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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
MAYARA LOPES MELLO
PERFIL DOS CONSUMIDORES DO FUTEBOL SOCIETY EM FLORIANÓPOLIS
Palhoça
2015
2
MAYARA LOPES MELLO
PERFIL DOS CONSUMIDORES DO FUTEBOL SOCIETY EM FLORIANÓPOLIS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado aoCurso de Educação Física da Universidade do Sulde Santa Catarina, como requisito parcial àobtenção do título de Bacharel em EducaçãoFísica.
Orientadora: Profª. Elinai dos Santos Freitas Schütz, Msc.
Palhoça
2015
3
4
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por me conceder força, paciência e sabedoria
para enfrentar todos os obstáculos e superar as dificuldades.
Aos meus pais, pela minha educação e por não pouparem esforços para sempre
me ver bem.
À minha irmã, Maristela, minha fonte de apoio e motivação, por me compreender
e estar sempre do meu lado me ajudando. Dedico a ela essa conquista.
À minha orientadora, prof. Elinai Freitas, por ter aceitado e assumido a missão de
me orientar, e por ter feito isso tão bem em tão pouco tempo.
À professora Maria Leticia Knorr, pelo excelente trabalho que faz pelo Curso de
Educação Física da Unisul, por ser um exemplo de profissional, e por clareado minhas ideias
lá no inicio quando esse estudo não passava de um simples rascunho.
Ao meu time de futebol Society, Veneno/Paula Ramos, à comissão técnica, à
minha amiga e Presidente Renata Souza, e em especial às minhas companheiras de equipe por
compreenderem minhas ausências nos treinos.
Aos familiares, amigos e colegas que fiz durante esse tempo de faculdade.
Agradeço a todos esses que me ajudaram direta ou indiretamente para que eu chegasse até
aqui, ou por simplesmente torcerem pelo meu sucesso.
Por fim, e não menos importante, à minha amiga Gabriela Cardoso, minha dupla
inseparável, por estar comigo em todos os momentos. Foi uma amizade que nasceu na
Faculdade e que com certeza quero levar para o resto da vida.
5
“Lute com determinação, abrace a vida com paixão, perca com classe e vença com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito bela pra ser insignificante. ’’
(CHARLES CHAPLIN).
6
RESUMO
Esse trabalho teve como objetivo principal investigar o perfil dos consumidores do Futebol
Society em Florianópolis. O futebol Society não somente em Florianópolis, mas no país
inteiro é uma modalidade que vem se desenvolvendo de forma notória desde a sua criação no
Rio de Janeiro e atualmente é um dos esportes mais praticados no país com um número
aproximado de 12 milhões de praticantes. No entanto, por ser uma modalidade recente e não
olímpica, nota-se a falta de informações e de estudos nessa área. Quanto aos objetivos essa
pesquisa é classificada como descritiva e referente às fontes de dados é uma pesquisa de
campo. Para fazer o levantamento de dados e atingir os objetivos, foi elaborado e validado um
questionário com 18 questões voltado ao perfil dos praticantes/consumidores do Futebol
Society. Foram explorados fatores considerados importantes às estratégias de marketing
esportivo, tais como: perfil sociodemográfico; motivos que os levam a praticar futebol
Society; fatores levados em conta na hora da escolha do local para praticar; se são federados,
assim como algumas questões referentes à gastos e rotina dos mesmos em relação à prática.
O tratamento das informações utilizou o método quantitativo e os resultados foram
apresentados em Tabelas e Gráficos através de médias e frequência percentual. A partir do
questionário aplicado, verificou-se que houve uma participação um pouco maior dos homens
em relação as mulheres, quanto a faixa etária metade deles são jovens de 18 a 24 anos e
grande parte dos pesquisados são solteiros. A grande maioria mostrou ter ensino superior
incompleto e possuir atividade remunerada, 100% da amostra afirmou utilizar meio de
transporte próprio para se locomover até o local da prática, e gastar em média R$ 50,00
semanais com o futebol Society. Mais da metade são federados, praticam o esporte por lazer
(hobby) e diversão e para estar com os amigos. Com os resultados dos dados obtidos pôde-se
identificar características do perfil do público que pratica a modalidade em questão. Em
conclusão, notou-se que existe um mercado que gera receita em torno do futebol Society, e
que as empresas devem estar atendas para atender e suprir a demanda dentro do perfil desses
consumidores que está cada vez mais exigente.
Palavras-chave: Futebol Society. Perfil. Consumidores/Praticantes.
7
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1: Medidas campo oficial Futebol Society............................................................... 19
Figura 2: Modalidades do Futebol Society.......................................................................... 20
8
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Grau de importância dos serviços em uma empresa de futebol Society .......... 38
9
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Perfil sociodemográfico do consumidor............................................................ 33
Tabela 2- Vinculação, motivos para pratica e preferencias do consumidor........................ 35
Tabela 3 – Frequência, meio transporte utilizado e investimento na prática ...................... 39
10
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 12
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA E PROBLEMA................................................ 12
1.2 OBJETIVO GERAL...................................................................................................... 12
1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................ 13
1.4 JUSTIFICATIVA .......................................................................................................... 13
2 REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................................... 15
2.1 FUTEBOL ..................................................................................................................... 15
2.1.1 O futebol Society ...................................................................................................... 15
2.1.1.1 Histórico .................................................................................................................. 15
2.1.1.2 Desenvolvimento da modalidade no Brasil ............................................................. 17
2.1.1.3 Federações .......................................................................................................... 18
2.1.1.4 Principais Regras ................................................................................................... 18
2.2 DESENVOLVIMENTO DA MODALIDADE EM SANTA CATARINA.................. 20
2.2.1 Campeonatos Estaduais ........................................................................................... 21
2.3 DESENVOLVIMENTO DA MODALIDADE NA GRANDE FLORIANÓPOLIS .... 21
2.3.1 Estrutura da modalidade ......................................................................................... 21
2.3.2 Organização de Campeonatos ................................................................................. 22
2.3.2.1 Equipes .................................................................................................................... 22
2.3.2.2 Atletas ...................................................................................................................... 22
2.3.2.3 Benefício aos clubes ................................................................................................ 22
2.3.2.4 Beneficio à Federação............................................................................................. 22
2.3.2.5 Quadras ................................................................................................................... 23
2.3.2.6 Ligas .................................................................................................................. 23
2.4 GESTÃO ESPORTIVA ................................................................................................ 23
2.4.1 Definição .................................................................................................................... 23
2.4.2 Administração esportiva .......................................................................................... 24
2.5 MERCADO DO FUTEBOL ......................................................................................... 25
2.5.1 O consumidor do futebol no Brasil ........................................................................ 25
2.6 MARKETING ............................................................................................................... 26
2.6.1 Definições................................................................................................................... 26
2.6.2 Marketing esportivo ................................................................................................. 27
3 MÉTODO ....................................................................................................................... 30
11
3.1 TIPO DE PESQUISA.................................................................................................... 30
3.2 SUJEITOS DA PESQUISA .......................................................................................... 30
3.3 INSTRUMENTO DE PESQUISA ................................................................................ 30
3.4 PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS............................................................ 31
3.5 ANÁLISE DOS DADOS .............................................................................................. 32
4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ...................................... 33
5 CONCLUSÃO E SUGESTÕES ................................................................................... 42
REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 44
ANEXOS ............................................................................................................................ 46
12
1 INTRODUÇÃO
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA E PROBLEMA
O Futebol foi oficialmente criado em 1863 na Inglaterra e trazido ao Brasil em
1894 pelo estudante e praticante da modalidade Charles Miller (COSTA, 2006b). O esporte
foi desenvolvendo no país e tornou-se uma paixão. Com o desenvolvimento do futebol outras
modalidades derivadas desse esporte foram surgindo, dentre elas destaca-se o Futebol Society,
também conhecido como Futebol Social, Futebol Suiço ou Futebol de Sete (FGF7, 2005).
O Futebol Society é um jogo onde o time é composto por sete jogadores, sendo
um deles obrigatoriamente o goleiro. As medidas do campo são reduzidas, porém as regras
são basicamente as do futebol com certas diferenças e/ou adaptações (CBF7, 2010). O esporte
é hoje um dos mais praticados no país com 12 (doze) milhões de praticantes. Acredita-se que
tudo começou no Rio de Janeiro, passando por uma fase importante de desenvolvimento da
modalidade no Rio Grande do Sul e estruturou-se de fato em São Paulo (CBF7, 2010). Após
ser disseminado em São Paulo, o esporte logo chegou a Santa Catarina e assim como nos
outros Estados. Na capital Florianópolis e região, o esporte conquistou muitos adeptos, tanto
como os famosos “peladeiros” quanto atletas amadores. Na Grande Florianópolis também são
realizados campeonatos que atraem muitos espectadores e até times de outras cidades (FUT7-
SC, 2008).
Para a gestão, seja qual for o ramo, é importante conhecer o perfil dos seus
consumidores, pois assim torna-se mais fácil ressaltar e interpretar os desejos daqueles que
consomem seus serviços e produtos. No entanto, por ser uma modalidade considerada nova
pouco se sabe sobre a mesma. Não existem dados científicos referentes ao esporte na região e
nem quanto cada individuo investe e/ou gasta em média com a sua pratica semanal, diante
disso apresenta-se a seguinte problemática: qual é o perfil do praticante/consumidor da
modalidade de futebol Society em Florianópolis?
