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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

CENTRO DE TECNOLOGIA – DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA

ESPECIALIZAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS PARA WEB

UMA PROPOSTA DE GUIA DE APRESENTAÇÃO DE CONTEÚDO PARA

SITES EM VERSÃO MOBILE

MARCELO MORALES GRAZIANO

MARINGÁ

2012

MARCELO MORALES GRAZIANO

UMA PROPOSTA DE GUIA DE APRESENTAÇÃO DE CONTEÚDO PARA

SITES EM VERSÃO MOBILE

Trabalho apresentado como requisito para a

aprovação, do curso de pós-graduação

Especialização em Desenvolvimento de Sistemas

para Web, da Universidade Estadual de Maringá,

tendo como orientadora pedagógica Professora

Dra. Tânia Fátima Calvi Tait

MARINGÁ

2012

2

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais, Hilda e Marcelo, ao meu irmão Vitor Hugo e aos meus

amigos que sempre acreditaram e me apoiaram nos mais variados momentos da minha vida,

não me deixando desistir de nenhum objetivo diante das dificuldades e obstáculos.

Se o ambiente permitir, pode-se aprender qualquer coisa, e se o indvíduo permitir, o

ambiente lhe ensinará tudo o que ele tem para ensinar.

(Trecho do livro: Improvisação para o teatro, Viola Spolin)

3

AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer a todos que tornaram este trabalho possível para a conclusão de

mais uma etapa pessoal e profissional da minha vida com o término deste curso de

especialização.

Agradeço primeiramente aos meus pais que sempre me apoiaram e me indicaram o

caminho correto para a vida. Sem a ajuda deles desde o início de todo a minha formação de

caráter jamais teria chegado até aqui, amo vocês.

Aos meus amigos mais próximos, Fernando Eduardo, Keith Karla, Renata, Érica e

Jaque, que nunca colocaram e dúvida minha capacidade e que sempre que penso em desistir

de meu objetivo, me levantam e me lembram, assim como meus pais, quanto a minha

capacidade de aprender é infinita.

Meu agradecimento especial a minha amiga Mônica Anacleto, que sempre me serve

como fonte de inspiração profissional, garra e superação.

Agradeço também aos professores do curso que guiaram o meu caminho através das

aulas, explicações e esclarecimento de dúvidas de forma sempre solícita.

Especialmente agradeço a minha professora orientadora Tânia Tait, pelo esforço

dedicado a me ajudar a construir este trabalho, me orientando pouco mais de dez anos depois

da primeira aula que tive ainda na graduação em Informática nesta mesma Universidade.

A todos meu muito obrigado!

4

RESUMO

O aumento do número de usuários da tecnologia de dispositivos móveis e do acesso à Internet via conexão banda

larga 3G, faz necessário um estudo sobre os sites e suas versões mobile. Versões estas que, em sua maioria,

contém pouco conteúdo ou não existem, fazendo com o que o usuário acesse através de seu celular sites em

versões completas, o que pode tonar o carregamento do mesmo lento através da tecnologia 3G. O presente

trabalho tem como objetivo propor um guia para apresentação de conteúdo de sites de notícias em versão mobile.

Para tanto, buscou-se fazer uma comparação dos sites em versão web e mobile, desta forma foi possível

encontrar as diferenças de apresentação de conteúdo entre as duas, e verificou-se que a versão mobile, não atende

ao mesmo conteúdo e/ou funcionalidades da web. A organização do guia baseia-se na norma NBR ISO/IEC

9216, que trata, dentro da Engenharia de Software, a Qualidade de produto. As características e

subcaracterísticas desta norma foram estudadas e adequadas para as versões de sites de notícias em versão

mobile. Todos os itens da comparação de sites feita no decorrer do trabalho foram utilizados para a elaboração da

proposta do guia. Realizou-se também uma aplicação do guia proposto em um site de notícia para verificar as

modificações necessárias.

Palavras-chave: Versão Mobile. Qualidade de software. Site. Conteúdo. 3G. NBR ISO/IEC

9216-1. Dispositivos Móveis.

5

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Classificação metodológica do trabalho ................................................................ 25

Quadro 2 – Quadro 02 – Análise dos itens web nas versões mobile ........................................ 30

6

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Qualidade no ciclo de vida do software .................................................................. 14

Figura 2 – Modelo de qualidade para qualidade externa e interna ........................................... 17

Figura 3 – Guia proposto de conteúdo para as versões de sites mobile ................................... 39

Figura 4 – Aplicação do guia proposto no conteúdo da página inicial do site www.g1.com.br

em versão mobile ...................................................................................................................... 44

Figura 5 – Aplicação do guia proposto no conteúdo de uma notícia do site www.g1.com.br em

versão mobile ............................................................................................................................ 45

7

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 8

1.1 JUSTIFICATIVA ........................................................................................................................... 8

1.2 OBJETIVOS ................................................................................................................................... 9

1.2.1 Objetivo Geral ........................................................................................................................ 9

1.2.2 Objetivos Específicos .............................................................................................................. 9

1.3 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO .................................................................................................... 10

1.4 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO .................................................................................................. 10

2 REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................................................... 11

2.1 E O MERCADO MOBILE E A INTERNET 3G NO BRASIL ....................................................... 11

2.1.1 Dados históricos e atuais sobre o mercado mobile .............................................................. 11

2.1.2 Dados sobre a Internet 3G .................................................................................................... 11

2.2 FAMÍLIA ISO/IEC 9000 ............................................................................................................. 12

2.3 A NORMA NBR ISO/IEC 9126-1:2003 - ENGENHARIA DE SOFTWARE - QUALIDADE DE

PRODUTO - PARTE 1: MODELO DE QUALIDADE .................................................................................... 13

2.3.1 Modelo de Qualidade para Qualidade Externa e Interna .................................................... 16

3 METODOLOGIA DE PESQUISA ................................................................................................... 21

3.1 DEFINIÇÃO DO TIPO DE PESQUISA ....................................................................................... 21

3.2 DEFINIÇÃO DAS PERGUNTAS DA PESQUISA ...................................................................... 25

3.3 MÉTODO DE COLETA DE DADOS .......................................................................................... 26

3.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS .................................................................................................. 26

3.5 LIMITAÇÕES DA PESQUISA .................................................................................................... 26

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS SITES EM VERSÃO WEB E MOBILE .......................... 28

4.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DOS SITES VERSÃO MOBILE ................................... 28

4.2 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DA NORMA NBR ISO/IEC 9126-1 PARA

UTILIZAÇÃO EM SITES VERSÃO MOBILE ............................................................................................... 36

4.3 GUIA PROPOSTO PARA SITES DE NOTÍCIAS VERSÃO MOBILE ...................................... 39

4.4 APLICAÇÃO DO GUIA EM UM SITE MOBILE ...................................................................... 43

5 CONCLUSÃO .................................................................................................................................... 46

REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 48

8

1 INTRODUÇÃO

1.1 JUSTIFICATIVA

Segundo dados da Anatel, em 2011, o Brasil fechou com mais de 242,2 milhões de

linhas de celulares e, recorde no número de habilitações, sendo que 39,3 milhões destas foram

instaladas somente no ano passado.

Ainda de acordo com a Anatel, quanto ao acesso à Internet via Serviço Móvel Pessoal

de Terceira Geração (3G), os Termos de Autorização para a exploração do serviço, foram

assinados em 29 de abril de 2008. A partir desta data os serviços 3G começavam a ser

explorados e disponibilizados para a população brasileira.

Desde que foi consolidado o serviço no Brasil, a utilização do mesmo vem

aumentando mês a mês, os terminais 3G totalizaram, em 2011, mais de 41,1 milhões de

acessos, o que representa um crescimento de 99,31% no ano (eram 20,6 milhões em 2010).

Em janeiro de 2012, totalizaram mais de 50,8 milhões de acessos, o que representa um

crescimento de 23,45% em relação ao mês anterior (eram 41,1 milhões em dezembro de

2011).

