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Definição • Status Epilepticus: – Crise epiléptica com duração de pelo menos
5 minutos. – Duas ou mais crises tônico-clônicas
generalizadas (estado convulsivo) ou não (estado não convulsivo) entre as quais não há recuperação completa de consciência.
Definição • Status Epilepticus Não-Convulsivo: – Crises não-convulsivas, sem recuperação de
consciência entre as crises. – SE Focal Disperceptivas.
• Pode se apresentar como: – Alterações contínuas ou flutuantes da
consciência. – Automatismos orofaciais. – Movimentos tônicos intermitentes. – Coma.
Epidemiologia • Incidência: – 10 a 40 casos/100000.
• Picos de Incidência: – Menos de 10 anos de idade – 14,3/100000 – Mais de 50 anos de idade – 28,4/100000
• Incidência de Status Não-Epiléptico em UTI: – 8 a 34%
• Mortalidade: – 10 a 30%
Etiologia • Exacerbação de crises em doente
epiléptico – Uso irregular de medicação. – Suspensão abrupta de medicação. – Mudança de medicação.
• Intoxicação exógena – Álcool, cocaína, anfetaminas, etc.
• Abstinência de drogas sedativas do SNC – Álcool, benzodiazepínicos.
Etiologia • Tumores do SNC • Neuroinfecções – Meningites e encefalites.
• TCE • Outras lesões agudas do SNC – AVCH ou AVCI
• 50% dos casos de SME associa-se a uma Etiologia aguda!
Fisiopatologia
• O hipocampo é ativado durante o EME. • A perda da transmissão sináptica
inibitória, mediada pelo GABA, no hipocampo, é crucial para a deflagação do EME.
• A transmissão sináptica glutamatérgica
excitatória mantém o EME e causa morte celular.
Complicações Clínicas ü Hipertermia ü Hipertensão ü Arritmias cardíacas ü Edema Pulmonar ü Acidose Láctica ü Hipercalemia ü Hiperglicemia ü Pneumonia Aspirativa ü Hipóxia
Anamnese • História prévia de epilepsia? – Qual é o padrão das crises? – Quais medicamentos usa?
• H i s t ó r i a d e o u t r a s d o e n ç a s sistêmicas? – Insuficiência hepática – Insuficiência renal – Diabetes
Exames Solicitados • Hemograma • Eletrólitos séricos e cálcio • Gasometria • Função hepática • Função renal • Concentração sérica de drogas antiepilépticas • Tomografia • Eletroencefalograma
Tratamento - 0
• Assegurar respiração adequada • Iniciar O2 em máscara • Sinais vitais e temperatura • Estabelecer via venosa • Coleta de sangue para exames • Administrar tiamina 100mg e, após, • Administrar glicose 50ml à 50%
Tratamento - I • Diazepam 0,15mg/kg EV – 5mg/minuto (a dose
pode ser repetida a cada 5 minutos até 40mg). • Fenitoína (Hidantal) 20mg/kg com infusão de
50mg-min em adultos (idosos = 15mg/kg). • Tempo de infusão em um paciente de 70kg: 70
x 20 = 1400mg = 1400mg/50mg-min = 28 minutos.
• Considerar risco de hipotensão e arritmia!
Tratamento - I • Outras opções:
• Ácido Valpróico 20 a 40mg/kg – 5mg/kg/min. • Levetiracetam 40 a 60mg/kg (máximo =
4500mg) em 15 minutos.
• Midazolam 10mg/IM (Peso > 40kg).
Tratamento - I
• Fenitoína � – Atua na membrana neuronal. – Realiza bloqueio �dependente de uso� dos
canais de sódio. – Impede a geração de surtos de potenciais
de ação repetitivos. – Meia vida = 7 a 42 horas.
Tratamento - I
• Diazepam � – Facilita a ação do GABA na abertura dos
canais de Cloro (-). – Aborta crises em 80% dos casos. – Duração de ação = 30 minutos. – Associar sempre com antiepilépticos de
ação mais prolongada – fenitoína.
Tratamento - II
• Fenitoína (Hidantal) 10mg/kg ou usar Levetiracetam ou Ácido Valpróico.
• Tempo de infusão em um paciente de 70kg: 70 x 10 = 700mg = 700mg/50mg-min = 14 minutos.
EME Refratário • Manter monitorização EEG, até ocorrer
supressão dos surtos. • Diminuir infusão a cada 24 horas, e
observar atividade epiléptica. Se recorrer, reiniciar anestesia por mais 24 horas.
• Cuidados com hipotensão. • Manter Hidantal após sair do EME.
EME Refratário • Midazolam – Ataque = 1 a 2mg/kg EV lento. – Manutenção = 1 a 15mg/kg/hora. – Predisposto a taquifilaxia!
• Propofol – Ataque = 1 a 2mg/kg. – Manutenção = 2 a 10mg/kg/hora.
• Pentobarbital – Ataque = 10 a 15mg/kg EV em uma hora. – Manutenção = 0,5 a 5mg/kg/hora (aumentar
conforme a necessidade). – Risco de hipotensão!
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