de factores produtivos não
pode proporcionar dois níveis distintos de produção;
•
Quanto mais afastada da origem, maior é
a produção associada à
isoquanta:
–
perante rendimentos marginais positivos, maior quantidade de ambos os factores produz necessariamente maior output;
•
As isoquantas são convexas–
devido à
existência de rendimentos marginais decrescentes em
ambos os factores.
Microeconomia II – 1GE
Taxa Marginal de Substituição Técnica
CKB=KC
KA
LBLA= LCO
Capital
Trabalho
B
A
Decompondo a passagem, ao longo da mesma isoquanta, do ponto A para o ponto B:
AC:
Como KPTPmgK
, a diminuição da
quantidade produzida é dada pela
expressão: KPmg.KPT .
CB:a quantidade usada de K é
a mesma que no ponto C e aumentou-se o uso de
trabalho, pelo que a produção total irá
aumentar: LPmg.LPT
.
Ora, de A para B, a produção não pode variar, já que A e B são pontos da mesma isoquanta. Logo, KPmgK0PT 0PmgL L
K
LPmgPmg
= LK
K
LKL Pmg
Pmg = TMST
Microeconomia II – 1GE
Taxa Marginal de Substituição Técnica
K
LKL Pmg
Pmg = TMST = -
dLdK
(de capital por trabalho)
A TMST corresponde ao valor absoluto do declive da tangente à
isoquanta no ponto em questão.
Definição: número de unidades de capital de que é
necessário prescindir, para utilizar uma unidade adicional de trabalho, mantendo o nível de produção (isto é, para a empresa se manter na mesma isoquanta).
L
K
AB
De A para B, aumenta a utilização do factor trabalho e diminui a utilização do factor capital. Em virtude das Pmgs decrescentes, PmgL/PmgK tende a diminuir. De facto, a inclinação da isoquanta é
maior
em A que em B. Isto porque vai sendo necessário cada vez mais trabalho para substituir uma unidade de capital devido às Pmgs decrescentes.
Microeconomia II – 1GE
Rendimentos à Escala•
Quando variam todos os factores produtivos na mesma proporção, varia a escala de produção, temos então rendimentos à escala (efeito do acréscimo de todos os factores produtivos na mesma proporção sobre a quantidade produzida).
Q = F(K,L)→ Q = F(K,L)Face à
variação proporcional ocorrida em todos os factores produtivos,
se a quantidade produzida varia:•
mais do que proporcionalmente→Rendimentos crescentes à
escala→
→ >•
na mesma proporção→Rendimentos constantes à
escala→
→ =•
menos que proporcionalmente Rendimentos decrescentes à
escala→
→ <
Microeconomia II – 1GE
Rendimentos à Escala
Razões para a existência de rendimentos crescentes à escala:
Indivisibilidades técnicas: para escalas de produção reduzidas, a empresa pode ser forçada a utilizar factores produtivos menos eficientes.
Divisão do trabalho/especialização: à
medida que a escala de produção aumenta, pode ser possível especializar o factor trabalho, com ganhos de eficiência e redução nos
desperdícios de alternar entre tarefas.Relações geométricas: por exemplo, duplicar as paredes de um armazém, quadruplica
a área disponível.
Razões para a existência de rendimentos decrescentes à escala:Limitação de recursos ou do output: (exemplo: indústrias extractivas ou pesca).
Excesso de divisão do trabalhoDificuldades de supervisão/gestão: à
medida que a escala de produção aumenta, a
hierarquia de supervisores tende a aumentar e a respectiva eficiência a diminuir.
Microeconomia II – 1GE
Rendimentos à Escala
OOO
A A
30
20
10
3020
10
30A
A20
10
OA<AB<BCOA>AB>BCOA=AB=BC
Capital
Trabalho
Capital Capital
Rendimentosdecrescentes à
escala
Rendimentos crescentesà escala
Rendimentos constantesà escala
Trabalho Trabalho
C
BB
C B
C
Microeconomia II – 1GE
Rendimentos à Escala
Uma função f(x,y) diz-se homogénea de grau n
se f (x, y) = n
f(x,y), para todo o
(0). As funções Cobb-Douglas têm
esta propriedade que é
particularmente apelativa para o estudo do tipo de rendimentos à
escala.
