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Análise de negócios para curiosos
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Marcelo Neves,
CBAP é formado em
computação e nos
últimos 18 anos tem
participado em
diversos projetos de
desenvolvimento de
software e análise
de negócios.
Atualmente é presidente do Capítulo Rio de
Janeiro do IIBA, ministrando palestras e
treinamentos em análise de negócios.
É um dos criadores do BA Brazil –
Conferência Brasileira de Análise de
Negócios. É coautor do livro Managing
Business Analysts do IIBA e coautor do
livro CBAP+Master – Livro de Preparação
para Certificação CCBA e CBAP.
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Análise de Negócios para Curiosos
Versão 1.0
Marcelo Neves marcelomneves@gmail.com
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Análise de Negócios para Curiosos
Versão 1.0 – 2012
Acesse o site: www.an202.com
Contato: marcelomneves@gmail.com
Coordenação
Marcelo Neves
Revisão Gramatical e Ortográfica
Aline Fróes
Licenciamento desta obra
Todos os Direitos Reservados – 2012 - AN202
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Índice
5 Prefácio
6 O que é análise de negócios?
9 O que faz um profissional de análise
de negócios?
21 O que é o IIBA?
26 BABOK? O que é isso?
32 Competências e Habilidades
39 O que tenho de fazer para ser um
profissional de análise de negócios?
43 Certificação
47 Leitura Recomendada
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Prefácio
Falar de análise de negócios não é uma
tarefa das mais fáceis. Diferentes
profissionais definem essa disciplina de
maneiras diferentes.
Não tenho a pretensão de identificar a
melhor ou a mais correta definição. Mas,
chegar a uma conclusão prática e racional do
trabalho e benefícios da análise de negócios.
Marcelo Neves
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O que é análise de negócios?
Bem, para iniciar nossa breve conversa
sobre análise de negócios é bom esclarecer
que ainda que alguns achem que análise de
negócios é uma disciplina nova, talvez por se
falar tanto nestes últimos anos sobre o
assunto, posso
afirmar para você que
análise de negócios
não tem nada de novo.
Além disso, há vários
profissionais no
mercado que fazem
análise de negócios e
não sabem que o
fazem! Isso nos leva a seguinte realidade -
existe uma tremenda confusão sobre o que
realmente significa análise de negócios.
Vamos ao que interessa. Como então
podemos definir análise de negócios?
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Podemos defini-la como um conjunto de
técnicas e ferramentas que permitem
profissionais aumentar a eficiência do
negócio ou da organização, aproveitando as
oportunidades que surgem e solucionando
problemas que impedem a mesma de cumprir
sua missão. Gosto de encarar este
profissional como um facilitador e um
articulador, pois consegue se comunicar com
diferentes profissionais na organização
entendendo suas necessidades.
Não posso deixar de mencionar que o
elemento mais importante no trabalho de
análise de negócios é o ser humano, algumas
vezes chamado de recurso (arghn!) e outras
vezes de parte interessada (não sei qual é o
pior!). Apesar de se falar muito em
requisitos, soluções e elicitação, o que
realmente importa é entender as
necessidades do negócio - ou as
necessidades das pessoas na organização.
Para que pessoas possam trabalhar melhor.
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E, no fim das contas, pessoas possam
consumir produtos e serviços da
organização. Portanto, quando falamos de
análise de negócios estamos falando de
pessoas.
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O que faz o profissional de
análise de negócios?
Imagine a seguinte
situação: você é um
profissional de análise de
negócios e a empresa na
qual você trabalha passa
por sérios problemas no
setor atendimento ao cliente. A coisa está
ficando realmente séria! Você vai até o call-center e descobre uma verdadeira
balbúrdia. O processo de registro de
reclamações é manual. Com isso os clientes
se queixam para os atendentes que registrar
uma reclamação ou uma sugestão é lento e
tedioso. Os atendentes do call-center por
sua vez reclamam que consultar o histórico
de atendimentos em uma imensa pilha de
papel é um suplício. E tudo isso você
conseguiu perceber em apenas quinze
minutos de observação. O que fazer?
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Lembre-se: você foi chamado para resolver
o problema. Você é o profissional de análise
de negócios. A empresa conta com você para
resolver a situação (problema!).
