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UrbanismoIdade Média & Renascimento
Aula 04
1. AS CIDADES MEDIEVAISP
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Aula 04
“A partir do século quinto d.C., coincidindo com a queda do império Romano, a Europa Ocidental foi invadida por tribos bárbaras, predominantemente teutônicas (germânica), normandas (viquingue) e posteriormente mongóis. A civilização romana entrou em declínio, o comércio se desintegrou, os serviços municipais foram abandonados e a maioria da população urbana retornou à existência rural.
As cidades regrediram em tamanho e importância, seguindo-se a desordem social e econômica. De todas as tribos bárbaras, os francos foram os que mais influíram na formação da nova cultura ocidental. A França se tornou o centro da civilização medieval e a história da Europa Medieval começa com a coroação de Carlos Magno (rei franco – 742/814), e a história das nações medievais europeias começa com a repartição do seu império, após a sua morte.” GUIMARÃES (2004).
Contexto Europeu
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Aula 04
SISTEMA FEUDAL CRISTIANISMO
1. AS CIDADES MEDIEVAIS
CASTELO MOSTEIRO
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A formação do ambiente medieval
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Aula 04 1. AS CIDADES MEDIEVAISA formação do ambiente medieval
SISTEMA FEUDALcastelo
CRISTIANISMOmosteiros
•economia senhorial
•agricultura de subsistência
• Senhores feudais –proteção
• sistema fraco
•ofereciam abrigo aos oprimidos, destruídos e enfermos
•consolidação do poder da igreja
Vida comunal junto aos mosteiros e castelos...
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Aula 04 1. AS CIDADES MEDIEVAISAs conquistas islâmicas
“Juntamente com a implantação do feudalismo e do cristianismo na Europa, uma religião de grande vitalidade começava a exercer forte influência na história. Em 622 d.C., a partir da Meca, surgiu a civilização islâmica, que se expandiria pela Arábia e Oriente Médio e, daí, para o leste, até à Índia (atual Paquistão), alcançando a oeste a
Península Ibérica e ocupando toda a margem sul do Mediterrâneo.” GUIMARÃES (2004).
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Aula 04 1. AS CIDADES MEDIEVAISAs conquistas islâmicas
Territórios conquistados pelo Império Romano, cercando o Mediterrâneo. (BENEVOLO, 2011)
Territórios conquistados pelos Árabes (muçulmanos), dividindo o Mediterrâneo em duas partes. (BENEVOLO, 2011)
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Aula 04 1. AS CIDADES MEDIEVAISAs conquistas islâmicas
Os muçulmanos invadiram a Península Ibérica a partir do Estreito de Gibraltar.
AL-ANDALUZ
nome dado pelos Árabes à Península
Ibérica
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Aula 04 1. AS CIDADES MEDIEVAISAs conquistas islâmicas
AL-ANDALUZ
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Aula 04 1. AS CIDADES MEDIEVAISAs conquistas islâmicas
Formas de ocupação do território:•adaptação das cidades existentes (conquistadas) às suas necessidades, e sua ampliação:
•ex.: Córdova, Alexandria, Jerusalém...
•construção de suas próprias cidades, completamente novas:
•ex.: Shiraz, Kairovan, Bagdad, Lisboa…Mapa de Baghdad, c. 767-912 d.C. Placa da mesquita, Córdova, Espanha.
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Aula 04 1. AS CIDADES MEDIEVAISPrincípios culturais de ordenamento da cidade árabe:
•são muitos semelhantes entre si
•são cidades-labirinto
•têm um carácter profundamente religioso
público privado
• termas•mercados•mesquitas
•blocos de casas configurando ruas irregula-res
•pátios internos para os quais se abrem as casas
Rua na cidade de Sanaa, Iêmen. (Foto de Bluesy Pete)
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Aula 04 1. AS CIDADES MEDIEVAISPrincípios culturais de ordenamento da cidade árabe:
•a cidade funcionava como um organismo compacto, fechado por uma ou mais muralhas → formava diferentes áreas, vários compartimentos...
• cada grupo étnico religioso tinha o seu bairro distinto, e o príncipe residia habitualmente numa zona excêntrica, protegida dos tumultos...
