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Nordeste frágil e pobre
• Cinco décadas de “políticas regionais” mudaram o Nordeste – mas as desigualdades persistem em todos os níveis
• PIB continua flutuando em torno de 13% do PIB brasileiro
• PIB per capita não chega a 50% do PIB per capita nacional
• Indicadores sociais sempre abaixo da média nacional (incluindo índice de pobreza)
Fonte: IPEADATA/IBGE
1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 200812.5
12.6
12.7
12.8
12.9
13.0
13.1
13.2
13.3
12.8
12.9
12.8
13.2
13.113.1
13.113.1
13.1
13.0
12.812.7
13.1
13.1
13.1
13.1
PARTICIPAÇÃO DO NORDESTE NO PIB DO BRASIL - 1993/2007
Anos
Perc
entu
al
Ao longo de décadas de
“política regional” o Nordeste não passa de 13% do
PIB brasileiro (média)
Fonte: MDS-Plano Brasil sem Miséria – 2010 Legenda: Taxa de pobreza expressa pela renda familiar per capita até R$ 70,00 e pela carência de serviços públicos - se ampliam com a coloração vermelha
Pobreza Indigência
35.26
17.36
47.24
21.53
55.16
28.38 25.47
12.70
20.42
8.32
30.84
14.90
Pobreza e Indigência no Brasil e Regiões - 2009
Brasil Norte NordesteSudeste Sul Centro-Oeste
Tanto na Pobreza quando na Indigência
(medida por ½ e ¼ de SM como renda
domiciliar per capita) o Nordeste
tem um quadro dramático
Fonte: IPEA
IDH dos Estados - 2005
██ 0,800 – 0,900 (Elevado) ██ 0,700 - 0,799 (Médio-alto) ██ 0,600 - 0,699 (Médio-baixo)
Norte
Nordeste
SudesteSul
Centro-Oeste
0.0
10.0
20.0
INDICADORES DE EDUCAÇÃO DAS MACRORREGIÕES DO BRASIL - 2009
Taxa de analfabetização - 2009
Escolaridade (anos médios) - 2009
Nível e da educação do Nordeste é
muito inferior ao das outras
Regiões
Norte
Nordeste
SudesteSul
Centro-Oeste
0
5
10
IDEB DAS MACRORREGIÕES - 2009
IDEB (até 4ª série) - 2009IDEB (5ª à 8ª série) - 2009
A qualidade da educação do
Nordeste (medida pelo IDEB) é muito
inferior aos das outras Regiões
Bras
il
Sant
a Ca
tarin
a
São
Paul
o
Para
íba
Rio
Gran
de d
o N
orte
Pern
ambu
co
Serg
ipe
Bahi
a
Nor
dest
e
Alag
oas
Dear
á
Piau
í
Mar
anhã
o
1.240
920
727720
632
473463
424 400348
313243
136
Pesquisador por milhão de habitantes nos principais Estados do Brasil - 2008
Média do Nordeste de pesquisador
por milhão de habitantes é
menos da metade de
Santa Catarina e 1/3 da média
do Brasil
Qualidade das Rodovias (%)
Em São Paulo 81,2% são ótimas (61,7%) ou
boas (19,5%
27,7% Péssimo e
Ruim
34,7% de Bom e Ótimo
Desigualdade interna no Nordeste
• Renda média a alta nos centros urbanos e metropolitanos
• Dinamismo em centros metropolitanos do litoral e médios polos (indústria), cerrados e áreas irrigadas
• Pobreza e baixos indicadores sociais concentrados na maioria do Semiárido
Atraso e pobreza no território
• atraso e pobreza têm múltiplas causas e tende a se concentrar no território de baixa capacidade produtiva e limitado capital humano e social
• condições do território geram atraso e pobreza (território pobre) – principal condição está nos baixos níveis de competitividade: educação, qualificação, infraestrutura e inovação
• Nordeste (especialmente semiárido) perde para o resto do Brasil em todos estes itens de competitividade sistêmica
Inovação
• Inovação é fator central da competitividade sistêmica: introdução de um produto novo (ou significativamente melhorado) ou de um novo processo ou método de produção, de comercialização e marketing, de gestão e organização da empresa e da produção, ou de relação com os clientes e o mercado
