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Palestra Guilherme Varella, advogado do Idec, Idec Aberto Produtos, 27 de setembro de 2011.
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ProdutosProdutos
Guilherme VarellaGuilherme VarellaAdvogado do IdecAdvogado do Idec
27/09/2011
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CONSUMIDORES
Consumidor(a)
produto
serviço
Fornecedor
Relação de hipossuficiência/vulnerabilidadee
Quem é o consumidor?
“toda pessoa física ou jurídica que adquire produto ou serviço no mercado de consumo como destinatário final”
(Art. 2º, CDC)
Exceções (Não são relações de consumo)
Relações trabalhistas
Compras e vendas em que as partes são materialmente iguais. Ex.: compra e venda de carro entre pessoas físicas (Código Civil)
Aluguel. Há relação de consumo se há intermediação de imobiliária
PRODUTOS SERVIÇOS
TIPOS DE PRODUTOS
Produtos Duráveis
Que não se acabam com a utilização
Que possuem vida útil longa
Ex: roupas, eletrodomésticos, carros;
Produtos Não Duráveis
Que SE acabam com a utilização
Que NÃO possuem vida útil longa
Ex: alimentos, remédios, perfumes, maquiagem;
TIPOS DE PRODUTOS
Materiais: “palpáveis”, materializados. Ex: bolsa
Imateriais: desmaterializados. Ex: software, música digital
Móveis: bicicleta, carro, vestuário, etc.
Imóveis: casa, apto., terreno, etc.
“In natura”: artesanais, sem processamento, “crus”> Ex: fruras, verduras, legumes, etc.
“No estado”: mostruário, com pequenos defeitos, geralmente em promoção. Ex: outlets.
Por que entedermos nossos direitos sobre PRODUTOS?
Número de reclamações têm aumentado muito
Fonte: Sindec (2010)
PRODUTOS – TIPOS DE PROBLEMAS
Fonte: Sindec (2010)
O que é importante saber sobre PRODUTOS?
Temos direitos garantidos pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC) – Lei 8.078/90;
Existem princípios que devem ser observados no mercado de consumo (informação, boa-fé, vulnerabilidade, hipossuficiência do consumidor);
Os fornecedores são obrigados a respeitar o CDC e tem responsabilidade em caso de problemas com os produtos oferecidos;
Existe um Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, liderado pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC/MJ), com organizações de defesa, MPF, Defensoria Pública, Procons, etc;
O CDC é interpretado favoravelmente ao consumidor, e o ônus da prova (provar de quem é a culpa por determinado dano) é do fornecedor.
Assim, vamos às principais QUESTÕES relacionadas aos produtos!
DIREITO À INFORMAÇÃO
Informações sobre o produto:
DISCERNIMENTO
LIBERDADE DE ESCOLHA
ONDE está essa informação?
embalagem/rótulo
publicidade
oferta
contrato
(art. 6, III, 12, 13, 14, 18, 20, CDC)
Quantidade;Características;Composição;Qualidade;Garantia;Origem;Preço e Riscos
Vincula o fornecedor, que
deve cumprir tudo o que está
escrito
Exemplos:
- manual de instrução obrigatório;
- embalagem de produtos de higiene e saúde mostrando os riscos;
- informações nutricionais.
PRODUTOS COM DEFEITO
DEFEITO(de forma geral)
Anomalia que torna o produto:
- inadequado para utilização;- trazer problemas para segurança;- diminuir seu valor;- quantidade e qualidade alteradas;- altera seu uso normal e/ou integral.
Art. 18, 19, 20, 23 e 26, do CDC.
Definição técnica:
2 tipos:
DEFEITO segurançaEx: remédio sem bula; Ferro sem modo de usar
Acidente de consumo
VÍCIO qualidadequantidade
Ex: máquina que não liga; Imóvel com pintura avariada
ProdutoCom defeito
(apenas) DEFEITO
QUANTO tempo tenho para reclamar
? (a) 15 dias
(b) 30 dias
(c) 45 dias
(d) nenhum dia
(e) depende X
Produtos duráveis: 90 dias
Produtos não-duráveis: 30 dias
QUANDO começa a contar
?REGRA: do recebimento do produto
Exceção:
VÍCIO OCULTO: precisa de um tempo para constatar o vício
- Conta-se a partir da constatação do problema.
