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Marta Minujín

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Resenha da exposição Arte, Arte, Arte de Marta Minujín na Galeria Pilar.

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Page 1: Marta Minujín

A artista, nascida na Argentina, vem desde os anos 1960 movimentando-se por instalações, esculturas e happenings, e a obra-junção de suas habilidades é o comitê de recepção de sua mostra. Com curadoria feita por Rodrigo Alonso, a exposição se inicia

iconicamente com seus colchões multicoloridos produzidos na década de 1960, que “se posicionam entre a pintura, a escultura e a instalação” como diz Alonso. A vivacidade da obra chama a atenção, porém, o verdadeiro destaque se dá ao ato de levar à parede colchões emoldurados, dessa forma ilustrando a própria artista sob um véu de ousadia e liberdade. ComCom essa sensação em mente, observar os croquis d’O Obelisco

Deitado traz à tona uma imensa admiração pela imediata quebra de comportamento ao sugerir um Obelisco (deitado) dentro do qual se possa andar, dançar e assistir a videoconferências, belamente projetada e representada em uma pintura a óleo de imensa empolgação e festividade. Tais sentimentos, porém, não estão presentes em todas as obras da

mostra, como no caso da escultura “Catedral para um Pensamento Vazio”, em que se vê um busto de homem inteiramente fatiado e vazado, restando apenas seus contornos e, ainda, desalinhados. A obra traz, assim, uma visão mais ampla da artista, relembrada rapidamente por suas cores, porém trazendo, certas vezes, um desejo de provocar através da reformulação e reorganização do assunto. Transpõe, assim, o sentido das coisas ao mesmo tempotempo em que quebra, em alta saturação, um conceito há muito estabelecido de o que deveria ir à parede. O que, afinal, é arte? Minujín responde, eloquentemente, com suas obras nesta exposição. São, afinal, arte, arte, arte.

exposição

MARTA MINUJÍN11.09 até 26.10

galeria pilar

renan cesarantunes

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