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BRIEF – 2011
Infraestrutura de transportes no Brasil:
cenário atual e perspectivas
Palestrante: Carlos Campos Neto
carlos.campos@ipea.gov.br
São Paulo – abril de 2011
DISET
2
Matriz de transportes até 2025
Fonte: baseado no PNLT
0
10
20
30
40
50
60
2005 2015 2020 2025
58
30
25
35
13
29
3,6 5
0,4 1
Rodoviário
Ferroviário
Aquaviário
Dutoviário
Aéreo
2010 2015 2020 2025
DISET
183,5
78,1
42,923,3
10,7 7,9
50,4
12,9
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
R$
bilh
õe
s
Rodovias
PAC-2 PAC Demandas
Ferrovias Portos
3
Fonte: Mapeamento IPEA de obras portuárias (2009), ferroviárias (2010) e rodoviárias (2010). Obs: no mapeamento de ferrovias não estão incluídos os R$
34,6 bilhões de investimentos referentes ao TAV. O Mapeamento de Obras Portuárias não inclui o Novo Porto de Ilhéus (R$ 4 bi) e o Superporto do Açu (R$
1,6 bi). * Refere-se aos valores do PAC e PAC-2 somados.
Crise/ajuste fiscal degrada/não amplia estoque de ativos em infraestrutura.
Resultado: Surgimento de gargalos e demandas por investimento(Mapeamentos IPEA)
DISET
4
Rodovias - Investimento público e privado
Fonte: Investimentos públicos (orçamento fiscal federal SIAFI); Investimentos privados (ABCR).
Obs: Valores constantes de dezembro de 2010, atualizados pelo IGP-M. O investimento privado em 2010 é
uma estimativa baseada na taxa média de crescimento do investimento privado (em valores reais) entre
2007-2009. (Obs: 2010 = 0,42% do PIB)
2.591.57
1.41 1.77 1.88 1.71
2.93 3.44
4.96
2.95
1.33
2.67
3.49
5.33
6.005.59
8.71
10.27
0.00
2.00
4.00
6.00
8.00
10.00
12.00
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
R$
bilh
õe
s
Privado Público
DISET
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Ferrovias - Investimento público e privado
Fonte: Investimentos públicos (orçamento fiscal federal SIAFI); Investimentos privados (ANTF).
Obs: Valores constantes de dezembro de 2010, atualizados pelo IGP-M.
Obs: 2010 = 0,15% do PIB
1.11
1.67
2.66
4.19
2.88 3.12
4.48
2.77 2.98
0.690.22 0.17
0.32 0.430.61
1.011.11
2.55
0.00
0.50
1.00
1.50
2.00
2.50
3.00
3.50
4.00
4.50
5.00
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
R$
bilh
õe
s
Privado Público
DISET
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Portos - Investimento público e privado
Fonte: Investimentos públicos (orçamento fiscal federal SIAFI e orçamento das estatais);
Investimentos privados (estimativas a partir dos desembolsos do BNDES ).
Obs: Valores constantes de dezembro de 2010, atualizados pelo IGP-M.
(Obs: 2010 = 0,07% do PIB)
0,68
1,56 1,56
0,94
1,03
1,42
1,21 1,15
1,43
1,07
0,170,42
0,75
0,72
0,93
1,59
2,08
1,29
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
R$ b
ilhõ
es
Privado Público
DISET
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Aeroportos - Investimento público
* Investimento INFRAERO até outubro de 2010.
Fonte: SIAFI e Contas Abertas.
Obs: Valores constantes de dezembro de 2010, atualizados pelo IGP-M;
(Obs: 2010 = 0,04% do PIB) Infraestrutura de transportes = 0,68% do PIB.
0,500,59
1,37
1,51
1,211,09
1,23
1,31
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
1,60
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
R$ b
ilhõ
es
Público
DISET
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Rodovias - Problemas Regulatórios
• Concessões: contratos mal elaborados permitem
o crescimento real das tarifas de pedágios.
• Causas:
1. As tarifas partem de patamares elevados;
2. Fluxo de veículos;
3. Reajustes (indexação) e revisões das tarifas;
4. Pouca ênfase à modicidade tarifária;
5. Prazo como variável econômica;
6. Concessão é transferência de ativos. Não
contempla aumento de capacidade.