•a organização social coloca grande ênfase na vida
privada e doméstica dos familiares → a habitação familiar é um elemento importante na cidade
•unidade de habitação familiar, por sua importância, influencia direta e intensamente na configuração da cidade
•modo de vida orientado pela vida religiosa → direitos individuais e sociais fixados pelas convenções religiosas
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Aula 04 1. AS CIDADES MEDIEVAISCaracterísticas das cidades islâmicas
“A simplicidade de seu código cultural, contido no Alcorão, resultou na redução das atividades sociais; faltava aos muçulmanos a complexidade das cidades gregas e romanas. Não possuíam ‘fórum’ nem ‘ágoras’, teatros, anfiteatros, estádios, e ginásios, exceto a mesquita, que dominava a cidade.” GUIMARÃES (2004). pg.39
a redução das relações sociais e da complexidade da vida urbana → existiam apenas dois tipos de edifícios públicos:
•as mesquitas •os banhos
a prevalência da casa sobre a rua, como elemento básico da vida urbana, da vida privada sobre a pública → desinteresse pela manutenção de padrões urbanos regulares
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Aula 04 1. AS CIDADES MEDIEVAISCaracterísticas das cidades islâmicas
“Os muçulmanos mantiveram muitas das características das cidades antigas, onde os elementos estruturais privados (residências e palácios) e públicos (mesquitas) eram construídos de uma série de recintos separados e voltados
para o interior, em torno de um pátio.” GUIMARÃES (2004). pg.39
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“As vielas e becos parecem-nos lugares sombrios e tristes, mas os muçulmanos gostavam da penumbra, da quietude do recolhimento.
Viviam voltados para dentro, em seus terraços, em seus pátios, desconfiados da rua, de que se protegiam com as suas adufas, gelosias, rótulas e mucharabis.
Gostavam de inspecioná-las, mas sem serem vistos.” GUIMARÃES (2004).
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Aula 04 1. AS CIDADES MEDIEVAISCaracterísticas das cidades islâmicas
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Aula 04 1. AS CIDADES MEDIEVAISCaracterísticas das cidades islâmicas
“As ruas das cidades
muçulmanas eram
constituídas de
trechos com
alargamentos e
estreitamentos
(algumas com cinco
palmos de largura), e
numerosos becos sem
saída. GUIMARÃES (2004).
Cidade de Ghardaia, fundada em 1035, com a
mesquita ao centro (marcada pela estrela).
“O que caracteriza as cidades da civilização islâmica é a sua semelhança, desde o Atlântico até ao Golfo Persa.” GOITIA (1992).
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Aula 04 1. AS CIDADES MEDIEVAISCaracterísticas das cidades islâmicas
“Tanto quanto a arquitetura é causa, é refúgio onde o espírito do homem, a alma e corpo encontrarem abrigo.” (Trecho do Manual de Gestão Urbana de Ibn Abdun, juiz andaluz do séc. XI).
“... os árabes não destruíram o que encontraram. Numa eclosão de atividade cultural, apropriaram-se de todo o legado do mundo helênico.” GUIMARÃES (2004).
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Aula 04 1. AS CIDADES MEDIEVAISCaracterísticas das cidades islâmicas
•não segue a regularidade das cidades romanas;
•ruas estreitas e sinuosas (caminhos labirínticos);
•as casas normalmente são térreas;
•quando há sobrados, estes proporcionam sombreamento nas ruas e casas vizinhas;
•muros:
•diferenciam recintos
•separam as áreas urbanizadas das áreas naturais
Estrutura típica de um conjunto de casas com pátio interno, definindo ruas e becos sem saída.
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Aula 04 1. AS CIDADES MEDIEVAISCaracterísticas das cidades islâmicas
De um modo geral, todos os elementos que configuram o espaço urbano – habitações, palácios, edifícios públicos, banhos, termas e mesquitas – são compostos, cada um, por uma série de recintos individuais, agrupados de modo que configurem um pátio interno, para o qual se abrem para a vida cotidiana.
As edificações não se abrem para a rua.
Grandes muros cercam os complexos edificados, fazendo com que as ruas, para as quais pouquíssimas aberturam se abrem, tenham um espírito inóspito de desértico.
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Aula 04 1. AS CIDADES MEDIEVAISCaracterísticas das cidades islâmicas
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Aula 04 1. AS CIDADES MEDIEVAISCaracterísticas das cidades islâmicas
Sevilha.
Córdoba.
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Aula 04 1. AS CIDADES MEDIEVAISCaracterísticas das cidades islâmicas
Antiga Acrópole Romana:• Qasaba (alcáçova) – núcleo do
poder• Kasr (alcácer) – estrutura
defensiva
Madina – cidade (normalmente amuralhada)
• Suq – mercados• Hammam – banhos
• Arrabaldes – expansões• Maqbara - cemitério
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Aula 04 1. AS CIDADES MEDIEVAIS Lisboa. (c. 1502)
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Aula 04 1. AS CIDADES MEDIEVAIS Lisboa. (c. 1500-1510.) In: GALVÃO, Duarte. Crónica de Dom Afonso Henriques.
