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UNIFAMMA FACULDADE METROPOLITANA DE MARINGÁ
KÁRITA LUCY HERNANDES DE MELLO
O jovem empresário de Maringá e suas características empreendedoras: uma
avaliação do perfil empreendedor
Maringá – PR
2010
UNIFAMMA FACULDADE METROPOLITANA DE MARINGÁ
KÁRITA LUCY HERNANDES DE MELLO
O jovem empresário de Maringá e suas características empreendedoras: uma
avaliação do perfil empreendedor
Monografia apresentada junto ao Curso de Administração da UNIFAMMA – Faculdade Metropolitana de Maringá, na área de Empreendedorismo, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel, sob a orientação do Prof. Marcos Cipriano da Silva.
Maringá – PR
2010
Dedicatória Dedico este trabalho em primeiro lugar a Deus pela sabedoria, saúde, a minha família, meu namorado, amigos, meu orientador pela paciência e a todos aqueles que de alguma forma me ajudaram.
AGRADECIMENTOS
A minha família, minha mãe Lucilia Hernandes, meu namorado Rômulo Beninca,
minha irmã Lilian Hernandes de Melo que sempre me deram motivação e tiveram
paciência por eu não ter tempo para eles, para eu alcançar meus objetivos.
Ao meu orientador Marcos Cipriano da Silva pela sua paciência, confiança, e
dedicação, dividindo seu conhecimento na elaboração deste trabalho.
A todos os professores que sempre se encontram dispostos a nos ajudar, dividindo
seus conhecimentos, para somar-se ao meu conhecimento.
Aos proprietários de empresa que dispuseram de seu tempo para relatar sua
experiência de vida como empreendedoras, suas dificuldades e desafios,
compartilhando suas informações para eu chegar ao objetivo deste trabalho.
Aos meus colegas de sala meu eterno afeto e gratidão em especial a minha equipe
de trabalho, Ana Paula Yumi, Leciana Valentim, Fabiano Rosin e ao Marciel dos
Anjos, pelo apoio e por compartilhar e incentivar a conclusão deste curso.
“A sabedoria é a essência da conquista. É iniciada
nos sonhos, desenvolvida na coragem, eternizada no tempo”.
(Bruno Raphael da Cunha Dobicz)
Resumo
Este artigo buscou analisar os jovens empresários do mercado varejistas
localizadas na cidade de Maringá - Paraná se possui perfil empreendedor,
analisando desde quando começam a ocupar espaço no mercado de trabalho e
como vem evoluindo. A pesquisa foi classificada como qualitativa e a metodologia
empregada foi à pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo. Pode-se concluir que
os participantes da pesquisa possuem perfil empreendedor uma vez que se
constatou que são jovens empreendedores e determinados, não desistem de seus
objetivos, encontraram oportunidades e assumiram riscos calculados, acreditando
em si mesmos, e se consideram vencedores tanto profissionalmente em seus
empreendimentos, como também no âmbito pessoal e psicológico.
Palavras-chave: Empreendedorismo, jovens empreendedores, características
empreendedoras.
LISTA DE TABELA
Figura 1: Taxa de empreendedorismo por faixa etária no Brasil no período de 2002
a 2009........................................................................................................................ 39
Figura 2: Avaliação da população empreendedora.............................................. 45
Figura 3: Empreendedores por taxa inicial (TEA) por países
(2009)........................................................................................................................ 46
Figura 4: Empreendedores por necessidade e oportunidade no período de 2001 a
2009............................................................................................................................47
LISTAS DE ABREVIATURAS E SIGLAS
GEM Global Entrepreneurship Monitor
SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
TEA Initial Rate of Entrepreneurs
EFCs Entrepreneurial framework conditions
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................. 11
1.1 Tema................................................................................................................. 11 1.2 Problema........................................................................................................... 12 1.3 Justificativa........................................................................................................ 12 1.4 Objetivos .......................................................................................................... 13 1.4.1 Objetivos específicos..................................................................................... 13
2. METODOLOGIA.......................................................................................... 15
2.1 A pesquisa quanto à natureza .......................................................................... 15 2.2 A pesquisa quanto aos fins............................................................................... 15 2.3 A pesquisa quanto aos meios .......................................................................... 16 2.4 O instrumento de coleta de dados ................................................................... 17 2.5 Dados primários e secundários ......................................................................... 18 2.6 O tipo de amostra .............................................................................................. 18 2.7 Análise de dados................................................................................................ 19 2.8 Definição da área ou população alvo do estudo................................................ 19 2.8 Cronograma...................................................................................................... 19
3 CONSIDERAÇÕES SOBRE O EMPREENDEDORISMO................. 21
3.1 Introdução......................................................................................................... 21 3.2 A evolução histórica do empreendedorismo..................................................... 21 3.3 Conceituando o empreendedorismo................................................................. 23 3.4 O empreendedor: estabelecendo as definições, as características e as dimensões do perfil..................................................................................................
25
3.4.1 Definições....................................................................................................... 27 3.4.2 Características ............................................................................................... 29 3.4.3 Sentimentos do empreendedor...................................................................... 32 3.4.3.1 Lócus de controle........................................................................................ 32 3.4.3.2 Sentimentos independência e necessidade de realização......................... 33 3.4.3.3 Assumir riscos............................................................................................. 34 3.4.4 Histórico do empreendedor........,................................................................... 35 3.4.4.1 Ambiente familiar na infância...................................................................... 35 3.4.4.2 Educação..................................................................................................... 36 3.4.4.3 Valores pessoais.......................................................................................... 38 3.4.4.4 Idade........................................................................................................... 39 3.4.4.5 Histórico profissional.................................................................................... 40 3.4.4.6 Modelos de desempenho............................................................................. 41 3.4.5 Sistemas de Apoio......................................................................................... 41 3.4.5.1 Rede de apoio moral ................................................................................... 42 3.4.5.2 Rede de apoio profissional .......................................................................... 42 3.5 O contexto mundial para o empreendedorismo e o empreendedor .................. 44 3.6 O contexto nacional para o empreendedorismo e o empreendedor.................. 46 3.7 Conclusões do capítulo...................................................................................... 49
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS................................................. 50
4.1 Caracterização dos entrevistados...................................................................... 50 4.2 As dimensões do empreendedor....................................................................... 50
4.2.1 Ambiente familiar na infância.......................................................................... 50 4.2.2 Educação........................................................................................................ 51 4.2.3 Idade............................................................................................................... 52 4.2.4 Valores pessoais............................................................................................ 53 4.2.5 Características Empreendedoras................................................................... 54 4.2.6 Lócus de controle............................................................................................ 55 4.2.7 Sentimentos independência e necessidade de realização............................. 56 4.2.8 Assumir riscos................................................................................................. 57 4.2.9 Histórico profissional....................................................................................... 57 4.2.10 Modelos de desempenho.............................................................................. 59 4.2.11 Sistemas de Apoio........................................................................................ 59 4.2.11.1 Rede de Apoio Moral................................................................................. 60 4.2.11.2 Rede de Apoio Profissional........................................................................ 60 4.2.12 Conclusão do Capítulo................................................................................. 61
5 CONCLUSÕES, PROPOSTAS E SUGESTÕES.................................... 63
REFERÊNCIAS....................................................................................................... 66 APÊNDICE............................................................................................................... 70 ANEXOS.................................................................................................................. 73
11
1. INTRODUÇÃO
Atualmente o empreendedorismo tem se tornado pauta de discussão da
agenda de vários países. No entanto, não se trata de um tema recente, desde a
época dos egípcios pode-se perceber traços empreendedorismo como, por exemplo,
nas construções de pirâmides. Marco Pólo é considerado o precursor do
empreendedorismo, por ter instituído uma rota com oriente no século XV. No Brasil o
tema empreendedorismo começou a ser abordado a partir do século XX com
abertura da economia.
Os empreendedores podem ser diferenciados como pessoas dinâmicas,
otimistas, que procuram oportunidades, tornando-se essenciais para o mercado, pois
desta forma surgiram novos negócios, e mais chances de emprego. O
empreendedor procura oportunidades onde ninguém vê, segue sua intuição e se
mantêm perseverante perante as dificuldades, sendo diferente das demais pessoas,
permanecendo sempre aberto para novas descobertas, sempre disposto em
descobrir algo novo.
Desta forma, o tema se apresenta com a finalidade de identificar se os jovens
prestadores de serviços estabelecidos na cidade de Maringá-Pr apresentam perfil
empreendedor. Para este fim foram selecionado três jovens empresários como
amostra da pesquisa, sendo uma escolha não-probabilística.
Desta maneira, o trabalho se dividiu em cinco partes principais, a primeira é
composta por está introdução que abrange, tema, problema, justificativa, objetivos e
objetivos específicos. A segunda parte envolve a metodologia que definiu os
instrumentos da pesquisa e da coleta de dados e das analises dos dados para a
realização desse trabalho. O terceiro estabelece o referencial teórico em que se
buscou material bibliográfico para servir como base de análise da capitulo quatro
que se caracterizou pela parte empírica do trabalho por meio da análise e discussão
dos dados e a quinta e última parte descreve a conclusão que estabelece se o
objetivo foi alcançado indica as limitações e dificuldades para realização do trabalho
bem como as sugestões de pesquisas futuras.
1.1 Tema
12
Perfil empreendedor em jovens empresários
1.2 Problema
O perfil empreendedor está presente em jovens prestadores de serviços da
cidade de Maringá-Pr?
1.3 Justificativa
Dornelas (2001) define o empreendedorismo como uma revolução silenciosa,
pois os empreendedores são pessoas visionárias que observam algo novo, onde
outras pessoas não vêem, se arriscam, questionam e buscam sempre um
diferencial. Dornelas (2001) ainda afirma que o empreendedorismo aparece muito
mais por conseqüência das mudanças tecnológicas e sua agilidade, isso não sendo
apenas um modismo. Para o autor, “os empreendedores são pessoas diferenciadas,
que possuem motivação singular, apaixonadas pelo que fazem não se contentam
em ser mais um na multidão, querem ser reconhecidas e admiradas, referenciadas e
imitadas e querem deixar um legado” (DORNELAS, 2001, p. 19).
No empreendedorismo conforme Hisrich e Peters (2004, p. 29) existem
conformidades de que se está “falando de uma espécie de comportamento que
inclui: tomar iniciativa, organizar e reorganizar mecanismos sociais e econômicos a
fim de transformar recursos e situações para aproveito prático aceitar o risco ou o
fracasso”. Contudo, cada uma dessas definições sobre os empreendedores abrange
conhecimentos parecidos, como novidade, criação, riquezas e risco não importando
qual é a sua área de atuação (HISRICH; PETERS 2004).
Dornelas (2001) destaca que o momento atual pode ser definido como a era
do empreendedorismo, uma vez que os empreendedores vêm derrubando barreiras
comercias e culturais, quebrando paradigmas trazendo novas relações de trabalho e
gerando muitas riquezas para a sociedade.
Para Dornelas (2001) o papel do empreendedor foi sempre de fundamental
importância para a sociedade. Assim o empreendedorismo vêem se intensificando,
muito diferente do passado, pois o avanço tecnológico hoje é muito grande e para
13
isso necessita-se de um maior número de empreendedores. Desse modo o
empreendedorismo está criando valor para a economia motivando o emprego e a
prosperidade. Para Dornelas (2001, p. 37) “o empreendedor é aquele que destrói a
ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela
criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e
materiais”.
Para Degen (1989) foi à criatividade dos empreendedores que favoreceu a
inovação de novos produtos e serviços, trazendo mais eficiência e diminuindo custo
dos mesmos, trazendo vantagens evidentes a todos e com essa criatividade estará
sempre desenvolvendo e beneficiando a sociedade.
Hisrich e Peters (2004) definem o papel do empreendedorismo no
desenvolvimento econômico, porém ele abrange todos os setores no aumento da
produção e na renda, pois envolve o iniciar das mudanças na estrutura dos negócios
e da sociedade.
Podem-se identificar os empreendedores pelas suas características
inovadoras são: visionários, sabem tomar decisões, são indivíduos que fazem a
diferença, sabem explorar ao máximo as oportunidades, são determinados e
dinâmicos, são dedicados, são otimistas e apaixonados pelo que fazem, são
independentes e constroem o próprio destino, ficam ricos, são líderes e formadores
de equipes, são bem relacionados (networking) são organizados, planejam,
planejam, planejam, possuem conhecimento, assumem riscos calculados e criam
valor para sociedade (DORNELAS 2001).
Desse modo o presente tema de pesquisa se justifica ao analisar de que
maneira o perfil empreendedor se apresenta em jovens prestadores de serviços da
cidade de Maringá-Pr.
1.4 Objetivo
Analisar de que maneira o perfil empreendedor se apresenta em jovens
prestadores de serviços da cidade de Maringá-Pr.
1.4.1 Objetivos específicos
14
Avaliar a história de vida de jovens prestadores de serviços da cidade de
Maringá-Pr
Identificar as características empreendedoras presentes em jovens prestadores
de serviços da cidade de Maringá-Pr.
Analisar de que modo as características empreendedoras afetam o perfil
empreendedor de jovens prestadores de serviços da cidade de Maringá-Pr.
15
2. METODOLOGIA
A metodologia científica irá utilizar processos para averiguar, analisar e
concluir se dados interpretados condizem com os objetivos propostos (LEITE, 1978).
A seguir passa-se definir os instrumentos metodológicos utilizados na pesquisa.
2.1 A pesquisa quanto à natureza
Quanto à natureza da pesquisa, no trabalho será utilizada a pesquisa
qualitativa, conforme Richardson (1999), ela se caracteriza com a tentativa
compreender os significados e características e situações deparadas pelo
entrevistado. Contudo, a pesquisa qualitativa trás várias dificuldade e barreiras do
ponto de vista da pesquisa social, entretanto acredita-se que a experiência ajuda o
pesquisador a apreender com as pessoas da entrevista (RICHARDSON, 1999)
Conforme Pereira (1999), á chamada pesquisa qualitativa, se inicia na
procura de material qualitativo, mas necessita de referenciais teóricos menos
taxativos e com maior chance de aparecer à subjetividade do pesquisador. Nesse
sentido para, Richardson (1999, p. 80), no contexto geral pode-se “afirmar que as
investigações que tem caráter qualitativo têm como elementos complexos em sua
particularidade”. Tais estudos que empregam a metodologia qualitativa analisam a
complexidade de certo problema para verificar a influência de certas variáveis, para
compreender e qualificar determinados processos eficazes vividos pelo grupo sociais
e definir o processo para que possa possibilitar a melhora desse grupo e permitir um
maior grau de profundidade para entender o desempenho dos indivíduos
(RICHARDSON, 1999).
2.2 A pesquisa quanto aos fins
Quanto aos fins, as pesquisa utilizadas foram à descritiva e a explicativa.
Conforme Gressler (2003) pode-se descrever a pesquisa descritiva, de acordo com
acontecimentos e características presentes em uma população ou campo de
16
interesse. Assim, seu principal interesse esta voltado para o presente e quer
descobrir “O que é?” Normalmente são pesquisas que abrangem um elevado
número de elementos, com poucas variáveis estudadas. A pesquisa descritiva não é
apenas uma tabulação de dados, ela precisa de números interpretativos que se
apresentam e ajustem, muitas vezes, comparando, mensurando, classificando,
interpretando e avaliando (GRESSLER, 2003). Nesse contexto, ela precisa
descrever fatos existentes, circunstâncias presentes e eventos, coligar problemas e
relevar condições para conferir e analisar o que os outros estão desenvolvendo e
ocasiões e problemas parecidos, apontando e esclarecendo situações para o futuro
(GRESSLER 2003). De acordo com Gil (2002 p.42), a pesquisa explicativa “têm
como preocupação central identificar os fatores que determinam ou que contribuem
para a ocorrência de fenômenos. Esse é o tipo de pesquisa que mais aprofunda o
conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas”. Para
Andrade (2007, p. 114-115), a pesquisa explicativa “é um tipo de pesquisa mais
complexo, pois, além de registrar, analisar e interpretar os fenômenos estudados,
procura identificar seus fatores determinantes, ou seja, suas causas”.
2.3 A pesquisa quanto aos meios
Quanto aos meios foram utilizadas à pesquisa bibliográfica e a pesquisa de
campo, para um melhor entendimento dos objetivos propostos. Conforme Gil (2002,
p. 44), “a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado,
constituído principalmente de livros e artigos científicos”. As contribuições teóricas
publicadas sobre determinado tema em questão, fornecem ferramentas analíticas
para qualquer tipo de pesquisa, pois, é muito ampla (Gil, 2002).
Para Lakatos e Marconi (1991, p.183), a finalidade da pesquisa bibliográfica é
“colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado
sobre determinado assunto, inclusive conferencias seguidas de debates que tenham
sido transcritos por alguma forma, quer publicadas, quer gravadas”.
Ruiz (1996, p.58), completa afirmando que
as produções humanas foram comemoradas e estão guardadas em livros, artigos e documentos. Bibliografia é o conjunto de livros escritos sobre determinado assunto, por autores conhecidos e identificados ou anônimos, pertencentes à corrente de pensamento
17
diversa entre si, ao longo da evolução da humanidade. E a pesquisa bibliográfica consiste no exame desse manancial, para levantamento e análise do que já se produziu sobre determinado assunto que assumimos como tema de pesquisa cientifica.
Após a pesquisa bibliográfica será utilizada a pesquisa de campo que para
Andrade (2007, p. 117) “a pesquisa de campo é assim denominada porque a coleta
de dados é efetuada „em campo‟, onde ocorrem espontaneamente os fenômenos,
uma vez que não há interferência do pesquisador sobre eles”. Nessa mesma linha,
Lakatos e Marconi (1991) assinalam que a pesquisa de campo é aquela utilizada
com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um
problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira
comprovar ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles.
