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Trabalho de Conclusão de Curso
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753
Cirina Batista de Paula
Elenir Leandro de Oliveira
Emanuela Laranjeira Freitas
Marytânia Lima da Silva
Um panorama sobre
a Inteligência Artificial no Brasil
Trabalho de Conclusão de Curso
SÃO PAULO
2011
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL PROFESSOR APRÍGIO GONZAGA
EXTENSÃO CEU QUINTA DO SOL
Cirina Batista de Paula
Elenir Leandro de Oliveira
Emanuela Laranjeira Freitas
Marytânia Lima da Silva
Um panorama sobre
a Inteligência Artificial no Brasil
SÃO PAULO
2011
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
à Escola Técnica Estadual Professor Aprígio
Gonzaga - Extensão CEU Quinta do Sol,
mantida pelo Centro Estadual de Educação
Tecnológica Paula Souza, como pré-requisito
para obtenção do nosso Certificado de
Técnico em Informática, sob orientação do
Professor Ms. Renato Antonio de Souza.
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL PROFESSOR APRÍGIO GONZAGA
EXTENSÃO CEU QUINTA DO SOL
Ficha Catalográfica
FREITAS, Emanuela Laranjeira; OLIVEIRA, Elenir Leandro de; PAULA,
Cirina Batista de; SILVA, Marytânia Lima da.
Um panorama sobre a Inteligência Artificial no Brasil.
São Paulo: 2011.
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) – Centro Estadual de Educação
Tecnológica Paula Souza – Escola Técnica Estadual Professor Aprígio
Gonzaga - Extensão CEU Quinta do Sol.
Área de Concentração: Informática.
Orientador: Professor Ms. Renato Antonio de Souza.
Inteligência Artificial, Características de Inteligência Artificial,
Pesquisa Bibliográfica, Aplicação de Inteligência Artificial.
Banca Examinadora
_______________________________________
Orientador: Professor Ms. Renato Antonio de Souza
_______________________________________
_______________________________________
AGRADECIMENTOS
A Deus, pela possibilidade de adquirirmos novos conhecimentos, os
quais poderemos aplicá-los em nossa vida profissional e na vida pessoal.
Ao nosso Orientador, Mestre Renato Antonio de Souza, por sua
sabedoria, pela paciência em nos orientar, sua dedicação e contribuição em ampliar
nossos conhecimentos.
Aos demais professores, que contribuíram com seus conhecimentos
para nossa formação.
Aos colegas de turma, pela amizade, pelo companheirismo durante
o tempo em que permanecemos juntos.
A nossa família e amigos, pela paciência, apoio e compreensão
pelos momentos que estivemos ausentes.
“A compreensão do mundo se desenvolve
a partir da capacidade de processar e
interpretar informações”.
Tom Dwyer
RESUMO
O objetivo deste trabalho foi identificar um panorama sobre o Estado
da Arte da Inteligência Artificial no Brasil. A teoria que foi utilizada para análise dos
fatos foi o conceito de IA, segundo Rich (1988), Dwyer (2001) e Pereira (2004); a
respeito da origem, segundo Bittencourt (2006) e Ciriaco (2008); as características
de IA, na visão de Fetzer (2001), Setzer (2002) e Bittencourt (2006) e a finalidade da
IA, do ponto de vista de Rich (1988) e Bittencourt (2006). Trata-se de uma pesquisa
bibliográfica que foi construída por meio de trabalhos científicos, bibliográficos e
artigos da web para coleta de dados a respeito do tema pesquisado. Dentre os
dados coletados, identificamos trabalhos teóricos realizados nas áreas médica,
ciências sociais, ensino superior e uma que abrange de modo geral a aplicação da
IA na vida real e na ficção científica. Os resultados encontrados foram: o estudo do
desenvolvimento e uso da Inteligência Artificial, a relevância da velocidade de seu
desenvolvimento e que a própria Inteligência Artificial é impulsionada pela
velocidade do desenvolvimento das informações. A IA, por meio da internet, oferece
fácil acesso a dados atualizados e informações e muito contribui no desenvolvimento
intelectual. Tudo isso permite fazer mais e em menos tempo e com melhor
qualidade. O Brasil precisa investir mais em pesquisas e produção de equipamentos
tecnológicos avançados e não apenas se submeter a comprar equipamentos de
outros países e montá-los aqui. Dessa maneira, o Brasil aumentará o número de
pesquisadores brasileiros com condições de competitividade com cientistas do
mundo inteiro. Aliás, nossos pesquisadores já estão chamando mais a atenção dos
pesquisadores do resto do mundo para as suas teses por conta do aumento em
investimentos tecnológicos que o Brasil está fazendo, ainda que sejam pequenos se
comparados com outros países.
Palavras-Chave: Inteligência Artificial, Características de Inteligência Artificial,
Pesquisa Bibliográfica, Aplicação de Inteligência Artificial.
ABSTRACT
The aim of this study was to identify an overview of the State of the
Art of Artificial Intelligence (IA) in Brazil. The theory that was used for analysis of the
facts was the concept of IA, according to Rich (1988), Dwyer (2001) and Pereira
(2004), regarding the origin, according to Bittencourt (2006) and Ciriaco (2008), the
characteristics of IA, in Fetzer (2001), Setzer (2002) and Bittencourt (2006)´s vision
and the purpose of IA, from the perspective of Rich (1988) and Bittencourt (2006).
This is a literature that was constructed through scientific papers, articles and
bibliographic web for data collection on the topic searched. Among the data
collected, we identified theoretical work performed in the medical, social science,
higher education and one that generally covers the application of IA in real life and
fiction. The results were: the study of development and use of Artificial Intelligence,
the importance of speed of development and that its own artificial intelligence is
driven by the speed of development of the information. AI through the internet,
offering easy access to updated data and information and contribute greatly in
intellectual development. All this allows us to do more in less time and with better
quality. Brazil needs to invest more in research and production of advanced
technological equipment and not just submitting to buy equipment from overseas and
assemble them here. Thus, Brazil will increase the number of Brazilian researchers
with competitive footing with scientists around the world. Incidentally, our researchers
are already drawing more attention from researchers around the world for their
theses due to the increase in technology investment that Brazil is doing, even if they
are small compared with other countries.
