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Vendas a prazo retraem -0,62%, a primeira vez em 20 meses. Para SPC e CNDL, o brasileiro está no limite do endividamento e mais cauteloso para contrair crédito.
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Indicador de vendas e de inadimplência
CNDL | SPC Brasil
Agosto de 2013
Presidentes
Roque Pellizzaro Junior (CNDL) Roberto Alfeu Pena Gomes (SPC Brasil)
Setembro de 2013
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Inadimplência registra alta de +0,72% e vendas,
a primeira queda do ano, aponta SPC Brasil
Vendas a prazo retraem -0,62%, a primeira vez em 20 meses. Para SPC e CNDL,
o brasileiro está no limite do endividamento e mais cauteloso para contrair crédito
Após quatro meses consecutivos em trajetória de desaceleração, a inadimplência do
consumidor brasileiro no comércio apresentou crescimento de +0,72% em agosto
de 2013, na base de comparação com agosto do ano passado. Os dados são do
indicador mensal calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela
Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). O indicador leva em
consideração mais de 150 milhões de consumidores cadastrados em 1,2 milhão de
pontos de vendas espalhados por todo o Brasil.
Ainda que os números de agosto sinalizem uma interrupção da trajetória em declínio
da inadimplência, os economistas do SPC avaliam que a alta de +0,72% é
moderada. A projeção dos especialistas da entidade é que a inadimplência registre
novas altas pelos próximos meses e comece a recuar com a proximidade das festas de
final de ano, período em que tradicionalmente há uma maior recuperação de crédito.
Quando comparada com julho, a taxa de inadimplência, que mede o atraso de
pagamentos superiores a 90 dias, ficou um pouco maior e avançou +1,34%. No
acumulado dos oito primeiros meses de 2013, comparando com igual período do ano
passado - de janeiro a agosto de 2012 - a inclusão de novos consumidores no
cadastro de inadimplentes do SPC cresceu +4,64%.
Na avaliação de Roque Pellizzaro Junior, presidente da CNDL, nos últimos anos a
inadimplência do consumidor esteve muito associada ao crédito farto e à entrada de
mais brasileiros no mercado de consumo. “Hoje, com a empregabilidade menos
robusta e menores ganhos salariais, somados a perda da confiança do consumidor
devido a fatores macroeconômicos desestabilizadores como juro mais alto, inflação
elevada e dólar apreciado, é natural que haja um arrefecimento na inadimplência,
porque o consumo também acaba sendo inibido”, explica Pellizzaro Junior.
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Vendas a prazo
Em relação às consultas ao banco de dados do SPC Brasil, que refletem o nível de
atividade no varejo para as compras parceladas, o mês de agosto registrou uma
retração de -0,62% frente ao mesmo período de 2012. Embora as vendas no varejo
venham em ritmo de desaceleração desde abril deste ano - período que coincide com
a retomada do ciclo de aumento dos juros por parte do Banco Central para conter a
inflação fora da meta -, é a primeira vez em 20 meses que o varejo apresenta
desempenho negativo.
Na avaliação de economistas do SPC Brasil, o brasileiro está com o ‘pé no freio’
quando o assunto é consumo. O principal fator responsável pela leve retração das
vendas em agosto é a falta de confiança do consumidor, que tem evitado tomar
crédito para não comprometer ainda mais o orçamento familiar com novas despesas.
Nesse sentido, o SPC Brasil e a CNDL também advertem que os lojistas e os bancos
estão mais criteriosos para conceder crédito. "Estamos observando uma tendência de
maior rigor no processo de concessão de crédito por parte do varejista e uma maior
cautela das famílias na hora de se endividar com compras a prazo", revela Pellizzaro
Junior.
A redução do poder de compra ocasionada pela inflação acima da meta oficial e o
dólar apreciado, que também é fonte de pressão inflacionária para determinados
produtos, como os importados, são outros fatores a serem levados em conta, além da
falta de planejamento financeiro, ainda pouco comum entre as famílias brasileiras.
