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PÓS EM DIREITO TRIBUTÁRIO
TRIBUTOS EM ESPÉCIE
IMPOSTOS ESTADUAIS - ICMS
Prof. André Gomes
“Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fatogerador uma situação independentemente dequalquer atividade estatal específica, relativa aocontribuinte” (CTN – Art. 16)
Conceito de Imposto
2
ICMS – Imposto sobre operações
relativas à Circulação de Mercadorias e
sobre Prestações de Serviços de
transporte interestadual, intermunicipal e
de comunicação.
3
Histórico do ICMS
CONSTITUIÇÃO IMPOSTO
1934 IVC
1965 ICM
1988 ICMS
Evolução do ICMS
4
Evolução do Imposto
• IVC: Foi criado pela Constituição de 1934, era um imposto sobre
vendas e consignações, que tinha incidência em toda a cadeia
mercantil, incidindo sobre o preço integral.
Era, portanto um imposto com incidência “em cascata”. Sendo
assim, em cada uma das sucessivas vendas de uma mesma
mercadoria, a começar do produtor até o consumidor final, o IVC era
exigido, repetidamente sobre a Base de Cálculo integral (preço da
mercadoria).
IVC/ ICM/ ICMS
5
Evolução do Imposto
• ICM: Com a Emenda Constitucional de 18 de Dezembro de 1965, foi
criado o ICM para a substituição do IVC, ao invés de ser cumulativo
como o IVC o ICM passou a incidir apenas sobre a riqueza gerada.
A inovação do ICM advém de que, diferentemente do IVC, não
apresenta as características de cumulatividade, próprias dos
impostos “em cascata”. O pagamento do ICM era feito sobre o valor
agregado, isto é, a diferença maior entre o valor da operação
tributada e o da operação anterior.
IVC/ ICM/ ICMS
6
Evolução do Imposto
• Surgimento do ICMS
Através da Constituição Federal de 1988, o atual sistema tributário
nacional entrou em vigor em 1º de março de 1989, extinguindo os
impostos especiais, de incidência única, de competência federal.
Os três impostos únicos federais (combustíveis e lubrificantes líquidos
e gasosos; energia elétrica; e minerais do País) desapareceram ao
impacto da Constituição Federal de 1988.
Tais produtos foram incorporados ao campo de incidência do ICMS. Já
o artigo 155, I, b, da CF/1988, ao estabelecer o campo de incidência
do ICMS, nele incluiu as prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação.
IVC/ ICM/ ICMS
7
ICMS na Constituição Federal
Titulo VI
Da tributação e do Orçamento
Capitulo I
Do Sistema Tributário Nacional
Seção IV
Dos impostos dos Estados e do Distrito
Federal
8
Artigo 155 – CF/88
Artigo 155 – Compete aos Estados e ao
Distrito Federal, instituir impostos sobre:
I – (...)
II – operações relativas à circulação de
mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação,ainda
que as operações e as prestações se
iniciem no exterior.
III – (...)
9
Artigo 155 – CF/88
§ 2º - O imposto previsto no inciso II,
atenderá ao seguinte:
I – será não cumulativo, compensado-se
o que for devido em cada operação
relativa à circulação de mercadorias ou
prestação de serviços com o montante
cobrado nas operações anteriores pelo
mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito
Federal.
10
Conceitos Gerais
• Não cumulatividade - Deve-se compensar os valores pagos a título
de imposto nas operações anteriores com o devido nas prestações
subsequentes:
EVENTOBASE DE CÁLCULO
ALÍQUOTA VALOR STATUS
COMPRA 1.000,00 18,00 % R$ 180,00 CREDITAR
VENDA 1.500,00 18,00 % R$ 270,00 DEBITAR
A recolher R$ 90,00
11
Conceitos Gerais
• Não cumulatividade - Deve-se compensar os valores pagos a título
de imposto nas operações anteriores com o devido nas prestações
subsequentes:
EVENTOBASE DE CÁLCULO
ALÍQUOTA VALOR STATUS
COMPRA 1.000,00 18,00 % R$ 180,00 CREDITAR
VENDA 800,00 18,00 % R$ 144,00 DEBITAR
Saldo a compensar R$ 36,00
12
Artigo 155 – CF/88
II – A isenção ou não incidência, salvo
determinação em contrário da legislação:
a) não implicará crédito para compensação
com o montante devido nas operações ou
prestações seguintes;
b) acarretará a anulação do crédito relativo às
operações anteriores.
