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Parte IIIDOENÇAS RELACIONADAS AO ASBESTO
(AMIANTO)
Pneumoconiose orientações para diagnóstico e vigilância
Fibra de origem mineral que por processo natural de recristalização transforma-se em material fibroso.
Asbestos são um grupo de silicatos fibrosos que inclui crocidolita, crisotilo, antofilita, tremolita e amosita.
(www.cprm.gov.br)
Amianto ou Asbesto
Compõe-se de silicatos hidratados de magnésio, ferro, cálcio e sódio e se divide em dois grandes grupos: serpentinas (crisotila) e anfibólios.
Amianto ou Asbesto
Tipos de Amianto
Amianto ou Asbesto
Anfibólios: o amianto anfibólio possui fibra dura, reta e
pontiaguda e se propaga facilmente no ar (crocidolita,
amosita,antofilita); tem potencial de carcinogenicidade
maior que a crisotila.
Crisotila: atualmente é o tipo mais minerado, também
conhecido como asbesto ou amianto branco, apresenta
uma estrutura fibrosa, flexível, fina e sedosa (90%
produção e consumo mundial).
Em geral, na natureza, encontram-se misturas com os
diversos tipos de fibra e predominância de um ou outro.
Amianto ou Asbesto
Rejeito com fibra predominantemente de Amianto Crisotila, Mina de São Félix do Amianto, Bom Jesus da Serra, Bahia.
Alta resistência mecânica - freio
Bom isolante térmico e acústico – isolamento térmico de casas e equipamentos industriais
Incombustibilidade – fabricação de roupas para bombeiros, luvas térmicas
Durabilidade e flexibilidade
Resistência a corrosão por ácidos e álcalis – indústria química;
Boa capacidade de filtragem e de isolação elétrica
Afinidade com outros materiais para comporem matrizes estáveis (cimento, resinas e ligantes plásticos);
Capacidade de ser fiada e tecida
Amianto ou Asbesto- Características
Ocupações de Risco
Trabalhadores em mineração e transformação de asbesto
Fabricação de produtos de cimento-amianto, materiais de fricção, tecidos incombustíveis com asbesto, juntas e gaxetas, papéis e papelões especiais
Consumo de produtos contendo asbesto O risco ocorre em toda a cadeia produtiva; desde a
mineração, transporte, fabricação de produtos, na construção civil, até o descarte do material, em reformas, em domicílio, no uso do dia a dia.
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=wWkGITrNNqXKIM&tbnid=yXJ2QPMHT3QCQM:&ved=0CAQQjB0&url=http%3A%2F%2Fwww.unesp.br%2Fproex%2Finformativo%2Fedicao03dez2001%2Fmaterias%2Famianto.htm&ei=Mt_1U9OWBKy_sQTS5ICQCA&bvm=bv.73231344,d.aWw&psig=AFQjCNEsYpyjUSD_xqQDWj4bWRGhwRA00g&ust=1408708419013224
Principais atividades e utilidades do amianto
Indústria têxteis: feltros, filtros, luvas, tecidos em geral, cordas
Materiais de fricção: pastilhas de freio, lonas, discos de fricção
Pisos e revestimentos: pisos asfálticos e impermeabilizantes
Pisos asfálticos Impermeabilizantes
Indústria de fibrocimento: materiais para construção civil
caixas d’água
telhas
https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=ivjSunSAd6ZaZM&tbnid=nr9jXC8aeZyqZM:&ved=0CAQQjB0&url=https%3A%2F%2Fandradetalis.wordpress.com%2Ftag%2Famianto-exposicao-ocupacional%2F&ei=nd71U4nbB9PIsATWloBg&bvm=bv.73231344,d.aWw&psig=AFQjCNEsYpyjUSD_xqQDWj4bWRGhwRA00g&ust=1408708419013224
Tanques e telhas de fibrocimento contendo amianto
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=7eIpqwCL55kiWM&tbnid=uVpFffO4i7iFJM:&ved=0CAQQjB0&url=http%3A%2F%2Fblogdofavre.ig.com.br%2Ftag%2Famianto%2F&ei=a-L1U_60GovgsAS3_ICwAw&bvm=bv.73231344,d.aWw&psig=AFQjCNEsYpyjUSD_xqQDWj4bWRGhwRA00g&ust=1408708419013224
Tanques e telhas de fibrocimento contendo amianto
Tubos de fibrocimento contendo amianto
Luvas de fibrocimento
Tubos de fibrocimento
Principais atividades e utilidades do amianto
Papéis, papelões e placas: isolantes térmicos,
juntas e vedações
Mantas isolantes térmicas
Papelões de amianto
Contaminação por descarte inadequado do material
Cadeia produtiva do amianto Crisotila
“A cadeia produtiva brasileira do amianto crisotila tem início na
extração e beneficiamento do minério pela SAMA S.A.