1.2 OBJETIVO GERAL
Investigar o perfil do praticante/consumidor de Futebol Society em Florianópolis.
13
1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Identificar o perfil sociodemográfico dos praticantes/consumidores de futebol
Society em Florianópolis;
Identificar se os consumidores são federados;
Traçar uma média do valor financeiro investido por cada praticante
semanalmente;
Identificar os motivos que levam o indivíduo a praticar o esporte;
Identificar as preferencias dos praticantes na hora de escolher o local da pratica.
1.4 JUSTIFICATIVA
O futebol é uma paixão nacional e é um produto altamente lucrativo em todo o
mundo. Mesmo o Brasil não sendo o inventor do esporte o país tornou-se solo fértil para
difusão e popularização da modalidade. No Brasil existem mais de 180 milhões de
apaixonados pelo esporte, sendo que dentre estes há uma imensidade de torcedores/clientes
com dinheiro e disposição para comprar elementos relacionados a sua paixão. De acordo com
o relatório final do Plano de Modernização do Futebol Brasileiro (2000) da Fundação Getúlio
Vargas (FGV), esta atividade gera no mundo uma cifra em torno de 250 bilhões de dólares
por ano (LEONCINI; SILVA, 2005).
Os números do futebol no Brasil são expressivos, mas não os maiores do mundo.
O número de clubes do Brasil - quase 30.000 - é menor que o da Inglaterra, enquanto o
número de pouco mais de 2 milhões de jogadores cadastrados é menor que o da Alemanha.
Também o total de jogadores é menor do que os de países como a Índia e a China
(SAUERESSIG NETO 2011).
Uma prova de que o futebol é uma paixão nacional são as inúmeras variações
futebolísticas criadas no país, como o Futebol de Areia, o Futvôlei, o de Futebol de Salão e o
Society, que será o foco deste trabalho. Assim como em outros estados do território brasileiro
como São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, em Santa Catarina a modalidade está
em processo de desenvolvimento e conquistando adeptos por todo o estado.
Como em tantos outros esportes que encontram problemas estruturais, o Futebol
Society em Florianópolis não foge dessa realidade. A região é palco de eventos da
14
modalidade, porém a Federação de Futebol 7 de Santa Catarina conta com apenas 4 locais que
possuem estrutura adequada para comportar esses eventos.
Segundo a Federação de Futebol 7 de Santa Catarina (2008), não existe dados
exatos e oficiais sobre a modalidade em Florianópolis, sabe-se apenas que o esporte cresceu
muito nos últimos anos, ou seja, em termos de gestão, não existem números reais para se
tomar como base. A partir dessa problemática, esse estudo tem como finalidade investigar o
perfil dos consumidores/praticantes do Futebol Society em Florianópolis, podendo dessa
forma beneficiar os gestores, assim como as empresas que planejam investir no esporte aqui
abordado, auxiliando dessa maneira no desenvolvimento da modalidade na região além de ser
uma importantíssima ferramenta de gestão que permitira aos gestores do Futebol Society
adotar estratégias de marketing para alcançar seus consumidores de forma mais eficaz.
15
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 FUTEBOL
Oficialmente criado na Inglaterra em 1863 pela Football Association- FA,
entidade esportiva ainda existente, o futebol tornou-se uma atividade recreativa entre os
trabalhadores que praticavam o esporte nas suas tardes de folga (COSTA, 2006b).
No Brasil o futebol teve inicio em 1894, ano que Charles Miller, filho do cônsul
britânico retornou ao país após jogar na primeira divisão do futebol inglês enquanto estudava
em Southampton, Inglaterra. Miller promoveu o novo esporte, que foi se desenvolvendo por
todo o território brasileiro. Do futebol, outras modalidades parecidas, porém com regras
diferentes foram derivadas, sendo elas: o Futsal, o Futebol de Areia e o Futebol Society
(COSTA, 2006b).
2.1.1 O futebol Society
Dependendo da região onde é praticado, o Futebol Society também conhecido como
Futebol Sete, Fut 7 e Futebol Suiço, é atualmente praticado em todo território nacional. Em
quase todos os estados do Brasil já existem Federações Estaduais, que são subordinadas
oficialmente à Confederação Brasileira de Futebol Sete Society, entidade que padronizou as
várias regras existentes, unificando o esporte a nível nacional (FGF7, 2005).
2.1.1.1 Histórico
A história do Futebol Society no Brasil iniciou-se de 1950, quando no Rio de
Janeiro praticava-se o futebol de amigos nos quintais dos casarões da Tijuca. O primeiro
campo era situado na rua Uruguai, na Tijuca. O campo era de propriedade de José Coelho,
que na época acabou servindo de motivação para outras famílias que viviam na região a
criarem seus campos para a prática deste esporte. As regras eram adaptadas do futebol, mas
sem impedimento, com cobranças de faltas diretas de seu próprio campo como acontece ainda
hoje. Havia somente uma área e suas medidas eram de 25x50 metros, dentro dos padrões da
época (CBF7, 2010).
O termo “CAFÉ SOCIETY” era uma expressão muito usada, onde o comentarista
Ruy Porto fez elogios quando soube de uma partida com altas personalidades da sociedade
16
carioca, quando se referiu ao evento como um clássico "Futebol Society". O comentário
chamou a atenção de todos, e desde então o esporte passou a ser chamado de Futebol Society
(CBF7,2010).
O Country Clube da Tijuca (RJ) ocupa hoje o endereço do 1º campo, lá se
realizaram diversas disputas e muitos clubes importantes do Rio de Janeiro participaram. Os
cariocas criaram então, uma entidade estadual com a finalidade de dirigir o esporte em 1981,
ainda com as mesmas características, inclusive com o mesmo tipo de bola. Um outro estado, o
Rio Grande do Sul, iniciou o movimento do chamado Futebol Sete, nome dado pelos gaúchos
ao Futebol Society. Ainda existiam dúvidas quanto a sua real origem, pois alguns diziam que
ele se chamava Futebol Suíço e que nascera na cidade de Santana do livramento (RS), divisa
com o Uruguai (CBF7, 2010).
As primeiras disputas tiveram a participação de equipes vindas do Uruguai, da
cidade de Riviera. O movimento foi crescendo e em 1968 vários desportistas fundaram a Liga
Santanense de Futebol Sete, em 1970 na cidade de Santa Maria no Rio Grande do Sul. O
esporte implantou-se em 1980 com suas regras ainda não padronizadas, e foi praticado no
SESI e na Brigada Militar. E logo atravessou as fronteiras e chegando aos estados vizinhos de
Santa Catarina e Paraná (CBF7, 2010).
Os praticantes da modalidade em Porto Alegre reuniram-se em 1986 e iniciaram o
processo para criar a Federação Gaúcha que se deu em 1987, tornando-se a primeira
Federação do esporte no Brasil, já com suas próprias regras embora, muito semelhantes às do
Futebol (CBF7, 2010).
O movimento do Futebol Society em São Paulo, capital, começou por volta de
1985, com o fim dos campos de várzea devido a grande expansão demográfica. Então foram
criados os de grama natural em mansões do Morumbi, onde executivos encontravam-se para
bater bola e encerrar com o famoso churrasco. Os primeiros campos, com o objetivo de
locação para a prática extraoficial do público em geral, foram construídos de areia e surgiram
no bairro do Itaim por volta de 1988. Nada era organizado e as regras utilizadas eram também
as mesmas do futebol sem impedimento, assim como a bola utilizada era a do futebol. O
tamanho dos campos variava de acordo com o espaço disponível. Os participantes tinham em
sua maioria a idade de 40 anos (CBF7. 2010).
A Associação de Futebol Social do Estado de São Paulo foi fundada em 1988,
propulsora da Federação Paulista que foi criada em 1989. Nesta época, o desportista Milton
Mattani, iniciou o trabalho de padronização das regras oficiais da modalidade, organizando e
criando regras próprias, que hoje, são editadas em três idiomas - Inglês, Espanhol e Português.
17
O mesmo projetou um novo tipo de bola oficial, para uma melhor adaptação da prática deste
esporte, e que teve imediatamente aceitação nacional, unindo com isto o Brasil de Norte a Sul
(CBF7, 2010).
A chegada da grama sintética foi um sucesso total, pois em pouco mais de dois
anos já existiam mais de mil campos no Brasil. Sendo o primeiro instalado em São Paulo no
Jardim Aeroporto, com grama importada da Holanda. O esporte era praticado por Cafu,
Jorginho, Denílson, Careca, Dunga e tantos outros ídolos do futebol brasileiro (CBF7, 2010).
2.1.1.2 Desenvolvimento da modalidade no Brasil
O Futebol Society é hoje sem dúvida, um dos esportes mais praticados no país
com 12 milhões de participantes, em 4.000 campos, 24 Federações Estaduais, 150 Ligas
Municipais e na Liga Nacional. Acreditando enfim, que tudo começou no Rio de Janeiro,
passou por uma fase importante no Rio Grande do Sul, e terminou com sua total estabilização
e organização em São Paulo (CBF7, 2010).
Em 30 de outubro de 1996 foi criada a Confederação Brasileira, que organizou e
continua trabalhando em vários campeonatos nacionais e internacionais, massificando
totalmente este esporte no Brasil, pois sabe-se que este é um esporte nacional criado e
adaptado da melhor maneira, para todos os apaixonados do Futebol Society, sejam eles
praticantes brasileiros ou estrangeiros (CBF7, 2010).
