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Idealistas e Realistas; o idealismo romântico na Alemanha; Fichte e Schelling; Georg Hegel; Kierkegaard; Arthur Schopenhauer; Friedrich Nietzsche.
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Os seguidores e os críticos de
Kant
Profº José Ferreira Júnior
A filosofia racionalista teve duas
derivações principais: o idealismo e o realismo.
Ambas foram fundadas pela crítica ao pensamento de Kant.
Os IDEALISTAS abraçam a crítica da razão pura de Kant.
Os REALISTAS se baseiam na crítica da razão prática.
Idealistas e Realistas
Com origem na Alemanha, a filosofia
idealista propagou-se para a França e posteriormente para a Inglaterra, Itália e Estados Unidos.
A preocupação científica manteve-se influente, mas agora com um sensível desenvolvimento da lógica, da psicologia, da filosofia da natureza, da filosofia política, bem como da estética, da educação e dos estudos sobre a linguagem.
Idealistas e Realistas
As bases do IDEALISMO vieram de Kant,
que foi o primeiro a tentar conciliar os conflitos que opunham a realidade e a razão, assegurando a prioridade da mente sobre a natureza sem, contudo, invalidar os princípios da investigação científica.
A ideia kantiana de LIBERDADE INTERIOR se tornou inspiração dos gênios criativos.
O idealismo romântico na Alemanha
O conceito de uma mente criativa e livre
passou a fornecer a base para a ética, a estética e a religião.
O movimento filosófico idealista desenvolveu-se intimamente ligado ao movimento artístico e literário denominado Romantismo.
O Romantismo era caracterizado pela ideia de criatividade e liberdade de espírito.
O idealismo romântico na Alemanha
Causas históricas podem explicar o
surgimento e a rápida expansão do idealismo na Alemanha. Final do século XVIII e no começo do
seguinte, a Alemanha encontrava-se totalmente fragmentada.
A nação era formada por aproximadamente 300 territórios independentes que competiam entre si.
Predominava na região o regime de servidão.
Qualquer manifestação de pensamento era vista como uma ameaça tolhida com rigor.
O idealismo romântico na Alemanha
A ideia de liberdade era divulgada, mas
não a liberdade em si. Não havia liberdade na prática.
O Romantismo teve início na Alemanha, mas alcançou toda a civilização ocidental.
Atingiu a criação poética e literária com Goethe e Schiller, a música com Beethoven e Brahms, as artes plásticas com a Escola de Berlim, além da filosofia.
O idealismo romântico na Alemanha
O Romantismo nasceu como uma reação,
principalmente dos jovens, contra o modelo racionalista apregoado pelo Iluminismo.
Foi uma forma de conceber o homem não só como detentor de razão, mas também de sentimento.
A aquisição do conhecimento era resultante da interação entre a razão e o sentimento.
O idealismo romântico na Alemanha
O Romantismo significou uma ruptura com a
educação cristalizada, fundamentada apenas no desenvolvimento da razão, e conferiu ao ser humano o direito de ter a sua interpretação pessoal do mundo.
Uma das características marcantes do Romantismo é o amor à natureza e à sua mística: o homem faz parte da natureza, assim como a natureza faz parte do homem.
O idealismo romântico na Alemanha
As personagens da literatura
romântica são essencialmente portadoras de ideias, especialmente do ideal da liberdade.
Algumas exprimem a rebeldia política e social, outras combatem os preconceitos aristocráticos.
O idealismo romântico na Alemanha
Fichte e Schelling
Toda realidade é produzida apenas pela imaginação.
Fichte
O idealismo romântico (dialético), levou
ao máximo a racionalidade da ideia. Os primeiros grande idealistas dialéticos
foram: FICHTE com predomínio dos aspectos
éticos da filosofia; SCHELLING com predomínio da natureza; HEGEL com predomínio da ideia de
absoluto.
Fichte e Schelling
Foi extremamente influenciado pela
obra de Kant. Alcançou o posto de professor na
Universidade de Iena ao apresentar um estudo sobre a filosofia kantiana, acrescentando-lhe algumas modificações, que a adequavam ao idealismo.
Fichte e SchellingF
ICH
TE
Teve que deixar a Universidade de Iena
sob a acusação de ser ateu, transferindo-se para a Universidade de Berlim, onde foi nomeado seu primeiro reitor.