13
INDICAÇÕES DE ISENÇÃO, IMUNIDADE, NÃO
INCIDÊNCIA, DIFERIMENTO OU SUSPENSÃO
.
Quando a operação esteja beneficiada por isenção ou amparada por imunidade, não incidência, diferimentoou suspensão, essa circunstância será mencionada no documento fiscal, indicando-se o dispositivo legal respectivo.
14
Classificação do ICMS
a) Estadual
b) Fiscal (arrecadatório)
c) Imposto indireto
d) é um imposto por dentro.
e) Não cumulativo
f) essencialidade/seletividade
15
ICMS
• Arrecadatória
função daObs: Embora possa ser seletivo em
essencialidade dos produtos e dos serviços.
Função Fiscal
16
ICMS
• Cálculo por Dentro: Compra de mercadoria por R$ 100,00, com alíquota
de 18%.
• Obs.: Estabelecidas por resolução do Senado, as alíquotas internas não
poderiam ser inferiores às interestaduais.
ITEM VALOR
VALOR DA MERCADORIA 82,00
ICMS 18,00
TOTAL DA NOTA FISCAL 100,00
ALÍQUOTA EFETIVA DO ICMS
18,00 / 82,00 21,95 %
DICA
17
Conceitos Gerais
• Seletividade: A lei deve estabelecer alíquotas diferentes conforme
a essencialidade das mercadorias, quanto menor a essencialidade,
maior a alíquota.
• Objetivo: promover justiça fiscal, cabendo à seletividade ser o
mecanismo inibitório de uma ''progressividade às avessas‘’.
Princípios Constitucionais x Tributos Indiretos
18
ICMS
Regra Matriz de
Incidência Tributária
19
Regra Matriz
ELEMENTOS ANTECEDENTES1. CRITÉRIO MATERIAL
2. CRITÉRIO ESPACIAL
3. CRITÉRIO TEMPORAL
ELEMENTOS DO CONSEQUENTE1. CRITÉRIO PESSOAL
2. CRITÉRIO QUANTITATIVO
Critérios de Hipótese Tributária
20
• É o fato que gera a obrigação tributária.
• Refere-se à concretização da hipótese de incidência,
conforme prevista na lei.
• Deve ser definido em lei complementar.
• Exemplo: Fazer circular mercadorias (ICMS)
Conceitos Gerais
Fato Gerador: Situação definida como ocorrência que enseja o
recolhimento do tributo.
Conceitos Básicos de Impostos Indiretos (Critério Material)
21
ICMS
• Circulação de mercadorias
• Prestação de serviços de transporte intermunicipal /
interestadual;
• Prestação de serviços de comunicação onerosos;e
• Importação de produtos ou serviços do exterior.
Obs.: O imposto não incide sobre operações que destinem
mercadorias para o exterior e/ou serviços prestados a
destinatários no exterior.
Fato Gerador
22
Regra Matriz
1.Para que se considere ocorrida a circulação de mercadorias
para fins de incidência do ICMS é preciso a presença das
seguintes situações simultaneamente:
1.1 – Realização de Operação Mercantil (Negócio Jurídico):
Para que a circulação da mercadoria seja passível de tributação
pelo ICMS é preciso que esta circulação seja precedida de um
negócio jurídico, geralmente um contrato de compra e venda.
