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Copyright 2005 Jos Dornelas [email protected]
Empreendedorismo,
transformando idias em negcios
(Introduo)
Prof. Dr. Jos Dornelas
Copyright 2005 Jos Dornelas [email protected]
A revoluo do empreendedorismo
O empreendedorismo uma revoluo silenciosa, que ser para o sculo 21 mais do que a revoluo industrial foi para o sculo 20 (Timmons, 1990)
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Definindo o tema
Como voc definiria empreendedorismo?
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Empreendedorismo, o que ?
Historicamente, empreendedorismo tem sido definido como uma maneira diferenciada de alocao de recursos e otimizao de processos organizacionais, sempre de forma criativa, visando diminuio de custos e melhoria de resultados.
Percebe-se ainda que o termo constantemente relacionado criao de novos negcios, geralmente micro e pequenas empresas. Por trs destes negcios esto indivduos diferenciados, conhecidos por empreendedores.
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Empreendedorismo, o que ?
Isto tem gerado certa confuso de definies, pois muitas pessoas tm considerado o empreendedorismo como sendo sinnimo do ato de abrir empresas.
Definies mais abrangentes mostram que o empreendedorismovai alm do ato de abrir novas empresas e que pode estar relacionado a vrios tipos de organizaes, em vrios estgios de desenvolvimento.
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Exemplos de definies clssicas
A Harvard Business School considera que empreendedorismo a identificao de novas oportunidades de negcio, independentemente dos recursos que se apresentam disponveis ao empreendedor.
O Babson College define o termo de forma ainda mais abrangente: empreendedorismo uma maneira holstica de pensar e de agir, sempre com obsesso por oportunidades, e balanceada por uma liderana.
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Detalhando um poucomais
O ato de empreender est relacionado identificao, anlise e implementao de oportunidades de negcio, tendo como foco a inovao e a criao de valor.
Isto pode ocorrer atravs da criao de novas empresas, mas tambm ocorre em empresas j estabelecidas, organizaes com enfoque social, entidades de natureza governamental etc.
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Aplicaes do empreendedorismo
O empreendedorismo aplica-se a uma variedade de organizaes em seus vrios estgios de desenvolvimento, como por exemplo:
Uma pequena empresa em incio de desenvolvimento
Uma mdia empresa em fase de crescimento
Uma empresa familiar em fase de profissionalizao
Uma ONG (Organizao No Governamental)
Em entidades e rgos pblicos
Em associaes e cooperativas
Em empresas j estabelecidas, que buscam renovao e crescimento
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Empreendedorismo
Feitas estas ressalvas, pode-se ento apresentar o objetivo do se estudar empreendedorismo como disciplina. Normalmente, no caso das Instituies de Ensino Superior no Brasil, grande enfoque dado ao empreendedorismo de criao de novos negcios.
Desta forma, o foco do livro Empreendedorismo, transformando idias em negcios a criao e gesto de negcios em fase inicial de desenvolvimento, as chamadasmicro e pequenas empresas, ou startups; bem como o entendimento do papel do empreendedor neste contexto.
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Quem o empreendedor?
Para que o empreendedorismo ocorra nas organizaes haver a necessidade de pessoas que o faam acontecer, ou seja, os empreendedores.
O empreendedor aquele que faz acontecer, antecipa-se aos fatos e tem uma viso futura da organizao (Dornelas, 2001)
O empreendedor aquele que destri a ordem econmica existenteatravs da introduo de novos produtos e servios, pela criaode novas formas de organizao, ou pela explorao de novos recursos e materiais Joseph Schumpeter (1949)
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Empreendedorismo o envolvimento de pessoas e processos
O empreendedor aquele que percebe uma oportunidade e cria meios (nova empresa, rea de negcio, etc.) para persegui-la.
O processo empreendedor envolve todas as funes, aes, e atividades associadas com a percepo de oportunidades e a criao de meios para persegui-las
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O empreendedor
Em qualquer definio de empreendedorismo encontram-se, pelo menos, os seguintes aspectos referentes ao empreendedor:
Iniciativa para criar/inovar e paixo pelo o que faz
Utiliza os recursos disponveis de forma criativa transformando o ambiente social e econmico onde vive
Aceita assumir os riscos e a possibilidade de fracassar
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Quem o empreendedor?