• Interação das empresas com as instituições de pesquisa e desenvolvimento tecnológico e de formação profissional
• nível de escolaridade é fundamental para a inovação e aprendizagem social e organizacional
Fonte: Movimento Brasil Competitivo - 2006Nota: o Índice de Competitividade dos Estados foi medido por um conjunto de 34 indicadores que tratam da Educação e qualificação, da Capacidade de inovação, e Infraestrutura econômica
Nordeste e Norte têm baixa ou muito baixa
competitividade
São Pau
lo
Rio de janeiro
Distrito
Federal
Rio Grande do Su
l
Paraná
Santa
Catarin
a
Minas Gerai
s
Mato Grosso
do Sul
Espírit
o Santo
Pernambuco
Paraíba
Sergi
pe
Rio Grande do Norte
Goiás
Amazonas
Ceará
0.8490.792
0.7440.711 0.696
0.6480.589
0.5060.475
0.436 0.432 0.408 0,400 0.401 0.3850.352
COMPETITIVIDADE DOS ESTADOS BRASILEIROS (escala de zero a um)
Fonte: Movimento Brasil Competitivo - 2006
SUL/SUDESETE
NORDESTE
Distribuição da Relação do IDH com o ICE-Índice de Competitividade dos Estados
SP
DFRS
PR
PB/PE
MGES MS
AL
PA
PI
RO
MA CE
RJ
SC
SUL E SUDESTE
NORDESTE
Distribuição da Relação da Pobreza Absoluta com o ICE-Índice de Competitividade dos Estados
SP
DFRS
PR
MGES MS
RJ
SC
GOMT
PB
PESE
RNAMBA
CE
ALPI
MA
RO AP
PA
TO
Fonte: MBC, 2006; MDS, 2011
Microrregiões geográficas com mais de 5 mil empregos industriais, 2006
DINIZ. C. C., Apresentação no Seminário Desenvolvimento Regional: Desafios e oportunidades para o BrasilRio de Janeiro, 31/8 a 2/9 de 2009, CEDEPLAR/UFMG
Rede urbana com mais de 50 mil habitantes, 2007
DINIZ. C. C., Apresentação no Seminário Desenvolvimento Regional: Desafios e oportunidades para o BrasilRio de Janeiro, 31/8 a 2/9 de 2009, CEDEPLAR/UFMG
Política Regional
• Brasil não tem política regional – incentivos são artifício para compensar incapacidade competitiva
• Políticas concentradas em medidas compensatórias (redistribuição de rendas) para o Nordeste – mais da metade das famílias beneficiadas)
• Investimentos em infraestrutura importantes – duplicação da BR 101, Transposição do São Francisco e Transnordestina
2008 2030 2040
3.031,9
7.185,3
10.636,0
397.5
1.432,4
2.565,2
Projeção do PIB do Brasil e do Nordeste com alto dinamismo nordestino - 2008/2040
Brasil Nordeste
13,1%
19,9%
24,1%
O Nordeste teria que crescer 2 pontos
percentuais acima do
Brasil para chegar em
2040 com PIB per capita
quase igual à média
nacional (26,6%)
2009 2025 2030
7.5
10.7
11.9
7.1
9.19.9
6.3
10.5
12.4
8.2
11.1
12.2
7.9
10.8
12.0
7.9
11.3
12.7
Projeção dos Anos Médios de Estudo do Brasil e das Regiões - 2009/2025/2030
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Fonte: IPEA
Com o ritmo de aumento
diferenciado na última década (1999/2009), o
Nordeste alcançaria o
nível médio do Brasil em 2030 (Brasil cresceu 2,2% ao ano e
Nordeste 3,2%)
Fonte: IPEA
Mantidas as taxas recentes de declínio do analfabetismo (1999/2009), o Nordeste não
alcançaria Brasil nem 2050
(Brasil declinou 3,1% ao ano e
Nordeste 3,5%)2009 2025 2030 2035
9.70
5.854.99
2.65
10.57
8.367.76
5.79
18.69
10.65
8.93
4.42
5.68
3.45 2.95
1.58
5.46
3.13 2.63
1.31
7.99
4.974.28
2.36
Taxa de analfabetismo do Brasil e das Regiões - 2009/2035
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
2009 2025 2030 2050
35.3 34.1
18.9
10.4
47.2
39.5
30.6
20.2
55.2
36.2
31.8
18.8
25.5
34.4
13.8
7.6
20.4 20.6
5.6
1.6
30.8 30.7
14.4
6.9
Projeção da Pobreza (Renda domiciliar per capita abaixo de meio SM) do Brasil e das Regiões - 2009/2050
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Fonte: IPEA