Critério Material: Realizar a Circulação de Mercadorias
23
Regra Matriz
1.Para que se considere ocorrida a circulação de mercadorias
para fins de incidência do ICMS é preciso a presença das
seguintes situações simultaneamente:
1.2 – Circulação Jurídica: O segundo requisito para a
configuração do critério material do ICMS é que ocorra uma
circulação jurídica e não meramente física da mercadoria, ou
seja, que haja uma transmissão da posse ou propriedade da
mercadoria de uma pessoa à outra. A circulação, por conseguinte,
deve ser entendida como mudança de titularidade da
mercadoria, a sua passagem de uma pessoa à outra.
Critério Material: Realizar a Circulação de Mercadorias
24
Regra Matriz
Critério Material: Realizar a Circulação de Mercadorias
1.Para que se considere ocorrida a circulação de mercadorias
para fins de incidência do ICMS é preciso a presença das
seguintes situações simultaneamente:
1.3 – Existência de mercadoria enquanto objeto: Por fim, o
último requisito do critério material do ICMS é que a operação
mercantil que acarreta a circulação jurídica da mercadoria tenha
como objeto uma mercadoria. Mercadoria é todo objeto, bem
móvel sujeito a mercancia, objeto da atividade mercantil e
introduzido no processo econômico circulatório com a finalidade
de venda ou revenda.
25
a) Operações relativas à circulação de mercadorias (incluso também
a energia elétrica).
Regra Matriz do ICMS
Critério Material: Realizar a Circulação de Mercadorias
b) Prestação de serviços de comunicação.
26
c) Prestação de serviços de transportes interestadual e intermunicipal.
Regra Matriz do ICMS
Critério Material: Realizar a Circulação de Mercadorias
27
d) Operação de importação de mercadoria do exterior.
Regra Matriz do ICMS
Critério Material: Realizar a Circulação de Mercadorias
28
Regra Matriz
2. Critério Espacial: Tendo em vista que o ICMS é um tributo de
competência estadual, o critério espacial coincide com o âmbito de
validade da Lei que o rege: território de determinado Estado. Assim, todas
as operações que acarretem a circulação de mercadoria dentro do
território de um determinado Estado, será tributado pelo ICMS do
respectivo Estado. Assim, o ICMS será devido no Estado onde estiver
localizado o estabelecimento de saída da mercadoria, salvo as exceções
previstas em lei.
Critério Espacial: Definir o local onde é devido o tributo
29
Regra Matriz
3. Critério Temporal: Quando nos tornamos sujeitos da obrigação tributária.
Com relação a este critério, a princípio, caberá a cada lei estadual estabelecer o
momento de ocorrência do fato descrito no critério material: momento da entrada da
mercadoria no estabelecimento, momento da sua saída, momento da extração da
nota fiscal, etc.
O art. 12, I da LC 87/96, que dispõe sobre normas gerais do imposto, define que se
considera “ocorrido o fato gerador do imposto no momento da saída de mercadoria
de estabelecimento do contribuinte”. Assim, reputar-se-á ocorrida a circulação da
mercadoria, para fins de incidência do ICMS, no momento em que a mesma sair do
estabelecimento do comerciante, salvo exceções.
Critério Temporal: Define o instante que se considera o evento tributário
30
Regra Matriz
4. Critério Pessoal:
4.1 – Temos como sujeito ativo da obrigação tributária o Estado onde a operação
mercantil que tem por objeto a circulação da mercadoria se realizou, regra geral,
onde está localizado o estabelecimento de saída da mesma. Será este Estado
que terá a capacidade tributária ativa de cobrar o tributo do sujeito passivo.
4.2 – Quanto ao sujeito passivo da obrigação, poderá figurar nesta posição quem
realiza a operação mercantil ou outra pessoa vinculada ao fato gerador a que a
Lei atribua o dever de recolher o tributo
Critério Pessoal: Determinar os sujeitos da obrigação tributária
31
Regra Matriz
5. Critério Quantitativo: Qual o montante a ser pago.
O aspecto quantitativo da hipótese de incidência de tributos que se trata do
último aspecto do consequente da hipótese tributária a ser analisado, diz
respeito ao objeto da relação tributária formada com a ocorrência do fato
imponível, com o fim de definir a quantia a ser paga pelo sujeito passivo a
título de tributo.