Alta
Inventor Empreendedor
A grandemaioria
Gerente,Administrador
Criatividade eInovao
Baixa
Alta
Habilidades gerenciais e know-how em business
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Empreendedorismo + Inovao =
Prosperidade
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Evoluo das teorias administrativas1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000
Movimento de Racionalizao
do trabalho: foco na gerncia
administrativa.
Movimento das
Relaes humanas:
foco nos processos
Movimento do Funcionalismo
estrutural: foco na gerncia
por objetivos
Movimento dos
Sistemas abertos:
foco no planejamento
estratgico
Movimento das
Contingncias
ambientais: foco
na competitividade
No se tem um movimento
predominante, mas h cada
vez mais o foco no papel do
empreendedor como gerador
de riqueza para a sociedade.
Obs.:
Movimento: refere-se ao
movimento que predominou no
perodo.
Foco : refere-se aos conceitos
administrativos predominantes.
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O velho modelo econmico(a era da manufatura)
Dirigido pelos modelos clssicos
Recursos escassos eram materiais raros
Fora de trabalho (poder dos msculos)
Retornos pequenos
Economias de escala
Barreiras de entrada
Ativos fsicos
Sobrevivncia dos maiores
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O novo modelo econmico(a era da inovao empreendedora)
Dirigido por novos modelos de negcios
Recursos escassos so imaginao e conhecimento
Retornos maiores
Baixas barreiras de entrada
Ativos intelectuais
Poder do conhecimento
Sobrevivncia dos mais rpidos
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Por que empreendedorismo?
Reino Unido Em 1998 publicou um relatrio a respeito do seu futuro competitivo, o
qual enfatizava a necessidade de se desenvolver uma srie de iniciativas para intensificar o empreendedorismo na regio
Alemanha Tem estabelecido vrios programas que destinam recursos financeiros,
e apoio na criao de novas empresas. Na dcada de 90, aproximadamente 200 centros de inovao foram criados, provendo espao e outros recursos para empresas start-ups
Finlndia Em 1995, o decnio do empreendedorismo foi lanado na Finlndia
com vistas a: criar uma sociedade empreendedora, promover o empreendedorismo como uma fonte de gerao de emprego e incentivar a criao de novas empresas.
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Por que empreendedorismo?
Israel Programa de Incubadoras Tecnolgicas (+ de 500 negcios j foram
criados nas 26 incubadoras do projeto)
Houve ainda uma avalanche de investimento de capital de risco nas empresas israelenses, sendo que mais de 100 empresas criadas em Israel encontram-se com suas aes na NASDAQ (Bolsa de aes de empresas de tecnologia e Internet, nos EUA).
Frana Iniciativas para promover o ensino de empreendedorismo nas
universidades, particularmente para engajar os estudantes.
Incubadoras baseadas nas universidades esto sendo criadas; uma competio nacional para novas empresas de tecnologia foi lanada; e uma fundao de ensino do empreendedorismo foi estabelecida.
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Por que empreendedorismo?
A dcada de 90 foi a dcada do empreendedorismo nos EUA Desfrutou de 8 anos de crescimento econmico, o perodo mais longo
de crescimento contnuo no sculo 20.
Boom da Internet
Crescimento do venture capital
Ganhos vultosos nas bolsas de Nova York e Nasdaq
Novos jovens milionrios
Concluso do Departamento de Comrcio A conjuno desse intenso dinamismo empresarial e rpido
crescimento econmico, somados aos baixos ndices de desemprego e baixas taxas de inflao, aparentemente apontam para uma nica concluso: o empreendedorismo o combustvel para o crescimento econmico, criando emprego e prosperidade.
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Iniciativas de suporte ao empreendedorismo no Brasil
Comeam a aumentar... Softex (Genesis)
Empretec (SEBRAE)
Brasil Empreendedor
Projeto REUNE (CNI/IEL)
Comea a haver a figura do capitalista de risco
Crescimento das incubadoras de empresas tradicionais, tecnolgicas e mistas
Ensino de empreendedorismo nas universidades
Entidades de apoio (Sebrae, Endeavor, Instituto Empreendedor do Ano da Ernst & Young...)