Assim, se a escala de produção variar na proporção
e a quantidade produzida na proporção :
Q0
= L0K0
Q1
= Q0
Q1
= (L0
)(K0
)
Q1
=
+
Q0
= +, o que quer dizer que se
+
>1 >
Rendimentos crescentes à escala+
=1 =
Rendimentos constantes à escala
+
<1 <
Rendimentos decrescentes à escala
Microeconomia II – 1GE
Conceito de Custo
Sempre que falamos em custos, estamos a falar não de custos contabilísticos, mas de oportunidade: o
valor de um recurso na sua melhor utilização alternativa (rever Micro I)
Exemplo: Custo de Produção na Auto-EuropaA empresa gastou 1 milhão de euros em aço, factor a ser utilizado
na produção de 1000 automóveis. No período existente entre a aquisição do aço e a sua utilização, o seu preço subiu 20%, graças
à crescente procura desse factor pela China.
Se a melhor utilização alternativa for a revenda do aço, os custos de produção desses 1000 automóveis, inerentes à utilização do
aço, serão não de 1 milhão de euros (meros custos contabilísticos), mas de 1 milhão e 200 mil euros.
Microeconomia II – 1GE
Linha de isocusto
L
K
CT0 /pL
CT2 /pk
CT1 /pk
CT0 /pk
Inclinação = -pL /pk
Linha de isocusto: lugar geométrico das combinações dos factores
produtivos que acarretam o mesmo custo total, dados os preços dos factores e o estado da técnica.
LL k
k k
pCTCT p L p K K Lp p
O valor absoluto do declive da recta de isocusto representa a taxa a que se trocam os factores no
mercado. Se esse rácio for, por exemplo, igual a 3, troca-se uma unidade de trabalho por três de capital.
CT2 /pLCT1 /pL
Microeconomia II – 1GE
Exemplo: subida do preço do capital
L
K
CT1 /pL
CT1 /pk
Inclinação = -pL /pk
CT1 /p’k
Inclinação = -pL /p’k
Se o preço do capital aumenta, a ordenada na origem diminui: o número máximo de unidades de factor que a empresa consegue adquirir com a
sua restrição orçamental diminui.
Microeconomia II – 1GE
Solução de minimização de custos
L
K
CT0 /pL CT1 /pL CT2 /pL
CT2 /pk
CT1 /pk
CT0 /pk
•Q1
minimizar o custo total dada a quantidade produzida e os preços dos factores produtivos.
, s.r. ,L K L KMin p L p K Q f L K A empresa não irá
utilizar um orçamento de CT2
, ou qualquer outro que corresponda a uma linha de isocusto à
direita e para
cima da linha de isocusto equivalente a CT1
, pois poderia produzir Q1
a um custo mais baixo. Não utilizará
um orçamento de CT0
, já
que, com aquele orçamento, produz uma quantidade inferior à
pretendida.
Então, o orçamento a usar pelo empresário será
CT1
, obtido pela tangência entre a isoquanta e a linha de isocusto correspondente ao custo de equilíbrio
Microeconomia II – 1GE
Minimização de custos
L
K
CT0 /pL CT1 /pL CT2 /pL
CT2 /pk
CT1 /pk
CT0 /pk
•Q1
minimizar o custo total dada a quantidade produzida e os preços dos factores produtivos.
, s.r. ,L K L KMin p L p K Q f L K
A empresa deve adquirir os seus inputs por forma a obter um igual acréscimo de produto por unidade monetária gasta na última unidade adicional de cada um dos inputs.
