Estudos do evangelho 23

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Estudos do EvangelhoO Evangelho Segundo o Espiritismo

por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires

Leonardo Pereira

Capítulo 10 – bem Aventurados os Misericordiosos

"Perdoai para que Deus vos perdoe"

"Perdoai para que Deus vos perdoe"

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1 – Bem-aventurados os misericordiosos porque

eles alcançarão misericórdia.

(Mateus, V: 7).

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2 – Se perdoardes aos homens as ofensas que vos fazem, também vosso Pai

celestial vos perdoará os vossos pecados. Mas se não

perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos

perdoará os vossos pecados. (Mateus, VI: 14 e 15). 6

O que é a misericórdia?

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Misericórdia

• LATIN

–Misere cordis, ou coração de pobre.

• Compaixão suscitada pela miséria alheia.

• Indulgência, graça, perdão.8

Misericordioso

–Aquele que perdoa as ofensas

que lhe fazem.

Dicionário Aurélio

9

A misericórdia é ocomplemento da mansuetude,pois os que não sãomisericordiosos também nãosão mansos e pacíficos...

O que o Perdão?

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LATIN - Perdonare, ou desculpar, absolver e evitar.

É o estado de ânimo, em que se encontra alguém, agravado por outrem, seu agressor, e sente-se

desagravado. O pecado, na Religião, é um agravo a Deus, e

o perdão consiste em não considerar-se Deus agravado; ou seja,

desagravado. (Santos, 1965)12

Ofensa

• LATIN

–offensa significa injúria, agravo, ultraje, afronta, lesão, dano.

–Causar mal físico a; ferir suscetibilidades.

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3 – Se vosso irmão pecar contra ti, vai, e corrige-o entre ti e ele somente; se te ouvir, ganhado terás a teu irmão.

Então, chegando-se Pedro a ele, perguntou: Senhor, quantas vezes

poderá pecar meu irmão contra mim, para que eu lhe perdoe? Será até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te

digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes. (Mateus, XVIII: 15, 21e 22).

Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete

vezes, mas até setenta vezes sete

vezes. 15

“perdoar setenta sete vezes” ─ nos remete a vários estudos sobre

numerologia e matemática:

a) 70 x 7 = 490. No texto bíblico o número 7 aparece como a

representação do infinito, o mesmo que dizer: “Perdoar até setenta vezes

sete, vezes, vezes, vezes...”

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b) Muitos perguntam se Jesus não sabia somar mais que 490, resultado de 70x7!

Não é isso, com certeza! Imagine 707 (70x7x7x7x7x7x7x7). Faça a conta e

veja por si mesmo. Teríamos um número improvável de alcançar para perdoar o

outro, sem, nesse meio tempo, aprender a amá-lo de verdade. Essa, sim, foi a

resposta para os ‘Pedros’ daquela época e, por que não, também os dos dias

atuais. 17

Minuciando um pouco mais, façamos de 1 dia, com suas 24 horas (ou 1.440 minutos), o ponto de partida para mais um raciocínio.Das 24 horas, dormimos, em média, 8 horas (ou 480 minutos). Restam, assim, 16 horas (ou 960 minutos) para as nossas atividades diversas. Se, nessas 16 horas, praticarmos o perdão 490 vezes, chegaremos a 30,62. Ou seja, teremos perdoado quase 31 vezes por

hora ─ uma vez a cada 2 minutos.

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Então, por esse raciocínio, durante os 960 minutos em que passamos

despertos, devemos aplicar o perdão a cada 2 minutos da nossa vida. Tempo esse muito bem calculado pelo Cristo,

que recomenda não dar atenção à ofensa recebida, já que, em 2 minutos, devemos exercer o perdão. Portanto,

não há tempo, para ofensores e ofendidos.

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4 – A misericórdia é o complemento da mansuetude, pois os que não são misericordiosos também

não são mansos e pacíficos. Ela consiste no esquecimento e no perdão

das ofensas. O ódio e o rancor denotam uma alma sem elevação e

sem grandeza.

O esquecimento das ofensas é próprio das almas elevadas, que pairam acima

do mal que lhes quiseram fazer. Uma está sempre inquieta, é de uma

sensibilidade sombria e amargurada. A outra é calma,

cheia de mansuetude e caridade.

Infeliz daquele que diz: Eu jamais perdoarei! Porque, se não for

condenado pelos homens, o será certamente por Deus. Com que direito

pedirá perdão de suas próprias faltas, se ele mesmo não perdoa aos outros?

Jesus nos ensina que a misericórdia não deve ter limites, quando diz que se

deve perdoar ao irmão, não sete vezes, mas setenta vezes sete.

Mas há duas maneiras bem diferentes de

perdoar...

Uma é grande nobre, verdadeiramente generosa, sem segunda intenção, tratando com

delicadeza o amor próprio e a suscetibilidade do adversário,

mesmo quando a culpa foi inteiramente dele.

