View
425
Download
10
Category
Preview:
Citation preview
BÚZI, MAIO DE 2016BÚZI, MAIO DE 2016
“PRAGAS E DOENÇAS NAS HORTĺCOLAS”“PRAGAS E DOENÇAS NAS HORTĺCOLAS”
Ficha técnica:
Título: Pragas e doenças nas hortícolas-Caderno de
apontamentos para produtores de subsistência
Autores: Eng. João Mariano Jaime & Gracinda Neves Zita
Versão: 080999.2016.01
Búzi, Maio de 2016
Propriedade da Escola Profissional Familiar Rural de
Estaquinha
OBJECTIVOS DA FORMAÇÃO Conhecer as pragas e doenças frequentes nas
hortícolas e as respectivas medidas de controlo;
Trocar experiências e ideias no concernente amedidas de controlo de pragas e doenças nashortícolas;
Adquirir um conhecimento sobre as medidas decontrolo de pragas e doenças nas hortícolas;
Sensibilizar a comunidade na combinação de váriasmedidas com vista a efectivar o controlo de pragas edoenças nas hortícolas.
QUESTIONÁRIO PARA DEBATE1. Quais são as pragas e doenças frequentes na machamba da sua zona?
2. Como controlam as pragas e doenças que atacam as vossas machambas de hortícolas?
3. É importante fazer o controlo de pragas e doenças nas hortícolas? Se sim, porque é importante?
4. Como identificar uma planta doente?
5. Escolhe uma cultura usada como pesticida botânico (natural), e explique todo o processo desde a preparação ate a aplicação para o controlo de pragas e doenças.
Pesticidas botânicos ou naturais Vantagens:
baratos
baixa toxicidade para as pessoas e ambiente
localmente disponíveis
Desvantagens:
precisam de tempo para actuar
menos eficazes no controlo do que os pesticidas químicos
são rapidamente desactivados pelos raios solares
leva algum tempo para a sua preparação
Pesticidas botânicos ou naturais
Moringa:
Acção fungicida
Preparação:
colher a raíz, triturar, pôr água, coar o liquido
enterrar as folhas no viveiro 1 semana antes da sementeira
Pesticidas botânicos ou naturais
Papaieira:
Acção fungicida e contra gafanhotos e lagartas
Preparação:
pilar 1 kg de folhas, misturar com 1 litro de água, espremer a mistura por um pano. Diluir com uma mistura de 15 g de sabão em 4 litros de água
Pesticidas botânicos ou naturais
Tabaco:
Insecticida
Preparação:
misturar 250 g de tabaco moído e 30 mg de sabão em 4 litros de água durante 30 minutos
Pesticidas botânicos ou naturais Quando aplicar?
Devido a acção lenta destes pesticidas talvez seja melhor fazer-se um tratamento preventivo:
aplicar nas plantas ainda em viveiro 2 semanas depois da emergência e continuar o tratamento no campo definitivo
no campo definitivo fazer a primeira aplicação aos 15 dias depois do transplante
Pesticidas botânicos ou naturais
Como aplicar?
quando as plantas estiverem pequenas, a aplicação pode ser feita com o uso de uma vassoura como ilustra a imagem
com as plantas grandes, pode-se usar ramos de arvores e espalha-se o produto na planta
TOMATE TOMATE ((SolanaceaeSolanaceae))
Nemátodo de galha
Pragas
Nemátodo de galha
• Protecção:
Não usar alfobres que já foram usados para outras hortícolas
Usar variedades resistentes, por ex: Roma VFN
Rotação
Pragas
Ácaro vermelho
Pragas
Ácaro vermelho (cont.)
