IPAM LAB UNIDADE DE INVESTIGAÇÃO EM MARKETING E CONSUMO  

 

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Marketing Olfactivo em Portugal: 

A perspectiva dos profissionais de marketing 

 

Enquadramento 

A informação que se apresenta surge na sequência das pesquisas que o IPAM Lab, Unidade de 

Investigação em Marketing e Consumo, tem vindo a desenvolver no âmbito do marketing 

sensorial. 

 

O principal objectivo deste estudo é aferir qual o estado de desenvolvimento do marketing 

olfactivo em Portugal. Para tal inquiriu‐se 148 profissionais de marketing com vista a obter 

informação sobre vários parâmetros, a saber: 

‐ o seu grau de conhecimento sobre marketing olfactivo 

‐ as percepções e atitudes que têm formadas sobre esta abordagem 

‐ a caracterização da utilização efectiva que as empresas fazem desta abordagem 

(nomeadamente o tipo de utilização que fazem desta abordagem e os parceiros que escolhem 

para o fazer) 

 

A informação foi recolhida durante o mês de Janeiro de 2012 junto de 148 profissionais de 

marketing, actualmente a exercer funções em sectores tão variados como a indústria 

transformadora, o comércio (por grosso e de retalho), actividades de informação e 

comunicação, consultadoria e actividades de saúde humana. 

 

Principais Conclusões do Estudo 

 

C1: O paradigma do “marketing visual” continua enraizado entre os profissionais de 

marketing 

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Perante a questão de qual o sentido que abdicaria em termos de comunicação, o olfacto seria 

o primeiro, com 38,5% das respostas, seguido pelo tacto (29,7%) e pela audição (28,4%). 

Apenas 3,4% dos profissionais de marketing abdicaria da visão. 

De modo inverso, 78,4% dos profissionais de marketing não abdicaria da visão nas suas 

estratégias de comunicação. Os restantes sentidos situam‐se ao nível dos 6‐8%. 

 

 

 

C2: O marketing olfactivo está ainda pouco difundido entre os profissionais de marketing 

Apesar de cerca de 90% afirmar que já ouviu falar de marketing olfactivo, a verdade é que o 

grau de conhecimento é ainda reduzido, com apenas 20% a afirmar ter muitos conhecimentos 

sobre a matéria. As fontes de conhecimento são sobretudo as conferências, os livros e as 

revistas especializadas. 

 

 

 

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C3: Consequentemente, a utilização de técnicas de marketing olfactivo é ainda muito baixa 

Apenas 8% dos profissionais de marketing afirma que a sua empresa usa alguma forma de 

marketing olfactivo. A existência de um logo olfactivo, considerado um dos indicadores de 

integração do olfactivo na estratégia da marca, é apenas referido por 2% dos profissionais de 

marketing. 

 

 

 

C4: Marketing olfactivo? Muito potencial mas um futuro (aparentemente) pouco promissor 

Mais de metade dos profissionais de marketing (cerca de 65%) considera que o marketing 

olfactivo tem bastante potencial. Este potencial está sobretudo ao nível da diferenciação da 

concorrência (48,6%). A contribuição para a criação de uma relação de lealdade com o 

consumidor (21,6%) e uma imagem mais consistente (18,9%) são também referenciados, mas 

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a grande distância. Apesar destes dados, a verdade é que a probabilidade de a empresa que 

representam vir a utilizar alguma forma de marketing olfactivo é de apenas 21,6%. 

 

 

 

Autoria e Coordenação do Estudo 

Pedro Ferreira 

Professor do IPAM – The Marketing School 

Investigador do IPAM Lab – Unidade de Investigação em Marketing e Consumo 

|@| pferreira@ipam.pt 

   IPAM Porto, Fevereiro de 2012