Primeiramente, não é em alguns minutos que
você vai conseguir entender a fundo a real
causa ou causas do problema. Isso toma
tempo. Você precisa
entender o porquê da
situação. De que forma
essa situação afeta o
negócio da organização?
O que pode ser
melhorado? Que pessoas estão envolvidas
nesta situação? Que departamentos são
afetados? Quem são os usuários? Tudo isso
precisa sem bem entendido. Na análise de
negócios nós chamamos essa atividade, ou
grupo de atividades, de Análise
Organizacional ou Análise Corporativa.
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Depois de compreender o problema ou a
oportunidade, você começa a pensar em
algumas alternativas para solucionar os
problemas encontrados. Por exemplo, você
pode sugerir a compra de um sistema para
registrar os atendimentos. Pode também
recomendar a contratação de uma
consultoria de atendimento ao cliente para
treinar os atendentes. Ou então sugerir
melhorias ou a reformulação do processo de
atendimento ao cliente. Enfim, existem
inúmeras melhorias que você pode apontar
para resolver o problema. O inteiro conjunto
de medidas que visam sanar o problema nós
chamados de solução.
Mas, não basta identificar a solução e
começar a trabalhar. Colocar em prática
tudo aquilo que você acha que vai resolver o
problema vai custar dinheiro. Alguém vai ter
que pagar a conta. E, para esse alguém pagar
a conta, você precisará explicar tim-tim por
tim-tim. É aí que entra em cena o que
chamamos de Business Case.
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É no business case que você
justificará tudo aquilo
(Sistema, treinamento,
consultoria e etc.) que você
acredita que resolverá o
problema. Você precisa
convencer que a solução que
você encontrou vai por um
ponto final no problema!
Depois da aprovação o trabalho continua.
Pode ser que você tenha optado por comprar
um sistema. Ou talvez você tenha decidido
desenvolver a solução na própria empresa. O
mais importante é que você agora trabalha
em parceira com as várias equipes que
fornecerão a solução. A equipe que
desenvolverá o sistema. A equipe que
fornecerá o treinamento. A equipe que
reformulará processo de atendimento ao
cliente. Nesse momento boa parte do seu
trabalho será garantir que os projetos
entreguem a solução que melhor atenda as
necessidades do negócio.
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Solução pronta e entregue. Será que seu
trabalho como profissional de análise de
negócios acabou? Não. Seu trabalho
continua. É sua responsabilidade avaliar se a
solução entregue continua a atender o
cliente, ou seja, se a mesma continua a
entregar valor. E, agora? Percebeu alguma
coisa que precisa ser melhorada? Ou então
algo que possa ser consertado? Parabéns!
Primeiramente, você precisa entender o
problema...
Ufa! Quanto trabalho! Reparou na rotina de
trabalho do profissional de análise de
negócios? Ajudar a organização a ser mais
eficiente e eficaz dá trabalho. Mas, talvez
você diga: Marcelo, do jeito que você
descreve o profissional
de análise de negócios,
tudo me leva a crer que
este profissional é um
super-homem. Procede?
Não, claro que não.
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Mas não é difícil encontrar empresas que
pensam assim. Basta ver os anúncios de
emprego solicitando profissionais de análise
de negócios com conhecimento de ERP,
desenvolvimento de sistemas, Photoshop
(sério eu já vi isso!) e etc. Esse talvez seja
um costume tupiniquim - o de achar que
profissional de análise de negócios é
analista-programador-gerente-de-negócios-
sistemas-processos-ou-tudo-em-um!
No dia-a-dia o profissional de análise de
negócios captura requisitos, ou, como alguns
gostam de chamar, elicita. Digo isso porque
capturar requisitos não é apenas coletar.
Coletar pressupõe que os requisitos já estão
prontos. Pior que isso, coletar dá a falsa
ideia que o profissional é simplesmente um
tirador de pedidos. Alguém que pega os
requisitos, documenta e entrega para o time
que irá desenvolver a solução.
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Longe disso! Capturar requisitos exige que o
profissional descubra aquilo que não está
tão evidente assim. Necessidades que talvez
o cliente não manifeste, mas que é
fundamental para o negócio.
O que achou do trabalho do profissional de
análise de negócios? Achou muito? Então se
prepara. Veja abaixo outras atividades que
podem ser executadas pelo analista de
negócios:
Identificar alternativas de solução
Criar um business case
Criar um plano de ação
Modelar
Prototipar
Desenhar casos de uso
Validar solução
Rastrear problemas
Documentar requisitos
E muito mais!