Promoveu uma campanha nacionalista, de defesa e de unificação dos Estados alemães.
Ficaram particularmente famosos seus Discursos à nação alemã, de 1807 e 1808.
Fichte e SchellingF
ICH
TE
É considerado o fundador do nacionalismo alemã,
elemento fundamental na luta pela unificação do país, que só se consumaria em 1871.
Segundo seu idealismo, o pensamento do indivíduo é o único instrumento hábil para explicar a realidade
O espírito humano, livre e absoluto, poderia ser considerado o ponto de partida de todo e qualquer conhecimento que se pretende alcançar, demonstrando, assim, que a atividade de reflexão do homem possuiria um caráter infinito, ao explicar tudo o que existe ao seu redor.
Fichte e SchellingF
ICH
TE
O processo de conhecimento de
um objeto se daria na chamada forma dialética, a qual caminharia sucessivamente pelas seguintes etapas: TESE ANTÍTESE SÍNTESE
Fichte e SchellingF
ICH
TE
TESE
Primeiramente, a consciência se contemplaria a si mesma, num processo de autoanálise, descobrindo as suas determinações fundamentais, ou seja, o seu “eu absoluto”.
Fichte e SchellingF
ICH
TE
ANTÍTESE
Na segunda etapa, esse “eu absoluto” entraria em confronto com os pensamentos inconscientes, contrários às suas próprias estipulações, que formariam o “não-eu”.
Fichte e SchellingF
ICH
TE
SÍNTESE
Num terceiro momento, a partir do surgimento do choque de ideias entre o “eu absoluto” e o “não-eu”, aconteceria o pretendido conhecimento do objeto, promovendo, então, a unificação entre a realidade humana (mundo sensível) e seu pensamento (mundo inteligível).
Da síntese reinicia-se o movimento do pensamento (tese – antítese – síntese).
Fichte e SchellingF
ICH
TE
Foi assistente e sucessor de Fichte na
Universidade de Iena. Assim como seu mestre, que o influenciou,
também partia do princípio da infinitude do pensamento, considerando como único conhecimento possível aquele que se estabelece na consciência do ser humano, em contraposição à ideia de que o homem conhece somente a partir de suas experiências concretas.
Fichte e SchellingS
CH
EL
LIN
G
Suas ideias davam grande ênfase à
natureza. Concebeu a natureza como uma
totalidade viva e independente, que se basta e se explica a si mesma.
Ela é o espírito adormecido que emerge como consciência de se mesmo no homem, como efeito da evolução.
Fichte e SchellingS
CH
EL
LIN
G
A natureza e a consciência identificam-
se no plano das ideias racionais contidas no chamado eu absoluto, superando, assim, qualquer oposição existente entre o sujeito e o objeto a ser conhecido.
Por meio da atividade artística que se poderia captar de forma consciente o mundo exterior, devendo a filosofia apontar para esse caminho, como forma de encontrar o autoconhecimento pleno.
Fichte e SchellingS
CH
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LIN
G
Georg Hegel
O absoluto é o universal e uma ideia
que, como autojustificativa, se particulariza num sistema de ideias
determinadas.Hegel
Nasceu em Stuttgart. Estudou filosofia e teologia na
Universidade de Tübingen e foi um entusiasta da Revolução Francesa.
Lecionou em Iena, Nuremberg, Heidelgerb e em Berlim.
Georg Hegel
Propôs-se a desenvolver uma série de
critérios que possibilitassem ao homem um modo histórico de reflexão.
Entendia que a forma de pensar do homem seria variável de acordo com o tempo.
Assim, seria impossível determinar uma verdade universal.
Georg Hegel
A VERDADE UNIVERSAL seria válida
para todos os homens em todas as suas gerações, ou seja, vigoraria independente do tempo e do espaço.
A filosofia hegeliana apóia-se na própria história, uma vez que o pensamento humano se encontraria vinculado ao elemento temporal e o ser estaria em constante transformação.
Georg Hegel
Cada época, cada povo, teria sua
própria verdade. A história constitui o ponto
central das ideias de Hegel, uma vez que ela determina a maneira como as pessoas pensam e agem em determinado período de tempo.