Keywords: Artificial Intelligence, Characteristics of Artificial Intelligence, Library
Research, Application of Artificial Intelligence.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 10
CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................ 12
1.1 Conceitos de Inteligência Artificial ................................................................ 12
1.2 Origem e desenvolvimento de Inteligência Artificial ..................................... 13
1.3 Características de Inteligência Artificial ........................................................ 14
1.4 Finalidades de Inteligência Artificial ............................................................. 16
CAPÍTULO II – METODOLOGIA DE PESQUISA ..................................................... 18
2.1 Contexto de Pesquisa. ................................................................................ 18
2.2 Instrumentos de coleta de dados ................................................................ 19
2.3 Procedimentos de análises de dados .......................................................... 19
CAPÍTULO III – APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .............. 21
3.1 Categorização dos dados ............................................................................ 21
3.1.1 Inteligência Artificial na oftalmologia ..................................................... 22
3.1.2 Inteligência Artificial nas ciências sociais ............................................. 24
3.1.3 Inteligência Artificial no ensino superior ............................................... 27
3.1.4 Inteligência Artificial na vida real e na ficção científica ......................... 29
3.2 Semelhanças entre trabalhos teóricos ........................................................ 30
3.3 Diferenças entre trabalhos teóricos ............................................................. 31
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 32
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 35
10
INTRODUÇÃO
Este trabalho refere-se a uma pesquisa bibliográfica que objetiva
identificar um panorama sobre a Inteligência Artificial (IA) no Brasil.
Inteligência Artificial é uma ciência que estuda e explora a
capacidade computacional para melhoria de diversas áreas na sociedade. Visto que
há muitas ramificações da inteligência artificial, cada uma dedica-se a uma parte do
comportamento humano. Uma estuda os robôs e se preocupa com a parte motora,
outra tem como objeto de estudo a fala, com o intuito de criar máquinas com
capacidade de falar e entender as línguas e seus significados. Essas máquinas são
utilizadas desde projetos cinematográficos até projetos robóticos caríssimos
desenvolvidos para a área da saúde.
Pereira (2004) justifica e salienta a importância tecnológica e
econômica da Inteligência Artificial.
Dwyer (2001) afirma que:
Nas sociedades contemporâneas, o aprofundamento do uso dessas novas tecnologias pode trazer importantes consequências para as Ciências Sociais afetando, potencialmente, o ensino, a pesquisa e a construção de teoria, sem contar também o crescente número de informações disponibilizadas por meio do computador que viabilizam com maior velocidade e integridade, aumentando assim o conhecimento de quem as utiliza (DWYER, 2001, p.58).
Diante do surgimento dessa nova tecnologia, formulamos as
seguintes questões de pesquisa:
1) Em quais áreas são aplicadas a inteligência artificial no Brasil ?
2) Quais contribuições trouxeram a essas áreas?
Este trabalho justifica-se por ser pré-requisito para obtenção do
nosso Certificado de Técnico em Informática, cursado na Escola Técnica Estadual
Professor Aprígio Gonzaga - Extensão CEU Quinta do Sol, mantida pelo Centro
Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza.
11
Acreditamos que esta pesquisa é importante por esclarecer o que
é Inteligência Artificial e assim despertar interesse de outras pessoas em conhecer
melhor e pesquisar essa parte da ciência da computação e, além disso, por mapear
um panorama de estudos dessa área no Brasil
Para respondermos nossas perguntas de pesquisa, organizamos
nosso trabalho da seguinte forma:
No capítulo I, apresentaremos a fundamentação teórica sobre a
Inteligência Artificial, seu conceito, origem, características e sua finalidade.
No capítulo II, apresentaremos a metodologia de pesquisa utilizada
para responder às questões citadas neste trabalho.
No capítulo III, apresentaremos e discutiremos os resultados
encontrados nesta pesquisa.
A seguir, apresentaremos as Considerações Finais e as
Referências Bibliográficas utilizadas para realização desta pesquisa encerram este
trabalho.
12
CAPÍTULO I
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O objetivo deste capítulo é apresentar o conceito da Inteligência
Artificial, assim como sua origem, características e sua finalidade.
1.1 Conceitos de Inteligência Artificial
A Inteligência Artificial, de acordo com Pereira (2004), é uma
disciplina científica que utiliza as capacidades de processamento de símbolos da
computação com o fim de encontrar métodos genéricos para automatizar atividades
perceptivas, cognitivas e manipulativas, por via do computador. Comporta quer
aspectos de psicanálise quer de psicossíntese. Possui uma vertente de investigação
fundamental acompanhada de experimentação e uma vertente tecnológica, as quais,
em conjunto, estão a promover uma revolução industrial: a da automatização de
faculdades mentais por via da sua modelização em computador.
Dwyer (2001), em seu trabalho, apresenta a seguinte definição:
A capacidade de um computador digital ou aparelho robótico controlado por um computador a cumprir tarefas normalmente associadas com processos intelectuais superiores, características de seres humanos tais como capacidade de raciocinar, descobrir significados, generalizar ou aprender a partir de experiências do passado. Se usa a expressão para se referir aquele ramo da ciência da computação que cuida do desenvolvimento de sistemas dotados com tais capacidades. (DWYER, 2001, p.58).
Além disso, o ponto de vista de Dwyer (2001) é que a Inteligência
Artificial copia a atividade humana, reproduz artificial e rapidamente atos rotineiros
de pesquisadores, tais como classificação ou codificação de dados qualitativos, atos
que teriam que ser executados manualmente se essas tecnologias não existissem.
13
Segundo Rich (1988), inteligência artificial é o estudo de como
fazer os computadores realizarem tarefas em que, no momento, as pessoas são
melhores.
Bittencourt (2006) diz que dada a impossibilidade de uma definição
formal precisa para inteligência artificial, visto que para tanto seria necessário definir,
primeiramente, a própria inteligência, foram propostas algumas definições
operacionais: “uma máquina é inteligente se ela é capaz de solucionar uma classe
de problemas que requerem inteligência para serem solucionados por seres
humanos”; “Inteligência Artificial” é a parte da ciência da computação que
compreende o projeto de sistemas computacionais que exibam características
associadas, quando presentes no comportamento humano, à inteligência; ou ainda
“Inteligência Artificial” é o estudo das faculdades mentais através do uso de modelos
computacionais”. Outros se recusam a propor uma definição para o termo e
preferem estabelecer os objetivos da inteligência artificial: “tornar os computadores
mais úteis e compreender os princípios que tornam a inteligência possível”.
(BITTENCOURT, 2006, p. 53).
Definir Inteligência Artificial, de acordo com Bittencourt (2006), é
difícil. Contudo, observamos que há semelhança entre as definições apresentadas,
visto que todas as definições referem-se à capacidade do computador a realizar
serviços que necessitam de raciocínio, ou seja, tarefas que para serem executadas
necessitam de um intelecto, as quais são praticadas por seres humanos. Em relação
à função do computador, os autores compartilham do mesmo ponto de vista.
1.2 Origem e desenvolvimento de Inteligência Artificial
Segundo Ciriaco (2008), a história de IA é iniciada a partir de 1940.
