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E book desafios_da_logistica

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Apresentação

Prezados, Já não podemos mais remeter a logística ao transporte somente.

Há tempos a cadeia produtiva tornou-se um processo integrado, que possui relações de interdependência envolvendo todo o ciclo, desde a produção, até a entrega ao cliente final. Transportadores e fornecedores de tecnologia também fazem parte do processo, já que esta integração é uma tendência mundial e já é realidade no Brasil.

Contudo, a complexidade apresentada diariamente quando nos referimos a todos os processos que envolvem a logística, sempre nos obrigam a conhecer e desvendar as melhores soluções, no intuito de obter os melhores resultados, com eficiência nos processos envolvidos, sem prejudicar a qualidade do produto e, já antecipando como condição indiscutível, a satisfação de nossos clientes no resultado final do ciclo.

Neste sentido, surgiu-nos a grata oportunidade de apresentar a clientes, amigos e parceiros de negócios, este ebook, focando em algumas situações perante o tema abordado, assim como suas soluções para as mesmas, no intuito de beneficiar aqueles que o possuírem, com uma alternativa rápida para uma visão alternativa aos diversos problemas operacionais e de gestão do dia-a-dia de suas empresas.

Esperamos contribuir, com o conhecimento aqui inserido, com o despertar de ideias que sejam a solução para os problemas mais recentes nos desafios constantes que a logística nos apresenta.

Um forte abraço de toda equipe Strada e uma excelente leitura. Acompanhe também nossos canais, e fique sempre

atualizado sobre o universo da logística e transporte:

ciranda.me/strada /stradasolucoesstradasolucoes.com.br

DESAFIOS

LOGÍSTICADA

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Sobre a

Strada Soluçõesem Tecnologia A Strada Soluções em Tecnologia é uma empresa que, desde 2005, vem crescendo devido ao seu comprometimento com a qualidade de seus Sistemas de Gestão. Esse sucesso é conquistado com o trabalho de profissionais qualificados, programadores, consultores e administradores, que, juntos, desenvolvem pesquisas para desenvolver softwares ideais para cada empresa em seus variados segmentos.

O foco da Strada é o desenvolvimento de Sistemas de Gestão Corporativa, direcionados a operadores logísticos, empresas com frotas próprias, transportadoras, entre outros segmentos envolvidos na logística do transporte, pois ela acredita que a integração tecnológica de todos os setores de uma empresa aperfeiçoa a cadeia produtiva para obter melhores resultados, proporcionando vantagem competitiva.

Saiba mais em:stradasolucoes.com.br/sobre

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ÍndiceDESAFIOS

LOGÍSTICADA

O que você encontra neste ebook?

Topico 1

O que torna a logística de transporte de cargas no Brasil tão caótica?página 5

Topico 2

Redução de custos com transporte de cargas é possívelpágina 6

Topico 3

Segurança: o que fazer com cargas perigosaspágina 7

Topico 4

Impactos com jornada de trabalho de motoristas podem ser reduzidospágina 9

Topico 5

Controle efetivo de pátio: como reduzir custospágina 10

Topico 6

Escolha de modal pode tornar a logística mais efetivapágina 12

Topico 7

Super-safra: como reduzir custos extrapágina 14

Topico 8

Logística de escoamento prejudica exportação e importaçãopágina 16

Topico 9

Quais são as previsões de melhoria na infraestrutura de transporte do Brasilpágina 17

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Tópico 1

O que torna a logística de transporte de cargas no Brasil tão caótica?

No transporte nacional, cerca de 60% das cargas utilizam as rodovias (mesmo em transportes longos), economicamente isto beira o inviável, já que o custo é muito mais expressivo do que seriam outros modais de transporte, caso estes estivessem disponíveis. Um exemplo é a Rússia, grande concorrente internacional do Brasil, onde cerca de 80% das cargas são transportadas por trem, meio mais seguro e barato de transportar cargas a longa distância.

E este é um dos principais problemas do país no ponto de vista logístico: a infraestrutura. Apesar da maioria dos transportes de cargas ser realizado pelas rodovias, pouco mais de 10% são pavimentadas - somadas resultam em menos de 250 mil quilômetros. Se compararmos a outros países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o atraso é gritante. A Rússia, por exemplo, tem mais de 600 mil quilômetros de estradas pavimentadas, a China e Índia têm, cada uma, cerca de 1,5 milhão de quilômetros. Mas vale destacar que nesses países as rodovias não são o meio de transporte mais expressivo.