Alternativas de financiamento: Fapesp, Finep, Angels, VCs...
Crescimento de franquias
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A experincia brasileira
Assunto comea a ser discutido no mundo acadmico no incio da dcada de 80
Permanece na periferia da academia por vrios anos
Nos anos 90 comeam a surgir os primeiros programas ligados aos cursos de tecnologia, via ao induzida de entidades de fomento (CNI/IEL, Softex etc.)
Maior visibilidade acontece quando o foco na pequenaempresa passa a ser prioridade governamental com vistas gerao de emprego (ex.: Programa Brasil Empreendedor)
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A experincia brasileira
Brasil segue tendncia mundial e questes como inovaotecnolgica, capital de risco, transferncia de tecnologiaetc., predominam na agenda da poca (segunda metade dadcada de 90)
Grandes oportunidades surgem para criao de empresasponto.com
Disciplinas de empreendedorismo so criadas em todo o pas, ligadas aos mais variados cursos superiores(administrao, engenharia, computao, turismo)
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Por que empreendedorismo?
Mortalidade de Pequenas Empresas
69%63%
51% 47%40%
31%37%
49% 53%60%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
(fund. Em 2001) (fund. em 2000) (fund. em 1999) (fund. em 1998) (fund. em 1997)
Emp. com 1 ano Emp. com 2 anos Emp. com 3 anos Emp. com 4 anos Emp. com 5 anos
Empresas em atividade Empresas encerradas
Fonte: Sebrae-SP, 2003
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Mobilidade Social e Empreendedorismo
Fontes: IBGE, Ministrio da Agricultura, USP e Inpe, Revista Exame (out/2004)
65% foi o aumento da renda per capita na Regio Centro-Oeste nos ltimos 15 anos
8% foi o aumento do nmero de milionrios no Brasil num perodo de dois anos mobilidade
200% foi o aumento do nmero de pessoas que compraram carros na Regio Norte, conhecida pelo seu histrico atraso, nos ltimos 15 anos
30% das fortunas brasileiras so ligadas ao agronegcio
66% das empresas privadas que estavam na lista das 50 maiores de Exame h 30 anos desapareceram do ranking
82% dos milionrios brasileiros construram a prpria fortuna
Nmeros da mobilidade
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Melhores e maiores
Fontes: Melhores e Maiores (de 1974 a 2004); "Quem quem na economia brasileira", revista Viso
ServiosTelemar2004
Industrial Autolatina Brasil (Volkswagen)
1994
Industrial Shell 1984
Industrial Volkswagen 1974
ServiosSo Paulo Light S/A1964
Industrial Indstrias Reunidas F. Matarazzo
1954
EMPRESASETORANO
Eis a lista das maiores companhias privadas com atuao no Brasil da dcada de 50 at 2004
As maiores em cada fase
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Total Entrepreneurial Activity [TEA] IndexTotal Entrepreneurial Activity [TEA] IndexTotal Entrepreneurial Activity [TEA] IndexTotal Entrepreneurial Activity [TEA] Index
Baseado em pesquisa com populao adulta
Localizar empreendedores em atividade
Contar aqueles em fase start-up Ativos, iniciativa prpria, sem pagamento de salrios/recebimentos por mais de 3 meses
Contar aqueles proprietrios/gerenciando o prprio negcio Ativos, com salrios/recebimentos no perodo de 3-42meses
Adicion-los em conjunto ao ndice TEA Considerar apenas uma vez se a pessoa estiver em ambos, como 6% esto
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ATIVIDADE EMPREENDEDORA TOTAL POR PAS
Fonte: GEM 2003
Brasil nasexta posio
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Fatores associados com maiores nveis de atividade empreendedora (GEM)
Percepo da oportunidade
Fatores sociais e culturais
Educao (segundo grau e universitrio)
Participao das mulheres
Experincia
Suporte financeiro para start-ups