Andrade (2009, p.133) complementa enfatizando que
a pesquisa de campo utiliza técnicas específicas, que tem o objetivo de recolher e registrar, de maneira ordenada, os dados sobre o assunto em estudo. As técnicas específicas da pesquisa de campo são aquelas que integram o rol da documentação direta: observação e a pesquisa.
O autor destaca que, “a pesquisa de campo é assim denominada porque a
coleta de dados é efetuada „em campo‟, onde ocorrem espontaneamente os
fenômenos, uma vez que não há interferência do pesquisador sobre eles”
(ANDRADE, 2007, p. 117).
Lakatos e Marconi (1991, p.186) ainda observam que a pesquisa de campo é:
aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira comprovar ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles.
2.4 O instrumento de coleta de dados
Com base nos objetivos definidos foi utilizada a entrevista. Para Cooper e Shindler
(2003), na entrevista ocorre a, conversação face a face, um diálogo bidirecional
iniciado por um entrevistador e um respondente, geralmente ambos não se
18
conhecem e o entrevistador conduz o assunto e o modelo da discussão. Esse
diálogo não tem valor para o respondente, tem para o entrevistador que dessa
conversa tirará o conteúdo necessário para uma analise dessa conversa.
Para Richardson (1999), a entrevista em todas suas ações envolve pessoas
que de certa forma se importam com o que acontece com o outro, por essa
proximidade proporciona as melhores formas de alcançar as resposta necessária
para obter melhores resultados na entrevista, essa interação entre os indivíduos é
primordial na pesquisa em ciências sócias. As entrevistas foram gravadas com
autorização dos participantes e suas transcrições encontram-se em anexo.
2.5 Dados primários e secundários
Os dados usados no decorrer da pesquisa foram os dados primários e
secundários. Os dados primários para Roesch (2009, p. 140), “[...] são colhidos
diretamente pelo pesquisador”. Cooper e Schindler (2003, p. 83 e 84) completam
afirmando que “[...] os dados primários são buscados por sua proximidade com a
verdade e controle de erro. Isso nos leva a ser cuidadosos ao planejar
procedimentos de coleta de dados e generalizar a partir de resultados”.
Para Cooper e Schindler (2003, p. 84), os dados secundários, “tem pelo
menos um nível de interpretação inserido entre o fato e seu registro”. Desse modo
as fontes de dados secundários são explicações dos dados primários. Para os
autores eles também podem ter como fonte: “enciclopédias, livros, manuais, artigos
de revistas e jornais e a maioria das notícias são consideradas fontes secundários
de informação” (2003, p. 223). Um exemplo desse tipo de dado seria resumos de
relatórios de vendas (COOPER; SCHINDLER, 2003).
2.6 O tipo de amostra
Nessa pesquisa foi utilizada a amostra não-probabilística. De acordo com
Cooper e Schindler (2003, p.152), a:
19
amostra não-probabilística é arbitrária (não- aleatória) e subjetiva. Os membros não têm uma chance conhecida diferente de zero de ser incluídos. Permitir que os entrevistadores escolham elementos de amostras “aleatoriamente” (significando “como desejarem” ou “onde encontrarem”) não é amostra aleatória.
Nesse sentido Samara e Barros (2002, p.94) esclarecem que “as amostra não-
probabilística são selecionadas por critérios subjetivos do pesquisador, de acordo com suas
experiências e com objetivos dos estudos”. Que se refletiu na escolha dos sujeitos da
pesquisa.
2.7 Análises de dados
Para Lakatos e Marconi (1999, p.37) a análise de dados é
a tentativa de evidenciar as relações existentes entre fenômenos estudados e outro fatores. Essas relações podem ser estabelecidas em função de suas propriedades relacionadas de causa-efeito, produto-produtor, de correlações, análise de conteúdo etc.
Nesse contexto, a análise dos dados foi realizada por meio da análise de
conteúdo. Conforme Cooper e Schindler (2003), esse método mede o conteúdo
semântico ou aspecto o quê da mensagem. Sua dimensão demonstra como é de
fácil acesso e amplo, com isso, pode-se utilizar como uma metodologia ou como
uma técnica para um problema específico. Cooper e Schindler (2003, p.346) afirmam
que a análise de conteúdo que é “uma técnica de pesquisa para a descrição
objetiva, sistemática e quantitativa do conteúdo manifesto de uma comunicação”.
Lakatos e Marconi, (1999) completam observando que análise de conteúdo é
“a técnica mais difundida para investigar o conteúdo das comunicações de massas,
mediante a classificação em categorias, dos elementos da comunicação”.
2.8 Definição da área ou população alvo do estudo
A área de estudo definiu-se a partir dos objetivos propostos, e desta forma
abrange os jovens prestadores de serviços de cidade de Maringá – PR.
20
2.9Cronograma
O cronograma estabelece as etapas que foram realizadas no trabalho e que foram
descritas no quadro abaixo.
ETAPAS DA MONOGRAFIA
2010
Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez
Pesquisa bibliográfica x x x
Elaboração do Referencial Teórico x x x
Coleta de dados x x
Resultados e Discussões x x
Revisão gramatical e ortografia x x
Relatório final x x x
21
3. CONTEXTUALIZANDO O EMPREENDEDORISMO E SUA IMPORTÂNCIA
3.1 Introdução
O atual período pode ser chamado de momento do empreendedorismo.
Entretanto, não se trata de um assunto recente, Marco Pólo, em 1500, é conhecido
por ser o precursor do empreendedorismo, ao estabelecer uma rota com oriente no
século XV. Desde então, muitos obstáculos comerciais, quanto os culturais estão
sendo superados, graças aos novos empreendedores, tem-se modificados antigos
padrões, surgido novas profissões, e contribuído para gerar riqueza para a
sociedade.
O mundo dos negócios contribuiu para os empreendedores serem
considerados heróis populares. Pois oferecem empregos, inserem inovações e
impulsionam o desenvolvimento econômico. Desta forma, não são unicamente
provedores de produtos ou de serviços, mas também assumem riscos em uma
economia cheia de transformações e crescimento. E com isso inauguram novos
negócios por sua própria conta e acrescentam a liderança dinâmica que os levam ao
desenvolvimento econômico e ao progresso do país. E desta maneira impulsionam a
economia.
Nesse contexto, o presente capítulo, tem como objetivo principal estabelecer
as diretrizes teóricas que irão servir de base para a pesquisa empírica. Nesse
sentido, foram apresentadas as discussões sobre o termo empreendedor e seu
desenvolvimento ao longo da historia. Do mesmo modo foram considerados os
principais conceitos e definições sobre o tema empreendedorismo e empreendedor,
tomando por base as principais correntes teóricas que debatem o tema. Discorreu-se
ainda sobre as características do empreendedor e as dimensões que compõem o
seu perfil Também, abordou-se o desenvolvimento e as ações envolvendo o
empreendedorismo e o empreendedor na esfera mundial e nacional. Por fim, foi
estabelecida a conclusão do capitulo evidenciado o conceito que norteará o trabalho
e qual corrente teórica balizará a pesquisa.
3.2 A evolução histórica do empreendedorismo
22
O primeiro exemplo de empreendedor foi Marco Pólo, que formou rotas
comerciais para o Extremo Oriente. Ele era o intermediário, pois assinava os
contratos com o precursor, capitalista de riscos, para vender suas mercadorias,
desse modo ele vendia a mercadoria oferecendo toda a garantia da mercadoria para
o investidor, pois pagava seguro. Ao final das viagens o comerciante aventureiro,
após uma bem sucedida venda de mercadorias chegara para fazer os acertos, onde
o comerciante de riscos é quem ficava com a maior parte (HISRICH; PETERS 2004).
Na idade média, para Dornelas (2001) e Hisrich e Peters (2004) o termo
empreendedor era utilizado para definir pessoas que administravam grandes
projetos, não assumiam grandes riscos, apenas gerenciavam projetos geralmente
custeado pelo governo do país. Era “um típico empreendedor da Idade Média era
clérigo a pessoa encarregada de obras arquitetônicas, como castelos e fortificações,
prédios públicos, abadias e catedrais” (HISRICH; PETERS, 2004, p. 27).
No século XVII, Dornelas (2001) e Hisrich e Peters (2004) demonstram que
começam a aparecer os primeiros indícios da relação entre assumir riscos e o
empreendedorismo. Dessa forma, o empreendedor realizava um acordo com o
governo através de contrato em que cumpriria alguns serviços ou forneceria
produtos com preços pré-, desse modo qualquer lucro ou prejuízo era do
empreendedor, começa-se, então, a diferenciar o empreendedor que era aquele que
assumia risco, do capitalista, aquele que só fornece o capital.
Já no século XVIII, conforme Dornelas (2001) e Hisrich e Peters (2004)
começaram a diferenciar o capitalista do empreendedor, possivelmente devido ao
inicio da industrialização que ocorreu no mundo, muitas das realizações ocorridas
nesse período foram reações tais mudanças ocorridas.
No final do século XIX e no início do século XX conforme Dornelas (2001) e
Hisrich e Peters (2004), os empreendedores eram repetidamente confundidos com
gerentes ou administradores, o que ocorre até nos dias atuais, ou seja, aquelas
pessoas que organizam a empresa, pagam funcionários e controlam e desenvolvem
ações, sempre a serviço do capitalista.
Conforme Dornelas (2001, p.28), “todo empreendedor necessariamente deve
ser um bom administrador para obter sucesso, no entanto, nem todo bom
administrador é um empreendedor”. O empreendedor tem algo a mais, nas suas
atitudes e características que o diferenciam do administrador habitual, para entender
essas característica tem que entender o que o administrador faz.
23
Para Hisrich e Peters (2004) a verdadeira função do empreendedor é utilizar
algo que já existe e inovar, explorando de maneira a estar sempre inovando as
tecnologias existentes, trazendo assim novos produtos e organizando novos setores.
Para tanto o conceito de inovação e novidade, é uma parte complementar do
empreendedorismo, desse modo o fato de inovar e lançar um novo produto é a parte
mais difícil para empreendedor, não exigindo somente o fato de inventar e
conceituar, mas ainda ter a competência de entender todas as forças em
funcionamento no ambiente.
Hisrich e Peters (2004, p.29), definiram
essa capacidade de inovar pode ser observada no decorrer da história, desde os egípcios, que criaram e construíram grandes pirâmides com blocos de pedra que pesavam muitas toneladas, até o módulo lunar Apolo e os raios laseres. Embora as ferramentas tenham mudado com os avanços na ciência e na tecnologia, a capacidade de inovar está presente em todas as civilizações.
3.3 Conceituando o empreendedorismo
Dornelas (2001) destaca que a palavra empreendedor (entrepreneur) tem
procedência francesa e quer dizer aquele que tem ousadia de começar algo novo e
não tem receio de correr risco. Hisrich e Peters (2004) assinalam que a palavra
entrepreneur é de origem francesa e, literalmente expressa aquele que “está entre
ou intermediário”.
Dolabela (2006) aproveitou a tradução da expressão Entrepreneurship, para
denominar os conceitos de ação e inovação. O termo equivalente sugere uma forma
de ser, uma visão de mundo, uma forma de se relacionar.
Conforme Moeller (2002) o empreendedorismo é abordado sob o ponto de vista de
duas linhas conceituais: a econômica e a comportamentalista. A abordagem
econômica uniu o empreendedor à característica de inovação, pois criam novos
produtos e serviços ou aperfeiçoaram os que já existem. Schumpeter um antigo
pensador dizia que a essência do empreendedorismo é a inteligência e a exploração
de novas oportunidades de formato inovador, com isso se tornou uma característica
predominante entre os economistas. Uma afirmação forte descreve que o
empreendedorismo teve início pelas ciências econômicas, mas dois grandes autores
como Cantillon e Jean-Baptiste Say que se consagraram por meio da abordagem do
24
tema, verificaram através de pesquisas, que além da economia, ainda eram
preocupados na ampliação de novos empreendimentos, através de práticas
gerenciais adotadas. Cantillon através de suas obras foi estimado como sendo um
indivíduo que buscava oportunidades, seu objetivo maior era buscar mudanças
constantes, atraia fontes geradoras de lucro para investimentos novos e antigos.
Para Moeller (2002) a escola Comportamentalista oferece como
conhecedoras pessoas acopladas ao desempenho humano e a finalidade é
examinar o desempenho dos indivíduos em relação ao assunto empreendedorismo.
David C. McClelland foi o precursor nessa apreciação e estudos.
Portanto, estudos feitos pelo autor identificaram alguns heróis na literatura, contudo,
as próximas gerações tenderiam a copiar os líderes através dos seus
comportamentos. Por meio de estudo da história procuravam determinar quais eram
os prováveis esclarecimentos para existência das grandes civilizações, perante essa
análise constatou a presença de heróis literários, assim, as origens futuras
proporcionariam adequada disposição em imitar esses heróis, ou seja, aspectos
relacionados ao seu comportamento. Deste modo os povos eram educados sob
influência desses líderes e apresentavam uma ampla necessidade de realização
(MOELLER 2002).
Para Moeller (2002) a definição de empreendedor é um indivíduo que exerce
influência sobre uma produção que não seja só para o seu consumo pessoal.
Desta forma o ponto principal da pesquisa desse autor foi de apontar que o ser
humano é um produto social (MOELLER 2002).
Hisrich e Peters (2004) destacam que o termo empreendedorismo exprime
acontecimentos diferentes para indivíduos diferentes e tem capacidade de ser aceito
sob aspectos conceituais diversos. Todavia, apesar dos vários aspectos diferentes
pode-se observar que existe algo em comum em todas as definições como: riscos,
criatividade, independência e recompensa. Hisrich e Peters (2004) demonstram que
esses aspectos permanecerão como a energia impulsionadora subjacente do
conhecimento do empreendedorismo no futuro.
Para Pinchot (1989 apud BRIDI; SOUZA 2005, p. 3) a importância do
“empreendedorismo encontra-se na necessidade de realizar, que não é
necessariamente estabelecido na infância e pode ser desenvolvida em qualquer
ponto da vida, dados o desejo e a oportunidade”.
25
Para Gimenez e Silva Júnior (2002 apud CUNHA; STAINER NETO, 2005),
empreendedorismo é um método complexo e multifacetado, no qual as variáveis
sociais, como mobilidade social, culturas econômicas, como apoios de mercado,
políticas públicas, capital de risco e psicológicas, entusiasmam o ato de empreender.
Desta forma, ainda conforme os autores, entre as distintas peculiares do
empreendedorismo, as mais citadas são: necessidade de realização, propensão ao
risco, criatividade, visão, alta energia, postura estratégica e segurança.
Conforme Fillion (1999 apud CUNHA; STAINER NETO, 2005), o
empreendedorismo é a conseqüência tangível ou intangível de um indivíduo com
capacidades criadoras, incidi no difícil emprego de conhecimentos da vida,
oportunidades e habilidades individuais que, durante seu aprendizado, é inerente à
variável risco, tanto na vida como na carreira do empreendedor. Desse modo,
conforme o autor, o empreendedor é apresentado como:
[...] um indivíduo criativo, marcado pela capacidade de estabelecer e atingir objetivos, possuindo um alto nível de consciência do contexto de referência para detectar oportunidades de negócios, buscando uma aprendizagem continuada a respeito de oportunidades de negócios e revelando um processo de tomada de decisões com risco moderado visando à inovação (FILLION 1999 apud CUNHA; STAINER NETO, 2005, p. 40).
Portanto, em todas as definições de empreendedorismo foi estabelecido um
consenso de que o comportamento empreendedor engloba: tomar iniciativa,
organizar e reorganizar mecanismos sociais e econômicos a fim de transformar
recursos e condições para proveito prático, aceitar o riscos ou o fracasso (HISRICH;
PETERS 2004).
3.4 O empreendedor: estabelecendo as definições, as características e as
dimensões do perfil
Neste item se abordará as discussões sobre as definições, as características
e as dimensões de perfil relacionadas ao mundo do empreendedor.
Em relação às definições será apresentado o empreendedor, pois é aquele que se
envolve no processo de criação se dedica totalmente em algo que ele acredita,
26
assume riscos calculados, e com isso adquiri sua independência financeira e seu
contentamento pessoal, o lucro obtido para empreendedor é um indicador de
sucesso (DORNELAS, 2001).
Sobre as características demonstrar-se-á, que os empreendedores são
indivíduos que possuem aptidões de observar e então analisar oportunidades de
mercados, fornecendo soluções necessárias para colocá-los em vantagens, para
garantir o sucesso. São pessoas altamente orientadas para a ação, sempre
motivadas e assumindo riscos calculados para chegarem ao seu objetivo (ALVES;
NATAL 2007). Desta forma podem-se identificar os empreendedores natos através
das suas características principais de inovação que são elas: visionários, sabem
tomar decisões, são indivíduos que fazem a diferença, sabem explorar ao máximo
as oportunidades, são determinados e dinâmicos, são dedicados, são otimistas e
apaixonados pelo que fazem, são independentes e constroem o próprio destino,
ficam ricos, são líderes e formadores de equipes, são bem relacionados (networking)
são organizados, planejam, planejam, planejam, possuem conhecimento, assumem
riscos calculados e criam valor para sociedade (DORNELAS 2001).