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Analista de Negócios versus Analista de
Sistemas
Muita gente ainda confunde o trabalho do
profissional de análise de negócios, talvez
achando que esse faz a mesma coisa que o
analista de sistemas. Qual então é a
diferença entre o
profissional de análise de
negócios e o analista de
sistemas? O profissional
de análise de negócios
trabalha no contexto do
negócio. Esse profissional tem visão
sistêmica, sabe identificar o que gera valor,
sabe como as diferentes unidades
organizacionais interagem e o que precisa
ser feito. Precisa conhecer a estrutura, a
missão e a visão da organização. Precisa
entender porque a organização existe e
quais são suas metas e objetivos.
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Analista de Negócios? Profissional de
Análise de Negócios.
Repare que neste livro não utilizo o termo
analista de negócios. Por quê? Por que é
muito comum encontrar profissionais que
fazem análise de negócios, mas que não tem
o cargo de analista de negócios. Alguns são
gerentes de produto, product owners,
analistas, gerentes…
Bem, seja qual for o caso, utilizo aqui
profissional de análise de negócios. Isso
nos permite incluir toda uma gama de
profissionais que fazem análise de negócios,
mas que não tem o cargo de analista de
negócios.
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Já vi alguns profissionais defenderem que
existem dois tipos de profissionais de
análise de negócios: o profissional de análise
de negócios de TI e aquele que trabalha no
contexto do negócio. Até bem pouco tempo
eu também pensava assim.
Para falar a verdade não faço mais esta
distinção. Pois o profissional de análise de
negócios atua no contexto do negócio. Se ele
lida apenas com a TI, isso é outro assunto!
O profissional pode lidar com a TI, a
Contabilidade, o Marketing, o Jurídico, não
importa. Não é isto que vai definir sua
identidade.
Além disso, gosto de afirmar que
profissional de análise de negócios é o que a
empresa precisa que ele seja. Estranho?
Nem tanto. O profissional de análise de
negócios desempenha sua função conforme a
necessidade da organização. Se você não faz
análise corporativa, tudo bem. Se você nunca
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criou um business case também está OK. Em
cada organização o profissional de análise
de negócios executa suas atividades de
acordo com as necessidades da mesma.
Não estou querendo dizer que o profissional
de análise de negócios é um “faz-tudo” ou
que qualquer um pode fazer análise de
negócios. Esse tipo de profissional tem uma
missão bem definida e atividades que
suportam essa missão. É realmente
necessário ter um profissional que tenha
esse foco. Isso é realmente importante!
Porém, se você não realiza uma ou outra
atividade não significa que você não faz
análise de negócios.
Ponte?
O Profissional de análise de negócios faz a
ponte entre a
organização e a TI?
Não gosto de ver por
esse lado.
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Sabe por quê? O processo de
desenvolvimento de sistemas de TI já é tão
custoso e, muitas vezes, tão complicado, que
adicionar mais um profissional nesse
processo pode não ser uma boa. O problema
de se encarar o profissional de análise de
negócios como “ponte”, é que ele acaba
virando a “catraca” da TI, ou seja, tudo tem
que passar por ele. Sendo assim, não preciso
nem dizer o que acontece. Não que o analista
de negócios não possa atuar nas demandas
da TI. Pode, mas não deve ser visto como o
funil ou o controlador das demandas.
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O que é o IIBA?
IIBA - International Institute of
Business Analysis, ou
Instituto Internacional
de Análise de Negócios, é
uma associação sem fins-lucrativos criada no
Canadá em 2003 por um grupo de
profissionais de análise de negócios com o
objetivo de promover a profissão de análise
de negócios. A missão do IIBA é difundir
práticas de análise de negócios e promover a
troca de experiência entre seus membros.
São mais de 10.000 membros em todo o
mundo participando de fóruns, webinars,
palestras, congressos e muito mais.
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Mas, como é que você pode aproveitar todos
esses benefícios se não mora no Canadá?
Bem, você já deve ter escutado falar na
palavrinha capítulo. Capítulo nada mais é que
um nome diferente para filial.
O IIBA tem capítulos, ou filiais, espalhados
em várias partes do mundo. Aqui no Brasil
temos alguns capítulos em funcionamento. A
maioria deles possui encontros gratuitos
mensais.
