View
20
Download
1
Category
Preview:
Citation preview
Ministerio da Administração do Território
Experiência da DW na gestão participativa Allan Cain. Director da DW
Workshop de intercâmbio sobre os desafios da urbanização e gestão das cidades
Luanda no: 28 - 30 Julho 2015
Programa da Luta contra Pobreza Urbana• Apoiar a estratégia do Governo para a descentralização e
desenvolvimento municipal;• Promover a participação da comunidade no monitoramento
de indicadores urbanos relacionados com os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio;
• Produzir informações baseadas em evidências pode ser usado como contribuições para planos e orçamentos municipais;
• Construir uma rede de pobreza urbana que defende o acesso eqüitativo a serviços básicos melhorados;
• Melhorar a prestação de serviço de empresas provinciais e para-estatais de serviços para as comunidades urbanas vulneráveis;
• Promover a tomada de decisão participativa em relação à gestão da terra e melhorar a segurança da posse.
Forums Municipais Urbanas
Planeamento Participativo
Promover o espírito empreendedor comunitário
2011 Award for Best
Practices to Improve the
Living Environment
Gestão participativa de terras urbanas
• Este estudo teve por objetivo fornecer informações sobre as formas de acesso à terra urbana, em Luanda, para a auto-construção através de mercados imobiliários formais e informais.
• O projecto contribui ao desenvolvimento de políticas urbanas e gestao de terras nas áreas urbanas e peri-urbanas em Angola.
• Avaliar os factores e agentes que governam os mercados informais de terra urbana em Luanda.
• Tres quartos da população vivendo nas áreas onde não tem a sua posse de terra legalizada.
Oportunidades
• O Governo Angolano tem adoptado uma política ambiciosa que promove a construção de um milhão de casas e visa neste processo eliminar a maioria dos assentamentos designados como musseques
• Neste processo o Governo pretende facilitar a auto-construção dirigada de 685 mil casas
• A Lei de Terras de 2004 reafirma a autoridade do Estado como gestor e proprietário primário de todos os recursos fundiários.
• Apesar da afirmaçao do governo no controlo das terras, um mercado imobiliário vibrante existe para a terra formal e informalmente ocupada.
Metodologia participativa• Promover a co-produção e co-propriedade de informações
entre as instituições do governo central, a administração local e também as comunidades.
• A abordagem metodológica focaliza a combinação de novas informaçoes e a sistematização de dados existentes.
• Entrevistas com informantes chaves em relação à água e saneamento (Governo, sector não-governamental, peritos)
• Inquéritos (questionários) porta-a-porta em quatro zonas pré-seleccionadas para amostra, a existência de títulos e qualidade do material de construção;
• O diagnóstico participativo, grupos focais com as administrações locais e a sociedade civil
SISTEMAS DA INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA
Mapeamento participativo
Sensoriamento remoto: Aplicadas às ferramentas de GIS para recolher a informação urbana, usando fotografias aéreas e imagens satélites.
Taxa de crescimento populacional em Luanda
1. Quem são os compradores?
Outro municipio em Luanda76.6% Mesmo Bairro
4.6%
Sem resposta0.3%
Outro país0.5%
Outra província18.0%
• Maior parte dos compradores são dos outros municipios na provincia de Luanda 76.6%
• 18% vem das outras províncias
• Apenas 4.6% são do mesmo bairro.
2. Como é que eles adquirem e seguro a terra?
Outra0.0%
Cartao de morador 0.7%
Acordo foi publicado1.5%
Recibo da utilidade publica1.0%
Licença de arrematação
0.2%
Registro Predial0.5%
Direito de Superfície0.5%
Titulo de ocupação precario
5.6%
Testemunhado por tecnico do governo
6.8%
Croquis de Localização7.3%
Recebi uma declaração49.1%
Contrato de compra e venda12.2%
Nenhum documento14.4%
• Declaração de compra
e venda • Contrato de venda • Croquis de Localização • Titulo de ocupação precaria • Direito de Superficie • Registo Predial
• Licença de arrematação Apenas 6.8% da amostra total tem a sua posse legalizada de acordo com a legislaçao vigente.