“Mesmo que a inflação esteja crescendo em patamares menores, no acumulado do
ano ela continua relativamente alta. A inflação vem reduzindo o poder aquisitivo das
pessoas, principalmente daquelas com menor renda. Por isso, as compras de produtos
com mais valor agregado, que geralmente são parceladas, têm sido adiadas", explica
Pellizzaro Junior.
Na comparação com julho, as vendas apresentaram uma variação positiva de +0,80%
e no acumulado do ano, as vendas a prazo no comércio apresentam um aumento de
+4,74%.
Pellizzaro Junior explica que o aumento no número de consultas na base de
comparação mensal resulta do efeito calendário, influenciado, principalmente, pelo
incremento nas vendas na semana do Dia dos Pais e das liquidações dos segmentos
de vestuário e calçados, motivados pela mudança de estação.
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Recuperação de crédito
O percentual de recuperação de crédito no varejo, que reflete o número de pessoas
que ‘limparam o nome’ regularizando dívidas em atraso, registrou baixa de
-0,95% em agosto de 2013 sobre o mesmo mês do ano passado. Em relação a julho,
o cancelamento de registros de inadimplência também caiu e apresentou um
encolhimento de -0,33%. No acumulado do ano, contudo, o número de consumidores
que saldaram dívidas em atraso e voltaram a ter crédito no mercado é positivo e
cresceu +3,38%, segundo o indicador do SPC Brasil.
Na avaliação de Pellizzaro Junior, o levantamento demonstra que o comprometimento
da renda da população para quitar dívidas, somados ao encarecimento do crédito e a
permanência da inflação em patamares elevados, dificultaram a renegociação de
dívidas em agosto.
“A inflação reduz a capacidade de pagamento dos consumidores à medida que possui
um efeito corrosivo sobre a renda, fazendo com que se torne mais difícil o pagamento
destas dívidas. No entanto, no acumulado do ano, o número é positivo e a projeção é
fecharmos o ano com uma quantidade maior de pessoas que deixaram a condição de
inadimplentes”, estima Pellizzaro Junior.
Baixe o material completo em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa
Informações à imprensa:
Guilherme de Almeida
(61) 3213-2030 | (61) 9536 9800 | (61) 3049-9550
guilherme.dealmeida@inpressoficina.com.br
Vinícius Bruno
(11) 3549-6800 Ramal: 6908 | (11) 9-4161-6181
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Número de consultas realizadas junto ao SPC Brasil
Na comparação Agosto/13 com Julho /13, o número de consultas realizadas para compras a
prazo e pagamentos em cheque, de acordo com os dados do SPC Brasil, apresentou um
aumento de +0,80%. O aumento do número de consultas nesta base de comparação resulta
do incremento nas vendas no mês de agosto, devido ao Dia dos Pais. Além disso, o mês em
questão ainda conta com promoções e liquidações, contribuindo para o aumento das vendas,
e, por conseguinte, do número de consultas.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Agosto/12), o número de consultas
apresentou queda de -0,62%. No acumulado do ano, crescimento de +4,74%. Agosto de
2012 é uma forte base de comparação tendo em vista que a taxa de juros no ano passado
estava em patamar menor (8,0% a.a contra 9,0% a.a. em 2013), a taxa de desemprego em
2013 é maior do que 2012 (5,6% em 2013 – 5,4% em 2012) o que acarreta em uma
pequena queda nas vendas. Outro fator que colabora para que esse decréscimo são as
pressões inflacionárias ao longo do ano de 2013, que resultam em um comprometimento
maior da renda familiar com despesas de primeira necessidade.