A pesquisa em torno dessa nova ciência objetivava encontrar novas funcionalidades
para o uso do computador, ainda em projeto. Com o início da Segunda Guerra
Mundial, surgiu a necessidade de desenvolver a tecnologia para impulsionar a
indústria bélica. A partir daí surgem várias linhas de estudo da inteligência artificial,
14
sendo uma delas a biológica, a qual estuda o desenvolvimento de conceitos que
almejavam imitar as redes neurais humanas.
Ciriaco (2008) diz que:
Na verdade, é nos anos 60 em que essa ciência recebe a alcunha de Inteligência Artificial e os pesquisadores da linha biológica acreditavam ser possíveis máquinas realizarem tarefas humanas complexas, como raciocinar. Depois de um período negro, os estudos sobre redes neurais voltam à tona nos anos 80, mas é nos anos 90 que ela tem um grande impulso, consolidando-a verdadeiramente como a base dos estudos da IA. Hoje em dia, são várias as aplicações na vida real da Inteligência Artificial: jogos, programas de computador, aplicativos de segurança para sistemas informacionais, robótica (robôs auxiliares), dispositivos para reconhecimentos de escrita a mão e reconhecimento de voz, programas de diagnósticos médicos e muito mais. (CIRIACO, 2008, p.1).
De acordo com Bittencourt (2006, p.52), as correntes de
pensamentos da Inteligência Artificial já estavam em elaboração por volta dos anos
30. Porém, oficialmente, a inteligência artificial nasceu em 1956, em uma
conferência de verão em Dartmouth College, NH, USA. Nessa conferência, surgiu
uma proposta, escrita por John McCarthy (Dartmouth), Marvin Minsky (Hardward),
Nathaniel Rochester (IBM) e Claude Shannon (Bell Laboratories), que foi apreciada
pela fundação Rockfeller, na qual consta o objetivo dos autores de fazer um estudo
da Inteligência Artificial, no período de dois meses por dez homens. Ao que tudo
indica, essa foi a primeira vez que usaram oficialmente a expressão Inteligência
Artificial. Desde o seu início, a inteligência artificial causou polêmica no sentido de
que alguns consideravam seu nome pretensioso, inclusive sua definição, objetivos e
metodologias. As promessas exageradas e consequentemente suas decepções tem
como causa a falta de conhecimento dos princípios da inteligência, bem como os
limites da capacidade de processamento dos computadores.
1.3 Características de Inteligência Artificial
Segundo o estudo de Setzer (2002), a Inteligência Artificial está
dividida em duas categorias: Inteligência Artificial forte e fraca. Nesse estudo ele cita
outros autores que apresentam seus pontos de vista sobre essas categorias. Um
15
desses pontos de vista resume-se em “que a mente está para o cérebro assim como
o programa está para o hardware do computador” (SEARLE,1991,p.28). Contudo, na
Inteligência Artificial fraca os computadores são considerados apenas ferramentas,
dispositivos que podem ser úteis no estudo das características da mente, mas que
não possuem mentes, mesmo quando estão executando programas.
Setzer (2002) comenta sobre o trabalho de Pollock (1989),
apontando que a tese da Inteligência Artificial forte é a construção de máquinas que
tenham capacidades humanas: é a de que podemos construir (uma coisa que
literalmente pensa, sente e é consciente) por meio de um sistema físico dotado de
Inteligência Artificial apropriada.
O autor, ao citar Fetzer (2001), menciona que a Inteligência Artificial
forte trata de como nós pensamos e que a Inteligência Artificial fraca trata de como
nós devemos pensar e que hoje a visão dos pesquisadores levam a crer que a tese
forte está correta. Embora Setzer (2002) não concorde com essas teses, pois para
ele inteligência e pensamento não são processos físicos, ele acredita que os
computadores podem ser válidos, mas não como base para estudo da inteligência
ou dos pensamentos, porque esses últimos não são processos digitais ou
algorítmicos.
Conforme Bittencourt (2006), há duas linhas fundamentais de
pesquisa para a construção de sistemas inteligentes: a linha conexionista e a linha
simbólica.
A linha conexionista aponta a modelagem da inteligência humana
por meio da simulação dos componentes do cérebro, ou seja, de seus neurônios, e
de suas interligações. Essa proposta tem como base um primeiro modelo
matemático para um neurônio, que foi desenvolvida pelo neuropsicólogo McCulloch
e o lógico Pitts, inicialmente em 1943. O primeiro modelo de rede neuronal chamado
Perceptron, proposto por Rosenblatt (1957), teve suas limitações apresentadas em
livro cujas propriedades matemáticas de redes artificiais de neurônios são
analisadas por Minsky e Papert. Segundo Bittencourt (2006), essa linha de pesquisa
não foi ativada durante muito tempo, porém, ao lançarem no mercado
microprocessadores, pequenos e baratos, possibilitou a implementação de
16
máquinas de conexão compostas de milhares de microprocessadores, isso, junto
com a solução de alguns problemas teóricos importantes, ofereceu um estimulo às
pesquisas nessa área. A área de redes neuronais artificiais tem como origem o
modelo conexionista (BITTENCOURT, 2006, p. 53).
Bittencourt (2006), para argumentar sobre a linha simbólica, a qual
segue a tradição lógica, aponta McCarthy e Newell como os seus principais
defensores. Segundo o autor, os princípios dessa linha de pesquisa são abordados
no Physical symbol systems de Newell. Por volta dos anos 70, os sistemas
especialistas (SE) (do inglês, expert system), que são idealizados com o objetivo de
reproduzir o comportamento de especialistas humanos ao resolverem problemas do
cotidiano, conquistaram o sucesso, estabelecendo a manipulação simbólica para a
construção de sistemas inteligentes desse tipo.
1.4 Finalidades de Inteligência Artificial
As finalidades da Inteligência Artificial é o estudo de como fazer os
computadores realizarem tarefas em que, no momento, as pessoas realizam com
mais afinco (RICH, 1988, p.1).
Bittencourt (2006) não trata da finalidade, mas sim dos objetivos,
apresentando a história e os objetivos da Inteligência Artificial dividida em épocas,
conforme proposto em relatórios internos do MIT (Massachusetts Institute of
Technology), conforme demonstramos a seguir:
Clássica (1956-1970) Objetivo: simular a inteligência humana Métodos: solucionadores gerais de problemas e lógica Motivo do fracasso: subestimação da complexidade computacional dos problemas. Romântica (1970-1980) Objetivo: simular a inteligência humana em situações pré-determinadas. Métodos: formalismos de representação de conhecimento adaptados ao tipo de problema, mecanismos de ligação procedural visando maior eficiência computacional.