Um total de 61,3% da amostra compraram suas terras no mercado informal.
5. Preços médios de venda?
• A maioria dos inquiridos indica pagar pelo acesso (61%). Em Paraiso (Musseque Periferico), uma maioria significativa (96%) indica pagar pelo acesso.
• Isto confirma que a compra de terra é a forma dominante de acesso em áreas peri-urbanas.
Preco Medio US$ por m2
$0
$50
$100
$150
$200
$250
$300
$350
$400
$450
$500
Mapa de preços de terra em Luanda 2010
Estimativa do valor da terra na cidade de Luanda TIPOLOGIA Area M2
VALOR USD$/M2 Valor Total em USD$
Musseques Periféricos 227,292,000 $269 $61,179,960,348
Musseques em Transição 97,486,400 $513 $49,999,409,750
Bairro Popular 4,370,200 $292 $1,275,639,529
Novos Subúrbios (condomínios) 92,301,800 $292 $26,957,202,199
Musseques Antigos 82,249,600 $347 $28,559,693,107
Terrenos planificados para auto-construção 109,704,000 $301 $33,049,865,856
Zonas de Habitação Social 56,841,400 $125 $7,100,798,212
Assentamentos Rurais 1,314,820,000 $123 $161,770,193,520
Musseques Organizados 20,831,900 $243 $5,063,797,420
Antigos Centros Urbanos 15,795,500 $495 $7,817,003,404
Zonas Industriais 21,983,800 $55 $1,213,747,582
TOTAL PROVINCIA 2,043,676,600 $383,987,310,928
6. O papel de intermediários imobiliários• Nas quatro áreas
pesquisadas, os intermediários apenas desempenham um papel em 2% dos casos.
• A administraç e as comissoes de bairro estao envolvidos em 8% dos casos.
• 90% das transaões ocorreram directamente com os antigos proprietários.
8. Como se determina o valor da terra urbana?
• localização em relação às oportunidades de emprego;
• demanda resultando da densidade populacional;
• presença de infraestruturas e serviços básicos;
• estatuto jurídico da terra, prova de titularidade;
• acesso aos serviços sociais (escolas, saúde);
• vias de acesso e transporte público;
• nível de risco ambiental.
9. Como se financia as transações?
O sector bancárioformal temmostrado algumreceio à entrada aomercado imobiliário.A maioria dosfundos provem dafamília (62%) eamigos (27%).
Bank7.6%
Employer8.4%
Friend25.0%
Family59.0%
Falta de financiamento de habitação e terra
Razoes indicadas pelos bancos para justificar o seu receio:• A falta de legislação clara sobre terras que permite o
uso de propriedade como garantia• Longos períodos de reembolso• A falta de uma política do governo sobre o crédito
bancário• A falta de título de propriedade por parte dos clientes• A falta de uma cultura de reembolso atempado das
presta ções por parte dos clientes
10. Papel das agencias governamentais, entidades privadas e as comunidades na resolução de conflitos?
Desafios com relação à gestão da terra urbana:• a falta de regulamentação e lacunas na legislação vigente;
• a necessidade de mais fiscalização e implementação da lei vigente;
• a necessidade de reduzir a fosse entre o compromisso do governo central e a capacidade local de realização;
• a necessidade de aumentar o nível de qualidade de todos os actores envolvidos no processo.
Resultados pesquisa qualitativa
Conclusões
• Existe um mercado informal de terra significativo em Luanda. Pelo menos 61.3% das transações envolvem pagamentos financeiros.
• As transacçoes documentadas são prova de que estas não são realmente informais.
• Estas transações sao consideradas como seguras e legitimas pela maioria dos compradores (85%).