?Quanto tempo para a empresa resolver o problema
30 dias
(da comunicação do consumidor)
E se a empre NÃO resolver
?Consumidor tem direito à:
- substituição por produto similar;
- abatimento do preço – caso não haja similar e queira continuar com o produto;
- devolução do dinheiro pago.
QUEM ESCOLHE?
O CONSUMIDOR!
!1) Produtos ESSENCIAIS: geladeira, fogão, máquina de lavar, etc.
TROCA IMEDIATA!
2) Quando a substituição do produto não resolver.
TROCA IMEDIATA
3) A quem pedir a troca: qualquer fornecedor da cadeia de consumo.
Responsabilidade solidária (art. 18, CDC)
4) PRODUTO “IN NATURA”. Ex: caixa de morango.
Quem troca é o fornecedor direito (supermercado, e não produtor)utos essenciais:
PRAZO DE GARANTIA Art. 24 e 26, CDC)
Período de proteção total ou parcial do consumidor em caso de defeitos.
1) Garantia LEGAL: completa e total; contra defeitos e vícios.
É proteção do CDC:
Produtos DURÁVEIS: 90 dias
Produtos NÃO DURÁVEIS: 30 dias
2) Garantia CONTRATUAL: complementar à LEGAL
- sempre maior que a do CDC, nunca menor;- não é obrigatória; - pode ser parcial;- se fornecedor, a empresa deve entregar um termo de garantia (ex: Carro: termo de garantia exige revisão regular) - SEM TEMPO DEFINIDO (VARIÁVEL)
2) Garantia CONTRATUAL: só corre depois de encerrada à garantia legal.
PRAZO DE GARANTIA
I___I__________I____________________________________I_____I
Exemplo: garantia de 1 ano (12 meses)
Não Durável
GL
DurávelGL
30 dias
90 dias 1 ano 1 ano
Não Durável
GC
DurávelGC
GC: 1 ano e 30 dias (1 mês)
GC: 1 ano e 90 dias (3 meses)
3) Garantia ESTENDIDA: é um tipo de seguro
Tem custo adicional
Não desobriga a garnatia LEGAL
PRAZO DE GARANTIA
ASSISTÊNCIA TÉCNICA (Art. 6. 20, 21, 40, CDC)
- Pode ser gratuita ou onerosa;
- prevista na garantia legal;
- sempre observar a garantia CONTRATUAL: se cobre qualquer tipo de reparo ou não;
PRODUTO IMPORTADO: - se vender no Brasil, tem que ter; - se não houver, exigir do
fornecedor (ex: loja)Responsabilidade Solidária (art. 18, CDC)
PRODUTO ESSENCIAL:- OU TROCA- OU FORNECE OUTRO DURANTE O
CONSERTO
PRAZO DE ENTREGA (Art. 35, CDC)CDC)
Consumidor deve ser informado sobre o prazo – Oferta e Nota Fiscal
Caso a empresa não cumpra, o consumidor pode:
- desistir do negócio e pedir o dinheiro de volta; - solicitar outro produto equivalente, com nova data de entrega.
A não entrega no prazo significa descumprimento de oferta.
A entrega pode ser cobrada (frete), mas deve ser informado antes.
!Em SP vale a Lei 13.747/09 – LEI DA ENTREGA
É obrigatório o agendamento para:
- turno da manhã entre 7h00 e 12h00;- turno da tarde: entre 12h00 e 18h00 - turno da noite: entre 18h00 e 23h00.
Consumidor escolhe!
VENDA CASADA Art. 6,II, e 39, I, CDC)
O consumidor não pode ser obrigado a adquirir outro produto para que obtenha o que é de seu interesse.
Exemplo: adicionais de veículos
Também não se pode exigir compra mínima. Ex: padaria exige compra mínima de frios.