Critério Quantitativo: Determina o objeto pecuniário da prestação tributária
32
Alíquota
ICMS
33
1.Base de Cálculo: o valor da operação de circulação de
mercadorias, o valor da prestação de serviços, o valor do bem ou
serviço importado com os acréscimos legais, observado o princípio
da não-cumulatividade e o regime desta operação entre os
estados.
2.Alíquota: variável, de acordo com a base de cálculo, com a
operação ou prestação. O regime de alíquotas entre os estados é
fixado pelo Senado, não sendo permitido percentuais abaixo do
mínimo, tampouco acima do máximo.
Regra Matriz do ICMS
Critério Quantitativo: Determina o objeto pecuniário da prestação tributária
34
1.Base de Cálculo: No valor do bem importado com os acréscimos
legais:
Importação - a soma das seguintes parcelas:
o valor da mercadoria ou bem
imposto de importação (II)
imposto sobre produtos industrializados (IPI)
imposto sobre operações de câmbio (IOF)
quaisquer despesas aduaneiras
PIS e COFINS (por dentro)
ICMS (por dentro)
Regra Matriz do ICMS
Critério Quantitativo: Determina o objeto pecuniário da prestação tributária
35
ICMS na Prática
36
ICMS - Súmulas Para Reflexão
Os descontos incondicionais nas operações
mercantis não se incluem na base de cálculo
do ICMS.
Súmula 457 do STJ
37
Conceitos Gerais
• STF: Ilegitimidade da cobrança de ICMS sobre água encanada, uma
vez que se trata de serviço público essencial e não de mercadoria.
E qual o tratamento tributário para a água envasada?
Conceitos Básicos de Impostos Indiretos (Critério Material)
38
O ICMS incide sobre o valor da venda a prazo
constante da Nota Fiscal
Súmula 395 do STJ
ICMS - Súmulas Para Reflexão
39
Nas operações com cartão de crédito, os
encargos relativos ao financiamento não são
considerados no cálculo do ICMS.
ICMS - Súmulas Para Reflexão
Súmula 237 do STJ
40
O ICMS incide sobre o valor da tarifa de
energia elétrica correspondente à demanda
de potência efetivamente utilizada
Súmula 391 do STJ
ICMS - Súmulas Para Reflexão
41
É lícito ao comerciante de boa fé aproveitar
os créditos de ICMS decorrentes da nota
fiscal posteriormente declarada inidônea,
demonstrada a veracidade da compra e
venda.
ICMS - Súmulas Para Reflexão
Súmula 391 do STJ
42
ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
43
ARTIGO 150 DA C.F.
“ § 7º - A lei poderá atribuir a sujeito passivo da obrigação
tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto
ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente,
assegurando a imediata e preferencial restituição da quantia
paga, caso não se realize o fato gerador presumido.”
44
Regime: obriga contribuinte a pagar não apenas o
imposto referente a operação própria, mas também o
relativo a(s) operação(ões) posteriores.
Lei altera: responsabilidade pelo cumprimento da
obrigação tributária, passando para terceiro, que não
praticou diretamente o fato gerador, porém tem ligação
indireta com quem irá praticá-lo.
Substituição Tributária
Conceito
45
Substituto Tributário
• Substituto Tributário: é o contribuinte “de direito”
responsável pelo pagamento do tributo cujo fato
gerador deverá ocorrer posteriormente, porque é
futuro e presumido num elo posterior da cadeia
produtiva. Tem como objetivos: simplificar a
fiscalização, antecipar receitas, evitar a sonegação
fiscal. Ex.: tributos incidentes sobre o preço deautomóveis, tintas e medicamentos.