A outra é quando o ofendido, ou aquele que assim se julga, impõe

condições humilhantes ao adversário, fazendo-o sentir o peso de um perdão que irrita, em vez de acalmar. Se estender a mão, não é

por benevolência, mas por ostentação, a fim de poder dizer a todos: Vede quanto sou generoso!

Tem perdoado?De que forma?

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Dr. Fred Luskin , diretor do Projeto Stanford para o Perdão, enumera nove

passos para o perdão. Vejamos:

“1 - Saiba exatamente como você se sente sobre o que ocorreu e seja capaz

de expressar o que há de errado na 28

Dr. Fred Luskin , diretor do Projeto Stanford para o Perdão, enumera nove

passos para o perdão. Vejamos:

“1 - Saiba exatamente como você se sente sobre o que ocorreu e seja capaz

de expressar o que há de errado na 29

Dr. Fred Luskin , diretor do Projeto Stanford para o Perdão, enumera nove

passos para o perdão. Vejamos:

“1 - Saiba exatamente como você se sente sobre o que ocorreu e seja capaz

de expressar o que há de errado na 30

Dr. Fred Luskin , diretor do Projeto Stanford para o Perdão, enumera nove

passos para o perdão. Vejamos:

“1 - Saiba exatamente como você se sente sobre o que ocorreu e seja capaz

de expressar o que há de errado na 31

• 4 - Tenha uma perspectiva correta dos acontecimentos. Reconheça que o seu aborrecimento vem dos sentimentos negativos e desconforto físico de que você sofra agora, e não daquilo que o ofendeu ou agrediu há dois minutos ou há dez anos;

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• 4 - Tenha uma perspectiva correta dos acontecimentos. Reconheça que o seu aborrecimento vem dos sentimentos negativos e desconforto físico de que você sofra agora, e não daquilo que o ofendeu ou agrediu há dois minutos ou há dez anos;

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• 4 - Tenha uma perspectiva correta dos acontecimentos. Reconheça que o seu aborrecimento vem dos sentimentos negativos e desconforto físico de que você sofra agora, e não daquilo que o ofendeu ou agrediu há dois minutos ou há dez anos;

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• 4 - Tenha uma perspectiva correta dos acontecimentos. Reconheça que o seu aborrecimento vem dos sentimentos negativos e desconforto físico de que você sofra agora, e não daquilo que o ofendeu ou agrediu há dois minutos ou há dez anos;

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• 4 - Tenha uma perspectiva correta dos acontecimentos. Reconheça que o seu aborrecimento vem dos sentimentos negativos e desconforto físico de que você sofra agora, e não daquilo que o ofendeu ou agrediu há dois minutos ou há dez anos;

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• 4 - Tenha uma perspectiva correta dos acontecimentos. Reconheça que o seu aborrecimento vem dos sentimentos negativos e desconforto físico de que você sofra agora, e não daquilo que o ofendeu ou agrediu há dois minutos ou há dez anos;

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• 8 - Lembre-se de que uma vida bem vivida é a sua melhor alternativa. Em vez de se concentrar nas suas mágoas –o que daria poder sobre você à pessoa que o magoou – aprenda a buscar o amor, a beleza e a bondade ao seu redor;

• 9 - Modifique a sua história de ressentimento de forma que ela o lembre da escolha heróica que é perdoar. Passe de vítima a herói na história que você contar.”

• Nenhum dos pensadores acima citados, apesar do esforço em compreender a alma humana e os seus conflitos, especialmente os conflitos de relacionamentos, conseguiram, de certa forma, superar (não era a intenção de nenhum dos autores) o jovem carpinteiro de Nazaré, que, de maneira simples e objetiva, através de histórias e parábolas, lecionava sobre os dramas da vida e suas soluções, utilizando o conhecimento de cada povo, sua cultura e suas crenças. Para uns, falava de peixes; para outros, do trigo, da semente, do semeador. Para cada qual uma linguagem, uma imagem, um ponto em comum. E, no final de cada lição, perguntava: “quem foi o próximo?”, “quem devia mais?”. Assim, através do exemplo, da lição, levava cada qual a refletir sobre si e a vida.

• A proposta de Jesus permanece, ainda hoje, vigorando como alerta para a nossa evolução: “Reconcilia-te sem demora com o teu adversário, enquanto estás a caminho com ele, para que não suceda que ele te entregue ao juiz, e que o juiz te entregue ao seu ministro, e sejas mandado para a cadeia. Em verdade te digo que não sairás de lá, enquanto não pagares o último ceitil.”(MT- 25:26). E prossegue, indicando o caminho seguro para a libertação das amarras que nos prendem à amargura e ao ressentimento: “Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam [...]” (MT- 5:44)

Nessas circunstâncias, é impossível que a reconciliação seja sincera, de uma e de outra

parte. Não, isso não é generosidade, mas apenas uma maneira de satisfazer o orgulho.

Em todas as contendas, aquele que se mostra mais conciliador,

que revela mais desinteresse próprio, mais caridade e

verdadeira grandeza de alma, conquistará sempre a simpatia

das pessoas imparciais.

Uma linda noite e uma Feliz Semana!

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