A malha ferroviária do Brasil soma pouco mais de 30 mil quilômetros, contra 63 mil quilômetros da Índia, 77 mil quilômetros da China e 87 mil quilômetros da Rússia. Apesar do Brasil possuir muitos rios, as hidrovias somam apenas 14 mil quilômetros, contra mais de 100 mil quilômetros que a Rússia e a China possuem cada uma. Além disso, o custo nos portos brasileiros é quase o dobro da média mundial: US$ 13 por tonelada contra US$ 7. Toda essa falha na infraestrutura compromete o transporte e a logística de cargas no Brasil, tornando-a cara e ineficiente.

Somado a infraestrutura, o Brasil tem problemas relacionados à tecnologia, já que são poucos que utilizam sistemas apropriados e que forneçam dados precisos, com integração a outros sistemas e que possuam previsão de demanda. Com o crescimento econômico, a tendência é que essas falhas logísticas fiquem ainda mais acentuadas, chegando a um colapso logístico.

Uma solução a curto prazo, que pode reduzir esse caos, é a implantação de softwares que ajudem no controle de toda a cadeia de produção, oferecendo relatórios e dados confiáveis sobre a previsão de entrega e seu cumprimento. No decorrer deste eBook vamos explorar mais alguns casos específicos e apresentar algumas soluções.

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Tópico 2

Redução de custos com transporte de cargas é possível.

Reduzir custos é uma das prioridades das transportadoras brasileiras no cenário atual, uma vez que a infraestrutura deficitária afeta diretamente na rentabilidade de seu negócio, em que os custos com transporte representam 11,5% do P.I.B. do país. O custo variável é um dos principais pontos responsáveis pela redução de rentabilidade. Entre eles estão: combustível, manutenção, pneus, pedágios e demais despesas operacionais afetados por fatores, como filas para carga e descarga, improdutividade na roteirização de percursos, péssimas condições de infraestrutura das estradas no país, congestionamento e mau planejamento logístico.

Apesar da perspectiva de crescimento na movimentação de carga no Brasil, o país ainda sofre com a infraestrutura precária nas rodovias e vai exigir muito mais ações do governo (que passou muito tempo sem investir no setor e recentemente promoveu grandes investimentos, ações tardias, pois neste ano o Brasil já sofreu prejuízos no escoamento da safra de grãos) para oferecer melhores condições de locomoção, que pode afetar positivamente na produtividade das transportadoras.

A tecnologia é a forte aliada para que estas empresas possam encontrar formas de enfrentar as barreiras e desafios, aumentando a rentabilidade, como a criação de pneus adaptáveis as condições das estradas, sistema basculante, cálculo de frete e softwares específicos para as necessidades do setor. Os sistemas de informação são, hoje, ferramentas primordiais para reduzir custos, pois além de ser uma fonte para tomada de decisões, são softwares que facilitam o controle e manutenção dos veículos, acompanhamento do percurso da carga, para garantir a segurança da mesma, facilitando e promovendo a administração eficaz de todas as atividades desenvolvidas pelas transportadoras.

Vale ressaltar que a organização que deseja melhores resultados deve sempre estar atenta às inovações e oportunidades do mercado. Uma boa opção é a utilização de Business Intelligence, viabilizando os diversos cenários dentro de um grupo de dados, que retornem elementos importantes para tomadas de decisão, viabilizando não somente a redução de custos operacionais, mas também a ampliação de oportunidades para inovar.

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Tópico 3

Segurança: o que fazer com cargas perigosas.

A movimentação de produtos químicos perigosos merece cuidados de todos os setores envolvidos, desde a cadeia de produção, logística, armazenamento, até sua destinação final. É necessário que os profissionais envolvidos direta e indiretamente nestes processos sejam capacitados, treinados e atualizados, de forma a obter conhecimento sólido da legislação, das normas e procedimentos operacionais na manipulação, armazenagem e distribuição.

A atenção especial deve estar voltada à manutenção preventiva e corretiva dos veículos que transportam este tipo de produtos, levando em consideração que os acidentes com produtos perigosos no modal rodoviário correspondem a 54% do total. Recentemente, em Londrina, no Paraná, houve uma blitz realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), direcionada aos veículos que transportam produtos perigosos. Em uma semana mais de 1.700 veículos foram multados. É um número impressionante pela falta cometida por quem selecionou o transportador e não verificou as condições do veículo, falta cometida pelo transportador, por não atender às normas e legislação vigentes, e do motorista, por não utilizar o conhecimento obtido na capacitação para operação com a carga.

