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O Seminário Virtual Informática e Sociedade
FORMAÇÃO DO GRUPO B Elma
Everaldo
Norma
João Genarte
Izaltina
Izabel
Grazielli
José Ivaldo
Como desenvolver uma arquitetura
pedagógica baseada em ação didática
contextualizada?
Numa altura em que os sistemas educativos
formais tendem a privilegiar o acesso ao conhecimento,
em detrimento de outras formas de aprendizagem,
importa conceber a educação como um todo. Esta
perspectiva deve, no futuro, inspirar e orientar as
reformas educativas, tanto em nível da elaboração de
programas como da definição de novas políticas
pedagógicas.
Como tornar esta intenção em realidade?
Segundo Delors, a prática pedagógica deve
preocupar-se em desenvolver quatro
aprendizagens fundamentais, que serão para
cada indivíduo os pilares do conhecimento:
Aprender a conhecer
É necessário tornar prazeroso o ato de
compreender, descobrir, construir e reconstruir o
conhecimento para que não seja efêmero, para
que se mantenha ao longo do tempo e para que
valorize a curiosidade, a autonomia e a atenção
permanentemente. É preciso também pensar o
novo, reconstruir o velho e reinventar o pensar.
Aprender a fazer
Não basta preparar-se com cuidados para inserir-se no
setor do trabalho. A rápida evolução por que passam as
profissões pede que o indivíduo esteja apto a enfrentar
novas situações de emprego e a trabalhar em equipe,
desenvolvendo espírito cooperativo e de humildade na
reelaboração conceitual e nas trocas, valores necessários
ao trabalho coletivo. Ter iniciativa e intuição, gostar de uma
certa dose de risco, saber comunicar-se e resolver conflitos
e ser flexível. Aprender a fazer envolve uma série de
técnicas a serem trabalhadas.
Aprender a conviver No mundo atual, este é um importantíssimo
aprendizado por ser valorizado quem aprende a
viver com os outros, a compreendê-los, a
desenvolver a percepção de interdependência, a
administrar conflitos, a participar de projetos
comuns, a ter prazer no esforço comum.
Aprender a ser
É importante desenvolver sensibilidade, sentido ético e
estético, responsabilidade pessoal, pensamento autônomo
e crítico, imaginação, criatividade, iniciativa e crescimento
integral da pessoa em relação à inteligência. A
aprendizagem precisa ser integral, não negligenciando
nenhuma das potencialidades de cada indivíduo.
Segundo Morin há sete saberes “fundamentais” que a
educação do futuro deveria tratar em toda sociedade e em toda
cultura, sem exclusividade nem rejeição, segundo modelos e
regras próprias a cada sociedade e a cada cultura. Os setes
saberes são: O erro e ilusão, Conhecimento pertinente,
Ensinar a condição humana, Identidade terrena, Enfrentar as
incertezas, Ensinar a compreensão e Ética do gênero humano.
Os setes saberes para a educação do
futuro
Ensinar a condição humana
O ser humano é a um só tempo físico, biológico, psíquico, cultural social, histórico. Esta unidade complexa da natureza humana é totalmente desintegrada na educação por meio das disciplinas, tendo-se tornado impossível aprender o que significa ser humano.
É preciso restaurá-la, de modo que cada um, onde quer que se encontre, tome conhecimento e consciência, ao mesmo tempo, da sua identidade complexa e da sua identidade comum a todos os outros humanos. Desse modo, a condição humana deveria ser o objeto essencial de todo o ensino.
Enfrentar as incertezas
As ciências permitiram que adquiríssemos muitas certezas, mas igualmente revelaram, ao longo do século XX, inúmeras zonas de incerteza. A educação deveria incluir o ensino das incertezas que surgiram nas ciências físicas (microfísicas, termodinâmica, cosmologia), nas ciências da evolução biológica e nas ciências históricas. Seria preciso ensinar princípios de estratégia que permitiriam enfrentar os imprevistos, o inesperado e a incerteza, e modificar seu desenvolvimento, em virtude das informações adquiridas ao longo do tempo. É preciso aprender a navegar em um oceano de incertezas em meio a arquipélagos de certeza.