No início de 1999 a Confederação conseguiu um patrocínio da empresa de
material esportivo Adidas, e da empresa de grama sintética Recoma, foi daí que a
Confederação providenciou materiais gráficos (súmulas, papel cartas, envelopes etc...) e jogos
de uniformes completos para a Seleção Brasileira (CBF7, 2010).
A partir daí começou a grande alavancada do Futebol Society Nacional, com
jogos amistosos da seleção, com isso a modalidade ganhou o incentivo de mais um
patrocinador a Segasp (seguro de atletas). Com o avanço contínuo e o crescimento relâmpago
do esporte a empresa de Marketing Esportivo Octagon koch Tavares fechou em 29 de
novembro de 1999 um contrato com a Confederação, onde ela teria o direito exclusivo de
organização e promoção de todos os eventos da CBF7 (CBF7, 2010).
Em consequência de todos esses fatos a Confederação passou em 02 anos de 07
federações fundadas para 22 federações, com vários cursos de formação de Oficiais de
Arbitragem em todo Brasil, com realizações de Campeonatos Brasileiros de Clubes nos
estados de Goiás e Minas Gerais (CBF7, 2010).
18
A Confederação Brasileira de Futebol Society, juntamente com seus filiados, vem
cumprindo rigorosamente com todas suas competições nacionais, ou seja, com todo seu
Calendário Oficial Nacional em todas as categorias, fazendo com que o esporte seja cada vez
mais organizado e competitivo, com o único intuito de fazer a modalidade crescer
continuamente, para que seu espaço seja definitivamente consolidado. A mesma afirma que o
Futebol Society é o esporte de melhor estrutura para prática dos atletas e emprega cerca de
20.000 pessoas diretas, e em torno de 200.000 pessoas em empregos indiretos (CBF7, 2010).
Segundo a FPFS (2012), hoje no Brasil existem Federações de Futebol Society em
26 estados, sendo a Federação Paulista considerada a de melhor infraestrutura entre todas.
2.1.1.3 Federações
As Federações são entidades que organizam, promovem e administram a
modalidade em cada Estado Brasileiro. No site da Confederação Brasileira de Futebol 7 estão
expostas o nome de vinte Federações voltadas ao Futebol Society (CBF7, 2010).
2.1.1.4 Principais Regras
Como ilustra a figura 1, o campo oficial para a prática do esporte deve ter o
formato retangular com as medidas no máximo 55 metros e mínimo de 45 metros para o seu
comprimento, e no máximo 35 metros e mínimo de 25 metros para sua largura. Considerando
sempre que o comprimento seja maior que a largura (CBF7, 2010).
As marcações no campo, como suas linhas e marcas, devem ser da cor branca, e
com boa visibilidade, obedecendo uma largura de 10 cm e o nível do campo (CBF7, 2010).
As traves por sua vez, devem ser posicionadas no centro de cada linha de fundo.
Sendo que serão constituídas de dois postes verticais distantes 5 metros entre si e ligados por
um outro poste horizontal, cuja a parte inferior do poste horizontal deve ficar a uma altura de
2,20 metros do solo (CBF7, 2010).
A bola deve ser de forma esférica, e produzida com materiais aprovados pela
CBF7S para que não ofereçam nenhum tipo de perigo aos atletas. O quique da bola, é sua
principal referência, que em seja em campo de grama natural ou sintética, sendo soltada de
uma altura de 2 metros, o seu primeiro quique não deve ultrapassar a altura de 80 centímetros
(CBF7, 2010).
19
Figura 1: Medidas campo oficial Futebol Society
Fonte: Regras oficiais internacionais CBF7 (2010 p. 6)
Para o início da partida, as equipes devem estar formadas por sete atletas. Sendo
que um obrigatoriamente será o goleiro (CBF7, 2010).
Quando uma equipe, ou ambas, ficarem reduzidas a 03 atletas, seja por qualquer
motivo, a partida deverá ser encerrada imediatamente (CBF7, 2010).
A troca de atletas durante a partida é feita de forma ilimitada, não sendo
necessárias paralisações durante o jogo para serem efetuadas, e restrita apenas aos atletas
20
inscritos na súmula oficial do jogo. Essas substituições devem ser feitas pela zona de
substituição obrigatoriamente (CBF7, 2010).
O uniforme dos atletas consiste de: camiseta de meia manga ou longa, calção,
meias de cano longo, caneleiras oficiais, tênis ou chuteiras apropriados para a prática da
modalidade, podendo utilizar equipamentos de proteção próprios para o esporte (CBF7,
2010).
O futebol Society, segundo a Confederação Brasileira de Futebol 7 (2010),
compreenderá as seguintes categorias, conforme nos ilustra a figura 2:
Figura 2: Modalidades do Futebol SocietyCategorias Idades Tempo (min) de Jogo
Sub 09 07/08/09 anos 15 x 15
Sub 11 10/11 anos 15 x 15
Sub 13 12/13 anos 15 x 15
Sub15 feminino Até 15 anos 15 x 15
Sub15 14/15 anos 20 x 20
Sub 17 16/17 anos 20 x 20
Principal/feminino Acima de 18 anos (15
anos com autorização)
20 x 20
Sub 20 18/19/20 anos 25 x 25
Principal Acima de 18 anos (16
anos com autorização)
25 x 25
Veterano De 35 a 40 anos 25 x 25
Máster Acima de 40 anos 25 x 25
Categorias a serem criadas deverão seguir orientação da cbf7s
Fonte: Regras oficiais internacionais CBF7 (2010 p. 13)
2.2 DESENVOLVIMENTO DA MODALIDADE EM SANTA CATARINA
O esporte vem se desenvolvendo e ganhando muitos adeptos à modalidade. No
ano de 2008 foi criada a Federação de Futebol 7 de Santa Catarina (Fut7-SC), entidade que
vem desde então administrando o crescimento constante da modalidade no Estado. A Fut7-SC
atualmente presidida pela Sr. Mauricio dos Santos é a entidade de promoção do futebol
Society no Estado de Santa Catarina e deu uma impulsionada enorme no esporte, aumentando
21
o número de equipes e de atletas filiados, além de criar as ligas, os campeonatos regionais e os
campeonatos estaduais (FUT7-SC, 2008).
2.2.1 Campeonatos Estaduais
A Federação Catarinense organiza alguns campeonatos para que a modalidade
cresça e se desenvolva no Estado, dentre eles podemos destacar o Campeonato Catarinense de
Futebol; o Campeonato Catarinense de Cidades que é disputado entre seleções municipais
visando incluir a modalidade nos Jogos Abertos de Santa Catarina (JASC) e Copa SC de
Clubes onde jogam times como Figueirense, Avaí, Criciúma e Joinville (FUT7-SC, 2008).
2.3 DESENVOLVIMENTO DA MODALIDADE NA GRANDE FLORIANÓPOLIS
Assim como em outras localidades como São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de
Janeiro, o Futebol Society conquistou bastante espaço na Região de Florianópolis. Na Capital
encontra-se a Federação de Futebol 7 de Santa Catarina localizada na Avenida Rio Branco,
354, Florianópolis, SC. A mesma promove a modalidade na região com Campeonatos Oficias
e extraoficiais e divide a modalidade em categorias (FUT7-SC, 2008).
Ao andar pela cidade encontra-se diversos campos de Futebol Society, que são
locais destinados a pratica de atividade física como lazer/diversão ou até mesmo sedes dos
maiores Campeonatos amadores da Região (FUT7-SC, 2008).
2.3.1 Estrutura da modalidade
A Federação Catarinense de Futebol 7 Society de Santa Catarina possui parceria
com as 5 maiores estruturas voltadas à pratica da modalidade na região, que são: Complexo
Esportivo Show de Bola localizado na SC 401, estrutura que possui 2 campos descobertos,
bar e estacionamento; Chácara do Zezinho, localizado em São José; SESC Cacupé, local onde
foram disputadas as três primeiras edições da Floripa Cup e a primeira edição da Copa dos
Campeões. O SESC Cacupé passou por uma reforma no seu gramado. Possui 2 campos
oficiais e dois vestiários; Fair Play, localizado ao lado da Ressacada (estádio do Avaí), possui
2 campos cobertos, amplo estacionamento e vestiários e o Trevo Futebol Sete, também
localizado na SC 401, possui 4 campos descobertos, bar, vestiários e estacionamento. O Trevo
22
Futebol Sete receberá os principais campeonatos da Grande Florianópolis em 2015. Como a
2º Copa Floripa e a Copa Vulcano (FUT7-SC, 2008).
2.3.2 Organização de Campeonatos
2.3.2.1 Equipes
Para disputar os campeonatos oficiais de futebol 7 é necessário ter o Alvará de Equipe,
que é válido até o dia 31 de dezembro. A renovação é anual e o Alvará é necessário para todas
as categorias. Se um mesmo clube tiver equipes no adulto e feminino, por exemplo, o mesmo
deverá ter um Alvará para cada categoria (FUT7-SC, 2008).
2.3.2.2 Atletas
Em todos os campeonatos oficiais da Fut7-SC, os clubes necessitam filiar os seus
atletas à Federação. Após filiado a determinado clube, o atleta deverá jogar toda a temporada
por esse clube, caso queira mudar para outro time, o mesmo deverá desvincular-se do clube
anterior e pagar multa.Caso o atleta esteja filiado a algum clube e jogue algum campeonato
por outro time a Federação tem o direito de punir o atleta (FUT7-SC, 2008).