17
Motivo do fracasso: subestimação da quantidade de conhecimento necessária para tratar mesmo o mais banal problema de senso comum. Moderna (1980-1990) Objetivo: simular o comportamento de um especialista humano ao resolver problemas em um domínio específico. Métodos: Sistemas de regras, representação da incerteza, conexionismo. Motivo do fracasso: subestimação da complexidade do problema de aquisição de conhecimento (BITTENCOURT, 2006, p.54).
Atualmente, a influência da Inteligência Artificial, em outros campos
da computação, como engenharia de software, bancos de dados e processamento
de imagens vem crescendo constantemente. O desenvolvimento dos muitos
sistemas especialistas (SE‟s) existentes em operação nos mais variados ramos
(agricultura, química, sistemas de computadores, eletrônica, engenharia, geologia,
gerenciamento de informações, direito, matemática, medicina, aplicações militares,
física, controle de processos e tecnologia espacial.) trouxe diversos benefícios, tais
como: distribuição de conhecimento especializado, memória institucional,
flexibilidade no fornecimento de serviços (consultas médicas, jurídicas, técnicas,
etc.), facilidade na operação de equipamentos, maior confiabilidade de operação,
possibilidade de tratar situações a partir de conhecimentos incompletos ou incertos,
treinamento, entre outros.
A evolução dos objetivos da Inteligência Artificial, desde a aspiração
de construir uma Inteligência Artificial semelhante a do ser humano até a de tornar
os computadores mais úteis utilizando ferramentas que ajudam as atividades
intelectuais dos seres humanos, aponta a Inteligência Artificial e a computação em
geral como um processo constante de criação de representações de conhecimento.
18
CAPÍTULO II
METODOLOGIA DE PESQUISA
O objetivo deste capítulo é apresentar a metodologia de pesquisa
bibliográfica, que envolve o contexto de pesquisa, os instrumentos de coleta de
dados e procedimentos utilizados para a análise do corpus.
2.1 Contexto de pesquisa
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que, para Appolinário (2006),
é o tipo de pesquisa que visa a lançar um novo olhar sobre uma temática que já foi
pesquisada por outros autores, ou seja, tomar como documento de análise outras
pesquisas anteriormente elaboradas.
Isso significa dizer que pesquisa bibliográfica não se confunde com
pesquisa documental. Enquanto a primeira trata-se de um novo olhar sobre um
trabalho já realizado, a segunda, na visão de Appolinário (2006), trata-se de uma
pesquisa, cujo objeto de análise é um documento. Documento é considerado, na
visão desse autor, livros, revistas, filmes em VHS ou DVD, CD‟s etc. Então, a
documental seria aquela pesquisa cuja preocupação está em verificar um
documento que ainda não teve um tratamento científico.
De acordo com o autor, outro conceito fundamental é a de sujeito
de pesquisa, o qual não se reporta apenas a pessoas pesquisadas, mas também
pode significar um animal, uma empresa, uma cidade. Segundo o autor, o termo
correto seria unidade observacional e unidade experimental. A primeira refere-se à
pesquisa descritiva e, a segunda, tem referência à pesquisa de tipo experimental.
19
2.2 Instrumentos de coleta de dados
Instrumentos de coleta de dados para Appolinário (2006) é a
estratégia utilizada para obtenção das informações necessárias para pesquisa. A
coleta de dados pode ser feita por meio de um questionário, uma entrevista, um
microscópio, observação direta do comportamento de pessoas, um tomógrafo
computadorizado, quer dizer, significa coletar informações para, a partir de então,
agrupá-la, observá-la ou compará-la a fim de produzir informações relevantes com a
teoria adotada para a explicação do fenômeno analisado.
Por meio das palavras-chave (Inteligência Artificial, Pesquisa
Bibliográfica de Inteligência Artificial, Áreas de Inteligência Artificial, Características
de Inteligência Artificial) pesquisamos nos sites abaixo mencionados a fim de
identificarmos trabalhos já realizados a respeito da temática pesquisada por este
estudo.
site: http://centria.di.fct.unl.pt
site: http://www.das.ufsc.br
site: http://www.dominiopublico.gov.br
site:http://fatec.org
site:http://www.ime.usp.br
site: http://www.scielo.br
2.3 Procedimentos de análise de dados
O corpus de análise é composto por quatro artigos. Esse material
compreende o período de 2000 a 2008. A fim de alcançarmos os objetivos
propostos, lemos os materias selecionados para compor as categorias de análise. A
palavra categoria refere-se às características comuns entre si, estando ligada à ideia
de classe ou série, com o intuito de estabelecer classificações e uma maior
compreensão dos resultados alcançados (GOMES, 2001).
A partir das etapas acima mencionadas, aplicamos a análise de
conteúdo que, segundo Appolinário
20
“tem por finalidade básica a busca do significado de materiais textuais, sejam eles artigos de revistas, prontuários de pacientes de um hospital seja a transcrição de entrevistas realizadas com sujeitos, individual ou coletivamente” (APPOLINÁRIO, 2006, p.161).
21
CAPÍTULO III
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Este capítulo tem como objetivo identificar em quais áreas tem sido
aplicada a Inteligência Artificial e discutir as semelhanças e diferenças entre os
trabalhos teóricos que exemplificam e justificam aplicações dessa temática em
segmentos distintos, com a finalidade específica de mapear um panorama de
estudos a respeito da Inteligência Artificial no Brasil.
3.1 Categorização dos dados
A partir do corpus de análise deste trabalho teórico que também
exemplifica e justifica a aplicação da Inteligencia Artificial em várias áreas,
identificamos pesquisas realizadas sobre a Inteligência Artificial na área médica
(especificamente na oftalmologia), na área das ciências sociais, na área do ensino
superior de Inteligência Artificial e uma pesquisa que abrange de modo geral a
aplicação da Inteligência Artificial na vida real e na ficção científica. Não
identificamos trabalhos práticos, mas parece que a iniciativa privada é a grande
financiadora de pesquisas em tecnologia. As universidades públicas ou privadas
parece que não estão preocupadas em fomentar esse tipo de pesquisa. Isso pode
comprometer o desenvolvimento do país, pois tal desenvolvimento depende em
primeiro lugar de capital humano, pessoas capacitadas a pensar e resolver
problemas cada vez mais complexos, e o capital tecnológico. Para desenvolver o
capital tecnológico, primariamente precisa-se de pessoas qualificadas. Se as
empresas estão financiando esse tipo de pesquisa, muito provavelmente elas não
compartilharão seus resultados com a sociedade, pois elas visam a lucro, certo? Se
o conhecimento não é compartilhado, a sociedade não se beneficia dele.
A seguir citaremos os objetivos dos trabalhos teóricos.