Indicador de Consultas SPC Brasil Variação (%)
Ago.13/Jul.13 +0,80
Ago.13/ Ago.12 -0,62
Jan.13-Ago.13 /Jan.13-Ago.13 +4,74%
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Número de registros junto ao SPC Brasil
O número de registros junto ao SPC Brasil apresentou, na comparação com o mês
imediatamente anterior, um crescimento de +1,34% em Agosto/13. Este aumento é reflexo
das pressões inflacionárias que reduzem o poder de pagamento dos consumidores, das viagens
realizadas no mês de julho devido às férias, sem planejamento dos gastos, culminando em
situações de endividamento e inadimplência.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Agosto/12) verificou-se uma crescimento
de +0,72%. O atual cenário econômico de aumento dos preços, (em agosto, o IPCA
ultrapassou o centro da meta, atingindo 6,09% no acumulado dos últimos doze meses),
contribui para um aumento do custo de vida das famílias, que têm uma parcela significativa
de sua renda comprometida com gastos de primeira necessidade (alimentação, transporte,
etc), aliado ao fato de que maioria das compras é realizada sem planejamento prévio, o que
cria uma situação propícia para o aumento no número de inadimplentes. No acumulado do
ano, o crescimento foi de +4,64%.
Registros SPC Brasil Variação (%)
Ago.13/Jul.13 +1,34
Ago.13/ Ago.12 +0,72
Jan.13-Ago.13 /Jan.13-Ago.13 +4,64%
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Número de cancelamentos de registros do SPC Brasil
No que diz respeito ao volume de cancelamento de registros, ou seja, pessoas que
regularizaram seus débitos junto ao SPC Brasil, observa-se em Agosto/13, uma queda de
-0,33%. No mês de agosto muitos consumidores estão com uma menor renda disponível para
o pagamento das dívidas anteriores, tendo em vista os gastos com viagens e passeios nas
férias de julho, impactando negativamente o indicador de cancelamento de registros. Além
disso, a inflação reduz a capacidade de pagamento dos consumidores à medida que possui um
efeito corrosivo sobre a renda, fazendo com que se torne mais difícil o pagamento destas
dívidas.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Agosto/12), observou-se variação de
-0,95%. Ainda que a inflação esteja crescendo em patamares menores, o aumento do nível de
preços (IPCA acumulado em 12 meses ago.13: 6,09%, segundo IBGE) continua exercendo um
impacto negativo para muitos consumidores no que tange à capacidade de quitar seus débitos
em atraso, contribuindo para a queda observada no cancelamento de registros. Combinado ao
aumento de preços, há a elevação da taxa de juros, (SELIC ago. 13: 9,0% a.a / ago.12:
8,00%), que encarece o montante das dívidas, dificultando seu pagamento.
Cancelamentos SPC Brasil Variação (%)
Ago.13/Jul.13 -0,33
Ago.13/ Ago.12 -0,95
Jan.13-Ago.13 /Jan.13-Ago.13 +3,38%
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Mês contra igual mês do ano anterior Período Vendas Inadimplência
ago/13 -0,62 0,72%
jul/13 +0,82% -1,94%
jun/13 0,67% 1,52%
mai/13 2,24% 1,97%
abr/13 7,34% 5,84%
mar/13 12,38% 10,58%
fev/13 11,23% 6,65%
jan/13 3,88% 11,80%
dez/12 5,37% 13,80%
nov/12 8,26% 12,81%
out/12 8,67% 12,48%
set/12 5,61% 8,21%
ago/12 8,93% 5,75%
jul/12 7,01% 6,84%
jun/12 7,45% 10,15%
mai/12 8,23% 16,85%
abr/12 5,12% 18,81%
mar/12 12,32% 14,32%
fev/12 8,39% 13,83%
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Mês contra mês imediatamente anterior Período Vendas Inadimplência
ago/13 0,80% 1,34%
jul/13 1,21% 0,73%
jun/13 -3,74% 1,13%
mai/13 1,59% 2,22%
abr/13 1,10% 0,12%
mar/13 10,22% 3,61%
fev/13 -4,07% -1,03%
jan/13 -24,53% -3,27%
dez/12 32,28% -1,17%
nov/12 -1,61% -0,30%
out/12 5,60% 6,25%
set/12 -6,60% -1,31%
ago/12 2,97% -1,28%
jul/12 2,40% -2,45%
jun/12 -3,50% -3,10%
mai/12 7,68% 2,84%
abr/12 -5,87% 2,56%
mar/12 13,40% 4,20%
fev/12 -5,57% -1,68%
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COMO LIMPAR SEU NOME
Informações úteis
Procurar o SPC pessoalmente, portando: Carteira de identidade; CPF. Terceiros: Procuração assinada pelo solicitante, constando o CPF e data de
nascimento do solicitante, com firma reconhecida pelo cartório; Xerox do CPF e identidade do solicitante; Apresentação do documento de identidade original do procurador.