• Sintomas:
Provocam manchas branco-amareladas nas folhas
A folha chega a secar
Observam-se teias entre as folhas
• Protecção:
Reduzir número de folhas velhas
Rotação
Pragas
Lagarta americana
Pragas
Lagarta americana
•Sintomas: Frutos apresentam buracos redondos poronde as lagartas penetram
•Protecção:
Rotacao; controlo quimico ou mesmo a base de pesticidas naturais
Pragas
Míldio: época fresca e com chuva
Doenças
Míldio: época fresca e com chuva
• Sintomas:
As pontas das folhas com lesoes necroticasmurcham e as folhas secam, comecando pelas +velhas
•Protecção:
Usar compassos largos
Evitar molhar as folhas quando regar
Rotação
Doenças
Mancha concêntrica:
Doenças
Mancha concêntrica
Sintomas
lesões necróticas com 0,3 a 2 cm
No caule e nos pecíolos formam-se lesõesalongadas
•Protecção:
Rotação
Utilizar semente sã
Adubação equilibrada pra que a planta não sofra um desequilíbrio nutricional
Doenças
Mancha bacteriana: Bactéria
Doenças
Mancha bacteriana
Sintomas
As folhas apresentam manchas pequenas, aquosas deforma circular ou irregular e de côr parda ou castanha
Nos frutos observam-se manchas castanhas,circulares, de mais ou menos 3 mm de diâmetro
• Protecção:
Destruir as plantas infestadas
Evitar molhar as folhas quando regar
Rotação
Doenças
Seca apical:
• Fornecimento regular de água
• Uso de variedades resistentes
Defeitos fisiológicos
Fendilhamento:
• Regas regulares, menos frequentes com excessivas quantidades de água
• Uso de variedades resistentes
Defeitos fisiológicos
Fendilhamento ou rachadura (cont.)
Fendilhamento ou rachadura concêntrica
Deformação apical:
• Evitar que a água de rega atinja as flores
Usar rega por gravidade
• Uso de variedades resistentes, sobretudo na época chuvosa
Defeitos fisiológicos
Deformação apical (cont.)
Deformação apical (cont.)
Fruto oco:
• Uso de variedades resistentes, sobretudo na época quente
Defeitos fisiológicos
Escaldão Causa:
Exposição excessiva do fruto aos raios solares
Fonte: www.avrdc.org.tw/LC/tomato/sunscald.html
Escaldão (cont.)
Escaldão (cont.) Controlo:
• usar variedades com grande desenvolvimentode folhas
• cobrir os frutos com a folhagem
• evitar a poda na época quente
• usar o método de tutoramento que melhor possacobrir os frutos
CEBOLA
Tripes:
•Controlo:
Semear pouco antes do início da época fresca, evitando-se ataques fortes na primeira fase, após a transplantação
Adubar bem o campo antes da transplantação (ex: estrume) para obter plantas com bom vigor
Rotação
Combate químico com insecticidas a base de cipermitrina, etc.
Pragas
TripesPragas
Mancha arroxeada:
Sintomas:
• Inicialmente aparecem manchas brancas, circulares ou irregulares
• Em condições favoráveis estas manchas aumentam de tamanho, tornando-se purpúreo-acastanhadas, com zonas concêntricas mais escuras
•As folhas muito infectadas murcham e enrugam-se a partir do ápice
Doenças
Mancha arroxeada:
Protecção:
Eliminar restos da cultura
Evitar campos com má drenagem
Rotação de culturas durante vários anos
Combate químico (fungicida).
Doenças
Mancha arroxeada
Doenças
Míldio
• Sintomas:
Pontas das folhas murcham e as folhas secam começando pelas mais velhas
As escamas exteriores dos bolbos podem ficar castanhas e enrugadas
Bolbos são pequenos e não podem ser guardados durante muito tempo
Doenças
Míldio
Protecção:
Evitar adubar com excesso de nitrogénio
Arrancar e queimar as plantas doentes
Rotação de culturas durante 4 anos
Usar semente sã
Combate químico (fungicida).