22
O trabalho que foca a área da oftalmologia de Belfort Jr. & Schor
(2000), teve como principal objetivo conscientizar a classe médica que saber utilizar
os recursos tecnológicos disponíveis como: a internet, sites de busca, programas e
ferramentas usadas na área médica providas de Inteligência Artificial e a busca por
informações é mais importante que memorizá-las.
O objetivo de Dwyer (2001) foi analisar o desenvolvimento e uso de
novas tecnologias como a Inteligência Artificial, quais as consequências que o uso
dessas tecnologias provocarão no ensino das ciências sociais.
O trabalho de Bittencourt (2006) teve como finalidade auxiliar a área
do ensino superior demonstrando uma breve história da inteligência artificial.
Ciriaco (2008) teve como objetivo esclarecer o que é Inteligência
Artificial e mostrar suas aplicações na vida real e na ficção científica, assim como as
consequências que essa temática pode trazer à humanidade.
Apresentaremos a seguir a discussão desses trabalhos.
3.1.1 Inteligência Artificial na oftalmologia
Em um dos trabalhos teóricos que exemplifica e justifica a aplicação
da Inteligencia Artificial identificado sob o título Programas inteligentes, inteligência
artificial e oftalmologia, de Belfort Jr. & Schor (2000), verificamos que o principal
objetivo dos professores de médicos é conscientizar a classe médica que saber
utilizar os recursos tecnológicos disponíveis como a internet, sites de busca,
programas e ferramentas usadas na área médica providas de Inteligência Artificial e
a busca por informações é mais importante que memorizá-las.
Com o avanço tecnológico, a informação está sendo digitalizada e
sua leitura está direcionada para os teclados e monitores. A constante alimentação
de dados e de informações e as correções de diagnósticos errôneos proporcionam
atualizações dessas ferramentas.
Observamos também que os autores valorizam a importância da
velocidade das informações que a Inteligência Artificial traz à área da oftalmologia e
como a Inteligência Artificial ajudará os pacientes que aguardam tratamento na fila
23
de espera, visto que tempo é vital para pacientes portadores de doenças graves.
Segundo os autores, “A vida média das „verdades científicas e médicas‟ é cada vez
mais curta” (2000, p.1). Isso porque os especialistas em oftalmologia atualmente
dispõem de programas de computadores que são sistemas inteligentes, os quais
agilizam as pesquisas que são atualizadas constantemente.
O médico por saber, ou julgar saber, não procura as novidades e as
soluções para problemas clínicos em sua área. Essas novidades são
disponibilizadas nos sites e atualizadas a cada meia hora, no Brasil.
De acordo com os autores, com a inauguração da Internet II, que é
uma rede de computadores com muito mais recursos que a Internet comum, a qual
serve como ferramenta e objeto de pesquisa, devido à alta velocidade de
transmissão de dados, essa rede interliga várias instituições acadêmicas e
científicas, tais como a Unifesp, Unicamp, USP, Incor, PUC e Fapesp. Essa ligação
possibilitou a discussão de exames oftalmológicos entre médicos em tempo real. Os
médicos virtuais começam a ser uma realidade, e podem exercer suas atividades em
casa ou em qualquer lugar.
Os estudos da Inteligência Artificial estão avançando a tal ponto que
os programas formularão as hipóteses em 30 segundos, as quais serão reavaliadas
por um especialista em 30 minutos. Como exemplos, os autores citam sistemas
inteligentes de diagnósticos, que dão apoio aos médicos, o Iliad e o Quick Medical
Reference. Esses programas realizam diagnósticos em várias áreas da medicina
interna. O uso desses programas resulta não só na economia de tempo, recursos
humanos e econômicos, mas também em tratamentos antes impossíveis na
oftalmologia.
Assim, programas de Inteligência Artificial poderão guiar o
tratamento oftalmológico automaticamente e quase que instantaneamente, sem o
empenho humano direto, assim como os tratamentos de doenças como diabetes,
alterações sistêmicas e inflamatórias. Isso porque já existem laboratórios em que o
paciente acompanha o resultado do seu exame on-line com todo o sigilo que a ética
médica exige.
24
3.1.2 Inteligência Artificial nas ciências sociais
Outro trabalho teórico que exemplifica e justifica a aplicação da
Inteligência Artificial é Inteligência, tecnologias informacionais e seus possíveis
impactos sobre as Ciências Sociais, do professor Dwyer (2001). Inferimos que o
autor, ao falar de tecnologias informacionais, refere-se à inteligência artificial, isso
porque, segundo o autor “a tecnologia informacional copia a atividade humana,
reproduz artificial e rapidamente atos rotineiros de pesquisadores” (2001, p.6).
Esse trabalho diz respeito ao crescente número de informações em
formato eletrônico que estão disponíveis na internet, transforma o sistema de ensino
nas Ciências Sociais, mudando o modo de ensinar, de pesquisar e de formar teoria.
Além disso, a revolução informacional abriu novos campos de pesquisa. Devido às
novas informações e recursos disponíveis aos alunos, professores e pesquisadores,
essas pessoas poderão transformar várias áreas de pesquisas.
Verificamos ainda que o autor aponta que uma das consequências
da informatização e de se ter um nível de recursos tecnológicos enorme é a
mudança na relação professor-aluno. Desse modo, o professor não transmite mais
as informações, mas ajuda o aluno a entender o que ele mesmo pesquisou. Outra
consequência é a de que os professores devem utilizar e também ensinar seus
alunos a utilizarem essa gama de recursos, pois caso contrário, eles serão vistos
como preguiçosos ou defensores da anticiência, já que se usarem livros e dados
desatualizados estarão transmitindo conceitos ultrapassados.
Dwyer (2001) afirma que por meio da tecnologia provida de
inteligência artificial se faz mais com maior qualidade e em menos tempo, como no
caso de uma pesquisa informatizada e de fichário informatizado. Entendemos assim
que a tecnologia reduz a quantidade de erros de catalogação e o tempo gasto em
uma pesquisa, caso essa fosse feita manualmente.
Outra utilização que destacamos citada por Dwyer (2001) é a de
que programas especializados catalogam informações e mecanizam atividades de
pesquisadores, como cruzar conteúdos para compará-los e classificá-los, e a partir
disso formular ou reformular conceitos e teorias. O autor afirma que esses
25
programas transformaram uma das técnicas mais antigas das ciências sociais, a
análise de conteúdo. Essa transformação traz grandes benefícios para os
pesquisadores, economizando tempo, recursos e gastos, resultando em melhor
qualidade na pesquisa. Dessa forma, uma pesquisa pode ser feita por um único
pesquisador que sabe manipular programas inteligentes, que tenha uma boa
percepção sociológica e que sabe teorizar, em vez de ser feita por uma equipe de
pesquisadores.