Georg Hegel
O fundamento de uma ideia é o
contexto em que ela se encontra inserida, ou seja, o tempo histórico será a condição necessária para determinarmos a racionalidade dessa forma de pensar.
Exemplo: mulher (passado e presente).
Georg Hegel
O que o pensamento do filósofo realça
é que cada época tem seus valores, sua verdade.
O contexto histórico é configurado em uma determinada unidade de tempo, que se transforma pela adaptação aos conceitos estabelecidos pelo próprio homem, em um constante processo de mutabilidade.
Georg Hegel
Esse processo de mutabilidade é evolutivo:
um pensamento está vinculado ao contexto histórico em que se insere e evolui à medida que acrescentamos algo novo.
A humanidade está sempre se desenvolvendo, progredindo dentro dos respectivos contextos históricos, para encontrar a consciência de si mesma, o autoconhecimento. Hegel chama a isso de “espírito do mundo”.
Georg Hegel
Retomando o idealismo de Fichte, Hegel
diz que a progressão do pensamento não acontece por força do acaso, mas por meio de um processo dialético que convém recordar.
O processo dialético é formado pela contraposição de uma tese (ideia) a uma antítese (ideia contrária à tese), que dá origem a uma síntese (conclusão).
A DialéticaG
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He
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Um determinado pensamento
sempre surgirá com base em pensamentos formulados anteriormente.
Quando consolidado (tese), esse pensamento encontrará necessariamente uma forma de pensar oposta (antítese), o que ocasionará um elo.
A DialéticaG
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Esse elo será rompido por um
terceiro pensamento, que reunirá o que há de melhor em ambos (síntese).
Esse terceiro pensamento formará uma nova tese, dando origem a um novo ciclo.
A DialéticaG
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He
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Se aplicarmos à própria história
da filosofia as concepções hegelianas de tese-antítese-síntese, verificamos que os conhecimentos filosóficos avançaram seguindo esse movimento.
A DialéticaG
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Exemplo:conhecimento do
homemDescartes
RACIONALISMOTESE
HumeEMPIRISMOANTÍTESE
KantCRITICISMOSÍNTESE
Considera o ser humano como parte de
um todo, confirmando, desse modo, a grande importância atribuída pelo filósofo ao meio histórico em que o indivíduo está inserido.
O chamado espírito do mundo somente pode ser compreendido tendo em conta uma determinada coletividade, da qual não podemos desligá-lo.
A DialéticaG
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Conceito de espírito. “Mas que é o espírito? É o único
Infinito Imutavelmente homgêneo – a Identidade pura – que, em sua segunda fase, se separa de si mesmo e faz desse segundo aspecto seu próprio oposto polar, ou seja, como existência por si e em si em contraste com o universal”.
A DialéticaG
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O caminho para o
autoconhecimento do ser humano rumo ao desenvolvimento do espírito do mundo deve passar por 3 etapas:
1ª - Razão Subjetiva 2ª - Razão Objetiva 3ª - Razão Absoluta
A DialéticaG
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1ª - Razão Subjetiva
Quando o espírito do mundo toma consciência de si mesmo no homem.
2ª - Razão Objetiva O espírito do mundo se conscientiza em nível
social (família, sociedade civil e Estado). 3ª - Razão Absoluta
O espírito do mundo atinge seu ponto mais elevado tomando consciência de si ao utilizar a filosofia, que demonstra seu papel no contexto histórico.
A DialéticaG
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Na razão objetiva, encontra-se o Estado
que consiste no grau máximo de agrupamento entre os diversos interesses contraditórios dos indivíduos que o compõem.
A família e a sociedade civil estariam situadas em um patamar inferior ao do Estado, pois não teriam a possibilidade de superar os antagonismos que imperam na esfera social.
O EstadoG
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Somente o Estado, único e
soberano, pacificaria as possíveis tensões existentes na coletividade, pois, em seu manto, todos reconheceriam a necessidade de atuar em prol do bem comum.
Essa concepção foi utilizada para fundamentar os Estados totalitários do século XX.
O EstadoG
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O conceito de liberdade em Hegel
está associado à noção de Estado. Identifica o Estado com o Absoluto,
uma vez que o homem necessita da vida social para determinar a razão de seus pensamentos.