K L L L L KL
K K K L K
p Pmg p Pmg PmgTMSTp Pmg p p p
Microeconomia II – 1GE
Solução de produção quando a produção varia
L
K
• ••
Linha de expansão de período longo
Inclinação = -pL /pk
Q2
Q1Q0
CT0 /pL
CT2 /pk
CT1 /pk
CT0 /pk
CT2 /pLCT1 /pL
Microeconomia II – 1GE
Linha de expansão de período longo
L
K
• ••
Linha de expansão de período longo
Inclinação = -pL /pk
Q2
Q1Q0
CT0 /pL
CT2 /pk
CT1 /pk
CT0 /pk
CT2 /pLCT1 /pL
Linha de Expansão: conjunto das combinações de longo prazo dos factores produtivos que, dados os preços dos factores produtivos, minimizam o custo total, para os vários volumes de produção.
Microeconomia II – 1GE
Solução de produção: custo total fixo
L
K
CT1 /pL
CT1
pk
• Q2
Q1
Q0
maximizar a quantidade produzida para um determinado custo total, dados os preços dos factores produtivos e o estado da técnica.
, s.r. L K L KMax Q CT p L p K O empresário vai tentar maximizar o nível de produção obtido através da aplicação de um determinado orçamento ao processo produtivo. Não irá
produzir Q0
nem qualquer nível de output inferior a Q1
, já
que, com aquele orçamento, conseguiria obter uma quantidade de produto superior. Para produzir um nível de produção superior a Q1
, o empresário necessitaria de um orçamento também superior. Então, o nível de produção óptimo será
Q1
, obtido pela tangência entre a linha de isocusto e a isoquanta.
Microeconomia II – 1GE
Solução de produção: custo total fixo
L
K
CT1 /pL
CT1
pk
• Q2
Q1
Q0
maximizar a quantidade produzida para um determinado custo total, dados os preços dos factores produtivos e o estado da técnica.
, s.r. L K L KMax Q CT p L p K No ponto A:
A empresa obtém um acréscimo de produto por unidade monetária gasta na última
unidade adicional de L inferior ao de K. Logo, deve desafectar sucessivamente uma
u.m. em L e gastá-la em K até
que a igualdade aconteça.
No ponto B, acontece o contrário: a empresa deve usar mais de L e menos de K.A•
B•L K
L K
Pmg Pmgp p
Microeconomia II – 1GE
Solução de produção
L
K
CT1 /pL
CT1
pk
• Q2
Q1
Q0
maximizar a quantidade produzida para um determinado custo total, dados os preços dos factores produtivos e o estado da técnica.
, s.r. L K L KMax Q CT p L p K
Matematicamente, no ponto onde duas funções se tangenciam,
os seus declives serão iguais:
A empresa deve adquirir os seus inputs por forma a obter um igual acréscimo de produto
por unidade monetária gasta na última unidade adicional de cada um dos inputs.
K L L L L KL
K K K L K
p Pmg p Pmg PmgTMSTp Pmg p p p
Microeconomia II – 1GE
Linha de expansão de período longo
L
K
• ••
Linha de expansão de período longo
Inclinação = -pL /pk
Q2
Q1Q0
CT0 /pL
CT2 /pk
CT1 /pk
CT0 /pk
CT2 /pLCT1 /pL
Linha de Expansão: conjunto das combinações de longo prazo dos factores produtivos que, dados os preços dos factores produtivos, minimizam o custo total, para os vários volumes de produção.
Microeconomia II – 1GE
Linha de expansão de período curto
L
K
CT1 /pL
CT2 /pk
CT1 /pk
•• Q0
K
CT2 /pL
Suponha que a empresa quer produzir Q0
, com o menor custo possível. Se não houvesse restrições, utilizaria uma tecnologia dada
pela
tangência entre a isoquanta e a linha de isocusto marcada (ponto pertencente à
linha de expansão de longo prazo).
O custo seria CT1
.
Se estiver condicionada a uma determinada quantidade de factor fixo, essa restrição
aumentaria o custo para CT2
pelo aumento da utilização de L (e apesar da redução de K).