Conceito
46
Contribuinte Substituto e Contribuinte
Substituído
Contribuinte Substituído
• É aquele que da causa ao fato gerador ,
mas fica dispensado do recolhimento do
imposto, pois a lei atribuiu ao substituto.
47
SUBSTITUIÇÃO EM OPERAÇÕES / PRESTAÇÕES
Antecedentes Diferimento(Substituição para trás)
Concomitantes Ex.: remetente tomador substituto do transportador
Subsequentes Retenção na fonte
48
SUBSTITUTO SUBSTITUÍDO CONSUMIDOR
Substitutopaga o
imposto sobre sua operação
eRetém o
imposto sobre operação (ões) subsequente (s)
49
Trata-se de um código numérico com quatro dígitos, que
identifica em qual natureza uma mercadoria está circulando,
informará se a nota fiscal refere-se a uma entrada ou uma
saída, e também se é um transporte intermunicipal ou
interestadual.
CFOP – Código Fiscal de Operações e Prestações
Conceito
50
• 1.000 – Entrada ou Prestação de Serviços do Estado
• 2.000 – Entrada ou Prestação de Serviços de Outros
Estados
• 3.000 – Entrada ou Prestação de Serviços do Exterior
Na Entrada de Mercadorias
CFOP – Código Fiscal de Operações e Prestações
51
• 5.000 – Saída ou Prestação de Serviços para o Estado
• 6.000 – Saída ou Prestação de Serviços para Outros Estados
• 7.000 – Saída ou Prestação de Serviços para o Exterior
Na Saída de Mercadorias
CFOP – Código Fiscal de Operações e Prestações
52
ENTRADAS
CFOP DESCRIÇÃO DA OPERAÇÃO
1.101 2.101 3.101 COMPRA P/IDUSTRIALIZAÇÃO
1.102 2.102 3.102 COMPRA P/COMERCIALIZAÇÃO
1.126 2.126 3.126 COMPRA P/UTILIZ.PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
1.151 2.151 - TRANSFERÊNCIA P/INDUSTRIALIZAÇÃO
1.152 2.152 - TRANSFERÊNCIA P/COMERCIALIZAÇÀO
CFOP – Código Fiscal de Operações e Prestações
CFOP MAIS USADOS NAS INDÚSTRIAS E COMÉRCIOS
53
S A Í D A S CFOP DESCRIÇÃO DA OPERAÇÃO
5.101 6.101 7.101 VENDA DE PRODUÇÃO DO ESTABELECIMENTO
5.102 6.102 7.102 VENDA DE MERCADORIA ADQUIR. DE TERCEIROS
5.104 6.104 - VENDA DE MERCADORIA ADQUIR.TERCEIROS FORA DO ESTABELEC.
- 6.107 - VENDA DE PRODUÇÃO DO ESTABELECIMENTO A NÃO CONTRIBUINTE
- 6.108 - VENDA DE MERCADORIA ADQUIR.OU REC. TERC. A NÃO CONTRIBUINTE
5.151 6.151 - TRANSFERÊNCIA DE PRODUÇÃO DO ESTABELECIMENTO
CFOP – Código Fiscal de Operações e Prestações
CFOP MAIS USADOS NAS INDÚSTRIAS E COMÉRCIOS
54
ICMS relativo ao Diferencial de Alíquotas - DIFAL
Implementação da Emenda Constitucional nº 87/2015
55
Emenda Constitucional 87/2015
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988"Art. 155 (...)§ 2º (...)