Com esse aumento significativo, as organizações começam a se preocupar com o

conteúdo que é acessado via conexão 3G, em sua maior parte através de aparelhos celulares e

tablets. Por se tratar de uma conexão com velocidade relativamente baixa em relação à banda

larga e que a necessidade do acesso à informação se torna cada vez maior e de maneira rápida,

a preocupação das organizações em oferecer seu conteúdo de maneira adequada para os

usuários dessa tecnologia se torna cada vez maior.

Todavia, ao acessar os sites das organizações através destes dispositivos,

constataremos que, grande parte, não possui versão mobile, apresentando, assim, a mesma

versão da web. Veremos também que os sites que possuem esta versão, nem sempre trazem o

conteúdo completo, de fácil navegação ou de maneira adequada.

Devido a constatação da falta de um guia de conteúdo e/ou funcionalidades básicas

9

para a navegação nessas versões, propomos um guia de apresentação de conteúdo de sites

mobile.

Para auxiliar neste processo, fez-se necessário o estudo das normas de qualidade de

software, especificamente, para este trabalho, a norma NBR ISO/IEC 9216-1, que dentro da

Engenharia de Software, trata da Qualidade de produto e nesta primeira, das quatro etapas da

norma, traz um Modelo de Qualidade.

Desta forma, a realização deste trabalho se justifica, na medida em que se propõe

trazer qualidade de conteúdo para essas versões, o que é extremamente importante se

analisados os dados de crescimento do uso das tecnologias ligadas a esse mercado nos últimos

10 anos e, para tanto, elegeu-se como questão de pesquisa: é possível sugerir um guia de

conteúdo para estas versões?

Na UEM, no Departamento de Informática, encontra-se em desenvolvimento um

projeto de pesquisa com apoio da Fundação Araucária, com o objetivo de elaborar uma

abordagem para gerenciar projetos de dispositivos móveis. O presente trabalho está incluso

nas atividades desse projeto.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Apresentar um guia para apresentação de conteúdo de versões mobile de sites de notícias.

1.2.2 Objetivos Específicos

Com fins de realizar o objetivo geral, estabeleceram-se os seguintes objetivos

específicos:

Estudo da norma de qualidade de software NBR ISO/IEC 9126-1;

Comparar os conteúdos e funcionalidades disponibilizados nos sites em versão web e

mobile.

Distribuir os conteúdos e funcionalidades da comparação dos sites nas características e

subcaracterísticas da norma NBR ISO/IEC 9126-1

Apresentar um guia para apresentação de conteúdos de sites de notícias em versão

com base na norma NBR ISO/IEC 9126-1.

10

1.3 DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

A pesquisa em questão possui algumas limitações. Não serão abordas as demais partes

da norma NBR ISO/IEC 9216, bem como as análises dos sites em versão mobile serão

realizadas, apenas, através do Sistema Operacional Android 4.0.4. Além disso, levando-se em

consideração a variedade de categorias de sites em versão web, limitamos a pesquisa em sites

de notícias em suas versões web e mobile, para que pudesse ser avaliado um contexto mais

específico. Adicionalmente, o guia proposto não abrange questões como segurança,

integridade e/ou estrutura do banco de dados dos sites e outros fatores que não podem ser

avaliados sem um estudo mais profundo ou acesso à informações como FTP, painel de

controle da hospedagem e, principalmente, ao código fonte dos sites em questão.

1.4 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO

Para este trabalho, cinco capítulos formaram este estudo, para melhor organização e

compreensão, sendo estes:

O primeiro capítulo traz a introdução, na qual é justificada a importância deste estudo

e os objetivos propostos por ele, bem como sua delimitação, que limitou sua abordagem e a

forma em que o estudo foi organizado.

No segundo capítulo é feita a revisão de literatura, que apresenta um referencial

bibliográfico que demonstra os dados da telefonia celular e Internet 3G no Brasil, através de

dados históricos e atuais, além da abordagem da norma de qualidade de software NBR

ISO/IEC 9126-1.

No terceiro capítulo, é abordada a metodologia do trabalho, deixando clara a forma de

realização da pesquisa, as perguntas que foram respondidas no decorrer do trabalho ligadas

aos objetivos propostos, o método da coleta de dados, a forma de análise destes dados e a

limitação da pesquisa.

Já o quarto capítulo é utilizado para a apresentação e análise dos estudos realizados,

onde são apresentadas as características analisadas em cada site em versão mobile, a

adequação da norma NBR ISO/IEC 9126-1 a essas características, além da apresentação do

guia de qualidade em conteúdo de versões mobile de sites de notícias, de forma a auxiliar nas

conclusões do quinto capítulo.

11

2 REVISÃO DE LITERATURA

A Revisão da Literatura trará dados históricos sobre a tecnologia mobile e a Internet

3G no Brasil e, ainda definições sobre a família ISO/IEC 9000, sobre a Norma NBR ISO/IEC

9126-1 da Engenharia de Software que trata da Qualidade de Produto.

2.1 O MERCADO MOBILE E A INTERNET 3G NO BRASIL

O mercado de telefonia mobile cresce a cada ano no país, batendo recorde no número

de habilitações em 2011, de acordo com a ANATEL. Processo parecido vem ocorrendo com o

serviço de Internet 3G desde que a exploração do serviço foi autorizada em 2008.

2.1.1 Dados históricos e atuais sobre o mercado mobile

Há mais de 10 anos o mercado de telefonia móvel vem crescendo de forma

exponencial no país. Em 2011, o Brasil fechou com mais de 242,2 milhões de linhas de

celulares e recorde no número de habilitações, sendo 39,3 milhões destas foram instaladas

somente no ano passado (ANATEL, janeiro 2012).

De acordo com notícia divulgada no Portal Brasil (www.brasil.gov.br), em janeiro 17

de janeiro de 2012, baseados em dados fornecidos pela Anatel:

O número de habilitações é o maior desde o início do levantamento, em 2000. Em

relação a 2010, a instalação de novas linhas registrou crescimento de 19,36%.

Apenas em dezembro, foram mais de 6,1 milhões de habilitações, maior volume

registrado para o mês. Em dezembro de 2010, 5,4 milhões de linhas haviam sido

ativadas.

A penetração da telefonia móvel voltou a bater recorde. Em dezembro de 2011,

havia 123,87 linhas em operação para cada 100 brasileiros. Em comparação a 2010,

quando a proporção era de 104,68 linhas, o crescimento foi 18,33%. (ANATEL,

2012).

12

Dessa forma podemos verificar que tal crescimento implica em um maior número de

usuários que podem buscar não somente pelo serviço de ligações entre aparelhos, mas

também diversos outros disponíveis nas variadas tecnologias encontradas nos aparelhos

disponíveis no mercado.

2.1.2 Dados sobre a Internet 3G

Segundo a Anatel (2012), os Termos de Autorização para a exploração do Serviço

Móvel Pessoal de Terceira Geração (3G), foram assinados em 29 de abril de 2008. A partir

desta data os serviços 3G começavam a ser explorados e disponibilizados para a população

brasileira.

São considerados dispositivos 3G modens de banda larga móvel e aparelhos celulares

com a tecnologia. Este trabalho está restrito apenas aos aparelhos celulares, uma vez que será

tratada a versão mobile de conteúdos de sites.

Desde que foi consolidado o serviço no Brasil, a utilização do mesmo vem

aumentando mês a mês, os terminais 3G totalizaram, em 2011, mais de 41,1 milhões de

acessos, o que representa um crescimento de 99,31% no ano (eram 20,6 milhões em 2010).

Em janeiro de 2012, totalizaram mais de 50,8 milhões de acessos, o que representa um

crescimento de 23,45% em relação ao mês anterior (eram 41,1 milhões em dezembro de

2011). A diferença é resultado da adequação na forma de identificação dos terminais com

capacidade 3G habilitados nas redes das operadoras (ANATEL, 2012).

A agência considera o número indicado como banda larga móvel o somatório das

tecnologias WCDMA e terminais de dados.

Sendo assim considera-se o aumento substancial de usuários da tecnologia 3G e desta

maneira o acesso a sites em versão mobile.