Linha de expansão de período curto
Microeconomia II – 1GE
Linha de expansão de período curto
L
K
CT2
CT0
•
Linha de expansão de período longo
CT’0
CT’2
••
L2L0 L’2L1L’0
K2
K0
K1
Linha de expansão de período curto
CT1
•• Q2Q1
Q0
Se a empresa pretender produzir Q0
, Q1
, Q2
, utilizaria tecnologias pertencentes à
linha de expansão de longo prazo.
Se a empresa estiver limitada à
quantidade de capital que minimiza o custo de produzir Q1
, então …
… os custos de produzir Q0 e Q2 aumentariam.
Microeconomia II – 1GE
Linha de expansão de período curto
L
K
CT2
CT0
•
Linha de expansão de período longo
CT’0
CT’2
••
L2L0 L’2L1L’0
K2
K0
K1
Linha de expansão de período curto
CT1
•• Q2Q1
Q0
Enquanto que as linhas de expansão de longo prazo indicam todas as combinações de L e K de mínimo custo para produzir diferentes volumes de produção, a linha de expansão de curto prazo apenas indica um ponto de
mínimo custo (onde CTpl
= CTpc
). Os CTpc
são sempre maiores que os CTpl
com excepção para um volume de produção, em que são iguais, porque em período curto o
empresário está
na dimensão mais adequada para produzir esse volume de produção.
Microeconomia II – 1GE
A Função Custo Total de Período Longo
Q
L
K
CT
0
0
CTPL
Q0 Q1
CT0 =pL L0 +pK K0
• •L0 L1
K0
K1
Q0
Q1
CT1
CT0
CT1 =pL L1 +pK K1
Cada ponto da função custo de período longo estabelece uma relação entre o custo total e o nível de produção: é
um ponto
em que o custo total é mínimo, no sentido em que
a combinação de factores é a mais eficiente para
produzir um dado volume de produção (porque podemos fazer variar a quantidade de ambos os factores), com preços de factores constantes.
Linha de expansão de período longo
Microeconomia II – 1GE
Efeito de descida de preço de um factor sobre os custos
L
K
Linha de expansão de período longo
CT0
CT’1
•
L2L1
K2
K1
CT1
••
Linha de expansão de período longo após descida de preço de K
Q2
Q1
Com a descida do preço de K a nova situação de equilíbrio passa de E1
para E2
. A diminuição dos preços relativos permitiu que, na nova situação de equilíbrio, o produtor, com a sua restrição orçamental, possa produzir mais do que anteriormente: Q2
. E2
E1
Uma nova linha de expansão é
definida, dado
que houve alteração dos preços relativos dos factores. Podemos facilmente constatar que o custo de produzir a anterior quantidade de equilíbrio Q1
diminui.
Microeconomia II – 1GE
Efeito de descida de preço de um factor sobre os custos
Q
CT
0
CTPL1
Q1 Q2
CT0
CT1 =CT’1CTPL2
0
Dada a alteração dos preços relativos dos factores, surgirá
uma nova
curva de custo total de período longo (CTPL2
). Com idêntica despesa (CT1
=CT’1
), o empresário pode agora produzir mais (Q2
>Q1
). Existe uma nova relação entre Q e CT, agora é
possível produzir
um dado volume de produção (por exemplo, Q1
) a um custo mais baixo (CT0
). Microeconomia II – 1GE
L
K
Linha de expansão de período longo
CT0
CT’1
•
L2L1
K2
K1
CT1
••
Linha de expansão de período longoapós descida de preçode K
Q2
Q1
E2
E1
Assim, o comportamento em “U”
da curva de Cmdpl
fica explicado: inicialmente, a empresa quando aumenta a sua produção, ultrapassa indivisibilidades técnicas e retira vantagens da
especialização do trabalho, obtendo rendimentos crescentes à
escala. A partir da escala mínima eficiente, a empresa, provavelmente por dificuldades na gestão e
excessiva divisão do trabalho,
enfrenta rendimentos decrescentes à
escala.