VII - nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Estado de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual;
VIII - a responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual de que trata o inciso VII será atribuída:a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto;b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do imposto;”
56
Emenda Constitucional 87/2015
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988 –ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS"Art. 99. (...) o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual será partilhado entre os Estados de origem e de destino, na seguinte proporção:I - para o ano de 2015: 20% (vinte por cento) para o Estado de destino e 80% (oitenta por cento) para o Estado de origem;II - para o ano de 2016: 40% (quarenta por cento) para o Estado de destino e 60% (sessenta por cento) para o Estado de origem;III - para o ano de 2017: 60% (sessenta por cento) para o Estado de destino e 40% (quarenta por cento) para o Estado de origem;IV - para o ano de 2018: 80% (oitenta por cento) para o Estado de destino e 20% (vinte por cento) para o Estado de origem;V - a partir do ano de 2019: 100% (cem por cento) para o Estado de destino."
57
Implementação da EC 87/2015
3. OPTANTE DO SIMPLES NACIONAL:
3.1. “Na operação de SAÍDA interestadual promovida por contribuinte optante do Simples Nacional com destino a consumidor final não contribuinte é devido em favor da UF de origem o recolhimento conforme a receita bruta, via PGDAS, e não é devido o diferencial de alíquota em favor da UF de destino (nem a parcela do diferencial de alíquota em favor da UF de origem, nos exercícios de 2016, 2017 e 2018). [EFEITOS DA LIMINAR NA ADI 5464-DF]
3.2. Na operação interestadual destinada ao optante do Simples Nacional, na condição de consumidor final contribuinte, é
devido o diferencial de alíquota pela ENTRADA (mantém-se inalterada a regra de incidência do diferencial
58
59
1 - Do crédito do ICMS ST para empresas enquadradas no Simples
Nacional.
A Indústria vende para a empresa de varejo enquadrada no
simples nacional cujo produto está sujeito à substituição
tributária.
Na revenda da mercadoria para o consumidor final a empresa
optante do SN deve abater do valor devido, o valor repartido para
o ICMS.
Exemplo:
Valor do faturamento ....... = $15.000,00
Alíquota ...............................= 4%
valor devido ........................= $600,00
Planejamento Tributário no ICMS
ITEM REPARTIÇÃO % REPARTIÇÃO R$
IRPJ 5,50 33,00
CSLL 3,50 21,00
COFINS 12,74 76,44
PIS 2,76 16,56
CPP 41,50 249,00
ICMS 34,00 204,00
TOTAIS 100,00 600,00
Neste caso, a empresa deverá recolher R$ 396,00
($ 600,00 – 204,00) pois o ICMS já fora pago na categoria de
contribuinte substituído.
Planejamento Tributário no ICMSDISTRIBUIÇÃO E REPARTIÇÃO DOS TRIBUTOS
2- ICMS CIAP
A empresa adquirente de bens do ativo imobilizado poderá
recuperar o ICMS destacado na nota fiscal do fornecedor à
razão de 1/48 ao mês.
Planejamento Tributário no
ICMS
3 - Saldo credor do ICMS
3.1 - O Sistema Eletrônico de Gerenciamento do Crédito
Acumulado - e-CredAc controla os processos relativos à
apropriação de crédito acumulado de ICMS, bem como
propicia a utilização dos créditos na forma da legislação
vigente.
Planejamento Tributário no ICMS
3 - Saldo credor do ICMS
3.2 - No Estado de São Paulo, é possível após a
homologação e auditoria deste crédito acumulado,
pela Secretaria da Fazenda Estadual, recuperar este
Imposto, sob forma de pagamento a fornecedores,
aquisição de ativo imobilizado, ou ainda transferência
a terceiros ou quitação de débitos próprios.
3.3 - Saldo credor nem sempre significa crédito
acumulado. Saldo credor é aquele decorrente da
confrontação mensal entre débitos e créditos,
devendo a diferença se devedora ser recolhida aos
cofres públicos ou então ser credora, ser transportada
para o mês ou período de apuração seguinte. Crédito
acumulado é o sucessivo acúmulo mensal de saldo
credor.
3 - Saldo credor do ICMS
4 - Postergar o faturamento da empresa.
(do 30 ou 31 para o dia 1º do mês seguinte).