COMÉRCIO ELETRÔNICOO que fazemos na Internet?
Direito de Arrependimento
Direito de arrepender-se em 7 dias.
Sem justificativa. Sem multa.
Conta a partir da assinatura do contrato (compra na Internet)OuRecebimento do produto
Não durma no teclado!
Não faça compras em computadores públicos ou de terceiros.
Preste atenção aos itens de segurança. É importante que o endereço do site comece com "https", em vez de só "http". Veja se aparece a imagem de um cadeado, geralmente no canto inferior direito.
Verifique se a loja virtual indica seu endereço físico, telefone ou e-mail.Antes de comprar, leia atentamente as condições de contratação, que podem variar conforme o produto/serviço a ser adquirido, a região do país (com relação ao prazo de entrega e preço do frete, por exemplo) e o tipo de pagamento.
Leia também os Termos de Condição de Uso do site, que geralmente ficam na parte inferior da página.Fique atento na hora de preencher os formulários e cadastros on-line. Evite concordar, inadvertidamente, com as opções para recebimento de e-mails de divulgação do site e de seus parceiros.
Verifique a política de privacidade dos sites antes de digitar seus dados.Analise se as fotos do produto que pretende adquirir são nítidas.
Saiba se há um canal de atendimento para tirar dúvidas e fazer reclamações.
Salve ou imprima todos os e-mails enviados pelo fornecedor até que o produto seja entregue. Mesmo depois de recebê-lo, guarde a correspondência até pelo menos o fim da garantia legal.
Ao receber o produto, observe se ele apresenta algum defeito aparente.
Descarte de materiais – Situação atual
Descarte de produtos – Situação atualDescarte de produtos – Situação atualago 2010 – Aprovação da PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos
Com base na lei,Importadores, distribuidores/comerciantes, consumidores e titulares dos serviços públicos de limpeza terão responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos (da origem ao descarte)Os setores estão se organizando para implantar a logística reversa- Agrotóxicos, resíduos e embalagens-Pilhas e baterias-Pneus-Óleos lubrificantes-Lâmpadas fluorescentes-Equipamentos eletroeletrônicos
Quando a lei estiver funcionando na prática, os consumidores serão obrigados a descartar de forma responsável e poderão ser multados em até 500,00 se não fizerem corretamente e reincidirem
Enquanto isso... o consumidor 1) não poderá ser multado a menos que a prefeitura já tenha um plano específico implementado com regras diferentes2) deverá continuar separando e destinando seus recicláveis para coleta domiciliar ou cooperativas ou postos de coleta de supermercados
RECALLAlgumas vezes, após a colocação do produto ou serviço no mercado verifica-se a existência de periculosidade ou nocividade em seu uso.
Nessas hipóteses, o fornecedor tem o dever de comunicar o fato, por meio de anúncios publicitários, às autoridades competentes e a todos os consumidores adquirentes deste produto ou serviço. É o chamado recall.
São exemplos de produtos inseguros que foram, ou deveriam ter sido, alvos de recall: pílula anticoncepcional de farinha; carro cujo sistema de movimentação do banco pode decepar o dedo do consumidor; brinquedos com peças que se soltam e podem ser engolidas por crianças ou, ainda, que são pintados com material tóxico.
A depender do problema, é possível reparar ou substituir o produto – com a inserção ou troca de uma peça, por exemplo – sem qualquer ônus para o consumidor.
Caso o defeito apontado tenha gerado um acidente, o consumidor pode solicitar, na Justiça, reparação por danos morais e patrimoniais sofridos.
Referências legislativas: artigo 10, parágrafo 1º,2º e 3º; Portaria nº 789 do Ministério da Justiça de 24.08.2001; Portaria Conjunta nº 69 do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça.
Obrigado!Obrigado!
Mais informações:Mais informações:
www.idec.org.brwww.idec.org.br
www.climaeconsumo.org.brwww.climaeconsumo.org.br
Guilherme VarellaGuilherme Varella
AdvogadoAdvogado
guilherme@idec.org.brguilherme@idec.org.br27/09/2011
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