Universidade Federal do Ceara Programa de Educação ... · Edema Bárbara Ximenes Braz...

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Edema

Bárbara Ximenes Brazbarbaraxbraz@hotmail.com

Universidade Federal do Ceara

Programa de Educação Tutorial -

PET Medicina UFC

Edema

Excesso de líquido acumulado no espaço

intersticial ou no interior das próprias

células.

Fisiopatologia

Desequilíbrio das forças que regulam as

trocas líquidas

Fluxo de

Fluido no

Capilar

Coeficiente

de ultra-

filtração

Pressão

capilar

hidrostática

Pressão

intersticial

hidrostática

Pressão

Capilar

Oncótica

Pressão

Intersticial

Oncótica

Sai SaiEntra Entra

Fisiopatologia

Aumento da

pressão

hidrostática

Aumento da

permeabilidade

capilar

Retenção de sódio

Obstrução

dos vasos

linfáticos

EDEMA

Diminuição da

Pressão osmótica

das proteínas

Investigação semiológica

Localização

Duração

Evolução

Intensidade

Consistência

Temperatura da pele adjacente

Sensibilidade da pele adjacente

Outras alterações da pele adjacente

Localização

Localizado

◦ Geralmente um dos MMII ou dos MMSS

◦ Restrito a território vascular – obstrução de

fluxo venoso e linfático

Generalizado

◦ O fluido deixa o espaço vascular

◦ Sistêmico

Intensidade

Compressão firme de encontro à

estrutura rígida

◦ Formação de fóvea

◦ Intensidade do edema = Profundidade da

fóvea

Até +4

Outras medidas:

◦ Variações de peso durante o dia

◦ Comparação bilateral do diâmetro da área

edemaciada

Sinal de Cacifo

Consistência

Digitopressão

Edema mole

◦ Infiltração aquosa

◦ Retenção hídrica de curta duração

Edema duro

◦ Proliferação fibroblástica (edema de longa duração ou com repetidos surtos inflamatórios)

◦ Linfedema

Elefantíase

Filariose e Erisipela

Elasticidade

Digitopressão: duração da fóvea

Edema elástico

◦ Inflamatórios

Edema inelástico

◦ Síndrome nefrótica, ICC

Temperatura da Pele Adjacente

Comparação com região homóloga

Geralmente não há alterações de

temperatura

Pele quente

◦ Edema inflamatório

Pele fria

◦ Comprometimento da irrigação sanguínea

Sensibilidade da Pele Adjacente

Digitopressão

Edema doloroso

◦ Inflamatório

Outras Alterações da Pele Adjacente

Coloração

◦ Palidez

Transtorno de irrigação

◦ Cianose

Perturbação venosa localizada

◦ Vermelhidão

Inflamação

Textura e Espessura

◦ Pele lisa e brilhante: recente e intenso

◦ Pele espessa: longa duração

◦ Pele enrugada: edema sendo eliminado

Edema: Causas

Principais causas:

◦ Síndrome nefrítica

◦ Síndrome nefrótica

◦ Pielonefrite

◦ Insuficiência Cardíaca

◦ Cirrose hepática

◦ Hepatite Crônica

◦ Desnutrição proteica

◦ Fenômenos angioneuróticos(edema alérgico)

◦ Gravidez

◦ Toxemia gravídica

◦ Obesidade

◦ Hipotireoidismo

◦ Medicamentos

◦ Outros.

Edema Renal – Síndrome Nefrótica

Definição:

◦ Proteinúria > 3 a 3,5g/dia,

◦ hipoalbuminemia

◦ edema e

◦ hiperlipidemia.

Edema

Retenção primária de sal

Diminuição de mecanismos de defesa por diminuição da pressão osmótica

Síndrome Nefrótica

Defeito primário na

excreção de sal

Expansão do volume

plasmático

Edema

Redução da pressão

oncótica é

compensada por

mecanismo-tampão!