O Estado é a instituição responsável por instaurar todo o corpo de leis que regula a vida social.
O EstadoG
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He
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l
Não há liberdade sem leis e onde há
lei, há necessariamente liberdade, de modo que o emprego do termo liberdade é determinado pelo direito de obedecer à lei, uma vez que aquele que faz as leis e os que a cumprem fazem parte do mesmo todo, cujo objetivo é a realização plena da Verdade.
O EstadoG
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He
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Definição de Estado:
“O Estado é a Ideia do Espírito na manifestação exterior da Vontade Humana e de sua Liberdade”.
Hegel confere ao Estado o papel atribuído pelos filósofos medievais à Igreja.
O EstadoG
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As relações entre Estados também
estão acima das normas morais, e o que deve prevalecer é o interesse de cada Estado.
Defende a concepção de que o Estado fundamentaria a própria sociedade, não sendo necessário recorrer à ideia de Estado de natureza.
O EstadoG
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Kierkegaard e a Crítica ao Realismo
A subjetividade é a verdade; a
subjetividade é a realidade.
Kierkegaard
Nasceu em Copenhague, na Dinamarca. Proveniente de uma família de
intelectuais abastados. Estudou teologia entre 1830 e 1840,
atendendo aos desejos do pai. Suas várias e graves crises de fé o
impediram de seguir carreira como pastor luterano.
Com a morte do pai passou a viver da fortuna herdada.
VidaK
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Pensamento Filosófico
Contestou a supremacia da razão como único instrumento capaz de estabelecer a verdade, tal como Hegel propunha.
Como pensador cristão, defendeu o conhecimento que se origina da fé.
Afirmava que a existência humana possui três fases:
Fase estética; Fase ética; e Fase religiosa.
Kie
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Pensamento Filosófico
FASE ESTÉTICA: satisfação de seus desejos, guiado pelo prazer;
FASE ÉTICA: o indivíduo deixa-se guiar pela consciência do valor sobre o certo e o errado, do que é moral e justo. Vivencia o problema da liberdade e da contradição entre o prazer e o dever;
FASE RELIGIOSA: o indivíduo vai além da lei, da moral e da razão, deixando-se guiar pela fé.
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Pensamento Filosófico
Cabe ao homem escolher em que fase ele quer viver, já que se trata de fases que se excluem entre si.
Essas fases podem ser entendidas como etapas pelas quais o homem passa durante a sua existência.
Primeiro viria a estética, depois a ética e, por último, a religiosa, que seria a mais elevada.K
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Pensamento Filosófico
Sua principal crítica à filosofia hegeliana se deve ao fato de ela não levar em consideração a subjetividade humana.
Para ele, nenhum sistema de pensamento consegue dar conta (pensar tudo) da experiência ampla e única da vida individual.
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Pensamento Filosófico
Opondo-se à filosofia sistemática de Hegel e a seu caráter abstrato, procurou destacar as condições específicas da existência humana e incorporá-las às reflexões filosóficas.
É normalmente considerado o “Pai do Existencialismo”.
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Pensamento Filosófico
Em sua obra, procurou analisar os problemas da relação existencial do homem com o mundo, consigo mesmo e com Deus.
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Pensamento Filosófico
A RELAÇÃO DO HOMEM COM O MUNDO
É dominada pela angústia. A angústia é entendida como o
sentimento profundo que temos ao perceber a instabilidade de viver num mundo de acontecimentos possíveis, sem garantia de que nossas expectativas sejam realizadas.
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Pensamento Filosófico
A RELAÇÃO DO HOMEM CONSIGO MESMO
É marcada pela inquietação e pelo desespero.
Isso ocorre por duas razões fundamentais: ou porque o homem nunca está plenamente satisfeito com as possibilidades que realizou, ou
Porque não conseguiu realizar o que pretendia, esgotando os limites do possível e fracassando diante de suas expectativas.
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KIERKEGAARD:a experiência única da vida
A RELAÇÃO DO HOME COM DEUS
Seria talvez a única via para a superação da angústia e do desespero.
É marcada pelo paradoxo de ter de compreender pela fé o que é incompreensível pela razão.K
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SCHOPENHAUER:Vida
Nasceu em Dantzing, na Alemanha. Filho de comerciantes prósperos,
estudou nas universidades de Göttingen, de 1809 a 1811, e de Berlim, de 1811 a 1813, tornando-se docente em 1819.