2.3.2.3 Benefício aos clubes
Preservação do elenco, criação de uma identidade entre clube-atleta, estatísticas dos
atletas, são exemplos de benefícios para os clubes, além de evitarem que atletas atuem de
forma irregular (FUT7-SC, 2008).
2.3.2.4 Beneficio à Federação
Quando os atletas se filiam, ou seja, se cadastram, a Federação consegue obter
informações mais precisas que podem ser usadas para o desenvolvimento da modalidade. Isso
traz apoio no planejamento e ações em benefício de clubes e atletas e mais segurança aos
eventos, facilitando a punição de atletas infratores (FUT7-SC, 2008).
23
2.3.2.5 Quadras
Para sediar qualquer campeonato oficial de futebol Society, o complexo esportivo
precisa estar filiado à Fut7-SC. Para isso, basta que a quadra tenha as medidas oficiais da
modalidade e uma estrutura mínima em condições de sediar jogos oficiais (FUT7-SC, 2008).
A taxa de filiação é irrisória comparável à visibilidade, volume de atletas e torcedores
que frequentarão o complexo esportivo em função dos campeonatos de futebol Society. Por
isso, antes de definir o local do evento, é necessário certificar-se de que a quadra é filiada à
Fut7-SC (FUT7-SC, 2008).
2.3.2.6 Ligas
As ligas regionais são de extrema importância para o desenvolvimento da
modalidade em todo o Estado. No sistema da Confederação Brasileira de Futebol 7 todos os
campeonatos oficiais classificam suas equipes para um campeonato futuro. Isso valoriza as
conquistas dos clubes e os eventos locais (FUT7-SC, 2008).
Em Florianópolis, por exemplo, uma equipe que inicia a disputa pela Série D,
pode subir para as Séries C, B e A respectivamente, que por sua vez classifica as melhores
equipes para o Campeonato Catarinense, que concede vagas para a Copa Sul, que oferecem
vagas para Campeonato Brasileiro, Copa do brasil e Mundialito de Clubes (FUT7-SC, 2008).
2.4 GESTÃO ESPORTIVA
2.4.1 Definição
Segundo Costa (2006a) a gestão do esporte diz respeito à organização e direção
racional e sistemática de atividades esportivas e físicas ou entidades e grupos que fazem
acontecer estas atividades quer orientadas para competições de alto nível ou participações
populares ocasionais, e práticas de lazer e de saúde, o que variam de acordo com países e
continentes. Na prática é uma atividade de apoio ao esporte e à Educação Física.
Gestão e administração esportiva tem o mesmo significado e para Azevedo e
Barros (2004) administrar é multiplicar os seus esforços através de outros, é planejar,
organizar, dirigir e controlar as atividades de outras pessoas para atingir ou ultrapassar
24
objetivos definidos, ou seja, uma tarefa que possibilita alcançar os objetivos previamente
definidos com maior eficiência.
2.4.2 Administração esportiva
A administração evolui muito rapidamente desde o inicio do século XX. Os
métodos e teorias usados em tempos passados vão sendo atualizados a medida que o tempo
vai se passando (SOUZA, 2008).
O caminho para o país obter sucesso a nível olímpico seria o aperfeiçoamento da
administração esportiva do país, e essa necessidade se faz urgente para que haja
profissionalização no esporte de forma transparente. Para o aprimoramento da área é
necessário, antes de tudo, que se conheça o esporte no Brasil, que se tenha a real avaliação da
realidade nacional em termos das condições e necessidades existentes (BASTOS, 2004).
Para Azevedo e Barros (2004), a administração no esporte assim como acontece
em todas as demais áreas, tem que estar centrada em planejamento focado na realidade futura,
visando a perenização das organizações. Apesar de importantes num mundo com alta
velocidade no trânsito das informações, as mudanças devem ser planejadas. Embora as
organizações sejam assediadas por muitas forças exigindo mudanças, é importante reconhecer
que forças opostas mantêm a organização num estado de equilíbrio. Segundo o autor, se essa é
uma moderna teoria para orientação, na gestão de empresas de uma maneira geral, poderá ser
também para a gestão pública do esporte.
Outra necessidade refere-se ao aprimoramento da formação do profissional para
atuar na área, que acreditamos deva se dar cada vez mais com ênfase nos conhecimentos
multidisciplinares. Este aprimoramento poderá ser dado com base na fundamentação teórica
para o estabelecimento de disciplinas específicas, nos cursos de formação de profissionais
(graduação e pós-graduação), com programas cada vez mais adequados à realidade e às
perspectivas da área no país (BASTOS, 2004).
Lima (2012) diz que toda tese que tem como pilar os estudos e não apenas no
“achismo” e experiência, existe uma importância muito maior. Para ele não seria correto e
nem seguro enfrentar desafios, e tomar decisões unicamente pela sua experiência, é necessário
estudo, organização, e cautela para que se consiga o melhor rendimento possível, realizando
as metas almejadas e que foram traçadas. Tudo isso faz parte da administração, o
planejamento, estudo, cautela, tomada de decisão. É preciso sempre estar atualizado sobre as
25
teorias que cercam o meio da administração, para poder tirar proveito daquilo que se é
necessário no momento para traçar os objetivos.
2.5 MERCADO DO FUTEBOL
O futebol mundial é hoje um grande negócio. De acordo com o relatório final do
Plano de Modernização do Futebol Brasileiro da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que inclui
os agentes diretos, como clubes e federações, e indiretos, como indústrias de equipamentos
esportivos e a mídia, o futebol mundial movimenta, em média, cerca de 250 bilhões de
dólares anuais. No Brasil, dados desse mesmo relatório mostram que o futebol é uma
atividade econômica com grande capacidade de gerar empregos, e tem efeito multiplicador
maior que vários setores tradicionais, contabilizando:
• trezentos (300) mil empregos diretos;
• trinta (30) milhões de praticantes (formais e não formais);
• quinhentos e oitenta (580) mil participantes em treze (13) mil times que
participam de jogos organizados (esporte formal);
• quinhentos e oitenta (580) estádios com capacidade para abrigar mais de cinco e
meio (5,5) milhões de torcedores;
• cerca de quinhentos (500) clubes profissionais disputando uma média de noventa
(90) partidas por ano; e
• em termos de fornecimento anual de materiais e equipamentos esportivos, são
cerca de nove (9) milhões de chuteiras para futebol e futsal, seis (6) milhões de bolas e trinta e
dois (32) milhões de camisas. (LEOCINI; SILVA, 2005)
2.5.1 O consumidor do futebol no Brasil
Para Bourdieu (1983), o surgimento do mercado consumidor do futebol não se
trata de um processo histórico, e sim de um evento ligado à popularização de sua prática. A
disseminação da prática do esporte é que estabelecia as bases da demanda de consumo.
Segundo Leoncini e Silva (2005) essa demanda por produtos esportivos e
respectiva satisfação dos consumidores de futebol estão associadas a fatores como o resultado
dos eventos e a sua administração.
Uma particularidade do consumidor do futebol é o seu relacionamento com o
clube, independente da qualidade do serviço prestado ou do desempenho esportivo da equipe,
26
porém, ainda que tenham características próprias, os consumidores do futebol não são todos
iguais (MANSUR; ZANETTE, 2012).
2.6 MARKETING
Marketing é um processo empresarial que se desenvolveu com o crescimento das
empresas (KOTLER, 1998).
De acordo com Saueressig Neto (2011) existe uma grande dificuldade na
compreensão exata do que seja Marketing. Muitas pessoas costumam confundir o conceito ou
distorcer suas aplicações. Marketing e propaganda, por exemplo, são frequentemente vistos
como sinônimos. Na realidade, Marketing é muito mais profundo do que o conhecimento
popular preconiza. Diante disso, faz-se necessário uma melhor definição para saber seu real
significado.
2.6.1 Definições
A palavra marketing tem como origem o inglês market, que, pode ser traduzida
para o português como mercado (MACHLINE; DIAS, 2003).
Segundo Kotler (2000) marketing é um processo onde as pessoas podem ter
aquilo que desejam e necessitam. E fazem isso de acordo com as ofertas, por meio do que é
criado, através da livre negociação de produtos e serviços.
Rocha e Christensen (1999), afirmam que a tarefa primordial da organização é
satisfazer o consumidor desde que respeitadas suas condições de sobrevivência e continuidade
de seus trabalhos.
O marketing, quando da busca da sua definição, muitas vezes é ligado como um
sinônimo da palavra vendas, e isso deve ser levado em consideração (KOTLER, 1998).
Marketing é caracterizado como sendo a troca de informações entre as empresas e
seus clientes. É uma estrada que leva e traz essas informações. Em uma primeira fase, a
empresa busca de seus clientes as suas maiores necessidades, seus maiores desejos de
consumo. E com base nessas informações conseguidas, utiliza maneiras de atingir esse
público, atraindo o consumidor a efetuar a compra, ou utilizar o serviço. O uso dessa
ferramenta varia de empresa para empresa, que escolhe a melhor maneira de despertar o
interesse de consumidor (MACHLINE; DIAS, 2003).
27
É necessário definir qual o seu público alvo, para que a ferramenta marketing seja
utilizada da forma mais eficiente possível. De nada adianta investir com pessoal qualificado,
projetos e criação de ideias, se não se tem o mercado alvo bem definido. Existe uma diferença
entre necessidades, desejos e demandas. Em resumo, a empresa tem que descobrir o que o
consumidor quer e fornecer o produto (LIMA, 2012).