Dornelas (2008) demonstra que assumir riscos calculados é umas das
características mais presentes nos empreendedores é uma das mais conhecidas. O
verdadeiro empreendedor é aquele que tem a sabedoria para correr riscos
calculados e sabe como ninguém administrá-las, considerando quais são suas
verdadeiras oportunidades de sucesso. O ato de assumir riscos para empreendedor
tem semelhança com desafios, deste modo, para o empreendedor quanto maior for
o desafio, mais excitante fica a jornada empreendedora.
As dimensões do perfil empreendedor abrangem a capacidade de definir o
perfil através dos sentimentos dos empreendedores, pois demonstram os
conhecimentos educacionais, momentos familiares e experiências profissionais
variadas. Um empreendedor em potencialidade pode trabalhar em qualquer campo
de atuação e desenvolver qualquer função, tal competência pode ser homem ou
mulher de qualquer raça ou nacionalidade (HISRICH; PETERS 2004).
Contudo, os verdadeiros empreendedores são aqueles que acreditam que há
sempre uma maneira melhor de fazer o que já está pronto, transformando valores e
idéias e assumindo riscos calculados. Os empreendedores acreditam que
continuamente existem chances surgindo no ambiente, e essas informações são
recebidas através de contatos com sua rede de amigos (CRUZ, 2005).
27
Para Chiavenato (2004) o empreendedor é aquele reconhecido por exercer
diferentes funções, eles possuem habilidades para os negócios, instinto financeiro e
facilidades para identificar oportunidades. Deste modo, transformam idéias em algo
real, trazendo melhorias não só pra si, como para toda a sociedade.
Lócus de controle é uma das principais dimensões de perfil dos
empreendedores, pois para ampliar um empreendimento novo os indivíduos
apresentam consciência ter conhecimento se serão competentes de sustentar as
forças indispensáveis para desenvolver algo novo, além disso, deve administrar a
nova empresa e fazê-la desenvolver (HISRICH; PETERS 2004).
3.4.1 Definições
Dolabela (2006) relata que todos nasceram empreendedores. A condição
humana é empreendedora. Empreendedorismo não é qualquer tema novo ou
modismo, ele existe desde sempre, desde o início da atuação humana sendo
inovadora, com o finalidade de aperfeiçoar as relações do individuo com os outros e
com a natureza. Esse fenômeno não é apenas econômico, mas sim social. O
empreendedor é encontrado em qualquer área de atuação, por isso o verdadeiro
empreendedor não são apenas pessoas que abre um empreendimento. O
empreendedorismo é qualquer manifestação da liberdade humana. Todavia não é
um acontecimento particular, não é um dom que todos apresentam é coletivo e
comunitário. Dessa forma a sociedade tem o empreendedor que merece, visto que
compete a ela criar o espaço favorável. Portanto, o tema que o empreendedor é
produto de herança genética não encontra mais seguidores (DOLABELA, 2006).
Conforme Filion (1993) a desenvolvimento do perfil empreendedor nasce
através das relações que o individuo alimentam ao longo da sua vida, isso acontece
desde a família, à escola e experiências profissionais.
Para Filion (1999) o empreendedor é um indivíduo criativo, identificado por
sua competência de constituir e atingir seus objetivos, mantendo um elevado grau
de consciência no ambiente em que vive, utilizando-o para identificar oportunidade
de negócios. O empreendedor que permanece a estudar a importância de prováveis
oportunidades de negócios e a tomar decisões razoavelmente arriscadas tem por
objetivo à inovação, permanecerá a desempenhar um papel empreendedor.
28
Dornelas (2001) define o empreendedor, como aquele que se envolve no
processo de criação, se dedica totalmente para desenvolver algo novo, assume
riscos calculados, e com isso consegue sua independência financeira e sua
satisfação pessoal, para ele o lucro é um indicador do grau do sucesso.
Conforme Cruz (2005) o empreendedor é o indivíduo que continuamente
acredita que há sempre um jeito melhor de se fazer o que já está pronto,
transformando valores e assumindo riscos calculados. Eles crêem que existem
oportunidades surgindo constantemente no ambiente, buscam agir com base nas
informações recebidas de sua rede de amigos. São estes atributos que fazem os
empreendedores de sucesso, uma vez que são precedidos dos seus princípios e
crenças, são esses valores que motivam vida dessas pessoas. Nesse sentido, a
importância desses indivíduos empreendedores pode indicar maior ou menor
amplitude de inovação.
Para definir o empreendedor Chiavenato (2004) esclarece que, ele é
conhecido por desempenhar varias funções, apresentam capacidades para os
negócios, instinto financeiro e facilidade em identificar oportunidades. Dessa forma,
transforma idéias em algo real, originando melhoramentos não apenas para si, mas
para toda sociedade. Desse modo, por possuir capacidades criativas e um potencial
abundante, o empreendedor demonstra perseverança, conciliando e transformando
idéia mal estruturada em um negócio real e bem sucedida (CHIAVENATO, 2004).
Conforme Chiavenato (2004), pesquisas evidenciam que os empreendedores
de fato são indivíduos destacados e não apenas visualizam problemas que seguem
um novo negócio, além disso, irá resolvê-los.
Para Hisrich e Peters (2004) a definição de empreendedor ficou mais apurada
através de princípios e termos de um aspecto empresarial, administrativa e pessoal.
Contudo, ficou específica a importância do empreendedorismo neste século. Desta
forma as definições de empreendedorismo entram em acordo, pois foi falado de uma
espécie de desempenho que compreende em tomar iniciativa, estabelecer e
restabelecer mecanismos igualitários e econômicos a fim de converter recursos e
condições para proveito pratica e aceitar o risco ou o fracasso.
Para Hisrich e Peters (2004, p. 29) “empreendedorismo é o processo de criar
algo novo com valor dedicando o tempo e o esforço necessários, assumindo riscos
financeiros, psíquicos e sociais correspondentes e recebendo as conseqüentes
recompensas das satisfações e independência econômica e pessoal”.
29
Hisrich e Peters (2004) asseguram que os empreendedores não têm um
“padrão” eles originam-se de seus conhecimentos educacionais, profissionais e
situações familiares.
3.4.2 Características
Para Alves e Natal (2007) os empreendedores têm como características
habilidades para criar, renovar, modificar, programar e administrar empreendimentos
de inovação.
Conforme Cielo (2006) os empreendedores têm várias características que os
levam ao sucesso, reunindo qualidades pessoais e um alto nível de captação de
informação, pois eles sempre estão estudando e se atualizando para sempre
estarem atendo ao mercado. Os empreendedores têm sido peças chaves para
economia de vários países em desenvolvimento, este motivo despertou estudiosos e
profissionais para definirem o empreendedor, suas características e estilos,
aumentando assim, os estudos sobre empreendedorismo. Entre esses estudos, uma
das definições apresentadas sobre o empreendedor está relacionada à identificação
da oportunidade, unindo recursos necessários, responsável pelo fortalecimento da
empresa, enquanto o empreendedorismo vem desenvolvendo novas empresas
trazendo riquezas através dos recursos trazidos pelo empreendedor (CIELO, 2006).
Dolabela (1999) demonstra que para um empreendimento ter sucesso ele
está com certeza aliado ao comportamento dos seus empreendedores, pois
combinam talento, conhecimento e perseverança para manter seu empreendimento
como também fortalecê-lo e fazer com que cresça e conquiste novos mercados.
Para Dornelas (2008) o sucesso de um empreendedor está vinculado a
características extras, como as de administrador, e outras qualidades pessoais
somadas a características sociológicas e ambientais que permitem o surgimento de
novas empresas. Além de idéias, surgem inovações e destas novas empresas.
Segundo Dornelas (2008) algumas características comuns em
empreendedores de sucesso são:
são visionários, eles tem visão de como será o futuro do seu negocio e de sua
vida, e o que mais importa é sua desenvoltura de idealizar seus sonhos;
30
sabem tomar decisões, essa é umas das características mais importantes dos
empreendedores, pois não de sentem inseguros, sabem tomar decisões certas
na hora determinada, sendo esse um fator chave para originar seu sucesso, além
do mais, são determinados e conseguem implementar suas ações rapidamente;
são indivíduos que fazem a diferença, pois conseguem modificar algo difícil em
uma idéia abstrata, que funcione e que possa ser transformado em realidade.
Sabem agregar a verdadeira importância ao produto e serviço que alocam no
mercado;
sabem explorar ao máximo as oportunidades, pois consegue ver oportunidade
aonde outras pessoas não vêem, pois, são visionários e sempre atualizados, os
empreendedores conseguem quebrar a ordem corrente e inovar, pois cria
mercado através de uma oportunidade gerada. O empreendedor consegue inovar
onde existe um clima de confusão e turbulência, ou seja, identifica oportunidade
na ordem presente. Desta forma o empreendedor é identificado como um
exemplo de identificador de oportunidades, pois sabem que suas chances
aumentam quando seu conhecimento é aguçado;
são determinados e dinâmicos, eles se comprometem e inovam suas ações.
Derrubam adversidades, quebrando obstáculos, e fazendo acontecer, são
decididos e não se conformam com a rotina;
são dedicados, pois trabalham 24 horas por dia 7 dias por semana, ao seu
negócio. Comprometem-se inteiramente, deixando sua família e amigos de lado,
não se importando com sua saúde. Eles são exemplo de trabalhadores, são
motivados e encontram energia para continuar, mesmo com muitos problemas
pela frente. São incansáveis e dedicados ao trabalho;
são otimistas e apaixonados pelo que fazem, amam seu trabalho, e esse é a
peça chave para manterem-se cada vez mais otimistas e autodeterminados,
dessa forma são os melhores vendedores de seus produtos e serviços, pois
sabem como ninguém como realizá-lo. Seu entusiasmo faz com que os
empreendedores sempre enxerguem o sucesso e nunca o fracasso;
são independentes e constroem seu próprio destino, eles almejam estar sempre
a frente das transformações e ser donos do seu destino. Querem ser
independentes ter seu próprio negócio e preferem dar seus próprios passos e
preferem ser patrão e gerar empregos;
31
ficam ricos, ficar ricos para os empreendedores não é sua principal finalidade,
mas acreditam que a riqueza é a resultado do sucesso dos negócios;
são lideres e formadores de equipes, os empreendedores são lideres natos e
seus funcionários os respeitam e os adoram, pois sabem como ninguém dar valor
aos seus colaboradores, estimulando e valorizando e recompensando, pois com
isso sabem que eles vão produzir cada vez mais e melhor, e sempre terá uma
equipe motivada para dar o apoio necessário, pois sabe como ninguém recrutar
pessoas para assessorá-los nos áreas onde não detém maiores conhecimentos;
são bem relacionados (networking), são organizados, os empreendedores sabem
construir uma rede de contato onde auxilie no ambiente externo da empresa,
junto a clientes fornecedores e entidades de classe. Os empreendedores têm os
conhecimentos necessários para obterem os recursos matérias, humanos,
tecnológicos e financeiros, de forma lógica para o melhor desenvolvimento do
seu negocio;
planejam, planejam e planejam, os empreendedores de sucesso planejam cada
passo a ser percorrido, desde o rascunho do plano de negócios até sua aula do
plano aos investidores, definindo todos os passos a serem tomados para o bom
andamento dos negócios, sempre tendo como alicerce a forte visão para os
negócios;.
possuem conhecimento, os empreendedores sempre estão se atualizando são
sedentos pelo conhecimento, pois sabem que quanto maior for o domínio pelo
empreendimento escolhido maior vai ser o êxito. Poderá esse conhecimento vir
de experiências pratica de informações conseguidas em revistas especializadas,
em cursos, ou com aconselhamento com pessoas que tem experiências em
empreendimentos semelhantes;
assumem ricos calculados, essa é umas das características mais evidente dos
empreendedores, pois o verdadeiro empreendedor é aquele que assumi riscos
calculados e sabe como ninguém gerenciar os riscos. Analisando as chances
reais de sucesso. Assumir ricos tem relação com desafios, isso para
empreendedor estimula a sua jornada empreendedora;
criam valor para sociedade, através do seu capital intelectual eles criam valor
para sociedade, gerando empregos, dinamizando a economia e inovando,
32
sempre utilizando sua criatividade em busca de recursos para melhorar a vida
das pessoas;
3.4.3 Sentimentos do empreendedor
Conforme Hisrich e Peters (2004) os sentimentos dos empreendedores
evidenciam a conhecimentos educacionais, ocasiões familiares e vivencias
profissionais variadas. Um empreendedor em potencial pode trabalhar em qualquer
área de atuação e desenvolver qualquer função, podendo ser homem ou mulher de
qualquer raça ou nacionalidade.
Para Blos (2005) os sentimentos em comum encontrados nos
empreendedores, independente da área de atuação, idade e gênero são: os
sentimentos de independência e realização própria, que nada mais é do que o
desejo de uma pessoa ser seu próprio patrão, sendo essa uma das características
mais fortes entre os empreendedores, assim como o reconhecimento de assumir
riscos calculados, podendo ser estes financeiros, psicológicos e sociais.
Dornelas (2008) identifica os sentimentos empreendedores, como curiosos,
pelo fato de sempre estarem atentos ao que ocorre a sua volta, acabam
identificando idéias de outras pessoas que são criativas, mas que não tem a visão
empreendedora. Como já foi dito, o melhor do que ser o individuo que produz idéias
é ser aquele que obtém resultados através de suas idéias ou de idéias de outras
pessoas. O desempenhar, implementar e colocar em prática as idéias obtidas é o
que espera-se dos indivíduos empreendedores.
3.4.3.1 Lócus de controle
Para desenvolver um empreendimento novo as pessoas têm que ter a
consciência de saber se serão capazes de sustentar as forças necessárias para
desenvolver algo novo, e também conduzir a nova empresa e fazê-la crescer
(HISRICH; PETERS 2004).
Dessa Maneira pode-se definir o empreendedor como um medidor que
influência, uma pessoa que apresenta controle sobre sua vida. É comum que um
33
indivíduo que se sinta inseguro apresente receio sobre a origem do novo
empreendimento, se serão apropriados, e se apresentarão disposição para
atravessar pelas barreiras e, além disso, administrá-lo e fazê-lo desenvolver
(HISRICH; PETERS, 2004).
Phares e Spector (1976, 1982 apud SOLER, 2009, p. 34), observam que o
lócus de controle é “uma variável importante que descreve diferenças individuais e
prediz comportamentos frente a ajustes organizacionais”. Desse modo, Rotter (1966
apud SOLER, 2009), enfatiza o que característica do empreendedor da população é
o alto grau de influência interno. Sobre o lócus de controle Rotter (1966 apud
SOLER, 2009, p. 35) comenta que:
costumam atribuir seu sucesso pessoal e o curso de sua vida às suas próprias ações e características pessoais, sendo os fatores externos, como sorte ou ajuda de terceiros, considerados pouco efetivos. Assim baseados nesta crença, aventuram-se em ações empreendedoras, apostando em suas competências como fatores chave de sucesso para o novo empreendimento – se julgam capazes de controlar seu destino, de influenciar seu meio. Gurol e Atsan (2006, apud COSTA; LUCIO, 2007, p. 2) explicam que o lócus de controle “é um traço, uma variável da personalidade que esta relacionada com as expectativas que um indivíduo tem de controlar os eventos de sua própria vida”.
Dessa forma Shane (2003 apud SOLLER, 2009 p. 35) destaca que “as
crenças dos empreendedores no valor das oportunidades empreendedoras
dependem, em parte, da avaliação das suas próprias capacidades para explorar as
oportunidades”. Shane (2003 apud SOLLER, 2009) ressalta a importância do lócus
de controle quando se observa as características do empreendedor, um exemplo
ocorre quanto ele controla o seu ambiente, quando aumenta planos estratégicos
com a finalidade de conduzir a empresa ao sucesso.
Para c quando determinada à pessoa apresenta aspectos de um
empreendedor ela é assim conduzida pelo controle interno e quando essa motivação
não permanece, ela é orientada pelo controle externo apagando assim os aspectos
empreendedores.
3.4.3.2 Sentimentos independência e necessidade de realização
34
Hisrich e Peters (2004) os sentimentos de independência e necessidade de
realização está relacionado ao sentimento de controle, através da necessidade de
ser livre. O empreendedor é na maior parte das vezes uma pessoa que precisa fazer
as coisas ao seu tempo, por isso não consegue trabalhar para alguém.
O empreendedor possui varias característica e com isso necessita de
realização. McClelland desenvolveu um trabalho que identificou as peculiaridades
psicológicas que os empreendedores possuem. Dessa forma apontou três
características de necessidade de realização como sendo: responsabilidade pessoal
para solucionar problemas, estabelecer metas e atingi-las com seu adequado
empenho; aceitar riscos moderados como uma função de habilidade, e não por
acaso, possuir informações dos resultados de sua decisão ou tarefa (HISRICH;
PETERS, 2004).
Os empreendedores no início de suas carreias procuram romper com a forma
atual em que vive, pois buscam realizar seus sonhos, querem atender as
expectativas dos outros e, contudo ser agentes de inovação para chegar à sua
realização pessoal e contribuir para aprimorar a sociedade onde vive e encontram no
empreendedorismo a fonte de negócio para sua família (BERNHOEFT 1996).
3.4.3.3 Assumir riscos
O termo assumir risco conforme Hisrich e Peters (2004) e Chiavenato (2004)
estão relacionados aos empreendedores, pois estes arriscam valores financeiros
envolvidos no seu empreendimento, seu bem estar psicológicos, oportunidades de
carreira e relações familiares.
Após análise de pesquisas chegou à conclusão que a aceitação de riscos em
empreendedores reúne um elemento de capacidade geral pra riscos. Desta forma
não foram definidos relações causais conclusivas, ainda não foi empiricamente
formado uma propensão para riscos, pois é uma característica do
empreendedorismo (HISRICH; PETERS 2004).