Síndrome Nefrótica – Quadro Clínico

Edema facilmente compressível

Concentrado na face◦ Pico durante a manhã

◦ Decúbito dorsal

Edema de MMII◦ Pico no fim do dia

◦ Gravidade

Generalizado◦ Ascite e derrame pleural

Edema Renal - Síndrome Nefrítica

Definição:

◦ Proteinúria não-nefrótica (< 3,5g/dia),

◦ Hipertensão e

◦ Hematúria micro ou macroscópica.

Início abrupto

Edema

◦ Redução do fluxo glomerular.

Síndrome Nefrítica

Anticorpos

antimembrana

Glomerulonefrites

Passagem de

hemácias e

proteínas

Diminuição do fluxo

glomerular

Oligúria

Anúria

Hematúria

Proteinúria

*Estreptococos

Síndrome Nefrítica

Redução do fluxo

glomerular

Diminuição da

filtração de

sódio

Retenção

hidrossalina

Hipervolemia

Edema Hipertensão

Síndrome Nefrítica – Quadro Clínico

Edema◦ Região periorbitária

◦ Ascite

◦ Derrame pleural

Hipertensão◦ Encefalopatias

◦ Aumento DC

Hematúria◦ Cilindro hemáticos

Proteinúria < 3g/dia

Edema Cardíaco – Insuficiência Cardíaca

Insuficiência cardíaca consiste na

incapacidade do coração de bombear

sangue para os tecidos de forma a

satisfazer a demanda metabólica.

Edema Cardíaco – Insuficiência Cardíaca

Queda DC

Diminuição da pressão de

enchimento

Mecanismos compensatórios

Receptores de Alta Pressão (suprimem

os de baixa pressão)

SRAA SN Simpático Vasopressina Endotelinas

Aumento da retenção hidrossalina

Diminuição da resistência

arterial periférica

Edema Cardíaco – Quadro Clínico

Edema facilmente

depressível

◦ Gravitacional

◦ Vespertino

◦ Congestão pulmonar

◦ Ortopnéia

◦ Ascite

◦ Derrame pleural

Edema Hepático - Cirrose

Edema

◦ Vasodilatação

arterial primária

◦ Retenção

hidrossalina

Edema Hepático - Cirrose

Vasodilatação primária arterial

Diminuição da pressão de enchimento

Resposta compensatória

EDEMA

SNSimpático Vasopressina

Produção excessiva de NO

pela vasculatura cirrótica

Retenção

hidrossalina

Retenção hídrica

Hiponatremia

dilucional

Hiposmolaridade

PGI2, PGE2

SRAA

Edema Hepático – Quadro Clínico

Hipertensão portal

◦ Grande ascite

Hipoalbuminemia

Mixedema

Não é edema propriamente dito

◦ Acúmulo de polissacarídeos

Edema generalizado ou pálpebras, face

dorso da mão, língua, pleura e pericárdio.

Principal causa: hipotireoidismo

Mixedema

Depósito de

mucopolissacarídeos em

subcutâneo, submucosa e

espaços endoteliais.

Perda da função de

barreira dos capilares e

vasos linfáticos

Saída de proteínas

plasmáticas

EDEMADistúrbios

circulatórios

Miocardiopatia

EDEMA

CARDÍACO

Alterações na

musculatura

cardíaca

Mixedema – Quadro Clínico

Hipotireoidismo◦ Edema duro, não-

depressível

◦ Edema de face e pálpebras

◦ Fraqueza

◦ Pele fria, seca, amarelada e grossa

◦ Letargia

◦ Fala arrastada

◦ Sensibilidade ao frio

◦ Diminuição da sudorese

◦ Língua grossa

◦ Diminuição da memória

◦ Constipação

Mixedema – Quadro Clínico Aumento de peso

Diminuição do apetite

Queda de cabelo

Rouquidão

Cansaço

Sangramento menstrual irregular

Obesidade

Apatia

Feições tumefeitas

Bradicardia

Hipotermia

Lentidão de reflexos tendíneos profundos

Linfedema

Acúmulo de líquido intersticial devido a

uma malformação ou disfunção do

sistema linfático

Início: edema macio

Depois: edema duro, não depressível.