O lojista tem 24 horas, a contar da data da confirmação do pagamento, para solicitar a baixa junto a CDL.
A baixa é solicitada via internet, arquivo ou boleto próprio. A CDL tem 24 horas para baixar o registro no seu banco de dados
Quem tem o nome no SPC:
não pode comprar a prazo; não pode ser avalista; não consegue financiamento em bancos e instituições financeiras.
Como o consumidor é notificado Recebe um comunicado do SPC da CDL. Ele tem 10 dias, a contar da data da emissão do comunicado, para quitar a dívida, caso contrário, o nome é incluído no cadastro do SPC.
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Cuidados que os lojistas devem ter para evitar a inadimplência
Consultar sempre os cadastros de consumidores no SPC; Evitar vender a prazos muito longos; Solicitar sempre a apresentação de documentos de identidade do
cliente; Cobrar valor de entrada nos crediários e vendas a prazo; Checar a assinatura de fatura dos cartões de crédito e cheques; Não colocar o interesse da venda acima da cautela; Fazer cadastro de clientes com referências e histórico de compras
no estabelecimento.
Cuidados que os consumidores devem ter para não ficarem inadimplentes
Privilegiar os pagamentos à vista; Planejamento financeiro garante até a aposentadoria; Planilha mensal dos gastos domésticos; Nas compras a prazo prefira um número menor de prestações; Somar os juros e calcular o preço final dos produtos comprados a
prazo; Não se ater ao valor da prestação e sim ao valor final do produto; Manter sempre uma reserva financeira por segurança; Evitar fazer transações contraindo empréstimos bancários; Não comprometer toda a renda com compras, deixando uma
reserva para eventualidades.
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O QUE É E O QUE FAZER Cadastro de Emitentes de Cheques sem fundos (CCF) do Banco Central: ocorre quando o cheque do correntista é devolvido duas vezes por falta de fundos. A primeira coisa a fazer é procurar a agência do banco que apresentou a ocorrência e solicitar informações sobre o número, o valor e a data do cheque. Depois, procurar a pessoa/empresa para quem foi emitido o cheque, regularizar o débito e recuperar o cheque. De posse dele, vá ao seu banco e prepare uma carta, junte o original recuperado e recolha as taxas de devolução do cheque. Entregue tudo ao banco, com protocolo. Peça ainda a comunicação da regularização ao Banco do Brasil, encarregado de atualizar o arquivo de CCF. Título protestado: ocorre quando o consumidor deixa de pagar dívida e o credor protesta o débito em cartório. Dirija-se ao cartório que registrou o protesto e solicite os dados de quem o protestou. Regularize o débito com o credor e peça uma carta atestando que a dívida foi quitada. Reconheça a firma da pessoa/empresa, retorne ao cartório e peça o cancelamento do protesto. Dívida vencida: o consumidor com dívida existente e vencida, ao ter seus dados cadastrados em lista de devedores, será comunicado via correio, com a identificação da empresa/instituição credora. Procure-a e faça o acerto.
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