Outro relato é que muitas pesquisas antes inviáveis por causa do
tempo já podem ser realizadas, graças aos recursos tecnológicos existentes e
disponíveis.
Constatamos que a informatização da sociedade disponibilizou uma
grande quantidade de dados em formato digital, como o de jornais e revistas em CD-
Rom, mas para a análise de tanta informação é preciso não só usar as tecnologias
disponíveis como programas de planilhas e de análise quantitativa de dados
qualitativos, como também o pesquisador deve saber interpretar o que é analisado.
Destacamos dois problemas identificados por Dwyer (2001),
relacionados ao uso de tecnologias informacionais, o primeiro é a necessidade de
uma formação teórica adequada, já que a tecnologia não substitui a tarefa do
pesquisador de teorizar. O segundo problema é que os dados para serem tidos
como legítimos devem estar contidos no banco de dados, ou seja, dentro do
programa, caso contrário, não poderá ser analisado.
Dwyer (2001), em seu trabalho, para tecer comentário sobre a
inteligência social artificial cita a definição de Bainbridge et ali (1994) “a inteligência
social artificial como a aplicação de técnicas de inteligência mecânica a fenômenos
sociais... inclusive construção de teoria e análise de dados”. Segundo Dwyer (2001),
os autores referem-se à representação da vida em sociedade, grupos ou
organizações, através de processos de modelagem que produzem simulações do
comportamento humano em determinados contextos. Consideramos baseado na
descrição de Dwyer (2001) que a inteligência social artificial é a aplicação da
inteligência artificial para análise do mundo social, por meio de pesquisa, análise e
26
teorização de dados. Esse recurso, conforme pesquisado, representa a vida em
sociedade, por meio de simulação do comportamento humano em certas situações.
Segundo Dwyer (2001), pesquisadores de inteligência artificial
desenvolveram programas inteligentes com a habilidade de entrevistar. Esses
programas começaram a ser utilizados no campo da psicoterapia por volta dos anos
80. O paciente faz uma entrevista com a máquina e em seguida relaciona os motivos
que estão deixando-o com depressão, por meio de técnicas de múltipla escolha.
Esse sente-se mais confortável em responder a questões sobre sua depressão a
uma máquina do que responder essas mesmas perguntas diretamente ao seu
psiquiatra.
De igual modo, esses programas inteligentes estão sendo utilizados
em pesquisas nas Ciências Sociais. Há pesquisas sobre a utilização de máquinas
dotadas de certo grau de inteligência artificial para nortear entrevistas. Um dos
benefícios notados foi que as pessoas entrevistadas ficam mais à vontade ao
responder para a máquina do que para outra pessoa, mesmo que esse tema seja
delicado, quer dizer, um assunto que possa lhe gerar certo constrangimento. O
mesmo benefício foi encontrado no campo da psicoterapia. Outro benefício é a
utilização de hipertextos para conduzir a entrevista e desse modo aprofundar
questões peculiares e, com o auxílio da tabulação das respostas, economizar tempo,
esforço e também o benefício de realizar pesquisas de opinião pública pela internet.
Outra área que utiliza a inteligência artificial é a estatística, o
programa Statiscal Navegator apresenta e auxilia o pesquisador a escolher entre
200 tipos de análise de estatísticas, os quais são mais adequados para serem
adotados em seu projeto. Nesse programa também há entrevista sobre os objetivos
e as prioridades do projeto. As tecnologias informacionais, segundo Dwyer
(2001) são utilizadas nas ciências sociais para testar e gerar novas hipóteses de
pesquisadores. Outros cientistas dedicam-se na construção de formas de vida
artificial para simularem comportamentos de animais e de seres humanos e
desenvolverem modelos computacionais capazes de simularem o que ocorre em
sociedade, como guerras, epidemias, fome, desastres. Contudo, de acordo com
Dwyer (2001), essas simulações funcionam adequadamente quando os
27
comportamentos são automáticos e, portanto, previsíveis pela máquina, do que
ações que requeiram cálculo e reflexão. Assim, de posse desses comportamentos,
pode-se teorizar qual a melhor e mais rápida maneira de ajudar pessoas em
dificuldades, como no caso da catástrofe ocorrida no Japão em 2011.
Em seu trabalho, Dwyer, em 2001, argumentava que a inteligência
artificial ameaçava chegar ao ensino, principalmente, nas salas de aulas de alunos
de ciências sociais. De acordo com seu ponto de vista, as universidades
particulares, com o objetivo de reduzir o custo de ensino por aluno, seriam as
primeiras a adotarem essa tecnologia. O autor tinha razão, a inteligência artificial é
uma realidade dentro das universidades no Brasil, e como ele previu, a
aplicabilidade dessa tecnologia teve seu início nas universidades particulares, as
quais oferecem cursos a distância para diversas áreas de ensino. O desempenho do
professor nessa nova modalidade de ensino é orientar a distância o aluno para que
ele seja autônomo na busca do seu conhecimento.
3.1.3 Inteligência Artificial no ensino superior
Outra pesquisa teórica intitulada Breve história da Inteligência
Artificial, de Bittencourt (2006), exemplifica a aplicação da inteligência artificial e tem
como foco auxíliar o ensino dessa temática no nível superior. De acordo como o
autor, existem duas linhas de pesquisas para a construção de sistemas inteligentes,
a conexionista e a simbólica. A linha conexionista, segundo o autor, visa à
modelagem da inteligência artificial por meio da simulação dos neurônios do
cérebro. Durante muito tempo, essa linha de pesquisa não foi muito ativa, somente
com o surgimento dos microprocessadores pequenos e baratos e com a
implementação dessas máquinas de conexão fomentou as pesquisas na área. Esse
modelo deu origem à area de redes neuronais artificiais. O autor esclarece que um
primeiro modelo de rede neuronal (conjunto de neurônios interligados) foi proposto
por Rosenblatt (1957).
A linha simbólica, do ponto de vista do autor, segue a tradição
lógica e visa à manipulação simbólica de um grande número de fatos especializados
28
de determinada área para construção de sistemas inteligentes do tipo simbólico.
Suas áreas principais de pesquisas são: sistemas especialistas, aprendizagem,
representação de conhecimento, aquisição de conhecimento, tratamento de
informação imperfeita, visão computacional, robótica, controle inteligente,
inteligência artificial distribuída, modelagem cognitiva, arquiteturas para sistemas
inteligentes, linguagem natural e interfaces inteligentes. Essa linha simbólica está
dividida em três partes: clássica, romântica e moderna.