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Aula 04 1. AS CIDADES MEDIEVAIS
Ruas de Lisboa.
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Aula 04 1. AS CIDADES MEDIEVAIS
Coimbra.
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Aula 04 2. AS CIDADES RENASCENTISTASRenascimento – aspectos gerais
A queda de Constantinopla (1453)1
• chegam à Itália muitos exilados Bizantinos...
sábios, trazendo seus livros e conhecimentos sobre a antiguidade clássica
VITRÚVIO, De Arquitectura
(filósofo grego) PLATÃO
• inúmeras (re) descobertas arqueológicas da arte romana
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Aula 04 2. AS CIDADES RENASCENTISTASRenascimento – aspectos gerais
HUMANISMO & ANTROPOCENTRISMO
• HUMANISMO: é um movimento filosófico e cultural que propõe uma nova forma de ver o mundo:
ANTROPOCENTRISMO
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• o HOMEM deve ser o centro da reflexão
• oposição ao teocentrismo, onde Deus e a religião são o centro do pensamento
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Aula 04 2. AS CIDADES RENASCENTISTASRenascimento – aspectos gerais
O HOMEM TOTAL
• Cuida tanto do seu corpo quanto da sua mente.
• Tem muita cultura geral: aprende diferentes temas e pratica artes diversas.
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“Dentro desta nova síntese intelectual, a busca da fama não era apenas tolerada, mas desejada – o que significa que, ao contrário dos projetistas predominantemente anônimos da Idade Média, os arquitetos renascentistas se tornaram celebridades...” FAZIO (2011)
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Da Vinci
Alberti
Brunelleschi
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Aula 04 2. AS CIDADES RENASCENTISTASRenascimento – aspectos gerais
RAZÃO E CIÊNCIA ACIMA DA FÉ• buscam-se explicações racionais para os fenômenos da natureza
• surgimento da ciência moderna
• empirismo – experimentação
• os arquitetos de empenham em criar uma arquitetura matemáticamente perfeita
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Luciano Laurana / Melozzo da Forlì. A cidade ideal.
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Aula 04 2. AS CIDADES RENASCENTISTASRenascimento – aspectos gerais
REINVENTANDO A ANTIGUDADE CLÁSSICA
5• adoção de soluções artísticas e arquitetônicas da Roma antiga, porém, sem mimetizar, isto é, sem ser uma cópia exata
• novas interpretações
• busca do ideal através da proporção e harmonia
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Aula 04 2. AS CIDADES RENASCENTISTASRenascimento – aspectos gerais
O PRAZER PELA ESTÉTICA6 • a pintura e a escultura perdem a função didática• (re) aparece o nú
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Aula 04 2. AS CIDADES RENASCENTISTAS
“Datar o início do Renascimento ainda é motivo de
debate... Mas o termo renascença ou renascimento
denota consciente resgate do interesse nos textos e
cultura das antigas Grécia e Roma [antiguidade
clássica], que começaram na Itália no século XIV.” ADAMS
(2011)
RENASCENÇA
português
RENAISSANCE
francês
RINASCIMENTO
italiano
Renascimento - definição
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Aula 04 2. AS CIDADES RENASCENTISTAS
“Em urbanismo, mais adequado seria entender o Renascimento como um movimento literário e artístico, suscitado e estimulado pelos estudos de literatura e artes clássicas que tiveram origem na Itália, nos séculos XIV e XV, posteriormente espraiando-se pelo restante da Europa.” GUIMARÃES (2004)
Renascimento - definição
Fra Carnevale. A cidade ideal. (c. 1480-1484)
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Aula 04 2. AS CIDADES RENASCENTISTASRenascimento – as mudanças na sociedade
“Na medida em que se desintegrava a igualdade da burguesia urbana (morador da cidade), constituída de artesãos e comerciantes durante a Idade Média, uma nova elite surgia e assumia o controle cultural e político das cidades, exercido por uma única família detendo o poder supremo (ex.: os Medici, em Florença).” GUIMARÃES (2004)
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Aula 04 2. AS CIDADES RENASCENTISTASRenascimento – as mudanças na sociedade
“A divisão social urbana corresponderia ao surgimento de uma nova ordem hierárquica de atividades culturais, baseada na distinção entre artes liberais (centrada em conceitos filosóficos e em estudos históricos) e artes mecânicas (relativas ao domínio da técnica e a disciplinas práticas). As artes liberais tinham o propósito de orientar, e as artes mecânicas o objetivo de executar. Essa distinção teve importante influência no planejamento das cidades e na educação profissional. O arquiteto, como integrante da classe dirigente, trabalhava em contato direto com o ‘signore’ ou príncipe, enquanto que o artesão era rebaixado à categoria de trabalhador manual.” GUIMARÃES (2004)
Botticelli. A primavera.