2.6.2 Marketing esportivo
Em uma definição abrangente, o termo marketing esportivo poder ser utilizado
para designar toda e qualquer forma de satisfação de necessidades e desejos de consumo no
esporte (CONTTURSI, 1996).
Vale ressaltar que todas as ferramentas, atividades e funções do marketing podem
ser usadas e/ou adaptadas para os produtos do marketing esportivo (KOTLER, 1998).
Para Pitts e Stotlar (2002) Marketing Esportivo é o processo de elaborar e
programar atividades de produção, formação de preço, promoção e distribuição de um
produto esportivo para satisfazer as necessidades ou desejos dos consumidores e realizar os
objetivos da empresa.
Segundo Mansur e Zanette (2012), qualquer gestão de marketing,
independentemente do ramo da atividade, costuma utilizar um conceito chamado mix de
marketing, o qual inclui o gerenciamento de quatro variáveis para gestão de uma marca, de
um produto ou de um serviço, são os chamados 4P’s: Produto (marca ou serviço), Preço,
Promoção (publicidade e divulgação) e Ponto (distribuição). Aplicados às modalidades
esportivas de forma geral, o conceito dos 4P’s seria:
1. Produto: Seria a modalidade esportiva propriamente dita e suas diversas
características, as quais devem ser gerenciadas visando sempre melhores performances. É
importante que a essência que caracteriza cada modalidade não seja perdida em função de
alterações que venham descaracteriza-la. Entre outros pontos que devem ser analisados,
controlados e, se for o caso, alterados, valem ser exemplificados:
Número de praticantes: tanto nas atividades relacionadas à iniciação, como
também nas de participação e alto rendimento.
Possibilidade de o publico presente assistir confortavelmente a todo o evento:
um jogo futebol por exemplo, é assistido na totalidade por quem está presente no estádio, já
uma maratona não apresenta essa característica, nessa caso, soluções de transmissão precisam
ser desenvolvidas.
28
Facilidade para entendimento das regras e contagem: essa foi uma das razões
que levou o voleibol a alterar sua contagem, visto que o publico não habituado com o esporte
tinha dificuldades para entender a forma anterior de pontuação. A outra razão que colaborou
para a alteração foi a televisão, que considerava o tempo das partidas demasiadamente alto.
Duração do evento: esse ponto afeta não só a transmissão como também o
publico presente.
Existência de ídolos: a idolatria não esta ligada apenas ao sucesso e às vitórias,
muitos ídolos nascem em função de carisma e características que tragam identificação com a
população.
Incentivo a torcer: exemplificando, esportes como o futebol propiciam que o
publico, mesmo que não conheça o esporte, tome partido e torça por algumas das equipes, já a
vela não oferece a mesma facilidade.
Calendário da temporada: um calendário bem elaborado, que considere para
sua formação a concorrência de outros eventos, contribui não só para um bom índice de
audiência e presença, como também para a obtenção de espaço na mídia.
Emoção, suspense e plasticidade: a emoção despertada pelo resultado, o
suspense causado pela duvida do que irá acontecer ao final de um lance e a beleza que cores,
movimentos, equipamentos e o corpo humano agregam às modalidades são componentes
vitais para o produto.
Adequação aos sexos, faixas etárias e socioeconômicas: a quem o esporte é
dirigido, tanto para ser praticado como para ser assistido.
Capacidade de gerar sinergia: características que possam ser associadas aos
posicionamentos dos patrocinadores.
2. Preço: Valor envolvido para assistir, praticar ou montar uma equipe de algum
esporte, em função desses valores as politicas de margem e adequação de preços são
estabelecidas:
Ingressos: valor que se despenderá para ir ao local das competições. Aqui se
considera o valor da entrada para o evento, estacionamento, locomoção, e o consumo de
alimentos e bebidas na ocasião da competição.
Televisão: custo de Pay Per View (PPV).
Prática do esporte: quanto custa praticar a modalidade esportiva. Nesse valor estão
incluídos os equipamentos, eventuais necessidades de aluguel de espaço para a prática, valor
de inscrições para provas, custo de treinadores, professores, staffs como nutricionistas,
médicos, massagistas, alimentação etc.
29
Equipe: nesse item consideram-se os custos referentes ao salario/ajuda de custo
dos atletas e de toda comissão técnica.
3. Promoção: tudo que se refere à comunicação e divulgação da modalidade,
como por exemplo:
Espaço na mídia: para competições, reportagens e entrevistas.
Comentários e narradores: que saibam se comunicar com o público-alvo.
Comunicação eficaz: com o publico no próprio local de competição. Redes
sociais, sites e ações de mobile.
4. Ponto: Locais para competições, treinamentos e praticas do esporte:
Acesso: facilidade de acesso, distâncias a serem percorridas, opções de
transporte.
Conforto: se as instalações para a plateia assistir ao evento são confortáveis,
próximas aos banheiros e pontos de vendas de alimentos e bebidas.
30
3 MÉTODO
3.1 TIPO DE PESQUISA
Quanto à abordagem do problema caracteriza-se como quantitativa, que permite a
mensuração de opiniões, reações, hábitos e atitudes em um universo, por meio de uma
amostra que o represente estatisticamente (NEVES, 1996).
Em relação aos objetivos é uma pesquisa descritiva na qual objetiva conhecer e
interpretar a realidade sem nela interferir para modificá-la (VIEIRA, 2002).
Quanto aos procedimentos técnicos é caracterizada como empírica do tipo
descritiva. Já quanto aos procedimentos de coleta de dados é uma pesquisa de levantamento e
por fim, quanto às fontes de dados é uma pesquisa de campo.
3.2 SUJEITOS DA PESQUISA
Para identificar o perfil dos praticantes/consumidores do futebol Society em
Florianópolis foram convidados a participar 200 indivíduos, entre homens e mulheres, com
idade igual ou superior a 18 anos que aceitaram participar da pesquisa. Os indivíduos que
participaram da pesquisa estavam presentes em um campeonato organizado pela Federação
Catarinense de Futebol Society, alguns estavam participando do campeonato, outros estavam
apensas assistindo aos jogos. A seleção dos praticantes/consumidores foi através de uma
amostragem do tipo não aleatória intencional por conveniência devido à facilidade de acesso a
esse público.
Foram incluídos no estudo os participantes/consumidores que atenderam aos
seguintes critérios: (a) Concordar em participar do estudo (assinatura do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido); (b) Praticar o esporte no mínimo uma vez a cada 15 dias;
(c) Ser maior de idade.
3.3 INSTRUMENTO DE PESQUISA
Para coletar os dados foi usado um questionário que está em anexos voltado aos
praticantes/consumidores da modalidade de futebol Society. O instrumento aborda questões
sobre o perfil sociodemográfico do pesquisado e na sequencia questões sobre rotina de
prática, gastos referentes à modalidade, e sobre as preferências do praticante/consumidor em
31
relação o esporte em questão. O questionário possui 18 questões no total, sendo dividido em
15 perguntas fechadas, 2 abertas e 1 mista.
Os procedimentos utilizados para determinar se o questionário media o que se
pretende medir foram a aplicação de testes de fidedignidade e validade de clareza e conteúdo.
No quesito clareza o mesmo foi validado por indivíduos cujas características eram parecidas
com a amostragem selecionada. Em cada questão os indivíduos deveriam responder: confuso,
pouco claro e claro. As questões respondidas como confusas foram retiradas do questionário,
as pouco claras foram reformuladas e as respondidas como claras foram mantidas. Já no
quesito validade do conteúdo os questionários foram avaliados por 3 profissionais de
Educação física com conhecimento na área da gestão esportiva. Em cada questão estes
profissionais deveriam responder como: inválida, pouco válida e válida. As questões
respondidas como inválidas foram retiradas do questionário, as respondidas como pouco
válidas foram reformuladas e as válidas foram mantidas no questionário.
3.4 PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS
O projeto foi submetido à análise e aprovado (n° 338.732), pelo Comitê de Ética
em Pesquisa da Unisul.
As coletas de dados foram realizadas em dois dias de um campeonato realizado
pela Federação Catarinense de Futebol 7, durante o mês de Outubro de 2013 e as rodadas
tanto do masculino quanto do feminino aconteciam simultaneamente aos sábados no período
da tarde. Nos dois dias de coleta, a pesquisadora contou com a ajuda de três voluntários, que
chegaram 1 hora antes do início dos jogos.
Os praticantes/consumidores foram contatados para que os objetivos fossem
expostos e havendo concordância de participação o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE) era entregue ao pesquisado e o questionário era apresentado. O mesmo
era aplicado sempre antes de cada jogo pelo fato de que após os jogos os indivíduos estariam
cansados e/ou alterados devido a algum tipo de acontecimento durante a partida, o que
poderia interferir nas respostas.
Todos os questionários foram respondidos no momento da aplicação, e logo após
entregues a pesquisadora para dar início a análise de dados.
32
3.5 ANÁLISE DOS DADOS
Os dados foram tabulados e transportados para o excel. Para analisá-los foi
utilizada a estatística descritiva através de médias e percentuais das respostas obtidas e
apresentados através de gráficos e tabelas. Após conclusão da pesquisa os dados serão
armazenados por um período de 5 anos, ao término desse período o material será deletado e
incinerado.