As empresas de transporte de produtos químicos perigosos precisam utilizar ferramentas gerenciais que controlem e apontem as condições das manutenções do veículo e datas de vencimento dos extintores, o que reduz em muito os acidentes ou seus impactos, caso estes venham a acontecer. Essas ferramentas também podem ajudar no aviso ao responsável pelas CNHs a vencer, assim como cursos e capacitações que necessitem de atualizações periódicas, como é o caso do curso de Movimentação Operacional de Produtos Perigosos (MOPP). Uma boa ferramenta que pode ser utilizada, reduzindo custos e aumentando a segurança para as empresas e motoristas, é um software de gestão, que possua essas funcionalidades.

Além do controle, rastreamento e manutenção periódica do veículo, deve-se tomar como medidas o respeito ao limite de velocidade, a acomodação adequada dos produtos e realizar o planejamento de rotas, paradas e o tempo necessário para o transporte seguro destes produtos.

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Continuação... Tópico 3

Segurança: o que fazer com cargas perigosas

Outro grande fator, é certificar-se de que todos os documentos (como os certificados CIPP e MOPP) e a identificação dos produtos estejam corretos, pois, de acordo com a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT ), para se realizar o transporte de cargas perigosas é necessário seguir regras e procedimentos específicos que constam nas Resoluções 3665/11 e 420/04, com base nas recomendações do Comitê de Peritos de Transporte de Cargas Perigosas das Nações Unidas.

Entre as exigências, podemos citar a autorização ambiental para transporte de produtos perigosos, um documento obrigatório desde junho de 2012 que deve ser solicitado junto ao IBAMA. Essas manutenções e controles são apenas algumas das condições básicas para iniciar uma viagem com segurança, além do fato de que é possível que os gestores tenham assessorias especializadas por meio de seus sindicatos e empresas de consultoria.

Agradecimento especial:

André Moreira de Aguiar, Gerente Regional do Setcepar, Técnico em Meio Ambiente e Diretor Executivo da Harpia do Brasil, pelas informações concedidas para o desenvolvimento deste tópico.

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Tópico 4

Impactos com jornada de trabalho de motoristas podem ser reduzidos.

A Lei 12.619, que regulamenta a jornada de trabalho dos motoristas profissionais de carga e de passageiros, propõe diversas mudanças que asseguram o estabelecimento do vínculo empregatício. Desta forma, o que se configura é a função, não propriamente a profissão, já que o cumprimento de suas atividades depende invariavelmente da atuação da figura do empregador.

Assim, elementos como subordinação habitualidade esmagam a possibilidade de criar a dinâmica ética do profissional sem que tenha a interferência de seu empregador. Em outras palavras, o trabalhador se submete primeiramente às regras da empresa para a qual trabalha e, posteriormente, às definidas pela sua categoria. Acaba por delimitar os direitos e responsabilidades em nada fortalecidos pela classe a qual pertence.

Observa-se uma verdadeira encruzilhada para o trabalhador que, por um lado assume os riscos de conduzir um veículo que notadamente possui vícios e por outro lado deve, em virtude de seu vínculo empregatício, submeter-se às ordens de seus superiores. Neste caso, o motorista deve impor sua avaliação, não podendo ela ser vista como insubordinação ou indisciplina, salvo se praticada sem justo motivo.

Portanto se, de um lado aumenta a autonomia frente aos seus supervisores, por outro aumenta também a responsabilidade por eventuais danos causados pela falta de manutenção ou prevenção. Eis a razão pela qual a regulamentação da profissão de forma mais independente seria mais adequada, a exemplo da regulamentação dos aeronautas, pois a ética profissional prevaleceria diante das pressões dos empregadores e de suas ordens cujo principal interesse é o lucro.

Para o empregador, a melhor forma de reduzir custos com a jornada de trabalho de seus motoristas, é o planejamento total do tempo do trajeto, evitando horas extras. A Lei 12.619 regulamenta o controle dos horários de trabalho, incluindo o tempo de espera que consiste em ficar aguardando para carga ou descarga do veículo no embarcador ou destinatário ou para fiscalização da mercadoria transportada em barreiras fiscais ou alfandegárias.