Seus ataques a Hegel o tornaram impopular e o levaram a fixar-se em Frankfurt, como escritor independente.
SCHOPENHAUER:Vontade e Representação
Atacou com maior veemência o pensamento hegeliano.
Em sua opinião, Hegel seria um verdadeiro “charlatão”, ao construir sua filosofia segundo os interesses do Estado prussiano.
Referia-se a Hegel como um “acadêmico mercenário”.
Obra: O mundo como vontade e representação.
SCHOPENHAUER:Vontade e Representação
Sustenta que, como o conhecimento é uma relação na qual o objeto é percebido pelo sujeito, o homem não conhece as coisas como elas são, mas como elas podem ser percebidas e interpretadas.
“Tudo o que o mundo inclui ou pode incluir é inevitavelmente dependente do sujeito, não existindo senão para o sujeito. O mundo é representação”.
SCHOPENHAUER:Vontade e Representação
Para existir o conhecimento do mundo, é preciso existir o sujeito.
A representação do mundo seria para ele como uma “ilusão”, pois o objeto conhecido é condicionado pelo sujeito.
SCHOPENHAUER:Vontade e Representação
Mas, admite ser possível alcançar a essência das coisas, através do insight intuitivo, uma espécie de iluminação.
Nesse processo, a arte teria grande relevância, pois a atividade estética permitiria ao homem a compreensão da verdade.
SCHOPENHAUER:Vontade e Representação
Pela arte, o sujeito se desprenderia de sua individualidade para fundir-se no objeto, numa entrega pura e plena.
Sua filosofia se caracteriza por uma visão pessimista do homem e da vida.
O ser humano seria essencialmente vontade, o que o levaria a desejar sempre mais, produzindo uma insatisfação constante.
SCHOPENHAUER:Vontade e Representação
Essa vontade, que se expressa nas ações humanas, seria parte de uma vontade que anima todas as coisas da natureza.
Se a essência do homem e do mundo é essa vontade insaciável, Shopenhauer identifica aí a origem das lutas entre os homens, da dor e do sofrimento.
SCHOPENHAUER:Vontade e Representação
A história é a história de lutas, onde “a infelicidade é a norma”, a regra geral.
Apenas pela arte a ascese, ou seja, o abandono de si, pode o homem se libertar da dor.
Friedrich Nietzsche
A moral não subsiste quando falta um
Deus que a sancione. O além é
absolutamente necessário quando se
quer conservar sinceramente a fé na
moral.Nietzsche
Nascido em Röcken, perto de Leipzig, na
Alemanha. Era filho e neto de pastores protestantes. Em 1858, conseguiu uma bolsa de estudos na
escola de Pforta. Na juventude, foi bastante influenciado pelo
Romantismo, tornando-se admirador de Schiller, que mais tarde iria criticar.
Na adolescência estudou a Bíblia e os autores clássicos da cultura grega.
Friedrich Nietzsche
Em Bonn estudou filosofia e teologia,
passando por um curto período de intensa boemia.
Em 1869, tornou-se professor de filologia grega na Universidade da Basiléia, na Suíça.
Em 1879 deixou de dar aulas, devido à saúde precária.
De 1883 a 1885, escreve sua principal obra, Assim falou Zaratustra (expõe as ideias do eterno retorno e da derrota da moral cristã pelo super-homem).
Friedrich Nietzsche
Em 1889, sofre uma crise de loucura da
qual não se recuperará até sua morte. Nietzsche considerava-se o sucessor de
Schopenhauer e defendeu a primazia da vontade.
A parte mais significativa do seu pensamento refere-se à ética e à crítica da religião (1872), marca o início da reflexão sobre a cultura grega e sua influência no desenvolvimento do pensamento ocidental.
Friedrich Nietzsche
Segundo Nietzsche, existem dois elementos
fundamentais e antagônicos: ESPÍRITO APOLÍNEO: que representa a ordem, a
harmonia e a razão; vinculado ao deus Apolo, símbolo da luz, da razão e da beleza masculina, associado à música e à poesia, às profecias e à moralidade.
