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UFF – Universidade Federal Fluminense - 1/2012 - Teoria e História do Urbanismo III
Professora: Thereza Carvalho - Alunos: Nathália Galeno e Leandro Lopes
PLANO DE AVENIDAS PARA
A CIDADE DE SÃO PAULO
CONTEXTO URBANO
BRASILEIRO DO SÉCULO XX
Assim como a Europa e os Estados Unidos
haviam passado por grandes transformações
territoriais e sociais no Século XIX, o Brasil
passou por essa situação no final do Século
XIX e mais intensamente no Século XX.
Transformações estas decorrentes da
mudança de uma sociedade de economia
baseada na produção agrária para uma
sociedade baseada em um processo de
industrialização.
As reformas urbanas realizadas em diversas
cidades brasileiras (final do séc. XIX e início do
séc. XX) lançaram as bases de um urbanismo
moderno.
Foram realizadas obras de saneamento básico
para eliminação das epidemias, ao mesmo
tempo que se promovia o embelezamento
paisagístico e eram implantadas as bases
legais para um mercado imobiliário capitalista.
A população expulsa desse processo era
deslocada para os morros e limites da cidade.
CONTEXTO URBANO
BRASILEIRO DO SÉCULO XX
O período de Urbanismo no Brasil de 1930 a
1950 é marcado pela elaboração de planos
que tem por objetivo a visão de totalidade do
conjunto urbano na época.
São planos que propõem a articulação entre os
bairros, o centro e a extensão das cidades
através de sistemas de vias e de transportes.
A exemplo destes planos esta o PLANO DAS
AVENIDAS DE SÃO PAULO, de 1930 do
engenheiro Francisco Prestes Maia.
CONTEXTO URBANO
BRASILEIRO DO SÉCULO XX
FRANCISCO PRESTES MAIA
Nasceu na cidade de Amparo, em 1896.Prestes
Maia entrou para a Escola Politécnica de São
Paulo, em 1912, diplomando-se engenheiro
Civil-arquiteto em 1917.
Elaborou planos de urbanismo para Campos do
Jordão, Santos, Campinas e Recife e alguns
bairros de São Paulo. Ocupou, por longo tempo,
o cargo efetivo de diretor de Obras Públicas.
Foi nomeado prefeito da Capital Paulista de
Maio de 1938 a novembro de 1945.
É autor, entre outras obras, dos trabalhos: "Os
melhoramentos de São Paulo" e "Plano das
Avenidas de São Paulo“.
FRANCISCO PRESTES MAIA
PLANO DE AVENIDAS PARA A CIDADE
DE SÃO PAULO
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Foi o primeiro plano urbanístico que pensa a
cidade de São Paulo na sua totalidade, como
uma unidade.
Devido a rápida expansão territorial da cidade,
a concepção do plano previa uma
movimentação rápida e fácil entre o centro
comercial, administrativo e as áreas
residenciais e industriais distribuídas
perifericamente.
Além de prever, organizar e facilitar o fluxo , o
plano tem como função a remodelagem da
cidade.
PLANO DE AVENIDAS DE
SÃO PAULO
Este plano reflete uma concepção urbana
adequada a cidade em sua rápida expansão
territorial.
O plano apresentava maiores influências do
urbanista francês Eugène Hénard e suas ideias de
perímetro de irradiação, onde todas as vias de
expansão e penetração convergem para o núcleo
central . Outra concepção urbanística de influencia
foram as teorias do urbanista alemão Joseph
Stübben sobre o sistema radial perimetral, onde
as principais vias são consideradas radiais pois
fazem ligação do centro com a periferia.
PLANO DE AVENIDAS DE SÃO PAULO
– INFLUENCIAS TEÓRICAS
Baseado nestas teorias, é analisada a
configuração da cidade de São Paulo, apontando-
lhe peculiaridades ,nascida e crescida à maneira
das cidades europeias, para concluir que a cidade
nasceu e cresceu pré disposta a se desenvolver
segundo os esquemas de Stubben, completadas
por um esquema teórico para área central
elaborado a partir dos princípios de Hénard.