Minerações Associadas, em Minaçu (GO). Inclui o transporte
rodoviário do minério ensacado até os portos brasileiros (para
exportação) e até as fábricas brasileiras, que utilizam as fibras
minerais, em quase sua totalidade, na produção de fibrocimento
(uma mistura de cimento, fibra, celulose reciclada e água) para a
fabricação de telhas e caixas d´água. A cadeia do amianto
crisotila engloba ainda o transporte de produtos até os pontos de
vendas e sua comercialização. São 170 mil trabalhadores
envolvidos em toda a sua extensão.” (IBC)
Programa setorial de qualidade de crisotila (sistema de gestão desenvolvido pelo IBC para normatizar as atividades
de extração, beneficiamento , transporte e transformação da crisotila)
Exploração econômica e população potencialmente exposta na Bahia
Extrativa (Bom Jesus da Serra) - primeira mina de asbesto-
crisotila do Brasil, de 1940 a 1967; atualmente persiste
exposição ambiental da população da região.
Indústria de fibrocimento: fábrica Eternit em Simões Filho
Comercialização e uso na construção civil: as telhas de
fibrocimento ainda são largamente utilizadas, em áreas
urbanas e rurais; as caixas d’água vêm sendo
progressivamente substituídas por materiais sintéticos.
Plantas industriais; indústria química e de cloro-soda.
Oficinas mecânicas
Doenças relacionadas ao asbesto / amianto
Asbestose: Pneumoconiose
Alterações pleurais benignas: placas pleurais, espessamento pleural difuso,
derrame pleural
Câncer: brônquios, pulmão, laringe, estômago
Mesotelioma: pleura, pericárdio, peritôneo
.
ASBESTOSE (Pneumoconiose causada pela inalação de fibras de asbesto levando a fibrose pulmonar)
infiltradoinfiltrado
Asbestose
Eminentemente ocupacional – Só existe a possibilidade de
adoecimento quando relacionada ao trabalho, pois a quantidade de
exposição necessária para causar pneumoconiose é grande e não
existe outras atividades fora do trabalho que exponha o indivíduo a
quantidade necessária para causar asbestose.
Relação dose-efeito – o indivíduo precisa estar exposto a uma
determinada quantidade do asbesto para desenvolver a doença
Período de latência - para desenvolver fibrose precisa ter uma
exposição de pelo menos 10 anos.
Os sintomas são mais precoces que em outras pneumoconioses:
dispnéia que pode evoluir, mesmo em repouso, e tosse seca. Os
sintomas podem aparecer antes mesmo dos achados na
radiografia, entretanto já pode apresentar alterações na tomografia.
Doença de caráter progressivo e irreversível, pode se manifestar
anos após cessada a exposição.
20% podem ser assintomáticos. O indivíduo tem a doença e não
apresenta os sintomas.
Asbestose
Asbestose - Características
Infiltrado reticular que predomina nas bases; diferente da silicose que predomina nos terços superiores.
Asbestose - Características
Asbestose Características no Exame físico
Crepitações nas bases pulmonares
Baqueteamento digital
Alterações funcionais (espirometria – não serve para
diagnóstico e sim para avaliar função pulmonar)
Pequenas opacidades irregulares predominando nos
campos inferiores.