E para que o contratante tenha controle sobre as horas trabalhadas do motorista, é importante que seja realizado o controle total do trajeto realizado pela mercadoria enquanto está sendo transportada, seja para o pátio de transbordo, seja para o cliente final. O respeito à jornada do motorista garante à empresa, além da redução de custos com honorários dos colaboradores, a segurança maior sobre a carga que está sendo transportada, reduzindo riscos de acidentes por excesso de cansaço físico ou desgaste do motorista.

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Tópico 5

Controle efetivo de pátio: como reduzir custos.

Ao fechar um contrato para fornecimento de mercadorias, o desafio da empresa não está apenas na corrida interna de produção, com qualidade e baixo custo. Quando a mercadoria sai das imediações da organização, inicia a difícil tarefa de entregar a tempo no destino final. Esta tarefa, em grande parte das vezes, é de responsabilidade da transportadora, que deve superar dificuldades, como longas esperas, custos elevados de transporte e o risco à integridade do produto transportado, devido à precariedade das vias. Rotineiras no dia-a-dia de uma transportadora, esses danos podem ser evitados, com a previsibilidade do processo, em vez da contenção.

Como o transporte pode impactar diretamente na confiabilidade, segurança dos produtos e tempo de entrega, podendo resultar na perca de credibilidade por parte do cliente da transportadora, é de suma importância para uma empresa de transportes poder minimizar problemas e possíveis riscos. O sistema logístico tem como principal componente o transporte, que pode ter a importância e o impacto dentro das organizações mensurados por meio de indicadores financeiros. Dentro das organizações, a representação, em média, do transporte é de 60% dos custos logísticos, aproximadamente 4% do faturamento e, às vezes, mais do que o dobro do lucro. Esses valores podem variar muito, de acordo com o setor e empresa.

Segundo Paulo Fleury, presidente do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), a administração do transporte acarreta na tomada de decisões sobre diversos aspectos. “As decisões estratégicas se caracterizam pelos impactos de longo prazo, e se referem basicamente a aspectos estruturais. As decisões operacionais são geralmente de curto prazo e se referem às tarefas do dia-a-dia, dos responsáveis pelo transporte, como a escolha de modais, as decisões sobre propriedade da frota, seleção e negociação com transportadores e a política de consolidação de cargas. Dentre as principais decisões de curto prazo, podemos destacar planejamento de embarques, programação de veículos, roteirização, auditoria de fretes e gerenciamento de avarias”, explica.

Além do controle do transporte interno, para as empresas que realizam o transbordo também é crucial saber o que está acontecendo com as outras organizações relacionadas ao processo. Por exemplo, empresa X acordou com a empresa Y de enviar 80 vagões para o transporte da carga que vem da empresa Z. Mas a empresa Y mandou apenas 50 vagões, ocasionando à empresa X a sobra de 30 caminhões carregados sem a possibilidade de descarregar. Isso vai acarretar em despesas extras para a empresa X, que vai precisar lidar com esses caminhões carregados, e para a empresa Z, que contava com o transporte dos 80 caminhões com sua carga no tempo programado. Isso sem contar com a empresa K, que estava no final da operação, contando com o recebimento daquela carga.

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Continuação... Tópico 5

Controle efetivo de pátio: como reduzir custos

Esse tipo de problema pode ser evitado com um controle efetivo da logística de transporte, com um software que possibilite a comunicação entre as empresas envolvidas, para que não ocorram discrepâncias que levem a um prejuízo financeiro e de credibilidade às organizações envolvidas. A importância da aplicação de um software de controle de logística de pátio dentro de uma empresa pode ser medida de acordo com a representação do custo de transporte. Em uma indústria, por exemplo, este custo geralmente é o segundo maior, perdendo apenas para o custo de produção. Nos custos logísticos que englobam abastecimento, movimentação, armazenagem e distribuição, os encargos com o transporte variam entre 30% e 60% do total.

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Tópico 6

Escolha de modal pode tornar a logística mais efetiva.

O transporte possui, basicamente, cinco modais para cargas: rodoviário, ferroviário, aquaviário, dutoviário e aéreo, cada um com características operacionais próprias, tornando-os mais adequados de acordo com o tipo de operação e o produto a ser transportado. Os critérios que devem ser levados em conta para escolher o modal correto ou mais adequado para o transporte de uma carga, devem ser os de custo e de características de serviço.