Segundo Bittencourt (2006), a linha clássica dedica-se ao estudo do
desenvolvimento de sistemas gerais capazes de resolver qualquer tipo de problema.
Tal estudo ajudou a estabelecer os fundamentos teóricos dos sistemas de símbolos
e deram à inteligência artificial uma série de técnicas de programação voltadas à
manipulação simbólica e não à solução de um problema real.
Já a linha romântica, conforme o autor, tem como objetivo a
construção de teorias e o desenvolvimento de programas inteligentes, que
verificassem essas teorias. Essas pesquisas eram restritas a ambiente acadêmico,
por não haver interesse em construir programas de inteligência artificial com
aplicações práticas. De acordo com o autor, no transcorrer da década de 70, ocorreu
importante mudança nos critérios acadêmicos de julgamento de trabalhos em
inteligência artificial, visto que passou-se a exigir formalização matemática. A análise
formal da metodologia, decidibilidade, completude, complexidade e a semântica bem
fundada passou a ser fundamental e o programa passou a ter menos importância.
Ainda nessa década surgiram os primeiros sistemas especialistas (SE‟s) cujo
objetivo era reproduzir o comportamento de especialistas humanos na resolução de
problemas do mundo real.
Mas, foi na linha moderna que essa tecnologia (SE‟s), conforme
Bittencourt (2006), teve grande crescimento, despertando o interesse dos
empresários por um produto comercializável que utilizasse essa tecnologia e que
fosse implementado uma só vez e vendido em milhares de unidades. Porém os SE‟s
não eram esse produto esperado pelos empresários e sim um sistema específico
para resolver um determinado problema. Surgiu, assim, no mercado, os arcabouços
de sistemas especialistas (ASE), ferramentas que suportam todas as
29
funcionlalidades de um SE, e que prometiam resolver o problema de construção de
SE. Tais ferramentas ajudaram muito na construção de um sistema complexo, mas
saber o que programar era preponderante para os usuários.
O autor afirma que o desenvolvimento de SE‟s trouxe muitos
benefícios, assim como: distribuição de conhecimento especializado, memória
institucional, flexibilidade no fornecimentro de serviços tais como: consultas médicas,
jurídicas, técnicas, etc., facilidade na operação de equipamentos, maior
confiabilidade de operação, possibilidade de tratar situações a partir de
conhecimentos incompletos ou incertos, treinamento, entre outros. Ele diz também
que hoje em dia há muitos SE‟s em operação nas diversas áreas e que a inteligência
artificial evolui constantemente influenciando outros campos da computação, assim
como engenharia de software, banco de dados e processamento de imagens.
3.1.4 Inteligência Artificial na vida real e na ficção científica
Outra pesquisa teórica que exemplifica e justifica a aplicação da
Inteligencia Artificial de título O que é Inteligência Artificial?, de Ciriaco (2008), teve
como objetivo de trabalho esclarecer o que é inteligência artificial e mostrar suas
aplicações na vida real e na ficção científica e a controvérsia baseada em filmes de
ficção, do uso da inteligência artificial sem a ética e o bom senso.
Segundo o autor, Inteligência Artificial é um ramo da ciência da
computação que se propõe a elaborar aplicativos que simulem a capacidade
humana de raciocinar e resolver problemas, ou seja, a habilidade de ser inteligente.
Essa ciência existe desde os anos 40 e é grandemente
impulsionada com o rápido desenvolvimento das informações e da computação,
permitindo assim que novos elementos se agreguem a ela. Contudo, no início, as
pesquisas eram feitas apenas para descobrir novas maneiras de se utilizar o
computador ainda em projeto.
Hoje em dia, segundo Ciriaco (2008) a inteligência artificial é
aplicada em jogos, programas de computador, aplicativos de segurança para
sistemas informacionais, robótica (robôs auxiliares), dispositivos para
30
reconhecimentos de escrita a mão e voz, assim como, programas de diagnósticos
médicos e muito mais. Ela está presente em livros, desenhos animados e filmes. Um
autor de destaque nessa área é o russo Isaac Asimov, autor de histórias de sucesso
como O Homem Bicentenário e Eu, Robô. Outro autor de sucesso é Steven
Spielberg diretor do filme AI: Inteligência Artificial.
Os robôs inteligentes podem ser de grande auxílio não só na
medicina, diminuindo o número de erros médicos, como também na exploração de
outros planetas e no resgate de pessoas soterradas por destroços. Além disso,
esses sistemas inteligentes são utilizados para resolver cálculos e realizar pesquisas
que podem encontrar a cura de doenças.
Contudo, há opiniões divergentes que temem as consequências que
poderão acontecer se as máquinas ou robôs agissem independentemente da
vontade do homem, como exemplo a escravidão ou até mesmo a extinção da raça
humana. Exemplos dessas divergências também são contados em outros filmes
como Exterminador do Futuro, de James Cameron, e Matrix, de Andy e Larry
Wachowski. Por esse motivo, é necessária a prática da ética e do bom senso não só
nas pesquisas de inteligência artificial, como também no bom uso de sua
aplicabilidade para o bem da sociedade e não somente para benefício de alguns.
Este trabalho mostrou-nos um panorama geral da aplicabilidade da
inteligência artificial na vida real e também na ficção científica. O autor faz um bom
relato dessa aplicabilidade, entretanto nos parece faltar em seu trabalho a área
especifica de análise, como demonstrou o professor Dwyer (2001) em seu trabalho.
3.2 Semelhanças entre trabalhos teóricos
Belfort Jr. & Schor (2000), Bittencourt (2006) e Ciriaco (2008) têm
em comum o estudo do desenvolvimento e uso da Inteligência Artificial. Eles
compartilham a relevância da velocidade de seu desenvolvimento. Essa velocidade
tem como consequência o auxílio na área da medicina, diminuindo o número de
erros médicos e de diagnósticos aumentando assim a possibilidade de encontrar a
cura de doenças e tratamentos antes impossíveis, de modo que resulta não só na
31
economia de tempo, recursos humanos e econômicos. Também a própria
inteligência artificial é impulsionada pela velocidade do desenvolvimento das
informações e da computação e que graças a essa velocidade novos elementos são
agregados à inteligência artificial.
Belfort Jr. & Schor (2000) e Dwyer (2001) concordam que a
Inteligência Artificial, por meio do uso da internet, oferece fácil acesso tanto a dados
atualizados e informações quanto à discussão de exames médicos em tempo real,
os chamados médicos virtuais que podem exercer suas atividades em casa ou em
qualquer lugar. Eles têm em comum a opinião de que a Inteligência Artificial muito
contribui no desenvolvimento das capacidades intelectuais, na área do ensino e
pode servir de apoio didático. Para ambos, é mais importante saber fazer a melhor e
mais rápida busca pela informação do que memorizá-la. Além disso, permite fazer
mais e em menos tempo e com melhor qualidade.