Asbestose – Métodos de Diagnóstico
História ocupacional de exposição a poeiras com fibras de
asbesto
História clínica com sintomatologia respiratória variável – grande
maioria apresenta sintoma de dispnéia
Radiografia simples de tórax interpretada de acordo com os
critérios da OIT, presença de infiltrados reticulares nas bases
Tomografia computadorizada de alta resolução - há casos em
que o paciente pode ter sintomatologia e não ter achados. É
uma outra forma para avaliar as placas pleurais .
Radiografia de Tórax
D.F.C. 64 anos, fem, fiandeira. Lesões intersticiais nas bases pulmonares
RX OIT/80 – 2/1 s/t; 19 anos de exposição ao amianto(Arquivo Hermano Albuquerque de Castro)
infiltradoinfiltrado
Radiografia de Tórax
A.R.O. 56 anos, fem, tecelã. Placa pleural e lesões intersticiaisRX OIT/80 – 2/2 s/t. 17 anos de exposição ao amianto
(Arquivo Hermano Albuquerque de Castro)
Placa Pleural
infiltrado
Asbestose -Tomografia Computadorizada de Tórax Alta Resolução - TCAR
Visualiza mais o parênquima pulmonar
A TCAR é superior à radiologia convencional
na detecção de lesões pulmonares causadas
pela exposição ao asbesto.
Permite ainda melhor avaliação pleural
No caso de grande comprometimento pleural,
permite visualização do parênquima pulmonar.
Fibrose pulmonar avançada
Outros Exames Complementares
Espirometria - Avaliação da capacidade respiratória, não fecha diagnóstico, é mais usada para monitoramento
Broncoscopia – Obtenção de fragmentos para biopsia .Na asbestose, os fragmentos devem ser maiores para uma boa biopsia.
Provas funcionais - espirometria
Indispensáveis na investigação e no
estabelecimento de incapacidade em
pacientes com pneumoconioses,
mas não têm aplicação no
diagnóstico.
Quais as indicações da espirometria na asbestose?
Avaliação de trabalhadores sintomáticos
respiratórios
Avaliação de disfunção e de incapacidade
respiratória
Seguimento longitudinal de trabalhadores
expostos a poeiras com asbesto/amianto
Biópsia pulmonar
Método de exceção!
Indicada para pacientes com alteração radiológica compatível e com:
• história ocupacional não característica ou ausente
• história de exposição a poeiras ou outros agentes desconhecidos
• tempo de exposição insuficiente para causar as alterações observadas
• aspecto radiológico discordante do tipo de exposição referida
Em casos de disputas judiciais, após discordância entre, pelo menos, dois leitores devidamente familiarizados/credenciados para interpretação radiológica da Classificação Internacional de Radiografias de Pneumoconioses da OIT. Nestes casos, recomenda-se a realização de TCAR (tomografia), também interpretada por profissional experiente no método, antes da definição da biópsia pulmonar.
Biópsia pulmonar
Enfisema pulmonar Pneumonia intersticial Colagenoses – doença auto imune; engloba uma série
de doenças (Lúpus Eritematoso Sistêmico, Artrite Reumatoide etc)
Linfangite carcinomatosa – quando o câncer invade o pulmão de uma forma difusa
É necessário que o médico investigue o histórico ocupacional do paciente. Isso pode ser fundamental
para se fazer o diagnóstico diferencial
Asbestose – Diagnóstico Diferencial
Alterações Pleurais BenignasDOENÇA PLEURAL PELO ASBESTO
(Foto: Hermano Albuquerque de Castro)
Placa pleural calcificada
Fibrose da pleura parietal e/ou visceral, consequente à exposição a poeiras com fibras de asbesto.
.
Alterações PleuraisDoença Pleural causada Asbesto
Alterações Pleurais
As alterações pleurais relacionadas ao asbesto podem se apresentar como:
espessamentos pleurais - placas pleurais: circunscritos, localizadas com ou sem calcificações
espessamento pleural difuso – processo difuso envolvendo seio costofrênico com ou sem calcificações
derrame pleural - presença de líquido na pleura
atelectasia redonda - forma de colapso pulmonar associado a espessamento pleural simulando tumor
Alterações Pleurais - PLACAS PLEURAIS
São as alterações mais prevalentes, geralmente assintomáticas – não levam
a alteração funcional. A sintomatologia só aparece quando o
comprometimento é difuso, o que implica na alteração da ventilação do
pulmão.