Nesse contexto de teorias e projetos numerosos e
diversificados, Prestes Maia elaborou seu Plano de
Avenidas.
PLANO DE AVENIDAS DE SÃO PAULO
– INFLUENCIAS TEÓRICAS
Esquema teórico de Paris,
segundo Eugène Hénard
Esquema teórico de São Paulo,
integrante do Plano das
Avenidas, segundo Prestes
Maia
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PLANO DE AVENIDAS DE SÃO PAULO
– INFLUENCIAS TEÓRICAS
O Plano de Avenidas, que consistia basicamente
no seguinte: um perímetro de irradiação
envolvendo a Praça da Sé, o Parque D. Pedro II,
o Vale do Anhangabaú e a Praça da República.
No sopé do Pátio do Colégio seria criada a Praça
da Estrela, rodeada de avenidas (como a criada
em Paris por Haussmann), da qual ainda sairia
um túnel até o Vale do Anhangabaú. O Sistema
Y compreendia a construção das atuais avenidas
9 de Julho e 23 de Maio com a Av. Prestes Maia-
Av. Tiradentes, correspondendo à haste do Y.
PLANO DE AVENIDAS DE
SÃO PAULO
Levava ainda em conta a remodelação do Parque do
Anhangabaú, a reconstrução dos Viadutos do Chá e de
Santa Ifigênia, a construção do conjunto Sé-Palácio-Estrela,
na Rua 25 de Março, para onde algumas radiais
convergiriam. Preconizava a abertura de novas vias radiais e
a remodelação das já existentes, tendo agido sobre as Ruas
Florêncio de Abreu e Brigadeiro Tobias, a Av. Anhangabaú
Inferior, a Av. Tiradentes e a Rua Voluntários da Pátria, ao
norte; as Avenidas Rangel Pestana e Celso Garcia, para
nordeste; as Avenidas do Estado e Dom Pedro I, para
sudeste; as Ruas da Liberdade, Domingos de Morais e
Brigadeiro Luís Antônio, para o sul; a Rua da Consolação e a
Av. Rebouças, para sudoeste; a Av. São João, a Rua das
Palmeiras e a Av. Água Branca, para oeste.
PLANO DE AVENIDAS DE
SÃO PAULO
Quanta á implantação de perimetrais, a primeira linha
perimetral seria a do Perímetro de Irradiação, a segunda
seria a formada pelo caminho das ferrovias a ser removido
para as margens do rio Tietê e a terceira, pela implantação
de um circuito formado pelas vias marginais Tietê e
Pinheiros, interligando os parques da cidade. Ensejava
também a manutenção e a remodelação dos Parques do
Ipiranga, D. Pedro II e da Independência, a canalização do
rio Tietê – para aproveitá-lo para a circulação viária,
ferroviária, navegação e lazer –, a destinação de suas
margens de um lado para as estradas de ferro e de outro
para as residências e passeios e ainda para áreas
industriais, a canalização dos rios Pinheiros e Tamanduateí.
PLANO DE AVENIDAS DE
SÃO PAULO
E a unificação das várias linhas ferroviárias
existentes em estação única, na altura da Ponte
Grande, que seria remodelada com a construção de
um monumento e de um parque esportivo nas
margens do rio.
Fez ainda muitas considerações gerais, por
exemplo, sobre transporte coletivo, arruamentos,
zoneamento, política de terras públicas, quarteirões,
habitações populares, aeroportos, portos fluviais,
descentralização das atividades com a implantação
de centros secundários, conquista e urbanização
das várzeas do Tietê.
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PLANO DE AVENIDAS DE
SÃO PAULO
A Primeira via perimetral (Perímetro de
Irradiação) um circuito de novas e amplas
avenidas e viadutos em torno da colina histórica
e de um centro novo na região da Praça da
República, pretendendo ser ao mesmo tempo
solução viária e intervenção embelezadora.