“Em muitos deles, o perímetro da cidade caracterizava-se pelo formato de estrela ortogonal, em que havia uma distinção entre áreas administrativas, como o palácio do príncipe e a catedral, e as áreas funcionais, como armazéns, lojas e similares. O traçado das ruas podia ser concêntrico ou ortogonal, e especial atenção era conferida à relação entre o arranjo interno e o muro fortificado.” GUIMARÃES (2004)
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Aula 04 2. AS CIDADES RENASCENTISTAS
A CIDADE IDEAL (o novo urbanismo)
“... a arquitetura da Renascença realiza seu ideal de proporção e de regularidade em alguns edifícios isolados, e não está em condições de fundar ou transformar uma cidade inteira. Os literatos e os pintores descrevem ou pintam a nova cidade que não se pode construir, e que permanece, justamente, um objetivo teórico, a cidade ideal.” BENEVOLO (2011)
TRATADOS PARA A CIDADE IDEAL
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Aula 04 2. AS CIDADES RENASCENTISTAS
A CIDADE IDEAL (o novo urbanismo)
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Aula 04 2. AS CIDADES RENASCENTISTAS
A CIDADE IDEAL (o novo urbanismo)
Diferentes concepções Renascentistas da cidade ideal: 1. La Sforzinda by Filarete (1460 – 1465); 2. Fra Giocondo (Giovanni of Verona), c. 1433 –1515 ; 3. Girolamo Magi (or Maggi) (c. 1523 – c. 1572) (1564); 4. Giorgio Vasari (1598); 5. Antonio Lupicini (c. 1530 – c. 1598); 6. Daniele Barbaro (1513 – 1570); 7. Pietro Cattaneo (1537 – 1587); 8/9; Francesco di Giorgio Martini (1439 – 1502).
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Aula 04 2. AS CIDADES RENASCENTISTAS
A CIDADE IDEAL (o novo urbanismo)
A utopia radioconcêntricade Sir Ebenezer Howard, do livro ‘Garden Cities of
To-morrow’ (1902)
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Aula 04 2. AS CIDADES RENASCENTISTAS
A CIDADE IDEAL (o novo urbanismo)Planta de Palmanova. A única cidade de
planejamento renascentista construída na Europa.
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Aula 04 2. AS CIDADES RENASCENTISTAS
A CIDADE IDEAL (o novo urbanismo)Foto aérea de Palmanova. A única cidade de
planejamento renascentista construída na Europa.
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Aula 04 2. AS CIDADES RENASCENTISTAS
A CIDADE IDEAL (o novo urbanismo)
“No Renascimento tem início a expansão mundial da civilização européia. As realizações urbanísticas e de construção nos territórios de além-mar são, em seu conjunto, muito mais importantes do que as existentes na mãe pátria. De fato, na Europa já existem as cidades e as benfeitorias territoriais criadas na Idade Média, que bastam para as necessidades da sociedade renascentista e são modificadas só em parte; no resto do mundo, ao contrário, os conquistadores e os mercadores europeus encontram um enorme espaço vazio, onde podem realizar novos grandes programas de colonização e de urbanização.” BENEVOLO (2011)
Casario de Salvador, Bahia de Todos os Santos.
“... na Europa selecionam-se os especialistas de alto nível, mas não se fazem trabalhos importantes; nas colônias há tudo por fazer, mas faltam os especialistas e estão disponíveis somente os subprodutos da pesquisa européia. Assim, no quadro de conjunto da civilização da Renascença, as qualidades e as quantidades não mais coincidem entre si; os valores qualitativos dos novos modelos culturais perdem-se nos conflitos europeus e não podem ser difundidos adequadamente no ambiente mundial.” BENEVOLO (2011)
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Aula 04 2. AS CIDADES RENASCENTISTAS
A CIDADE IDEAL (o novo urbanismo)
Planta de Salvador, 1616, Bahia de Todos os Santos.
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Aula 04 BIBLIOGRAFIA
BENEVOLO, Leonardo. A história da cidade. 5ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2001.
DONATO, Lila. A cidade portuguesa nas Províncias Ultramarinas – Uma análise iconográfica comparativa: Ilha de Moçambique, Goa, Salvador, Macau e Luanda. Dissertação de mestrado. Brasília: UnB, 2009.
GUIMARÃES, Pedro Paulino. Configuração Urbana: evolução, avaliação, planejamento e urbanização. São Paulo: Prolivros, 2004.