Em condições húmidas, frescas, prolongadas, de elevada humidade e temperatura relativamente baixa, a doença controla-se dificilmente
Doenças
Podridão-Branca
• Sintomas:
As folhas amarelecem, murcham e caem, começando pelas exteriores
As raízes apodrecem, partem-se e assim a planta doente é facilmente arrancada do solo
Os sintomas no bolbo manifestam-se por uma podridão basal seca, que se cobre de um crescimento micelial branco
Doenças
Podridão-Branca
• Controlo:
Escolher locais não contaminados eépocas menos favoráveis aodesenvolvimento da doença (temperaturarelativamente alta)
Destruir restos da cultura afectada
Rotação
Doenças
Podridão-BrancaDoenças
Podridão-Mole:
• Sintomas:
•Sintomas no campo em plantas novas sãoraros,
•mas podem aparecer pequenas manchasbrancas na folha e as pontas das mesmassecarem progressivamente
•Inicialmente o tecido afectado dos bolbos ficaaquoso, mas seca depois, caso não seguidopor um ataque de bactérias
Doenças
Podridão-Mole:
• Controlo:
Queimar os restos da cultura depois da colheita e os bolbos estragados que saem dos armazéns
Usar variedades coloridas como a Red Creole que são menos atacados
Usar semente certificada, isenta do patógeno
Evitar adubar com excesso de nitrogénio
Rotação
Doenças
Podridão-MoleDoenças
REPOLHO E COUVE REPOLHO E COUVE ((CruciferaeCruciferae))
PRAGASPRAGAS
Lagarta-rosca Estas lagartas têm o hábito noturno e
subterrâneo,enrolando-se quando tocada; Atacam as plantas novas, tenras, à altura do colo; Durante o dia vivem no solo próximo às plantas cortadas;
AfídeosAfídeos--dada--CouveCouve
SINTOMAS As plantas gravemente afectadas murcham
MEIOS DE PROTECÇÃO Observar regularmente as folhas e arrancar as
mais velhas e infestadas Eliminar do campo e da vizinhança todos os
restos da cultura anterior de couve, replolho.
AfídeosAfídeos--dada--Couve (Couve (Cont.Cont.))
Lagarta da couveLagarta da couve
Percevejo da couvePercevejo da couve
Broca-da-couve
Traça das brássicas
BrocaBroca--dada--couvecouve
Sintomas As pequenas plantas são destruidas
completamente As plantas de repolho atacadas produzem
várias cabeças pequenas de pouco valor. As folhas atacadas ficam ligadas por teias.
BrocaBroca--dada--couve (cont.)couve (cont.)
Traça das brássicas Traça das brássicas
SintomasSintomas de de ataqueataque grave de grave de TraçaTraçadada couvecouve
Controlo de PragasControlo de Pragas
Proteger os insectos benéficos, predadores, parasitasde pragas;
Fazer monitoria periodica dos campos; Utilizar insecticidas seletivos
DOENÇASDOENÇAS
a) Podridão mole Bacteria, ataca a fase final da cultura (época
quente e húmida);
Infecção por ferimentos ou desequilíbrionutricional.
CONT.CONT. Medidas preventivas:evitar ferimentos nas plantas, durante as operações
de cultivos, combate às pragas, adubação equilibrada,maior espaçamento, arejamento e rotação decultura.
b) Podridão de Sclerotinia Cabeças de repolho colonizadas pelo fungo normalmente
apodrecem; Favorecido por alta humidade e temperaturas amenas.
CONT.CONT.
CONT.CONT.c) Podridão negra
Ataca em todas as fases do ciclo; Amarelecimento em forma em “V” com o vértice voltado
para o lado de baixo, acompanhando as nervuras que semostram coloridas de pardo a negro;
Ferimentos de qualquer natureza favorecem a infecção;
DOENÇAS (CONT.)DOENÇAS (CONT.)
Medidas preventivas: Uso de variedades
resistentes, Fazer rotação de
cultura, por 3 a 4 anos
OBRIGADO PELA VOSSA OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO!ATENÇÃO!
Recommended