Com diferenças de custo e valores substanciais entre si, vale a pena analisar bem qual seria o transporte mais adequado de acordo com a carga a ser transportadas e a distância que a carga vai percorrer. Além disso, deve ser considerada a qualidade do serviço oferecido em cada modal, como velocidade, consistência, capacitação, disponibilidade e frequência. Por exemplo, o transporte aéreo pode ser considerado o mais veloz, mas somente para distâncias médias ou grandes, já que o tempo de coleta e entrega também devem ser considerados. Porém, na prática, o rodoviário e ferroviário dependem do estado de conservação das vias e nível de congestionamento, que podem variar muito de região para região, modificando o desempenho dos modais.

O duto é o transporte mais consistente, por não ser afetado por condições climáticas ou congestionamentos, podendo cumprir os tempos previstos. Já o modal aquaviário se destaca por seu desempenho em capacitação, que está relacionado à possibilidade de trabalhar com diversos volumes e variedades de produtos. Neste caso, o duto e o aéreo são os que possuem mais restrições e limitações. A disponibilidade é o ponto forte do transporte rodoviário no Brasil, já que é o modal que tem presença no maior número de localidades. Apesar de possuir mais de 8 mil quilômetros de costa e mais de 50 mil quilômetros de rios navegáveis, a precariedade da infraestrutura portuária, de terminais e sinalização, torna o modal aquaviário com baixa disponibilidade.

Podendo ser acionado a qualquer momento, estando disponível 24h por dia, o duto também se destaca com relação à freqüência, ou seja, o número de vezes em que o modal pode ser utilizado em um dado horizonte de tempo.

No Brasil, em comparação com os Estados Unidos, tem uma utilização “exagerada” do modal rodoviário. São 61% de utilização no Brasil, contra 26% nos EUA. Por outro lado, o modal ferroviário é limitado no Brasil: 20% de utilização, contra 38% dos EUA. O excesso de oferta e a fragmentação que existe no setor rodoviário do Brasil pode explicar esse fator, já que com grande oferta, o custo do modal rodoviário fica bem mais competitivo, tornando os preços inferiores ao custo real.

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Continuação... Tópico 6

Escolha de modal pode tornar a logística mais efetiva.

O gerenciamento de transporte pode auxiliar a controlar os custos efetivos com os modais, auxiliando a planejar, executar, monitorar e controlar atividades relativas à carga. Com a utilização de um sistema efetivo, pode-se expedir, emitir documentos, controlar entregas e coletas de produtos, rastreabilidade da frota e de produtos, auditoria de fretes, apoio à negociação, planejamento de rotas e modais, entre outros. Este tipo de solução pode ser crucial para o negócio de empresas de transporte, que utilizam transporte próprio ou que utilizam transportes de terceiros.

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Tópico 7

Super-safra: como reduzir custos extra. A expectativa para 2014, no Brasil, segundo divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de que a safra tenha colheita recorde, atingindo 195,9 milhões de toneladas, quantidade 4,8% maior do que a safra anterior. Esta “super-safra” é vista como uma ótima notícia pelo Governo, uma vez que o país é um dos celeiros do mundo e, com a safra maior, aumentam também as exportações. Este crescimento da colheita é consequência do aumento do plantio de grãos, com área 3,6% maior.

Apesar do aumento da safra ser vista com bons olhos pelo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, que tem a expectativa de que o Brasil supere os Estados Unidos na produção de soja, o país sofre com o problema de escoamento, que beira o caos. A maior parte da produção de soja é transportada por caminhões, além disso, grande parte da produção dos estados do Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Brasília) é escoada pelo porto de Santos, congestionando a cidade e os acessos rodoviários com filas de caminhões.

Este ano, com uma safra quase 5% menor, a fila de caminhões no porto de Santos atingiu 25km em março, na rodovia Cônego Domênico Rangoni, em direção ao Guarujá. Segundo a concessionária da rodovia, a Ecovias, o que causou este congestionamento à época foi o tráfego de caminhões ligeiramente acima da média durante aquela semana. Para minimizar estes transtornos, o Governo Federal anunciou algumas medidas, como a abertura dos portos durante 24 horas, agilizando o escoamento da carga, evitando filas de caminhões nas estradas; ampliação da capacidade de armazenamento privado e público, para atender os quase 200 milhões de toneladas previstos pela Conab, além de disponibilizar R$ 25 milhões para financiamentos nos próximos anos, com juros de 3,5% ao ano e prazo de 15 anos para pagamento.