2.2 FAMÍLIA ISO/IEC 9000

Durante a década de 1980, as empresas utilizaram Tecnologia da Informação (TI) em

seus processos internos somente para ter controle de qualidade dos produtos. A partir da

década de 1990, as organizações passaram a utilizar TI em seus processos de negócios, com o

objetivo de garantir a qualidade de processos.

Sendo assim, foram lançadas as normas ISO 9001, 9002 e 9003 em 1987 com o

13

objetivo de garantia de qualidade como requisitos entre clientes e fornecedores.

A ISO 9001 é a norma que abrange o ciclo de vida completo de um produto ou

serviço, sendo que na mesma constam os requisitos para garantia de qualidade de produtos e

serviços.

A ISO 9000-3 publicada em 1994 contém orientações para a aplicação da ISO 9001

em projeto, desenvolvimento, fornecimento, instalação e manutenção de softwares. É dividida

em três partes: Estrutura, Atividades do Ciclo de Vida e Atividade de Suporte.

A Estrutura apresenta os aspectos organizacionais em relação ao sistema de qualidade.

Sendo estes: responsabilidade gerencial, sistema de qualidade, auditoria interna de sistema de

qualidade e ação corretiva.

As Atividades do Ciclo de Vida são as próprias atividades relativas ao

desenvolvimento que são: revisão do contrato, especificação dos requisitos do cliente,

planejamento de desenvolvimento, planejamento da qualidade, projeto e implementação,

testes e validação, aceitação, reprodução, entrega, instalação e manutenção.

A Atividade de Suporte dão apoio às atividades de desenvolvimento, sendo elas:

gerência da configuração, controle da documentação, registros da qualidade, medições, regras,

práticas e convenções, ferramentas e técnicas, compras, software produto incluso e

treinamento.

Um dos pontos fortes dessas normas é a flexibilidade, pois elas podem ser adaptadas

ou complementadas para atender os requisitos específicos de cada setor produtivo.

2.3 A NORMA NBR ISO/IEC 9126-1:2003 - ENGENHARIA DE SOFTWARE -

QUALIDADE DE PRODUTO - PARTE 1: MODELO DE QUALIDADE

De acordo com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), esta Norma é

equivalente à ISO/IEC 9126-1:2001. O órgão define que a Norma NBR ISO/IEC 9126 (NBR

ISO/IEC 9126-1, 2003, p.1), consiste em quatro partes:

Parte 1: Modelo de qualidade;

Parte 2: Métricas externas;

Parte 3: Métricas internas;.

Parte 4: Métricas de qualidade em uso.

Para o estudo utilizou-se a primeira parte da Norma que trata o Modelo de qualidade.

Quanto aos objetivos a Norma define (NBR ISO/IEC 9126-1, 2003, p.2-3):

14

Esta parte da NBR ISO/IEC 9126 descreve um modelo de qualidade do produto de

software, composto de duas partes:

a) qualidade interna e qualidade externa e b) qualidade em uso. A primeira parte do

modelo especifica seis características para qualidade interna e externa, as quais são

por sua vez subdivididas em subcaracterísticas. Estas subcaracterísticas são

manifestadas externamente, quando o software é utilizado como parte de um sistema

computacional, e são resultantes de atributos internos do software.

A segunda parte do modelo especifica quatro características de qualidade em uso,

mas não apresenta o modelo de qualidade em uso além do nível de característica.

Qualidade em uso é, para o usuário, o efeito combinado das seis características de

qualidade do produto de software.

Segundo a Norma existem diferentes visões da qualidade do produto e de suas

métricas em diferentes estágios do ciclo de vida de software.

Figura 1 – Qualidade no ciclo de vida do software Fonte: NBR ISO/IEC 9126-1, 2003, p.5

De acordo com a Norma (NBR ISO/IEC 9126-1, 2003):

As necessidades de qualidade do usuário podem ser especificadas como

requisitos de qualidade pelas métricas de qualidade em uso, pelas métricas

externas e algumas vezes por métricas internas. Convém que estes requisitos

especificados por meio das métricas sejam utilizados como critérios quando

um produto for validado. Obter um produto que satisfaça as necessidades do

usuário normalmente requer uma abordagem iterativa para o desenvolvimento

de software com feedback contínuo sob a perspectiva do usuário.

Os requisitos de qualidade externa especificam o nível de qualidade

requerido sob o ponto de vista externo. Eles incluem requisitos derivados das

15

necessidades de qualidade dos usuários, incluindo os requisitos de qualidade

em uso. Os requisitos de qualidade externa são usados como meta para

validação em vários estágios de desenvolvimento. Convém que os requisitos de

qualidade externa, abrangidos pelas características de qualidade definidas nesta

parte da NBR ISO/IEC 9126, sejam declarados na especificação de requisitos

de qualidade usando métricas externas, bem como convém que sejam

traduzidos em requisitos de qualidade interna e que também sejam usados

como critérios quando da avaliação do produto.

Os requisitos de qualidade interna especificam o nível de qualidade requerido

sob o ponto de vista interno do produto.

Os requisitos de qualidade interna são usados para especificar as

propriedades dos produtos intermediários. Estes podem incluir modelos

estáticos e dinâmicos, outros documentos e código-fonte. Requisitos de

qualidade interna podem ser usados como metas para validação em vários

estágios de desenvolvimento. Eles também podem ser usados para definir

estratégias de desenvolvimento e critérios de avaliação e de verificação durante

o desenvolvimento. Isto pode incluir o uso de métricas adicionais (por

exemplo, reusabilidade), as quais estão fora do escopo da NBR ISO/IEC 9126.

Convém que requisitos de qualidade interna sejam definidos quantitativamente

usando métricas internas.

Qualidade interna é a totalidade das características do produto de software do

ponto de vista interno. A qualidade interna é medida e avaliada com relação

aos requisitos de qualidade interna. Detalhes da qualidade do produto de

software podem ser melhorados durante a implementação do código, revisão e

teste, mas a natureza fundamental da qualidade do produto de software

representada pela qualidade interna mantém-se inalterada, a menos que seja

reprojetada.

Qualidade externa estimada (ou prevista) é a qualidade estimada ou prevista

para o produto final de software, em cada estágio de desenvolvimento e para

cada característica de qualidade, baseada no conhecimento da qualidade

interna.

Qualidade externa é a totalidade das características do produto de software do

ponto de vista externo. É a qualidade quando o software é executado, o qual é

tipicamente medido e avaliado enquanto está sendo testado num ambiente

simulado, com dados simulados e usando métricas externas. Durante os testes,

convém que a maioria dos defeitos seja descoberta e eliminada. Entretanto,

alguns defeitos podem permanecer após o teste. Como é difícil corrigir a

arquitetura do software ou outro aspecto básico do projeto do software, a base

do projeto usualmente permanece inalterada ao longo do teste.

Qualidade em uso estimada (ou prevista) é a qualidade estimada ou prevista

para o produto final de software, em cada estágio de desenvolvimento e para

cada característica de qualidade em uso, baseada no conhecimento da

qualidade interna e externa.

Qualidade em uso é a visão da qualidade do produto de software do ponto de

vista do usuário, quando este produto é usado em um ambiente e um contexto

de uso especificados. Ela mede o quanto usuários podem atingir seus objetivos

num determinado ambiente e não as propriedades do software em si.

Recomenda-se que para avaliar a qualidade de um produto de software, seja definido

16

um modelo de qualidade, sendo que este deve ser usado quando forem definidas as metas de

qualidade para os produtos de software final e intermediários. A Norma sugere um modelo

hierárquico para tratar o modelo de qualidade para qualidade interna e externa, conforme

definição (NBR ISO/IEC 9126-1, 2003, p.7):

Convém que a qualidade do produto de software seja decomposta hierarquicamente

em um modelo composto de características e subcaracterísticas, as quais podem ser

usadas como uma lista de verificação de tópicos relacionados com a qualidade. As

seções 6 e 7 definem um modelo de qualidade hierárquico (embora outras formas de

categorizar qualidade possam ser mais adequadas em determinadas circunstâncias).