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Veja abaixo o diagrama dos capítulos
brasileiros do IIBA:
Capítulos IIBA no Brasil
Brasília http://brasiliabr.iiba.org/
Curitiba http://curitiba.iiba.org/
Minas Gerais http://minasgerais.iiba.org/
Pernambuco http://pernambucobr.iiba.org/
Porto Alegre http://portoalegre.theiiba.org/
Rio de Janeiro http://www.iibarj.org/
São Paulo http://www.iiba.org.br/
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Para descobrir a programação de cada
capítulo acesse o respectivo endereço
eletrônico. Cada capítulo possui seu
processo de associação, permitindo assim
que você participe das
atividades. Talvez
você esteja se
perguntando: mas
Marcelo, o que eu
ganho ao me associar a
um Capítulo do IIBA?
Custa caro essa
associação? Bem, em primeiro lugar muitos
capítulos ainda não cobram a taxa anual de
associação, o único pré-requisito é que você
seja membro do IIBA. E, quanto às
vantagens? Veja algumas delas abaixo:
● Aumentar o networking
● Ganhar visibilidade no mercado
● Aprender novas técnicas e
ferramentas
● Receber insights
● Escutar especialistas da área
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● Participar de um grupo de estudos do
BABoK
● Influenciar pessoas com suas ideias
E muito mais!
Ficou interessado? Entre em contato com o
capítulo mais próximo e solicite informações
sobre a associação. Mas lembre-se: antes de
se associar a um capítulo você precisa se
associar ao IIBA. Para fazer isso acesse o
link http://tinyurl.com/7sxlcnt. O custo
para se associar ao IIBA é de US$ 75.
Apenas para você ter uma ideia, no Capítulo
Rio de Janeiro do IIBA já foram realizados
dois grupos de estudos do BABoK. Foram
oportunidades únicas de aprendizagem de
análise de negócios e troca de experiência
com profissionais de vários segmentos.
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BABOK? O que é isso?
BABOK é o Guia para o Corpo de
Conhecimento de Análise de Negócios. Quer
dizer então que o BABOK fala tudo sobre
análise de negócios? Claro que não! Nem
poderia. Este é um conceito errado que
alguns têm. O BABOK nada mais é que um
apanhado de práticas comuns utilizadas por
profissionais de análise de negócios ao redor
do mundo. Nada mais. O
BABOK não é a Bíblia e
muito menos uma
metodologia de análise
de negócios. É
simplesmente um
pontapé inicial no
assunto análise de negócios.
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E o que dizer das melhores práticas? Posso
dizer que o BABOK é um guia para as
melhores práticas de análise de negócios?
Também não. Diga-me o seguinte: qual é a
melhor técnica ou ferramenta para capturar
requisitos? Talvez você diga: workshop de
requisitos, ou então entrevistas. Seja qual
for a técnica, você concordará que não se
consegue aplicar uma mesma técnica ou
ferramenta em todos os casos. Em cada
situação você precisa avaliar qual é a melhor
coisa a ser feita. Em cada organização você
precisa avaliar o que melhor se aplica.
Portanto, não existe essa coisa de melhores
práticas. O que funciona para você pode não
funcionar para mim ou para minha empresa.
Como então o BABOK pode me ajudar no dia
a dia? O BABOK pode lhe ajudar ao mostrar
que atividades você pode utilizar no seu
trabalho de análise de negócios.
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Também pode lhe dar sugestões de
ferramentas que podem ser utilizadas na
captura de requisitos. E, muito mais.
O BABOK é composto de seis áreas de
conhecimento. São elas:
● Análise Corporativa, que fala sobre
como entender o problema, a
oportunidade e o escopo da solução. Já
reparou quão custoso pode ser
desenvolver uma solução sem entender
o que realmente precisa ser feito?
● Elicitação, que fala sobre como
identificar as reais necessidades das
pessoas. Outra tarefa difícil. Entender
pessoas nem sempre é fácil. Eis um dos
grandes desafios do profissional de
análise de negócios.
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● Avaliação e Validação da Solução,
que fala sobre como se certificar se
uma determinada solução é adequada
ao negócio. Mais uma vez, é
responsabilidade do profissional de
análise de negócios entregar o que
realmente é valor para a organização e
para as pessoas que nela trabalham.