33
4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A fim de caracterizar o perfil sociodemográfico dos participantes, a Tabela 1 a
seguir, apresenta os dados referentes ao gênero, cidade, faixa etária, escolaridade, renda
mensal e estado civil dos mesmos.
Tabela 1 – Perfil sociodemográfico do consumidor.%
SEXO Feminino 40Masculino 60
CIDADEFlorianópolisSão JoséPalhoça
602515
FAIXA ETÁRIA
18 a 24 anos 5025 a 31 anos 4032 a 40 anos 8,541 a 50 anos 1,5Acima de 50 anos 0
ESCOLARIDADE
Fundamental incompleto 0Fundamental completo 0Médio incompleto 0Médio completo 10Superior incompleto 55Superior completoPós graduadoMestradoDoutorado
30500
RENDA MENSAL
Não estou trabalhando 5De 500,00 a 1.000,00 25De 1.001,00 a 2.500,00 55De 2.501,00 a 4.000,00 10De 4.001,00 a 6.000,00 5De 6.001,00 a 10.000,00 0Acima de 10.001,00 0
ESTADO CIVIL
SolteiroCasadoSeparadoViúvoOutro
70200010
Fonte: Elaboração dos autores, 2015.
34
Em primeiro momento procurou-se saber o gênero dos participantes envolvidos na
pesquisa. Como ilustra o primeiro tópico da Tabela 1 pouco mais da metade dos pesquisados
eram do sexo masculino. Mansur e Zanette (2012) dizem que essa particularidade não confere
a exclusividade do consumo futebolístico ao universo masculino. As mulheres cada vez mais
acompanham, praticam e consomem os produtos relacionados ao futebol.
No segundo tópico da Tabela 1 estão representadas as cidades que os pesquisados
residem. Os dados mostram que os mesmos estão divididos em três cidades: Florianópolis,
onde residem a maioria dos participantes, seguidos das cidades vizinhas São José e Palhoça.
A faixa etária dos participantes foi um ponto importante para ser analisado, com
ela permitiu-se criar uma faixa de idade que mostra quando as pessoas são mais ativas em
relação à prática da modalidade aqui abordada. Os dados da Tabela 1 apontam que 90% das
pessoas que responderam a pesquisa possuem idade entre 18 a 31 anos, onde a maior
incidência são jovens de 18 a 24 anos de idade.
Ao observar a Tabela 1 nota-se que a maior porcentagem encontra-se nas pessoas
que possuem ensino superior incompleto. Isso pode ser relacionado com o fato da maioria dos
pesquisados serem jovens de 18 a 24 anos, ou seja, idade frequente que as pessoas ainda
estejam em formação acadêmica.
Em relação à renda mensal dos participantes, observa-se que apenas uma pequena
porcentagem não possui atividade remunerada. Mais da metade das pessoas pesquisadas
responderam ter renda mensal entre R$ 1.001,00 a R$ 2.500,00. Fator esse positivo, pois
classifica essas pessoas como sendo da classe média, segundo Portal Brasil (2011), a renda
familiar da classe média varia de R$ 1 mil a R$ 4 mil mensais. Além de inseri-las no mercado
consumidor, pois podem utilizar uma parte de seus ganhos na aquisição de bens e serviços
relacionados à modalidade que praticam, no caso, o futebol Society. Nesse sentido, Machline e
Dias (2003) afirmam que a estabilidade econômica do país, o aumento do nível de emprego, e
a melhoria da renda e da capacidade de compra dos brasileiros ajudam na possibilidade de
crescimento do consumo. Esses números estão alinhados aos indicadores observados sobre a
faixa etária e nível de escolaridade dos pesquisados.
Por fim, a Tabela 1 apresenta o estado civil dos participantes. Como maior parte
dos pesquisados eram jovens de 18 a 24 anos, já era esperado que a maior incidência dos
participantes fossem solteiros.
A Tabela 2 apresenta as questões referentes às preferências do
praticante/consumidor. Para atingir alguns dos objetivos da pesquisa foi necessário saber se
eram federados, os motivos que os levam a praticar o esporte, os fatores levados em conta para
35
a escolha do local da prática, qual a melhor empresa na opinião dos pesquisados e se os
mesmos possuíam horário fixo em alguma empresa de Futebol Society de Florianópolis.
Tabela 2- Vinculação, motivos para pratica e preferencias do consumidor.%
FEDERADO SimNão
7030
MOTIVO DA PRÁTICA
DiversãoLazer (hobby)Para estar com os amigosCondicionamento físicoProfissionalSaúde
504545301510
FATORES PARA AESCOLHA DO LOCAL
Encontro com os amigosPreçoQualidade da infraestruturaLocalizaçãoOutro
403525150
MELHOR EMPRESA
Fair PlayTrevo Futebol seteAvanteComplexo Esportivo Show de BolaOutro (Paula Ramos)
35302555
HORÁRIO FIXO
Não:
Sim:Paula RamosTrevo Futebol SeteAvanteFair PlayChácara do Zezinho
25
402015105
Fonte: Elaboração dos autores, 2015.
Como mostra o primeiro tópico da Tabela 2, mais da metade dos participantes são
federados, fator importantíssimo que beneficia à Federação, pois quando os atletas se filiam, a
Federação consegue obter informações mais precisas para o desenvolvimento da modalidade,
trazendo dessa maneira apoio no planejamento e ações em benefício aos clubes e atletas e mais
segurança aos eventos da Federação. (FUT7-SC, 2008)
O segundo tópico da Tabela 2 apresenta os dados de uma questão de múltipla
escolha. Ao observa-la constata-se que a maioria dos participantes da pesquisa praticam o
36
esporte por motivo de diversão, lazer (hobby) e para estar com os amigos. Uma porcentagem
um pouco menor são daqueles que são adeptos da modalidade para melhorar o
condicionamento físico. Mais da metade dos pesquisados eram federados, porém, verificou-se
que o nível dos praticam o esporte por profissão ainda é baixo, talvez por ser uma modalidade
considerada nova acredita-se que ainda seja difícil encontrar clubes que remunerem o atleta.
Por fim, com uma porcentagem baixa de respostas obtidas são os que praticam o esporte por
motivo de melhora da saúde. Todos esses dados que entram em consenso com o que diz a
Confederação Brasileira de Futebol 7 Society na qual afirma que o futebol é um meio natural
de preservar a saúde física e psicológica, além de despertar o companheirismo entre seus
praticantes. (CBF7, 2010)
Em outra questão de múltipla escolha foi perguntado quais os fatores que os
praticantes/consumidores levam em consideração para escolha do local da prática. Observa-se
na tabela que muitos levam em conta o fator encontro com os amigos e logo em seguida outro
fator não menos importante é o preço cobrado pela empresa que disponibiliza o local para a
prática. A ocorrência de o fator preço não ter vindo em primeiro lugar deve-se ao fato de que
os participantes por serem em sua maioria Federados, muitas vezes os times da qual eles
fazem parte possuem patrocínio de alguma empresa de futebol Society e por isso o preço não é
prioridade. Outro fator também levado bem em conta é qualidade da estrutura que a empresa
de futebol Society oferece e logo após a localização da empresa. Outros fatores não foram
assinalados.
Achou-se necessário também, fazer um questionamento em torno da opinião dos
praticantes acerca das empresas disponíveis em Florianópolis. Essas empresas citadas no
questionário foram selecionadas devido ao fato de serem locais onde a Federação Catarinense
de Futebol 7 realiza seus campeonatos. Esses dados estão representados no quarto tópico da
Tabela 2 que mostra que três empresas foram assinaladas com uma frequência maior, são elas:
Fair Play (Carianos), Trevo Futebol Sete (Ratones) e Avante (Santo Antônio de Lisboa),
destaque para a empresa Fair Play que recebeu a maioria das opiniões como sendo a melhor
empresa de futebol Society da região relacionada à qualidade de infraestrutura. Outro destaque
também vai para o Clube Paula Ramos que não estava dentre os opções do questionário,
porém como era uma questão que permitia ao participante escrever sua opinião, foi uma
empresa bastante citada. O consumidor busca produtos para a satisfação de suas necessidades
e desejos. Para usufruir desse produto, ele sabe que terá custos. O conceito de valor para o
consumidor advém dessa relação: a diferença ou razão por ele percebida entre os benefícios
obtidos com a troca e os custos envolvidos nesse processo. (MANSUR; ZANETTE, 2012)
37
Para sediar qualquer campeonato oficial de futebol Society, o complexo esportivo
precisa estar filiado à Fut7-SC. Para isso, basta que a quadra tenha as medidas oficiais da
modalidade e uma estrutura mínima em condições de sediar jogos oficiais. (FUT7-SC, 2008)
Os praticantes também foram questionados se possuíam horários fixos para jogos
em alguma empresa de futebol Society. Se a resposta assinalada fosse “sim”, o mesmo era
questionado sobre onde possuía o horário fixo. A Tabela 2 mostra que a minoria dos
pesquisados não possuem horário fixo em nenhuma empresa de futebol Society, ou seja, essas
pessoas não são obrigadas a praticarem o esporte no mesmo local toda semana, o que permite
a elas pesquisarem e variarem o local de prática, podendo assim procurar uma empresa que
pratique um valor mais em conta e até mesmo uma empresa mais próxima de casa,
economizando dessa maneira ou até mesmo evitando o gasto com transporte. Já a grande
maioria dos pesquisados, ou seja, 75% deles responderam ter horário fixo em alguma empresa
de Florianópolis, algumas delas responderam ter horário fixo em até duas empresas por
semana. Com 40% das respostas obtidas, o Paula Ramos foi a empresa de futebol Society mais
assinalada, seguidos do Trevo Futebol Sete, Avante, Fair Play e Chácara do Zezinho. As
empresas possuírem uma agenda lotada com horários fixos se torna um fator benéfico a
modalidade, pois tendo esse lucro fixo semanal permite que essas empresas invistam em sua
infraestrutura, melhorando a qualidade dos serviços oferecidos, aumentando a frequência de
praticantes e consumidores no local, impulsionando e desenvolvendo automaticamente o
crescimento da modalidade na região.