Segundo Dornelas (2008) assumir riscos calculados é umas das características mais
evidentes nos empreendedores e umas das mais conhecidas. O verdadeiro
empreendedor é aquele que sabe correr riscos calculados e sabe como ninguém
gerenciá-los, analisando quais são suas verdadeiras chances de sucesso. O ato de
35
assumir riscos para empreendedor tem relação com desafios, desta forma, para o
empreendedor quanto maior for o desafio, mais estimulante fica a jornada
empreendedora. Halloran (1994) destaca que qualquer empreendedor tem
capacidade para correr riscos, sejam eles pequenos ou grandes, quanto maior for o
risco, maior será a sua possibilidade de lucro ou fracasso.
3.4.4 Histórico do empreendedor
Conforme Hisrich e Peters (2004) dentre as várias competências do histórico
do empreendedor, apenas alguns podem ser diferenciadas da população dos
administradores. Pois os diversos campos descobertos abrangem o clima familiar na
infância, a criação, a importância individual, a idade e histórico profissional.
Para Chiavenato (2004) o empreendedor é o indivíduo que faz as coisas
acontecerem, apresenta sensibilidade para os negócios, tendo conhecimento para
identificar oportunidades, criativos podem modificar uma simples idéia em algo real e
bem-sucedido no mercado.
Hisrich, Peters e Shepherd (2009) destacam que muitas vezes o histórico
profissional de um empreendedor influência na abertura do seu próprio negócio.
Fatores como não ter o crescimento esperado na organização, a empresa não
oferecer plano de carreira, a insatisfação, a falta de desafios, a frustração, o tédio,
são motivos para deixar o antigo trabalho e aliado à experiência e conhecer todo o
andamento da empresa o motive ao dar inicio a um empreendimento, fazendo com
que o individuo tome a decisão de empreender.
3.4.4.1 Ambiente familiar na infância
Hisrich e Peters (2004) demonstram entre outros assuntos relativos ao clima
familiar do empreendedor a ordem de nascimento, profissão e status social dos pais
e o relacionamento com os pais. Conforme resultados dos estudos sobre a ordem do
nascimento, apontam que os primogênitos ou filho único tendem a ter uma criação
com uma atenção especial, aumentando sua autoconfiança.
36
Sobre as análises feitas para apontar quando os pais são empreendedores de
certa formas os filhos serão também. Conclui-se que quando o pai trabalha por conta
própria, existe a possibilidade que o filho desenvolva o espírito empreendedor.
Dessa forma, a flexibilidade e a independência do trabalho do pai são absorvidas
pelo filho quando criança (HISRICH; PETERS 2004).
Para Hisrich e Peters (2004) o relacionamento dos pais com seus filhos,
sejam esses empreendedores ou não, é provavelmente o aspecto mais admirável no
ambiente familiar, na infância este poderá desenvolver o desejo pela atividade
empresarial em uma pessoa. Os pais que já conseguem identificar a independência
do filho devem estimular a atração e a responsabilidade.
Para Filion (2010) grandes partes dos empreendedores sofreram influência e
exemplos no seu ambiente familiar, ou de pessoas próximas, tomando um modelo
com o qual ele se identificou. Pode-se dizer que o meio familiar para os
empreendedores os envolve então para uma cultura empreendedora pela sua
prática e convivência com a família.
Conforme Aidar (2007) o convívio com os pais empreendedores ou que tem
um trabalho por conta própria, influenciam tanto os empreendedores como as
empreenderas a desenvolver o espírito empreendedor. Para Aidar (2007) a
flexibilidade do trabalho autônomo dos pais, parece inspirar ainda na infância o
desejo de ser independentes dos filhos.
3.4.4.2 Educação
Em relação às pesquisas realizadas para analisar o nível educacional dos
empreendedores, desmentiu-se o mito de que os empreendedores têm menos
estudo que a maioria da população, as pesquisas indicaram que esse não é o caso
(HISRICH; PETERS 2004).
Conforme Franzini, Sela e Sela (2006) vêem aumentando os estudos sobre
empreendedorismo em todas as nações, até mesmo no Brasil, ganhou maior
importância no final da década de 90. Um fator que evidencia a questão do
empreendedorismo como prioridade nas discussões acadêmicas e econômicas foi
através de estudos realizados em vários países comprovam a influência da cultura
empreendedora no desenvolvimento econômico da sociedade. Estudos comprovam
37
que quanto maior for à quantidade de pessoas com características empreendedoras
maiores será as chances do país ou sociedade crescer e gerar riquezas. Dessa
forma, a sociedade e sobre tudo os educadores precisam ficar alerta para este dever
e se perguntar se estão formando empreendedores ou profissionais que
desenvolverão bem a função de funcionário ou colaborador (FRANZINI, SELA;
SELA, 2006)
A educação é primordial no desenvolvimento do empreendedor. Tal valor
reflete não só no grau educacional recebido, como também em função de continuar
a exercer um papel importante para assessorar e auxiliar com as dificuldades que os
empreendedores enfrentam (HISRICH; PETERS 2004).
Neste sentido, para Franzini, Sela e Sela (2006) a entrada de disciplinas de
empreendedorismo no ensino básico tem como objetivo revolucionar. Com isto,
haverá uma quebra de padrões na tradição didática, uma vez que atinge o saber
como objetivo dos atributos do ser. Especialmente na sala de aula como elementos
de atitudes, comportamento, emoção, sonho, entre outros, receberam a atenção dos
professores, que antes era tomada apenas pelo saber.
Nesse contexto, a formação empreendedora precisa incluir necessariamente
a acrescente capacidade de gerar capital social e capital humano. Assim sendo, é
possível afirmar que a formação empreendedora deve ter inicio o mais cedo
possível, porque diz respeito à cultura, que tem a capacidade de levar ou não a
capacidade empreendedora. Diante dessa realidade, passa a existir a necessidade
de estudar e dar maior ênfase no ensino do empreendedorismo no ensino básico,
voltado para o desenvolvimento econômico, social e sustentável (FRANZINI, SELA;
SELA, 2006).
Por outro lado, a educação formal pode não ser primordial para uma pessoa
que queira iniciar seu negócio, pois existem vários exemplos de empreendedores
que se saíram bem sem terem concluído o ensino secundário, realmente o ensino
oferece uma boa base de experiência, quando o ensino e voltado para a área
empreendedorismo (HISRICH; PETER, 2004).
Entretanto existem segmentos em que os empreendedores identificam uma
necessidade educacional constante, como áreas de finanças, planejamentos
estratégicos, marketing e administração, uma vez que promove a desenvoltura para
lidar com as pessoas e se comunicar com clareza, oralmente e por escrito e isso
38
com certeza é importante em qualquer atividade empresarial (HISRICH; PETER;
SHEPHERD, 2009).
3.4.4.3 Valores pessoais
Hisrich e Peters (2004) evidenciam que os valores pessoais recomendados
são essenciais para os empreendedores, pois muitas vezes os estudos não
conseguem indicar se os empreendedores podem se diferenciar dos gerentes e da
população em geral e dos empreendedores sem sucesso. Deste modo, embora os
empreendedores possam ser líderes eficientes isso não os diferencia dos gerentes
competentes. Por outro lado, com as pesquisas podem-se identificar duas escalas
de valores, a primeira como sendo a pessoal para liderança e a segunda sendo
como a de apoio, agressividade, bondade, harmonia, capacidade criadora, confiança
e a busca de recursos. Essas duas escalas definem e identificam os
empreendedores, e com isso podem identificar pessoas bem sucedidas. Análises
feitas apontam que os empreendedores têm conjuntos diversos de estilos quanto à
classe de procedimentos administrativos e quanto aos interesses em geral.
Conforme Mori (2004) os valores dos empreendedores são distintos, muitas
vezes são variadas dependendo da sociedade ou grupo social em que vivem, e
mesmo com a diferença de importância ética são imprescindíveis para a organização
de uma comunidade. Os valores dos empreendedores estão ligados a valores éticos
seja no lar ou no de trabalho, a valores intelectuais que irão motivar o ritmo das
inovações da capacidade criadora e a postura e principalmente dos valores éticos
que deverão originar seu desempenho perante a sociedade.
Dessa forma a natureza do empreendimento, senso de oportunidade,
instituição e individualidade do empreendedor discordam expressivamente da
empresa burocrática e do projeto, racionalidade e previsibilidade de seus
gerenciadores. Esses atributos, não avaliados separadamente, definem um conceito
para entender com o empreendedor faz para originar um novo empreendimento.
Dessa forma, uma maneira de definir o empreendedor de sucesso é que ele sempre
é o vencedor, e sua vitória seja um requisito para que ele continuamente se
destaque no que ele faz (HISRICH; PETER E SHEPHERD, 2009).
39
3.4.4.4 Idade
Em pesquisas Hisrich e Peters (2004) ressaltam que a carreira empresarial foi
avaliada e como resultado diferenciou-se a idade empresarial, que é aquela
relacionada à experiência do empreendedor no mundo dos negócios, a idade
cronológica. Desta forma o conhecimento empresarial é uma das melhores
referências para prever o sucesso, principalmente se o novo negocio for no ramo em
que o empreendedor já têm experiência.
Conforme Aidar (2007) a atividade empreendedora estabelece de alguma
forma, alguns critérios que combinam a energia e as características da juventude,
mas com experiência e condições financeiras já estabelecidas que são qualidades
de indivíduos de meia idade. Desta forma, ficou evidente que a maior parte dos
empreendimentos será iniciada por pessoas de 22 a 45 anos.
Em relação à idade cronológica, a maior parte dos empreendedores inicia
suas carreiras entre 22 e 45 anos (ver Gráfico 1), embora possa acontecer antes ou
depois, isso não é tão provável, pois um empreendedor necessita de conhecimento,
ajuda financeira, e um alto nível de energia para se lançar e gerir uma nova empresa
com sucesso (HISRICH; PETER E SHEPHERD, 2009).
Figura 1 – Taxa de empreendedorismo por faixa etária no Brasil no período de 2002 a 2009.
Fonte: Pesquisa GEM 2009
40
3.4.4.5 Histórico profissional
Conforme Aidar (2007) o histórico profissional de um indivíduo pode ter
grande influência na escolha da atividade empreendedora. Um dos aspectos que
mais desmotivam as pessoas é a falta de desafios e oportunidades de promoção nas
empresas em que trabalham, com isso acabam identificando chances de negócios
na sua área de atuação, fora da empresa que atua. Essas pessoas com a ajuda de
amigos, sócios ou administradores profissionais, começam seu empreendimento, em
tempo parcial, até que se sintam seguros para sair de seus empregos e se
dedicarem ao seu negócio em tempo integral.
Para Hisrich, Peters e Shepherd (2009) o histórico profissional não é um
mobilizador negativo na decisão de lançar algo novo, e desempenha um papel
fundamental no crescimento e sucesso final do novo negócio. Dessa forma, muitas
vezes a descontentamento em diversos aspectos do trabalho, como falta de
oportunidades, novos desafios podem levar ao inicio de um novo empreendimento.
Conhecimentos técnicos e industriais de empregos anteriores muitas vezes são
essenciais para se começar a empreender, pois experiências em finanças,
desenvolvimento de produtos ou serviços, fabricação e marketing entre outros serão
muito importantes no inicio das atividades e ajudará no bom andamento da empresa
(HISRICH; PETER; SHEPHERD, 2009).
Conforme o novo empreendimento vai se estabelecendo no mercado, o
conhecimento e as habilidades administrativas tornam-se cada vez mais importante.
No inicio muitas vezes são os empreendedores que fazem toda a administração das
atividades ou as tarefas são desenvolvidas por funcionários de meio período ou
integral. Quando a empresa cresce em todos os sentidos é cada vez mais exigida as
habilidades administrativas é necessário que o empreendedor perceba que é a hora
de serem contratados novos administradores (HISRICH; PETERS 2004).
Segundo Dantas (2003) colocado em prática, as experiências de sucesso que
se obtêm no dia-a-dia têm confirmado que, a especialidade no gerenciamento de
negócios e os estímulos a atividades empreendedoras são as condições principais
para empreender.
No decorrer do desenvolvimento da empresa além das experiências em
administrar será cada vez mais importante a experiência empresarial, à medida que
cresce a complexidade do empreendimento. Contudo, os empreendedores
41
descrevem que nem sempre o primeiro empreendimento foi o que mais lucrativo no
decorrer de suas carreiras, pois estão expostos a oportunidades de empreendimento
mais que outros profissionais em outras carreiras (HISRICH; PETER E SHEPHERD,
2009).
Para Mori (2004, apud SOLER, 2009) a experiência é algo que não pode ser
transmitido, trabalhos anteriores têm capacidade de trazer conhecimentos prévios de
alguns departamentos em uma futura empresa, ou seja, facilidade maior nos
aspectos organizacionais.
3.4.4.6 Modelos de desempenho
Segundo Hisrich e Peters (2004) um dos fatores mais importantes que
influenciam as decisões e a carreira de um empreendedor é a escolha de um modelo
de desempenho. Ainda para os autores os modelos de desempenho são as pessoas
que influenciam o empreendedor ao longo de sua carreira podem ser os pais, irmãos
ou irmãs, parentes ou outros empreendedores. Os empreendedores em potencial
distinguem os empreendedores de sucesso como catalisadores, servindo de mestres
em todas as etapas de um novo empreendimento.
3.4.5 Sistemas de Apoio
Conforme Hisrich, Peters e Shepherd (2009) à medida que aumenta os
contatos e conexões iniciais. Como em uma rede social, a densidade, é para
demonstrar a ligação entre dois indivíduos, e a centralidade, é a distância total do
empreendedor em relação a todas as outras pessoas e ao número de pessoas da
rede. A eficácia da ligação entre o empreendedor e qualquer pessoa na rede esta
sujeito a presença, ao grau e da harmonia do relacionamento. Quanto mais próximo
for o relacionamento, será mais forte e durável a relação entre eles. Ainda que a
maioria das redes não seja, formalmente estabelecida, uma rede informal para apoio
moral e profissional ainda traz beneficio ao empreendedor.
O sistema de apoio fornece recomendação sobre vários temas como a
estrutura organizacional alcançando todos os recursos necessários como:
42
financeiros; marketing. Logo que se aumentam as conexões iniciais, desenvolvem-
se redes sendo estas: moral e profissional (HISRICH; PETERS, 2004).
3.4.5.1 Rede de apoio moral
Hisrich e Peters (2004) comparam a rede de apoio moral de familiares e
amigos como uma espécie de torcida organizada. Esse estímulo tem papel
fundamental durante os diversos períodos difíceis e solitários que irão ocorrer no
processo empreendedor. Dentre os integrantes da rede de apoio moral os
empreendedores indicam que seus cônjuges são seus maiores defensores e
permitem trabalhar o tempo que for necessário no novo empreendimento.
O papel do amigo é de estremo valor para o desempenho da rede de apoio
moral, pois eles podem dar conselhos que muitas vezes tem mais valor do que os
recebido de terceiros, além de terem a capacidade de estimular, compreender e até
mesmo dar assistência. Os empreendedores podem acreditar nos amigos, sem
receio de criticas (HISRICH, PETERS E SHEPHERD, 2009).
Portanto os parentes são de extrema importância na rede de apoio moral,
principalmente se forem empreendedores, pois eles deverão auxiliar estimular e
apoiar os empreendedores nas dificuldades encontradas (HISRICH, PETERS E
SHEPHERD, 2009).
Por outro, lado Aidar (2007) relata que por mais que seus familiares muitas
vezes não acreditam em seu novo empreendimento, o empreendedor consegue
superar esses obstáculos. Entretanto o autor ressalta, para que o futuro
empreendedor tenha um bom desempenho, é importante possuir uma rede de apoio
moral entre cônjuge, familiares e amigos desde o inicio do empreendimento para que
obtenha sucesso.
3.4.5.2 Rede de apoio profissional
Hisrich e Peters (2004) evidenciam que os empreendedores necessitam de
orientações para a implantação do novo empreendimento. Dessa forma, eles
precisam de um mentor, alguém que os auxilie. Isso pode ocorrer através de
43
associados, associações comerciais ou filiações pessoais, os membros de uma rede
de apoio profissional. Para que o empreendedor se sinta apoiado ele precisa de um
mentor que lhe garanta aconselhamento profissional necessário, maior que o dá
rede de apoio moral. É comum os empreendedores terem mentores.
Para Hisrich e Peters (2004) há diversas maneiras de se estabelecer uma
rede de apoio profissional uma delas é participar de associações. Através delas
ocorrem reuniões de grupos compostos de indivíduos autônomos que tiveram
experiência em iniciar um novo negócio. Esses profissionais podem ser clientes,
compradores de serviços ou produtos, especialistas, como consultores, advogados
ou contadores e os fornecedores. Os clientes ou compradores são outro grupo que
devem ser cultivados, pois através deles é tem-se uma fonte de renda e a verdadeira
propaganda boca a boca. Dessa forma não há nada melhor do que a propaganda de
clientes satisfeitos para nos auxiliar e estabelecer uma reputação e um
empreendimento fortalecido. Assim, os clientes entusiasmados com os produtos e
serviços oferecidos que atendam suas necessidades fornecem um feedback valioso
sobre seus produtos e serviços atuais e os que estão em desenvolvimento
(HISRICH; PETERS, 2004).