Mantidas as taxas recentes de declínio da
pobreza (1999/2009), o Nordeste não
alcançaria o Brasil nem 2050 (Brasil declinou 2,9% ao ano e Nordeste
2,6%)
2009 2025 2030 2040
17.4
9.8 8.2
5.7
21.5
13.4 11.5
8.6
28.4
13.5
10.7
6.7
12.7
9.9 9.2 7.9 8.3
2.8 2.0 1.0
14.9
10.3 9.1
7.2
Projeção da Pobreza absoluta (indigência) no Brasil e nas Regiões (renda domiciliar per capita
abaixo de 1/4 de SM) - 2009/2040
Brasil Norte NordesteSudeste Sul Centro-Oeste
Mantidas as taxas recentes de declínio
da indigência (1999/2009), o
Nordeste se aproximaria da média
nacional depois de 2040 (Brasil declinou
3,5% ao ano e Nordeste 4,6%)
Investimento em infraestrutura econômica
• Investimento em infraestrutura econômica amplia a competitividade da economia regional
• Falta investimento significativo e diferenciado nos outros componentes centrais da competitividade (educação, qualificação e inovação)
Fonte: Artur Maciel – Governo do Estado de Pernambuco
Ferrovia integra
agronegócio dos
Cerrados com o
Nordeste Oriental
Ferrovia Transnordestina
De que depende o futuro do Nordeste?
• Crise e ritmo de recuperação da economia mundial
Tudo indica que, na melhor das hipóteses, a economia mundial vai atravessar um período de estagnação (2 a 5 anos)
China e BRICs devem crescer mais que a média mundial mas sofre um freio do dinamismo passado
Recuperação futura da economia com novas instituições, aceleradas inovações e acordos comerciais
• Dinamismo da economia brasileira
Capacidade de investimento público (redução dos
gastos correntes públicos)
Reformas microeconômicas para estimular o
investimento privado (tributária, trabalhista, etc.)
Volume e focalização dos investimento em educação,
qualificação e inovação (preparar o futuro)
• Aumento da competitividade da economia do Nordeste
Aumento da competitividade sistêmica de Pernambuco com
investimentos fortes em educação, qualificação profissional,
e inovação tecnológica
Melhoria da habitabilidade urbana: recuperação dos espaços
urbanos (mobilidade e saneamento) e redução dos índices de
violência
Adensamento das cadeias produtivas – emprego indireto se
firmar na Região
Incertezas Críticas Internas
• Como os governos vão lidar com os grandes estrangulamentos da competitividade e da habitabilidade? – investimento para desconcentrar competitividade versus compensatórios
• Que postura vão assumir os atores do Nordeste – governos e sociedade para aproveitar as oportunidades dos novos investimentos? – proativa e inovadora ou passiva e conservadora
Postura passiva e reativa dos atores
locais
Postura proativa e inovadora dos atores
locais
Desconcentração das vantagens competitivas
Manutenção de políticas
compensatórias
1 3
2 4
Forte desconcentração
regional e desenvolvimento
do Nordeste
Persistência das desigualdades
regionais e modesta melhora
do Nordeste
Moderada e lenta desconcentração
regional e desenvolvimento
do Nordeste
Aumento das desigualdades regionais com
limitada melhora do Nordeste
Estratégia de Desenvolvimento do Nordeste
• Negociar c/União investimento diferenciado para Nordeste nos fatores de competitividade: educação, qualificação, inovação e infraestrutura
• Governos estaduais e parceiros regionais se comprometerem com esta estratégia de estruturadora em três níveis:
ampliação da competitividade da regiãomelhoria da habitabilidade (principalmente urbana)adensamento das cadeias produtivas
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