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Valor das tarifas de pedágio no Brasil
(valores em R$ /100km)
*A Tarifa Média no Brasil se refere à média cobrada nas rodovias estaduais e federais.
Fonte: ABCR e ANTT.
Os valores se referem a janeiro de 2011.
Tarifa Média Federal R$ 9,51
1ª etapa de concessões federais R$ 15,80
2ª etapa de concessões federais R$ 3,23
Tarifa Média no Brasil* R$ 9,96
Tarifa Média Internacional R$ 9,35
DISET
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Portos - Problemas Identificados
• Gargalos da infraestrutura de acesso
rodoviário, ferroviário e marítimo;
• Gargalos burocráticos/administrativos
DISET
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• Burocracia na liberação de cargas (Receita Federal);
• Greves que interferem na movimentação e liberação de
cargas;
• Problemas regulatórios tendem a inibir o investimento privado
(Decreto nº 6.620).
• Altos custos de praticagem, estiva e capatazia;
• Insuficiente nº de horas de funcionamento de aduanas;
• Falta de integração entre as entidades que atuam na área
portuária;
• Necessidade de mudança de hábitos e atitudes por parte dos
servidores e administradores portuários: foco no cliente.
Portos - Problemas Identificados
DISET
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Portos - Sugestões de políticas públicas
• Há necessidade de ampliação dos recursos do PAC para o
setor, além da execução das obras segundo seus cronogramas;
• Organizar o sistema de liberação de licenças ambientais, que
têm, sistematicamente, atrasado o andamento de obras;
• Regulamentar o direito de greve no serviço público, minimizando
os efeitos das paralisações, tais como as da Anvisa, RFB etc.;
• Aumentar o contingente de fiscais da Receita nos portos e
agilizar o desembaraço, operando, se possível, 24 horas; e
• Rever estrutura dos trabalhadores e operadores portuários (terno
de 12 homens) visando adequação aos avanços tecnológicos das
operações portuárias e o grau de especialização requerido.
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Portos - Planos de Investimentos e
Programas
• Plano Nacional de Dragagem (PND) (2007)
• Porto Sem Papel (2010)
• Porto 24h
• Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP)
DISET
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Setor Aéreo
• Problemas:
– Gargalos dos terminais;
– Ineficiência da Infraero.
• O atual plano de investimentos da Infraero para os 13
aeroportos da Copa é insuficiente. A análise dos
empreendimentos constata a incapacidade de
cumprimento dos prazos previstos. Mesmo que as obras
fiquem prontas dentro do período esperado, não
atenderão a demanda prevista para 2014.
DISET
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Capacidade versus Movimentação nos Aeroportos Brasileiros em 2010
Capacidade do
terminal
Movimento de
passageiros
Limite de eficiência operacional
(80% da capacidade)
Ocupação
(%)
1. Guarulhos (SP) 20.500,0 26.744,0 16.400,0 130,46
2. Congonhas (SP) 12.000,0 15.481,0 9.600,0 129,01
3. Brasília (DF) 10.000,0 14.149,0 8.000,0 141,49
4. Galeão (RJ) 18.000,0 12.229,0 14.400,0 67,94
5. Santos Dumont (RJ) 8.500,0 7.805,0 6.800,0 91,82
6. Salvador (BA) 10.500,0 7.540,0 8.400,0 71,81
7. Confins (MG) 5.000,0 7.261,0 4.000,0 145,22
8. Porto Alegre (RS) 4.000,0 6.676,0 3.200,0 166,90
9. Recife (PE) 8.000,0 5.933,0 6.400,0 74,16
10. Curitiba (PR) 6.000,0 5.769,0 4.800,0 96,15
11. Fortaleza (CE) 3.000,0 5.073,0 2.400,0 169,10
12. Viracopos (SP) 3.500,0 5.022,0 2.800,0 143,49
13. Manaus (AM) 2.500,0 2.705,0 2.000,0 108,20
14. Florianópolis (SC) 1.100,0 2.676,0 880,0 243,27
15. Vitória (ES) 560,0 2.645,0 448,0 472,32
16. Belém (PA) 2.700,0 2.571,0 2.160,0 95,22
17. Natal (RN) 1.900,0 2.413,0 1.520,0 127,00
18. Goiânia (GO) 600,0 2.349,0 480,0 391,50
19. Cuiabá (MT) 1.600,0 2.134,0 1.280,0 133,38
20. Maceió (AL) 1.200,0 1.425,0 960,0 118,75
Mil pax ano
Fonte: Infraero. Elaboração: Ipea. Nota: Vermelho = aeroportos que estão com a movimentação de passageiros acima
da capacidade do terminal. Amarelo = aeroportos que estão com a movimentação de passageiros próxima da
capacidade. Verde = aeroportos que estão com a movimentação de passageiros abaixo da capacidade.