Outro importante grupo de rede de apoio profissional são os fornecedores. É
através deles que se consegue credibilidade entre credores e clientes. Um novo
negócio precisa de um caminho consistente com seus fornecedores para
estabelecer um bom relacionamento e garantir a apropriada disponibilidade de
produtos e outros suprimentos. Eles também podem dar boas informações sobre a
natureza e novas tendências e os concorrentes de setor (HISRICH, PETERS e
SHEPHERD, 2009).
Nesse sentido, o empreendedor necessita constituir uma rede de apoio moral
e uma rede de apoio profissional. Essas relações lhe oferecem confiança, amparo,
conselhos e informações (HISRICH; PETERS, 2004).
Para Aidar (2007) os empreendedores precisam trocar experiências com pessoas
que já estão no mercado ou que possuem experiência no ramo. É importante obter
essas redes de apoio profissional. As associações de profissionais são de
importância, pois podem dar informações importantes sobre o setor onde querem
atuar, inclusive fornecendo dados de clientes, concorrências e demanda de
mercado. Um organismo de apoio ao micro e pequeno empresário que se pode
44
destacar, é o SEBRAE em nível nacional e estadual, que proporcionam apoio e
capacitação aos empreendedores iniciantes.
3.5 O contexto mundial para o empreendedorismo e o empreendedor
Em um mundo globalizado e altamente competitivo, negócios são realizados
dentro e fora das fronteiras nacionais. O empreendedorismo mundial é o processo
de cumprimento de atividades comerciais fora das fronteiras nacionais. A
capacidade consistir em exportação, licenciamento, abertura de escritórios de
negócios em outros países. Saber quais as necessidades de atividades que possam
definir e satisfazer os desejos dos consumidores-alvos é constante e ocorrem em
vários países. Ao se determinar quando um empreendedor comercializa em mais de
um país, trata-se do empreendedorismo internacional (HISRICH; PETERS, 2004).
Para Hisrich, Peters e Shepherd (2009) os mercados internacionais estão
cada vez mais importantes para as empresas de todos os tamanhos, especialmente
nos dias de hoje onde estamos em uma economia globalizada e super competitiva.
Hoje não há duvida que um empreendedor tenha que saber se movimentar no
mundo dos comércios internacionais, pois difere toda a economia de uma empresa
onde era simplesmente doméstica agora passa a fazer negócios com o mundo todo.
O empreendedor que conseguir se destacar conseguirá fazer sua empresa se
desenvolver e aumentará seu faturamento.
Nesse sentido, existe uma vasta concordância a respeito do valor do
empreendedorismo para o desenvolvimento econômico. Dessa forma, terá domínio
para identificar características da atividade empreendedora e os aspectos de
inovação na estrutura produtiva que motiva a velocidade das transformações
estruturais na economia, introduzindo uma nova concorrência e colaborando para a
produtividade (GEM 2009).
Foram feitas outras comparações prováveis quanto ao número de
empreendedores considerado para cada país (figura 2). Dessa forma, quando se
analisa essa abordagem, o alinhamento dos países no topo e na base do ranking se
altera. A Índia foi o país com a maior população de indivíduos exercendo alguma
atividade empreendedora. Conforme figura, o Brasil ocupa o terceiro lugar, atrás
somente da Índia e Estados Unidos. Os Estados Unidos vêem em segundo lugar e é
45
único país desenvolvido que figura entre os cinco primeiros no quesito de número de
empreendedores, com mais de 20 milhões de pessoas em atividades
empreendedoras (GEM 2008).
Figura 2 - Avaliação da população empreendedora.
Fonte: Pesquisa GEM 2008
Nesse sentido, conforme Aidar (2007) pode-se estimar 90% dos novos
negócios iniciados nos Estados Unidos começam no mesmo setor, ou estão
diretamente relacionados ao setor que os empreendedores tiveram alguma
experiência como funcionário. Pode-se dizer que isso não é motivo de surpresa, é
presumível pensar que as idéias transformadas em oportunidades, foram identificas
com fundamento em problemas e deficiências que apenas quem trabalha no ramo
pode identificar.
Em relação ao Brasil, ele se encontra no grupo dos países efficiency-driven
(direção-eficiente) (composto por 22 países), apresenta a sexta maior TEA nominal
(15,3%), porém, diferem expressivamente somente Colômbia, Peru e China, com
22,4%, 20,9% e 18,8% simultaneamente (Figura 3). É curioso observar, que a partir
de uma análise apontada por esse grupo de países, a diferença na taxa de
empreendedorismo entre países europeus e latinos americanos, se diferencia de
forma muito evidente. Desta forma, dos sete países europeus que pertencem a esse
grupo, seis permanecem no meio de dos dez que tem a menor taxa. Contudo, dos
46
nove da America Latina oito ficam entre as dez maiores taxas. Adicionalmente, o
Brasil oferece diferença expressiva em relação a todos os países europeus (GEM
2009).
Figura 3- Empreendedores por taxa inicial (TEA) por países (2009)
Fonte: Pesquisa GEM 2009
3.6 O contexto nacional para o empreendedorismo e o empreendedor
Dolabela (2006) evidencia que alguns empreendedores de sucesso abriram
suas empresas sem ao menos saber formular um plano de negocio, entretanto, é
correto afirmar que milhares de outros alcançaram insucessos inevitáveis por conta
de falhas simples poderiam ter sido impedidos. Com certeza, um negócio de elevado
potencial pode tornar-se inviável em virtude do despreparo dos empreendedores. No
entanto, milhares de indivíduos abrem e continuarão a abrir novas empresas,
estando preparados ou não. Dessa forma a finalidade é tentar reduzir a elevada taxa
de mortalidade dessas ações.
Para Bridi (2005) um dos motivos que levam as pessoas a abrirem suas
empresas é por necessidade e não oportunidade, esse colocação aparece nos
primeiros lugares em relação aos demais países do mundo em termos de
47
empreendedorismo. Pesquisas assinalam que 55,4% dos empreendedores por
dificuldade de encontrar trabalho, são forçados abrirem uma empresa.
Pode-se observar que a motivação para empreender, tanto o
empreendedorismo por oportunidade quanto o empreendedorismo por necessidade
registrou avanço em suas taxas em 2009 no Brasil, seguindo o aumento da TEA
(figura 3). Entretanto, como se pode verificar nos últimos 4 anos a taxa de
empreendedores por oportunidade vem se mantendo a frente da taxa por
necessidade o que demonstra uma avanço nas atividades empreendedoras no país.
Figura 4 – Empreendedores por necessidade e oportunidade no período de 2001 a 2009.
Fonte: Pesquisa GEM 2009
Nesse sentido, pode-se destacar que em países com um clima político de
estabilidade, os empreendedores por necessidade terão melhor qualidade de vida
para suas famílias, dessa forma, poderão fortalecer a educação de seus filhos.
Portanto, pode-se oferecer uma melhor colocação no mercado de trabalho ou uma
melhor qualificação para se tornarem futuros empreendedores por oportunidade.
Desse modo, a idéia de um negócio que seja sustentável em longo prazo é
admirável não somente para a atividade econômica local, contudo, para garantir
melhor qualidade de vida para as próximas gerações (BOSMA; LEVIE, 2009 apud
GEM, 2009).
48
Nesse contexto, Bosma e Levie, (2009 apud GEM, 2009, p.32) destaca que
para as economias mais desenvolvidas efficiency-driven progredirem cada vez mais, outras condições, chamadas catalisadores de eficiência, são necessárias para garantir o bom funcionamento do mercado, gerando maior atratividade econômico-financeiro em ser empregado do que em se empreendedor por necessidade, em uma perspectiva individual, e mais eficiência, em uma perspectiva nacional. O fomento ao desenvolvimento de uma economia de escala favorece o aparecimento de empreendedores e empreendimentos mais intensos em conhecimento e tecnologia e de crescimento acelerado. Mesmo essas condições (catalisadores de eficiência) não estão diretamente relacionadas com o empreendedorismo no sentido schumpeteriano, contudo, apresentam uma relação indireta ao desenvolver melhor os mercados, atraindo assim mais empreendimentos por oportunidade. Para os países ricos, com altos custos trabalhistas, cujo desenvolvimento econômico e orientado principalmente a inovação, as EFCs são mais importantes como alavancas do desenvolvimento econômico do que a presença dos requisitos básicos ou dos catalisadores de eficiência.
Bridi (2005) destaca que o Brasil é um dos países que mais apóiam o
empreendedorismo, entretanto existe um alto índice de mortalidade, cerca de 70%
das empresas fecham sem completar um ano de vida. Dessa forma, é de suma
importância que os empreendedores tenham educação desenvolvida em sala de
aula, contudo sem essa política, a geração de empregos não ocorrerá como se
espera, essa adoção está inteiramente ligada a políticas públicas que confiam nisso.
Dolabela (2006) demonstra que em estatísticas do SEBRAE 60% das 500 mil
pequenas e microempresas que são abertas todos os anos no Brasil, fecham as
portas antes mesmo de completar cinco anos.
Conforme Filion (2010) o Brasil necessita de estímulos para a geração de
uma cultura de empreendedores espontâneos. Para o autor, a potencialidade
empreendedora dos brasileiros é pouco explorada e com apoio do governo poderia
se tornar um amplo campo para a disseminação do empreendedorismo. Caberá,
também, animar e apoiar a implantação de associações de dirigentes de pequenas
empresas e de trabalhadores autônomos. Dessa forma, desenvolver também a
criação de grupos de influência para respaldar a importância desses pequenos
atores sociais que, analisados isoladamente, não dispõem de força e influência, no
entanto, são aqueles que fazem o desenvolvimento de um país (Filion, 2010).
49
3.7 Conclusões do capítulo
A estrutura teórica estabelecida aqui destacou os conhecimentos necessários
para aperfeiçoar a compreensão da análise proposta no objetivo geral e nos
específicos. Dessa maneira, procurou-se iniciar primeiramente estabelecendo um
panorama histórico a respeito do empreendedorismo, permitindo a construção da
evolução do termo empreendedorismo ao longo do tempo. Possibilitando uma
melhor análise dos conjuntos e fatores que evidenciam o empreendedor, permitindo
assim, uma exploração sobre o assunto empreendedorismo, enfatizando sua
importância, características, dimensões, ambiente.
Como foi explanado anteriormente além do conceito do empreendedorismo foi
discutida a definição do conceito de empreendedor, abordando suas dimensões e
características, ou seja, suas limitações, desejos, conquistas, ambiente familiar,
valores pessoais, idade, o nível educacional e seus valores que na maioria das
vezes são utilizados nas tomadas de decisões.
Nos itens seguintes foi abordado o empreendedorismo no mundo, dando
destaque em planos, ações e pesquisas desenvolvidas pelos governos para
estimular a atividade empreendedora. No Brasil não foi diferente indicando um
desenvolvimento importante na concepção de novos projetos tendo contribuição de
instituições como o SEBRAE, para alcançar resultados positivos.
Desta forma, obteve-se uma visão ampla sobre o empreendedorismo, e o
empreendedor, abordando os sistemas de apoio, apontando o valor que o mesmo
tem na vida do empreendedor, especialmente no começo do empreendimento sendo
analisada em rede de apoio moral e profissional, permitindo que as pessoas em seu
círculo de contados (família, amigos, fornecedores e associações) bem como as
dimensões que compõem o seu perfil, pois os mesmos são pessoas dinâmicas,
independentes, que não temem ariscar.
50
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
4.1 Caracterizações dos entrevistados
O entrevistado A, Rômulo de Aguiar Beninca, inaugurou sua empresa Vasto
Tecnologia da Informação em 2010, com o nome fantasia Vasto T.I.. Trabalhando
com desenvolvimento e implantação de software para todas as áreas de informação.
Esta situada na Avenida Colombo, 5790, zona 7 em Maringá- Pr. A empresa como
está no seu inicio possui apenas quatro funcionários.
O entrevistado B, Bruno Pereira Ponces, inaugurou sua empresa Enterprise
Engenharia e Automações em 2009, com o nome fantasia Enterprise, trabalhando
com engenharia e automação, desenvolvemos projetos para geração de Eco
Energia, ecoiluminação, automação e sistemas, desenvolvimento de projetos,
sistema de tratamento utilizando ozônio e consultoria e suporte de informática. Esta
situada na Rua Pioneira José Augusto Gaspar, 976, zona 45 em Maringá- Pr. A
empresa conta com cinco funcionários.
O entrevistado C, Thiago Nunes da Cruz, inaugurou sua empresa Tecfrota -
Solução em Controle de Frota em 2010, com o nome fantasia Tecfrota. Trabalhando
no ramo de comércio e prestação de serviço de software, vendendo software para
empresas de logísticas. Está situada na Avenida Parigot de Souza, 554 - sala 01 –
Centro em Maringá- Pr. A empresa conta com apenas um funcionário.
Após a caracterização dos entrevistados iniciar-se-á a análise e discussão
dos dados tendo como parâmetro as características e dimensões do empreendedor
levantadas durante a revisão da literatura.
4.2 As dimensões do empreendedor
4.2.1 Ambiente familiar na infância
51
Pode-se dizer que os entrevistados A, B e C foram influenciados pelo
ambiente familiar conforme Hisrich e Peters (2004) o relacionamento dos pais com
seus filhos, sejam esses empreendedores ou não, é provavelmente o aspecto mais
admirável no ambiente familiar, na infância este poderá desenvolver o desejo pela
atividade empresarial em uma pessoa. Os pais que já conseguem identificar a
independência do filho devem estimular a atração e a responsabilidade. Isso foi
evidenciado pelos entrevistados A, B e C. O entrevistado A comenta “que a forma de
administrar e minhas tomadas de decisões são baseadas nos conhecimento
fornecido pelas experiências vivenciadas em boa parte no ambiente familiar”. O
entrevistado B evidencia que “foi a partir dos ensinamentos visto em casa que eu
criei todo um modelo de trabalho na minha empresa”. E o entrevistado C relata que
“na parte da educação e respeito de saber como lidar com as pessoas sim, já na
parte administrativa não, pois eu gosto de inovar e meu pai já preferia continuar
sempre na mesma, ele achava que onde esta dando certo não tem que mexer”. Para
Filion (2010) grande partes dos empreendedores sofreram influência e exemplos no
seu ambiente familiar, ou de pessoas próximas, tomando um modelo com o qual ele
se identificou. Pode-se dizer que o meio familiar para os empreendedores os envolve
então para uma cultura empreendedora pela sua prática e convivência com a família.
4.2.2 Educação
Em relação à educação os entrevistados A, B e C concordam que os pais
sempre os apoiavam nos estudos ligados a educação formal. Para Hisrich e Peters
(2004) educação é primordial no desenvolvimento do empreendedor. Tal valor reflete
não só no grau educacional recebido, como também em função de continuar a
exercer um papel importante para assessorar e auxiliar com as dificuldades que os
empreendedores enfrentam. O entrevistado A conta que “meus pais sempre me
estimularam a estudar para conseguir um bom emprego, hoje ainda penso que eles
estão certos, mas não tinha como eles saberem que eu recusaria a idéia de um
emprego e um salário fixo”. O entrevistado B relata que “sim, sempre me
incentivaram a estudar, e sim sempre fui um bom aluno, aprendo para usar e não
para ser apenas mais um diplomado”. O entrevistado C conta “meus pais sempre me
incentivaram a estudar. Mas eu nunca fui um aluno muito dedicado, sempre tirei à
52
média e passei no final”. Os entrevistados sempre tiveram apoio para estudar, pois
seus pais sabiam que o estudo seria algo que ninguém lhe pode tirar.
4.2.3 Idade
Com relação à idade os entrevistados A e B começaram a trabalhar cedo
fazendo trabalhos relacionados à manutenção computadores, mas não levaram isso
como um trabalho, era uma forma de ser independentes e não pedirem auxilio
financeiro para seus pais. Já o entrevistado C começou cedo ajudando seu pai em
seu negócio. O entrevistado A relata que
“meu primeiro trabalho foi como técnico em manutenção de computadores e redes tinha 15 anos, vejo como um negócio apesar de que na época não tivesse encarado com tal, provavelmente ainda tinha medo de iniciar algo próprio, precisava talvez de um incentivo que tive que buscar mais tarde, após começo da faculdade veio à idéia de abrir meu atual negocio, surgiu logo que comecei a fazer estágio. Observei que todo o trabalho de criação e inovação ficava em minha responsabilidade e os lucros provenientes ficavam para o proprietário, com essa experiência surgiu à idéia de abrir a empresa de desenvolvimento de software e revende-los, e assim obter meu próprio lucro e não dar os lucros para outras pessoas eu tinha 23 anos”.
O entrevistado B ressalta que
“comecei a trabalhar com manutenção de computadores, depois de começar fazer faculdade e estagiar em diversas empresas observei que tinha potencial de abrir meu próprio negocio foi quando me vi com meu primeiro contrato assinado com uma empresa de grande porte eu tinha 24 anos”.
O entrevistado C conta que
“desde os meus 10 anos eu gostava de ficar no comércio ajudando o meu pai, com isso após ter feito faculdade e especialização, no ano passado no meu último trabalho, fiz algo bom para empresa e vi que o mercado tinha espaço para esse tipo de atividade, portanto montei um plano de negócios e abri minha empresa depois de seis meses eu tinha 25 anos”.
Hisrich e Peters (2004) ressaltam que o conhecimento empresarial é uma das
melhores referências para prever o sucesso, principalmente se o novo negócio for
em um ramo em que o empreendedor já têm experiência. Hisrich, Peters e Shepherd
53
(2009) relatam que em relação à idade cronológica, a maior parte dos
empreendedores inicia suas carreiras entre 22 e 45 anos embora possa acontecer
antes ou depois, isso não é tão provável, pois um empreendedor necessita de
conhecimento, ajuda financeira, e um alto nível de energia para se lançar e gerir
uma nova empresa com sucesso.