Dose-resposta é fraca – para que o paciente desenvolva as placas pleurais
não é necessário muito tempo de exposição .
Período de latência de 15 a 20 anos
Comprometem a pleura parietal (a pleura que recobre a caixa torácica)
Podem sofrer calcificação e são localizadas principalmente no diafragma e
na porção posterior.
Não há evidência de transformação para Mesotelioma
Doença pleural relacionada ao asbesto
A doença pleural pelo asbesto pode ser
confundida com outras alterações da pleura como:
Gordura subpleural, as sombras musculares e fraturas de costela.
Sequela de tuberculose pleural, cirurgia, trauma torácico ou reação
a drogas.
Tuberculose pleural e derrames neoplásicos (diagnóstico
diferencial do derrame pleural)
Enfatizamos a importância de conhecer o histórico ocupacional
do paciente.
A tomografia é importante para tirar dúvidas
Doença Pleural pelo Asbesto ESPESSAMENTO PLEURAL DIFUSO
Doença Pleural pelo Asbesto - Características
Espessamentos pleurais circunscritos ou placas pleurais são áreas focais de fibrose irregular, praticamente desprovidas de vasos e células, assim como de sinais de reação inflamatória.
Surgem primariamente na pleura parietal, sendo mais frequentemente visualizadas nas regiões póstero laterais da parede torácica e também nas regiões diafragmática e mediastinal.
Doença pleural pelo asbesto Métodos de diagnóstico
História ocupacional de exposição a poeiras com fibras de asbesto
História clínica: as placas costumam ser assintomáticas
Espessamento pleural difuso, quando moderado ou extenso pode cursar com sintoma de dispnéia aos esforços
Doença Pleural pelo Asbesto Métodos de Diagnóstico
O derrame pleural (presença de líquido na pleura)
pode ser assintomático ou apresentar sintomas de dor
torácica, febre, dispnéia aos esforços.
História ocupacional
Radiografia simples de tórax interpretada de acordo com
os critérios da OIT 2000
Tomografia computadorizada de alta resolução
Amianto X Câncer de Pulmão
O surgimento do câncer pode ocorrer após mais de 30 anos terminada a exposição.
A IARC classifica o asbesto como classe 1 (carcinogênico reconhecido).
Não existem “Limites de Tolerância” seguros para substâncias cancerígenas
Pode ser causado por todos os tipos de asbesto
Amianto X Câncer de Pulmão
Efeito sinérgico – o tabagismo e o amianto quando associados potencializam o efeito carcinogênico, aumentando o risco para o trabalhador desenvolver câncer.
Tipos histológicos – não existe um tipo predominante.
O quadro clínico não difere do câncer não ocupacional
Mesotelioma Maligno – Tumor da pleura, pericárdio e peritônio
Alta taxa de mortalidade
Não é dose dependente - o paciente pode desenvolver a doença mesmo com pouco tempo de exposição
Período de latência de 30 a 40 anos
Associação mais forte com anfibólios
Pode ocorrer com exposição indireta
Sobrevida menor que 20% ao fim de 12 meses
Asbesto – período de latência
Tipo de Doença Período de Latência
Lesões pleurais benignas 15-20 anos
Asbestose > 10 anos
Câncer de pulmão > 30 anos
Mesoteliomas 30 a 40 anos
Cuidados no manuseio e descarte de materiais contendo amianto
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=rLy6n16j1bGcMM&tbnid=rhJdPvJRBycHWM:&ved=0CAQQjB0&url=http%3A%2F%2Fwww.blogdaresenhageral.com.br%2Ftag%2Fbom-jesus-da-serra%2F&ei=cNT1U7_wIKXgsATqtILYCg&psig=AFQjCNFc7POG2mxO3kEHLTFU0RG24sDfJg&ust=1408705834573581
Não foi há limite seguro de exposição a substância
carcinogênica!!!
Cartaz para auxílio na mobilização, informação e busca ativa de casos pelo serviços de saúde e entidades sindicais
LEGISLAÇÃO - Proibição
Todos os países da Comunidade Européia já baniram o uso do amianto. Na América do Sul o uso do amianto é proibido na Argentina, no Chile e no Uruguai.