Linfedema

Linfedema primário

◦ Alteração congênita da drenagem linfática

◦ Precoce: sexo feminino, bilateral. Familiar: Síndrome de Milroy

◦ Tardio: sexo feminino, unilaterais. Familiar: Síndrome de Muge

Linfedema secundário

◦ Traumatismo,

◦ retirada de linfonodos,

◦ fibrose secundária à irradiação,

◦ neoplasias e

◦ infecções(filariose, linfangite e celulites de repetição).

Linfedema – Quadro Clínico

Edema duro, de difícil compressão

Mais comuns:

◦ Unilateral

◦ Extremidades inferiores

Linfangite

Celulite

Edema Alérgico - Angioedema

Angioedema, edema angioneurótico ou

edema de Quincke.

Edema por liberação de histamina e

outros mediadores imunológicos.

Edema Alérgico - Angioedema

Alimentos,

medicamentos,

infecções

Liberação de histamina e

outros mediadores dos

mastócitos

Reação inflamatória

Aumento da permeabilidade

capilar na hipoderme,

subcutâneo e mucosas

Casos Clínicos

Caso 1 Paciente de 36 anos, sexo masculino, procedente

do interior de MG, refere que há um ano vemapresentando cansaço progressivo, atualmente apequenos esforços, ortopnéia e edemaprogressivo de MMII e febre vespertina. Temepidemiologia positiva para Doença de Chagas.Nega HAS, DM ou outras doenças. Refere terquatro irmãs com problema semelhante.

Ao exame clínico, apresenta-se descorado 1+/4+,

taquipneico, taquicárdico, cianótico 1+/4+,

anictérico, com estase jugular a 45º graus,

estertores finos em bases pulmonares e fígado a

3cm do rebordo costal direito. Presença de edema

em MMII 3+/4+.A PA é de 90x70mmHg.

Caso 1

Edema de origem cardíaca - ICC

Caso 2

Paciente de 12 anos de idade, sexomasculino, refere diminuição do volumeurinário com urina avermelhada há quatrodias. Refere também cansaço progressivo eedema palpebral ao acordar. Há um diarefere piora da falta de ar e anúria. Teveepisódio de infecção de vias aéreassuperiores há 10 dias.

Ao exame clínico, apresenta-se em estado geral regular,

corado, taquipneico, anictérico. A ausculta cardíaca é

normal e a pulmonar mostra estertores finos em ambas

as bases. Presença de edema em MMII +2/+4. A PA é de

160x112 mmHg.

Caso 2

Edema de origem renal

Síndrome nefrítica pós-estreptocóccica.

Caso 3

Paciente de 30 anos, feminino, refere

edema palpebral há seis meses

acompanhado de edema em MMII. Nega

ortopnéia ou DPN. Refere urina

espumosa desde o início do quadro.

Ao exame clínico, EGB, corada, hidratada,

eupneica, anictérica.

Caso 3

Edema de origem renal.

Síndrome nefrótica.

Caso 4

Paciente de 45 anos, feminino, procuraambulatório com queixa de fadigaprogressiva e perda de memória. Refereainda ganho de peso associado adiminuição do apetite, rouquidão,sonolência e obstipação intestinal.

Ao exame clínico, pele seca e quebradiça,lentificação dos reflexos e presença deedema duro e pouco depressível emMMII.

Caso 4

Hipotireoidismo – Mixedema.

Caso 5

Paciente, 56 anos, masculino, refereaumento de volume abdominal e edemade MMII há 3 meses. Nega HAS, DM, masrefere ser etilista(1 garrafa de pinga pordia) nos últimos 40 anos.

Ao exame clínico, corado, anictérico,ginecomastia e “spiders”. Fígado palpável a1 cm do RCD, de consistência endurecidae baço palpável a 3 cm do RCE. Presençade ascite volumosa.

Caso 5

Edema hepático – cirrose.

Obrigada!