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BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO – COVID-2019
CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIA DO RIO GRANDE DO SUL/COERS
Semana Epidemiológica 1 a 15 de 2020
SITUAÇÃO MUNDIAL
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou, no dia 13/04/2020, o número de 1.773.084 casos
confirmados no mundo, dos quais 111.652 evoluíram para óbito até esta data. Nas Américas, foram
confirmados 610.742 casos e, entre estes, 23.759 óbitos até o momento, sendo os Estados Unidos da
América o país com o maior número de casos e óbitos, 524.514 e 20.444 respectivamente.
SITUAÇÃO NO BRASIL
O primeiro caso de COVID-19 no Brasil foi confirmado em 26/02/2020 em São Paulo, com histórico de
viagem para a Itália. O Ministério da Saúde (MS) atualizou, em 13/04/2020, a situação dos casos no
território nacional: 23.430 confirmados, sendo que 1.328 destes evoluíram para óbito até esta data. Foram
confirmados casos em todas as unidades da federação.
SITUAÇÃO NO RIO GRANDE DO SUL (RS)
O primeiro caso de COVID-19 foi identificado no estado em 29/02/2020 (confirmação laboratorial em
10/03/2020). Desde a primeira confirmação até o término da Semana Epidemiológica (SE) 15 (11/04/2020),
foram confirmados, considerando as diferentes definições de caso, 664 casos, dos quais 201 foram
notificados como SRAG com hospitalização e 16 evoluíram para óbito até a presente data.
OBJETO DE ANÁLISE
ESTE BOLETIM DESCREVE OS 201 CASOS CONFIRMADOS PARA SARS-COV-2 DOS 1.707 CASOS DE
HOSPITALIZAÇÃO POR SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE (SRAG) NO RS, NOTIFICADOS NO
SISTEMA DE INFORMAÇÃO SIVEP-GRIPE ATÉ A SE 15 DE 2020.
Os dados são preliminares, em especial para os últimos dias das séries temporais descritas, uma vez que o
sistema de informação, Sivep-gripe, permite a inserção de dados retroativos de casos novos e de
investigação de casos já notificados, sendo comum o transcurso de alguns dias entre a hospitalização e o
registro no sistema.
DESCRIÇÃO DOS CASOS DE SRAG HOSPITALIZADOS
A série temporal da SE 01 a 15 indica que, no ano de 2020, a frequência de casos de SRAG hospitalizados foi
7,1 vezes maior que a do ano de 2019. Tal razão é de 4,91 para a ocorrência de óbitos. A Figura 1
demonstra que tais diferenças tornaram-se expressivas a partir da SE 12.
2
Figura 1 – Hospitalizações e óbitos por SRAG por semana epidemiológica de início dos sintomas,
comparação entre os anos de 2019 e 2020, RS
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Semana epidemiológica de início dos sintomas
Ano de 2019 Ano de 2020
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ito
s em
ho
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açõ
es p
or
SRA
G
Semana epidemiológica de início dos sintomas
Ano de 2019 Ano de 2020
Fonte: Sivep-gripe/RS, dados atualizados em 12/04/2020 às 18:00 horas, sujeitos à revisão.
A elevação acentuada de notificações de SRAG ocorreu a partir de 16/03/2020 (SE 12), quinze dias após o
registro do caso índice de COVID-19 identificado no RS em 29/02/2020, o qual não necessitou de
hospitalização. Dos 1.707 casos de SRAG hospitalizados até a SE 15, 201 confirmaram para SARS-CoV-2 e
1.248 foram descartados para este agente, restando 258 em investigação até o fechamento deste boletim
(Figura 2). Considera-se descartado para COVID-19 o caso não detectável para SARS-CoV-2 no RT-PCR ou
positivo para outros agentes virais.
Figura 2 – Hospitalizações por SRAG segundo diagnóstico para COVID-19, 23/02/2020 a 11/04/2020, RS
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Data da hospitalização
COVID-19 Confirmado (N=201) COVID-19 Descartado (N=1.248) Em investigação (N=258)
Fonte: Sivep-gripe/RS, dados atualizados em 12/04/2020 às 18:00 horas, sujeitos à revisão.