3.3 Diferenças entre trabalhos teóricos
As diferenças que visualizamos entre os autores foram os focos de
seus trabalhos. Um trabalho aponta para Inteligência Artificial voltada para o ensino
superior, outro foca também no ensino superior, mas voltado para a classe médica,
e ainda outro concentra-se no ensino superior voltado para as ciências sociais. O
último faz sua avaliação para as áreas em geral, entretanto, seria de muito valia se o
autor pontuasse sua análise por área. A definição de Inteligência Artificial foi outra
diferença encontrada entre os autores, pois cada um tem a sua própria definição,
embora, o significado seja o mesmo.
32
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo desta pesquisa foi identificar um panorama sobre a
Inteligência Artificial no Brasil. Pudemos observar que a Inteligência Artificial é uma
ciência que estuda e explora a capacidade de automatizar atividades por meio do
computador para melhoramento de diversas áreas da sociedade. Também, visto que
a temática escolhida está em constante evolução, é necessário que os
pesquisadores continuem sempre se atualizando, aprofundando-se e formulando
novas teorias a respeito desse tema, como nos dedicamos a fazer nesta pesquisa.
Sugerimos também que esse tema seja ensinado com mais afinco no nível superior
não só na teoria, mas também na prática, para formar pessoas capazes de
desenvolver sistemas especialistas providos de Inteligência Artificial.
A cada ano que passa só aumenta o número de empresas e de
seus níveis de investimentos financeiros em inovação tecnológica no país. Mesmo
com a crise financeira internacional ocorrida a partir de 2006, pouco refletiu
negativamente aqui no Brasil, não afetando o crescimento tecnológico no país. Em
resultado disso, a influência e aplicação da Inteligência Artificial na área da
computação e em áreas que não estão diretamente relacionadas com a computação
estão crescendo constantemente. Assim, o desenvolvimento dos muitos sistemas
especialistas (SE‟s) existentes nos mais variados ramos tais como: entretenimento,
educação, ciências sociais, agricultura, química, sistemas de computadores,
eletrônica, engenharia, direito, matemática, medicina, aplicações militares e
tecnologia espacial trouxeram diversos benefícios como: distribuição de
conhecimento especializado e atualizado, flexibilidade no fornecimento de serviços
(consultas médicas, jurídicas, técnicas, etc.), maior confiabilidade de operação,
treinamento, agilidade de pesquisas com ganhos de economia de tempo, recursos
humanos, econômicos e maior qualidade.
Contudo, para se beneficiar dessas tecnologias informacionais, é
necessário saber utilizar essas ferramentas, além de analisar e interpretar o
33
conteúdo coletado, já que a tecnologia não substitui a tarefa do pesquisador de
teorizar.
Em contrapartida às contribuições que a Inteligência Artificial trouxe,
há opiniões divergentes que temem as consequências do que poderá acontecer se
as máquinas agissem independentemente da vontade do homem como exemplo a
escravidão ou até mesmo a extinção da raça humana. No entanto, para nós, o temor
de que as máquinas possam substituir o homem não tem sustentação, pois as
máquinas não pensam, não raciocinam e sempre estarão sujeitas aos homens e não
os homens às máquinas. Mas ainda assim, é necessária a prática da ética e do bom
senso não só nas pesquisas de inteligência artificial como também no bom uso de
sua aplicabilidade para o bem da sociedade como um todo e não somente para
benefício daqueles que a empregam, como por exemplo, o uso de Inteligência
Artificial na fabricação de robôs, armamentos, material bélico, químico, biológico, etc.
Na realização de nossa pesquisa, encontramos dificuldade para a
definição de Inteligência Artificial, pois cada autor tem a sua própria definição, outros
não apontam uma definição, mas seu objetivo. Constatamos que Inteligência
Artificial não é a capacidade do computador ser inteligente, pensar e realizar tarefas
por conta própria, mas sim programar a máquina por meio de processos algorítmicos
para que execute tarefas que necessitam de raciocínio e intelecto, as quais são
praticadas por seres humanos. Vale destacar que, assim como os sistemas
inteligentes simulam o comportamento humano, eles também erram como nós.
A Inteligência Artificial muito tem contribuído de maneira vital na
área da medicina, diminuindo o número de erros médicos. Por meio dessa
tecnologia podem ser feitos diagnósticos mais precisos e em menos tempo, exames
mais complexos, cirurgias delicadas e tratamentos alternativos, ocasionando mais
chances de cura para pacientes com doenças graves ou ainda melhorando a
qualidade de vida desses.
Esses sistemas inteligentes são utilizados para resolver cálculos,
auxiliar a realização de projetos, ensinar e informatizar a sociedade, lançar grandes
produções cinematográficas, analisar o mundo social, sondar a opinião pública e
realizar pesquisas. É bem verdade que a Inteligência Artificial está presente em
34
nosso cotidiano há muitos anos, desde o mais antigo vídeo game até as máquinas
fotográficas mais modernas, que disparam ao encontrar um sorriso, ou mesmo
quando utilizamos o computador e acessamos os corretores ortográficos de textos,
ou ainda quando um erro de sintaxe na frase é detectado e oferecida a correção.
Nisso tudo existe Inteligência Artificial, nós a usamos em nosso dia a dia e essa
ciência facilita e melhora a nossa vida. Dessa forma, a Inteligência Artificial é
aplicada em todas as áreas no Brasil.
Essa temática pesquisada pode contribuir muito com o
desenvolvimento tecnológico do país, haja vista que sua aplicação pode promover
inovação nos meios de produção. O Brasil precisa investir aqui em pesquisas e
produção de equipamentos tecnológicos avançados, com alto grau de valor
agregado e não apenas se submeter a comprar equipamentos de outros países e,
quando no máximo, propor-se a montá-los aqui. Dessa forma, o Brasil aumentará o
número de pesquisadores brasileiros com condições de competitividade com
cientistas do mundo inteiro. Outra consequência notada com o crescimento de
investimentos tecnológicos, embora ainda esses investimentos sejam poucos, se
comparados a de outros países, é que nossos pesquisadores estão chamando mais
a atenção de pesquisadores do resto do mundo para as suas teses e opiniões.
Por fim, sabemos que há muito a ser feito quando se fala de
Inteligência Artificial, e entender a nós mesmos é o começo para estarmos
preparados para os desafios do futuro e para colocar um pouco mais de inteligência
em nossas máquinas.
Em suma, há de se observar que: [...] a mente está para o cérebro
assim como o programa está para o hardware do computador. (SEARLE, 1991
p.28).
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