● Planejamento e Monitoramento da
Análise de Negócios, que fala sobre
como planejar o que precisa ser feito.
Pense: como será seu trabalho com a
equipe de desenvolvimento? E com o
gerente de projetos? Tudo isso
precisa ser pensado e planejado.
● Gerenciamento e Comunicação de
Requisitos, que fala sobre como
garantir que as pessoas fiquem a par e
concordem com o que será entregue.
Adianta entregar algo que as pessoas
não querem ou que não vão utilizar?
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Então, comunicar é muito mais que
simplesmente dizer o que vai ser feito.
● Análise de Requisitos, que fala sobre
como descrever as características e
qualidades da solução que as pessoas
precisam. É justamente aqui que o
profissional de análise de negócios
trabalha as necessidades das pessoas
e identifica possíveis soluções.
Além das seis áreas de conhecimento, o
BABOK possui um capítulo de Competências
Fundamentais e uma lista bem expressiva de
técnicas. Competências fundamentais é o
que realmente separa o joio do trigo. É o que
faz do profissional de análise de negócios “o
cara”. Veja no próximo capítulo deste livro
um pouco mais sobre competências e
habilidades.
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Interessado em ler o BABOK? Você pode
acessá-lo gratuitamente, sem direito a
impressão ou download, pelo link
http://www.babokonline.org. Se precisar
baixar ou imprimir o BABOK, nesse caso
você precisará se associar ao IIBA.
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Competências e Habilidades
Eis um dos assuntos que
mais gosto de falar -
competências e
habilidades. Digo isso
porque nada substitui bom
senso, honestidade,
capacidade de se
comunicar, organização e tantas
características que fazem a real diferença
no dia a dia do profissional. Chego a dizer
que para tais não existe certificação que
baste. É na prática mesmo que você sabe se
o profissional serve ou não para fazer
análise de negócios.
Vamos ver algumas dessas competências e
habilidades?
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Gostar de Resolver Problemas –
Profissional de Análise de Negócios tem que
ser metido a Sherlock Homes. Tem que
gostar do desconhecido, tem que gostar de
resolver quebra-cabeças, tem que gostar de
resolver problemas. Veja bem, eu disse
gostar de resolver problemas. É diferente
de simplesmente resolver problemas. Quem
no mundo em sã consciência sente prazer em
resolver problemas? Parece algo meio
masoquista, não é mesmo? Todavia, o
profissional de análise de negócios precisa
gostar e sentir prazer neste tipo de
trabalho.
Gostar de Trabalhar com Pessoas – Pode
parecer estranho, mas tem muito
profissional que não tem a menor habilidade
para lidar com pessoas. Não que isso seja de
todo ruim, mas é parte fundamental do
trabalho de análise de negócios. Gostar de
trabalhar com pessoas significa ter
paciência e saber compreender as pessoas
de forma geral e sem restrições.
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É preciso saber ouvir. Você sabe ouvir?
Ouvir é assimilar as palavras ditas. Requisito
é requisito. Plano é plano. Problema é
problema. Escutar é bem diferente e requer
treino. É isso mesmo! Requer treino. Escutar
envolve ouvir e compreender o que está
sendo dito. Escutar envolve prestar atenção.
Quem escuta, ouve; mas quem ouve não
necessariamente escuta.
Conhecimento da Organização - Conhecer a
organização envolve entender como ela
funciona, como faz para gerar lucro e como
ela atinge suas metas. Para tal, o
profissional de análise de negócios precisa
facilmente identificar especialistas dentro
da organização e manter estreita relação
com os mesmos. São esses especialistas que
constantemente serão consultados e
fornecerão informações estratégicas para o
trabalho da análise de negócios.
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Sites, relatórios e toda aquela papelada que
a gente acha que não serve para nada
também ajudam o profissional de análise de
negócios a entender como funciona a
organização.
Comunicação - Tanto se fala em
comunicação e pouco realmente se faz a
respeito. Para poder se comunicar bem é
preciso entender como as pessoas aprendem
e como elas reagem às mudanças. Quer uma
dica? Tire um tempinho para estudar os
níveis neurológicos de Gegory Bateson e as
oito etapas do processo de mudança de John
P. Kotter. Comunicação eficaz é aquela em
que todos os
envolvidos
conseguem se
comunicar e
entender um ao
outro.