2.3.1 Modelo de Qualidade para Qualidade Externa e Interna

Qualidade interna é a totalidade de características do produto de software na visão

interna (MACHADO, M. P.; SOUZA, S. F.). É utilizada para especificar as propriedades do

produto de software intermediário.

A qualidade externa é o total de características do produto de software do ponto de

vista externo. É ela que normalmente é avaliada quando o produto de software final está

sendo testado.

O modelo divide os atributos de qualidade de software em seis características,

conforme segue:

Funcionalidade;

Confiabilidade;

Usabilidade;

Eficiência;

Manutenibilidade;

Portabilidade.

Essas seis características são subdividas em subcaracterísticas conforme a Figura 2,

abaixo:

17

Figura 2 – Modelo de qualidade para qualidade externa e interna Fonte: NBR ISO/IEC 9126-1, 2003, p.7

Convém que a qualidade do produto de software seja decomposta hierarquicamente

em um modelo composto de características e subcaracterísticas, as quais podem ser usadas

como uma lista de verificação de tópicos relacionados com a qualidade. As seções 6 e 7

definem um modelo de qualidade hierárquico.

Para cada característica e subcaracterística que influencia na qualidade do software,

é atribuída uma definição de acordo com a Norma 9126-1, a seguir segue cada uma das

características e subcaracterísticas e suas respectivas definições:

1. Funcionalidade

Capacidade do produto de software de prover funções que atendam às

necessidades explícitas e implícitas, quando o software estiver sendo utilizado sob

condições especificadas.

a. Adequação: capacidade do produto de software de prover um conjunto

apropriado de funções para tarefas e objetivos do usuário especificados.

b. Acurácia: capacidade do produto de software de prover, com o grau de

precisão necessário, resultados ou efeitos corretos ou conforme acordados.

c. Interoperabilidade: capacidade do produto de software de interagir com um

ou mais sistemas especificados.

d. Segurança de acesso: capacidade do produto de software de proteger

informações e dados, de forma que pessoas ou sistemas não autorizados

não possam lê-los nem modificá-los e que não seja negado o acesso às

pessoas ou sistemas autorizados.

e. Conformidade relacionada à funcionalidade: capacidade do produto de

18

software de estar de acordo com normas, convenções ou regulamentações

previstas em leis e prescrições similares relacionadas à funcionalidade.

2. Confiabilidade

Capacidade do produto de software de manter um nível de desempenho

especificado, quando usado em condições especificadas.

a. Maturidade: capacidade do produto de software de evitar falhas decorrentes

de defeitos no software.

b. Tolerância a falhas: capacidade do produto de software de manter um nível

de desempenho especificado em casos de defeitos no software ou de

violação de sua interface especificada.

c. Recuperabilidade: capacidade do produto de software de restabelecer seu

nível de desempenho especificado e recuperar os dados diretamente

afetados no caso de uma falha.

d. Conformidade relacionada à confiabilidade: capacidade do produto de

software de estar de acordo com normas, convenções ou regulamentações

relacionadas à confiabilidade.

3. Usabilidade

Capacidade do produto de software de ser compreendido, aprendido, operado e

atraente ao usuário, quando usado sob condições especificadas.

a. Inteligibilidade: capacidade do produto de software de possibilitar ao

usuário compreender se o software é apropriado e como ele pode ser usado

para tarefas e condições de uso específicas.

b. Apreensibilidade: capacidade do produto de software de possibilitar ao

usuário aprender sua aplicação.

c. Operacionalidade: capacidade do produto de software de possibilitar ao

usuário operá-lo e controlá-lo.

d. Atratividade: capacidade do produto de software de ser atraente ao usuário.

e. Conformidade relacionada à usabilidade: capacidade do produto de

software de estar de acordo com normas, convenções, guias de estilo ou

regulamentações relacionadas à usabilidade.

4. Eficiência

Capacidade do produto de software de apresentar desempenho apropriado, relativo

à quantidade de recursos usados, sob condições especificadas.

a. Comportamento em relação ao tempo: capacidade do produto de software

19

de fornecer tempos de resposta e de processamento, além de taxas de

transferência, apropriados, quando o software executa suas funções, sob

condições estabelecidas.

b. Utilização de recursos: capacidade do produto de software de usar tipos e

quantidades apropriados de recursos, quando o software executa suas

funções sob condições estabelecidas.

c. Conformidade relacionada à eficiência: capacidade do produto de software

de estar de acordo com normas e convenções relacionadas à eficiência.

5. Manutenibilidade

Capacidade do produto de software de ser modificado. As modificações podem

incluir correções, melhorias ou adaptações do software devido a mudanças no

ambiente e nos seus requisitos ou especificações funcionais.

a. Analisabilidade: capacidade do produto de software de permitir o

diagnóstico de deficiências ou causas de falhas no software, ou a

identificação de partes a serem modificadas.

b. Modificabilidade: capacidade do produto de software de permitir que uma

modificação especificada seja implementada.

c. Estabilidade: capacidade do produto de software de evitar efeitos

inesperados decorrentes de modificações no software.

d. Testabilidade: capacidade do produto de software de permitir que o

software, quando modificado, seja validado.

e. Conformidade relacionada à manutenibilidade: capacidade do produto de

software de estar de acordo com normas ou convenções relacionadas à

manutenibilidade.

6. Portabilidade

Capacidade do produto de software de ser transferido de um ambiente para outro.

a. Adaptabilidade: capacidade do produto de software de ser adaptado para

diferentes ambientes especificados, sem necessidade de aplicação de outras

ações ou meios além daqueles fornecidos para essa finalidade pelo software

considerado.

b. Capacidade para ser instalado: capacidade do produto de software para ser

instalado em um ambiente especificado.

c. Coexistência: capacidade do produto de software de coexistir com outros

produtos de software independentes, em um ambiente comum,

20

compartilhando recursos comuns.

d. Capacidade para substituir: capacidade do produto de software de ser usado

em substituição a outro produto de software especificado, com o mesmo

propósito e no mesmo ambiente.

e. Conformidade relacionada à portabilidade: capacidade do produto de

software de estar de acordo com normas ou convenções relacionadas à

portabilidade.

Com base nas definições da Norma pode-se criar um vínculo com os conteúdos e

estruturas utilizados em versões mobiles de sites web, principalmente no que se refere à etapa

de necessidades de qualidade do usuário através do feedback contínuo sob a perspectiva do

mesmo.

21

3 METODOLOGIA DE PESQUISA

Na Metodologia de Pesquisa trataremos o tipo de pesquisa. As definições das

perguntas para esta pesquisa, os métodos de coletas de dados, a análise dos resultados e as

limitações da pesquisa.

3.1 DEFINIÇÃO DO TIPO DE PESQUISA

Pesquisar é ir em busca de conhecimentos e informações acerca de determinado

assunto, com intuito de compreendê-lo em sua essência. Bagno (2000, p. 18), define a

pesquisa como sendo “a investigação feita com o objetivo expresso de obter conhecimento

específico e estruturado sobre um assunto preciso”.

De acordo com a finalidade, Marconi e Lakatos (2006a, p. 17) classificam a pesquisa

científica como pura e aplicada, sendo que a pesquisa pura é aquela que melhora o

conhecimento, pois permite o desenvolvimento da metodologia, na obtenção de diagnósticos e

estudos cada vez mais aprimorados dos problemas ou fenômenos. Já Andrade (2007, p. 112)

salienta que esse tipo de pesquisa é de ordem intelectual e é realizada por cientistas, focando o

progresso da Ciência, enquanto a pesquisa aplicada visa às aplicações práticas, com o objetivo

de atender as exigências da vida moderna, através da busca de soluções para problemas

concretos.

Com base os conceitos definidos pelos autores, conclui-se este trabalho é tratado como

uma pesquisa aplicada, pois analisou e comparou sites em suas versões web e mobile.

Segundo Silva e Menezes (2001), quanto à abordagem do problema, a pesquisa pode

ser classificada em:

Quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que significa

traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las.

Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas.

Qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o

22

sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a

subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A

interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no

processo de pesquisa qualitativa.

Assim, esta pesquisa se desenvolveu seguindo, principalmente, a abordagem

qualitativa do problema, visto que teve como focos principais a pesquisa e análise das

características dos sites em suas versões mobile, sugerindo-se um guia para a resolução da

falta de características em alguns dos sites avaliados.

Todavia, não se exclui a utilização da abordagem quantitativa, que foi utilizada para

exemplificação e detalhamento do assunto, com vista a cumprir o objetivo definido, através de

análises de dados do mercado mobile e Internet 3G.

Quanto aos objetivos da pesquisa, Andrade (2007, p. 114) mostra de forma resumida,

três classificações: a) exploratória, que consiste no primeiro passo de todo trabalho cientifico,

pois se constitui um trabalho preliminar para outro tipo de pesquisa; b) descritiva, em que os

fatos são observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem a interferência

do pesquisador; e c) explicativa, que complementa a pesquisa descritiva, ao procurar

identificar suas causas, aprofundando o conhecimento da realidade. Mais autores também

tratam essa classificação, conforme a seguir:

a) Pesquisa exploratória

Conforme Vergara (2006, p. 47), a pesquisa exploratória é realizada em área na qual

há pouco conhecimento acumulado e sistematizado. Por sua natureza de sondagem, não

comporta hipóteses que, contudo, poderão surgir durante ou ao final da pesquisa. Severino

(2007, p. 123) destaca que esse tipo de pesquisa busca apenas levantar informações sobre um

determinado objeto, delimitando um campo de trabalho, mapeando as condições de

manifestações desse objeto.

b) Pesquisa descritiva

Para Gil (2002, p. 42) as pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a

descrição, através de observação, registro, análise e correlação, das características de

determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis.

Cervo e Bervian (1983, p. 56) complementam afirmando que esse tipo de pesquisa se

desenvolve, principalmente, nas ciências humanas e sociais, abordando aqueles dados e

problemas que merecem ser estudados e cujo registro não consta de documentos.

c) Pesquisa explicativa

Segundo Magalhães e Orquiza (2002, p. 13), a pesquisa explicativa visa identificar os

23

fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Aprofunda o

conhecimento da realidade porque explica a razão, o porquê das coisas. Justamente por isso,

Gil (2002, p. 42) evidencia que se trata do tipo mais complexo e delicado de pesquisa, já que

o risco de cometer erros aumenta consideravelmente.

Conforme as classificações dos autores para cada tipo de pesquisa de acordo com o

objetivo da mesma, temos que este trabalho se configura como pesquisa descritiva, tendo em

vista que analisou sites em versões web e mobile coletando e documentando suas

características.

Já quanto aos procedimentos técnicos existem vários tipos de classificações para a

pesquisa. De acordo com Magalhães e Orquiza (2002), podem ser assim definidas:

Bibliográfica, que é elaborada a partir de livros, artigos, teses e outros

materiais publicados.

Documental, onde a busca por informações ocorre através de referências que

ainda não tiveram tratamento científico, e geralmente são coletadas nos

arquivos de instituições.

Experimental, que parte da formulação de hipóteses, estudando-se os

resultados entre uma ou mais variáveis.

Levantamento, que é um tipo de pesquisa onde existe a interrogação direta do

universo que é objeto de análise.

Estudos de casos, que são métodos de pesquisa onde há uma análise intensiva

de uma situação particular, observada pessoalmente pelo pesquisador.

Expost-facto, onde o investigador não tem controle sobre as variáveis em

questão, visto que elas já ocorreram e não podem ser manipuladas, apenas

estudadas e interpretadas.

Pesquisa-ação, que ocorre quando pesquisador e pesquisado interagem para

solução de algum problema.

Participante, que é basicamente como a anterior, só que neste tipo de pesquisa

não existe um problema a ser solucionado, apenas há interação para que o

objeto de estudo seja melhor analisado.

Neste trabalho encontramos três tipos de pesquisas predominantes: a bibliográfica, a

documental e o estudo de caso. A primeira, pelo uso de livros, artigos, teses, dentre outros

referenciais também necessários. A segunda, pelo fato de trabalhar com dados coletados

através dos sites em suas duas versões: web e mobile. Já a terceira por se tratar de estudo

24

particular dos sites em questão.

Para o melhor entendimento de cada uma delas, segue a definição de Magalhães e

Orquiza (2002, p. 14):

Pesquisa bibliográfica: quando elaborada a partir de materiais já publicados,

constituídos principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com

material disponibilizado na Internet.

Pesquisa documental: quando elaborada a partir de materiais que não receberam

tratamento analítico.

Em relação ao método de abordagem, a pesquisa pode ser indutiva ou dedutiva,

conforme Ciribelli (2003, p. 41-42):

Na indução partimos do particular para o geral. A indução, como a dedução, são

formas de raciocínio ou de argumentação e, como tais, são formas de reflexão e não

simplesmente de pensamento. [...] Na indução, a conclusão está para as premissas

como o todo está para as partes. Com isto queremos dizer que das verdades

particulares concluímos verdades gerais.

[...] Na dedução partimos do geral para o particular. A dedução pode ser definida

como a argumentação que torna explícitas verdades particulares contidas em

verdades universais. A dedução consiste em construir estruturas lógicas partindo da

relação entre antecedentes e conseqüentes, entre hipótese e tese, entre premissas e

conclusões.

Diante das definições expostas, tem-se a utilização do método dedutivo no trabalho

apresentado.

No que se refere ao ambiente de pesquisa, pode ser um experimento de campo,

laboratorial ou ainda experimental. Na pesquisa de campo existe a coleta de dados

diretamente no local onde acontecem os casos que serão estudados, sem intervenção do

pesquisador. Já a pesquisa laboratorial, os acontecimentos são manipulados para se chegar a

alguma conclusão acerca do assunto abordado. A experimental, como dito anteriormente,

parte da formulação de hipóteses onde serão analisadas uma ou mais variáveis.

Verifica-se aqui, que o que mais se aproxima das classificações acima é a pesquisa de

campo, pois os dados objetos de análise e interpretação serão buscados diretamente nos sites

alvo deste.

Para melhor entendimento da classificação da pesquisa científica, segue um quadro

resumo com os vários critérios definidos por autores e também aqueles que podem ser

encontrados no presente trabalho.

25

Quadro 1 – Classificação metodológica do trabalho.

Classificação da Pesquisa Critérios definidos por autores Critérios presentes no trabalho

Quanto à natureza Pesquisa pura

Pesquisa aplicada

Pesquisa aplicada

Quanto à abordagem do problema Pesquisa quantitativa

Pesquisa qualitativa

Pesquisa qualitativa

Quanto aos objetivos Pesquisa descritiva

Pesquisa explicativa

Pesquisa exploratória

Pesquisa descritiva

Quanto aos procedimentos técnicos Pesquisa bibliográfica

Pesquisa documental

Pesquisa experimental

Levantamento

Estudo de caso

Pesquisa expost-facto

Pesquisa – ação

Pesquisa participante

Pesquisa bibliográfica

Pesquisa documental

Estudo de caso

Quanto ao método de abordagem Pesquisa dedutiva

Pesquisa indutiva

Pesquisa dedutiva

Quanto ao ambiente de pesquisa Experimento no

campo

Experimento

laboratorial

Simulações

experimentais

Experimento no

campo

Fonte: Autor

3.2 DEFINIÇÃO DAS PERGUNTAS DA PESQUISA

Considerando o estudo realizado sobre o uso da tecnologia mobile e 3G, chegamos às

seguintes perguntas:

Sites de notícias possuem versão mobile?

O conteúdo destas versões é igual à versão web?

É possível apresentar um guia de conteúdo para estas versões?

26

3.3 MÉTODO DE COLETA DE DADOS

Para a elaboração deste trabalho, a coleta de dados foi feita através de pesquisas em

livros, artigos, teses e sítios eletrônicos.