No gráfico 1 a seguir estão apresentados os dados referentes ao grau de
importância dos serviços oferecidos em uma empresa de futebol Society para os
praticantes/consumidores.
38
Gráfico 1- grau de importância dos serviços em uma empresa de futebol Society
Fonte: Elaboração dos autores, 2015.
No gráfico 1 a escala de 1 a 9 representa, para os pesquisados, o grau de
importância dos serviços que geralmente são oferecidos em uma empresa de futebol Society,
na qual o número 1 seria para serviços mais importantes e número 9 para menos importantes.
Após contagem dos dados, foi traçada uma média e ao coloca-la no gráfico, verificou-se que a
qualidade do gramado é o serviço onde o praticante mais exige qualidade em uma empresa de
futebol Society, seguidos da qualidade na iluminação dos campos, levando em conta que
muitos praticam o esporte à noite e do fornecimento da bola para o jogo. Como itens menos
exigidos, ou seja, menos importantes, ficaram a qualidade dos vestiários, localização e
disponibilidade de estacionamento. Nessa linha, Kloter (2000) afirma que os dirigentes,
administradores e profissionais de negócios devem adotar o ponto de vista do consumidor, e as
decisões estratégicas das empresas e instituições precisam estar apoiadas no que o cliente
necessita e deseja. Consumidores satisfeitos aumentam seu envolvimento com a empresa, se
identificam com ela e seus produtos, os divulgam quando possível e os defendem quando
sofrem críticas (PITTS; STOTLAR, 2002).
A Tabela 3 buscou relacionar os gastos do praticante/consumidor com a prática do
futebol Society. Os pesquisados foram questionados sobre a frequência semanal de suas
práticas, o meio de transporte que são utilizados, os preços que os praticantes/consumidores
pagam para utilizar os serviços das empresas de futebol Society, e os gastos semanais com o
esporte e com a prática dele, com consumo ou aquisição de produtos por exemplo. Essas
39
questões foram importantes serem abordadas para que fosse possível ter uma ideia se o esporte
gera ou não receita para a região.
Tabela 3 – Frequência, meio transporte utilizado e investimento na prática.%
FREQUÊNCIA
Uma vez a cada quinze diasUma vez por semanaDuas vezes por semanaTrês vezes por semanaMais de três vezes por semana
51550300
MEIO DE TRANSPORTE
CaminhandoÔnibusCarroMotoOutro
00
85150
PREÇO PRATICADOPELA EMPRESA
De R$ 40,00 a R$ 60,00 a horaDe R$ 61,00 a R$ 80,00 a horaDe R$ 81,00 a R$ 90% a horaDe R$ 91,00 a R$ 110,00 a horaOutro
51525550
NÍVEL DE CONSUMIDORNível baixoNível médioNível alto
35605
CONSUMO ANTES E PÓS-JOGO
Antes:SimNão
Depois:SimNão
4555
8020
GASTO SEMANAL
R$ 20,00R$ 30,00R$ 40,00R$ 50,00R$ 60,00R$ 70,00R$ 100,00R$ 120,00R$ 150,00 a R$ 200,00
5171428149643
Fonte: Elaboração dos autores, 2015.
40
Foi perguntado aos pesquisados a frequência semanal que os indivíduos praticam a
modalidade. Analisando a Tabela 3, percebe-se que 80% dos respondentes praticam o esporte
de duas a três vezes por semana, fator interessante, pois quanto maior a frequência maior será
o investimento financeiro na modalidade. Dados importantes também para reforçar a
afirmação da Confederação Brasileira de Futebol Society que diz que o futebol Society é um
dos esportes mais praticados no país (CBF7, 2010).
Para traçar a média do valor gasto semanalmente com a modalidade, fez-se
necessário saber qual o meio de transporte utilizado pelo praticante para chegar ao local da
prática. Nota-se que 100% dos pesquisados utilizam meio de transporte próprio, uma pequena
porção faz uso da moto e todo o restante utiliza o carro para se transportar. Fator que está
ligado e alinhado à renda mensal e classe social dos pesquisados visto que estas possibilitam
que os indivíduos tenham condução própria. Nenhum outro meio de transporte foi assinalado
pelos respondentes.
Foi abordado também no questionário o valor praticado pelas empresas de futebol
Society que o consumidor mais utiliza. Esses valores variam bastante, principalmente de ano
para ano. Observa-se na Tabela 3 que pouco mais da metade dos praticantes pesquisados
pagam de R$91,00 a R$ 110,00 a hora, que são preços utilizados por empresas que oferecem
uma estrutura mais adequada e completa aos seus consumidores. Vale ressaltar que quando os
praticantes possuem horários fixos e pagam mensalmente, essas empresas oferecem descontos
e por isso geralmente os preços ficam mais baixos.
Outro fator importante na hora de traçar uma média de investimento financeiro por
parte de cada praticante foi saber em qual nível de consumidor em relação a produtos
esportivos específicos de futebol o mesmo se encaixaria. Foram disponibilizadas aos
respondentes três níveis de consumidor onde eles deveriam se encaixar, nível baixo -
Aquisição de um ou dois itens por ano; Nível médio – Aquisição de três a cinco itens por ano;
e Nível Alto - Aquisição de um item novo a cada dois meses. Pouco mais da metade dos
pesquisados classificaram-se como sendo do nível médio, ou seja, adquirem de três a cinco
itens relacionados como futebol por ano, nesses itens pode-se incluir roupas, chuteiras e
materiais de treino por exemplo. Infelizmente o nível alto que são os consumidores que
compram produtos novos de futebol a cada dois meses foi o menos assinalado. Seria
interessante que todos ou pelo menos a maioria fossem consumidores de nível alto, o que
geraria um investimento maior no esporte aqui abordado. Saueressig Neto (2011) diz que, seja
na forma de espetáculo esportivo ou seja como práticas corporais, é inegável o fato de que, nas
ultimas duas décadas, o esporte (e a atividade física, de um modo geral) tem se constituído
41
num vasto e sempre crescente campo de investimento econômico. Tal crescimento está
associado ao surgimento de uma imensa rede de produção industrial de equipamentos,
artefatos, academias, eventos e megaeventos, que dão a medida da importância destes
fenômenos, quando comparados com períodos anteriores.
Quando questionado se os praticantes costumam consumir alguma bebida e/ou
comida antes e/ou depois da pratica, verificou- se que pouco mais da metade não consome
nenhum produto antes e quase todos consomem algum produto após o jogo, ou seja, esse
consumo antes e após a prática significa que o praticante gasta com a prática e ajuda no lucro
das empresas de futebol Society da região.
Por fim, questionou-se quanto em média o pesquisado gasta semanalmente com a
prática do esporte. Ao traçar uma média dos valores indicados por cada respondente pode-se
notar que a grande maioria mostrou gastar de R$ 30,00 a R$ 70,00 semanalmente, isso inclui
aluguel da quadra, combustível, consumo, aquisição de produtos esportivos, entre outros
gastos. Uma parte da amostra afirmou gastar em media R$100,00 por semana. E uma parte
pequena dos pesquisados mostrou gastar entre R$ 120,00 a R$150,00 na semana.
Foi estimado em média, quanto cada consumidor gasta anualmente com futebol no
Brasil, a média de gasto do torcedor inglês foi adotada como padrão ideal. Tal média foi então
ajustada proporcionalmente aos valores do PIB per Capita de cada país, o que resultou numa
média ajustada de gastos anuais com futebol no Brasil de R$ 57 ou US$ 20 por torcedor
(LEONCINI; SILVA, 2005).
Fica evidenciada a necessidade de ampliar a participação financeira do
praticante/consumidor, tornando-o consumidor ativo e disseminador do esporte, possibilitando
a maximização da arrecadação das empresas do esporte. Contursi (1996) diz que ato de
comprar é abordado não como uma coisa em si. É visto como um meio de descobrir, mediante
a observação das práticas das pessoas, algo sobre seus relacionamentos. Na verdade,
fundamenta-se na ideia de que esse pode ser o melhor meio de revelar a experiência
vivenciada desses relacionamentos do que um estudo feito especificamente sobre eles.
42
5. CONCLUSÃO E SUGESTÕES
Após a realização dos procedimentos de coleta de dados e de todos os processos
para verificação dos objetivos específicos e geral, foi possível relaciona-los para um melhor
entendimento dos resultados obtidos através da pesquisa.
O principal objetivo do presente trabalho foi investigar o perfil dos consumidores
do futebol Society em Florianópolis. A partir do questionário aplicado pôde-se identificar
algumas características do público que pratica a modalidade em questão. Em sua maioria são
homens de 18 a 24 anos, solteiros, residentes em Florianópolis. Grande parte desse publico
possui ensino superior incompleto e sua renda mensal varia de R$ 1001,00 a R$ 2.500,00.