Economias de Escala e Rendimentos à Escala
Escala Mínima Eficiente Q
u.m.
Cmdpl
Economias deescala
Deseconomiasde escala
Rendimentos
à escalacrescentes
Rendimentos
à escaladecrescentes
No caso dos rendimentos crescentes à escala, a produção aumenta mais do que proporcionalmente face ao aumento dos factores de produção. Em consequência,
assumindo preços dos factores constantes, o custo médio de período longo é
decrescente
(zona de economias de escala). No caso dos rendimentos decrescentes à
escala, assumindo preços dos factores constantes, o custo médio de período longo é
crescente (zona de economias de escala). No caso dos rendimentos constantes à escala, assumindo preços dos factores
constantes, o custo médio de período longo é constante.
Microeconomia II – 1GE
Economias de Escala e Rendimentos à Escala
Q
Q
u.m.
u.m.
CTpl
Cmgpl
Cmdpl
• •
••
CD
BA
Quando o Cmdpl
é
decrescente, Cmdpl
> Cmgpl
Economias de escala
Quando o Cmdpl
é crescente, Cmdpl
< Cmgpl
Deseconomias de escala
Quando o Cmdpl
é
constante, Cmdpl
= Cmgpl
Escala mínima eficiente
(ponto de melhor afectação dos recursos, visto que se minimiza o custo unitário,
depois de se esgotarem as economias de escala)Economias de
escalaDeseconomias
de escalaEscala Mínima Eficiente
Microeconomia II – 1GE
Relação entre as Funções Produtividade e as Funções Custo
L
Q PTL
= F(L,) L
Q Q
PL x L CVT
A função produtividade total (PT) é
transformada numa função custo, multiplicando L pela taxa salarial. Essa função é
chamada de custo variável total (CVT) porque estabelece uma
relação entre o nível de produção e o montante de custos variáveis necessários para produzir tal nível de produção. Dado que a função CVT é
deduzida a partir da função PT, o seu formato
revela os rendimentos do factor variável. A função Custo Total é
facilmente obtida a partir da função CVT, depois de serem adicionados os custos fixos totais.u.m.
CVT(Q, K0)
CFT
CT(Q, K0)
pKK0
pKK0
Q
Assim, é
a função custo variável total que comanda o andamento da função custo total, pois acréscimos de produção só
são possíveis
com acréscimos do factor variável:CT(Q)=CVT(Q)+CFT
Microeconomia II – 1GE
INTRODUÇÃO
Q1 Q2 Q3 Q
u.m.
CFT
Q1 Q2 Q3 Q
u.m.
CFM
Ao contrário da função Custo Fixo Total (CFT), o Custo Fixo Médio (CFM) depende do volume de produção: é
o custo fixo por unidade de
produto, necessariamente decrescente à
medida que o volume de produção aumenta, tendendo para 0 à
medida que a quantidade
aumenta. Em termos geométricos, cada ponto da função CFM é
dado pela inclinação da recta que une a origem ao ponto em questão na função CFT.
Microeconomia II – 1GE
Relação entre as Funções Produtividade e as Funções Custo
Cmg
CTM
CVM
CFM
u.m.
0 Q2Q1
Q1
Q2
L L LL
L
L L L
L
p L p pCVT p L CVM QQ PmdL
d p L p pdCVTCMg dQdQ dQ PmgdL
Microeconomia II – 1GE
Relação entre as Funções Produtividade e as Funções Custo
L
PTL PTL
= F(L,)
L
PTL PTL
= F(L,)
C
CT
Q
CVT
C
CT
Q
CVT
C
CVM
Q
CTM
Cmg
C
Cmg = CVM
Q
CTM
Rendimentos Crescentes no Factor Variável
Rendimentos Constantes no Factor Variável
L
PTL PTL
= F(L,)
C CT
Q
CVT
C
CVM
Q
CTM
Cmg
Rendimentos Decrescentes no Factor Variável
Microeconomia II – 1GE
120
216
48
0 6 10
10
42 8 Qtd
Qtd6
b
a
B
A
42 8
CT
CFT
1
1
27
20
CVT
Cmg
CTM
CVM
CFM
u.m.