Para a coleta dos dados dos sites em versão web utilizou-se um computador pessoal

HP HDX 16, com processador Intel Core 2 Duo, 2.26 GHz, com 4 GB de memória RAM,

Sistema Operacional Windows 7 e com o software Google Chrome.

Os dados dos sites em versão mobile foram analisados através do aparelho celular

Samsung Galaxy SIII GT-I9300 com Sistema Operacional Android 4.0.4. O browser de

Internet utilizado para navegação nos sites será o fornecido pela versão do Sistema

Operacional instalado no aparelho celular.

3.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Analisou-se sites e portais de notícias no âmbito Nacional e regional em suas versões

mobile.

Foram coletados dados dos sites em suas versões web e mobile. As diferenças entre as

versões foram documentadas.

A partir da análise dos dados coletados houve estudo da Norma NBR ISO/IEC 9126-1,

para que fosse realizada uma proposta de guia de qualidade para essas versões.

3.5 LIMITAÇÕES DA PESQUISA

Levando-se em consideração a variedade de categorias de sites em versão web,

limitamos a pesquisa em sites de notícias em suas versões web e mobile, para que pudesse ser

avaliado um contexto mais específico e que o guia proposto servisse de base para outras

categorias de sites que pudessem tornar as versões de seus sites web em mobile.

Apesar da grande variedade de categorias, poucas delas possuem versão mobile,

porém, sites de notícias, em sua maioria, possuem estas versões, tanto que dos onze sites

presentes na pesquisa desse trabalho, todos contém versão mobile.

A proposta do guia não abrange questões como segurança, integridade e/ou estrutura

do banco de dados dos sites e outros fatores que não podem ser avaliados sem um estudo mais

profundo ou acesso à essas informações como FTP, painel de controle da hospedagem e,

principalmente, ao código fonte dos sites em questão. Logo, a proposta do guia limita-se à

27

questões visuais e de funcionalidades básicas encontradas nas versões web e que seriam, de

modo geral, essenciais para uma experiência satisfatória do uso da sua versão mobile.

28

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS SITES EM VERSÃO WEB E MOBILE

Na Apresentação e Análise dos Sites em Versão Web e Mobile será tratada a análise

das características dos sites em versão mobile, será analisada as características da Norma

ISO/IEC 9126-1 para a utilização da mesma em sites versão mobile. É proposto o guia de

conteúdo para sites de notícias em versão mobile e também uma aplicação do guia em um site

mobile.

4.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DOS SITES VERSÃO MOBILE

Foram analisados onze sites e portais de notícias no âmbito Nacional e regional em

suas versões mobile.

Para iniciar um guia de conteúdo para a versão mobile destes sites, primeiramente foi

necessário um estudo das funcionalidades básicas de cada um dos sites em sua versão web.

Dentre os sites analisados, grande parte têm funcionalidades em comum, como busca

geral, por categoria, por data, links relacionados, ferramenta para portadores de deficiência

visual, entre outros. Pontos em comum ou considerados importantes para a navegação no

mesmo foram separados em 24 itens isolados.

Estes itens, bem como os sites, foram dispostos em uma tabela de comparação,

conforme quadro 02. Para a análise das versões mobiles, verificou-se em alguns pontos usou-

se como critério se a versão continha, não continha ou se continha às vezes.

Para avaliar os itens como péssima, regular, boa ou ótima, conforme descrição a

seguir:

a) Item: Layout para leitura de notícias

Descrição: foi analisado se a versão mobile dispõe de fácil leitura dos conteúdos,

como: legibilidade das fontes, cores que facilitem a leitura e visualização de

imagens.

Classificação do item:

29

- Péssima: caso não atenda a descrição da característica

- Regular: caso atenda parcialmente a descrição da característica, ao menos um dos

pontos da descrição

- Boa: caso atenda parcialmente a descrição da característica, ao menos dois

pontos da descrição

- Ótima: caso atenda totalmente a descrição da característica.

b) Item: Tempo de carregamento

Descrição: avaliou-se o tempo de carregamento das páginas em dispositivos

móveis utilizando a tecnologia 3G.

Classificação do item:

- Péssima: tempo de carregamento entre 15 e 12 segundos

- Regular: tempo de carregamento entre 8 e 11 segundos

- Boa: tempo de carregamento entre 4 e 7 segundos

- Ótima: tempo de carregamento entre 1 e 3 segundos.

c) Item: Navegação

Descrição: verificou-se se a navegação, entre os conteúdos, como: links, páginas,

notícias, acesso a links externos e outros, poderiam ser feito de forma intuitiva,

sendo de fácil compreensão para o usuário.

Classificação do item:

- Péssima: caso não ocorresse de forma intuitiva, deixando o usuário confuso

- Regular: caso ocorresse de forma intuitiva em poucas partes do site

- Boa: caso ocorresse de forma intuitiva em boa parte do site

- Ótima: caso ocorresse de forma intuitiva em todo site

d) Item: Diferenciação das seções na página inicial

Descrição: foi analisado como as versões mobile diferenciavam as categorias de

notícias na página inicial, através de cores, tamanho de fonte, layout diferenciado,

entre outros.

Classificação do item:

- Péssima: caso não ocorresse diferenciação das categorias

- Regular: caso ocorresse diferenciação de algumas categorias

- Boa: caso ocorresse diferenciação das categorias principais

- Ótima: caso ocorresse diferenciação de todas as categorias

O resultado dessa análise pode ser conferido no quadro a seguir:

30

Quadro 02 – Análise dos itens web nas versões mobile.

Legenda

Sim Não Ás

vezes

Péssimo Regular Bom Ótimo

Folha UOL IG Terra G1 R7 Yahoo

BR MSN Estadão

Gazeta do

Povo

O Diário de

Maringá

Possui

versão

mobile

Todas as

categorias da

versão web

Busca Geral

Busca por

seção de

notícias

Continua

31

Continuação – Quadro 02 – Análise dos itens web nas versões mobile.

Folha UOL IG Terra G1 R7 Yahoo

BR MSN Estadão

Gazeta do

Povo

O Diário de

Maringá

Busca por

categorias

gerais (web,

imagens,

notícias, etc.)

Busca por

período

Ferramentas

para

portadores de

deficiência

visual

Informações

de contato

Layout para

leitura de

notícias

Continua

32

Continuação – Quadro 02 – Análise dos itens web nas versões mobile.

Folha UOL IG Terra G1 R7 Yahoo

BR MSN Estadão

Gazeta do

Povo

O Diário de

Maringá

Tempo de

carregamento

Navegação

Diferenciação

das seções na

página inicial

Compartilhar

ou enviar

conteúdos

Links

relacionados

à notícia

Continua

33

Continuação – Quadro 02 – Análise dos itens web nas versões mobile.

Folha UOL IG Terra G1 R7 Yahoo

BR MSN Estadão

Gazeta do

Povo

O Diário de

Maringá

Publicidade

Galeria de

imagens na

notícia

Link para

versão

completa do

site

Link para

voltar ao topo

Continua

34

Continuação – Quadro 02 – Análise dos itens web nas versões mobile.

Folha UOL IG Terra G1 R7 Yahoo

BR MSN Estadão

Gazeta do

Povo

O Diário de

Maringá

Link para

voltar à lista

de notícias

Link “mais

notícias” na

lista principal

Link para

“mais

notícias” nas

seções

Links

externos

(serviços de

e-mail, outros

sites, etc.)

Comentários

de usuários

nas notícias

Continua

35

Continuação – Quadro 02 – Análise dos itens web nas versões mobile.

Folha UOL IG Terra G1 R7 Yahoo

BR MSN Estadão

Gazeta do

Povo

O Diário de

Maringá

Foto principal

na notícia

Quadro 02 – Análise dos itens web nas versões mobile.

36

Observando o quadro podemos perceber que todos os sites analisados possuem versão

mobile, porém, nenhum deles possui todas as funcionalidades que a versão web, em requisitos

básicos como busca por categorias de notícias, categorias gerais e filtro por data. Nenhum dos

sites analisados possui ferramenta para portadores de deficiência visual.

