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IDADE MÉDIA: ARTE GÓTICA ARQUITETURA Vitral Escultura Iluminuras Pintura Professora: Maiara Giordani Reffatti

Arte gótica

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IDADE MÉDIA: ARTE GÓTICA

• ARQUITETURA• Vitral • Escultura• Iluminuras• Pintura

Professora: Maiara Giordani Reffatti

ARTE GÓTICA (godos – povo bárbaro)O estilo Gótico desenvolveu-se na Europa, principalmente na França, durante o final da Idade Média e é identificado como a Arte das Catedrais. A partir do século XII a França conheceu transformações importantes, caracterizadas pelo desenvolvimento comercial e urbano e pela centralização política, elementos que marcam o início da crise do sistema feudal e surgimento da burguesia. No entanto, o movimento a arraigada cultura religiosa e o movimento cruzadista preservavam o papel da Igreja na sociedade. Enquanto a Arte Românica tem um caráter religioso tomando os mosteiros como referência, a Arte Gótica reflete o desenvolvimento das cidades. Porém deve-se entender o desenvolvimento da época ainda preso à religiosidade, que nesse período se transforma com a escolástica, contribuindo para o desenvolvimento racional das ciências, tendo Deus como elemento supremo. Dessa maneira percebe uma renovação das formas, caracterizada pela verticalidade e por maior exatidão em seus traços, porém com o objetivo de expressar a harmonia divina.O termo Gótico foi utilizado pelos italianos renascentistas, que consideravam esse período como a idade das trevas, época de bárbaros, e como para eles os godos eram o povo bárbaro mais conhecido, utilizaram a expressão gótica para designar o que até então chamava-se "Arte Francesa ".

ARQUITETURA

• Três portais• Três naves• Pontas agulhadas das torres• Rosácea• Vitrais coloridos• Arcos góticos

Abadia De Saint Denis

Abadia De Saint Denis – Interior (abóboda com nervuras)

Notre-Dame de Chartres

A Catedral de Chartres teve a sua construção iniciada em 1145 e foi reconstruída após um incêndio de 1194. A vasta nave, em puro estilo ogival, os adornos com estátuas finamente esculpidas de meados do século XII e as magníficas janelas com vitrais dos séculos XII e XIII, todas em notável estado de conservação, combinam-se para formar uma obra-prima inigualável. Tem uma área superior a 10000 m², 130 m de comprimento e largura máxima de 46 m.

Fachada Sul da Catedral de Notre-Dame de Chartres. A catedral foi uma das primeiras a serem construídas no estilo gótico no século XII na França e em todo o continente europeu.

Detalhe - Rosácea

Detalhe- Portal de entrada lado Norte

A característica mais importante da arquitetura gótica é a abóboda de nervuras, onde ficam visíveis os arcos que formam sua estrutura. Esse novo tipo de abóboda foi possível graças ao arco ogival*, com ele as igrejas góticas podiam ser muito mais altas que as românicas, além disso, as ogivas que se alongam e apontam para o alto, acentuam a impressão de verticalidade da construção.Ouro elemento muito usado nas catedrais góticas são os pilares. Dispostos em espaços bem regulares, eles dão suporte ao teto de pedra. Graças a eles as paredes não precisam ser muito grossas para sustentar o teto.

*Que tem forma de ogiva (figura formada pelo cruzamento de dois arcos iguais que se cortam superiormente, formando um ângulo agudo)

Detalhe – Abóboda de nervuras, encontro de arcos ogivais

A Catedral de Notre-Dame de Paris (em francês: Cathédrale Notre-Dame de Paris) é uma das mais antigas catedrais francesas em estilo gótico. Iniciada sua construção no ano de 1163, é dedicada a Maria, Mãe de Jesus Cristo (daí o nome Notre-Dame – Nossa Senhora), situa-se na praça Paris, na pequena ilha Île de la Cité em Paris, França, rodeada pelas águas do Rio Sena.

Catedral de Notre-Dame de Paris

Catedral Notre-Dame de Paris

Lateral da catedral de Notre-Dame de Paris

VITRAL

Detalhe – Rosácea (externa e interna – presente nas quatro laterais)

ROSÁCIA (forma circular)

VITRAL (forma de janela)

A técnica clássica da fabricação de vitral utilizava chumbo nas junções e soldaduras. A cor nas peças de vidro era obtida pela adição de substâncias como o bismuto, o cádmio, o cobalto, o ouro, o cobre e outros, à massa de vidro em fusão. De peso elevado, os vitrais assim construídos apresentavam problemas de estrutura, fragilidade, deformação, corrosão eletrolítica, manutenção difícil, além de elevado custo.

A técnica clássica da fabricação de vitral utilizava chumbo nas junções e soldaduras. A cor nas peças de vidro era obtida pela adição de substâncias como o bismuto, o cádmio, o cobalto, o ouro, o cobre e outros, à massa de vidro em fusão. De peso elevado, os vitrais assim construídos apresentavam problemas de estrutura, fragilidade, deformação, corrosão eletrolítica, manutenção difícil, além de elevado custo.

O Rei Davi, Catedral de Centerbury, Kent, Grã - Bretanha

ESCULTURA

• Ilustração dos ensinamentos• Verticalidade exagerada• Reconhecimento Fácil

Uma quimera, ou uma figura grotesca, é um tipo de escultura similar que não funciona como desaguadouros e serve apenas para funções artísticas e ornamentais. Elas também são popularmente conhecidas como gárgulas.