1º caso confirmado de COVID-19
no RS, não hospitalizado por SRAG
1º caso hospitalizado por
COVID-19 no RS
3
Dentre os 132 óbitos por SRAG no período, 16 confirmaram para SARS-CoV-2 (Figura 3). Chama à atenção a
baixa proporção de casos confirmados entre as hospitalizações (Figura 2) e óbitos (Figura 3), em relação ao
total de indivíduos testados. A confirmação laboratorial dos óbitos por COVID-19 não explica a magnitude
do aumento dos óbitos em 2020 em comparação ao ano de 2019 (Figura 1).
Figura 3 – Óbitos por SRAG segundo diagnóstico para COVID-19, 23/02/2020 a 11/04/2020, RS
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Data da hospitalização
COVID-19 Confirmado (N=16) COVID-19 Descartado (N=111) Em investigação (N=5)
Fonte: Sivep-gripe/RS, dados atualizados em 12/04/2020 às 18:00 horas, sujeitos à revisão.
O aumento expressivo de casos de SRAG foi parcialmente acompanhado pela elevação do número de
internações em UTI e do uso de suporte ventilatório invasivo. Não obstante, observa-se que a proporção de
casos de SRAG que demandaram tais medidas de suporte de alta complexidade tornou-se menor após o
aumento rápido da incidência de hospitalizações, o que pode indicar uma alteração na percepção de risco
na atenção aos usuários atendidos na rede hospitalar (Figura 4).
4
Figura 4 – Hospitalizações por SRAG segundo internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e uso de
ventilação invasiva, 23/02/2020 a 11/04/2020, RS
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Data da hospitalização
Total SRAG (N= 1.707) UTI (N=407) Ventilação Invasiva (N=247)
Fonte: Sivep-gripe/RS, dados atualizados em 12/04/2020 às 18:00 horas, sujeitos à revisão.
A Figura 5 apresenta a evolução do número de hospitalizações com necessidade de UTI e de ventilação
invasiva dentre os casos confirmados para COVID-19. A proporção de internações em UTI mostrou-se
aproximadamente constante ao longo da série temporal, de forma distinta do padrão descrito na Figura 4.
Figura 5 – Casos de SRAG confirmados para COVID-19 por data de hospitalização segundo internação em
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e uso de ventilação mecânica invasiva, 23/02/2020 a 11/04/2020, RS
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Data da hospitalização
Total COVID-19 (N=201 ) UTI (N=62) Ventilação Invasiva (N=32)
Fonte: Sivep-gripe/RS, dados atualizados em 12/04/2020 às 18:00 horas, sujeitos à revisão.
5
É importante destacar que para os últimos dias das séries temporais os dados são parciais, não sendo
válido interpretar a queda no total de hospitalizações e óbitos.
Dentre os 201 casos confirmados para COVID-19, 64 (32%) possuem evolução com desfecho da
hospitalização e 137 (68%) encontram-se em aberto segundo registros do Sivep-gripe. O desconhecimento
desta informação interfere principalmente na análise das variáveis “mediana de dias entre a hospitalização
e o desfecho”. A Figura 6 apresenta a proporção, dentre os hospitalizados, da evolução “alta por cura” e
“óbito” até a data de 12/04/2020.
Figura 6 – Hospitalizações por SRAG confirmadas para COVID-19 segundo evolução do caso até a semana
epidemiológica 15 de 2020, RS
A mediana de dias entre a hospitalização e o óbito nos 16 casos foi de 7,5 (variação de 3 a 19 dias). Já
entre a hospitalização e a alta por cura nos 48 casos foi de 5,0 (variação de 1 a 12 dias).
Com relação ao perfil dos indivíduos notificados por SRAG com confirmação para SARS-CoV-2, observa-se
maior frequência de casos do sexo masculino (57,7%). Apesar da maior ocorrência de casos hospitalizados e
de internações em UTI entre homens, 50% dos óbitos ocorreram em cada sexo (Figura 7).
Figura 7 – Hospitalizações, internações em UTI e óbitos por SRAG confirmados para COVID-19 segundo
sexo até a semana epidemiológica 15 de 2020, RS
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Feminino Masculino
Nº
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Sexo
Hospitalizações COVID-19
UTI COVID-19
Óbitos COVID-19
Fonte: Sivep-gripe/RS, dados atualizados em 12/04/2020 às 18:00 horas, sujeitos à revisão.
6
Ao analisar a distribuição destes casos por faixa etária, observa-se maior frequência de confirmados entre
60 e 69 anos. A proporção de casos que necessitou de UTI em relação ao total de casos da faixa etária, no
entanto, é maior a partir dos 70 anos, atingindo 70,1% na faixa de 80 e mais anos. Nesta última faixa de
idade, 41% das hospitalizações evoluíram para óbito até a data de 12 de abril (Figura 8).