4.2.4 Valores pessoais
Em relação aos valores pessoais pode-se dizer que os entrevistados A, B e C
possuem valores parecidos, pois ambos estão atentos ao mercado. Conforme
Hisrich, Peters e Shepherd (2009) a natureza do empreendimento, senso de
oportunidade, instituição e individualidade do empreendedor discordam
expressivamente da empresa burocrática e do projeto, racionalidade e
previsibilidade de seus gerenciadores. Esses atributos, não avaliados
separadamente, definem um conceito para entender com o empreendedor faz para
originar um novo empreendimento. Dessa forma, uma maneira de definir o
empreendedor de sucesso está relacionada à sua trajetória vencedora, desse modo,
suas vitórias acabam sendo um requisito para que ele continuamente se destaque
no que faz. O entrevistado A nos relata
“que a forma de administrar e minhas tomadas de decisões são baseadas nos conhecimento fornecido pelas experiências vivenciadas em boa parte no ambiente familiar, e sempre que é necessário faço um exercício mental de prever e me preparar para as piores e mais inesperadas situações, se mesmo assim não conseguir ter algo planejado tomo uma atitude se for estritamente necessário com base nos meus conceitos morais e em meus objetivos”.
O entrevistado B “foi a partir dos ensinamentos visto em casa que eu criei
todo um modelo de trabalho na minha empresa, com isso procuro sempre estar
preparado para situações inesperadas, com isso sempre tenho minhas reservas de
capital se isso acontecer”. O entrevistado C relata que
“na parte da educação e respeito de saber como lidar com as pessoas sim, já na parte administrativa não, pois eu gosto de inovar e meu pai já preferia continuar sempre na mesma, ele achava que onde esta dando certo não tem que mexer, dessa forma sempre planejo tudo que eu faço, por menos
54
que pareça às vezes, estou planejando. Hoje eu tenho planejamentos pensando em 2013 e 2014. Não gosto desses negocia de deixa rolar. Nos imprevistos eu procuro ajuda de pessoas certas e quase sempre consigo superar os imprevistos”.
Mori (2004) os valores dos empreendedores são distintos, muitas vezes
variando dependendo da sociedade ou grupo social em que vivem, e mesmo com a
diferença de importância ética são imprescindíveis para a organização de uma
comunidade. Os valores dos empreendedores estão ligados a valores éticos seja no
lar ou no de trabalho, a valores intelectuais que irão motivar o ritmo das inovações
da capacidade criadora e a postura e principalmente dos valores éticos que deverão
originar seu desempenho perante a sociedade. O entrevistado A comenta “que a
forma de administrar e minhas tomadas de decisões são baseadas nos
conhecimento fornecido pelas experiências vivenciadas em boa parte no ambiente
familiar”. O entrevistado B evidencia que “foi a partir dos ensinamentos visto em
casa que eu criei todo um modelo de trabalho na minha empresa”. E o entrevistado
C relata que “na parte da educação e respeito de saber como lidar com as pessoas
[...]”
4.2.5 Características Empreendedoras
Os entrevistados A, B e C deixam em evidência que não se sentiam
satisfeitos sendo funcionários, eles sempre queriam algo há mais do que ser
funcionários. Eles possuem iniciativa, gostam de inovar, buscam algo novo que no
mercado ainda não existe, gostam do que fazem, mas preferem lutar pelo que
acreditam sendo patrões. Os entrevistados possuem característica empreendedora,
descritas em suas entrevistas. Conforme Alves e Natal (2007) os empreendedores
têm como características habilidades para criar, renovar, modificar, programar e
administrar empreendimentos de inovação. O entrevistado A relata
“que o mercado em que eu atuo exige inovação, é um mercado altamente competitivo dependente de inovação e tecnológica de soluções. Acredito que nenhum mercado é estático, todos eles requerem inovação contínuas. Eu sempre tento manter claro meus objetivos. Compreendo que para chegar neles provavelmente terei decepções, derrotas, ou seja, passarei por crises. Se estas chegarem não agirei com uma pessoa sem perspectiva ou
55
puramente acadêmica, não ficarei sentado reclamando ou elaborando uma tese ou artigo para acrescentar ao meu currículo. Sairei do problema buscando alternativas e soluções inovadoras viáveis para sair rapidamente da crise.”
O entrevistado B afirma que o mercado em que ele atua é
“altamente competitivo, entretanto, vence quem tem o melhor produto através de desenvolvimento tecnológico e oferecendo o melhor preço, pois nessa área inovação é a fonte do negócio. Costumo ficar calmo e analisar o que está acontecendo, e nessas épocas de crises que me apego mais ao trabalho buscando não desistir, pois toda crise passa e é nessas horas que serve os ensinamentos aprendidos, pois me dá base para saber os passos a serem tomados”.
O entrevistado C nos conta que vê o mercado em que atua
“com grande potencial devido às características de nosso país (Brasil). Um país estruturado em uma base de logística rodoviária. O mercado é bem inovador e muito disputado. A concorrência é grande e bem preparada. Empresas com muitos anos de atuação neste ramo, umas com mais de 20 anos no mercado, porém acredito na praticidade, o que acho que a concorrência falhe um pouco. No quesito inovação que é algo que invisto muito, eu ainda estou atrás de meus concorrentes. Essas são as melhores horas para se rever os custos e planejar o futuro. As melhores oportunidades aparecem em épocas de crise. O grande diferencial é estar preparado para enfrentá-las e abraçar as boas oportunidades”.
Segundo Dornelas (2008) algumas características comuns em empreendedores de
sucesso são: visionários; sabem tomar decisões; são indivíduos que fazem a
diferença; sabem explorar ao máximo as oportunidades; são determinados e
dinâmicos; são dedicados; são otimistas e apaixonados pelo que fazem; são
independentes e constroem seu próprio destino; são lideres e formadores de
equipes; planejam, planejam e planejam; possuem conhecimento.
Os entrevistados A, B e C possuem várias características podendo citar algumas
delas que são visionários, assumem riscos calculados, gostos do fazem, são
dedicados, são independentes, possuem conhecimentos e são formadores de
equipes, foram essas características encontradas após as analises feitas.
4.2.6 Lócus de controle
56
Os entrevistados A, B e C acreditam que eles são responsáveis pelo seu
sucesso não vendo que a sorte tem algum fator que tivesse ajudado. Para Hisrich e
Peters (2004) desenvolver um empreendimento novo as pessoas têm que ter a
consciência de saber se serão capazes de sustentar as forças necessárias para
desenvolver algo novo, e também conduzir a nova empresa e fazê-la crescer. O
entrevistado A
“acredita que a sorte não tem nada que favoreça suas conquistas. Acredito que sou responsável pelo que eu tenho hoje, tantos os fracassos como as vitórias, não acredito na existência da sorte, pois acredito que sem objetivo traçando nunca iremos alcançar o que almejamos”.
O entrevistado B também acredita em si e ressalta, “sou responsável pelas
minas conquistas, pois foi a partir de tudo o que trabalhei para construir o que tenho
hoje, não tive sorte, pois tudo o que eu conquistei foi fruto do meu trabalho”. O
entrevistado C afirma que “acredito na “boa sorte”, aquela que acontece quando nos
dedicamos e vamos atrás, as boas coisas aparecem e acontecem. Aquela sorte de
ganhar na mega sena, eu ainda não tive (risos)”.
4.2.7 Sentimentos independência e necessidade de realização
Para Bernhoeft (1996) os empreendedores no início de suas carreiras
procuram romper com a forma atual em que vive, pois buscam realizar seus sonhos,
querem atender as expectativas dos outros e, contudo ser agentes de inovação para
chegar à sua realização pessoal e contribuir para aprimorar a sociedade onde vive e
encontram no empreendedorismo a fonte de negócio para sua família. Os
entrevistados A, B e C deixam em evidência que não se sentiam satisfeitos sendo
funcionários, eles sempre queriam algo ha mais do que ser funcionários. Eles
possuíam iniciativa, gostam de inovar, buscar algo novo que no mercado ainda não
existe, gostam do que fazem, mas preferem lutar pelo que acreditam sendo patrões,
pois podem criar e inovar, lutar pelo que eles acreditam. O entrevistado A relata que
“sempre gostei de ter minha liberdade de fazer as coisas ao meu tempo, sem
ninguém para mandar em mim, com isso sempre tive objetivo de ser meu próprio
patrão, de fazer meu próprio horário”. O entrevistado B relata que “não se sentia
57
realizado completamente como funcionário, pois gosto de estar à frente dos
negócios tomando decisões, buscando algo mais, pois sendo funcionário eu não
poderia”. O entrevistado C nos conta que “gosto de fazer as coisas quando eu
quero, gosto de buscar algo novo, e sei que se for empregado se eu tiver uma boa
idéia quem lucra é o dono da empresa, então eu preferi abrir minha empresa e ficar
com os lucros das minhas idéias para mim”. Hisrich e Peters (2004) os sentimentos
de independência e necessidade de realização está relacionado ao sentimento de
controle, através da necessidade de ser livre. O empreendedor é na maior parte das
vezes uma pessoa que precisa fazer as coisas ao seu tempo, por isso não consegue
trabalhar para alguém.
4.2.8 Assumir riscos
Dornelas (2008) afirma que assumir riscos calculados é umas das
características mais evidentes nos empreendedores e umas das mais conhecidas. O
verdadeiro empreendedor é aquele que sabe correr riscos calculados e sabe como
ninguém gerenciá-los, analisando quais são suas verdadeiras chances de sucesso.
O ato de assumir riscos para empreendedor tem relação com desafios, desta forma,
para o empreendedor quanto maior for o desafio, mais estimulante fica a jornada
empreendedora. Os entrevistados A, B e C possuem estas características, pois não
têm medo de assumir riscos. Sobe abrir outros negócios o entrevistado A relata que
“atualmente não possuo outros negócios, pretendo sim diversificar no futuro meus
negócios, vejo que um ramo diferente de atividade é sempre uma forma diferente de
ganhar dinheiro”. O entrevistado B tem o mesmo objetivo quando fala “no momento
não possuo outros negócios, mas diversificar é a idéia principal para que não haja
crise total”. O entrevistado C fala que
“não, no momento esse é minha única atividade. Até um tempo atrás eu tinha investimentos na bolsa de valores, hoje tudo que eu tenho esta investida em meu negocio. Estou de portas abertas para novas oportunidades, desde que não me atrapalhe nesta fase difícil, que é a fase inicial de meu empreendimento”.
58
4.2.9 Histórico profissional
Em relação ao histórico profissional os entrevistados A, B e C tiveram
algumas experiências como funcionários, mas não se sentiam realizados, o
entrevistado A relata que
“sempre gostei de ter minha liberdade de fazer as coisas ao meu tempo, sem ninguém para mandar em mim, com isso sempre tive objetivo de ser meu próprio patrão, de fazer meu próprio horário, meu primeiro trabalho foi como técnico em manutenção de computadores e redes tinha 15 anos, vejo como um negócio apesar de que na época não tivesse encarado com tal, provavelmente ainda tinha medo de iniciar algo próprio, precisava talvez de um incentivo que tive que buscar mais tarde, após começo da faculdade veio à idéia de abrir meu atual negocio, surgiu logo que comecei a fazer estágio. Observei que todo o trabalho de criação e inovação ficava em minha responsabilidade e os lucros provenientes ficavam para o proprietário, com essa experiência surgiu à idéia de abrir a empresa de desenvolvimento de software e revende-los, e assim obter meu próprio lucro e não dar os lucros para outras pessoas eu tinha 23 anos”.
O entrevistado B relata que não se sentia realizado completamente como
funcionário
“pois gosto de estar à frente dos negócios tomando decisões, buscando algo mais, pois sendo funcionário eu não poderia, comecei a trabalhar com manutenção de computadores, depois de começar fazer faculdade e estagiar em diversas empresas observei que tinha potencial de abrir meu próprio negocio foi quando me vi com meu primeiro contrato assinado com uma empresa de grande porte eu tinha 24 anos”.
O entrevistado C nos conta que
“gosto de fazer as coisas quando eu quero, gosto de buscar algo novo, e sei que se fosse empregado e eu tiver uma boa idéia quem lucra é o dono da empresa, então eu preferi abrir minha empresa e ficar com os lucros das minhas idéias para mim, trabalho desde os meus 10 anos eu gostava de ficar no comércio ajudando o meu pai, com isso após ter feito faculdade e especialização, no ano passado no meu último trabalho, fiz algo bom para empresa e vi que o mercado tinha espaço para esse tipo de atividade, portanto montei um plano de negócios e abri minha empresa depois de seis meses eu tinha 25 anos”.
59
Aidar (2007) o histórico profissional de um indivíduo pode ter grande
influência na escolha da atividade empreendedora. Um dos aspectos que mais
desmotivam as pessoas é a falta de desafios e oportunidades de promoção nas
empresas em que trabalham, com isso acabam identificando chances de negócios
na sua área de atuação, fora da empresa que atua. Essas pessoas com a ajuda de
amigos, sócios ou administradores profissionais, começam seu empreendimento, em
tempo parcial, até que se sintam seguros para sair de seus empregos e se
dedicarem ao seu negócio em tempo integral.
4.2.10 Modelos de desempenho
Em relação aos modelos de desempenho os entrevistados A, B e C foram
influenciados pelos pais, amigos e outras pessoas. O entrevistado A teve influência
de várias pessoas, pois ele tira o melhor de cada um, para usar em seu
empreendimento. O entrevistado B e C tiveram influência dos pais de seu irmão dos
parentes e amigos, pois todos o incentivaram e deram maior apoio na abertura de
seu negócio. Para Hisrich e Peters (2004) os modelos de desempenho são as
pessoas que influenciam o empreendedor ao longo de sua carreira podem ser os
pais, irmãos ou irmãs, parentes ou outros empreendedores. Os empreendedores em
potencial distinguem os empreendedores de sucesso como catalisadores, servindo
de mestres em todas as etapas de um novo empreendimento.
4.2.11 Sistemas de Apoio
Em relação aos sistemas de apoio os entrevistados A, B e C tiveram apoio de
familiares e amigos e suas respostas condizem com o que Hisrich, Peters e
Shepherd (2009) descrevem à medida que aumenta os contatos e conexões iniciais.
Como em uma rede social, a densidade, é para demonstrar a ligação entre dois
indivíduos, e a centralidade, é a distância total do empreendedor em relação a todas
as outras pessoas e ao número de pessoas da rede. A eficácia da ligação entre o
empreendedor e qualquer pessoa na rede esta sujeito a presença, ao grau e da
harmonia do relacionamento. Quanto mais próximo for o relacionamento, será mais
60
forte e durável a relação entre eles. Os sistemas de apoio se dividem em apoio
moral e apoio profissional que serão tratados a seguir.
4.2.11.1 Rede de Apoio Moral
Após analisar as respostas foi observado que os entrevistados A, B e C
tiveram algum tipo de rede de apoio moral. O entrevistado A demonstra que seus
pais não incentivaram muito, pois acreditam que ter um emprego fixo é mais
importante do que se arriscar em ter seu próprio negocio, mas ele teve outros que o
incentivaram. Sua vontade de empreender também o influenciou muito. Já o
entrevistado B teve o maior apoio de seus pais de seu irmão e do seu tio, pois eles
acreditavam que quando uma pessoa tem vontade e capacidade de abrir seu próprio
negócio tem que acreditar e ir atrás dos seus objetivos. O entrevistado C não teve
grande apoio de sua família, pois eles preferem algo com maior segurança, mas ele
teve apoio de seus amigos, quando se tem vontade de crescer e buscar o que
acredita tem que ir atrás dos objetivos. Hisrich e Peters (2004) comparam a rede de
apoio moral de familiares e amigos como uma espécie de torcida organizada. Esse
estímulo tem papel fundamental durante os diversos períodos difíceis e solitários que
irão ocorrer no processo empreendedor. Portanto, para Hisrich, Peters e Shepherd
(2009) os parentes são de extrema importância na rede de apoio moral,
principalmente se forem empreendedores, pois eles deverão auxiliar estimular e
apoiar os empreendedores nas dificuldades encontradas. O papel do amigo é de
estremo valor para o desempenho da rede de apoio moral, pois eles podem dar
conselhos que muitas vezes tem mais valor do que os recebido de terceiros, além de
terem a capacidade de estimular, compreender e até mesmo dar assistência. Os
empreendedores podem acreditar nos amigos, sem receio de criticas (HISRICH;
PETERS; SHEPHERD, 2009).
4.2.11.2 Rede de Apoio Profissional
Em relação à rede de apoio profissional os entrevistados A, B e C tiveram
apoio de outros empreendedores. Sobre apoio profissional o entrevistado A ressalta
que “sim, meus sócios e funcionários e outras empresas que trabalhei e meus
61
concorrentes, muitos podem criticar, mas quando eles não falam nada eles dizem
muito”. O entrevistado A, sobre utilizar serviços de profissionais como consultorias
ou organizações com o SEBRAE e ACIM, relata que “não, apesar de ler os
conteúdos que eles fornecem em sites, discuto o conteúdo com outras pessoas,
buscando sempre o aprimoramento continuo”. Já o entrevistado B quando foi
assinala que “sim, minha irmã que é administradora, meu pai que é engenheiro e
amigos que também são engenheiros, estão sempre dando idéias para que meu
negócio se fixe no mercado”. Sobre utilizar serviços de profissionais como
consultorias ou organizações com o SEBRAE e ACIM o entrevistado B respondeu
que
“não costumo utilizar consultorias e matérias fornecidas por essas instituições, pois na grande maioria eles oferecem apenas produtos que favorecem a sim mesmo, com produtos de alto custo e apenas com conteúdo acadêmico sem experiência na área de atuação, procuro ler livros da minha área de atuação quando surge algo novo para estar sempre atualizado”.