Após essa análise tornou-se mais óbvia a necessidade de um guia de conteúdo para

esse tipo de site, devido o crescente uso da Internet via celular, conforme abordado

anteriormente.

4.2 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DA NORMA NBR ISO/IEC 9126-1 PARA

UTILIZAÇÃO EM SITES VERSÃO MOBILE

A partir da análise dos dados coletados realizaram-se estudos na Norma NBR ISO/IEC

9126-1, para que fossem feita a apresentação do guia de qualidade para essas versões.

Levando em consideração a norma NBR ISO/IEC 9126-1, podemos dividir as

características sugeridas e analisadas nos sites em versão mobile nas seguintes categorias e

características definido pelo modelo de qualidade externa e interna conforme o quadro abaixo:

Figura 2 – Modelo de qualidade para qualidade externa e interna Fonte: NBR ISO/IEC 9126-1, 2003, p.7

FUNCIONALIDADE

Adequação

Possuir versão mobile

Busca Geral

Diferenciação das seções na página inicial

37

Navegação

Link “mais notícias” na lista principal

Links relacionados à notícia

Acurácia

Todas as categorias da versão web

Busca por seção de notícias

Busca por categorias gerais (web, imagens, notícias, etc.)

Busca por período

Informações de contato

Interoperabilidade – esse ponto não pode ser analisado por se tratar da versão mobile

de um site, tendo apenas sido feita a análise de navegação e conteúdos e não de códigos fonte

e demais funcionalidades.

Segurança - esse ponto não pode ser analisado por se tratar da versão mobile de um

site, tendo apenas sido feita a análise de navegação e conteúdos e não de códigos fonte e

demais funcionalidades.

CONFIABILIDADE

Maturidade Interoperabilidade – esse ponto não pode ser analisado por se tratar da

versão mobile de um site, tendo apenas sido feita a análise de navegação e conteúdos e não de

códigos fonte e demais funcionalidades.

Tolerância a Falhas

Link para versão completa do site

Recuperabilidade

Link para versão completa do site

USABILIDADE

Inteligibilidade

Layout para leitura de notícias

Todas as categorias da versão web

Apreensibilidade - esse ponto não pode ser analisado por se tratar da versão mobile

de um site, tendo apenas sido feita a análise de navegação e conteúdos e não de códigos fonte

e demais funcionalidades.

38

Operacionalidade

Link para voltar ao topo

Link para voltar à lista de notícias

Link para “mais notícias” nas seções

Links externos (serviços de e-mail, outros sites, etc.)

Atratividade

Layout para leitura de notícias

Diferenciação das seções na página inicial

Navegação

Foto principal na notícia

Galeria de imagens na notícia

Compartilhar ou enviar conteúdos

Comentários de usuários nas notícias

EFICIÊNCIA

Comportamento em Relação ao Tempo

Tempo de carregamento

Utilização de Recursos - esse ponto não pode ser analisado por se tratar da versão

mobile de um site, tendo apenas sido feita a análise de navegação e conteúdos e não de

códigos fonte e demais funcionalidades.

MANUTENIBILIDADE – os pontos deste item não puderam ser analisados por se tratar da

versão mobile de um site, tendo apenas sido feita a análise de navegação e conteúdos e não de

códigos fonte e demais funcionalidades.

PORTABILIDADE

Adaptabilidade

Possui versão mobile

Ferramentas para portadores de deficiência visual

Capacidade para ser Instalado - esse ponto não pode ser analisado por se tratar da

versão mobile de um site, tendo apenas sido feita a análise de navegação e conteúdos e não de

códigos fonte e demais funcionalidades.

Coexistência - esse ponto não pode ser analisado por se tratar da versão mobile de um

site, tendo apenas sido feita a análise de navegação e conteúdos e não de códigos fonte e

demais funcionalidades.

Capacidade para Substituir - esse ponto não pode ser analisado por se tratar da

39

versão mobile de um site, tendo apenas sido feita a análise de navegação e conteúdos e não de

códigos fonte e demais funcionalidades.

4.3 GUIA PROPOSTO PARA SITES DE NOTÍCIAS VERSÃO MOBILE

Com base nas características analisadas dos sites em versão mobile e distribuídas nas

categorias da norma NBR ISSO/IEC 9126-1, é proposto um guia de conteúdo para as versões

desses sites, fazendo adequações na norma. A figura 3 representa o conteúdo do guia

proposto.

Figura 3 – Guia proposto de conteúdo para as versões de sites mobile. Fonte: o autor.

As categorias e características relacionadas a itens da versão mobile que fazem parte

do guia proposto estão descritas a seguir:

FUNCIONALIDADE

A funcionalidade deve atender às necessidades explícitas e implícitas, quando o site

estiver sendo utilizado sob condições especificadas. Para suprir essas necessidades, é sugerido

que a versão mobile atenda a critérios de Adequação e Acurácia, dispostos dentro da

funcionalidade. Para atender aos requisitos de adequação faz-se necessário o site web possuir

a versão mobile. Esta deve permitir ao usuário realizar uma busca geral das notícias de acordo

com palavras-chave inseridas por ele. Para as seções de notícias na página inicial do site

indica-se fazer a diferenciação das categorias de notícias, para facilitar a distinção das

mesmas. A navegação deve ser intuitiva para o usuário, para isso os conteúdos e

40

funcionalidades, devem estar dispostos de maneira que os mesmos sejam fáceis de ser

encontrados e utilizados. Sugere-se ainda, a aplicação de link “mais notícias” na lista principal

de notícias da página inicial do site, bem como, links relacionados à matéria ao final dos

detalhes da mesma.

Já para preencher os requisitos de acurácia, que trata da capacidade do site de prover

resultados ou efeitos corretos ou conforme acordados, a versão deve disponibilizar todas as

categorias da versão web do site, para que o usuário não fique limitado apenas às categorias

disponibilizadas e selecionadas pelos desenvolvedores do mesmo. Permitir que o usuário faça

buscas por notícias com filtros variados como: por seção de notícias, categorias gerais (web,

imagens, notícias, etc.) e por período. Além de fornecer informações de contado da agência de

notícias.

Desta forma, as subcaracterísticas da funcionalidade devem seguir os seguintes

critérios:

Adequação

Possuir versão mobile

Busca Geral

Diferenciação das seções na página inicial

Navegação

Link “mais notícias” na lista principal

Links relacionados à notícia

Acurácia

Todas as categorias da versão web

Busca por seção de notícias

Busca por categorias gerais (web, imagens, notícias, etc.)

Busca por período

Informações de contato

CONFIABILIDADE

Esta característica trata da capacidade do site de manter um nível de desempenho

especificado, quando utilizado em condições específicas. Caso, quando acessada, a versão não

funcione de maneira adequada, as subcaracterísticas Tolerância a Falhas e Recuperabilidade,

devem oferecer ao usuário a opção de acessar o link da versão completa do site ou ainda

direcioná-lo automaticamente para a mesma, fazendo, assim, com que ele não deixe de ter

acesso à informação.

Sendo assim, as subcaracterísticas da confiabilidade devem atender os critérios abaixo:

Tolerância a Falhas

41

Link para versão completa do site

Recuperabilidade

Link para versão completa do site

USABILIDADE

A usabilidade é a capacidade do site de ser compreendido, aprendido, operado e

atraente ao usuário, quando utilizado sob condições especificadas. As subcaracterísticas que

fazem parte dessa característica são: Inteligibilidade, Operacionalidade e Atratividade. Para

atender a Inteligibilidade, que possibilita o usuário compreender se o site é apropriado e como

ele pode ser usado, a versão mobile deve disponibilizar um layout de leitura de notícias que

seja agradável ao usuário, isto significa que itens como fontes, cores e disposição do

conteúdo, devem ser trabalhados para não cansar o indivíduo, além disso, neste item todas as

categorias da versão web devem estar disponíveis para não limitar o acesso à informação por

opções pré-definidas.

Em Operacionalidade, o usuário deve ter a possibilidade de controlar e operar o site.

