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Sped Folha, EFD-Social,
Esocial, EFD-Folha, Sped
Social, eSocial e…Agora?
Christina Pila
Curitiba-PR – Novembro/2013
Sped Folha, EFD-Social, Esocial, EFD-Folha, Sped Social, eSocial e…Agora?
Christina Pila
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Sites consultados:
www.esocial.gov.br
www.caixa.gov.br
www.mpas.gov.br
www.receita.fazenda.gov.br
www.contabeis.com.br
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Artigo: E-Social: Mais arrecadaça o; menos burocracia?
Prevista para 2014, a e-Social é um novo componente do SPED e abrangerá a folha de pagamento e
as obrigações trabalhistas, previdenciárias e fiscais relativas aos vínculos trabalhistas.
29/08/2013 15:53
Prevista para 2014, a e-Social é um novo componente do SPED e abrangerá a folha de pagamento e as obrigações
trabalhistas, previdenciárias e fiscais relativas aos vínculos trabalhistas. Além de atender às demandas de
informação da Receita Federal, esse projeto inclui o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS) , a Caixa Econômica Federal (CEF), o Conselho Curador do Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FGTS) e a Justiça do Trabalho. Em suma, a e-Social pode ser entendida como uma forma de
registro digital dos eventos trabalhistas.
Não chega a ser um assunto novo, pois desde 2009 a autoridade tributária federal tem realizado apresentações para
discuti-lo. Inicialmente batizado como SPED FPD (Folha de Pagamentos), o projeto contou com diversas
denominações: e-FOPAG, SPED Folha, Escrituração Fiscal Digital Social (EFD-Social).
A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP), entidade civil que representa
os auditores fiscais da RFB, tem se posicionado como grande divulgadora da novidade, assumindo publicamente
esse papel. Tal apoio mostra-se bastante alinhado com o posicionamento da ANFIP acerca do tema. Segundo o
presidente da entidade, Álvaro Sólon de França, a Previdência Social brasileira é o maior sistema de distribuição de
renda do mundo.
O entendimento do representante setorial é que o projeto irá contribuir para a saúde financeira do sistema
previdenciário, além de beneficiar os trabalhadores em outros aspectos. Segundo ele, profissionais mais “frágeis”
do ponto de vista de seguridade social serão bastante favorecidos. “O impacto da EFD-Social é grande para o
trabalhador rural, por exemplo, porque ele tem uma dificuldade enorme na hora de comprovação da atividade rural
para aposentadoria. Todas essas informações digitalizadas facilitam muito a vida do trabalhador”, afirmou.
Enfim, tudo indica que o alvo principal da EFD-Social seja a arrecadação previdenciária. Estudos da Receita
Federal do Brasil apresentam o alarmante indicador de que cerca de 30% dos trabalhadores autônomos e
empregados domésticos atuam na informalidade. Sendo que a própria RFB estima perdas anuais da ordem de R$
3,5 bilhões.
Assim, no dia 18 de julho de 2013 foi publicado no DOU — Diário Oficial da União, o Ato Declaratório Executivo
nº 5/2013, que aprovou o leiaute dos arquivos. Mas, por enquanto o portal do projeto informa que "leiautes de
arquivos estão sendo disponibilizados em versão inicial e sua divulgação tem caráter informativo aos setores da
sociedade." A ideia é que as empresas maiores integrem seus sistemas de informação, via conexão com serviços de
Internet (WebService) aos computadores do governo que gerenciarão os dados da e-Social.
Para empregadores menores e pessoas físicas, os procedimentos trabalhistas serão realizados diretamente no Portal
e-Social, que terá funções como registro de empregados, folha de ponto, controle de horas extras, adicional
noturno, salário família, cadastro de dependentes, cálculo das obrigações tributárias e trabalhistas e geração de
documentos (aviso de férias, recibo de pagamento, Guia da Previdência Social).
Ainda não há norma que regulamente a obrigatoriedade de participação dos empregadores. Tampouco o leiaute
oficial foi publicado. O que se sabe, a julgar pelas apresentações das autoridades, é que a meta é implantar
totalmente o sistema em 2014.
Em um evento público, realizado no Rio de Janeiro no início de 2013, o representante da Receita Federal chegou a
declarar que as empresas podem investir no “saneamento” dos cadastros trabalhistas, pois a situação é irreversível.
Esse, aliás, é o ponto mais crítico do projeto, pois a grande maioria dos milhões de empregadores sequer mantém
controle informatizado destes registros. E, quando os têm, estão longe de satisfazer as exigências em quantidade e
qualidade de informações nos moldes requeridos pela operação do e-Social.