Detalhe – Gárgula da Catedral de Notre-Dame de Paris

Detalhe – Gárgula da Catedral de Notre-Dame de Paris

Detalhe – Gárgula da Catedral de Notre-Dame de Paris

O termo se origina do francês gargouille, de gargalo ou garganta, em latim, gurgulio, gula. Palavras similares derivam da raiz gar, engolir, a palavra representando o gorgulhante som da água.

Detalhe – De um dos portais da Catedral de Notre-Dame de Paris

Iluminuras: ilustração de livros manuscritos

• Pele de cordeiro• Uso de ouro, prata, marfim e esmalte• Copistas (copiar da bíblia uma passagem)• Artistas (desenhavam e pintavam)• Caráter individualista (cada monge fazia do

seu jeito)• Influências à outros pintores

luminura é um tipo de pintura decorativa aplicada às letras capitulares dos códices de pergaminho medievais. O termo se aplica igualmente ao conjunto de elementos decorativos e representações imagéticas executadas nos manuscritos produzidos principalmente nos conventos e abadias. A sua elaboração era um ofício refinado e bastante importante no contexto da arte gótica.No século XIII, "iluminura" referia-se sobretudo ao uso de douração. Portanto, um manuscrito iluminado seria, no sentido estrito, aquele decorado com ouro (ou prata). Supõe-se que o termo 'iluminura' seja derivado de 'iluminar' (do verbo latino illuminare), por alusão às cores luminosas e vibrantes dos elementos decorativos, que se destacavam na página escrita.

REFERÊNCIA GÓTICA NO BRASIL

Catedral da Sé – São Paulo

PINTURA• Procura do realismo• Predomínio de temas religiosos

GIOTTO• Visão humanista (santos parecidos com seres humanos)

JAN VAN EYCK (tinta a óleo)• Visão urbana e sociedade• Perspectiva • Detalhes • Paisagem

[Transição do Gótico para o Renascimento]

Giotto

• Nesse momento os santos perdem aquela característica face serena e sofredora e ficam mais parecidos com os humanos, a distinção é apenas a auréula.

• Começa-se a perceber a busca pela perspectiva.

Evolução das tintas• Têmpera: Pigmentos naturais + clara de ovo (ressecava,

não possibilitando fazer grande quantidade de cores para armazenar, tinta de secagem rápida – com dificuldade o artista conseguia o mesmo tom de cor)

• Encáustica: Pigmentos + cera de abelha (Derretia-se a cera para acrescentar o pigmento, tinta de secagem rápida o artista deveria trabalhar com a cera ainda quente, o que fazia com que executasse sua pintura com rapidez)

• À óleo: Pigmento + óleo de linhaça (possível armazenamento e secagem demorada, o artista passou a ter mais tempo para executar a obra, que a partir desse momento fica mais rica em detalhes)

Casal Arnolfini - 82 x 59,5 cm – Ano 1434 Van Eick

A obra Casal Arnolfini é o marco de fechamento da Idade Média e início do Renascimento, considerada muito inovadora para a época em que foi concebida, exibe diversos conceitos novos relativamente às perspectivas e à acentuação dos segundos planos. Note-se o espelho no fundo da composição, em que toda a cena aparece invertida, tal como a imagem do próprio artista.

• Existem diferentes teorias sobre o significado e interpretação deste quadro. Geralmente a obra é interpretada como sendo uma certidão de uma cerimónia de casamento. Arnolfini e a sua esposa casam-se e o quadro retrata o momento em que o casamento é celebrado. O espelho convexo na parede de trás do quarto reflete, para além de Arnolfini e da sua esposa, mais duas figuras na porta. Estão assim presentes duas testemunhas para legalizar o casamento. Uma delas é provavelmente o próprio pintor que coloca a sua assinatura acima do espelho: "Johannes van Eyck fuit hic 1434" (Jan van Eyck esteve aqui em 1434). A moldura do espelho contém imagens da Paixão de Jesus Cristo e representa a promessa de Deus de salvar as pessoas no espelho redondo. O próprio espelho simboliza Maria e refere-se à Imaculada Conceição e à pureza da Virgem Santa, representando além disso o Olho de Deus, que, desta maneira, é testemunha na cerimónia.

• O cão pode ser visto como símbolo da fidelidade; estabilidade doméstica e tranquilidade (‘Fido’, o nome usual em latim para os cães, significa ‘confiança’).

• O castiçal de sete braços contém apenas uma vela, provavelmente a vela que a noiva ofereceu ao noivo segundo a tradição flamenga. Uma vela acesa à luz do dia simboliza por norma o sempre presente Espírito Santo ou o Olho de Deus.

• As laranjas na mesa junto à janela referem-se provavelmente à fertilidade e simbolizam a pureza e inocência no Jardim do Éden antes da queda. Atrás do casal, as cortinas da cama conjugal estão abertas, sendo uma representação da visita e bênção da Santíssima Trindade.

• Nem Arnolfini, nem a esposa usam sapatos. Este facto demonstra o respeito e consciência da santidade e beatitude do matrimónio. Os tamancos em primeiro plano são provavelmente um sinal de respeito pela cerimónia de casamento e apontam, além disso, para o facto de este acontecimento ter lugar em terra santa. Tradicionalmente os maridos ofereciam tamancos às suas esposas.

• As cortinas vermelhas da cama referem-se ao acto físico do amor, à união carnal do casal. A cor verde do vestido da mulher simboliza a esperança (talvez a esperança de ficar mãe). A sua touca branca simboliza a pureza.