O entrevistado C sobre apoio profissional afirme que “não diretamente, porém meus
professores de MBA me ajudaram muito”. E em relação a serviços de profissionais
como consultorias ou organizações com o SEBRAE e ACIM, ele responde que “no
momento não. Mas acredito que um dia sim, pois o mercado pede que a gente
sempre se atualize”. Hisrich e Peters (2004) evidenciam que os empreendedores
necessitam de orientações para a implantação do novo empreendimento. Dessa
forma, eles precisam de um mentor, alguém que os auxilie. Para que os
empreendedores se sintam apoiados eles precisam de um mentor que lhes
garantam aconselhamento profissional, maior que o da rede de apoio moral. É
comum os empreendedores terem mentores. Para Aidar (2007) os empreendedores
precisam trocar experiências com pessoas que já estão no mercado ou que
possuem experiência no ramo. É importante obter essas redes de apoio profissional.
As associações de profissionais são de importância, pois podem dar informações
importantes sobre o setor onde querem atuar, inclusive fornecendo dados de
clientes, concorrências e demanda de mercado.
4.2.12 Conclusão do Capítulo
62
Após a análise e discussão dos dados foi possível compreender que algumas
características evidenciadas por Chiavenato (2007), Hisrich e Peter (2004), Dolabela
(2006) e Dornelas (2008) como, identificação de oportunidades, assumirem riscos
calculados, determinação, disposição de aceitar idéias, inovação, criatividade é uma
das mais importantes é a autoconfiança, estão presentes nos entrevistados, o que
demonstra um forte perfil empreendedor.
Portanto, pode-se concluir que apesar das dificuldades que os entrevistados
encontraram durante a abertura e durante os andamentos de seus negócios, eles
não perderam o otimismo para conseguir se fixar no mercado, repassando esse
sentimento a todos que os cercavam especialmente, os seus funcionários e jamais
desistindo de seus objetivos.
63
5. CONCLUSÕES, LIMITAÇÕES E SUGESTÕES
Durante a realização desse trabalho foi considerado o tema perfil
empreendedor em jovens prestadores de serviços na cidade de Maringá. Foram
apresentados o referencial teórico construído por meio de literatura disponível junto
aos dados coletados por meio de entrevistas cedidas pelos jovens prestadores de
serviço de Maringá, podendo ser confrontadas, e analisadas e comparada, para
atender ao principal objetivo proposto, que foi identificar se os jovens empresários
possuem perfil empreendedor.
Nesse sentido, primeiro foi preparado um arcabouço teórico que deu suporte
analítico aos objetivos apresentados, sendo feitas considerações sobre as
características sobre o empreendedor, suas definições, suas limitações e suas
características. Posteriormente, foi preparado um questionário com questões abertas
que deram origem aos dados coletados por meio de entrevistas gravadas, desse
modo, podendo ser comparados, com a teoria apresentada no arcabouço teórico, a
fim de elaborar as conclusões que serão apresentadas a seguir.
Em relação à metodologia apresentada está se mostrou adequada, uma vez
que pesquisa qualitativa visa compreender os sujeitos objetos de estudo e suas
motivações, sem generalizar os resultados. À pesquisa de campo também se
mostrou adequada para coleta dados apresentados para posterior análise e
interpretação, sendo que as transcrições das entrevistas encontram-se como anexos
A, B e C. A gravação das entrevistas permitiu a posterior transcrição, originou um
maior entendimento na interpretação e possibilitou compreender como os
empreendedores de distintas atividades dirigem seus negócios, conseguindo assim
atingir os objetivos propostos.
Em relação ao objetivo geral pode-se concluir que todos os entrevistados
possuem o perfil empreendedor, por meio das análises dos dados coletados
comparando com as características mencionadas no referencial teórico, pode
garantir que todas são empreendedores, possuindo uma ampla parte das
características e podendo ampliar as que não estão em evidência. Com relação aos
objetivos específicos todos foram alcançados conforme descritos a seguir.
Primeiramente, ao analisar a história de vida dos jovens empresários, pode-se
constatar que os entrevistados A, B e C começaram a trabalhar desde cedo não
necessariamente com seus pais, mas em estágios observando e aprendendo como
64
era o funcionamento das empresas para sim ter experiência para abrirem seu
próprio negócio e com essas características e como assumir riscos calculados,
pode-se concluir sem dúvida através da coleta de dados que suas famílias e as
experiências em empresas tiveram um efetivo impacto sobre os mesmos, fazendo
parte de suas atitudes e interagindo com eles.
Após identificar as características empreendedoras, citadas pelos autores
como, confiança, determinação, assumir riscos, inovação, otimismo e a busca por
oportunidades, a disposição, se fizeram presentes nas entrevistas. Concluí-se que
os entrevistados possuem características empreendedoras, alguns com mais
destaque do que em outros, identificando entre ambos as características mais
distintas e mais comuns que como influências familiares, histórico profissional,
confiança. Através das análises pode-se perceber que os entrevistados A e B
demonstraram ter perfil empreendedor, mediante sua história de vida, como surgiu a
idéia do empreendimento, os riscos assumidos e sua a determinação.
Por fim, foi possível atender ao último objetivo específico proposto que foi
avaliar o perfil dos jovens empresários na cidade de Maringá-Pr e constatou-se a
existência de práticas empreendedoras entre os entrevistados. Observou-se que o
entrevistado A demonstrou através de suas práticas de como assumir riscos, aceitar
sugestões de funcionários, trabalho em equipe e procurando buscar informações na
faculdade na internet em livros e revistas para sempre estar inovando seu negócio,
se considerando uma pessoa de sucesso.
Em relação ao entrevistado B pode-se identificar as seguintes características:
influência e apoio da família, confiança, otimismo, assumir riscos, estar atualizado e
realizado no mercado em que atua e se considerar uma pessoa de sucesso.
O entrevistado C demonstrou as características e o perfil através de suas
atitudes de assumir riscos calculados, trabalho em equipe, buscar sempre estar se
atualizando em seu ramo de trabalho, apesar de todos as dificuldades passadas na
abertura da sua empresa se considera uma pessoa de sucesso.
Nessa pesquisa as limitações relacionaram-se aos objetivos propostos, uma
vez que os resultados apresentados não pretendem ser generalizados, mas sim
compreender e analisar o sujeito da pesquisa em profundidade em seus motivos e
razões. Outra limitação relaciona-se a quantidade de material disponível sobre o
tema, especialmente na internet, onde as fontes são pouco confiáveis. Ainda o
assunto tratado não estar em destaque nas pesquisas no país, observou-se que as
65
pesquisas sobre o tema empreendedor não focam o universo do empreendedor
jovem no país, o que dificultou a coleta de material bibliográfico.
De posse das informações adquiridas durante o estudo e das análises
apresentadas incluo como sugestões para estudos futuros, as seguintes propostas:
Impacto do perfil do jovem empreendedor no Brasil;
Perfil do jovem empreendedor no setor de tecnologia;
O perfil do jovem empreendedor em incubadoras tecnológicas;
Impacto do perfil do jovem empreendedor na economia nacional x internacional;
66
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70
APÊNDICE
71
Apêndice A
Caracterização
Nome:
Idade:
Estado civil:
Função na empresa:
Nível Educacional:
Ramo de atividade
Nome da Empresa
Número de funcionários
ENTREVISTA
1. Na sua família tem algum empresário? Seus pais são empresários?
(Ambiente familiar)
2. Como foi a sua infância, as experiências que teve,teve alguma que lhe
marcou? (Origem)
3. Você teve alguém que te inspirou para iniciar seu negocio? Quem foi?
Quantos anos você tinha? (Origem/ idade)
4. Você acha que a maneira como você administra o seu negocio foi
influenciada pela suas experiências familiares? (Valores\ Ambiente familiar)
5. Como foi sua formação educacional, seus pais apoiavam o estudo, você era
bom aluno? (Educação)
6. Você acredita que estudar contribuiu para a melhoria da administração do seu
negocio?
7. Hoje como você se mantém atualizado, com busca informação e
conhecimento? (Educação)
8. Quando e Como surgiu à idéia de abrir seu próprio negocio?(Iniciativa,
autoconfiança)
9. Suas experiências anteriores de trabalho te influenciaram para abertura do
seu próprio negocio?
72
10. Você se sentia realizado quando era empregado?
11. Você pediu conselhos a alguém quando foi começar seu negocio, quais foram
às pessoas que o apoiaram, e hoje você tem alguém que você se aconselha
quanto tem alguma idéia interessante para um negocio? (Ambiente familiar)
12. Esse é seu primeiro negocio, quantos anos tinha?
13. Você acredita que o responsável pelo que você tem hoje a sorte contribuiu?
(lócus de controle)
14. Como você vê o mercado em que você atua?(Característica/ inovador)
15. Com você analisa a concorrência na sua área atuação?
(Característica/criativa)
16. Que atitudes você costuma tomar em tempo de crise? (Característica)
17. Você costuma planejar as suas ações, quando acontece um imprevisto como
você lida com isso? (Proatividade, dimensão entre o perfil e as características/
intuição/ Valores pessoais)
18. Você tem outros negócios ou pretendem abrir outros? (assumir riscos)
19. Como é o seu relacionamento com seus funcionários, como você costuma
contratá-los, você costuma ouvi-los, aceitar sugestões? (Formação de equipe).
20. Quanto tempo você se dedica ao seu empreendimento?
21. Como sua família encara essa dedicação, eles te apoiam?
22. Você teve algum profissional que o auxiliou na criação de seu(s)
negocio(s)?(redes de apoio profissional)
23. Você utiliza serviços de profissionais como consultorias ou organizações com
o SEBRAE e ACIM? (rede de apoio profissional)
24. Você se considera uma pessoa de sucesso? (autoconfiança)
25. O que é necessário para se ter sucesso? (autoconfiança)
26. Você já teve algum negocio que fracassou? Como você lida com o fracasso.
27. Você gostaria de acrescentar algo que não foi abordado?
73
ANEXOS
74
ANEXO A
Transcrição da entrevista de Rômulo de Aguiar Beninca, Sócio
proprietário no ramo de Desenvolvimento de software da empresa Vasto
Tecnologia da Informação.
Caracterização
Nome: Rômulo de Aguiar Beninca
Idade: 24
Estado civil: Solteiro
Função na empresa: Administrador/Analista de sistemas
Nível Educacional: Superior incompleto
Ramo de atividade Desenvolvimento de software
Nome da Empresa Vasto Tecnologia da Informação
Número de funcionários 4
ENTREVISTA
[Rômulo na sua família tem algum empresário? Seus pais são empresários?
(Ambiente familiar) Não, na minha família não tem nenhum empresário e meus pais
são funcionários públicos. [Como foi a sua infância, as experiências que teve,teve
alguma que lhe marcou? (Origem)] Minha infância foi o que se pode dizer de uma
infância normal de classe média, filhos de pais funcionários públicos, com religião
protestante, e ensino superior. Com certeza a minha personalidade e minha opinião
são próprias, construída com base nas experiências vivenciadas, algumas boas
outras ruins. Não vejo que nenhuma delas tenha me marcado de forma diferenciada.
[Você teve alguém que te inspirou para iniciar seu negocio? Quem foi? Quantos
anos você tinha? (Origem/ idade)]. Nunca me inspirei em uma única pessoa, sempre
me guiei em atitudes de pessoas do meu convívio, acredito que todas as pessoas
possuem atitudes que podemos considerar positivas e negativas, sempre tentei
analisar as atitudes das pessoas, mesmo que algumas vezes fossem contrários ao
75
que eu achava ser certa. Com certeza nesse processo reciclo alguns conceitos que
antes acreditava que eram certos, vejo isso como uma forma de evoluir. A primeira
vez que me peguei realizando esse processo eu tinha cerca de seis anos, pois foi
quando eu falei par aminha mãe que gostaria de ter um shopping, sempre fui
audacioso. [Você acha que a maneira como você administra o seu negocio foi
influenciada pela suas experiências familiares? (Valores\ Ambiente familiar)] Com
certeza, tomo decisões e administro meu negocio com base nos conhecimento
fornecida pelas experiências vivenciadas boa parte no ambiente familiar. [Como foi
sua formação educacional, seus pais apoiavam o estudo, você era bom aluno?
(Educação)] Meus pais sempre me estimularam a estudar para conseguir um bom
emprego, hoje ainda penso que eles estão certos, mas não tinha como eles saberem
que eu recusaria a idéia de um emprego e um salário fixo. [Você acredita que
estudar contribuiu para a melhoria da administração do seu negocio?]
Sim, com certeza acredito que é impossível evoluir sem ter uma boa base de
conhecimento, por isso através dos estudos podemos sempre estar inovando e
obtendo maiores experiências. [Hoje como você se mantém atualizado, como busca
informação e conhecimento? (Educação)] Busco conhecimento na faculdade através
de artigos, livros e documentação fartamente disponíveis, artigo na minha área de
atuação onde eu posso estar sempre me atualizando e aprendendo algo a mais. E
sempre me mantenho informado através, revistas e jornais na internet. [Quando e
Como surgiu à idéia de abrir seu próprio negocio? (Iniciativa, autoconfiança)] A idéia
de abrir meu atual negocio, surgiu logo que comecei a fazer estágio, observei que
todo o trabalho de criação e inovação ficava em minha responsabilidade e os lucros
provenientes ficavam para o proprietário, com essa experiência surgiu à idéia de
abrir a empresa de desenvolvimento de software e revende-los, e assim obter meu
próprio lucro e não dar os lucros para outras pessoas. [Suas experiências anteriores
de trabalho te influenciaram para abertura do seu próprio negocio?] Sim, pois foi
através dos meus estágios que aprendi e observei que eu tinha potencial para abrir
meu próprio negócio, eu sei, pois faço faculdade e ciência da computação e minha
empresa desenvolve software. [Você se sentia realizado quando era empregado?]
Não. Pois sempre gostei de ter minha liberdade de fazer as coisas ao meu tempo,
sem ninguém para mandar em mim, com isso sempre tive objetivo de ser meu
próprio patrão, de fazer meu próprio horário. [Você pediu conselhos a alguém
quando foi começar seu negocio, quais foram às pessoas que o apoiaram, e hoje
76
você tem alguém que você se aconselha quanto tem alguma idéia interessante para
um negocio? (Ambiente familiar)] Não diretamente, pois somos três sócios, sempre
analisamos o que iremos fazer antes de começar algo novo, pois analisamos o
mercado e com isso vemos o que está em falta, e ai buscamos supri essas
necessidades que faltam. [Esse é seu primeiro negocio, quantos anos tinha?]
Trabalhei como técnico em manutenção de computadores e redes tinha 15 anos,
vejo como um negócio apesar de que na época não tivesse encarado com tal,
provavelmente ainda tinha medo de iniciar algo próprio, precisava talvez de um
incentivo que tive que buscar mais tarde. [Você acredita que o responsável pelo que
você tem hoje foi à sorte que contribuiu? (lócus de controle)] Não, acredito que sou
responsável pelo que eu tenho hoje, tantos os fracassos como as vitórias, não
acredito na existência da sorte, pois acredito que sem objetivo traçando nunca
iremos alcançar que almejamos. [Como você vê o mercado em que você atua?
(Característica/ inovador)] O mercado em que eu atuo exige inovação, é um
mercado altamente competitivo dependente de inovação e tecnológica de soluções.
Acredito que nenhum mercado é estático todos eles requerem inovação continuas.
[Com você analisa a concorrência na sua área atuação? (Característica/criativa)] Eu
vejo a concorrência não como algo que me prejudique, mas sim com uma fonte de
alternativas para que eu possa sempre estar me atualizando e fornecendo algo novo
que o mercado não oferece. [Que atitudes você costuma tomar em tempo de crise?
(Característica)] Eu sempre tento manter claros meus objetivos. Compreendo que
para chegar neles provavelmente terei decepções, derrotas, ou seja, passarei por
crises. Se estas chegarem não agirei com uma pessoa sem perspectiva ou
puramente acadêmica, não ficarei sentado reclamando ou elaborando uma tese ou
artigo para acrescentar ao meu currículo. Sairei do problema buscando alternativas e
soluções inovadoras viáveis para sair rapidamente da crise. [Você costuma planejar
as suas ações, quando acontece um imprevisto como você lida com isso?
(Proatividade, dimensão entre o perfil e as características/ intuição/ Valores
pessoais)] Faço um exercício mental de prever e me preparar para as piores e mais
inesperadas situações, se mesmo assim não conseguir ter algo planejado tomo uma
atitude se for estritamente necessário com base nos meus conceitos morais e em
meus objetivos. [Você tem outros negócios ou pretendem abrir outros? (assumir
riscos)] Atualmente não possuo outros negócios, pretendo sim diversificar no futuro
meus negócios, vejo que um ramo diferente de atividade é sempre uma forma
77
diferente de ganhar dinheiro. [Como é o seu relacionamento com seus funcionários,
como você costuma contratá-los, você costuma ouvi-los, aceita sugestões?
(Formação de equipe)] Apesar de existir a idéia que eu seja o patrão, tento manter
uma relação de amizade, sem a idéia de falsidade de “família organização”, sou
amigo dos meus funcionários, acho que isso mantém eles ligados a mim e a
empresa, mais do que contratos, isso cria um clima agradável de trabalho. Aceito
sugestões e idéias, pois quando os funcionários estão dispostos a ajudar é porque
acreditam na empresa e no seu desenvolvimento, quando eles sentem essa
cumplicidade eles se dedicam cada vez mais. [Quanto tempo você se dedica ao seu
empreendimento?] Atualmente dedico-me quase todo período fora a universidade.