DISET
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Setor Aéreo – cenário para 2014
Fonte: Infraero. Elaboração: Ipea.
Aeroporto
Movimento
previsto para
2014
Capacidade
para 2014
Mov. 2014/
capac.2014
Manaus 4,0 5,0 79,2%
Fortaleza 7,4 6,0 123,8%
Brasília 20,7 18,0 115,1%
Guarulhos 39,2 35,0 112,0%
Salvador 11,0 10,5 105,1%
Campinas 7,4 11,0 66,8%
Cuiabá 3,1 2,8 111,6%
Confins 10,6 8,5 125,1%
Porto Alegre 9,8 8,0 122,2%
Curitiba 8,4 8,0 105,6%
Galeão 17,9 26,0 68,9%
Natal 3,5 1,9 186,0%
Recife 8,7 8,0 108,6%
DISET
1) A simples abertura do capital da Infraero, tornando-a umaSociedade Anônima de capital aberto e ações negociadas em bolsa– com maioria ou não do capital da União.
2) A concessão por lotes de aeroportos rentáveis e não rentáveis,com encargos claramente definidos de investimentos em pistas,pátios e terminais.
3) Conceder à exploração privada apenas os poucos aeroportosrentáveis, por meio de concessões específicas.
4) Construção de novos terminais nos aeroportos saturadosmediante PPP ou concessão simples, em que o ente privadoassumiria a construção e a operação do novo edifício por tempodeterminado, coexistindo com o terminal operado pela Infraero eretornando ao Estado no final do contrato.
5) A construção de novos aeroportos pela iniciativa privada, viaPPP ou concessão simples, competindo com a Rede Infraero, emlocalidades em que há forte demanda reprimida.
17/35
Regulação econômica: cenários
DISET
18
Ferrovias – Problemas Regulatórios
• Contratos não incentivam adequada explora-
ção econômica das vias concedidas;
• Expansão da malha:
–Conceito: investimento público e operação
privada.
DISET
20
Infraestrutura: Pesquisas Recentes1. A Eficiência do Estado e as Concessões de Rodovias no Brasil: preocupação com o valor do pedágio e
sugestões para operacionalizar a modicidade das tarifas. (IPEA, TD 1286, 2007);
2. Gargalos e Demandas da Infraestrutura Portuária e os Investimentos do PAC: Mapeamento IPEA deObras Portuárias. (IPEA, TD 1423, 2009);
3. A Constituição Federal de 1988 e a Infraestrutura Econômica Brasileira. In A Constituição BrasileiraRevisitada. (IPEA, vol. 1, cap. 4, 2009);
4. Análise do Setor Portuário Brasileiro no Contexto do Programa de Aceleração do Crescimento. In Brasil emDesenvolvimento: Estado, Planejamento e Políticas Públicas 2009. (IPEA, vol. 2, cap. 11, 2009);
5. Gargalos e Demandas da Infraestrutura Ferroviária e os Investimentos do PAC: Mapeamento IPEA deObras Ferroviárias. (IPEA, TD 1465, 2010);
6. Uma Análise do Transporte Terrestre de Cargas Brasileiro. In Brasil em Desenvolvimento: Estado, Planejamentoe Políticas Públicas 2010. (IPEA, vol. 2, cap. 13, 2010);
7. Infraestrutura Econômica no Brasil: diagnósticos e perspectivas para 2025. Projeto Perspectivas doDesenvolvimento. (IPEA, livro 6, vol. 1, 586 p., 2010);
8. Gargalos e Demandas da Infraestrutura Rodoviária e os Investimentos do PAC: Mapeamento IPEA deObras Rodoviárias. (IPEA, TD 1592, 2011);
9. Aeroportos no Brasil: investimentos recentes, perspectivas e preocupações. (IPEA, Nota Técnica, 2011).
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