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Entre o nó e a rede, dialéticas
espaciais contemporâneas
O caso da metrópole de campinas diante da
megalópole do sudeste do brasil
Eugenio Fernandes Queiroga
Denio Munia Benfatti
A região Metropolitana de Campinas apresenta-se como caso
exemplar para o estudo da urbanização dispersa e para a
compreensão de dialéticas espaciais que caracterizam, em boa
medida, alguns importantes processors de urbanização
contemporâneos.
Contexto:
Técnica, ciência e informação se apresentam
de forma variável no meio, constituindo
regiões mais ou menos concentradas,
construindo redes globais de informações:
Criam-se exópoles
Los Angeles Expansão Horizontal Continua Com Dispersão de atividades
Centro menos Significativo
Criam-se metápoles
Criam-se megalópoles
Estruturas urbanas difusas Espraiamento das atividades
Vai além da expansão urbana/
metropolitana/nucleadas/polarizadas
Policêntricas Densas Fragmentadas
Conurbação Funcional que não necessariamente
é uma conurbação física.
Conectadas
Criam-se megacidades
Criam-se macro metrópoles
Cidades ou metrópoles de população muito grande, acima de 10/15 milhões
de habitantes
Expansões urbanas territoriais além dos limites oficiais
Se estrutura a partir da metrópole
Núcleo Principal
MEGALÓPOLE DO SUDESTE, ESPRESSÃO URBANA MAIS EXPRESSIVA DO BRASIL
Metrópole de São Paulo e
Megalópole do Sudeste:
Meados de 1970, inicia-se a forte expansão da atividade industrial para além
da região metropolitana de São Paulo;
Desconcentração Industrial num raio de 150 km da Capital, atingindo:
CAMPINAS, SOROCABA, BAIXADA SANTISTA E VALE DO PARAIBA;
1960 e 1970 investimentos em indústrias de base, de ponta e em pesquisa
(universidades e institutos);
Região do Vale do Paraíba a que mais recebeu investimentos, se formou a base
da indústria aeronáutica e o segundo pólo da indústria automotiva do país;
Campinas é a cidade onde ocorreu o maior crescimento absoluto, sendo assim
em 1980 torna se o segundo centro industrial do país em valor de produção;
Campinas possuía condições demográficas, econômicas e de infra estrutura,
como rico entroncamento ferroviário e com amplo sistema viário;
Em 1980 consolidava-se a macro metrópole paulista (Souza, 1978) que
envolvia Sorocaba, Campinas, São José dos Campos, Baixada Santista e Grande
São Paulo;
Na grande São Paulo, os problemas urbanos ligados ao déficit habitacional
foram sendo agravados;
Metrópole de São Paulo e
Megalópole do Sudeste:
A macro metrópole apresentava condições melhores que o centro inicial e a
capital paulista;
O crescimento urbano foi impulsionado por migrações;
Os novos habitantes passaram a morar em municípios periféricos desses
núcleos, criando forte processo de conurbações e novas metropolizações;
Ampliamento das atividades principalmente do terciário superior fora da
capital;
Metamorfose de macro metrópole centrada em São
Paulo para Megalópole.
Megalópole do Sudeste do Brasil
Megalópole do Sudeste:
Não reconhecida oficialmente pelo Estado;
Concentra os maiores investimentos de Capitais;
Intensas e complexas conexões geográficas;
Policentralidades;
Fragmentos urbanos dispersos;
Regiões metropolitanas fazem parte de uma estrutura maior as potencializas,
porém não em escala, intensidade e complexidade metropolitana;
A região metropolitana de São Paulo ainda é a mais forte da megalópole embora
suas taxas de crescimento sejam menores que dos outros centros urbanos que
pertencem a megalópole.
Processo de expansão pelos eixos rodoviários que irradiam, mas não de forma
igual em todas as direções privilegiando os vetores que participavam da macro-
metropolização, sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro.
VETORES RODOVIÁRIOS DE CAMPINAS:
Rodovia Anhanguera Araras Ribeirão Preto Triângulo Mineiro/Sul de Goiás;
Rodovia Santos Dumont Sorocaba*
Rodovia Washington Luís Rio Claro São Carlos Araraquara São José do Rio Preto
Rodovia Adhemar de Barros Mogi Guaçu Poços de Caldas
Rodovia Dom Pedro Vale do Paraíba Litoral de São Paulo
Rodovia Presidente Dutra Rio de Janeiro Rodovia Juscelino Kubitschek Juiz de
fora
Rodovia Dos Bandeirantes São Paulo Cordeirópolis
*Sorocaba já se encontra conurbada fisicamente a Votorantim e a Araçoiaba da Serra formando uma metrópole.
VETORES DE SOROCABA:
Rodovia Castelo Branco Tatuí Botucatu Rodovia Marechal Rondon Bauru
Dialéticas:
Megalópole do Sudeste:
Riqueza e pobreza são marcantes;
Possui as famílias mais ricas e as grandes empresas, paralelamente o maior
número de pobres;
Seu PIB é maior que qualquer país da América Latina (menos do Brasil);
Disparidade Sócio- econômicas constituem fragmentadas paisagens;
Grandes Bolsões de pobreza;
Enclaves de alta densidade como condomínios, isolados de manchas urbanas
tradicionais e próximo de rodovias, o que demostra seu caráter de atendimento
para além do município.
• Foto por: Jonathas Magalhães
• Foto por: Jonathas Magalhães
Dialéticas:
Região metropolitana de Campinas:
Fluxos intenso que tem grande eficiência;
Fluidez seletiva, os custos dos deslocamentos são bastantes proibitivos aos
mais pobres;
Um dos Territórios mais fragmentados, não muito denso e segregado;
Os tecidos urbanos se conectam via de regra por estradas e avenidas e não por
malha urbana continua;
Segregação sócio espacial complexa ;
Lançamentos imobiliários de alta renda em: Valinhos, Vinhedo, Itatiba e
Indaiatuba;
Situação análoga a monte mor e Hortolândia onde concentrasse a baixa renda.
Campinas:
Metrópole Incompleta Pólo Megalopolitano
Não consegue se constituir como polo metropolitano completo, de escala
estadual dada a proximidade com São Paulo. A escala regional não da conta do
entendimento de sua estrutura e dinâmica que só pode ser entendida com
inserção megapolitana. Porém a Megalópole do sudeste complexa expansiva e é
como um nó diante da rede urbana de economia global.
Giovanna Pizzol
Stephanie Ribeiro
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