Junto com essas medidas, o Porto de Santos contará com um sistema que sincroniza a chegada de caminhões. O objetivo da utilização deste sistema é evitar filas e engarrafamentos no período de escoamento da safra, que começa em fevereiro e tem pico nos meses de março, abril e maio. Muitas empresas poderiam efetuar a redução, ou anular, o desgaste com esta situação e filas causadas pelo período se utilizando de uma solução de agendamento de carga e deacarga. Com tal solução, as transportadoras se apropriam de meios mais eficazes de se comunicar com o um porto ou cooperativas de grãos, por exemplo, minimizando atrasos ou formação de esperas longas e cansativas em congestionamentos sem fim.

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Continuação... Tópico 7

Menos tempo de espera em filas reduz custos para o consumidor final

Filas, congestionamento de caminhões e a demora no embarque geram muitos custos excedentes, como gastos extras com alimentação, estadias prolongadas de motoristas, combustível e diárias a mais dos navios, que ficam à espera da carga. Esses fatores também aumentam ainda mais o custo do frete, que é baseado no preço da carga e nos custos de transporte da mercadoria. Estes fatores aumentam ainda mais o repasse do valor aos consumidores finais.

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Super-safra: como reduzir custos extra.

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Tópico 8

Logística de escoamento prejudica exportação e importação.

O Brasil é a sétima maior economia global, mas enfrenta falhas logísticas e de infraestrutura graves, que sofrem, principalmente, pela falta de investimentos adequados. Em 2012, o movimento registrado nos portos brasileiros, segundo estudo do Grupo AP Moller-Maersk, foi de apenas oito milhões de TEUs (contêiner intermodal de 20 pés), volume registrado apenas em um dos portos dos Estados Unidos. O maior problema enfrentado é a qualidade da infraestrutura portuária.

A dependência do modal rodoviário, com estimativa do Ministério dos Transportes de que 58% das movimentações de carga do país são realizadas pelas estradas, eleva ainda mais os custos logísticos para o comércio. São diversos fatores que tornam o transporte rodoviário no Brasil de custo elevado, como acidentes, roubos, danos à carga e péssima qualidade das estradas. Apenas 16% das rodovias brasileiras são pavimentadas, o que torna a manutenção da qualidade da carga transportada ainda mais difícil.

Em 2012, o Banco Mundial realizou um estudo que mostrava que o maior problema do Porto de Santos é o transporte terrestre. Segundo o estudo, o custo para o porto chega a ser de 25% a 40% mais caro do que para outros grandes portos mundiais. Os navios chegam para atracar a carga acabam tendo que esperar a chegada dos caminhões. Essa falta de controle logístico acarreta problemas em cadeia, já que pode atrapalhar o escoamento de outras cargas, porque com os navios no cais esperando, outras cargas precisam esperar que aqueles navios desocupem o local.

Existem casos de empresas que 80% dos caminhões, que deveriam fazer um fluxo regular até o Porto, acabam parados em Santos por uma semana e meia. Essa falha reflete na entrega do produto no cliente final e, em consequência, na credibilidade da empresa. Para minimizar esse tipo de problema, seria ideal o uso de agendador de cargas online, que faz o acompanhamento do processo logístico, sincronizando a chegada do navio ao cais do porto junto com a carga, por todos os portos e empresas que dependem do transporte terrestre para o escoamento de cargas. Dessa forma, mais empresas podem ser beneficiadas com a solução no destino final. É uma solução para que a logística de transbordo torne-se menos caótica, aumentando a precisão de datas de entrega, minimizando os danos e custos com transporte de cargas.

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Tópico 9

Quais são as previsões de melhoria na infraestrutura de transporte do Brasil?

Mudanças na infraestrutura do transporte brasileiro são mais profundas do que minimizar custos e danos às cargas, melhorias desse tipo têm reflexo direto e significativo no Produto Interno Bruto (PIB) do País. A melhoria na logística de transporte traz benefícios a toda a economia, em um efeito cascata. Essa reflexão é um dos motivos do olhar mais interessado do governo sobre as necessidades que o transporte no Brasil exige há décadas. Percebendo-se estes benefícios, é possível verificar que o que está em jogo não é o embarque no avião na hora certa, ou acabar com as pistas esburacadas, ter mais trilhos ou cais nos portos. O que está em jogo é o crescimento econômico do País como um todo.