ESPÍRITO DIONISÍACO: que representa o sentimento, a ação e a emoção; ligava-se a Dioniso, deus grego do vinho e da fertilidade, símbolo do drama.
Friedrich Nietzsche
Na cultura ocidental, o espírito apolíneo é
mais forte do que o dionisíaco, e o papel da filosofia seria o de libertar o homem dessa tradição para encontrar-se com o niilismo.
O niilismo de Nietzsche conduz o homem ao encontro de valores que sejam afirmativos de sua existência real, de sua vontade de poder, para que possa escapar dos valores e das crenças tradicionais, como aqueles impostos pelo cristianismo, que pregou valores distintos.
Friedrich Nietzsche
Na obra A origem da tragédia no espírito da
música, afirma que a verdadeira virtude do homem havia sido corretamente trabalhada pelos pré-socráticos, que consagravam a liberdade do elemento emocional.
A moral defendida por Nietzsche é radicalmente anticristã e o seu objetivo último é o poder.
Para Nietzsche a verdadeira virtude é característica de uma minoria de indivíduos, que deve sobrepujar as massas medíocres, formadas por homens “inferiores”, que cultivam essencialmente o ressentimento.
Friedrich Nietzsche
O ETERNO RETORNO pode ser
considerado a fórmula que sintetiza todo o pensamento de Nietzsche.
Coloca-se em oposição frontal ao platonismo e ao cristianismo, considerando-os uma espécie de platonismo popular.
Rejeita qualquer distinção entre este mundo e outro, seja o mundo inteligível de Platão ou o paraíso cristão.
Friedrich Nietzsche
Para Nietzsche, só este mundo é
real com suas cores e movimentos, em constante mudança.
Não admite a existência de uma outra realidade que seja inteligível, única e imutável.
Nega a existência de uma verdade necessária e universal.
Friedrich Nietzsche
Para ele, há apenas perspectivas diversas sobre
um real que está em permanente transformação e que se repete num eterno retorno.
Segundo Nietzsche, devemos aceitar a vida como ela é, e o eterno retorno consistiria num verdadeiro teste pelo qual o homem deveria passar: a vida, revivida inúmeras vezes, não trazendo nada de novo, tudo ocorrendo na mesma ordem e na mesma sucessão, pode levá-lo à destruição ou à exaltação, dependendo de sua capacidade para superar e admitir essa contínua repetição.
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche
Nietzsche considerava o super-homem como a própria expressão da vontade de poder, determinando a nova ordem de valores.
Um líder guerreiro, altamente disciplinado, capaz de ser cruel quando as suas conquistas o exigirem.
Nietzsche considera que o cristianismo tem um
efeito degenerativo, porque doma o espírito e enfraquece a vontade de poder com a sua condenação do orgulho, da paixão, da cólera, dos instintos de guerra e de conquista.
O filósofo deplora o arrependimento e a redenção; em vez da figura do santo cristão, em sua essência, é a própria vontade de poder, desvinculado dos conceitos cultivados pela sociedade.
O santo cristão é um produto da medo do inferno, e não do amor à humanidade.
Friedrich Nietzsche
Apenas a vontade de poder permite ao homem
ultrapassar a si mesmo, em direção ao super-homem.
O filósofo afirma: O super-homem é o sentido da terra. Eu vos
conjuro, irmãos meus, a que permaneçais fiéis ao sentido da terra e não presteis fé aos que falam de esperanças supraterrenas.
Na obra Assim falou Zaratustra, composta de vários discursos, expõe as suas ideias sobre o homem e o seu comportamento diante de uma realidade desordenada, sem princípio, meio e fim.
Friedrich Nietzsche
Só resta ao homem, diante do espetáculo
irracional do mundo, adotar três posturas: ser fraco, forte ou inocente.
Para explicar essas atitudes, recorre a uma metáfora envolvendo as figuras do camelo, do leão e do menino.
Assim, o homem passa da situação de: CAMELO: que aceita, ou melhor, carrega todos os
valores; LEÃO: que se revolta contra esses mesmos
valores; CRIANÇA: que é capaz de esquecer, de
recomeçar, de aceitar o jogo natural da criação e da vida.
Friedrich Nietzsche
CHALITA, Gabriel. Vivendo a Filosofia. São
Paulo: Ática, 2012.
Referência Bibliográfica
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