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O especialista afirmou ainda que a determinação para a implantação do e-Social em 2014 é da Presidência da
República, e “quem está falando é a chefe... e, para a chefe, nós temos que entregar o produto”. Grosso modo,
poderia-se dizer que a meta do poder executivo é substituir a carteira de trabalho em papel por um cartão
eletrônico.
Sem dúvida, a e-Social irá atuar fortemente no combate à sonegação. É possível também que haja uma grande
substituição das obrigações trabalhistas e previdenciárias concentrando-as nessa nova ferramenta. Contudo, para
um projeto desse porte, com impactos gigantescos, a boa intenção não basta.
Iniciativas semelhantes a esta, em nossa história recente, são precedentes a ser considerados. A Nota Fiscal
Eletrônica (NF-e), por exemplo, foi instituída em 2005 e teve sua obrigatoriedade publicada em abril 2007, com o
início efetivo em abril do ano seguinte. O cronograma de implantação da NF-e seguiu um escalonamento gradual
até 2011, incluindo primeiramente os setores econômicos mais sensíveis à arrecadação, como os de cigarros e
combustíveis.
O SPED Fiscal, ou Escrituração Fiscal Digital do ICMS e IPI, foi instituído em 2006. Sua obrigatoriedade se
iniciou em 2009 com os 30 mil maiores contribuintes, e seu cronograma respeitou características regionais e
setoriais, bem como os diferentes portes de empreendimentos. Hoje temos 670 mil empresas obrigadas à EFD-
ICMS/IPI, mas chegou-se até este ponto de forma gradual.
Além da implantação escalonada, todas essas tecnologias tributárias têm em comum a eficiência comprovada no
combate à sonegação. Prova disto é que o índice da “economia subterrânea”, medido pela Fundação Getúlio
Vargas, por exemplo, caiu de 20,4% do PIB em 2005 para 16,6% em 2012.
Infelizmente, elas não vêm conseguindo o mesmo sucesso no quesito “redução da burocracia”. O relatório “Doing
Business 2013: Regulamentos Inteligentes para Pequenas e Médias Empresas”, do Banco Mundial, apresenta um
ranking de 185 países, no qual o Brasil obteve a posição 130 em “facilidade para fazer negócios”. O mais grave é
estarmos perdendo posições nos últimos anos. No relatório de 2012 ocupávamos a 126ª colocação e, em 2011,
fomos o país número 120.
Dos 10 indicadores analisados pelo Banco Mundial, o Brasil apresenta o pior desempenho em “pagamento de
impostos” (156º). Pois foi essa medida que levou nosso país a uma situação tão ruim, com o total de 2.600
horas/ano mensurado para uma empresa-modelo, a fim de manter suas conformidades tributária e trabalhista.
O mais decepcionante é que desde 2003, quanto o “Doing Business” foi criado, as mesmas 2.600 horas/ano
permanecem constantes. Quer dizer, mesmo com toda essa tecnologia tributária manteve-se inalterado o custo de
conformidade nos últimos 10 anos.
Enfim, tudo indica que a e-Social será um importante fator de aumento da arrecadação. Mas há sérias dúvidas
quanto ao seu real potencial para reduzir a burocracia brasileira, uma vez que, após esses anos todos de existência,
o SPED ainda não conseguiu mostrar resultados efetivos nesse quesito. Sem leiaute definitivo, sem regulamentação
publicada, somos vítimas de um verdadeiro terrorismo informacional cujo objetivo é compelir as empresas a um
processo de adaptação baseado em apresentações e notícias oficiosas.
Mais ainda, um projeto tão abrangente deveria estabelecer prazos que atendessem à sociedade como um todo, e não
apenas ao cronograma eleitoral ou qualquer outro.
Roberto Dias Duarte
(*) Roberto Dias Duarte é administrador de empresas, escritor, membro do GT Tecnologia da Informação do CRC-MG e
coordenador do MBA Empreendedorismo e Inovação em Negócios Contábeis no B.I. International.
www.contabeis.com.br
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Instrutora / Consultora:
Rosemary Christina Pila Téles - Advogada, assessora empresarial, em caráter preventivo
e contencioso, incluindo auditorias. Consultora de empresas, com mais de 20 anos de
experiência na área trabalhista e previdenciária, instrutora de cursos, fóruns, palestras,
seminários, mesas-redondas para várias empresas (públicas e privadas, ONGs, órgãos de
classe, entre outros) no PR, SC, RS e DF. Professora universitária (1994 – 1998 -
Universidade Estadual de Londrina). Especialista em Direito Civil e Processo Civil. Autora
de obras e artigos jurídicos.
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Téles
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Email para contatos: christinapila@uol.com.br
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