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Facilitação e Negociação
Lembra que
falamos no
início deste
livro o quão
importante
são as
pessoas no trabalho da análise de negócios?
Então pare para pensar alguns minutos na
importância das habilidades de facilitação e
negociação. Lidar com conflitos, identificar
necessidades e interesses de cada pessoa na
organização, compreender o impacto de suas
decisões, tudo isso faz parte do dia a dia da
análise de negócios. O Profissional de
análise de negócios tem que desenvolver
liderança para poder liderar as mudanças.
Toda empresa está constantemente
passando por mudanças. Arrisco a dizer que
o profissional de análise de negócios é um
dos agentes de mudanças mais importante
na organização.
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Visão Apurada - Chamo de visão apurada a
compreensão de três vertentes da
organização: negócio, operações e
tecnologia. É mais do que conhecer a
organização. Significa compreender,
assimilar e sintetizar comportamentos,
valores e estratégias. Ao trabalhar em um
projeto, você consegue identificar os
benefícios, quais metas e objetivos são
atingidos com a conclusão do projeto? Essa
visão apurada dá ao profissional essa
compreensão. É compreender o todo e cada
parte do mesmo.
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Existem diversas outras habilidades e
capacidades desejáveis aos profissionais de
análise de negócios. Veja abaixo algumas
outras:
Criatividade
Pensamento Sistêmico
Bom senso
Ética
Flexibilidade
Pensamento Crítico
Cooperação
Organização Pessoal
Responsabilidade
Liderança
Gestão do Tempo
Aprendizagem
Trabalho em Equipe
Marketing Pessoal
Persuasão
Comunicação
Saber Escrever
Gestão de
Conflitos
Proatividade
Empatia
Saber Ensinar
Senso de humor
Dedicação
Pensamento
Analítico
Suportar Pressão
Otimismo
Motivação
Autoconfiança
Aceitar Críticas
Influência
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O que tenho de fazer para ser
um profissional de análise de
negócios?
Uma das perguntas que geralmente me
fazem nas palestras e cursos que ministro é:
como faço para ser um profissional de
análise de negócios? Confesso que
responder a esta pergunta não é fácil.
Primeiro, porque o mercado prega que a
formação em TI é a mais indicada. Porém,
não ter formação em TI é melhor. Por quê?
Por causa do
“TICentrismo”. TI acha
que consegue resolver
todo tipo de problema,
além de ter uma visão
míope da organização.
Ei, não fique chateado
se você tem formação em TI. Eu também
tenho!
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Mas, pare pra pensar em quantas vezes o
pessoal de TI é visto tentando desenvolver
um “sisteminha” para resolver esse ou
aquele problema? Quando na verdade um
treinamento ou reformular o processo é a
solução. Repare em quantas empresas
compram sistemas de tele atendimento com
promessas miraculosas de melhorar o
atendimento, enquanto que atendentes
desrespeitam o cliente, fazendo-o esperar
por longos e tortuosos minutos. E a desculpa
invariavelmente é: “Desculpe-me senhor,
mas estamos tendo problemas de lentidão
em nosso sistema.”.
Mas, Marcelo qual é a graduação mais
indicada? Não tem. Pode ser qualquer uma.
Já vi profissional de análise de negócios
formado em Ciência da Computação,
Administração, Engenharia, Educação e até
Direito. É isso mesmo! Mais importante que
a graduação é ver se o profissional leva jeito
ou não para análise de negócios.
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Mas, é claro, como o mercado ainda tem um
conceito errado sobre análise de negócios,
muitos ainda dirão que formação em
computação é o mais recomendado. Isso é
um erro. Portanto, qualquer formação de
uma maneira ou de outra agrega valor ao
profissional no trabalho de análise de
negócios.
Mas, por onde começar? Que cursos preciso
fazer então? Bem, você pode começar por
fazer cursos sobre elicitação de requisitos.
Cursos de engenharia de requisitos e
modelagem. Cursos que ajudem a melhorar a
sua comunicação. Cursos de Programação
Neurolinguística que permitem você
entender melhor o comportamento humano e
consequentemente melhoram a comunicação.
Existem cursos no mercado de formação de
análise de negócios que podem dar um
pontapé na sua carreira de profissional de
análise de negócios. Ler o BABOK e tirar
uma certificação CCBA ou CBAP pode
impulsionar sua carreira.