Ensinar a compreensão
Considerando a importância da educação para a
compreensão, em todos os níveis educativos e em todas as idades, o desenvolvimento da compreensão pede a reforma das mentalidades. Esta deve ser a obra para a educação do futuro. A compreensão mútua entre os seres humanos, quer próximos, quer estranhos, é daqui para a frente vital para que as relações humanas saiam de seu estado bárbaro de incompreensão.
A ética do género humano
A educação deve conduzir à “antropo-ética”, levando em
conta o caráter ternário da condição humana, que é ser ao mesmo tempo indivíduo/sociedade/espécie. Nesse sentido, a ética indivíduo/espécie necessita do controle mútuo da sociedade pelo indivíduo e do indivíduo pela sociedade, ou seja, a democracia; a ética indivíduo/espécie convoca, ao século XXI, a cidadania terrestre.
A ética não poderia ser ensinada por meio de lições de moral. Deve formar-se nas mentes com base na consciência de que o humano é, ao mesmo tempo, indivíduo, parte da sociedade, parte da espécie.
Concepção de currículo, professor e metodologia
Na nossa concepção podemos destacar três obstáculos
prioritários, um tripé que nos posiciona no estudo desta
pesquisa: um deles é o currículo, que se encontra
ultrapassado e se confrontando em gênero, grau e
número com este acervo diferenciado e dinâmico
que chegara a Escola;
HERNANDEZ, nos contribui a seguir um pouco mais
sobre currículo:
O currículo (...) não seria o que esta em um documento oficial nem
o que contem um livro-texto ou o que o professor decide que vai
ensinar a cada dia. O currículo, deste ponto de vista, se amplia e
passa a ser o que vivemos, as relações que mantemos ou
desejamos, os saberes que construímos ao nos apropriarmos da
informação transformando-a em conhecimento quando a
transferimos a situações novas ou o papel que desempenhamos em
nosso ambiente social. Como trama de relações e representações,
não como espaço físico. (2006, p. 51)
O segundo obstáculo é o professor, por ser
responsável neste eixo – ensino-aprendizagem –
faltando à capacitação adequada a cada nível de
conhecimento tecnológico específico ao mesmo, na
inovação de instigação desta prática diferenciada;
Terá uma atuação satisfatória? Ele sabe que sua
responsabilidade é de grande valia para a Educação
fluir, portanto, podemos vê em Ramal a imensa
responsabilidade de este ser Educador: o professor.
...nos conteúdos atitudinais, como educador, comprometendo-se
com o desafio de estimular a consciência crítica para que todos os
recursos desse novo mundo sejam utilizados a serviço da
construção de uma humanidade também nova, com base nos
critérios de justiça social e respeito à dignidade humana. (RAMAL,
2000).
O terceiro é a metodologia, o caminho e atuação deste
professor capacitado, praticando o currículo atualizado;
pois este obstáculo, nós consideramos, o grande trunfo
do mundo midiático; contanto, mudar o currículo,
capacitando o professor e não adequar e direcionar as
metodologias aos novos caminhos trilhados para o
ensino aprendizagem é planejar uma viagem, se
preparar com os vestuários adequados a tal localidade e
por fim não saber como chegar ao destino objetivado.
Referências
Morin, Edgar, 1921- Os sete saberes necessários à educação do
futuro / Edgar Morin ; tradução de Catarina Eleonora F. da Silva e
Jeanne Sawaya ; revisão técnica de Edgard de Assis Carvalho. – 2.
ed. – São Paulo : Cortez Brasília, DF : UNESCO, 2000.
http://www.isal.com.br/index.php/os-quatro-pilares-da-educacao
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000009.pdf
http://www.conteudoescola.com.br/resenhas/89/
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000009.pdf
HERNÁNDEZ, Fernando. Por que dizemos que somos a favor da
educação, se optamos por um caminho que deseduca e exclui? In:
SANCHO, HERNÁNDEZ et al. Tecnologias para a transformar a
Educação. Porto Alegre: ArtMed, 2006
RAMAL, Andrea Cecília. O computador vai substituir o professor?
Revista Aulas e Cursos (UOL), mar. 2000. Disponível em:
<http://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&ct=res
RODRIGUES, Izabel Cristina Costa de Araújo. ENSINO:
RECURSOS TECNOLÓGICOS X GEOGRAFIA - Inserção das
Tecnologias na Prática de Ensino da Geografia no Município de
Dona Inês/PB – Guarabira: UEPB, 2012
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