Desta forma, sugere-se para esta subcaracteristica o uso de links específicos para que o

indivíduo consiga realizar suas ações no site de maneira mais eficaz, para isso acontecer,

aplicam-se link para voltar ao topo do site, para voltar à lista principal de notícias, para “mais

notícias” dentro das categorias e links externos, como para serviços de e-mail, outros sites,

etc.

Já a Atratividade, o site deve ser atrativo para o usuário. Para isso vários itens

precisam ser adequados à versão. Da mesma maneira que na Inteligibilidade o layout para

leitura de notícias deve ser agradável para o indivíduo, da mesma forma a diferenciação das

seções precisa ser adequada para que seja de fácil entendimento e associação. A navegação,

de maneira geral, traz a necessidade da versão ser intuitiva, de fácil acesso à funcionalidades

principais como links, páginas, notícias, acesso a links externos e outros. Imagens em notícias

tornam a leitura e compreensão das notícias mais agradáveis, por essa razão sugere-se a

inserção de foto principal e, se disponível, a galeria de fotos relacionada à mesma. A

possibilidade de compartilhar a informação com outros usuários torna a versão mais atrativa

para o indivíduo, deve-se, então, permitir que o mesmo possa compartilhar a informação nas

mídias sociais ou enviar o link para um amigo por e-mail. Isto pode ser feito através de

plugins fornecidos pelos próprios administradores das mídias sociais ou através de

programação em determinada linguagem. Além disso, habilitar a opção de comentários em

cada notícia, torna a interação da versão ainda maior, pois cria um canal de discussão entre os

42

indivíduos.

Assim, as subcaracterísticas da usabilidade, devem seguir os itens abaixo:

Inteligibilidade

Layout para leitura de notícias

Todas as categorias da versão web

Operacionalidade

Link para voltar ao topo

Link para voltar à lista de notícias

Link para “mais notícias” nas seções

Links externos (serviços de e-mail, outros sites, etc.)

Atratividade

Layout para leitura de notícias

Diferenciação das seções na página inicial

Navegação

Foto principal na notícia

Galeria de imagens na notícia

Compartilhar ou enviar conteúdos

Comentários de usuários nas notícias

EFICIÊNCIA

Eficiência, define a capacidade do site apresentar desempenho adequado, tendo em

vista a quantidade de recursos usados. Para cumprir esta característica da versão, o site precisa

ter o tempo de carregamento adequado. Sites que tem o tempo de carregamento demorado

podem fazer com que o usuário desista de acessar a informação. Este item pode ser resolvido

através da programação das páginas da versão, aplicações de códigos HTML limpos, CSS

bem estruturado e banco de dados com integridade adequada, tendem a tornar o acesso mais

rápido.

Desta maneira, a subcaracterística da eficiência, deve cumprir o item abaixo:

Comportamento em Relação ao Tempo

Tempo de carregamento

PORTABILIDADE

Já a portabilidade trata da capacidade do site ser transferido para um ambiente

diferente do web. Neste caso, faz-se necessário o uso da versão mobile, para atender a

subcaracterística da Adaptabilidade, o acesso ao site através de dispositivos móveis deve

trazer a versão quando o endereço eletrônico do site for feito. Além disso sugere-se a inclusão

43

de ferramentas para portadores de deficiência visual, uma vez que essas pessoas também

fazem uso da tecnologia.

Adaptabilidade

Possuir versão mobile

Ferramentas para portadores de deficiência visual

Sendo assim, através da adequação das características e subcaracterísticas da norma

NBR ISO/IEC 9126-1 e dos itens analisados nos sites em versão mobile, pode-se chegar em

uma sugestão de guia de conteúdo para sites nesta versão.

4.4 APLICAÇÃO DO GUIA EM UM SITE MOBILE

O guia proposto foi aplicado em uma versão de site mobile já existente e pesquisado no

presente trabalho. Abaixo seguem layouts comparativos dessa versão antes e depois da

aplicação das características e itens das subcaracterísticas.

Nas figuras 4 e 5, aplicaram-se as caracteríticas de funcionalidade, usabilidade e

portabilidade, bem como alguns itens das subcaracterísticas que não constavam na versão

mobile atual. A imagem do lado esquerdo da figura representa a versão atual e a do lado

direito a mesma após aplicação do guia.

Com a aplicação do guia, foram adicionados os itens de busca geral e avançada,

ferramenta para portadores de deficiência visual e links de serviços de e-mail, sites externos e

de informaçòes de contato no rodapé. Além disso foram modificados as cores das categorias

de notícias da página inicial, os links para “mais notícias” e “mais destaques”.

No layout da notícia foram mantidos os itens de busca no topo, informações do rodapé e a

ferramenta para portadores de deficiência visual. Também foi incluso o link “voltar” para que

o usuário possa voltar à página anteriror, a foto principal da notícia foi centralizada para

melhor harmonização do layout, inserção da galeria de imagens na notícia e a opção do

usuário enviar e ler comentários de outros indivíduos relacionados a notícia.

44

Figura 4 – Aplicação do guia proposto no conteúdo da página inicial do site www.g1.com.br

em versão mobile

45

Figura 5 – Aplicação do guia proposto no conteúdo de uma notícia do site www.g1.com.br em

versão mobile

46

5 CONCLUSÃO

O presente trabalho procurou demonstrar a importância de um guia de apresentação de

conteúdo de sites mobile. Esse procedimento foi levado em consideração devido ao

exponencial crescimento do uso dos dispositivos móveis e da tecnologia 3G para acesso à

informação através destes dispositivos. O conteúdo apresentado nas versões dos sites web de

notícias, atualmente, não é completo com na versão tradicional, além de nem sempre serem de

fácil navegação, de maneira adequada e até mesmo intuitiva.

Para cumprir o objetivo geral de propor um guia de apresentação de conteúdo mobile,

foram levantados dados da Anatel, para comprovar o crescimento dos serviços 3G e

habilitação de linhas para dispositivos móveis, além da análise de onze sites em sua versão

mobile.

Para sugerir um guia, estudou-se a norma NBR ISO/IEC 9216-1 que trata da

Qualidade de produto, dentro da Engenharia de Software, e nesta primeira parte traz um

Modelo de Qualidade. Esta norma, mesmo sendo de aplicação voltada ao desenvolvimento de

software, serviu de base para a elaboração do guia de conteúdo de sites em versão mobile,

uma vez que suas características e subcaracterísticas podem ter sua aplicação adequadas à

produtos de Internet, já que tanto a programação para software quanto para Internet são

similares em seu processo de qualidade.

Para avaliar as versões mobile, foi necessário um estudo das funcionalidades básicas

de cada um dos sites em sua versão web. Realizou-se este estudo em onze sites de portais de

notícias nacionais e regionais. Os critérios de avaliação e os itens analisados apresentados no

item 4.1, deste trabalho, procurou-se evidenciar a grande diferença entre conteúdos e/ou

funcionalidade para cumprir o objetivo específico de comparar os conteúdos e

funcionalidades disponibilizados nos sites em versão web e mobile.

Após a análise dos sites em versão para dispositivos móveis e do estudo da norma

NBR ISO/IEC 9216-1, para atingir o próximo objetivo específico, dividiu-se os itens

avaliados dos sites de notícia nas características e subcaracterísticas da norma. Percebeu-se

47

que nem todos as características poderiam ser adequadas, uma vez que não teve-se acesso ao

FTP, códigos fonte e banco de dados dos sites avaliados.

O guia apresentado une as característica e subcacterísticas da norma NBR ISO/IEC

9216-1 com os itens avaliados em sites de notícia na versão mobile. Percebe-se que todos os

itens da avaliação podem ser aplicados aos sites, contribuindo para a navegação feita através

do usuário de forma prática e intuitiva, além de oferecer o conteúdo com a mesma qualidade

da versão web.

Sendo assim, conclui-se que foi possível responder ao objetivo principal do presente

trabalho, pois o guia proposto serve de base para sites em verão mobile que já estão no ar ou

que ainda estão em fase de projeto.

48

REFERÊNCIAS

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