Uma Mulher Portuguesa No Dia Internacional Da Mulher

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Ana de Castro Osório

Filha do magistrado Dr. João Baptista de Castro e de D. Maria Osório de Castro Cabral de Albuquerque de origem ilustre (avô, Tenente General José Osório de Castro Cabral de Albuquerque, Governador de Macau, avó Ana Doroteia Moore Quintius, de origem holandesa).

Casou-se com o poeta e republicano Paulino de Oliveira.

Devido à nomeação do marido como cônsul em São Paulo, Brasil, Ana reside naquela cidade por três anos (1911-1914).

O casamento com Paulino ajudou a difundir e a alargar as suas ideias sociais.

Apoiada desde a juventude, primeiro pelos pais e depois pelo marido, Ana começa a escrever e tenta transmitir à sociedade portuguesa que a República deveria alterar a forma como as mulheres eram vistas pela sociedade:

- direito ao voto e à emancipação; - direito à instrução.

1897- Publica uma colecção de fascículos intitulada “Para as Crianças”;

1899-A directora da revista “Ave-Azul”, Beatriz Pinheiro, escreveu que Ana de C. Osório “soube compreender a necessidade de prazer intelectual que se faz sentir na criança”;

1903- editou o romance Ambições, primeiro de uma série de ficções para adultos;

Fundou a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas e o Grupo de Estudos Feministas. Escreveu artigos e organizou conferências.

Ana de Castro Osório foi fundamental ao Ministro da Justiça, Afonso Costa, quando da elaboração da Lei do Divórcio.

Ana de C. Osório escreveu que a mulher portuguesa “Não tem opinião crítica para não ser pedante, não lê para não ser doutora e não ver espavoridos os maridos.”

Foi professora em São Paulo.Escreveu alguns livros, entre os quais Lendo e Aprendendo e Lição de História, dois manuais adaptados às escolas portuguesas e brasileiras.

Contribuiu para a construção da lusofonia.

Com a entrada do país na I Guerra Mundial, Ana de C. Osório criou as “Madrinhas de Guerra”, instituição que existiu até ao 25 de Abril.

Faleceu em Setúbal em 23 de Março de 1935.

Em São Paulo Ana conheceu o grande escritor brasileiro José Bento Monteiro Lobato e percebeu que as ideias que ambos tinham para o desenvolvimento social e intelectual dos seus países era muito semelhante.

Ana Osório foi a primeira escritora portuguesa a utilizar a literatura para formar as crianças e Monteiro Lobato foi o primeiro autor brasileiro a escrever livros para as crianças com o objectivo de formar divertindo (O Sítio do Pica-pau Amarelo, Urupês, Negrinha e Jeca Tatu). Como Ana, ele também acreditava que ler é prazer.

Num país onde a cultura e a formação ainda estão pouco enraizadas no modo corrente de ser do português comum, torna-se neste Centenário da Implantação da República essencial que invoquemos a necessidade de mudar, de uma vez por todas, esta nossa falta.

Trabalho elaborado por : Ana Teresa Lopes Inês Martins Maria Beatriz Cunha

Turma do 5º CProfa. Hipólita Sousa