Geralmente, a obrigação tributária do ICMS vence no mês
subsequente ao fato gerador.
Logo, se for possível postergar o fato gerador para o mês
seguinte, a empresa pode ter ganhos na questão do seu fluxo
de caixa.
Planejamento Tributário no ICMS
5 - DESCONTO INCONDICIONAL
5.1 - Os descontos incondicionais são aquelas parcelas que ensejam
a redução no preço de vendas, quando constam na nota fiscal de
venda do bem ou da fatura de serviços os quais não dependem de
evento posterior à emissão desses documentos.
Diferentemente do desconto condicional, o qual estará atrelado a um
evento futuro. O desconto incondicional é aquele concedido no ato
da venda.
Planejamento Tributário no ICMS
5.2 - Esses descontos incondicionais não integram a base de
cálculo do ICMS.
A título de exemplo, segue a seguinte situação:
Quando o valor da mercadoria corresponder a R$ 80.000,00,
sendo o desconto incondicional equivalente a R$ 20.000,00, o
valor da base de cálculo do ICMS será de 60.000,00
(80.000,00 – 20.000,00).
Planejamento Tributário no ICMS
6 - Programa Especial de Parcelamento – Estado de São – PEP 2017
Quadro Resumo
opção Redução da multa Redução dos juros
Parcela única 75,00% 60,00%
EM 60 parcelas 50,00% 40,00%
Planejamento Tributário no ICMS
7 - Nas saídas para o exterior, não há a incidência do ICMS.
Mesmo assim, não há a necessidade de se estornar os
créditos tomados dos fornecedores.
Planejamento Tributário no ICMS
8 - O contencioso fiscal é planejamento tributário, também
chamado de planejamento jurídico.
Planejamento Tributário no ICMS
9 - A Guerra Fiscal de ICMS
9.1 – É uma prática competitiva entre os Estados de uma mesma
federação, que buscam atrair empresas de outros territórios para
o seu, oferecendo para isso uma série de benefícios e incentivos
fiscais de ICMS, como isenções, diferimentos, reduções de
alíquotas, de base de cálculo, etc..
Planejamento Tributário no ICMS
9 – A Guerra Fiscal do ICMS
9.2 - Às vezes é feito de modo unilateral, em violação ao preceito
constitucional que determina que tais benefícios devem ser
precedidos de deliberações de todos os estados e distrito Federal
(art. 155,§2º, XII, g, da CF/88).
Planejamento Tributário no ICMS
10 - Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense
(Prodec), do Estado de Santa Catarina:
Sua finalidade é conceder incentivo à implantação ou expansão
de empreendimentos industriais que vierem produzir e gerar
emprego e renda ao estado. O incentivo é a postergação,
equivalente a um percentual pré-determinado, sobre o valor do
ICMS gerado pelo novo projeto.
75
ICMS - PARTE II
Prof. André Gomes
76
ICMS - Convênios
• são normas complementares da lei, celebradas entre a União,Estados e o Distrito Federal.
• Portanto, o convênio é firmado entre todas as unidades da federação.
• Só após aprovados legislativamente, os convênios passam a ter eficácia.
77
ICMS - Protocolos
• acordo entre dois ou mais Estados,estabelecendo procedimentos comuns, visando:
• a implementação de políticas fiscais.
• a permuta de informações e fiscalizaçãoconjunta.
• a fixação de critérios para elaboração de pautasfiscais.
• outros assuntos de interesses dos Estados eDistrito Federal.
78
Sujeito Ativo• É o credor da obrigação tributária.
• É sempre uma pessoa jurídica de direito público.
• Podem ser sujeitos ativos os entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) e as suas autarquias (exemplo: INSS).
79
Sujeito Passivo
• É o devedor da obrigação tributária.
• É sempre um particular (PF ou PJ).
• Caracteriza-se como:
• Contribuinte
• Responsável
• Substituto Tributário
80
Nota Fiscal e a danfe
• NF e DANFE a NF-e impressa não terá validade porque a sua existência é apenas digital.