Mas na verdade pela manhã, tarde, noite de madrugada sempre estou pensando em
formas de encontra soluções para a melhoria do empreendimento. [Como sua
família encara essa dedicação, eles te apóiam?] Eles acham que eu deviria focar
mais nos estudos, para garantir um bom emprego, para eles é difícil entender a idéia
de eu não querer ser funcionário, e sim buscar, autocontrole. Eles acham que estou
tentando abraçar o mundo. [Você teve algum profissional que o auxiliou na criação
de seu(s) negocio(s)? (redes de apoio profissional)] Sim, Meus sócios e funcionários
e outras empresas que trabalhei e meus concorrentes, muitos podem criticar, mas
quando eles não falam nada, eles dizem muito. [Você utiliza serviços de profissionais
como consultorias ou organizações com o SEBRAE e ACIM? (rede de apoio
profissional)] Não, apesar de ler os conteúdos que eles fornecem em sites, discuto o
conteúdo com outras pessoas, buscando sempre o aprimoramento continuo. [Você
se considera uma pessoa de sucesso? (autoconfiança)] Sim me considero, pois os
objetivos que já alcancei foram obtidos com êxitos, mas terei que trabalhar muito
para chegar ao tão almejado sucesso. [O que é necessário para se ter sucesso?
(autoconfiança)] É preciso ter conhecimento e idéias e determinar objetivos e
projetar caminhos para alcançar o sucesso, com muito trabalho para chegar onde se
deseja. [Você já teve algum negocio que fracassou? Como você lida com o
fracasso?] Não tive nenhuma experiência com o fracasso, mas certamente buscaria
a melhor forma para superá-lo. [Você gostaria de acrescentar algo que não foi
abordado?] Não
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ANEXO B
Transcrição da entrevista de Bruno Pereira Ponces, Sócio proprietário
no ramo de Engenharia e Automação da empresa Enterprise Engenharia e
Automações.
Caracterização
Nome: Bruno Pereira Ponces
Idade: 25
Estado civil: Solteiro
Função na empresa: Diretor de Projetos
Nível Educacional: Superior
Ramo de atividade Engenharia e Automação
Nome da Empresa Enterprise Engenharia e Automações
Número de funcionários 5
ENTREVISTA
[Na sua família tem algum empresário? Seus pais são empresários? (Ambiente
familiar)] SIM, Meu Pai e meu irmão. [Como foi a sua infância, as experiências que
teve,teve alguma que lhe marcou? (Origem)] Durante minha infância vivi diversa
experiências em viagens de negócios com meu pai, e tiveram lugares novos que me
marcou. [Você teve alguém que te inspirou para iniciar seu negocio? Quem foi?
Quantos anos você tinha? (Origem/ idade)] Sim, meu tio, desde que comecei a
faculdade quando eu tinha meus 19 anos, ele sempre me incentivava a usar meu
conhecimento em prol de algo mais do que apenas ser um trabalhador, ele sempre
me incentivou para que eu buscasse abrir meu próprio negocio. [Você acha que a
maneira como você administra o seu negocio foi influenciada pela suas experiências
familiares? (Valores\ Ambiente familiar)] Com certeza, foi a partir dos ensinamentos
visto em casa que eu criei todo um modo de trabalho da minha empresa. [Como foi
sua formação educacional, seus pais apoiavam o estudo, você era bom aluno?
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(Educação)] Sim, sempre me incentivaram a estudar, e sim sempre fui um bom
aluno, aprendo para usar e não para ser apenas mais um diplomado. [Você acredita
que estudar contribuiu para a melhoria da administração do seu negocio?] Sim, hoje
com certeza ter uma fonte de informação é muito importante para poder administrar
os negócios e estar sempre inovando. [Hoje como você se mantém atualizado, com
busca informação e conhecimento? (Educação)] Procuro sempre estar me
atualizando através cursos na minha área de atuação, busco noticias em jornais e
internet, revistas e catálogos de Workshops. [Quando e Como surgiu à idéia de abrir
seu próprio negocio? (Iniciativa, autoconfiança)] Quando me vi com meu primeiro
contrato assinado com uma empresa de grande porte. [Suas experiências anteriores
de trabalho te influenciaram para abertura do seu próprio negocio?] Com certeza, foi
através das minhas experiências de trabalho que aprendi muito do que uso
atualmente. [Você se sentia realizado quando era empregado?] Não completamente,
pois gosto de estar à frente dos negócios tomando de cisões, buscando algo mais,
pois sendo funcionário eu não poderia fazer. [Você pediu conselhos a alguém
quando foi começar seu negocio, quais foram às pessoas que o apoiaram, e hoje
você tem alguém que você se aconselha quanto tem alguma idéia interessante para
um negocio? (Ambiente familiar)] Não, simplesmente conversei a respeito, mas
todos me incentivaram, meus familiares e amigos, pois virão que o ramo de negócios
que eu estava interessado é inovador que será valorizado, pois agride menos a
natureza.[Esse é seu primeiro negocio, quantos anos tinha?] Sim, eu tinha 24 anos
quando comecei meu empreendimento.[Você acredita que o responsável pelo que
você tem hoje a sorte contribuiu? (lócus de controle)] Sou responsável, pois foi a
partir de tudo o que trabalhei para construir o que tenho hoje, não tive sorte, pois
tudo o que eu conquistei foi fruto do meu trabalho. [Como você vê o mercado em
que você atua? (Característica/ inovador)] É altamente competitivo, entretanto vence
quem tem o melhor produto através de desenvolvimento tecnológico e oferecendo o
melhor preço, pois nessa área inovação é a fonte do negócio. [Com você analisa a
concorrência na sua área atuação? (Característica/criativa)] No momento a
competitividade esta baixa, contudo, concorro com empresas de grande porte, mas
no momento aqui na região somos os únicos e temos que aproveitar, pois o mercado
esta em plena expansão. [Que atitudes você costuma tomar em tempo de crise?
(Característica)] Costumo ficar calmo e analisar o que está acontecendo, e nessas
épocas de crises que me apego mais ao trabalho buscando não desistir, pois toda
80
crise passa e é nessas horas que serve os ensinamentos aprendidos, pois me dá
base para saber os passos a serem tomados. [Você costuma planejar as suas
ações, quando acontece um imprevisto como você lida com isso? (Proatividade,
dimensão entre o perfil e as características/ intuição/ Valores pessoais)] Sim, procuro
estar sempre preparado para situações inesperadas, com isso sempre tenho minhas
reservas de capital se isso acontecer. [Você tem outros negócios ou pretendem abrir
outros? (assumir riscos)] No momento não possuo outros negócios, mas diversificar
é a idéia principal para que não haja crise total. [Como é o seu relacionamento com
seus funcionários, como você costuma contratá-los, você costuma ouvi-los, aceitar
sugestões? (Formação de equipe)] Com certeza, um patrão que não escuta seus
colaboradores não sabe comandar seu próprio negócio, porque idéias têm que ser
escutadas e analisadas, pois todas as idéias são bem vindas, com mais cabeças
pensando e mais fácil chegar a um objetivo. [Quanto tempo você se dedica ao seu
empreendimento?] Costumo ficar o tempo que for necessário na empresa mesmo
que isso seja o meu dia todo, pois a empresa tem que estar apta para novos
negócios. [Como sua família encara essa dedicação, eles te apóiam?] Com alegria,
tendo em vista que estou dando o máximo de mim, por algo que eu acredito e quero
que de certo. [Você teve algum profissional que o auxiliou na criação de seu(s)
negocio(s)? (redes de apoio profissional)] Sim, minha irmã que é administradora,
meu pai que é engenheiro e amigos que também são engenheiros, estão sempre
dando idéias para que meu negócio se fixe no mercado. [Você utiliza serviços de
profissionais como consultorias ou organizações com o SEBRAE e ACIM? (rede de
apoio profissional)] Não costumo utilizar consultorias e matérias fornecidas por essas
instituições, pois na grande maioria eles oferecem apenas produtos que favorecem a
sim mesmo com produtos de alto custo e apenas com conteúdo acadêmico sem
experiência na área de atuação, procuro ler livros da minha área de atuação quando
surge algo novo para estar sempre atualizado. [Você se considera uma pessoa de
sucesso? (autoconfiança)] Sim, me considero uma pessoa de sucesso, pois estou
conseguindo ótimos resultados em minha empresa, mas preciso melhorar
continuamente para chegar ao resultado esperado. [O que é necessário para se ter
sucesso? (autoconfiança)] Confiança, competência acima de tudo perspicácia, são
ingredientes necessários para se obter sucesso. [Você já teve algum negocio que
fracassou? Como você lida com o fracasso?] Não, mas acredito que o fracasso pode
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ser encarado como um aprendizado. [Você gostaria de acrescentar algo que não foi
abordado?] Não.
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ANEXO C
Transcrição da entrevista de Thiago Nunes da Cruz, Sócio proprietário
no ramo de Comércio e Prestação de Serviço de Software.
Caracterização
Nome: Thiago Nunes da Cruz
Idade: 26
Estado civil: Solteiro
Função na empresa: Proprietário
Nível Educacional: MBA
Ramo de atividade Comércio e Prestação de Serviço de Software
Nome da Empresa Tecfrota
Número de funcionários 2
ENTREVISTA
[Na sua família tem algum empresário? Seus pais são empresários? (Ambiente
familiar)] Meu pai tinha comércio de material de construção por 20 anos, chegou
uma hora que não deu mais como continuar ai ele vendeu o material de construção
e como ele e formado, começou a dar aulas como professor universitário. [Como foi
a sua infância, as experiências que teve,teve alguma que lhe marcou? (Origem)]
Minha Infância foi boa e agitada, como meu pai tinha empresa eu sempre tive o que
queria. Não me lembro nada que tenha me marcado. [Você teve alguém que te
inspirou para iniciar seu negocio? Quem foi? Quantos anos você tinha? (Origem/
idade)] Sim, sempre gostei de conversar com pessoas amigas e da família que são
empreendedoras. Sempre soube que um dia eu abriria meu próprio negócio. Não sei
a origem bem ao certo, mas desde os meus 10 anos eu gostava de ficar no comércio
ajudando o meu pai. [Você acha que a maneira como você administra o seu negocio
foi influenciada pela suas experiências familiares? (Valores\ Ambiente familiar)] Na
parte da educação e respeito de saber como lidar com as pessoas sim, já na parte
administrativa não, pois eu gosto de inovar e meu pai já preferia continuar sempre na
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mesma ele achava que onde esta dando certo não tem que mexer. [Como foi sua
formação educacional, seus pais apoiavam o estudo, você era bom aluno?
(Educação)] Meus pais sempre me incentivaram a estudar. Mas eu nunca fui um
aluno muito dedicado, sempre tirei à média e passei no final. [Você acredita que
estudar contribuiu para a melhoria da administração do seu negocio?] Sim, acredito
que hoje sem uma boa base de estudo não conseguiria ter a cabeça que tenho hoje,
pois nessa área que estou atuando que é área de comércio e prestação de serviço
de software tenho que estar por dentro das inovações do mercado para poder
oferecer o que o meu cliente precisa. [Hoje como você se mantém atualizado, com
busca informação e conhecimento? (Educação)] Eu busco informação em artigos na
internet, revistas em livros da minha área de atuação, e sempre quando fico sabendo
de cursos onde posso me atualizar procuro fazer. [Quando e Como surgiu à idéia de
abrir seu próprio negocio? (Iniciativa, autoconfiança)] No ano passado no meu último
trabalho, fiz algo bom pra empresa e vi que o mercado tinha espaço para esse tipo
de atividade, portanto montei um plano de negócios e abri minha empresa depois de
seis meses. [Suas experiências anteriores de trabalho te influenciaram para abertura
do seu próprio negocio?] Sim, me atribuiu bastante conhecimento administrativo e o
meu negócio hoje, é fruto de meu último trabalho como empregado. [Você se sentia
realizado quando era empregado?] Não, pois gosto de fazer as coisas ao quando eu
quero, gosto de buscar algo novo, e sei que se for empregado se eu tiver uma boa
idéia quem lucra é o dono da empresa, então eu preferi abrir minha empresa e ficar
com os lucros das minhas idéias para mim. [Você pediu conselhos a alguém quando
foi começar seu negocio, quais foram às pessoas que o apoiaram, e hoje você tem
alguém que você se aconselha quanto tem alguma idéia interessante para um
negocio? (Ambiente familiar)] Basicamente conversei com meus amigos e meus pais
posteriormente, falei também com uns professores de desenvolvimento de software,
algumas pessoas da área de transporte (que é meu ramo de atuação) e obtive
alguns conselhos das quais eu precisava primeiramente. Olha apoiar todos acabam
apoiando. Porém, financeiramente que é o apoio mais importante, eu obtive o apoio
de meu pai e de um amigo meu. Muitos com que conversei não me apoiaram
financeiramente. [Esse é seu primeiro negócio, quanto anos tinha?] Sim é meu
primeiro negócio. Minha empresa foi aberta recentemente eu tinha 26 anos. [Você
acredita que o responsável pelo que você tem hoje a sorte contribuiu? (lócus de
controle)] Acredito na “boa sorte”, aquela que acontece quando nos dedicamos e
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vamos atrás, as boas coisas aparecem e acontecem. Aquela sorte de ganhar na
mega sena, eu ainda não tive (risos). [Como você vê o mercado em que você atua?
(Característica/ inovador)] Com grande potencial devido às características de nosso
país (Brasil). Um país estruturado em uma base de logística rodoviária. O mercado é
bem inovador e muito disputado. [Com você analisa a concorrência na sua área
atuação? (Característica/criativa)] A concorrência é grande e bem preparada.
Empresas com muitos anos de atuação neste ramo, umas com mais de 20 anos no
mercado, porém acredito na praticidade, o que acho que a concorrência falhe um
pouco. No quesito inovação que é algo que invisto muito, eu ainda estou atrás de
meus concorrentes. [Que atitudes você costuma tomar em tempo de crise?
(Característica)] Essas são as melhores horas para se rever os custos e planejar o
futuro. As melhores oportunidades aparecem em épocas de crise. O grande
diferencial é estar preparado para enfrentá-las e abraçar as boas oportunidades.
[Você costuma planejar as suas ações, quando acontece um imprevisto como você
lida com isso? (Proatividade, dimensão entre o perfil e as características/ intuição/
Valores pessoais)] Sempre planejo tudo que eu faço, por menos que pareça às
vezes, estou planejando. Hoje eu tenho planejamentos pensando em 2013 e 2014.
Não gosto desses negocia de deixa rolar. Nos imprevistos eu procuro ajuda de
pessoas certas e quase sempre consigo superar os imprevistos. [Você tem outros
negócios ou pretendem abrir outros? (assumir riscos)] Não, no momento esse é
minha única atividade. Até um tempo atrás eu tinha investimentos na bolsa de
valores, hoje tudo que eu tenho esta investida em meu negocio. Estou de portas
abertas para novas oportunidades, desde que não me atrapalhe nesta fase difícil,
que é a fase inicial de meu empreendimento. [Como é o seu relacionamento com
seus funcionários, como você costuma contratá-los, você costuma ouvi-los, aceitar
sugestões? (Formação de equipe).] Sempre ouço as idéias do meu funcionário hoje
tenho apenas um, penso em como transformá-las em realidade, caso sejam boas.
Gosto disto vejo que sozinho não conseguimos nada. [Quanto tempo você se dedica
ao seu empreendimento?] O dia todo. Tenho meus momentos de folga, porém estou
sempre pensando em meu negócio. [Como sua família encara essa dedicação, eles
te apóiam?] Não me apóiam totalmente. Quando se está em sua fase inicial e difícil,
todos te olham meio torto e preocupado, dizem que você é um sonhador e falam
como é bom trabalhar para uma grande empresa e ter um salário garantido, porém
se o seu negócio der certo, todos te olham como um visionário, um empreendedor
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de sucesso, alguém que eles sempre sabiam que iam vencer. É sempre assim, toda
família é assim, pelo menos as que eu conheço. Hoje eu vivo a fase inicial da minha
empresa, mas acredito que vou ser um vencedor. [Você teve algum profissional que
o auxiliou na criação de seu(s) negocio(s)? (redes de apoio profissional)] Não
diretamente, porém meus professores de MBA me ajudaram muito. [Você utiliza
serviços de profissionais como consultorias ou organizações com o SEBRAE e
ACIM? (rede de apoio profissional)] No momento não. Mas acredito que um dia sim,
pois o mercado pede que a gente sempre se atualize. [Você se considera uma
pessoa de sucesso? (autoconfiança)] Essa é uma pergunta bem difícil, pois eu me
considero uma pessoa de sucesso sim, pois sempre conquistei meus objetivos e fiz
muita coisa boa até aqui, porém ainda não me sinto realizado profissionalmente,
gostaria de estar melhor posicionado hoje. [O que é necessário para se ter sucesso?
(autoconfiança)] Correr atrás de seus objetivos e seus sonhos. Sempre com muita
determinação e inteligência. Seja o motorista do carro de sua vida. Não desista
nunca, pois o caminho é difícil demais. [Você já teve algum negocio que fracassou?
Como você lida com o fracasso.] Não tive nenhum negocio que fracassou, mas
acredito que tem que tirar proveito do fracasso, e rever no que errou e levar isso
como um aprendizado. [Você gostaria de acrescentar algo que não foi abordado?]
Não
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