u.m.60
2827
20
8
0
Exemplo (caso discreto) - Custos no Curto Prazo
Como a diferença entre as funções CTM e CVM é
decrescente com o volume de produção, as duas
funções tendem a aproximar-se, embora, como é lógico, o CTM esteja sempre acima do CVM.
Numa 1ª
fase, tanto o CVM como o CFM são decrescentes, logo também o CTM o será. Numa 2ª
fase, o CFM continua a decrescer, mas o CVM
já
começou a aumentar, só
que ainda não compensa o 1º
efeito pelo que o CTM continua a
decrescer. Só
quando o 2º
efeito compensa o 1º
é que o CTM começa a decrescer.
O Cmg é
a variação do custo total (ou do custo variável total, pois os custos fixos totais não se alteram com o volume de produção) que resulta da produção de uma unidade adicional de produto. O Cmg é
menor do que o CVM (CTM)
na fase descendente do CVM (CTM); igual ao CVM (CTM), no mínimo destes; maior do que o CVM (CTM) na sua fase ascendente.
Microeconomia II – 1GE
Relação entre custos de período longo e curto
L
K
CT2
CT0
•
Linha de expansão de período longo
CT’0
CT’2
••
L2L0 L’2L1L’0
K2
K0
K1
Linha de expansão de período curto
CT1
•• Q2Q1
Q0
Microeconomia II – 1GE
Relações entre os Custos de Período Curto e os de Período Longo
u.m.
Q
CTpl (Q)CT(Q,K1 )
CT(Q,K2 ) CT(Q,K3 )
Q1 Q2 Q3
Ki é a quantidade de capital minimizadora do custode longo prazo para Qi ; i = 1,2,3.
Microeconomia II – 1GE
Relações entre os Custos de Período Curto e os de Período Longo
Q 0
CTM(Q,K1 )
CTM(Q,K2 )
CTM(Q,K3 )
Q1 Q2 Q3
Cmdpl (Q)
Cmgpl (Q)
• ••
•
•CMg(Q,K1 )
CMg(Q,K2 )
CMg(Q,K3 )
u.m. O mínimo custo unitário de produzir um determinado produto (Volume de Produção Típico) numa dada dimensão não corresponde ao mínimo CTM dessa dimensão, a não ser que estejamos na dimensão óptima. Se no curto prazo, a empresa utilizar uma dimensão que origina um CTM situado na fase de economias (deseconomias) de escala, terá
que produzir o VPT
para estar a produzir esse volume de produção ao mínimo custo possível, como em Q1
(Q3
). Se produzir no mínimo do custo total médio, o empresário não está
a produzir esse
volume de produção ao mínimo custo possível; basta aumentar (diminuir se a dimensão estiver em deseconomias de escala) um pouco a dimensão para a empresa produzir ao mínimo custo.
Microeconomia II – 1GE
Relações entre os Custos de Período Curto e os de Período Longo
A curva de custo médio de período longo (a cheio) é
simplesmente o mais baixo “envelope” das curvas de curto prazo. Se forem contempladas todas as hipóteses de quantidades do factor
fixo, através de variações infinitesimais do mesmo, a zona de altos e baixos transforma-se numa curva normalíssima em U.
Custo
Médio
1pcCmd 2pcCmd
plCmd
3pcCmd
Microeconomia II – 1GE
Caso especial
0
u.m.
QQ1 Q2
CTpl (Q)
CT(Q,K1 )
CT(Q,K2 )CT(Q,K3 )Quando o custo total de período longo
cresce a ritmos constantes…
•
•
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Q3Microeconomia II – 1GE
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