• Para efeito de trânsito de mercadoria a NF-e será representada pelo DANFE (Documento Auxiliar da NF-e), instituida em 15/12/2006 e representa a totalidade das informações, por meio digital, necessárias para a apuração dos impostos .
81
Nota Fiscal e a danfe
• DANFE é um documento que serve para acobertar a circulação das mercadorias.
• O ajuste SINIEF 07/2005 instituiu a Nf-e, e o DANFE.
• O danfe deve ser impresso em via única.• Não há a necessidade de AIDF.• Tem validade no meio digital (XML).• Impressão em papel comum.• Se faz necessário o credenciamento na SEFAZ.
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Cancelamento de nota fiscal
• A nota fiscal eletrônica somente poderá sercancelada dentro de 24 horas.
• Caso a nota fiscal seja cancelada após o prazoestipulado, poderá haver uma penalidadepecuniária equivalente a 10% do valor damercadoria.
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• O contribuinte pode sanar alguns erros emcampos específicos da Nfe, através da Carta deCorreção Eletrônica – CC-e.
A CC-e deverá :
• Obedecer o leiaute determinado pelo ato Cotepe;
• Conter a assinatura digital
• Ser transmitida via Internet
Carta de Correção Eletrônica
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Não se pode corrigir os erros:
• Valor da operação ou da prestação, base decalculo e alíquota
• Dados cadastrais que alterem identidade ouendereço do remetente/destinatário.
• Data de emissão da NF-e ou data de saida damercadoria.
Carta de Correção Eletrônica
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EFD – Escrituração Fiscal Digital
A EFD é de uso obrigatório para todos os contribuintesdo ICMS ou do IPI.Trata-se de arquivo digital, comescrituração de documentos fiscais e de outrasinformações de interesse do fisco bem como naapuração de impostos.
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Dos Livros Fiscais
O contribuinte utiliza a EFD (sped fiscal) para escriturar
• Registro de Entradas
• Registro de Saidas
• Registro de Inventário
• Registro de estoque (bloco k)
• Registro de Apuração do IPI
• Registro de Apuração do ICMS
Com este conjunto, o fisco terá relevantes e diversificadas informações
dos contribuintes, muitas em tempo real, como a Nota Fiscal Eletrônica.
Nota fiscal eletrônica
Nota fiscaleletrônica
ECDContábil
EFD FiscalEFD Fiscal EFD Contrib.
Pis/Cofins
Sistema Público de Escrituração Digital
EFD SOCIAL
Anexo 11 do RICMS-SC/01 , artigo 1º (grifos nossos):
Parágrafo único. Considera-se Nota Fiscal Eletrônica – NF-e o documento emitido earmazenado eletronicamente para documentar operações e prestações promovidaspelo contribuinte, de existência exclusivamente digital, com validade jurídicagarantida por assinatura digital do emitente e autorização de uso fornecida pelaSecretaria de Estado da Fazenda antes da ocorrência do fato gerador.
Artigo 10. O emitente e o destinatário deverão manter a NF-e em arquivo digital,pelo prazo estabelecido na legislação tributária para a guarda dos documentosfiscais, apresentando à administração tributária, quando solicitado.
§ 1º O destinatário deverá verificar a validade e autenticidade da NF-e e a existênciada respectiva Autorização de Uso.”
A obrigatoriedade Da EFD-ICMS/IPI encontra-se na legislação estadual
(O Protocolo ICMS nº 03/2011 e suas alterações).
Para ICMS e IPI, a EFD-ICMS/IPI utiliza-se o conceito de estabelecimento,
não de empresa. Assim, o contribuinte deverá manter EFD-ICMS/IPI
distinta para cada estabelecimento, exceto em situações previstas na
legislação estadual e federal.
A legislação específica de cada estado deve ser consultada no site da
Secretaria de Fazenda do domicílio do contribuinte.
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ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL
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