Segundo estimativas de consultorias especializadas, caso as licitações de estradas, aeroportos, portos e ferrovias previstas forem bem-sucedidas antes das eleições, estes investimentos já vão causar uma elevação de 3,5% no PIB ainda em 2014, resultado acima das expectativas em 1 ponto porcentual. Porém, é importante lembrar que essa perspectiva só é verdadeira caso todas as licitações sejam aprovadas e saiam do papel antes das eleições, o que é bastante improvável. Segundo relatório do Focus, do Banco Central, a previsão para o PIB no ano que vem é de 2,22%, na média, crescimento de 1,5% com relação ao ano anterior.

Para as empresas, indústrias e comércios que dependem dessa infraestrutura, o reflexo é muito maior em redução de custos. Porém, apesar dos dados otimistas das consultorias, é custoso ao produtor, ao empresário e ao industrialista esperar que seja realizada alguma mudança efetiva em pouco tempo, a ponto de melhorar a infraestrutura de forma que tenha reflexos significativos no balanço final de seus custos e lucros. Dessa forma, é importante que existam outras soluções, que consigam solucionar os gargalos causados pela infraestrutura deficitária e, ao mesmo tempo, permitam a redução de custos e de transtornos logísticos, causados pelas falhas de infraestrutura e, até mesmo, de comunicação.

Solução de agendamento de cargas para minimizar riscos

A Bunge tem mais de 100 anos de dedicação ao agronegócio e à produção de alimentos e bioenergia no Brasil. É uma empresa global e integrada de agronegócio, alimentos e bioenergia, que opera em toda a cadeia produtiva, do campo à mesa do consumidor.

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Tópico 9

No Brasil, a Bunge é uma das principais empresas de agronegócio e alimentos. Cerca de 20.000 colaboradores, é líder em originação de grãos e processamento de soja e trigo, na fabricação de produtos alimentícios e em serviços portuários. Desde 2006, atua também no segmento de açúcar e bioenergia. E para que pudesse reduzir custos e problemas com carga e descarga de seus produtos, além de poder cumprir com prazos, a Bunge utiliza a solução Carga Pontual, da Strada Soluções em Tecnologia, a fim de minimizar riscos.

Segundo Luciano Bona, Coordenador de Operações Portuárias - Agronegócio & Logística da Bunge, o software solucionou os problemas logísticos e reduziu custos para a empresa. “Eu poderia dizer que o propósito foi concluído. Antigamente tínhamos problemas para sincronizar nosso espaço com os carregamentos que chegavam das origens. Temos pouco espaço, pedíamos para eles pararem de trazer as cargas e eles não paravam. Isso nos gerava diversos transtornos. Além disso, o agendador reduziu custos para a Bunge, principalmente de estadia. Não sei precisar quanto era antes e quanto é agora, mas com certeza reduziu”, comenta.

Alexandre Vezzá, Gerente de Operações Portuárias de outra unidade da Bunge, ratifica que o Carga Pontual reduziu custos e riscos à empresa. “Sem um sistema que agende as cargas, você corre o risco de desbalanço na programação e chegar acima da capacidade de recebimento do terminal. Com o agendador, conseguimos estabelecer melhor a capacidade de recepção dos terminais e ter controle de todas as cargas ligadas à Bunge, inclusive aquelas em que o produtor entrega direto no porto, porque segue o mesmo critério de entrega das cargas que vão com frete pago pela empresa”, completa.

Luciano Bona explica que o processo realizado pelo Carga Pontual poderia ser feito boca-a-boca, porém o uso da ferramenta é essencial para o negócio. “Com o agendador conseguimos, realmente, contar as cotas e o fornecedor consegue entender que, a partir do momento em que ele cadastra, é responsabilidade dele. Na prática, a gente avisando serviria, mas sem uma ferramenta, sem um sistema de gestão, que possa bloquear, as pessoas não cumprem. Então uma ferramenta, como o agendador, se torna essencial”, explica.de transporte da mercadoria. Estes fatores aumentam ainda mais o repasse do valor aos consumidores finais.

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Esperamos que os tópicos selecionados para esta primeira edição tenham colaborado para você obtenher um novo olhar sob as atividades de gestão e inovação no dia-a-dia de sua emrpesa.

Dúvidas, críticas, elogios ou sugestões para conteúdo e uma futura edição, pedimos a gentileza que nos encaminhe um e-mail através do [email protected] ou faça parte de

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