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Hoje o mercado, por não saber ao certo o
que é análise de negócios, contrata este
profissional com as mesmas características
de um analista de sistemas ou algo parecido.
Mas, com o tempo e o aumento de
maturidade espera-se que as organizações
aprendam a encarar e a contratar estes
profissionais de forma mais eficiente.
Alguns profissionais optam por iniciar sua
carreira ao trabalhar como analistas de
requisitos. É um bom começo. Apesar de
muitos profissionais de análise de negócios
terem migrado da TI isso não significa que
você precisa fazer o mesmo caminho.
Existem vários cursos no mercado que vão
te ajudar a dar um start na carreira de
análise de negócios. Eles não só vão fornecer
conteúdo, mas vão te colocar em contato
com profissionais que fazem análise de
negócios. Networking é tudo nos dias atuais!
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Certificação
O IIBA oferece atualmente duas
certificações para analistas de negócios:
CCBA e CBAP. São certificações que exigem
muito mais do que a realização de uma
simples prova. Exigem a comprovação de
experiência, treinamento e referências
profissionais.
Veja a seguir um breve resumo dos
requisitos necessários para cada uma das
certificações.
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A certificação CCBA é para aqueles que
fazem análise de negócios há mais ou menos
3 anos e desejam ser reconhecidos
formalmente por seu conhecimento e
habilidades. Os requisitos para a
certificação CCBA são:
● Mínimo de 3.750 horas de trabalho de
análise de negócios alinhado com o Guia
BABOK nos últimos 7 anos
● Mínimo de 900 horas de experiência
em 2 áreas de conhecimento do
BABOK ou 500 horas em 4 áreas de
conhecimento
● Mínimo de 21 horas de treinamento
que confira 21 PDUs nos últimos 4 anos
● Ensino médio ou equivalente
● 2 referências profissionais de
gerentes, clientes ou certificados
CBAP
● Assinar o Código de Conduta
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A certificação CBAP é para aqueles que
fazem análise de negócios há pelo menos 5
anos, tem expressiva experiência na área e
desejam ser reconhecidos formalmente por
seu conhecimento e habilidades. Os
requisitos para a certificação CBAP são:
● Mínimo de 7.500 horas de trabalho de
análise de negócios alinhado com o Guia
BABOK nos últimos 7 anos
● Mínimo de 900 horas de experiência
em 4 áreas de conhecimento do
BABOK
● Mínimo de 21 horas de treinamento
que confira 21 PDUs nos últimos 4 anos
● Ensino médio ou equivalente
● 2 referências profissionais de
gerentes, clientes ou certificados
CBAP
● Assinar o Código de Conduta
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Qual a diferença entre as certificações
CCBA e CBAP? Teoricamente existem
poucas diferenças. A primeira delas é a
quantidade de horas de experiência. CCBA
exige 3.750 horas e a CBAP exige o dobro
de experiência.
Quanto custa tirar a certificação CCBA ou
CBAP? Você precisará desembolsar US$ 125
para submeter a aplicação e, se aprovada,
você deverá pagar US$ 325 se for membro
do IIBA ou US$ 450 caso você não seja
membro do IIBA.
Tanto o exame CBAP quanto o CCBA devem
ser feitos em no máximo três horas e meia e
possuem cada 150 questões.
Veja no ebook Certificação CCBA e CBAP
Para Curiosos, todos os detalhes de como
funcionam as certificações e como
conquistá-las.
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Leitura recomendada
Listo abaixo uma coleção de livros que
recomendo que você dê uma olhada. Tem
livro sobre fundamentos de análise de
negócios, certificação e muito mais.
BABOK 2.0
www.babokonline.org
CBAP+Master
Study Guide, Flashcards and Exam
Simulation
www.cbapmaster.com
The Business Analyst's Handbook
Howard Podeswa
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Gamestorming: A Playbook for
Innovators, Rulebreakers, and
Changemakers
Dave Gray, Sunni Brown, James
Macanufo
Software Requirements 2
Karl Wiegers
Managing Business Analysts
IIBA
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Oferecimento
www.an202.com
Patrocínio
Consultoria e Treinamento em Análise de Negócios
www.anelosoft.com
Apoio
www.iibarj.org
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