A partir dos dados obtidos, conclui-se que 70% dos respondentes são atletas
federados, ou seja, possuem registro juntamente a Federação Catarinense de Futebol Sete e por
isso, são intitulados atletas amadores.
A maior parte dos respondentes afirmou gastar em média R$ 50,00 semanalmente
para praticar futebol Society, isso inclui gastos com o campo onde normalmente o valor da
quadra é dividido entre os participantes; transporte, sendo que a maioria respondeu utilizar o
carro para de deslocar ate o local da pratica; e consumo antes e/ou após a pratica, que também
foram questões abordadas durante a aplicação do questionário. Sabendo que 1 mês possui
geralmente 4 semanas e que a grande maioria dos pesquisados possuem horários fixos e
praticam o esporte duas vezes na semana, pode-se concluir que o consumidor/praticante gasta
em média R$ 200,00 mensais para praticar o esporte aqui abordado.
Uma questão abordada no questionário foi utilizada para saber em qual nível de
consumidor o praticante se encaixava. Obteve-se como resposta que maior deles se
consideram no nível médio de consumo de produtos do esporte aqui abordado, ou seja,
adquirem de três a cinco produtos relacionados ao futebol por ano.
Ao analisar os motivos que levam o indivíduo a praticar o futebol Society,
destacaram-se três principalmente: diversão; lazer (hobby) e para estar com os amigos, ou seja,
praticam o esporte como forma de entretenimento. Em um mundo onde o mercado de trabalho
é muito concorrido, as pessoas procuram uma pratica esportiva desvinculada de obrigações
competitivas para que se saia um pouco da rotina e automaticamente já se mantenham
saudáveis também.
Em um mundo cada vez mais modernizado é natural que o grau de exigência dos
consumidores também seja maior. Independente da área de mercado em que se atua, é
43
imprescindível manter-se sempre atualizado, oferecendo serviços e produtos de boa qualidade
para sustentar a relação e principalmente a satisfação dos seus consumidores. Tendo isso em
vista, procurou-se enfatizar as preferencias e exigências dos consumidores/praticantes na hora
de escolher um local para praticar futebol Society.
Inicialmente o fator que consumidores mais levam em consideração é o encontro
com os amigos, não esquecendo também que o preço praticado pela empresa onde se vai
praticar também é um quesito bastante levado em conta. Quando se trata da qualidade da
infraestrutura, os praticantes consideram importantes principalmente que o gramado e a
iluminação da quadra sejam de qualidade.
Outro ponto abordado sobre as preferências dos praticantes foi identificar a melhor
empresa de futebol Society da região. Três empresas foram bastante citadas no questionário,
porem a maior porcentagem das respostas foi para a empresa Fair Play localizada no bairro
Carianos, Florianópolis.
O presente trabalho procurou mostrar que a modalidade contribui na economia da
cidade e que existe um amplo mercado de consumidores por trás disso. O futebol,
independente do tipo de modalidade, é um esporte da grande massa Brasileira, por isso
identificar o perfil e atender a demanda de consumidores se faz importante pois é justamente o
consumo que faz o esporte crescer.
Por fim, fica a sugestão para os próximos trabalhos acerca do assunto aqui tratado
que seja feita uma analise mais especifica e minuciosa do ponto de vista financeiro das
empresas de futebol Society existentes na região, verificando por exemplo, o investimento
realizado na infraestrutura, os serviços que são considerados prioridades pela empresa, e o
tempo de retorno desse investimento, bem como as estratégias adotadas para alcançar os
consumidores.
44
REFERÊNCIAS
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FUT7-SC - FEDERAÇÃO FUTEBOL 7 DE SANTA CATARINA. Calendário. 2008.Disponível em: <http://www.fut7sc.com.br >. Acesso em: 15 Abr. 2015.
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45
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ANEXOS
47
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
PESQUISA DE GRADUAÇÃO EDUCAÇÃO FÍSICA E
ESPORTES
Florianópolis, Outubro de 2013
Prezado Amigo (a),
Este questionário trata-se de uma pesquisa feita para obtenção de dados auxiliares para o
término do Trabalho de Conclusão de Curso do acadêmica Mayara Lopes Mello, graduanda
do Curso de Educação Física e Esportes da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL)
que tem como tema: “PERFIL DOS CONSUMIDORES DO FUTEBOL SOCIETY EM
FLORIANÓPOLIS”.
A identificação do respondente não se faz necessária, e as suas respostas serão mantidas em
sigilo. Muito obrigado por sua participação.
Agradecemos desde já sua ajuda. Será de enorme valia.
Mayara Lopes Mello
Rafael Andreis, Msc.
INSTRUÇÕES PARA O PREENCHIMENTO
- Você deverá assinalar com X a resposta de sua preferência.
- Nas perguntas abertas você deverá ser direto e responder apenas o que foi perguntado
na questão.
- É fundamental que o questionário seja preenchido na ordem correta. Por isso, pedimos
que respondam as perguntas na ordem estabelecida, e não retornem para atualizar
nenhuma resposta após terem à respondido.
O questionário demora aproximadamente 15 minutos para ser preenchido.
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Questionário sobre perfil do praticante
1. Sexo
Masculino ( ) Feminino ( )
2. Cidade onde reside: ___________________________________
3. Qual sua faixa etária (idade)?
( ) 18 a 24 anos
( ) 25 a 31 anos
( ) 32 a 40 anos
( ) 41 a 50 anos
( ) Acima de 50 anos
4. Qual sua escolaridade?
( ) ensino fundamental completo ( ) ensino fundamental incompleto
( ) ensino médio completo ( ) ensino médio incompleto
( ) ensino superior completo ( ) ensino superior incompleto
( ) pós-graduação ( ) mestrado
( ) doutorado
5. Se você está trabalhando atualmente, qual a sua renda ou seu salário mensal?
( ) Não estou trabalhando
( ) de 500,00 a 1.000,00
( ) de 1.001,00 a 2.500,00
( ) de 2.501,00 a 4.000,00
( ) de 4.001,00 a 6.000,00
( ) de 6.001,00 a 10.000,00
( ) acima de 10.001,00
6. Estado civil
Solteiro (a) ( ) Casado (a) ( ) Separado ( ) Viúvo ( ) Outro ( )
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7. Com que freqüência você pratica futebol Society?
( ) Uma vez por semana ( ) Mais de três vezes por semana
( ) Duas vezes por semana ( ) Uma vez a cada quinze dias
( ) Três vezes por semana ( ) Outro
8. Por qual motivo você pratica futebol Society? Múltipla escolha (pode escolher
mais de uma opção).
( ) Lazer (Hobby) ( ) Condicionamento físico ( ) Saúde
( ) Para estar com amigos ( ) Profissional ( ) Diversão
( ) Outro
9. Você é atleta de futebol Society federado?
Sim ( ) Não ( )
10. Qual o meio de transporte utilizado para se deslocar até o loca de jogo?
Caminhando ( ) Ônibus ( ) Carro ( ) moto( ) Outro ( )
11. Qual fator você leva mais em consideração na hora de escolher o lugar para
praticar futebol Society? Múltipla escolha (pode escolher mais de uma opção).
( ) Preço
( ) Encontro com amigos
( ) Localização
( ) Qualidade da infraestrutura
( ) Outro
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12. Numere de 1 a 9 os itens abaixo referentes ao grau de importância para você em
uma empresa de futebol Society. 1 = Muito importante; 9 = Menos importante.
( ) Fornecer a bola para o jogo
( ) Disponibilizar de um espaço para confraternização após o jogo
( ) Disponibilizar de um bar ou lanchonete
( ) Qualidade dos vestiários
( ) Qualidade do gramado
( ) Disponibilidade de estacionamento
( ) Localização
( ) Qualidade na iluminação dos campos
( ) Qualidade no atendimento
13. Qual o preço praticado pela empresa de futebol Society que você mais frequenta?
( ) de R$ 40,00 a R$ 60,00/hora ( ) de R$ 81,00 a R$ 90,00/hora
( ) de R$61,00 a R$ 80,00/hora ( ) de R$ 91,00 a R$ 1100,00/hora
( ) Outro
14. Em sua opinião, qual a melhor empresa de futebol Society de nossa região?
( ) Complexo Esportivo Show de Bola ( Ratones)
( ) Fair Play ( Carianos)
( ) Trevo Futebol Sete ( Ratones)
( ) Avante ( Santo Antônio de Lisboa)
( ) Outro: ___________________
15. Você tem horário fixo semanal para jogo em alguma empresa de futebol Society?
Caso a resposta seja sim, você pode colocar o nome de mais de uma empresa.
( ) Não ( ) Sim; Onde?_________
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16. Que nível de consumidor você se considera em relação a produtos esportivos
específicos de futebol?
( ) Nível Baixo - Aquisição de um ou dois itens por ano;
( ) Nível Médio – Aquisição de três a cinco itens por ano;
( ) Nível Alto - Aquisição de um item novo a cada dois meses
17. Você costuma comprar /consumir bebida ou comidas antes ou após jogar?
Antes: Sim ( ) Não ( )
Após: Sim ( ) Não ( )
18. Quanto você gasta semanalmente para poder praticar futebol Society (aluguel da
quadra, combustível, consumo)?
R:
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