Figura 8 – Hospitalizações, internações em UTI e óbitos por SRAG confirmados para COVID-19 segundo
faixa etária até a semana epidemiológica 15 de 2020, RS
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10 a 19 anos
20 a 29 anos
30 a 39 anos
40 a 49 anos
50 a 59 anos
60 a 69 anos
70 a 79 anos
80 e mais
Nº
de
oco
rrên
cias
Faixa etária
Hospitalizações COVID-19
UTI COVID-19
Óbitos COVID-19
Fonte: Sivep-gripe/RS, dados atualizados em 12/04/2020 às 18:00 horas, sujeitos à revisão.
Do total de 201 casos de SRAG confirmados para COVID-19, 95% auto declararam-se da raça/cor branca.
Até a SE 14, este valor foi de 97%. Dentre os que informaram escolaridade, 34% possuíam nível superior.
Até a SE 14, este valor foi de 40%. Tais características sinalizam que, neste estágio inicial da curva
epidêmica, a população em melhor posição socioeconômica esteve mais exposta. A tendência de alteração
deste padrão pode estar relacionada com a ampliação da disseminação do vírus, sobretudo devido a
diferença de distanciamento social observado entre os estratos socioeconômicos.
Considerando-se que o objeto em análise na Figura 9 são os 201 casos de SRAG hospitalizados com confirmação para COVID-19, observa-se a esperada alta prevalência dos sintomas que caracterizam a síndrome, com predomínio de febre (85%), tosse (81%) e dispneia (69%) entre os casos hospitalizados. Chama a atenção que 13 dos 16 indivíduos que evoluíram para óbito apresentaram saturação de O2 < 95% no momento da hospitalização (Figura 9).
7
Figura 9 – Proporção de sintomas em casos hospitalizados e óbitos por COVID-19 até a semana
epidemiológica 15 de 2020, RS
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%
Dor de Garganta
Saturação O2 <95%
Desconforto Resp
Dispneia
Tosse
Febre
% do total de hospitalizações e óbitos
Sin
tom
as
Hospitalizações COVID-19 Óbitos COVID-19
Fonte: Sivep-gripe/RS, dados atualizados em 12/04/2020 às 18:00 horas, sujeitos à revisão.
Cerca de 70% dos indivíduos hospitalizados, assim como 94% dos que evoluíram para óbito, apresentaram
ao menos um fator de risco. As comorbidades mais prevalentes foram doença cardiovascular e diabetes
mellitus (Figura 10).
8
Figura 10 – Prevalência de fatores de risco em hospitalizações e óbitos por COVID-19 até a semana
epidemiológica 15 de 2020, RS
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Doença Renal Crônica
Imunodeficiência
Obesidade
Doença neurológica
Pneumopatia crônica
Asma
Diabetes mellitus
Doença cardiovascular
> 60 anos
Ao menos 1 fator de risco
% do total de hospitalizações e óbitos por COVID-19
Fato
res
de
risc
o
Hospitalizações COVID-19 Óbitos COVID-19
Fonte: Sivep-gripe/RS, dados atualizados em 12/04/2020 as 18:00 horas, sujeitos à revisão.
Em relação à distribuição espacial, os municípios de Porto Alegre, Novo Hamburgo e Passo Fundo
apresentam maior ocorrência de hospitalizações e de óbitos (Figuras 11 e 12).
9
Figura 11 – Distribuição de hospitalizações e óbitos de SRAG confirmados para COVID-19 por município
de residência, até a semana epidemiológica 15 de 2020, RS.
0 10 20 30 40 50 60 70 80
AJURICABA
CANGUCU
CERRO GRANDE DO SUL
DOIS IRMAOS
ESTRELA
FARROUPILHA
GARIBALDI
GLORINHA
GUAIBA
IVOTI
PARECI NOVO
SAO DOMINGOS DO SUL
SAO JORGE
SAPUCAIA DO SUL
SARANDI
TORRES
TUPANDI
VACARIA
VERANOPOLIS
ALVORADA
CACHOEIRA DO SUL
ENCANTADO
ENCRUZILHADA DO SUL
ESTEIO
HARMONIA
MARAU
RIO GRANDE
SANANDUVA
SANTA MARIA
SAO SEBASTIAO DO CAI
BAGE
CACHOEIRINHA
PELOTAS
SANTA ROSA
SANTANA DO LIVRAMENTO
SAO LEOPOLDO
SERAFINA CORREA
CANOAS
CAXIAS DO SUL
TABAI
VIAMAO
BENTO GONCALVES
GRAVATAI
LAJEADO
PASSO FUNDO
NOVO HAMBURGO
PORTO ALEGRE
Ocorrência
Mun
icíp
io d
e R
esid
ênci
a
Óbitos COVID-19 (N=16) Casos Hospitalizados COVID-19 (N=201)
Fonte: Sivep-gripe/RS, dados atualizados em 12/04/2020 às 18:00 horas, sujeitos à revisão.