No Brasil, a Lei Federal Nº 9.055, de 1º de julho de 1995, e seu Decreto nº 2.350/1997, dispõem sobre a mineração, industrialização, transporte e comercialização do amianto e dos produtos que o contém. E determina que as empresas que utilizam amianto enviem, periodicamente, ao SUS o resultado dos exames de saúde dos trabalhadores expostos.
No Brasil, os estados do Rio Grande do Sul, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo, e alguns municípios, proibiram a industrialização e a comercialização de todos os tipos de amianto, inclusive a crisolita.
Há anos tramita no Supremo Tribunal Federal projeto para o banimento do amianto em todo o território brasileiro; projeto similar também está há anos aguardando aprovação na Assembléia Legislativa do Estado da Bahia.
Banimento e possíveis substitutos do Asbestos no Brasil
Silicato de cálcio Fibra de Carbono Fibra de Celulose Fibra de Cerâmica Fibra de Vidro Fibra de Aço Wallastonite Aramida Polietileno Polipropileno Politetrafluoretileno
Em 2005, os Ministérios da Saúde,
do Meio Ambiente, da Previdência
Social e do Trabalho e Emprego,
posicionaram-se pelo banimento do
uso do amianto no Brasil,
recomendando a desativação da
única mina ainda em operação no
Brasil, em Minaçu (GO), e
substituição progressiva por outros
materiais.
BRASIL, 2005. Relatório Final da Comissão Interministerial do Amianto.
Amianto na Bahia - Perspectivas
Identificar a população potencialmente exposta e as atividades
produtivas com exposição a amianto nos territórios em cada região de
saúde.
Organizar os processos de vigilância epidemiológica, com busca ativa de
casos, investigação dos óbitos e notificação de casos no SINAN e SIM.
Organizar a rede de atenção, articulando VISAU, Atenção Básica e rede
especializada em cada território onde há exposição.
Intensificar a capacitação e educação permanente para as equipes de
Saúde da Família, da rede especializada, dos CEREST e das Vigilâncias
em Saúde
Desenvolver ações de vigilância nos ambientes de trabalho e processos
de trabalho.
Impacto na estruturação das redes locais e regionais de saúde.
Necessário manter apoio, investimentos em infraestrutura, diálogo entre técnicos e gestores e assessoria técnica por parte do Estado e municípios.
Investimentos na ampliação e fortalecimento da capacidade do SUS para prestar atenção integral à saúde nesses municípios, com ênfase nas especificidades regionais e na aplicação dos dispositivos de identificação das pneumopatias e cânceres relacionados ao amianto.
Amianto na Bahia - Perspectivas
Dificuldades no processo de VISAT de populações expostas ao amianto
Resistências por parte dos gestores municipais e da própria população, considerando papel das empresas no desenvolvimento local.
As pressões implícitas ou explícitas das empresas, com recusa de assumir suas responsabilidades em relação à saúde dos trabalhadores.
Desinformação da população quanto ao papel do SUS e das secretarias de saúde.
A invisibilidade e a naturalização da situação de exposição e do risco. O desconhecimento do risco e dos impactos à saúde.
(NOBRE e cols., 2012)
O que a experiência tem nos apontado
Produção e implementação de metodologias de acompanhamento dos
indicadores de impacto à saúde
Inclusão de avaliação adequada do impacto à saúde humana (e dos
trabalhadores) nos processos de licenciamento ambiental
Introdução de avaliação da situação de saúde e potenciais impactos na
avaliação ambiental estratégica
Criação de mecanismos de incentivo a práticas sustentáveis
(NOBRE e cols., 2012)
Considerar os impactos à saúde em toda a cadeia produtiva e avaliar todo o ciclo de produção e consumo
Avaliação adequada da relação custo-benefício incluindo os impactos à saúde e meio ambiente, de curto e longo prazo
Implementação dos processos de recuperação ambiental Reparação aos danos à saúde humana (e dos trabalhadores) nos casos de
passivos ambientais já instalados Fortalecimento dos mecanismos e instâncias de participação e controle social Implementação das políticas transetoriais
(NOBRE e cols., 2012)
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