PLANO DE AVENIDAS DE
SÃO PAULO
Este circuito recebe o fluxo das "vias radiais" antes
que estas cheguem ao centro, impedindo o conges
tionamento do mesmo.
As principais radiais incluem avenidas existentes e
outras abertas para desempenhar a função, ligadas
não apenas pelo perímetro de
irradiação, mas por outros dois circuitos perimetrais
suplementares, um interno (passando pela avenida
Paulista) e outro externo (origem
das futuras avenidas marginais dos rios Tietê e
Pinheiros), concêntricos ao primeiro.
PLANO DE AVENIDAS DE
SÃO PAULO
Prestes Maia traça a Avenida de Irradiação a uma
certa distância do centro da cidade, de modo a
apresentar como uma alternativa as avenidas que
convergem todas para um ponto central. Sua
função seria a de escape para que o tráfego não
necessariamente passasse pelo centro da cidade
como única alternativa.
PLANO DE AVENIDAS DE SÃO PAULO
- PERÍMETRO DE IRRADIAÇÃO
Funções: 1)Desviar as correntes de passagem
2) Descentralizar o centro comercial e
assim ampliar o centro
3) Distribuir a circulação pelas ruas
secundárias
4)Integrar no centro os setores segregados
5)conservar, na medida do possível, o
aspecto local.
PLANO DE AVENIDAS DE SÃO PAULO
- PERÍMETRO DE IRRADIAÇÃO
Com a execução do Plano ,Prestes Maia buscava
apresentar um sistema ideal de ruas na cidade. As
correntes principais conduzindo do centro a
periferia e inversamente. Conforme sua importância
essas avenidas seriam chamadas de radiais
principais ou secundarias, podendo criar outros
centros ou até mesmo outras radiais. Este sistema
pensado por si só poderia gerar a centralização
excessiva ,por isso seria necessário analisar cada
trecho da cidade, adaptando-o e melhorando onde
fosse necessário.
PLANO DE AVENIDAS DE SÃO PAULO
- RADIAIS
Características;
1) Não devem ser muito próximas uma das outras
2) Possuir seção suficiente, bom calçamento e
não possuir inflexões bruscas
3) Possuir sinais e indicações bem visíveis para
facilitar seu acesso e locomoção
4) Estar convenientemente dispostas no plano e
estabelecer as conexões necessárias, portanto,
chamar a si um trafego considerável de
veículos.
PLANO DE AVENIDAS DE SÃO PAULO
- RADIAIS
Esquema do Perím
etro de Irradiação,
radiais e circuito d
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parques. Francisco
Prestes Maia e
João Florence de
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PLANO DE AVENIDAS DE
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Rodovias estaduais e anel viário.
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PLANO DE AVENIDAS DE
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Praça do Patriarca
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PLANO DE AVENIDAS DE
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Avenida Ipiranga, São Paulo
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Anteprojeto segunda perimetral, Prestes Maia
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Versão final perímetro de irradiação
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Corte esquemático da via e edificações Capa do Plano de Avenidas
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PLANO DE AVENIDAS DE
SÃO PAULO - IMAGENS
Referências Bibliográficas: Redes de Mobilidade e Urbanismo em São Paulo: das
radiais/perimetrais do Plano de Avenidas à malha direcional
(http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/07.082/25
9)
O prefeito que mudou São Paulo
(http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas_sesc/pb/artigo.cfm?Edi
cao_Id=21&Artigo_ID=2179&IDCategoria=2233&reftype=1)
O PLANO DE AVENIDAS E OS RUMOS DO URBANISMO
PAULISTANO
(http://www.prp.unicamp.br/pibic/congressos/xvicongresso/cdr
om/FSCOMMAND/pdfN/73.pdf)
Introdução ao Estudo de um Plano de Avenidas para a Cidade
de São Paulo
(http://www.urbanismobr.org/bd/documentos.php?id=1645)
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