10
Figura 12 – Distribuição espacial de hospitalizações e óbitos de SRAG confirmados para COVID-19 por município de residência, até a semana epidemiológica 15 de 2020, RS
Fonte: Sivep-gripe/RS, dados atualizados em 12/04/2020 às 18:00 horas, sujeitos à revisão.
PERFIL DOS CASOS DE SG DAS UNIDADES SENTINELAS
A rede de Unidade Sentinelas (US) é composta por serviços de saúde definidos a partir do critério
populacional descrito na Portaria do MS Nº 183 de 30 de janeiro de 2014. Os municípios que compõem
esta rede são: Porto Alegre, Canoas, Caxias do Sul, Pelotas e Uruguaiana. O objetivo principal das US é
acompanhar o perfil de ocorrência de SG e coletar amostra destes casos para envio ao Lacen e, após, à rede
Mundial de Vigilância de Influenza, fornecendo o perfil epidemiológico local com a finalidade de subsidiar a
composição da vacina de influenza anual do Hemisfério Sul.
O padrão de ocorrência da SG é acompanhado através da proporção de SG em relação a outras causas de
atendimentos nas US. No diagrama de controle observa-se aumento deste indicador, com picos nas SE 11 e
13, no entanto a proporção de SG tem-se mantido abaixo do limite endêmico superior (Figura 13).
11
Figura 13 – Diagrama de controle da proporção de Síndrome Gripal (SG), 2012-2020, RS
0
5
10
15
20
25
30
35
40
% de SG 2020 Limite endêmico superior pandemia Influenza 2009
Fonte: Sivep-gripe/RS, acessado em 14/04/2020 às 09:00 horas.
Até o momento (SE 15), foram coletadas 261 amostras das 600 preconizadas, o que corresponde a 5
amostras semanais por US (43,5%). Destas, apenas 12 amostras foram positivas para vírus respiratórios: 3
SARS CoV-2, 4 Influenza B, 1influenza A (H1N1) 4 outros vírus, totalizando 6,9% de positividade para os
vírus respiratórios pesquisados entre as amostras processadas (Figura 14).
12
Figura 14 – Distribuição dos vírus respiratórios nos casos de Síndrome Gripal segundo semana
epidemiológica de início dos sintomas, 2020, RS
Fonte: Sivep-gripe/RS, acessado em 14/04/2020 às 09:00 horas.
Ressalta-se que as US realizaram um número de coletas abaixo do preconizado, prejudicando a avaliação
do perfil de circulação dos vírus respiratórios para os casos de SG, o que reforça a necessidade de fortalecer
o monitoramento da produção destas unidades para elevar a sensibilidade da rede sentinela.
DEFINIÇÕES DA VIGILÂNCIA DA COVID-19
Diante da declaração de transmissão comunitária da COVID-19, as estratégias de vigilância e controle da
pandemia foram alteradas para vigilância de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG),
vigilância de Síndrome Gripal (SG) nas Unidades Sentinelas e Vigilância de SG dos profissionais da saúde,
segurança pública e administração penitenciária, conforme diretrizes descritas na Nota Informativa do
COERS/SES/RS de 13/04/2020.
No cenário pandêmico, todas as amostras de casos notificados de SRAG seguem o seguinte fluxo
laboratorial: RT-PCR para SARS-CoV-2 RT-PCR para Influenza Imunofluorescência para outros vírus. A
prioridade laboratorial está sendo o SARS-CoV-2. Com a expansão da rede de laboratórios colaboradores,
serão ampliados os diagnósticos diferenciais para outros vírus respiratórios, que estejam circulando de
forma concomitante com o novo coronavírus.
Data de elaboração do Boletim Epidemiológico: 14 de abril de 2020.
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