• A maior parte das transações sao precárias ou inseguras visto que apenas 6.8% das mesmas podem ser justificadas com base em documentos oficialmente considerados legais
• Risco de perda dos seus bens (terra e habitação) como resultado de demolições e realocações
Recomendações1. Promover mercados mais funcionais
• Mercados eficientes e equitativos de terra são um pré-requisito para o bom funcionamento das cidades.
• Os bancos e os empreendedores do sector privado devem ser encorajados a investir em habitação social,
bem como no mercado para fins maiores. 2. Integrar a prática existente numa política inclusiva
• os actuais mecanismos informais de acesso à terra estão bem estabelecidos e têm uma forte legitimidade entre a população peri-urbana.
• a prática existente deve ser reconhecida e enquadrada na prática jurídica
Recomendações
3. Reconhecer o direito de ocupação baseado no princípio de boa fé
• reconhecimento de facto, dos direitos de ocupação do solo dos moradores urbanos que, de boa fé, compraram ou adquiriram suas terras através de algum outro mecanismo legítimo
• Criar a base jurídicae a aplicação administrativa para que se evite a especulação
4. Incorporar o direito à informação como prática efectiva • a obrigação por parte do governo e suas instituições de
divulgar publicamente os seus planos, intervenções, concessões e programas de urbanização
Recomendações
5. Adoptar o princípio de direitos intermédios e evolutivos de posse da terra
• possa ser expandida para incluir o princípio de um nível médio de ocupação, possivelmente, uma intitulada "Certificado Provisório de Terra", que possa ser considerado como a base para a permissão de permanência evolutivas
6. Incorporar o Fortalecimento das instituições municipais • a demanda efetiva pode ser melhor avaliada
• o quadro jurídico-administrativo que deve ser estabelecido
Recomendações
7. Melhorar as infra-estruturas essenciais • reconhecimento de facto, dos direitos de ocupação do solo
dos moradores urbanos que, de boa fé, compraram ou adquiriram suas terras através de mecanismos legítimos
• Criar a base jurídicae a aplicação administrativa para que se evite a especulação
8. Criação de sistema municipal de informação geografica• é importante para que o governo consiga recolher receitas
proveniente dos impostos de propriedade • Com os avanços da tecnologia da informação geográfica,
torna-se cada cada vez mais barato desenvolver e manter sistemas de informação da terra.
Recomendações
9. Proteger os direitos à terra das mulheres • a proporção de famílias chefiadas por mulheres e 46%.
• os direitos das mulheres à terra sejam reforçados e que a
legislação seja compatível com o Código de Família
10. Criar maior consciência pública dos direitos à terra urbana e suas responsabilidades
• levarem a cabo campanhas abrangentes de educação sobre os direitos à terra e às novas responsabilidades dos residentes urbanos
Recomendações
11. Implementar projectos do reajustamento dos terrenos • projectos piloto deverão ser implementados através de
parcerias entre o governo provincial e local, com uma
activa participação da sociedade civil • intoduzir um controlo rigoroso dos custos para avaliar a
viabilidade de aplicar estes projectos piloto em programas mais amplos
12. Implementar o princípio da justa indemenização Justa compensação poderá incluir mas não pode fica necessariamente limitada ao valor de mercado das terras e despesas realizadas pelo proprietário de terras como resultado da expropriação.
Sistemas de Informação Municipais da Terra
Parceria com IFAL
• Reforçar a capacidade técnica dos administrações municipais e provinciais fortalecida em áreas de mapeamento participativo.
• Gestão de informações sobre o terreno, uso de sistemas de informação geográfica, em linha com o Modelo de Domínio Posse Social (SDTM)
Projecto Piloto sobre Reajustamento de Terrenos
O reajustamento de terrenos fornece uma estrutura de mercado para a regularização dessas ocupações informais, fornecendo infra-estruturas sustentáveis e acesso a serviços, enquanto que existe ao mesmo tempo um reforço dos direitos de posse da terra e protecção dos bens dos mais pobres.
SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÃO TERRITORIAL
Obrigado
Recommended